Famílias portuguesas voltaram a ganhar poder de compra no segundo trimestre

Entre os países da OCDE, apenas na Hungria houve um aumento do rendimento real per capita acima dos 1,53% registados em Portugal. Famílias nacionais continuam entre as mais endividadas.

As famílias portuguesas voltaram a registar um aumento do poder de compra no segundo trimestre, de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económica (OCDE) publicados esta segunda-feira.

Depois de no primeiro trimestre o rendimento real per capita das famílias nacionais ter contraído 1,24%, os dados referentes os segundo trimestre mostram uma subida de 1,53% da capacidade de poder de compra das famílias portuguesas, para um nível inclusive acima da média dos países da OCDE, mas também revelam uma queda de 0,18% do PIB per capita no mesmo período (algo que não acontecia desde o primeiro trimestre de 2021).

Entre os 21 (dos 38) países da OCDE que apresentaram dados sobre o rendimento real das famílias, apenas a Hungria supera Portugal neste ranking, ao apresentar um crescimento trimestral de 2,98% do rendimento real per capita das suas famílias. “O rendimento real das famílias per capita na OCDE aumentou pelo quarto trimestre consecutivo, registando um aumento de 0,5% no segundo trimestre de 2023, enquanto o PIB real per capita cresceu 0,4%”, refere a OCDE em comunicado.

No entanto, quando se estende a amostra destes dados para o último ano, verifica-se que, entre o segundo trimestre de 2022 e o segundo trimestre de 2023, as famílias portuguesas até tiveram um aumento de 2,07% do seu rendimento real, mas fica abaixo do crescimento de 2,64% registado pela média das famílias dos países da OCDE.

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Além disso, os dados da OCDE continuam a colocar Portugal entre os países com as famílias mais endividadas. Os números apresentados esta segunda-feira mostram que o total da dívida pendente das famílias nacionais é equivalente a 103,26% do rendimento disponível bruto, que fazem de Portugal um dos 10 países da OCDE com um rácio de endividamento acima dos 100%.

A dívida das famílias consiste, em grande parte, de empréstimos hipotecários para habitação, mas também noutros tipos de passivos, como o crédito ao consumo (por exemplo, cartão de crédito, empréstimos para automóveis).

“É evidente que rácios elevados de endividamento das famílias, tal como acontece com rácios elevados de dívida pública, podem criar um certo risco ou vulnerabilidade para as famílias, especialmente quando são distribuídos de forma desigual pelos diferentes grupos de famílias”, referem os técnicos da OCDE. No entanto, sublinham também que, “por outro lado, também se deve ter em conta a disponibilidade de ativos, por exemplo, habitações, para os quais o empréstimo foi contraído.”

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STCP lança concurso de 8,6 milhões para comprar 20 autocarros elétricos

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

A STCP detalha que oito milhões de euros estão alocados para a aquisição dos autocarros e 600 mil euros para a estação de carregamento. As propostas devem ser apresentadas até 6 de dezembro.

A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) lançou esta segunda-feira um concurso público de 8,6 milhões de euros para adquirir 20 novos autocarros elétricos, de acordo com uma publicação em Diário da República (DR).

Segundo a publicação, em causa está o “fornecimento de 20 autocarros standard, com cerca de 12 metros de comprimento, de propulsão elétrica autónoma, para transporte urbano de passageiros (categoria M3, classe I)”.

Em comunicado, a empresa de transportes refere que a aquisição dos veículos decorre “no âmbito do plano de renovação da frota e da política de descarbonização em curso, e com o objetivo de eliminar, até 2027, os autocarros com motor a combustão”.

O concurso público inclui também a “instalação de uma estação de carregamento elétrico, composta por dez carregadores duplos”, de acordo com a transportadora.

A STCP detalha que oito milhões de euros estão alocados para a aquisição dos autocarros e 600 mil euros para a estação de carregamento.

“Estima-se que a introdução na frota da STCP destes 20 autocarros elétricos (tipologia standard de 12 metros e com autonomia de cerca de 320 km) venha a ocorrer no último quadrimestre de 2024, data a partir da qual o número de autocarros elétricos em operação totalizará as 88 viaturas 100% livre de emissões”, refere a empresa no comunicado.

Segundo a STCP, “a nova estação de carregamento será instalada na estação de recolha da Via Norte, instalações a que ficarão alocadas as novas viaturas da frota”.

Para a presidente da STCP, Cristina Pimentel, citada no comunicado, as novas viaturas vêm “reforçar o compromisso da STCP em direção à descarbonização da operação e na vontade de contribuir ativamente para a qualidade de vida das populações” dos concelhos nos quais opera, no caso Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo.

As propostas devem ser apresentadas até às 17:00 do dia 06 de dezembro.

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Com o Natal à porta, Adecco tem registadas mais de mil vagas de emprego

De pintores e analistas de controlo de qualidade, passando por eletricistas, motoristas e técnicos de contabilidade, agência de recrutamento tem disponíveis centenas de vagas de emprego.

Da logística à restauração, passando pelo comércio e até pelo setor da saúde, a quadra natalícia traz sempre um aumento das vagas de emprego disponíveis. E este ano, apesar da crise inflacionista, não é exceção. Só na Adecco estão registadas mais de mil oportunidades espalhadas por todo o país, sendo que esta empresa de recursos humanos destaca que há tanto vagas para trabalhos presenciais, como em regime híbrido e totalmente remoto.

“São mais de 1.100 vagas espalhadas pelo país. Desde pintores, analistas de controlo de qualidade, eletricistas, passando por motoristas e técnicos de contabilidade, as vagas são para todos os perfis”, informou a Adecco, numa nota enviada esta segunda-feira às redações. Todas as oportunidades podem ser consultadas aqui.

E ainda que tenham surgido a propósito da quadra festiva, há vagas que oferecem contratos permanentes, assegura a empresa de recursos humanos. Ou seja, há oportunidades tanto temporárias, como sem termo.

Além disso, a Adecco frisa que há igualmente “oportunidades em regime híbrido, presencial ou totalmente remoto“. Sobretudo entre as gerações mais jovens, o trabalho híbrido e remoto tem conquistado maior peso na escolha do emprego.

Como já escreveu o ECO, apesar da crise inflacionista, as empresas têm mantido o mesmo nível de contratação extraordinária de outros anos. Aliás, por causa da escassez de mão-de-obra, vários empregadores começaram a recrutar mais cedo, de modo a tentar assegurar os recursos humanos necessários para esta época de maior procura por parte dos consumidores.

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SIC lidera audiências televisivas por quatro décimas. TVI ganha no prime time

TVI conquistou, por duas décimas, a liderança do prime time em outubro. Em mês de relançamento da SIC Notícias, os canais de informação da Media Capital e da Impresa continuam separados por 9 décimas.

 

Quatro décimas é a distância que separa a SIC e a TVI na média do mês de outubro. O canal da Impresa continua na liderança, com um share de 15,5%, mais duas décimas do que em setembro. A TVI, por seu turno, fechou o mês com um share de 15,1%, mais três décimas do que no mês anterior. Os dois canais ficam assim separados por menos uma décima do que em setembro, num mês em que também a RTP viu o share aumentar para os 11,2%, um crescimento de meio ponto percentual.

Em termos absolutos, a SIC foi acompanhada em média por 316 mil espectadores, a TVI por 307,7 mil e a RTP1 por 228,2 mil. O total cabo, cuja audiência é diluída pelos muitos canais que o constituem, relembra a Dentsu/Carat, que elabora mensalmente este ranking para o +M/ECO, foi visto em média por 850,8 mil telespectadores.

No ranking dos canais mais vistos do cabo, a liderança vai mais uma vez para a CMTV, com um share de 5,6% e uma audiência média de 113,8 mil telespectadores. Entre os canais de informação, e em mês de relançamento da SIC Notícias, a primeira posição continua a ser ocupada pela CNN, com um share de 3,3% e uma média de 67,2 mil espectadores.

A SIC Notícias, por seu turno, obteve um share de 2,4% e regista uma audiência média de 47,9 mil espectadores. A distância entre os dois canais continua a ser de nove décimas, a mesma de setembro.

Fox, Hollywood e Fox Movies são os canais de ficção mais vistos.

 

Analisando por período horário, outubro regista mudanças de posição no prime time, o período mais importante do dia, com a TVI a ganhar, por duas décimas, esta faixa horária. A estação da Media Capital fechou assim o mês com um share de 17,3%, contra os 17,1% da SIC, que em relação ao mês anterior caiu três décimas neste horário. A TVI segue primeira posição o resto da noite e madrugada, enquanto os períodos entre as 12h e as 20h é liderado pela SIC. A RTP continua a segurar a liderança entre as 7h30 e as 10h.

No ranking dos 15 programas mais vistos, a SIC ocupa seis posições, a TVI cinco e a RTP1 quatro. No cabo, sem exceção, os 15 programas mais vistos são da CMTV.

Nota Técnica para a produção da análise evolutiva e mensal
Dados: Yumi / Caem_TV Fonte: Mediamonitor/ GFK Análise Dentsu/Carat para o +M/ECO
Outros: Vídeo, DVD, VHS, Blu-Ray, satélite, consolas, unmatch (além dos 150 canais medidos e o time-shift com um delay de 7 dias), plataforma dos operadores (vídeo clube, jogos)
Aud. Total: Percentagem de indivíduos que contactaram um canal, pelo menos uma vez.
Aud. Média: Audiência provável que contacta com o canal em qualquer momento do período respetivo.
Tempo médio despendido: Média do tempo que cada indivíduo contactado despendeu com um canal num determinado período.
Share Aud.: Percentagem de tempo que é despendido a ver um dado canal relativamente ao tempo total de visão do meio (Televisão) num determinado período.

Top produzido para programas “Net” (TeleReport), com duração superior a 3 minutos. Audiência corresponde à média ponderada das partes do programa. Não são considerados como programas: Sorteios e Tempo de Antena.

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Espanha vai pedir a Bruxelas prolongamento do mecanismo ibérico para além de 31 de dezembro

Apesar do mecanismo estar inativo desde fevereiro, o Governo espanhol vai pedir um prolongamento do período de vigência. Pedido terá que ser feito em articulação com Portugal.

O Governo espanhol deverá pedir um prolongamento do período de vigência do mecanismo ibérico, para além de 31 de dezembro.

De acordo com a notícia avançada pelo ao jornal espanhol El País esta segunda-feira, com base em várias fontes, o pedido deverá surgir no âmbito da avaliação do quadro de medidas de emergência formalizadas na sequência da invasão russa da Ucrânia — no qual se inclui o mecanismo ibérico — e que o Conselho Europeu irá reavaliar em reunião, no final deste mês. Pedro Sánchez deverá aproveitar os últimos momentos da presidência rotativa do Conselho da União Europeia, que de momento está a cargo de Espanha, para defender o prolongamento do mecanismo.

Segundo a publicação, o Governo espanhol irá pedir a Bruxelas a extensão do mecanismo para lá de 31 de dezembro deste ano, depois de, em abril, o executivo comunitário já ter autorizado o prolongamento do instrumento até ao final de 2023. Apesar de a notícia referir que o pedido deverá ser formalizado pelo Governo espanhol, a aprovação da extensão, carece ainda de articulação com o Governo português.

O mecanismo ibérico, solicitado por Portugal e Espanha em março do ano passado devido à crise energética e à guerra da Ucrânia, está inativo desde o final de fevereiro devido à queda acentuada do preço do gás no mercado grossista e, mais recentemente, o aumento gradual do limiar do preço do gás a partir do qual entra em vigor.

A ferramenta foi eficaz sobretudo no segundo semestre de 2022, quando os preços do gás no mercado europeu atingiram sucessivos recordes, resultando em impactos significativos nos consumidores e empresas.

O mecanismo estipula um preço de referência máximo para a venda da eletricidade por parte das centrais alimentadas a gás natural, de forma a que os períodos de pico nos preços deste combustível não contagiem igualmente o preço de mercado da eletricidade. Atualmente, o mecanismo é ativado apenas se o preço do gás natural superar os 65 euros por megawatt hora (MWh). Esta segunda-feira, os futuros do holandês TTF – que são a referência para os mercados europeus – para entrega em dezembro, situam-se nos 45 euros por MWh, ou seja, abaixo do preço de ativação do mecanismo.

Em março, o Governo português estimava que o mecanismo ibérico tinha gerado um benefício de 570 milhões de euros, desde a entrada em vigor até ao final de janeiro de 2023, permitindo uma redução do preço de mercado de 43,78 euros por megawatt-hora (MWh).

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Mais de 40% dos carros elétricos e híbridos na União Europeia são importados

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Novembro 2023

Número de automóveis elétricos ou híbridos importados pela União Europeia aumentou 35 pontos percentuais em cinco anos. Reino Unido é o país ao qual a UE mais comprou este tipo de veículos.

Desde 2017, o número de automóveis elétricos ou híbridos importados pela União Europeia (UE) aumentou 35 pontos percentuais (p.p.), para 42% em 2022. Neste período de cinco anos, segundo informa o Eurostat, o peso de carros híbridos nas importações europeias subiu de 6% para 21%, enquanto a quota de veículos totalmente elétricos era de 15% em 2022, mais 14 p.p. em relação a 2017.

Os dados divulgados esta segunda-feira pelo gabinete estatístico europeu mostram, por outro lado, que 26% do número total de automóveis exportados pela UE no ano passado eram elétricos ou híbridos, o que representa um crescimento de 24 p.p. em meia década. No caso das exportações, o peso dos carros híbridos passou de 0,4% em 2017 para 13% em 2022, e o dos elétricos subiu 8 p.p., para 15% no último ano.

Em valor, as exportações de automóveis elétricos ou híbridos (59,1 mil milhões de euros, mais 41% face a 2021) superaram as importações deste tipo de veículos (37 mil milhões de euros, mais 27% face a 2021), revela também o Eurostat.

Exportações e importações de carros híbridos e elétricos pela UE (2017-2022). Fonte: Eurostat

Os automóveis híbridos non-plug-in foram a categoria mais comercializada. Representam 21% do total das importações, no valor de 3,4 mil milhões de euros. E o Reino Unido foi o país ao qual a UE mais comprou este tipo de veículos no ano passado, seguindo-se o Japão (18%, num valor de 2,8 mil milhões de euros) e a Turquia (15%, num valor de 2,5 mil milhões de euros).

Já os Estados Unidos (30% do total das exportações, num valor de 8,7 mil milhões de euros), o Reino Unido (16%, num valor de 4,5 mil milhões de euros) e a Noruega (15%, num valor de 4,3 mil milhões de euros) foram os países para onde a União Europeia mais vendeu estes automóveis em 2022.

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Câmara do Porto só permite novas obras do metro quando forem “resolvidos os atuais constrangimentos”

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

Proposta visa que o Governo e a Metro do Porto coordenem a ocupação da via pública com a autarquia, sendo que não poderá haver novas frentes de obra "sem que se reduza a ocupação existente".

O Executivo da Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, por maioria, informar o Governo e a Metro do Porto de que não poderá haver nova empreitada na cidade se não forem resolvidos os constrangimentos nas atuais frentes de obra.

A recomendação, apresentada pelo presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, foi aprovada com a abstenção do Bloco de Esquerda (BE).

Na redação inicial, a proposta pretendia informar o Governo e a Metro do Porto de que a autarquia não iria conceder “quaisquer licenças para qualquer obra da linha Rubi que provoque alteração ou novos constrangimentos na mobilidade e nos métodos de transporte público existentes até que as obras da linha Rosa e do BRT [‘metrobus’] estejam concluídas ou permitam os normais fluxos de mobilidade”.

No entanto, o ponto em causa foi alterado por recomendação do PS, passando a proposta a visar que o Governo e a Metro coordenem a ocupação da via pública com a autarquia.

O Executivo aprovou também que não poderá ser feita nova ocupação de obra na via pública “sem que se reduza a ocupação existente” e enquanto “não estiverem resolvidos os atuais constrangimentos nas atuais frentes de obra”.

A proposta visa também pedir ao Governo uma avaliação do estado das obras em curso e uma auditoria à fiscalização e alterações de projeto, bem como às medidas de segurança implementadas nas várias frentes de obra.

O presidente da Câmara do Porto informou também os vereadores que vai reunir-se esta segunda-feira com o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, e com a administração da Metro do Porto.

Na última sessão da Assembleia Municipal do Porto, a 31 de outubro, Rui Moreira afirmou que o município não iria permitir “mais nenhuma frente de obra” do metro, referindo-se à linha Rubi.

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PCP pergunta à Comissão Europeia se impôs ao Governo português a privatização da Efacec

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

Comunistas dizem que o fundo de investimento Mutares vai receber "de mão beijada" uma das "principais empresas industriais portuguesas, com créditos e garantias, trabalhadores altamente qualificados".

O PCP questionou esta segunda-feira a Comissão Europeia sobre o papel que desempenhou no processo de privatização da Efacec, nomeadamente como é que foi aprovada, quais os critérios e se houve imposição por parte de Bruxelas.

De acordo com uma pergunta prioritária à Comissão, através do Parlamento Europeu (PE), o eurodeputado comunista João Pimenta Lopes, que pertence ao The Left, considerou que a alienação da Efacec “ao fundo de investimento alemão Mutares, juntamente com mais 200 milhões de euros que ainda serão investidos pelo Estado”, foi feita a “troco de nada”.

“Segundo o ministro da Economia, António Costa Silva, citado na imprensa, a Comissão Europeia […], terá sempre estado envolvida nas negociações que terão ditado este desfecho. As notícias em causa referem que a operação foi aprovada pela Comissão, tendo passado no chamado ‘teste de mercado'”, prosseguiu o eurodeputado.

João Pimenta Lopes pediu a Bruxelas “informação detalhada sobre a intervenção que teve neste processo e, em particular, no seu desfecho”.

“Como se justifica essa intervenção? Que tipo de “aprovação” foi dada a este negócio e de que critérios dependeu a mesma? Procurou a Comissão Europeia impor ao Governo Português esta solução?”, questionou o também dirigente do PCP.

Na ótica dos comunistas, o fundo de investimento Mutares vai receber “de mão beijada” uma das “principais empresas industriais portuguesas, com créditos e garantias, trabalhadores altamente qualificados, capacidade de investigação” e “encomendas com centenas de milhões de euros em carteira”.

“Trata-se, evidentemente, de uma decisão profundamente lesiva para os interesses nacionais“, lamentou. As perguntas prioritárias feitas à Comissão têm de ser respondidas num prazo mais curto do que outras feitas à equipa liderada por Ursula von der Leyen.

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Governo confirma atraso nos pagamentos. Reembolso de faturas das agendas mobilizadoras começa “nas próximas semanas”

Governo confirma atraso no pagamento às agendas mobilizadoras do PRR, noticiado pelo ECO. Só "nas próximas semanas" deverão receber os primeiros 40 milhões em reembolsos de verbas já investidas.

As agendas mobilizadoras já receberam 545 milhões de euros em adiantamentos, revela o Ministério da Economia em comunicado. Confirmando a notícia avançada pelo ECO esta segunda-feira, ainda não foram feitos quaisquer pagamentos contra-fatura, que estavam prometidos para outubro. Na calha estão 40 milhões de euros, que deverão ser pagos nos próximos dias.

“No âmbito das Agendas Mobilizadoras para a Competitividade Empresarial, o IAPMEI já procedeu ao pagamento de 585 milhões de euros aos consórcios, estimando-se terminar o ano com pagamentos na ordem dos 700 milhões de euros”, calcula o Ministério liderado por António Costa Silva, adiantando que, “deste montante global, cerca de 40 milhões de euros correspondem a pedidos de reembolso sobre despesa realizada e submetida na primeira fase”, mas que ainda não foram pagos.

“A decisão destes pedidos de pagamento iniciou-se ainda em outubro, devendo o processo estar concluído nas próximas semanas”. Ou seja, as empresas ainda não foram ressarcidas dos investimentos feitos, tal como o ECO noticiou.

Alguns dos pedidos já foram submetidos em julho, assim que a plataforma ficou disponível. Recorde-se que o organismo liderado por Luís Guerreiro tinha dito que previa iniciar os pagamentos contra reembolso dos investimentos no âmbito das agendas mobilizadoras até ao final do semestre, depois de o ECO ter noticiado que não existia a plataforma onde as empresas poderiam comprovar os pagamentos feitos.

Por outro lado, “o prazo para a submissão das despesas da segunda fase foi prorrogado em 15 dias a pedido de vários consórcios, de modo a permitir que estes consigam reunir toda a informação necessária”, acrescenta o mesmo comunicado. O ECO já tinha avançado este prolongamento, que também foi justificado por problemas técnicos na plataforma.

Com o objetivo de chegar ao final do ano com 700 milhões de euros pagos às empresas, será possível “atingir uma taxa de 25% de execução financeira das Agendas Mobilizadoras contratadas, em linha com os planos de trabalhos associados, que na sua fase inicial contemplam essencialmente atividades de I&D”, acrescenta o mesmo comunicado. Atualmente, a taxa de execução de 17%, quando medida em função dos pagamentos aos beneficiários finais.

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Grupo Névoa compra Campera Outlet e Ferrara Plaza a fundo do Novobanco

Outlet no Carregado e shopping de Paços de Ferreira passam a integrar o portefólio do grupo liderado pelo empresário bracarense Domingos Névoa, num total de sete centros comerciais.

O grupo Névoa comprou o Campera Outlet Shopping (Carregado) e o Ferrara Plaza (Paços de Ferreira) ao Fungepi – Fundo de Gestão de Património Imobiliário do Novobanco, “reforçando o seu posicionamento no segmento do retalho em Portugal”.

Com a aquisição do primeiro centro comercial outlet do país e do maior shopping do Vale de Sousa, o grupo com sede em Lisboa e “raízes” em Braga passa a deter um total de sete ativos com uma área conjunta de 115 mil metros quadrados de área locável e 386 lojas em carteira.

Do portefólio do grupo detido pelo empresário Domingos Névoa fazem ainda parte o Shopping Cidade do Porto, adquirido em janeiro deste ano; o Braga Retail Center e o Mira Maia Shopping, ambos comprados em dezembro de 2021; o Darque Retail Park, em Viana do Castelo; e o Beja Retail Park.

“No espaço de pouco mais de um ano, o Grupo Névoa adquiriu cinco ativos relevantes, localizados nas grandes áreas do Porto e de Lisboa, que apresentam um elevado potencial de expansão. Estamos convictos do crescimento que pretendemos para estes sete centros comerciais, com a captação de novas marcas e serviços e a atração de mais visitantes”, descreve Sousa Ribeiro, diretor geral da área imobiliária do Grupo Névoa.

Além da promoção imobiliária, construção civil, centros comerciais (gestora e proprietária), ambiente (águas e resíduos), parques de estacionamento e hotelaria, o grupo Névoa atua também no setor da distribuição automóvel, com concessionários da Mercedes-Benz, Smart, Jaguar, Land Rover, Ford e XEV.

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Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

A taxa Euribor subiu a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira. Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses voltou a ficar pela sexta sessão consecutiva com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta segunda-feira para 4,022%, mais 0,018 pontos do que na sexta-feira, depois de ter subido a 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. De acordo com dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 6 de junho de 2022, também subiu para 4,066%, mais 0,004 pontos do que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,963%, mais 0,007 pontos, depois de ter subido a 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se a 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Tiago Cochofel de Azevedo reforça equipa de laboral da Antas da Cunha Ecija

Após 12 anos ao serviço da Vieira de Almeida, Tiago Cochofel de Azevedo integrou o departamento de Direito do Trabalho e Segurança Social da Antas da Cunha Ecija, enquanto of counsel.

A Antas da Cunha Ecija reforçou a sua equipa com Tiago Cochofel de Azevedo, enquanto of counsel do departamento de Direito do Trabalho e Segurança Social. O advogado transita da Vieira de Almeida.

“As recentes e relevantes alterações à legislação laboral têm gerado junto das empresas uma ainda maior necessidade de assessoria preventiva na nossa área de prática, que se tem traduzido num incremento significativo do número de solicitações e de novos clientes, assim como, simultaneamente, fruto da aliança estratégica celebrada com a Taylor Wessing, tem sido bastante expressivo o volume, complexidade e sofisticação de novos desafios de clientes internacionais de dimensão global, nomeadamente nesta área do Direito do Trabalho Internacional, se assim o podemos designar”, disse o sócio responsável pela área de laboral Pedro da Quitéria Faria.

Tiago Cochofel de Azevedo centra a sua prática em Direito do Trabalho, Labour Tech e Relações Internacionais do Trabalho. Ao longo dos últimos anos, prestou assessoria, maioritariamente a empresas do setor farmacêutico e bancário, nas mais diversas vertentes do Direito do Trabalho e da Segurança Social, ao nível das relações individuais e coletivas de trabalho.

Em comunicado, Pedro da Quitéria Faria adiantou que o escritório sentiu uma necessidade de reforçar a equipa com profissionais que, “pela sua experiência e reconhecida competência”, aportem valor ao trabalho que realizam. “O Tiago reúne todas essas características, de forma indiscutível“, acrescentou.

“Provavelmente não ficaremos por aqui. Pelas razões acima expostas, a integração do Tiago espelha a nossa aposta num crescimento sustentado, nomeadamente na área de prática de Laboral, onde a grande prioridade será sempre a qualidade e a excelência do serviço que prestamos aos nossos clientes”, revelou o sócio da Antas da Cunha Ecija.

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