Subsídio chega a apenas um terço dos cuidadores informais

Apoio médio mensal é de 306 euros. Até ao início de outubro, foi reconhecido o estatuto a 16.343 pessoas, mas apenas 5.480 recebem a ajuda da Segurança Social.

O subsídio ao cuidador informal chega a apenas um terço das pessoas que gozam desse estatuto, segundo dados enviados ao ECO pelo Instituto da Segurança Social (ISS). Assim, “até ao início do mês de outubro foi reconhecido o estatuto de cuidador informal a 16.343 pessoas”, mas apenas 5.480 recebem a ajuda da Segurança Social.

“O valor médio mensal do subsídio de apoio ao cuidador informal é de 306 euros”, indica o ISS. De salientar que apenas os cuidadores principais, isto é, que são familiares que vivem com a pessoa cuidada, têm direito a um apoio financeiro que é igual à diferença entre os rendimentos do cuidador e o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que está nos 480,43 euros e que, no próximo ano, vai subir para 510,22 euros. Por exemplo, se os ganhos mensais do cuidador totalizarem 200 euros, o apoio poderá ir até aos 280,43, este ano, ou até 310,22, em 2024.

Para ter acesso ao subsídio, o cuidador informal principal não pode receber prestações por desemprego e deve preencher a condição de recursos, segundo a qual os rendimentos mensais do conjunto do agregado familiar, no qual o cuidador se insere, não podem ser superiores a 576,16 euros, isto é, 1,3 vezes o IAS de 480,43 euros. Este referencial vai subir para 663,29 euros, no próximo ano, quando o IAS passar para 510,22 euros.

O subsídio é majorado em 50% do valor das contribuições sociais sobre a remuneração de um IAS, se o cuidador informal principal estiver inscrito no regime do seguro social voluntário, e enquanto pagar regularmente as respetivas contribuições, de acordo com as regras que podem ser consultadas na página da Segurança Social.

Desde que a regulamentação do estatuto do cuidador informal entrou em vigor, a 11 de janeiro de 2022, que os prazos para apresentação dos comprovativos para pedir o reconhecimento de tal estatuto têm sido continuamente adiados. Na sexta-feira passada, o Governo prorrogou pela sexta vez a data limite para 30 de abril de 2024.

“Continuam a verificar-se alguns constrangimentos na obtenção dos documentos instrutórios do processo, nomeadamente a declaração médica e o comprovativo do pedido para intentar ação de acompanhamento de maior“, pelo que é necessário “proceder à prorrogação do prazo previsto (…), permitindo, assim, o deferimento e a manutenção do estatuto do cuidador informal, salvaguardando a entrega posterior dos referidos documentos”, de acordo com a portaria publicada a 4 de novembro e assinada pela secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.

Ao ECO, o ISS reforçou que “o grande objetivo da prorrogação do prazo constante da portaria é garantir que o estatuto de cuidador informal é atribuído a quem cumpra os requisitos”.

Recorde-se que o estatuto do cuidador informal começou por funcionar durante cerca de um ano, num sistema de projetos-piloto, circunscritos a 30 concelhos. Com a entrada em vigor do decreto regulamentar n.º 1/2022, o estatuto e as medidas de apoio passaram a poder ser aplicados em todo o território continental.

Entre as principais novidades estão a simplificação do processo, reduzindo o prazo de resposta aos pedidos de reconhecimento do estatuto, a possibilidade de um período de descanso e a majoração do subsídio aos cuidadores inscritos no seguro social voluntário.

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Nova carreira de auxiliar de saúde dá, no mínimo, aumento salarial de 48 euros

Medida, que abrange 24 mil assistentes operacionais do SNS, terá um custo anual de 18 milhões de euros. Diploma deverá ser aprovado pelo Governo no Conselho de Ministros da próxima semana.

O Governo deverá aprovar, no Conselho de Ministros de quinta-feira da próxima semana, dia 16, a nova carreira de técnico auxiliar de saúde, reivindicada há mais de uma década pelos sindicatos e que permitirá aumentos salariais de pelo menos 48 euros. A medida, que entrará em vigor no próximo ano, vai ter um custo anual de “17,9 milhões de euros, a que acrescem mais 3,8 milhões de euros por despesas associadas ao trabalho suplementar”, segundo o projeto de decreto-lei e estudo prévio publicados em separata do Boletim do Trabalho e Emprego.

“O Serviço Nacional de Saúde (SNS) dispõe, atualmente, de 30.387 assistentes operacionais, dos quais, aproximadamente 24.114, estão afetos a centros de custo associados à prestação de cuidados de saúde” e que “estão em condições de transitar para a carreira especial de técnico auxiliar de saúde”, de acordo com o mesmo documento.

Para além disso, “estes 24 mil assistentes operacionais vão transitar para a nova carreira especial, sem perda de pontos e beneficiando também do acelerador de progressões“, revelou ao ECO, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Publica (SINTAP), afeto à UGT. A garantia foi dada esta segunda-feira pelo secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, às diversas estruturas sindicais.

Neste momento, estes trabalhadores estão posicionados na carreira geral de assistente operacional, sendo que “a grande maioria está na Base Remuneratória da Administração Pública (BRAP)”, de acordo com José Abraão. Isto é, estes trabalhadores ganham o salário mínimo mensal do Estado que, no próximo ano, vai subir 25,63 euros, de 769,20 euros para 821,83 euros brutos.

Só por passarem para a nova carreira de técnico de auxiliar de saúde, sem contar o efeito positivo dos pontos sobrantes e do acelerador de progressões, estes funcionários públicos vão saltar pelo menos um nível remuneratório. Quem está na primeira posição, passará, no próximo ano, dos 821,83 euros brutos mensais para 869,84 euros, um incremento de 48 euros ou de 6,4%. Esta carreira terá oito posições salariais, terminando em 1.228,09 euros.

Dentro da carreira especial de técnico auxiliar de saúde, o projeto de diploma do Governo prevê a criação da categoria de técnico auxiliar de saúde principal para a qual poderão transitar os assistentes operacionais que estejam na categoria de encarregado. A primeira posição remuneratória destes trabalhadores vai corresponder, no próximo ano, ao nível 13, o que corresponde a um ordenado bruto mensal de 1.228,09 euros. Esta carreira terá quatro posições, terminando em 1.385,99 euros.

O salto remuneratório e, consequentemente, o impacto orçamental podem ainda ser maiores se se contabilizar os pontos do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP) que não se perdem com a transição para a nova carreira e a aplicação do acelerador de progressões que, a partir do próximo ano, possibilita um salto remuneratório extra com apenas seis pontos, em vez dos atuais 10, desde que tenha 18 anos de carreira e sofrido os dois períodos de congelamento: entre 30 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007 e entre 1 de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2017.

Recorde-se que foi o segundo Executivo de José Sócrates, suportado por uma maioria absoluta socialista no Parlamento, que, no final de 2008, decidiu extinguir a carreira especial de ação médica, forçando os trabalhadores enquadrados naquele regime a transitar para a carreira geral de assistente operacional, com piores condições salariais e de progressão.

Quinze anos depois, o atual Executivo, também de maioria absoluta PS, decidiu reposicionar outra vez estes funcionários numa carreira especial.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 7 Novembro 2023

A OCDE divulga a taxa de inflação nas economias mais desenvolvidas e o Parlamento continua a discutir Orçamento do Estado na especialidade.

O Instituto Nacional de Estatísticas apresenta o estudo sobre o Poder de Compra Concelhio e a OCDE divulga a taxa de inflação nas economias mais desenvolvidas. No Parlamento, deputados e Governo continuam a discutir Orçamento do Estado na especialidade.

INE divulga estudo sobre poder de compra concelhio

O gabinete de estatísticas nacional divulga o estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, relativo a 2021, uma publicação que caracteriza os municípios portugueses sob o ponto de vista do poder de compra através de vários indicadores.

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Lá por fora, o Eurostat revela o consumo de sacos de plástico leves em 2021 (fruta, pão, etc) e ainda os preços na produção industrial em setembro.

Como evoluiu a taxa de inflação?

Numa altura em que a inflação está a dar sinais de forte abrandamento em várias partes do mundo, a OCDE divulga o índice de preços no consumidor na região.

Parlamento continua a debater OE

A Comissão de Orçamento e Finanças dá continuidade à apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2024 com as audições do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, pelas 9h00, e do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, pelas 15h30.

Caso EDP prossegue julgamento

O processo tem como arguidos o antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, a sua mulher, Alexandra Pinho, e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado.

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Pessoal dos hospitais EPE recebe retroativos de 3.600 euros em dezembro

Funcionários com contrato individual de trabalho serão equiparados à Função Pública para a contagem de tempo de serviço com efeitos a 2019. Medida abrange 4.000 trabalhadores e vai custar 34 milhões.

Cerca de quatro mil funcionários dos hospitais, que são entidades públicas empresariais (E.P.E), vão ter direito a retroativos salariais que podem ultrapassar os 3.600 euros, por decisão do Governo que equiparou estes trabalhadores aos que têm vínculos em funções públicas para efeitos de contagem do tempo de serviço a partir de 2019. O cheque será pago em dezembro e terá um custo de 34 milhões de euros.

Esta era uma exigência antiga das várias estruturas sindicais. Em causa está a falta de contagem do tempo de serviço depois de 2018, ano em que esses trabalhadores, com contratos individuais de trabalho, passaram a ter um tratamento igual aos que têm contrato de trabalho em funções públicas.

Com as circulares emitidas pela tutela “fica reposta a justiça, na medida em que estes trabalhadores terão direito ao reposicionamento remuneratório com efeitos a 1 de janeiro de 2019”, adiantou ao ECO o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão.

A contagem do tempo dará direito a pelo menos um salto na carreira, o que corresponde a uma valorização salarial. No caso dos assistentes operacionais, esse incremento é de cerca de 52 euros mensais. Se multiplicarmos por 14 meses e depois por cinco anos, relativos ao hiato entre 2019 e 2023, os retroativos poderão chegar aos 3.640 euros, que serão pagos em dezembro, juntamente com o ordenado.

No caso dos assistentes técnicos e técnicos superiores, um salto remuneratório implica mais cerca de 100 euros mensais. Nestes casos, o cheque de dezembro poderá atingir os 7.000 euros.

Nos últimos anos, vários hospitais EPE recusaram aumentos salariais em linha com o que tem sido aprovado para os funcionários públicos, tendo os sindicatos ganho essa batalha em tribunal, sinalizou José Abraão. Nesta situação estiveram trabalhadores de unidades como “os centros hospitalares de Lisboa Central, de Lisboa Oriental, de Coimbra ou o hospital Amadora-Sintra”, indicou o dirigente sindical.

Com as quatro circulares emitidas, na passada semana, pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças e pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), os hospitais EPE terão de revalorizar as carreiras dos contratos individuais de trabalho com retroativos a 2019. A medida abrange não só os trabalhadores das carreiras gerais, mas também farmacêuticos, técnicos superiores de saúde e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.

Estes trabalhadores vão ainda beneficiar das 35 horas de trabalho semanais e do acelerador de progressões que permite avançar na carreira de forma extraordinária e pontual a quem, a partir do próximo ano, acumule seis pontos na avaliação de desempenho do SIADAP, em vez dos atuais 10, desde que tenha 18 anos de carreira e sofrido dois períodos de congelamento: entre 30 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007 e entre 1 de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2017.

O Ministério da Saúde explica, em comunicado, que “os acréscimos remuneratórios agora aprovados vão ser pagos já a partir do mês de dezembro deste ano e, em função da situação concreta de cada trabalhador, em alguns casos com efeitos retroativos a janeiro de 2019″.

“Esta é uma medida que valoriza os profissionais do SNS e que assegura paridade entre os trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas e os trabalhadores com contratos de trabalho, valorizando de igual forma quem desempenha funções idênticas”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, citado no comunicado.

A medida “resulta do trabalho desenvolvido entre as áreas governativas da Presidência, das Finanças e da Saúde, bem como das negociações mantidas com as estruturas sindicais representativas destes trabalhadores, nomeadamente no âmbito do desenvolvimento do acordo plurianual de valorização dos trabalhadores da administração pública”, de acordo com a tutela.

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BCP já fixou a prestação da casa a mais de 300 famílias

BCP está a fixar a prestação da casa a um ritmo de 100 contratos ao dia desde que a medida entrou em vigor na passada quinta-feira. Santander já recebeu 3.800 pedidos.

O BCP já fixou a prestação da casa de mais de 300 contratos de empréstimo à habitação ao abrigo da medida do Governo que visa proteger as famílias da escalada das taxas de juro através de um alívio na Euribor, segundo avançou a instituição financeira ao ECO.

A medida – que consiste na aplicação de 70% da Euribor a seis meses e permite baixar a prestação durante dois anos – entrou em vigor apenas na quinta-feira da semana passada e o banco liderado por Miguel Maya está a fixar a prestação da casa a um ritmo de 100 contratos ao dia (útil) desde então.

“A maioria dos pedidos de fixação da prestação foram realizados através da app de telemóvel e do homebanking”, revelou fonte oficial do BCP, frisando que está a “dar máxima prioridade às solicitações de adesão” à moratória.

A lei estipula um prazo de 15 dias para os bancos apresentarem uma simulação da aplicação da medida e o plano de reembolso do montante diferido, a que acrescem 30 dias para o cliente decidir se aceita ou não a aplicação da medida.

O CEO do BCP tem sido um dos principais entusiastas da medida que considerou ser “bem desenhada e oportuna”, pois permite dar “previsibilidade às famílias”. “Eu recomendo vivamente. É uma medida que beneficia e apoia as pessoas”, afirmou Miguel Maya na semana passada durante a conferência de apresentação de resultados do banco.

Já o Santander adiantou ao ECO que recebeu 3.800 pedidos de clientes para estabilizar a mensalidade do crédito da casa, mas não detalhou quantos já estão a beneficiar da medida.

Os outros bancos não quiseram adiantar números (casos do BPI e da Caixa, sendo que o banco público está em blackout até à apresentação dos resultados na próxima quinta-feira) ou não responderam até à publicação deste artigo (casos Novobanco, Banco Montepio e Crédito Agrícola).

Com esta medida, que abrange todos contratos de empréstimo da casa realizados antes de 15 de março, as famílias poderão beneficiar um alívio na prestação, enquanto os valores diferidos são pagos no final do contrato – o que vai implicar uma fatura maior com o crédito da casa no final face ao que pagaria caso não tivesse acedido à medida.

Bancos prestam informação e há simuladores

Entretanto, os bancos já estão a fornecer toda a informação sobre a medida da fixação temporária da prestação. As grandes instituições financeiras optaram por um modelo de pergunta e resposta para explicar aos seus clientes o que está em causa, nomeadamente as condições de elegibilidade, como é calculada a nova prestação e como será feito o pagamento dos valores diferidos.

No caso do Santander o Q&A é acompanhado de um simulador que permite perceber qual o alívio que o cliente poderá ter na sua prestação caso adira à medida.

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Relatório do novo aeroporto de Lisboa vai apontar melhor solução em cada critério

Comissão Técnica Independente vai indicar as oportunidades e riscos das opções para o aeroporto de Lisboa em cada fator de decisão, o que permitirá inferir quais as melhores e piores soluções.

O relatório final da Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pelo estudo do novo aeroporto de Lisboa vai apontar as melhores soluções em cada um dos fatores críticos de decisão, apurou o ECO. Será essa avaliação que permitirá nortear a decisão do Governo, que será tomada no próximo ano.

A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para o reforço da capacidade aeroportuária da região de Lisboa está a aproximar-se do fim. Luís Marques Mendes afirmou no seu habitual espaço de comentário na SIC que o relatório preliminar será entregue na última semana do mês. Uma informação confirmada ao ECO pela CTI.

O documento não irá apresentar um ranking global das melhores opções de localização para a infraestrutura, como já afirmou a coordenadora da Comissão, Rosário Partidário. Vai, no entanto, apontar quais as que melhor respondem aos diferentes fatores críticos de decisão, em função das oportunidades e riscos de apresentam. Ou seja, será possível inferir quais as melhores e piores soluções para o novo aeroporto em cada um daqueles fatores.

Questionada pelo ECO, fonte oficial da CTI reiterou que não será apresentado um ranking, mas serão avaliadas “oportunidades e riscos para cada fator crítico de decisão. Tais oportunidades e riscos derivam de estudos técnicos exaustivos e consistentes, coordenados e desenvolvidos por especialistas com experiência e formação aprofundadas nas respetivas áreas de especialidade”, adianta.

A Comissão definiu cinco fatores críticos de avaliação, após um processo de consulta pública: segurança aeronáutica; acessibilidade e território; saúde humana e viabilidade ambiental; conectividade e desenvolvimento económico; investimento público e modelo de financiamento. Cada um destes fatores tem depois vários critérios de avaliação, que por sua vez incluem uma diversidade de métricas.

Por exemplo, na dimensão da conectividade e desenvolvimento económico serão tidos em conta critérios como a competitividade e desenvolvimento do hub, impactos macroeconómicos, capacidade de expansão aeroportuária e o resultado da análise custo-benefício. Noutros fatores serão analisadas as acessibilidades ferroviárias, rodoviárias e fluviais, necessidades de investimento, a população afetada ou a rapidez de execução.

É com esta grelha que serão avaliadas as nove opções estratégicas para o novo aeroporto que foram definidas: Portela + Montijo, Montijo + Portela, Campo de Tiro de Alcochete, Portela + Campo de Tiro de Alcochete, Santarém, Portela + Santarém, Vendas Novas, Portela + Vendas Novas e Rio Frio + Poceirão.

Destas, cinco foram impostas à partida pelo Governo: a manutenção da Portela em conjugação com o Montijo, nas versões como aeroporto principal ou secundário, uma nova infraestrutura no Campo de Tiro de Alcochete, Santarém e Portela + Santarém. A CTI decidiu acrescentar mais quatro, resultantes do processo de auscultação pública realizado através do site “aeroparticipa.pt”.

Uma vez concluído o relatório, segue-se uma consulta institucional, prevista para entre dezembro e janeiro, e uma conferência para apresentação pública dos resultados preliminares da Avaliação Ambiental Estratégica. Só depois será entregue o relatório final ao Governo.

No discurso que encerrou o debate da proposta de Orçamento do Estado para 2024, o ministro das Infraestruturas voltou a garantir que no próximo ano será tomada uma decisão final. “Teremos em curso melhorias no Aeroporto Humberto Delgado e tomaremos uma decisão que tem estado indefinida há mais de 50 anos. Sim, decidiremos mesmo a localização do novo aeroporto“, afirmou João Galamba.

(artigo atualizado às 8h55 com confirmação da CTI de que o relatório preliminar será entregue no final do mês)

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Ranking seguradoras T3: Tranquilidade e GamaLife ganham mercado

O mercado total desceu 5% em relação ao ano passado e só o ramo Vida baixou 20% arrastando grupos com grande peso. As seguradoras de ramos gerais, que subiu 10%, ganharam quota. Veja o ranking.

A Tranquilidade e a GamaLife contrariaram a tendência de quebra que o ramo Vida, que decresceu vendas em 20,7% nos primeiros nove meses de 2023 em relação a igual período do ano passado. O grupo Generali, que em Portugal opera com a marca Tranquilidade e com a seguradora Europ Assistance, ganhou 1,7% de quota subindo para 11,8% no total do mercado. A GamaLife, companhia Vida com interesses também em Itália, cresceu 1,4% a sua quota de mercado e entrando para 9º lugar no ranking dos grupos a operar em Portugal.

Pedro Carvalho, da Tranquilidade e Matteo Castelvetri, da GamaLife, estão a sair vencedores de um ano globalmente negativo.

Este ranking é elaborado por ECOseguros com base em dados divulgados esta segunda-feira pela ASF, entidade supervisora do setor segurador. A informação desta vez distribuída inclui as sucursais de empresas da União Europeia o que leva à totalidade do mercado português: 61 companhias ativas agregáveis, por ECOseguros, em 37 grupos ou seguradoras independentes.

No topo do ranking mantém-se o grupo Fidelidade que baixou a sua quota em -0,7% para 29,5%, decrescendo vendas em 7,2%, apesar de tudo melhor que o Grupo Ageas Portugal, penalizado em vendas pela expressão dos negócios conseguidos no ramo Vida. A mesma razão levou a BPI Vida e Pensões a baixar dois lugares no ranking e a perder 1,1% de quota de mercado. É agora a 7ª maior com 4,5% do mercado.

Com crescimento acima do mercado, Allianz mantém o 4º lugar e Zurich subiu para 5º, por troca com o grupo Santander em que a baixa dos seguros financeiros não foi compensada pelas companhias Aegon Santander que tratam dos seguros Vida Risco e dos Não Vida.

Ainda no top 10, a Lusitania ganhou quota de mercado e o grupo CA do Crédito Agricola perdeu 0,4%.

A concentração manteve-se estável, os 5 primeiros grupos representam dois terços do mercado total, os 10 primeiros arrecadam 85% dos prémios.

Nos restantes grupos e seguradoras por ordem descendente as maiores variações positivas foram da Real Vida (crescimento de 26% e +0,4% de quota) e Caravela (17,9% e +0,3%). No lado das descidas relevo para a UNA com uma baixa de 1,1% de quota de mercado após uma baixa para metade do volume de prémios. Entretanto, estas seguradoras reforçaram capital e gestão para dar resposta a esta quebra.

Veja o ranking da produção de todas as seguradoras em Portugal no Trimestre 3, comparando com igual período do ano passado.

 

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Verlingue do Reino Unido renova a marca e Barry Reynolds assumirá a liderança

  • ECO Seguros
  • 6 Novembro 2023

“Reconstruímos, reformulámos e relançámos a nossa proposta e estamos muito satisfeitos com o calibre dos profissionais que escolheram juntar-se a nós neste projeto empolgante”, diz CEO.

A corretora Verlingue mudou a marca do corretor especializado nos mercados do Lloyd’s e de Londres, NBJ London Markets, para Verlingue London Markets. Além desta alteração, a empresa contratou dirigentes para expandir o seu acesso a mercados e conhecimentos especializados, avançou a empresa num comunicado.

De acordo com o CEO da Verlingue do Reino Unido, Mile Lathan, a “renovação da marca faz parte da nossa estratégia global” e o seu objetivo é responder às necessidades dos clientes que procuram “um serviço de excelência contínuo e acesso a corretores especializados no mercado”, diz o CEO. “Reconstruímos, reformulámos e relançámos a nossa proposta e estamos muito satisfeitos com o calibre dos profissionais que escolheram juntar-se a nós neste projeto”, acrescenta.

Barry Reynolds assumirá a chefia da Verlingue London Markets como Diretor-Executivo.

A anteriormente designada NBJ London Markets é especializada na cobertura de riscos difíceis para veículos, bens e responsabilidade civil, presta serviços ao corretor principal, a Verlingue inglesa, e a uma série de corretores independentes no Reino Unido.

Barry Reynolds, profissional com 35 anos de experiência no setor segurador britânico, assumirá o cargo de Diretor Executivo. Para se juntar à Verlingue, Barry Reynolds abandonou o cargo de Diretor Executivo do Grupo Jensten, onde dirigia o negócio de corretagem da Lloyd´s. Para a sua equipa de direção, vai LucyColleran – gestora de corretagem; Simon Clegg – Diretor de Desenvolvimento de Corretores; Marc Smart – Diretor de automóveis. Todos vão se juntar a Grant Pye, Diretor de Propriedades, e Andi Turner, Diretor de Acidentes na equipa de direção, confirma a corretora.

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Ministra admite aumento de algumas taxas de acesso à Justiça para “travar abusos”

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

"Se houver necessidade de travar o recurso excessivo a determinados mecanismos, ponderadas essas circunstâncias, poderá ser possível subir" as taxas, disse a ministra.

A ministra da Justiça admitiu esta segunda-feira vir a aumentar algumas taxas de justiça, como forma de racionalização e gestão e “travar abusos”, tendo o PSD acusado a ministra de fazer o contrário do prometido pelo PS no programa eleitoral.

Na discussão do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) na especialidade para o setor da Justiça, a deputada social-democrata Mónica Quintela questionou a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, sobre a promessa eleitoral socialista de baixar taxas de justiça, citando a nota explicativa do OE2024 enviada ao parlamento, na qual se admitia a racionalização das taxas, questionando ainda se o Governo se prepara para não cumprir a promessa eleitoral, aumentando taxas atualmente “desajustadas ao país empobrecido que temos” e “arredando os cidadãos dos tribunais”.

A ministra admitiu a intenção de uma “racionalização de custos”, sublinhando que há casos em que as taxas deverão “baixar onde for de baixar e se houver necessidade de travar o recurso excessivo a determinados mecanismos, ponderadas essas circunstâncias, poderá ser possível subir”, insistindo que eventuais subidas se dirigem a casos que “possam ser considerados de abuso”.

“Será esta equipa governativa a fazer alteração a essa lei, de forma racional”, disse. Mónica Quintela questionou ainda a ministra sobre o impacto das greves dos funcionários judiciais nos tribunais e sobre um eventual plano de recuperação de pendências, tendo a ministra da Justiça respondido que o maior impacto foi sobretudo sentido no período das greves atípicas dos funcionários judiciais, que foram depois consideradas ilícitas por um parecer do Conselho Consultivo do Ministério Público.

“Depois dessa decisão foram desenvolvendo outras formas de luta que não tiveram um impacto assim tão grande”, disse a ministra. A deputada social-democrata perguntou ainda sobre o plano para o edificado e as rendas pagas no setor da Justiça, nomeadamente o Campus de Justiça em Lisboa, cujo contrato termina em 2026 e que têm um custo mensal de 1,2 milhões de euros, e o caso do Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, cedido a organismos do Ministério da Cultura por protocolo.

“Como é que o Ministério da Justiça se pode dar ao luxo de emprestar o que quer que seja e depois pagar estas rendas?”, questionou Mónica Quintela, tendo a ministra insistido que o plano plurianual para o edificado da Justiça trouxe “planificação e gestão” ao setor, incluindo com recurso a fundos europeus, identificando prioridades de intervenção, como o Tribunal de Vila Franca de Xira, atualmente a funcionar em contentores, e edifícios para uso e para venda. Seria já numa resposta à deputada socialista Joana Sá Pereira que a ministra haveria de referir que com obras em diversas comarcas se prevê uma poupança de 2,8 milhões de euros em rendas.

Joana Sá Pereira elencou investimentos e eixos prioritários de intervenção, nomeadamente no combate à corrupção, no reforço de recursos humanos, invocando um “património histórico” socialista no combate à criminalidade económica e deixando ataques ao PSD, afirmando que em matéria de recursos humanos “o currículo do PSD é de corte de subsídio de férias e congelamento de progressões” e que em termos de pendências processuais são agora cerca de um terço das mais de 1,6 milhões que existiam em 2012, quando os sociais-democratas eram Governo.

“Lembramo-nos bem do tempo em que a escolha era que tribunais encerrar, agora é quais requalificar”, disse a deputada. Marcos Perestrello (PS) continuaria o ataque ao PSD, com acusações de “cinismo orçamental” e “cinismo político” ao acusar Mónica Quintela de ter um discurso na especialidade divergente do discurso generalista, para o país, do partido e do líder social-democrata, pedindo mais dinheiro e investimento, sem explicar onde vai buscar essa verba.

É este contraste entre aquilo que se diz ao país e aquilo que se vem aqui sussurrar na comissão quando só o setor da Justiça está a ouvir que eu chamo de cinismo orçamental e é cinismo político falar de pendências quando elas hoje são um terço do que eram quando o PSD tinha responsabilidades e cinismo político quando falam de combate à corrupção”, acusou. Pelo Chega, o deputado Pedro Pinto acusou a ministra de ter “caído de paraquedas” no Governo e de não ter feito nada para resolver os problemas do setor, questionando que soluções traz o OE2024 para a Justiça.

“Podemos ter o maior orçamento de sempre, mas não o vemos. Espero estar enganado”, disse, depois de a ministra ter respondido com o investimento previsto para 2024 em recursos humanos, edificado e meios tecnológicos.

Catarina Sarmento e Castro acusou Pedro Pinto de “andar distraído”, depois de este ter questionado sobre os meios no Instituto de Registos e Notariado (IRN), afirmando que estão a correr concursos para centenas de novos trabalhadores, acrescentando ainda que os 75 funcionários transitados do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) “é um número perfeitamente comportável” para as tarefas que terão que desempenhar.

Pedro Pinto recusou distrações suas ou dos sindicatos do setor, referindo o protesto do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado (STRN) esta tarde frente ao parlamento, onde colocaram um caixão, símbolo da morte do setor, e as filas que se registam nos serviços para emissão de passaportes.

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Ministro de Israel diz que Guterres deveria ter vergonha do seu discurso

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

"Que vergonha, António Guterres! Mais de 30 menores – incluindo um bebé de nove meses, bem como crianças que testemunharam o assassinato, a sangue frio, dos seus pais –, estão detidos", disse Cohen.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, disse esta segunda-feira que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, deveria ter vergonha do seu recente discurso sobre a guerra. Guterres disse que todas as partes estão a cometer violações do direito internacional humanitário.

“Que vergonha, António Guterres! Mais de 30 menores – incluindo um bebé de nove meses, bem como crianças que testemunharam o assassinato, a sangue frio, dos seus pais –, estão detidos contra a sua vontade na Faixa de Gaza”, afirmou Cohen, através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter).

O governante vincou que o Hamas “é o problema em Gaza” e não as ações de Israel para “eliminar esta organização terrorista”. Também esta segunda, o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, voltou a defender que Guterres não reúne condições para manter-se como secretário-geral da organização.

“Passaram mais de 30 dias desde que crianças do Sul de Israel foram intencionalmente abatidas pelos terroristas do Hamas, mas tu não disseste nada sobre o ‘cemitério de crianças’ que o Sul de Israel se tornou”, criticou. Durante o seu discurso, Guterres referiu que enquanto o exército israelita “continua a bombardear e a espancar civis, hospitais, campos de refugiados, mesquitas, igrejas e edifícios da ONU”, o Hamas “usa civis como escudos humanos”.

Para Guterres, o caminho a seguir é “um cessar-fogo humanitário”. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, 10.022 palestinianos foram mortos e mais de 25.400 ficaram feridos desde o início da guerra. Entre as vítimas estão 4.104 crianças e 2.641 mulheres.

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Zelensky afasta eleições enquanto durar a guerra

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

O Presidente ucraniano descreveu ainda como "totalmente irresponsável" e "frívolo" lançar a questão das eleições "em tempo de guerra" no debate público.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pronunciou-se pela primeira vez categoricamente contra a possibilidade de realizar as eleições que estavam marcadas para o próximo ano, enquanto durar a guerra. “Acho que agora não é altura para eleições”, disse esta segunda-feira Zelensky, cujo mandato termina em 31 de março, no seu discurso à nação.

O Presidente ucraniano pediu para se evitar “tudo o que envolva divisão política”, argumentando que é preciso um foco na “defesa” do país e na “batalha” que decidirá “o destino do país e do povo”. Zelensky apelou para que não se caia no pessimismo e nos conflitos internos e alertou que isso só é bom para a Rússia.

“E se for preciso acabar com isso ou com a disputa política e continuar trabalhando apenas na unidade, então o Estado tem estruturas capazes de acabar com isso e dar à sociedade todas as respostas necessárias para que não haja espaço para conflitos e jogos de outras pessoas contra a Ucrânia”, disse o chefe de Estado.

Zelensky fez estas declarações dias depois de o seu antigo conselheiro Oleksí Arestovich ter pedido que as eleições não fossem adiadas e ter anunciado a sua intenção de concorrer às eleições presidenciais. Arestovich tem sido, nos últimos meses, muito crítico da administração Zelensky e afirma ter sido alvo de pressões e ameaças por isso.

No discurso desta segunda-feira, o Presidente ucraniano descreveu como “totalmente irresponsável” e “frívolo” lançar a questão das eleições “em tempo de guerra” no debate público. O sistema militar e de segurança ucraniano já tinha alertado para o desafio que seria garantir a segurança num dia de eleições em plena guerra e dar a todos os soldados, refugiados e pessoas deslocadas internamente a oportunidade de votar.

As palavras de Zelensky a favor do adiamento das eleições – como prevê a lei marcial em vigor desde o início da guerra no país – também ocorrem após o chefe do Exército, Valeri Zaluzhni, ter reconhecido pela primeira vez erros na estratégia militar adotada e reconhecido a estagnação da frente.

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DECO diz que Fidelidade é a melhor seguradora a operar em Portugal

  • ECO Seguros
  • 6 Novembro 2023

A AGEAS, CA Seguros, Ocidental, Victoria e Zurich não foram incluídas no estudo por terem recusado fornecer informações necessárias para a análise dos dados.

A seguradora portuguesa Fidelidade foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, a melhor seguradora a operar em Portugal, de acordo com o estudo realizado pela DECO Proteste publicado na Revista Dinheiro & Direitos.

O estudo recorreu à comparação entre as companhias que comercializam o conjunto de apólices mais contratualizadas pelos portugueses – seguro automóvel, de saúde, de vida e multirriscos habitação, declara a associação.

O estudo concluiu que a Fidelidade mantém-se no pódio com 76 pontos de 100. Depois encontra-se a Liberty, com 72 pontos e empatadas em 3.º lugar, estão a Allianz e a UNA, com 70 pontos cada. As companhias até agora nomeadas apresentam boa qualidade global, diz a a DECO.

Com média qualidade global, situam-se a Tranquilidade, ocupando o 4.ª lugar do ranking, com 62 pontos, a Lusitânia em 5.ª lugar com 58 pontos e a MAPFRE em 6.ª lugar com 52 pontos.

De acordo com a DECO PROTeste, a Fidelidade foi “líder incontestável entre as seguradoras para o título de melhor seguradora”, apresentando os maiores níveis de satisfação dos clientes em todos os produtos avaliados – o seguro automóvel, multirriscos habitação e de saúde.

No ramo do seguro automóvel, o mais contratado e acionado pelos portugueses foi a apólice de danos próprios da Allianz, seguindo-se a Fidelidade. Já nos seguros de saúde com hospitalização, ambulatório e estomatologia, quem liderou foi a UNA seguida da Tranquilidade. No seguro multirriscos habitação que consideram apólices com cobertura de fenómenos sísmicos a Tranquilidade obteve nota máxima, seguido pela UNA. Em seguros de Vida associados ao crédito à habitação, com cobertura de invalidez total e perante, as opções recomendadas pela DECO são a UNA e a Tranquilidade.

A Ageas, CA Seguros, Ocidental, Victoria e Zurich não foram incluídas no estudo por recusarem em fornecer informações necessárias para a análise dos dados, revela a DECO.

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