Comissão avalia entrada da caixa de previdência de advogados na Segurança Social

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

O Governo assinou um despacho para a constituição de uma comissão de avaliação da eventual integração da caixa de previdência de advogados e solicitadores (CPAS) no regime geral da segurança social.

O Governo já assinou o despacho para a constituição de uma comissão de avaliação da eventual integração da caixa de previdência de advogados e solicitadores (CPAS) no regime geral da segurança social, adiantou a Ordem dos Advogados (OA).

Em comunicado, na sequência de uma reunião na terça-feira da bastonária, Fernanda de Almeida Pinheiro, com a ministra da Justiça, a OA referiu que Catarina Sarmento e Castro comunicou a assinatura do despacho, em conjunto com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, estando prevista a apresentação de um relatório até um ano após o início dos trabalhos.

A comissão vai contar com dois elementos da área do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, um da área da Justiça, um da CPAS, um da OA, um da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução (OSAE) e outras figuras “de reconhecido mérito”.

Entre a possível integração no regime geral da Segurança Social ou a criação de um novo modelo de proteção social, a comissão vai analisar o impacto da eventual entrada da CPAS, a transição entre os diferentes regimes e os gastos associados, bem como um hipotético novo regime com maior proteção social, respeito por direitos adquiridos e a não presunção dos rendimentos para o cálculo das contribuições sociais.

De acordo com a nota divulgada, a OA apresentou também uma proposta para rever a tabela de honorários de 2024 dos serviços prestados no apoio judiciário.

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Governo admite “reflexão profunda” sobre patrocínios das casas de apostas no futebol português

  • ECO
  • 2 Novembro 2023

Secretário de Estado do Desporto admite "reflexão profunda" sobre a dependência do futebol português da publicidade das casas de apostas. Espanha, Itália e Inglaterra já avançaram com bloqueios.

O secretário de Estado do Desporto considera que a relação entre a publicidade às casas de aposta e o futebol merece uma “reflexão profunda”, salientando que a dependência é de 72%. Em entrevista ao Público, João Paulo Correia considera que, depois de Itália, Espanha e Inglaterra terem impedido que as casas de apostas patrocinassem a liga, a mesma possibilidade devia ser estudada a nível nacional. “Essa reflexão tem de ser feita porque não podemos decidir prejudicando fortemente um setor”, realça.

Na mesma entrevista, o governante com a tutela do desporto rejeita que a atualização das regras para o programa Regressar possa provocar um decréscimo da qualidade dos desportistas a atuar no país, como até a CIP já alertou. Argumenta que a decisão de reformular a iniciativa teve como objetivo excluir do programa rendimentos na ordem das “centenas de milhares de euros”, mas sem nenhum setor específico à vista, nomeadamente o futebol.

João Paulo Correia comentou ainda a redução nos apoios da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ao desporto. O secretário de Estado assegura que, em 2024, os contratos que não forem renovados — avaliados em valores “quase inexpressivos” — serão assegurados pelo Governo. E deixa a garantia: “Nenhum daqueles apoios que poderá não ser renovado em 2024 coloca em causa o funcionamento de qualquer federação desportiva”.

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Junta da Andaluzia incentiva a profissionalização do turismo e da hotelaria em Sevilha

  • Servimedia
  • 2 Novembro 2023

A Coremsa Formación oferece cursos subsidiados pela Junta aos desempregados de Sevilha nos setores de hotelaria e turismo.

No verão passado, a Andaluzia recebeu 2,26 milhões de turistas, 12.568 a menos do que no mesmo mês de 2019, quando foi quebrado o recorde histórico. Agosto foi o segundo mês com mais viajantes e pernoites nos estabelecimentos hoteleiros da Andaluzia desde pelo menos 1999, de acordo com a Pesquisa de Conjuntura Turística Hoteleira do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nesse sentido, prevê-se um aumento na demanda por profissionais dentro do setor turístico e setores como restaurantes ou hotelaria precisarão se profissionalizar o mais rápido possível, pois mais da metade dos trabalhadores não possuem um título adequado ao trabalho que realizam.

A hotelaria mantém um desafio pendente em relação à profissionalização de grande parte dos seus trabalhadores, o que significa que mais da metade das equipes não possuem um título adequado à profissão que exercem. Técnicos de formação profissional representam 20% no setor de hotelaria e universitários correspondem a apenas 10% nesse campo, de acordo com dados da Caixa Bank Dualiza. Para suprir essa necessidade, a Junta de Andaluzia concedeu um subsídio para formar trabalhadores e desempregados do setor de hotelaria e turismo, sendo a Coremsa Formación a entidade responsável pela oferta.

O grupo de formação oferece um extenso catálogo de cursos totalmente subsidiados, com o objetivo de melhorar as habilidades dos profissionais nos campos de hotelaria e turismo. Esses programas de treinamento são voltados para desempregados residentes em Sevilha que desejam se especializar em áreas como: operações básicas de cozinha, direção e produção de cozinha, técnicas culinárias, gestão de serviços no setor de restaurantes e atendimento ao cliente em restaurantes. Esses cursos visam profissionalizar os processos dentro do setor de hotelaria, melhorando assim a empregabilidade dos alunos e beneficiando tanto os empregadores quanto a qualidade geral dos serviços turísticos na Espanha.

A Coremsa Formación, que faz parte do Grupo Coremsa, destaca a importância da formação de qualidade em todos os setores. Com sua ampla experiência em treinamento regulamentado e projeção internacional, é um ator fundamental na melhoria da qualidade da força de trabalho no setor turístico e na formação profissional.

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Hoje nas notícias: ferrovia, médicos e desemprego jovem

  • ECO
  • 2 Novembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Obras na ferrovia vão derrapar até 2025 e terão implicações para os operadores. Médicos com mais de 50 anos poderão ganhar mais cinco dias de férias. Cerca de 30% dos jovens desempregados não concluiu ensino obrigatório. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta quinta-feira.

Atraso na ferrovia sobe custos dos operadores de mercadorias

O plano de investimento de 2,1 mil milhões para fomentar o transporte de mercadorias, o Ferrovia 2020, só deverá estar concluído em 2025, ao invés de 2021 como previsto. Miguel Rebelo de Sousa, diretor executivo da Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias aponta que a derrapagem dos prazos de concretização destas obras, que foi justificada pela falta de capacidade de resposta no mercado para o que estava previsto, está a ter impacto nos custos dos operadores ferroviários de mercadorias.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo dá dias de férias para manter médicos mais velhos nas urgências

O Ministério da Saúde está a estudar oferecer mais dias de férias aos médicos com mais de 50 anos do Serviço Nacional de Saúde. Esta será uma das novas condições a apresentar aos sindicatos na próxima ronda de negociações entre as partes. Os médicos com 50 anos que abdicarem da dispensa de trabalho noturno, não exercendo esse direito até ao final de cada ano, receberão mais dois dias de férias. Já os médicos com mais de 55 anos e que peçam escusa do trabalho em serviço de urgência ganhariam mais três dias de férias.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

30% dos jovens desempregados não concluiu ensino obrigatório

Um novo estudo do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, a pedido do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), revela que dos 99.319 jovens desempregados registados em 2022, quase um terço (29,6%) não tinha ido além do 9.º ano de escolaridade. Por sua vez, o estudo revela que 46,9% dos jovens tinham concluído o ensino secundário através da via geral ou profissional e 23,5% tinham concluído um curso superior, mestrado ou doutoramento.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

“Publicidade de casas de apostas no futebol merece reflexão profunda”

O secretário de Estado do Desporto considera que a relação entre a publicidade às casas de aposta e o futebol merece “reflexão profunda”, salientando que a sua dependência é de 72%. João Paulo Correia aponta que, depois de Itália Espanha e Inglaterra terem bloqueado que as casas de apostas patrocinassem a primeira liga, a mesma possibilidade devia ser estudada a nível nacional. E realça: “Essa reflexão tem de ser feita porque não podemos decidir prejudicando fortemente um setor”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Negócio de PCP com imobiliária pode configurar crime de financiamento ilegal

O contrato de permuta da Vivenda Aleluia, em Aveiro, concretizado este ano pelo Partido Comunista Português com a imobiliária Empresa de Gestão Imobiliária e Construção (EGIC) pode estar em risco de configurar crime de financiamento ilegal. Na altura da compra do edifício em 2014, já a EGIC tinha contratado um gabinete de arquitetura para elaborar o projeto do novo edifício de sete andares que vai construir no local e o respetivo licenciamento, tendo assumido todo aquele encargo financeiro – em nome do PCP. Fonte oficial da EGIC confirma que foram “essas as condições acordadas” com o partido.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

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SEUR reforçará equipa com 3.200 profissionais durante a campanha da Black Friday, Natal e Saldos.

  • Servimedia
  • 2 Novembro 2023

De 13 de novembro a 12 de janeiro, estima-se que serão movidos mais de 30 milhões de pedidos, com picos que superarão um milhão de pacotes por dia. A SEUR Frio, aumentará a sua capacidade em 30%.

No dia 24 de novembro, a campanha de Natal será iniciada com a celebração da Black Friday. Para o início da campanha, de 13 de novembro a 12 de janeiro, a SEUR prevê gerir mais de 30 milhões de pacotes.

A empresa estima que o dia 27 de novembro baterá o recorde deste ano, com mais de um milhão de pedidos gerenciados. Os principais destinos desses envios serão Madrid, Valência, Barcelona, Bilbao, Sevilha e Málaga. A SEUR reforçará sua equipe para lidar com esse aumento na produção, incorporando 3.200 profissionais, principalmente entregadores, funcionários de armazém e atendimento ao cliente. Além disso, a empresa também reforçará suas infraestruturas para aumentar sua capacidade logística em 50.000 m², com a incorporação de novas instalações de distribuição e ampliações de centros para garantir a gestão e transporte de todos os envios.

Além disso, a SEUR também aumentará sua frota de veículos, adicionando 2.000 furgões à sua frota de mais de 3.500 veículos, sendo 18% deles sustentáveis, para garantir os prazos de entrega a todos os usuários.

Nesse sentido, Benjamín Calzón, diretor de Excelência Operacional da SEUR, afirma que “somos conscientes da importância dos envios nessa época do ano, por isso, realizamos esse reforço em toda a nossa operação para garantir o cumprimento dos prazos de entrega aos nossos clientes. Estamos nos adaptando e antecipando às novas tendências de consumo há anos, para atender às demandas dos clientes, que são o centro de toda a estratégia que implementamos. Para a campanha de Natal, com a chegada da Black Friday e a Cyber ​​Monday, na SEUR, realizamos essas contratações com antecedência suficiente e, dessa forma, continuamos oferecendo os mais altos padrões de qualidade em todos os nossos serviços”.

SEUR FRIO

A empresa afirmou que o serviço de transporte com temperatura controlada “mais uma vez é protagonista nesta campanha devido à quantidade de refeições que são realizadas nessa época”. Assim, a SEUR reforça sua solução SEUR Frio, com um aumento de 30% da sua capacidade, de 5.500 m² para 6.500 m². O objetivo é atender à alta demanda esperada no transporte de alimentos frescos, especialmente carne, peixe e frutos do mar, que serão os produtos principais nas reuniões desta época festiva.

Os serviços Out of Home, que oferecem mais flexibilidade aos clientes e permitem operações mais sustentáveis, serão fundamentais nesta campanha, agilizando as entregas e recolhas de pedidos online. Nesse sentido, a SEUR já possui na sua rede Pickup 5.000 pontos, entre lojas de conveniência e armários inteligentes. “Graças a essa rede, são evitadas tanto as entregas mal-sucedidas como as consequentes segundas tentativas de entrega, e, portanto, são limitadas as emissões associadas, com uma redução de 63% nas emissões de CO2 associadas à última milha”, afirmou.

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Despedidas mais sustentáveis e digitais no horizonte do setor funerário

  • Servimedia
  • 2 Novembro 2023

A indústria funerária comemora o Dia de Todos os Santos, uma data emblemática que lembra a importância do seu trabalho e sua contribuição para a sociedade.

Neste contexto, o setor testemunha uma evolução constante nas suas práticas e serviços, condicionada por uma mudança na demanda de um consumidor cada vez mais consciente em relação à sustentabilidade e à digitalização.

Uma tendência chave ainda é o aumento da cremação em relação ao enterro tradicional. Segundo dados da Panasef, a Associação Nacional de Serviços Funerários, as cremações atingiram em 2022 um dos seus picos mais altos, acumulando cerca de 46% dos serviços de despedida realizados na Espanha, em comparação com os 16% relatados em 2005, por exemplo. De acordo com seu último relatório, ‘Radiografia do Setor Funerário de 2023’, em algumas regiões urbanas e áreas densamente povoadas, as cremações superaram os enterros tradicionais, representando mais de 55% dos serviços funerários.

Várias razões podem estar por trás dessa mudança de tendência. Por um lado, fatores económicos, uma vez que as cremações podem ser mais económicas. Além disso, a escassez de espaço em muitos cemitérios urbanos tem impulsionado a consideração de outras alternativas, e as mudanças socioculturais e uma perspetiva menos tradicional sobre as práticas funerárias também podem ter contribuído.

Paralelamente, a indústria também tem mostrado um aumento na conscientização ecológica, impulsionado pelo desenvolvimento de serviços e pelo uso de produtos mais respeitosos ao meio ambiente, como caixões ou urnas fabricados com materiais biodegradáveis e sem componentes químicos tóxicos.

Além disso, a pandemia, que impactou profundamente o setor, acelerou uma necessária digitalização e abriu caminho para a implementação de soluções tecnológicas de ponta.

Daniel Palacios, diretor-geral do Grupo Albia, empresa de serviços funerários, explica que “com a pandemia, testemunhamos uma mudança de paradigma no nosso setor, que valorizou nosso papel na cadeia sociosanitária e evidenciou a importância de realizar adequadamente as despedidas dos nossos entes queridos, iniciando o luto de forma saudável ao contar com o necessário apoio emocional que empresas como a nossa oferecem. O nosso compromisso em atender as famílias de forma emocionalmente adequada é essencial para nós e faz a diferença no serviço que prestamos”.

“A inovação e a tecnologia estão sendo fundamentais ao aplicar constantemente novos modelos nas despedidas, que atendem cada vez mais às necessidades das famílias. Também a parte de meio ambiente, responsabilidade social e boa governança está sendo de suma importância, um ponto em que, felizmente, a Albia já percorreu um caminho, mas onde temos margem de melhoria pela frente”, conclui.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 2 de novembro

  • ECO
  • 2 Novembro 2023

Ao longo desta quinta-feira, 2 de novembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Iniciativa Liberal fala em “sorvedouro” e acusa Governo de ter “enterrado” 400 milhões na Efacec

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

Líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, acusa Governo de "enterrar" 400 milhões de euros na Efacec. "Mais um enorme sorvedouro" do dinheiro dos contribuintes "apadrinhado pelos socialistas".

O líder da IL, Rui Rocha, acusou o Governo de ter enterrado 400 milhões de euros na Efacec, valor que, disse, supera a verba do Orçamento do Estado para 2024 “para toda a economia durante um ano”.

“Entre injeção direta, suprimentos e obrigações, sabe-se agora que o Governo de António Costa enterrou 400 milhões de euros dos contribuintes na Efacec“, refere Rui Rocha numa mensagem publicada através da sua conta no X (antigo Twitter), considerando tratar-se de “mais um enorme sorvedouro” do dinheiro dos contribuintes “apadrinhado pelos socialistas”.

Esta terça-feira, a Parpública (do Estado) vendeu a totalidade da Efacec (nacionalizada em 2020) ao fundo de investimento alemão Mutares, depois de ter obtido a aprovação da Comissão Europeia.

O Estado pôs mais 160 milhões de euros na empresa, tendo o Governo explicado numa conferência de imprensa do ministro da Economia, António Costa Silva, e do secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, a propósito da privatização da Efacec, que sem ‘limpar’ a situação financeira da empresa, não a conseguiria vender.

Este valor soma-se aos 200 milhões de euros que o Estado já pôs na empresa nos últimos 20 meses (para pagar custos fixos, desde logo salários). Ainda na esfera do Estado, o Banco de Fomento tem 35 milhões de euros em obrigações (convertíveis em capital) da Efacec.

Numa reação ao desfecho da venda da Efacec, o líder da Iniciativa Liberal comparou estes valores com a verba que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) canaliza para a economia.

“Se considerarmos os 180 milhões de euros para capitalização e outros programas avulsos, podemos chegar, com boa vontade, a 300 milhões canalizados para as empresas no Orçamento do Estado para 2024. António Costa pôs mais 100 milhões numa única empresa do que prevê no Orçamento do Estado para toda a economia durante um ano”, escreveu o líder liberal, lamentando que o ministro da Economia tenha considerado que hoje “é um dia feliz”.

A Mutares prevê que a Efacec atinja o equilíbrio em cinco anos (breakeven) e tem a obrigação de se manter na empresa pelo menos durante três anos (sem vender). A Efacec tem cerca de 2.000 trabalhadores.

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CO2 Revolution lança campanha de reflorestamento com o objetivo de plantar 600.000 árvores

  • Servimedia
  • 2 Novembro 2023

A CO2 Revolution, a empresa especializada em biotecnologia aplicada a projetos de absorção de CO2 e reflorestamento, inicia campanha de reflorestamento com o objetivo de plantar 600.000 árvores.

Essa novo trabalho da CO2 Revolution tem como objetivo o compromisso com a sustentabilidade e a luta contra as mudanças climáticas. A campanha abrangerá uma extensão total de 525 hectares, equivalente à área de 735 campos de futebol.

A campanha vai-se estender a 8 regiões da Espanha, com um foco especial nas províncias de Pontevedra e Orense, onde se encontram seus projetos mais representativos. Regiões onde está previsto reflorestar uma área de 334 hectares com o plantio de mais de 380.000 árvores. Essas áreas foram selecionadas estrategicamente para estabelecer florestas em áreas onde há falta de árvores nessas províncias e assim melhorar as condições de infiltração do solo, prevenir possíveis perdas de solo e criar ecossistemas com o objetivo de abrigar a maior variedade de vida animal e vegetal possível.

Para realizar um reflorestamento sustentável, a empresa realiza uma fase de manutenção que inclui atividades como a limpeza e a desburocratização do terreno, essenciais para garantir um crescimento saudável das árvores recém-plantadas. Além disso, a CO2 Revolution realizará a reposição de mudas em projetos realizados em temporadas anteriores. Esse trabalho está sendo realizado atualmente, ou seja, após o verão, nos projetos localizados em Castela e Leão, Galícia, Aragão e Castilla La Mancha. Para a CO2 Revolution, essas reposições são cruciais para garantir o sucesso do reflorestamento, cujo objetivo é substituir as perdas nos locais onde as plantas não conseguiram se enraizar ou pereceram nos locais designados.

Segundo Juan Carlos Sesma, CEO da CO2 Revolution, com essas ações não apenas contribuímos para o cuidado do meio ambiente e a luta contra as mudanças climáticas, mas também “trazemos benefícios para comunidades e organismos locais, uma vez que o reflorestamento pode gerar empregos e oportunidades económicas, além de promover o ecoturismo e a recreação ao ar livre”. Com esses trabalhos de reflorestamento, a empresa também presta serviços a empresas e instituições que desejam colaborar no financiamento de projetos sustentáveis, além de compensar sua pegada de carbono e melhorar sua estratégia ESG.

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Um em cada três espanhóis já utiliza o BNPL como opção de pagamento nas suas compras

  • Servimedia
  • 2 Novembro 2023

A Oney apresentou o seu novo livro branco, 'Presente e futuro dos meios de pagamento', com pesquisas e análises sobre as tendências do mercado.

A Oney, uma empresa de parcelamento de pagamentos e financiamento na Europa, apresentou seu novo livro branco com uma análise sobre as tendências nos meios de pagamento e como eles impulsionam o comércio. Uma das suas principais conclusões é que se espera que o BNPL (Buy Now, Pay Later) ou pagamento parcelado cresça a uma taxa de 25% nos próximos anos, passando de uma participação de mercado de 2% para 3,50% em 2025.

Neste trabalho, a empresa se baseou na sua própria pesquisa e conhecimento de mercado, consumo e evolução dos meios de pagamento, para analisar a revolução que está ocorrendo em direção aos pagamentos parcelados e à digitalização em um setor-chave para impulsionar o comércio.

De acordo com o relatório ‘Presente e futuro dos meios de pagamento’ da Oney, 33% dos espanhóis já utilizaram pagamento parcelado nos últimos anos. Além disso, a pesquisa destaca que mais 18% reconhecem a possibilidade de usá-lo e são favoráveis a isso. Ao mesmo tempo, 60% dos entrevistados que consideram financiamento para suas compras afirmaram que veem o BNPL como a melhor opção para parcelar seus pagamentos.

O comércio eletrónico é o ambiente onde o BNPL está sendo mais aceito, de acordo com o trabalho elaborado pela Oney. 52% dos entrevistados fizeram suas compras parceladas pela Internet, em comparação com 34% que utilizaram o BNPL apenas em lojas físicas e 14% que o utilizaram em ambos os canais. Quanto ao tipo de produtos para os quais o pagamento parcelado foi usado, 41% dos entrevistados o utilizaram para compra de produtos para casa, 37% para tecnologia e 31% para viagens.

Além disso, o documento desenvolvido pela Oney reflete a importância da inflação nas decisões de compra e como os meios de pagamento podem ser uma ferramenta para melhorar a organização financeira da população. Isso é reconhecido por 80% dos entrevistados, que afirmaram que as próximas decisões de pagamento para as compras de Natal serão influenciadas pela inflação.

“O BNPL facilita o consumo tornando certas compras mais acessíveis e equilibrando a economia pessoal dos consumidores. Assim como o crédito é fundamental para o desenvolvimento das economias, as facilidades de pagamento são para o consumo. Portanto, elas aumentam a capacidade de consumo, com grande destaque para o segmento mais jovem”, Alexandre Lima, Chief Marketing & Data Officer da Oney Espanha.

TENDÊNCIAS

O livro branco destaca que, à medida que os jovens tenham mais poder de compra, outros métodos de pagamento serão adaptados. Nesse sentido, espera-se que, no curto prazo, o pagamento por celular (ou toque para pagar), que atualmente tem uma penetração de 21,3%, continue sendo um dos métodos mais relevantes.

De acordo com a pesquisa da Oney, as novas gerações não lidam mais com dinheiro em espécie, mas têm grande interesse em criptomoedas e tokens. Além disso, destacam que o cartão de crédito parece algo arcaico para eles e que em breve também será antiquado ter que guardar senhas.

Dessa forma, espera-se que continuem surgindo novas tendências nos meios de pagamento, sem esquecer que algumas já estabelecidas têm um enorme potencial de crescimento. O celular, a integração de PSPs (Provedores de Serviço de Pagamento), os pagamentos instantâneos ou a globalização dos negócios já fazem parte do dia a dia dos consumidores e continuarão crescendo.

E-SHOW

A Oney apresentou seu livro branco ‘Presente e futuro dos meios de pagamento’ realizando um evento para clientes e parceiros no âmbito da feira de comércio eletrónico “e-Show”, onde esteve presente com um stand e uma palestra sobre BNPL de Alexandre Lima, onde foram apresentados os benefícios do BNPL como forma alternativa de pagamento e seu impacto nas vendas e na satisfação do cliente.

O livro branco é um trabalho no qual a Oney analisou a realidade do mercado e as principais tendências, elaborando um amplo trabalho de pesquisa para avaliar a opinião e as experiências dos clientes na sociedade espanhola. As pesquisas com vários milhares de cidadãos, entrevistados em profundidade, foram realizadas antes do Natal e das férias de verão, os dois momentos de maior gasto anual das famílias, superando até mesmo a “volta às aulas” ou os descontos de janeiro. Tanto o relatório completo quanto o resumo executivo podem ser baixados na sala de imprensa da Oney.

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Empresas recrutam mais cedo para tentar “fintar” escassez de trabalhadores no Natal

Os últimos meses do ano exigem equipas reforçadas. Empresas começaram a recrutar mais cedo para responder à escassez de mão de obra e há quem pague prémios a quem indicar candidatos.

Ainda faltam algumas semanas para que se vejam por toda a parte luzes a piscar, sinos a tilintar e portugueses na correria para comprar presentes. Mas as empresas — do comércio à logística — já começaram a reforçar as suas equipas, apesar da inflação e do previsível impacto que terá no consumo. Ao ECO, vários empregadores avançam que decidiram antecipar o recrutamento para tentar contornar a escassez de trabalhadores, sendo que há quem dependa muito dos estudantes que ficam de férias neste período. E há mesmo quem pague prémios a quem conseguir indicar candidatos adequados, tais são as dificuldades em preencher as vagas disponibilizadas na quadra festiva.

“As empresas devem ser capazes de corresponder às necessidades dos clientes, reforçando os seus negócios com talento temporário ou reforço de horários. No entanto, dado o contexto atual de escassez de talento, isto é algo que tem vindo a ser cada vez mais difícil“, relata Daniela Lourenço, brand leader da ManPower, empresa especialista em recursos humanos.

Perante este crescente desafio, a responsável sublinha que a primeira recomendação é a preparação antecipada da época festiva. “Fazer um planeamento e agendar com antecedências as necessidades em termos de equipas é essencial para que as empresas garantam o desejado resultado em termos de vendas”, explica.

E também Eduardo Gomes, sourcing manager da empresa de recursos humanos Multipessoal, indica que as empresas “antecipam cada vez mais os processos de recrutamento, de forma a assegurarem os reforços necessários para esta época do ano”.

Vamos, então, ao terreno. Ainda recentemente, numa entrevista ao ECO, a diretora de recursos humanos da McDonald’s Portugal, Sofia Mendoça, adiantava que, até ao final do ano, esta gigante da restauração pretende recrutar mais mil trabalhadores, uma vez que a quadra festiva coincide com um pico de procura por parte dos consumidores.

Dizia, porém, não prever dificuldades no preenchimento dessas vagas, porque a McDonald’s tem reforçado a sua política de atração de talento, nomeadamente antecipando o recrutamento. “Conseguimos criar um ambiente muito mais calmo, estável, de integração, de acolhimento a todos os nossos colaboradores“, sublinhava Sofia Mendoça.

O El Corte Inglés sabe da dificuldade atual de encontrar candidatos e, por essa razão, iniciou mais cedo campanha de recrutamento para a época do natal. A divulgação das vagas em aberto tem sido feita através de redes sociais ou através de campanhas internas.

Fonte oficial do El Corte Inglés

Já o El Corte Inglés, que tem abertas atualmente 500 vagas de emprego, reconhece dificuldades no recrutamento de candidatos. Daí que tenha iniciado “mais cedo a campanha de recrutamento para a época do Natal”, assinala fonte oficial, em declarações ao ECO.

“Não podemos negar que existem dificuldades adicionais em encontrar estes reforços [das equipas para o Natal], nos dias de hoje”, concorda Nuno Pardalejo, diretor de exploração da FNAC Portugal, que defende que uma das estratégias importantes para tentar contornar esse cenário é o planeamento antecipado. No caso da FNAC Portugal, estão a ser recrutados, neste momento, 400 trabalhadores, número superior em cerca de 10% ao verificado há um ano.

Na mesma linha, a Worten diz ter iniciado o processo de recrutamento “em meados de outubro” para garantir que tem os trabalhadores necessários para os picos de vendas associados às campanhas da Black Friday, no final de novembro, e do Natal, revela Inês de Castro, head of people ao ECO.

No caso desta empresa, estão disponíveis hoje cerca de 420 vagas, maioritariamente para as funções de vendedor e operador de logística. E, desse total, cerca de 20 servem para reforçar a equipa de técnicos de reparação ao domicílio a nível nacional (Porto, Aveiro, Lisboa, Faro, Leiria), detalha Inês Castro.

Estudantes, prémios e processos de recrutamento mais fáceis

O recrutamento antecipado é relevante, mas não esgota as estratégias das empresas para contornarem a escassez de mão de obra. Para isso, hoje faz-se mira aos estudantes de férias, oferecerem-se prémios a quem indicar bons candidatos e até se facilitam os processos de recrutamento, descrevem os empregadores.

Por exemplo, no caso do El Corte Inglés, fonte oficial adianta que a divulgação de vagas tem sido feita através das redes sociais e de campanhas internas. Os colaboradores que referenciaram candidatos que venham a ser contratos recebem mesmo um prémio, assegura a retalhista espanhola.

“Os colaboradores com filhos com mais de 16 anos também podem inscrevê-los para os embrulhos. O El Corte Inglés tem parcerias com escolas, universidades e associações, o que nesta altura é também uma mais-valia”, acrescenta fonte oficial.

Um plano semelhante tem a FNAC Portugal. Nuno Pardalejo explica que “uma parte importante” dos colaboradores que trabalham todos os anos neste período na multinacional são estudantes. “Nestes casos, a FNAC tenta ao máximo ir ao encontro das suas disponibilidades de horário. A verdade é que muitos destes acabam por se tornar colaboradores FNAC“, sublinha.

O planeamento antecipado do recrutamento e o recurso a iniciativas diferenciadoras como Fnactico Recomenda um Amigo — em que cada colaborador propõe pessoas conhecidas para este recrutamento extraordinário — são estratégias importantes para alcançar este objetivo.

Nuno Pardalejo

Diretor de exploração da FNAC Portugal

Além disso, a FNAC Portugal tem dinamizado a iniciativa Fnactico Recomenda um Amigo, no âmbito da qual cada trabalhador pode propor pessoas conhecidas para o recrutamento extraordinário para a quadra festiva. “São estratégias importantes para alcançar este objetivo”, destaca o responsável.

Do comércio para a logística, a DPD tem hoje abertas 200 vagas para a triagem nos armazéns e 250 para a tributação, valores próximos aos registados há um ano, adianta fonte oficial. Mas reconhece: “O mercado está atualmente numa fase de pleno emprego pelo que lança novos desafios à DPD na busca por talento”.

Perante este cenário, a DPD enumera as seguintes estratégias para “fintar” a escassez de talento: “a aposta em processos mais simples e orientados aos candidatos, um melhor enquadramento inicial do que é esperado e uma política de remuneração com uma dimensão associada à retenção visa precisamente garantir que temos as melhores pessoas connosco”.

O ECO também questionou a Jerónimo Martins e a MC, dois dos maiores empregadores do país, sobre o recrutamento nesta quadra festiva, mas a primeira avançou que não terá um aumento considerável dos postos de trabalho e a segunda respondeu que a composição das equipas tem vindo a ser atualizada continuamente “por forma a garantirmos que, nomeadamente na época de Natal, nada faltará aos clientes”.

Inflação não faz encolher vagas, mas recomenda prudência

Apesar de a inflação continuar num nível elevado, e de as famílias estarem confrontadas com um aumento do custo de vida, as vagas de empregos disponíveis a propósito da quadra disponíveis não estão a encolher.

“Estamos a assistir a um aumento de 38% no número de vagas a preencher”, garante a Daniela Lourenço, da ManPower. “Face ao ano passado, registamos este ano um número superior de vagas de emprego. Estamos a ter na Multipessoal um aumento de pedidos de recursos humanos, de forma global“, corrobora Eduardo Gomes.

Antecipamos, fruto do contexto atual, um nível de contratação mais moderado do que em anos anteriores, algo que poderá evidenciar uma postura prudente e cautelosa por parte de quem recruta.

Afonso Carvalho

Presidente da APESPE-RH

Já Afonso Carvalho, presidente da Associação portuguesa das empresas do setor privado de emprego e de recursos humanos (APESPE-RH), antevê prudência nas contratações. “Antecipamos, fruto do contexto atual, um nível de contratação mais moderado do que em anos anteriores, algo que poderá evidenciar uma postura prudente e cautelosa por parte de quem recruta”, realça o responsável.

Ainda assim, numa nota mais positiva, Afonso Carvalho diz acreditar “que o nível de vagas poderá crescer, caso a procura e o nível de consumo também seja crescente”.

A DPD, por exemplo, está a disponibilizar um número de vagas semelhante ao do período homólogo, embora antecipe que a atividade diária crescerá na quadra festiva “ligeiramente” menos do que há um ano. “Os indicadores que temos até ao momento fazem-nos prever que a atividade diária em novembro e dezembro se posicione cerca de 23% acima da média do ano até outubro, variação ligeiramente abaixo do ano anterior“, afirma fonte oficial.

Mas há também, entre os retalhistas, quem tenha otimismo. O El Corte Inglés reconhece que os clientes poderão fazer “alguma contenção nos gastos“, mas projetam que terão “uma grande afluência nesta época do ano”, daí não terem reduzido o número de vagas face a 2022. Assim, apesar da inflação, o El Corte Inglés diz estar a disponibilizar um número idêntico de oportunidades de trabalho face ao período homólogo.

Com menos ou mais vagas de trabalho, menos ou mais rendimentos na carteira, empresas e portugueses, respetivamente, prepararam-se para o período de agitação festiva que aí vem. A Black Friday acontece já a 24 de novembro, mas há quem antecipe promoções. E alguns clientes aproveitam já para ir enchendo o sapatinho.

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Plano para acelerar eólicas na Europa apoiado por Governo, mas promotores têm reservas

Até meados do próximo ano, a Comissão quer reverter as dificuldades sentidas no setor e que resultaram em "perdas operacionais significativas". Promotores aplaudem, mas apontam riscos.

O Governo encara com bons olhos o plano de Bruxelas para a energia eólica. Ao Capital Verde, o Ministério do Ambiente considera a iniciativa “relevante” para o tecido industrial, e aponta um alinhamento com a estratégia portuguesa. Os promotores, embora considerem que a iniciativa permite dar resposta a alguns dos principais constrangimentos, identificam riscos que não devem ser ignorados.

“Vemos com otimismo o pacote apresentado, mas há que assegurar que as novas medidas não interfiram no cumprimento do principal objetivo, que consiste na descarbonização da economia europeia”, refere fonte oficial da Greenvolt. Para a empresa liderada por João Manso Neto, a nível europeu, existem metas “ambiciosas” de instalação de capacidade eólica mas que, neste momento, “estão longe de ser cumpridas”.

A realidade é percecionada, também, pelo executivo comunitário. Na estratégia apresentada, Bruxelas aponta que a indústria eólica europeia tem enfrentado “dificuldades na gestão dos seus negócios”. “Todos os maiores fabricantes de turbinas eólicas relataram perdas operacionais significativas em 2023“, aponta o executivo comunitário na estratégia. E deixa um alerta: com 16 gigawatts (GW) de novos projetos eólicos instalados em 2024, “não estamos nem perto dos 37 GW por ano necessários, para alcançar as metas da UE para 2030“.

O “Plano de ação para a energia eólica europeia” apresentado na semana passada pela Comissária europeia da Energia, Kadri Simson, visa dar resposta a um conjunto de desafios: licenciamentos morosos, simplificação dos leilões, flexibilização do financiamento e combate à concorrência desleal. Isto tudo para que, em 2030, a União Europeia tenha 500 GW de capacidade instalada uma vez que o bloco europeu está comprometido em assegurar que pelo menos 42,5% da energia global consumida seja proveniente de energias renováveis.

A nível do licenciamento, pretende-se que este seja mais célere e digital, dado que na União Europeia existem atualmente quatro vezes mais capacidade de projetos de energia eólica em fase de licenciamento do que em construção. Quanto aos leilões, será feito um redesenho, passando a incluir critérios de adjudicação mais objetivos e transparentes. Simultaneamente, será feita uma indexação dos preços do leilão aos custos reais de construção dos parques eólicos, nomeadamente, a inflação e os juros.

Isto são medidas positivas e que caminham no sentido de fortalecer e a independência energética na Europa”, aponta o presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), Pedro Amaral Jorge.

Para a EDP, que subscreve à importância desta medida, é importante realçar, contudo, que “a inclusão de fatores não económicos nos preços destes leilões pode aumentar os custos para os consumidores de eletricidade”. “Assim, a sua introdução deve ser sempre cuidadosamente ponderada”, aponta fonte oficial da energética de Miguel Stilwell d’Andrade.

É importante ter em conta que a inclusão de fatores não económicos nos preços destes leilões pode aumentar os custos para os consumidores de eletricidade. Assim, a sua introdução deve ser sempre cuidadosamente ponderada.

Fonte oficial da EDP

A Comissão também quer atuar a nível do financiamento. No plano, o executivo de von der Leyen pretende duplicar as verbas do fundo de inovação para 1,4 mil milhões de euros, garantir o risco de crédito da banca comercial face a projetos de energia eólica e incentivar os 27 a recorrer aos apoios comunitários temporários para acelerar a implementação de turbinas eólicas. Neste ponto, fonte oficial do MAAC refere que Portugal tem vindo a beneficiar destes apoios, considerando-os “relevantes para consolidar e robustecer a indústria nacional”. Ademais, aponta que o Governo tem defendido entre os 27 um regime europeu de Auxílios de Estado que “promova o desenvolvimento harmonioso dos diferentes Estados-Membros, valorizando parcerias entre diferentes países e o envolvimento de empresas de menor dimensão”.

As medidas referidas têm como principal objetivo limitar o crescimento da China no mercado da indústria eólica que, segundo o executivo comunitário, fez com que a região da Ásia-Pacífico ultrapassasse a União Europeia no espaço de dois anos. Este crescimento, segundo a APREN, tem por base a “concorrência desleal” assente em três aspetos: preços baixos, subsídios estatais e créditos.

“Os Estados-membros da UE não podem atribuir créditos a cinco ou a seis anos aos promotores para fazer a instalação de turbinas mas a China está, em alguns casos, a oferecer essa prática”, aponta Pedro Amaral Jorge.

As queixas já tinham sido ouvidas por outros promotores no espaço europeu sob o argumento de que as importações chinesas baratas estão a empurrar a indústria para a beira do colapso. Desta forma, Bruxelas quer monitorizar possíveis práticas comerciais desleais – não afastando lançar uma eventual investigação aos apoios estatais chineses – que possam estar a favorecer fabricantes.

“O que está subjacente nesta estratégia tem a ver com evitar que haja concorrência desleal de países que não estão no espaço europeu e que isso pudesse prejudicar tudo o que é a cadeia de valor europeia do eólico onshore e offhore”, acrescenta o líder da APREN.

O plano da Comissão também contempla outros aspetos igualmente relevantes: um reforço da rede elétrica uma vez que a instalação de nova capacidade energética assim o exige; melhorar a cibersegurança no desenvolvimento de nova capacidade renovável; fomentar o diálogo e parceria entre promotores e fabricantes e incentivar o desenvolvimento de competências e mão-de-obra especializada. Quanto à calendarização, o executivo pretende que as medidas se materializem até meados do próximo ano.

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