Euribor cai a 12 meses mas sobe a três e a seis meses

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

A taxa Euribor desceu esta sexta-feira a 12 meses e subiu a três e seis meses.

A taxa Euribor desceu esta sexta-feira a 12 meses e subiu a três e seis meses, face ao dia anterior.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu esta sexta-feira para 4,091%, menos 0,004 pontos do que na quinta-feira, depois de ter subido até 4,193% a 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • Em sentido contrário, no prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 7 de julho de 2022, subiu esta sexta-feira para 3,944%, mais 0,003 pontos do que no dia anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
  • A Euribor a três meses subiu esta sexta-feira 0,001 pontos percentuais, em comparação com quinta-feira, para 3,816%.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base — tal como em 15 de junho e 4 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

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Campanha de cereais foi a pior de sempre. Amêndoas e uvas resistem à seca

A produtividade da amêndoa e da uva este ano contrariaram a avaliação global da campanha de cereais este ano. Segundo o INE, a seca contribuiu para que esta fosse a pior de sempre.

A colheita dos cereais para grão de outono e inverno está concluída, e os resultados não são animadores. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a campanha de 2022/2023, muito marcada pela seca meteorológica, foi considerada como a pior de sempre para todas as espécies cerealíferas.

No relatório divulgado esta sexta-feira, o gabinete de estatísticas detalha que os cereais semeados tardiamente após as chuvas de dezembro e janeiro “foram muito penalizados”, com emergências e desenvolvimento vegetativos “fracos”. Já a ausência de precipitação na primavera e as elevadas temperaturas “prejudicaram muito o desenvolvimento vegetativo dos cereais praganosos de sequeiro“, promovendo o seu adiantamento e o espigamento precoce”. Até 31 de julho, a seca meteorológica alastrou-se a cerca de 97% do continente, dos quais 34,4% encontravam-se em seca severa ou extrema.

Entre os cereais, a quebra mais acentuada verifica-se na produção de trigo mole que deverá atingir as 28 toneladas este ano, menos 19 toneladas face a 2022.

Os impactos meteorológicos chegaram também aos pomares de macieiras e pereiras, e segundo os dados do INE a produtividade destas frutas deverá decrescer pelo segundo ano consecutivo. No caso das maçãs, prevê-se um decréscimo de maçã de 15% face a 2022 e 20% face à média do último quinquénio. Nas peras, as previsões sugerem uma quebra de 10% na produção comparativamente à campanha do ano passado.

A quebra da produtividade das maçãs e peras é, no entanto, superada pela das cerejas. Segundo o INE, a quebra da campanha deste ano foi de 55% face à campanha anterior.

A seca também impactou negativamente o ciclo vegetativo dos prados, pastagens e culturas forrageiras, penalizando, por sua vez, a produção de biomassa destinada à alimentação dos efetivos pecuários. No Alentejo, verificam-se decréscimos de produtividade de matéria verde entre os 20% e os 80%, sendo a maior quebra observada nos concelhos de Castro Verde, Ourique, Mértola e Almodôva, indica o INE.

Apesar do balanço negativo, a campanha de milho conseguiu resistir aos impactos da seca. De acordo com a análise, a área de milho de regadio deverá ser semelhante à semeada em 2022, “encontrando-se a cultura maioritariamente no estado de enchimento de grão” e “com um bom desenvolvimento vegetativo”. Já o milho de sequeiro, deverá ver a sua área de cultivo decrescer 5%.

Sinais positivos também se verificam na campanha do arroz, cujos dados sugerem “um bom desenvolvimento vegetativo, embora com a presença de infestantes”, principalmente nas zonas litorais do Baixo Mondego e Vouga. E ainda da batata para consumo cujos níveis de produtividade foram idênticos à da campanha anterior, segundo o INE. Já a produtividade de batata industrial aumentou 5%.

As perspetivas melhoram ainda mais quando se observa a produtividade global da amêndoa, que, este ano, deverá aumentar 15%. O motivo, explica o INE, prende-se com “à entrada de cada vez mais pomares em produção cruzeiro, o que tem contribuído para a tendência de crescimento dos rendimentos unitários”.

Quanto à vindima, preveem-se aumentos de produtividade em todas as regiões (exceto no Dão, que deverá manter a alcançada no ano anterior), devendo o rendimento unitário global atingir os 42 hectolitros por hectare, uma subida de 8%, face à vindima de 2022). Só na uva de mesa, prevê-se um aumento de 10% na produtividade, face a 2022.

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Gi Group Holding lança nova solução de formação: a Gi Training

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  • 18 Agosto 2023

A Gi Group Holding tem uma nova solução projetada para responder às crescentes necessidades de formação dos trabalhadores e melhorar a eficiência das empresas.

Por acreditar que a requalificação é o caminho para capacitar os trabalhadores num mercado de trabalho em constante evolução, a Gi Group Holding decidiu alargar os seus serviços e apostar em soluções de formação capazes de melhorar as competências dos trabalhadores em várias áreas, contribuindo ativamente para a evolução do mercado de trabalho.

A Gi Training foi criada para atender às necessidades específicas de cada empresa e dos trabalhadores e oferece formação personalizada em várias áreas. Os cursos incluem aprendizagem de competências técnicas no âmbito de Línguas (Espanhol e Inglês), Informática na Ótica do Utilizador (processador de texto e folha de cálculo) e Higiene e Segurança no Trabalho (Gestão da Emergência; Segurança e Saúde no Trabalho; Primeiros Socorros; Segurança na Condução de Empilhadores; Prevenção, Combate a Incêndios e Evacuação), esperando no futuro alargar a sua oferta tendo em conta as necessidades sentidas pelo mercado.

Com esta nova solução, empresas e trabalhadores podem beneficiar de um plano de formação à altura das suas necessidades, ampliando as competências e motivação dos profissionais e, com isso, melhorar a competitividade e eficiência dos negócios, bem como a empregabilidade dos trabalhadores.

“Estamos entusiasmados por lançar esta nossa nova solução de formação para trabalhadores e empresas”, comenta Fátima Barbosa, responsável de formação da Gi Training. “Acreditamos que a formação é a chave para melhorar o desempenho, a produtividade e a motivação dos trabalhadores, e estamos ansiosos para ajudar as empresas a alcançar os seus objetivos com as nossas soluções personalizadas.”

A Gi Training tem já disponíveis os seus serviços para o público em geral e para empresas – independentemente da sua dimensão e setor de atividade – e promete ser uma mais-valia para o mercado de trabalho. No site, é possível saber mais sobre a oferta formativa disponível e entrar em contato com a GiTraining para saber como pode ajudar as empresas e as pessoas a melhorarem as competências profissionais e desempenho.

Sobre a Gi Group Holding

Fundada em 1998 em Milão, Itália, a Gi Group Holding é um dos principais prestadores de serviços para a evolução do mercado de trabalho. Através de um ecossistema de negócios de recrutamento global que conta com seis marcas individuais, mas complementares (Gi Group, Gi BPO, Wyser, Grafton, Tack/TMI e QiBit), o grupo oferece um conjunto de ofertas de 360° que geram soluções relevantes e impactantes. A Gi Group Holding trabalha para promover um mercado global sustentável, dinâmico e agradável para candidatos e empresas, refletindo as necessidades do mercado de trabalho em constante mudança. A empresa conta com mais de 6.000 colaboradores e, graças à sua presença direta e parcerias estratégicas, está ativa em mais de 100 países por toda a Europa, APAC, Américas e África. Prestando serviços a mais de 20.000 empresas clientes e com receitas de 3,6 mil milhões de euros (2021), a Gi Group Holding é a 5ª maior empresa europeia de recrutamento e a 16ª a nível mundial (de acordo com a Staffing Industry Analysts).

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Clima económico diminui em agosto. Atividade abranda no verão

A atividade económica aumentou "de forma menos intensa em junho face ao mês anterior", diz o INE. Indústria e serviços pesam.

O clima económico em Portugal diminuiu em agosto, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira, com base em inquéritos qualitativos às empresas. Já os indicadores de curto prazo para a atividade económica na perspetiva da produção mostram uma diminuição na indústria, uma desaceleração nos serviços e uma aceleração na construção, em junho.

O mês de agosto está assim a trazer uma diminuição do indicador de clima económico, que tinha estabilizado em julho. Já no que diz respeito à atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, “aumentou, em termos homólogos, nos primeiros seis meses do ano, de forma menos intensa em junho face ao mês anterior”.

A indústria é um dos setores onde mais se sente o abrandamento, sendo que o índice de Produção Industrial caiu 3,7% em junho, face ao período homólogo. “No segundo trimestre de 2023, o índice agregado diminuiu 5,2%, após ter aumentado 0,9% no trimestre anterior”, acrescenta o INE, sendo que em termos nominais, o índice de volume de negócios na indústria diminuiu 7,8% em junho.

Já o índice de volume de negócios nos serviços, que inclui comércio a retalho, abrandou para 6,5% em junho, número que compara com uma variação homóloga de 7,1% no mês anterior. O resultado mais animador é o do índice de produção na construção, que acelerou para uma variação homóloga de 6,5% em junho, após ter aumentado 5,2% no mês precedente.

Outro indicador positivo para a construção são as vendas de cimento produzido em território nacional (não ajustadas de efeitos de sazonalidade e de dias úteis), já disponíveis para julho, que “aumentaram em termos homólogos nos últimos quatro meses, acelerando significativamente em julho”.

No mês de junho, segundo os dados mais recentes que o INE divulga, o indicador quantitativo de consumo privado acelerou, depois de ter desacelerado nos dois meses anteriores.

O gabinete de estatísticas destaca ainda, nesta síntese da conjuntura económica, a trajetória descendente de preços. Na produção industrial, o índice de preços “apresenta um perfil descendente ininterrupto desde julho de 2022, registando nos últimos quatro meses taxas de variação homóloga negativas (o que não acontecia desde fevereiro de 2021), atingindo -6,7% em julho, um novo mínimo da série”, indicam.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Famílias adiam crédito para comprar casa à espera da nova regra

  • ECO
  • 18 Agosto 2023

Intermediários adiantam que famílias e bancos estão a adiar contratos para fins de setembro ou início de outubro, altura em que deve vigorar nova lei que deverá alargar elegibilidade de clientes.

Depois de o Banco de Portugal (BdP) decidir alterar a fórmula de cálculo da taxa de esforço na concessão de crédito à habitação, as famílias e as instituições financeiras aguardam pela mudança das regras. Segundo noticia o Jornal de Negócios (acesso pago), há famílias a adiar contratos para o final de setembro ou início de outubro, de modo a serem elegíveis para o corte para metade do “choque extra” nos empréstimos.

As famílias que anteciparem que os seus financiamentos serão recusados pela regra atual, terão todo o interesse em adiar o processo uns meses“, indica Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, em declarações ao jornal. O gestor da plataforma, que opera como intermediário de crédito, admite assim que os bancos congelem operações de concessão de empréstimos até que as novas regras entrem em vigor, já que “é a diferença entre verem aprovado o seu processo ou recusado”.

Nuno Rico, especialista em assuntos financeiros da Deco Proteste, considera possível essa hipótese, considerando que a mudança ao teste de stress é positiva e que levará mais pessoas a verem aprovados os seus pedidos de crédito. Como estava definido, o teste de stress “foi pensado num contexto de taxas negativas”, por isso, “quem está a contratar crédito está a lidar com testes de stress na ordem dos 7% a 8%”, valores nunca atingidos em Portugal desde 1999, ano em que entrou na Zona Euro.

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Inflação recua para 6,1% na UE em julho. Portugal tem a oitava taxa mais baixa

A inflação abrandou na Zona Euro para 5,3% em julho. Portugal registou uma variação do Índice Harmonizado de Preços do Consumidor de 4,3%.

A inflação na Zona Euro desacelerou para 5,3% em julho, confirmou o Eurostat esta sexta-feira, enquanto na União Europeia abrandou para 6,1%. Tendo já disponíveis os dados do Índice Harmonizado de Preços do Consumidor, utilizado para comparações europeias, para todos os Estados-membros, é possível verificar que Portugal tem a oitava taxa mais baixa: abrandou para 4,3% no mês passado.

Na Zona Euro, o maior contributo para a taxa de inflação anual veio dos serviços (+2,47 pontos percentuais), seguindo-se alimentação, álcool e tabaco (+2,20 p.p.), bens industriais não energéticos (+1,26 p.p.) e energia (-0,62 pp). Desta forma, os serviços ultrapassaram os alimentos como o maior impulsionador dos preços.

Olhando para a inflação subjacente, que o Banco Central Europeu tem debaixo de olho para decidir os aumentos das taxas de juro, é possível ver que recuou de 6,9% para 6,8% em julho.

Enquanto para a Zona Euro este é o terceiro mês consecutivo de abrandamento da inflação, para o conjunto dos Estados-membros da União Europeia é já o nono mês de desaceleração.

Em julho, a taxa de inflação anual caiu em dezanove Estados-membros, manteve-se estável num e aumentou em sete, face ao mês anterior. As taxas mais baixas registaram-se na Bélgica (1,7%), Luxemburgo (2,0%) e Espanha (2,1%), que já rondam assim a meta do Banco Central Europeu de uma inflação de 2%.

Já Portugal tem a oitava taxa mais baixa, ficando abaixo tanto da média comunitária como dos países do euro. A inflação medida através do índice harmonizado recuou de 4,7% em junho para 4,3% em julho. Por outro lado, as taxas mais altas registaram-se na Hungria (17,5%), Eslováquia e Polónia (ambas 10,3%).

(Notícia atualizada às 10h35)

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Mais de 100 investidores em Portugal tentam recuperar dinheiro perdido com o colapso da FTX

  • ECO
  • 18 Agosto 2023

Quem quiser recuperar o dinheiro perdido com o colapso da plataforma de criptomoedas tem até ao final de setembro para apresentar uma reclamação de crédito.

Mais de 100 investidores individuais e empresas sedeadas em Portugal admitem ter sofrido perdas com o colapso da FTX, procurando agora recuperar o dinheiro no âmbito do processo de insolvência da plataforma de criptomoedas falida. A informação, avançada pelo Público (acesso condicionado), resulta de um inquérito anonimizado, levado a cabo pela Offchain Lisbon (comunidade portuguesa de profissionais e entusiastas da tecnologia blockchain), para encontrar os lesados pela queda da FTX. O montante de perdas em causa é, para já, desconhecido.

A Offchain Lisbon, fundada por Pedro Aguiar e José Reis Santos, lançou o inquérito ainda no final do ano passado, logo após a FTX ter declarado falência, em novembro, devido às práticas de gestão danosa da sua administração, em particular do fundador, Sam Bankman-Fried, que se encontra detido nos EUA com acusações de fraude e lavagem de dinheiro. O objetivo era dar início a uma ação judicial coletiva contra a plataforma de criptoativos, sendo que, entretanto, a Offchain já escolheu uma firma de advogados, a Antas da Cunha, para representar os lesados no processo de recuperação das perdas.

A dimensão das perdas será discutida diretamente com a Antas da Cunha. Aqueles que desejarem recuperar o dinheiro investido podem apresentar uma reclamação de créditos junto do tribunal de Delaware, nos Estados Unidos, onde está a correr o processo de insolvência da FTX, ou reclamar os créditos em causa no portal entretanto criado pela FTX para o efeito, no qual também pode ser consultada a informação disponível sobre cada cliente da plataforma de criptoativos.

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Portugal é o país da Europa em que alterações climáticas têm maior impacto

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

Carlos Pimenta Machado afirmou que, mesmo entre os países do sul da Europa, mais vulneráveis, "Portugal é onde a mudança climática mais impacta".

O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) afirmou em Macau que Portugal é o país na Europa em que as alterações climáticas estão a ter maior impacto.

Carlos Pimenta Machado afirmou que, mesmo entre os países do sul da Europa, mais vulneráveis, “Portugal é onde a mudança climática mais impacta, na água, no aumento da temperatura“, sendo possível ver o que se está a passar no espaço europeu: “os incêndios (…) com chuva mais concentrada e longos períodos de seca”, com resultados “nas atividades económicas e no ecossistema”.

Numa conferência num fórum ambiental em Macau, em que abordou a gestão da água no contexto das alterações climáticas, o vice-presidente da APA reafirmou, por um lado, a intenção de Portugal antecipar o compromisso de neutralidade carbónica de 2050 para 2045.

O responsável aproveitou para enumerar alguns dos desafios e sublinhar o sucesso das políticas ambientais, desde o “trabalho incrível, notável ao nível do saneamento e tratamento de águas residuais”, descrito como “o milagre português”, até à qualidade da água das praias, num país que é também confrontado com o facto de que “mais de 50% da água que chega a Portugal provém de Espanha”.

A erosão costeira “é obviamente outro desafio” para Portugal que, salientou, tem procurado avançar na reabilitação fluvial e é dos países europeus “com melhor desempenho” ao nível da energia renovável.

Carlos Pimenta Machado lembrou que o país foi “o quarto na Europa a eliminar a produção de energia a partir do carvão, em 2019” e o sétimo no ‘ranking’ entre os 27 da União Europeia no que diz respeito à utilização de fontes de energia renovável.

O Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau teve início na quinta-feira e termina no domingo.

O fórum ocupa uma área de mais de dez mil metros quadrados, conta com mais de 400 expositores, entre os quais 40 expositores estrangeiros.

Durante os 20 fóruns e conferências previstas, vão intervir cerca de 30 inovadores na área ambiental, responsáveis de empresas multinacionais e decisores políticos de vários países e regiões, nomeadamente da China continental, Europa, países de língua portuguesa, nações do Sudeste Asiático, Hong Kong e Macau.

O Fórum, cujo tema é “Construir uma civilização ecológica através de iniciativas inovadoras”, tem também como objetivo “promover o intercâmbio internacional e a cooperação em matéria de proteção do ambiente entre diferentes setores, incluindo governos, indústrias, universidades, institutos de investigação, utilizadores e investidores”.

O fórum realiza-se no Cotai Expo do Venetian e é organizado pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, coorganizado pelos governos provinciais e regionais da Região do Delta do Rio das Pérolas e coordenado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau e pela Direção dos Serviços de Proteção Ambiental.

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As questões em aberto no futuro das redes sociais

O mundo das redes sociais é volátil. Será a mudança do Twitter uma boa aposta? Irá o rival Threads triunfar? O futuro do TikTok também passa pelo texto? Atualmente são várias as questões em aberto.

Em que sentido vão evoluir as redes sociais? Estará aberta uma corrida pela ocupação do espaço que o X (ex-Twitter) poderá vir a deixar em aberto? A reformulação feita por Musk pode ter sido uma decisão acertada? O Threads, recordista a atingir a marca de um milhão de utilizadores, vai conseguir impor-se? São várias as questões envolvendo o passado, presente e futuro das redes sociais, pelo que o +M fez uma breve síntese do que mais importante ocorreu e está acontecer com as principais plataformas.

TikTok – entre banimentos e uma nova aposta no texto

Para a rede social chinesa TikTok, o ano de 2023 começou a ficar marcado pelos receios de vários países ocidentais quanto ao alegado facto de esta partilhar dados dos seus utilizadores com Pequim. Dos EUA e do Reino Unido à União Europeia ou à Nova Zelândia, foram vários os países que proibiram ou restringiram o uso do TikTok nos telemóveis e computadores de trabalho dos funcionários públicos.

Estes países apontaram riscos de cibersegurança, espionagem, propaganda ou desinformação como motivo para o banimento total ou parcial da aplicação nos dispositivos dos funcionários públicos. O governo dos EUA ameaçou mesmo banir o TikTok do país, caso a rede social continuasse nas mãos do grupo chinês ByteDance, algo que acabou por não acontecer.

No entanto esta rede social é a que mais tem crescido entre os jovens – em oposição ao Facebook – e tem apostado no seu potencial publicitário e em parcerias com as marcas. A título de exemplo, além de se ter juntado à Pepsi na promoção de um espetáculo na final da Liga dos Campeões, também uniu forças com a FIFA na celebração do Campeonato do Mundo de Futebol Feminino, de forma a oferecer “conteúdos personalizados”.

Em maio lançou o “Pulse Premiere”, um novo sistema de publicidade para aproximar marcas dos media, visando incentivar os anunciantes a colocar vídeos das marcas juntamente com os conteúdos produzidos, e lançou uma “academia” em Portugal para apoiar marketeers, com o objetivo de ajudar os profissionais das marcas e agências a tirarem o melhor partido das soluções oferecidas pelo TikTok for Business.

Recentemente o TikTok, rede social cuja funcionalidade se baseia bastante no vídeo, parece estar a inclinar-se para uma aposta em texto, tendo anunciado no dia 24 de julho o lançamento de publicações em texto, um novo formato de conteúdo que visa permitir aos criadores partilhar as suas ideias e criatividade também desta forma.

A nova possibilidade de criar conteúdos em formato texto conta com diversos recursos, como stickers, hashtags, cores de fundo ou a possibilidade de adicionar sons.

X / Twitter – um ano errático, um reset “necessário” e um futuro incerto?

Elon Musk comprou o Twitter em outubro de 2022 por 44 mil milhões de dólares (cerca de 39 mil milhões de euros). Desde então, a rede social tem sofrido uma onda de mudanças e sobressaltos na orientação do negócio, à qual não escaparam as vagas de despedimentos.

Abandonou o Código de Conduta em Matéria de Desinformação – código voluntário promovido pela União Europeia e assinado pelas principais plataformas e players do setor – relançou o Twitter Blue, um serviço premium, e retirou o selo azul de verificação àqueles que se recusaram a pagar esta subscrição, e limitou a publicidade a anunciantes que pagassem pela verificação.

Depois de em março ter estimado o valor atual do Twitter em 20 mil milhões de dólares (menos de metade de quando o comprou), foi também o próprio Musk que em julho divulgou que a rede social havia perdido metade das receitas de publicidade e que tinha contas deficitárias.

Ainda antes, em maio, Linda Yaccarino, ex-líder do departamento de publicidade e parcerias da NBCUniversal, foi a escolhida por Musk para o substituir como CEO do Twitter, passando a ocupar a posição de presidente executivo e CTO – diretor de tecnologia (chief technology officer).

A mais recente mudança – bem vertiginosa – foi a alteração de nome de Twitter para “X”, bem como a alteração do logótipo da rede social. Dez meses depois de ter anunciado no próprio Twitter que o pássaro estava livre, foi o próprio Musk que tomou a decisão de o “matar”, substituindo-o por um “X.

O rebranding da rede social por parte de Elon Musk terá sido feita com o objetivo de a vir a transformar numa aplicação completa, com mensagens ou pagamentos, como o WeChat na China. “X é o estado futuro de interatividade ilimitada – centrado em áudio, vídeo, mensagens, pagamentos/banco – criando um mercado global para ideias, bens, serviços e oportunidades”, sublinhou a entretanto nomeada CEO, Linda Yaccarino.

Nas redes sociais, e em especial no Twitter, choveram de imediato as críticas quanto àquele que foi visto domo mais um passo “errático” na gestão da plataforma por parte do homem mais rico do mundo, mas especialistas em marcas contactados pelo +M disseram acreditar que a decisão pode ter sido um “golpe de génio”.

Incerto parece ser assim o futuro da X (ou não fosse o “X” a representação do desconhecido numa equação matemática), cuja “problemática” realidade foi ainda agravada pelo surgimento e escalada – o que lhe valeu a ameaça de um processo – de um novo rival direto: Threads, a nova rede social da Meta.

Meta, entre novas apostas e disputas e concessões legais

Threads, é assim o nome da nova aposta da Meta, uma nova rede social, baseada em texto, criada para destronar a X (Twitter) e que está disponível em 100 países, dos quais se exclui a União Europeia, para já, uma vez que as entidades europeias não aprovaram o seu lançamento no continente por ser obrigatório o utilizador ter uma conta de Instagram para poder criar um perfil no Threads.

A aplicação, que está assim vinculada ao Instagram, tem uma interface muito parecida com a do Twitter, sendo no entanto as mensagens agrupadas em apenas duas colunas, “threads” e “respostas”. Os utilizadores podem gostar, comentar, partilhar ou reencaminhar as mensagens.

O sucesso da rede social foi imediato mas, ao que parece, efémero. Em sete horas a nova rede social ganhou dez milhões de perfis, enquanto a marca de 100 milhões de utilizadores foi superada em apenas cinco dias. No entanto, muitos destes utilizadores não se “fidelizaram” com a plataforma, tendo a mesma alegadamente perdido metade deles.

“Se tens mais de 100 milhões de pessoas a registarem-se, idealmente seria fantástico se todas ou até metade delas permanecessem, mas ainda não chegámos a esse ponto”, disse Mark Zuckerberg, líder da empresa dona do Facebook, Instagram, Threads e Whatsapp, citado pela Reuters.

Zuckerberg disse ainda que encarava as desistências como algo “normal” e que só esperava alcançar um elevado grau de retenção de utilizadores quando a rede social dispusesse de mais funcionalidades, incluindo uma versão desktop e pesquisa. Noo seu lançamento, a rede social foi, de facto, criticada pelas funcionalidades limitadas de que dispunha, refere a BBC.

Um estudo da Similarweb aponta também para que, num mês, a nova rede social tenha sofrido um decréscimo de 79% de utilizadores ativos. De acordo com os dados do estudo, enquanto no dia 7 de julho o Threads contava com um total de 49,3 milhões de utilizadores diários ativos (apenas na app Android), um mês depois, este número era de apenas 10,3 milhões.

Na Europa a Meta tem sido pressionada pelos reguladores da União Europeia no que diz respeito à recolha e uso de dados dos utilizadores (como a sua localização física) e de os usar para direcionar anúncios – a chamada publicidade comportamental.

Recentemente a empresa anunciou que pretende permitir que os utilizadores das suas redes sociais na União Europeia, Espaço Económico Europeu e Suíça tenham de efetivamente dar a sua autorização antes de os anunciantes poderem recolher os seus dados. A Noruega já se tinha adiantado a este anúncio e à União Europeia e já havia tomado a decisão de banir esse tipo de anúncios do Facebook e Instagram.

Outra questão que tem afetado a Meta prende-se com o seu relacionamento com os media e a partilha de receitas. No Canadá, por exemplo, a empresa decidiu iniciar um bloqueio de notícias no país, em resposta à lei Online News Act, do governo canadiano, que pretende “obrigar” as plataformas tecnológicas – como a Meta ou a Google – a repartir receitas com os meios de comunicação canadianos pelos seus conteúdos.

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BCE escreve carta ao Governo italiano a criticar taxa extraordinária sobre a banca

Na carta, que será enviada num “par de semanas”, o BCE vai frisar que a nova taxa arrisca fragilizar o setor bancário em Itália e criticar que nem o Banco de Itália nem o BCE tenham sido informados.

O Banco Central Europeu (BCE) está a preparar o envio de uma carta a Itália levantando objeções ao imposto anunciado pelo Governo sobre os lucros inesperados dos bancos, avançou esta sexta-feira o Corriere della Sera.

A carta pretende criticar o facto de Roma ter anunciado o imposto na semana passada sem informar previamente o Banco da Itália ou o BCE, como deveria fazer de acordo com as regras da União Europeia, escreveu o jornal, sem citar fontes.

Na carta — que será enviada num “par de semanas” –, o BCE pretende sublinhar também que a nova taxa arrisca fragilizar o setor bancário em Itália.

O Governo italiano, liderado por Giorgia Meloni, começou por anunciar no início de agosto a introdução de uma taxa de 40% sobre os chamados lucros excessivos (windfall tax) no setor bancário, mas acabou por recuar parcialmente na decisão, balizando a aplicação da taxa: as receitas com este novo imposto não podem ascender a mais de 0,1% do total dos ativos dos bancos. O recuo surgiu na sequência da reação negativa dos mercados.

As estimativas do Deutsche Bank preveem que este novo limite reduzirá o montante global do imposto, embora continue a retirar mais de 10% dos lucros de 2023. Já uma fonte bancária em Milão disse, ao Financial Times, que o limite torna o imposto “muito mais gerível”: permitirá arrecadar cerca de 1,8 mil milhões de euros, em contraste com as estimativas iniciais de mais de 4,5 mil milhões de euros feitas pelos analistas da Jefferies e da Equita.

A decisão de aplicar um imposto sobre os lucros inesperados não é inédita na Europa: em Espanha e Hungria já vigoram taxas semelhantes.

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Estudo prevê investimento de mais de 26 mil milhões de euros para descarbonizar edifícios residenciais

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

Investimento global da descarbonização seria entre 26,2 e 28,5 mil milhões de euros. Mais de 70% dos edifícios não são eficientes em termos energéticos, segundo a Zero.

A descarbonização dos edifícios residenciais em Portugal implica um investimento superior a 26 mil milhões de euros, indica um estudo da associação ambientalista Zero divulgado esta sexta-feira.

Os valores foram calculados tendo em conta três variáveis: fim do consumo de combustíveis fósseis, redução do consumo de biomassa nas habitações e eficiência energética.

Além dos três itens para atingir a descarbonização, a Zero aponta ainda um quarto, que é o aumento do consumo de energia proveniente de fontes renováveis.

Na eliminação do consumo de combustíveis fósseis serão necessários entre 12,2 e 14,2 mil milhões de euros, desde a generalização de bombas de calor no aquecimento doméstico, incluindo água, até à generalização de placas de indução para a cozinha. Os cálculos da Zero incluem o número de equipamentos necessários, como por exemplo a necessidade de 578 mil fornos elétricos.

Na “redução significativa do consumo de biomassa” (madeira para caldeiras, salamandras e lareiras), o investimento seria essencialmente em bombas de calor multifunções e oscilaria entre os 7,5 e os 7,8 mil milhões de euros.

Para o aumento da eficiência energética o valor estimado é de 6,4 mil milhões, dos quais 67 milhões para a compra de 22 milhões de lâmpadas LED.

O investimento total representaria, notam os autores do estudo, entre 26,2 e 28,5 mil milhões de euros, respetivamente 11% e 12% do PIB nacional em 2022 (239 mil milhões de euros).

O estudo da Zero, no âmbito do projeto da Fundação Europeia para o Clima (European Climate Foundation) sobre edifícios sustentáveis e pobreza energética, analisou dados do Instituto Nacional de Estatística e da Direção Geral da Energia e Geologia, e dados apresentados no Inquérito ao Consumo de Energia do Setor Doméstico, de 2020.

No documento, a associação ambientalista considera que a descarbonização é possível, mas será uma tarefa ambiciosa, tendo em conta que “mais de 70% dos edifícios não são eficientes em termos energéticos“.

Num comunicado sobre o estudo realizado, a Zero nota que a base principal para a descarbonização deve ser a renovação do edificado, a redução de necessidades energéticas e a melhoria do conforto ambiente, pelo que as medidas e o investimento devem priorizar, sempre que possível, a melhoria do desempenho energético.

“Precisamos de ser ambiciosos, mas também que todos os setores e a população tenham o apoio necessário para que a transição energética seja realizada de forma rápida, justa e eficaz”, acentua a associação.

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OMS acompanha de perto nova variante do coronavírus responsável pela Covid-19

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

Entre 17 de julho a 13 de agosto foram notificados mais de 1,4 milhões de novos casos de Covid-19, um aumento de 63% face aos 28 dias anteriores. Número de mortes caiu 56% para mais de 2.300.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta sexta-feira que está a acompanhar de perto uma nova variante do coronavírus responsável pela Covid-19, mesmo que “o impacto potencial das numerosas mutações (…) seja desconhecido”.

A OMS decidiu classificar uma nova variante “na categoria de variantes sob vigilância devido ao número muito grande (mais de 30) de mutações”, de acordo com o boletim epidemiológico dedicado ao Covid-19 e divulgado esta madrugada.

Até agora, esta nova variante só foi detetada em Israel, Dinamarca e Estados Unidos.

Nos EUA, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças confirmou que está também a acompanhar de perto a variante, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

Atualmente, apenas quatro sequências conhecidas desta variante foram identificadas, sem ligação epidemiológica associada conhecida, explicou a OMS. “O potencial impacto das mutações BA.2.86 é atualmente desconhecido e está a ser cuidadosamente avaliado”, referiu a organização.

A OMS tem atualmente sete variantes classificadas como sob vigilância e três como variantes de interesse, incluindo a EG.5, cuja identificação foi comunicada pela primeira vez em fevereiro.

Na semana passada, a organização advertiu que esta variante pode provocar um aumento na incidência de infeções e tornar-se dominante em alguns países ou mesmo no mundo.

O boletim da OMS diz que, entre 17 de julho a 13 de agosto, foram notificados mais de 1,4 milhões de novos casos de Covid-19, um aumento de 63% em comparação com o período de 28 dias anterior. Pelo contrário, o número de mortes caiu 56% para mais de 2.300.

Na quinta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) alertando para o aumento da propagação e da transmissão da Covid-19 na Europa, “após vários meses de taxas de infeção muito baixas”, sem que de momento haja “sinais de aumento das hospitalizações ou de pressões sobre os sistemas de saúde”.

Numa nota de imprensa, o ECDC anunciou que tinha classificado as linhagens recombinantes da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 como variantes de interesse. O centro sublinhou que estas linhagens “podem ter propriedades de fuga imunitária em comparação com as variantes que estavam anteriormente em circulação”, ou seja, as vacinas poderão ser menos eficazes.

O ECDC disse que “é pouco provável que os níveis atinjam os picos anteriores observados durante a pandemia de Covid-19”, mas recordou que os indivíduos mais velhos e aqueles com doenças subjacentes podem desenvolver sintomas graves se forem infetados.

A agência europeia exortou os Estados-membros da União Europeia a alargarem a utilização das vacinas contra a Covid-19.

Até 13 de agosto, a OMS tinha registado mais de 769 milhões de casos confirmados e mais de 6,9 milhões de mortes causadas pelo Covid-19 no mundo, embora a organização admita que os números reais sejam muito maiores.

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