Castelo Branco avança prejuízos de 394 mil euros sem contabilizar área ardida

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

O somatório dos danos causados pelos incêndios tiveram por base o registo de 53 proprietários, sobretudo, da freguesia de Santo André das Tojeiras.

Os prejuízos causados pelo incêndio que deflagrou no início de agosto no concelho de Castelo Branco ultrapassam 394 mil euros, verba que exclui os valores resultantes dos 1.203 hectares de área ardida, disse esta sexta-feira o presidente da Câmara. “O relatório [de apuramento de danos provisórios] vai seguir para o Governo de modo que possamos ter aqui uma compensação e uma estratégia de recuperação das áreas ardidas”, disse, à agência Lusa, o presidente da Câmara de Castelo Branco Leopoldo Rodrigues.

Segundo o relatório de apuramento de danos provisórios na área do município de Castelo Branco, resultantes do incêndio rural que teve início no Carrascal, no dia 4, foram atingidas áreas das freguesias de Sarzedas e de Santo André das Tojeiras, sendo esta última a mais afetada, com um total de 10 localidades a serem afetadas pelas chamas. Na freguesia de Sarzedas, foram atingidas duas localidades, Carrascal e Sobrainho da Ribeira.

Leopoldo Rodrigues referiu que o Serviço Municipal de Proteção Civil realizou três reuniões com a população e foi criada uma equipa multidisciplinar, que procurou obter os dados de todos os danos resultantes do incêndio, bem como aconselhar os habitantes das aldeias atingidas sobre os procedimentos a seguir, caso haja apoios de resposta aos prejuízos. “Vamos ver se temos da parte do Governo algum apoio”, disse.

O autarca realçou ainda a importância das faixas de segurança existentes à volta das aldeias. “Tivemos várias localidades ameaçadas e constatámos a importância das faixas de segurança à volta das aldeias que permitiram a salvaguarda das pessoas e bens e evitaram males maiores”, sustentou Leopoldo Rodrigues.

De acordo com o relatório, o somatório dos danos apurados teve como base o registo feito por 53 proprietários, sobretudo, da freguesia de Santo André das Tojeiras. No total, na morte de animais, necessidade de reposição do capital produtivo em explorações agrícolas, danos em edificado e rede viária, o valor apurado é de 394.339 euros, montante que não inclui os 1.203 hectares de área ardida, dos quais cerca de 917 hectares são de pinheiro-bravo.

O incêndio que deflagrou no dia 4, no concelho de Castelo Branco progrediu para o concelho de Proença-a-Nova e entrou em fase de resolução passados dois dias. Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), os incêndios rurais registados em Odemira e Castelo Branco no início de agosto representam mais de metade do total de área ardida em Portugal em 2023.

De acordo com as estatísticas mais recentes do ICNF, que contabilizam já a primeira quinzena de agosto, Portugal registou desde 01 de janeiro deste ano 27.802 hectares de área ardida e 6.085 incêndios rurais, o que se traduz no segundo valor mais reduzido em número de incêndios e o quarto em termos de área ardida desde 2013.

O incêndio que deflagrou em São Teotónio, no concelho de Odemira, em 05 de agosto, é o maior registado em Portugal este ano ao consumir pelo menos 7.530 hectares de terreno, enquanto o fogo registado em Sarzedas, concelho de Castelo Branco, também este mês, levou a um total de 6.553 hectares de área ardida nos concelhos de Castelo Branco e de Proença-a-Nova.

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Maioria dos alemães descontente com liderança de Scholz

  • ECO
  • 18 Agosto 2023

Apenas 43% dos inquiridos numa sondagem realizada para a ZDF disseram estar satisfeitos com o trabalho do chanceler alemão.

A maioria dos alemães está insatisfeita com a liderança do chanceler Olaf Scholz, revela uma sondagem noticiada pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês) esta sexta-feira. É a primeira vez que isto acontece desde que o chanceler alemão assumiu o cargo, sucedendo a Angela Merkel em 2021.

No inquérito, realizado para a emissora pública ZDF, 51% dos entrevistados disseram que não estavam satisfeitos com o trabalho do chanceler. Apenas 43% dos entrevistados disseram estar satisfeitos com o trabalho de Scholz, enquanto 6% estavam indecisos.

Estes resultados surgem numa altura em que se vive um clima de tensão dentro da coligação de três partidos devido à despesa pública, numa altura em que se discute o orçamento para o próximo ano.

Apesar dos resultados da sondagem, Scholz continua a ser o segundo político mais popular na Alemanha, atrás do ministro da Defesa, Boris Pistorius, que assumiu o cargo há meses.

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Japão deteta aviões russos e mobiliza caças

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

O incidente acontece no dia em que é realizada uma cimeira trilateral inédita entre EUA, Coreia do Sul e Japão, com o objetivo de enviar m sinal de unidade à China e à Coreia do Norte.

Caças japoneses foram esta sexta-feira mobilizados após aviões de patrulha russos terem sido detetados a sobrevoar a zona entre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental, divulgou o Estado-Maior das Forças Armadas do Japão.

Dois aviões russos voaram ao longo da costa centro e sul do Japão, atravessando o estreito de Tsushima, que liga os dois mares e separa a Coreia do Sul do Japão, antes de regressarem pela mesma rota, segundo informou a mesma fonte, num breve comunicado. Caças da Força Aérea de Autodefesa do Japão “foram enviados em resposta” a esta situação, acrescentou o Estado-Maior nipónico.

Este episódio ocorre numa altura em que a Rússia e a China estão a realizar manobras navais conjuntas, com um destacamento das respetivas Marinhas a operar no Mar da China Oriental, de acordo com o Ministério da Defesa russo. Em junho, a China e a Rússia realizaram uma patrulha aérea conjunta sobre os mares do Japão e da China Oriental, o que levou a Coreia do Sul a enviar caças para a zona como medida de precaução.

O incidente também acontece no dia em que é realizada uma cimeira trilateral inédita, perto de Washington, entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, com o objetivo de enviar um sinal de unidade à China e à Coreia do Norte. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebe esta sexta o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o chefe de Estado sul-coreano, Yoon Suk-yeol, em Camp David, residência de férias da Presidência norte-americana, situada nos arredores de Washington.

Os três países deverão estabelecer um “canal de comunicação de emergência” numa região que vive sob a ameaça do programa nuclear da Coreia do Norte e teme uma invasão da ilha de Taiwan pela China, segundo indicaram fontes oficiais ao longo da semana.

O Japão juntou-se aos aliados ocidentais para sancionar Moscovo após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022 e alertou para o nível de ameaça que a Rússia representa. No último documento de segurança assinado pelas autoridades nipónicas, que no passado chegaram a defender uma cooperação e laços mais estreitos com a Rússia, Tóquio adverte que os exercícios militares conjuntos de Moscovo com a China são um problema.

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Pioneiro do Rio notifica Concorrência da compra da Portugs

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

A Pioneiro do Rio presta serviços de acostagem e amarração a navios comerciais nos portos de Lisboa e Sines. A Portugs presta serviços de reboque e emergência a navios nos portos de Lisboa e Setúbal.

A Pioneiro do Rio notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da aquisição do controlo exclusivo sobre a Portugs, que presta serviços de reboque e de emergência a navios nos portos de Lisboa e Setúbal.

“[…] A Autoridade da Concorrência recebeu, em 11 de agosto de 2023, a notificação prévia da operação de concentração de empresas”, lê-se na informação divulgada esta sexta-feira pelo regulador.

A Pioneiro do Rio presta serviços de acostagem e amarração a navios comerciais nos portos de Lisboa e Sines. Paralelamente, a empresa disponibiliza serviços de lanchas no Porto de Lisboa e de transporte de materiais e tripulantes a bordo de navios ao largo do Porto de Sines.

Segundo a mesma nota, quaisquer observações sobre esta operação devem ser enviadas para o ‘e-mail’ da AdC – [email protected].

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Portugal volta a ter excesso de mortalidade em junho

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

Dos 27 Estados-membros da UE, 18 apresentavam em junho excesso de mortalidade, incluindo Portugal (106,6).

Portugal voltou a registar em junho um excesso de mortalidade, em linha com a União Europeia (UE), revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), que cita dados do gabinete de estatísticas europeu Eurostat.

O indicador de excesso de mortalidade calculado pelo Eurostat compara o número de óbitos registado em cada mês nos países da UE, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça com o número médio mensal de óbitos verificado no período 2016-2019 (que é igual a 100).

Por definição, o excesso de mortalidade ocorre quando o número de mortes por todas as causas é superior ao que seria de esperar num determinado período. Quanto maior o valor, maior o número de mortes adicionais quando comparadas com as do período de referência.

Segundo as estatísticas vitais mensais, divulgadas pelo INE, que citam dados do primeiro semestre do Eurostat, a UE voltou globalmente a ter em junho (à semelhança de março, abril e maio) um excesso de mortalidade (o valor médio em junho foi de 102,5 óbitos).

Dos 27 Estados-membros da UE, 18 apresentavam em junho excesso de mortalidade, incluindo Portugal (106,6), que no primeiro semestre deste ano apenas não teve excesso de mortalidade em janeiro (96,9 óbitos).

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Tribunal de Contas recomenda revisão da Lei de Publicidade Institucional do Estado

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

A auditoria concluiu que persistem na Lei de Publicidade Institucional do Estado "situações de difícil interpretação ou que condicionam a sua execução, com implicações em todas as fases do processo".

O Tribunal de Contas (TdC) recomendou ao Governo e à Assembleia da República que ponderem a revisão da Lei de Publicidade Institucional do Estado (LPIE), segundo o relatório da auditoria realizada após comunicações do regulador sobre incumprimentos, esta sexta-feira divulgado.

No relatório, o TdC recomenda ao Governo e à Assembleia da República que ponderem “a revisão da LPIE, designadamente a atualização de conceitos, uma adequada compatibilização entre normas e uma melhor definição do âmbito de aplicação“, aspetos que não foram contemplados na lei de 12 de maio, que introduziu alterações na LPIE, que entrou em vigor há cerca de sete anos.

Em causa estão várias comunicações da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) ao TdC sobre incumprimentos da lei passíveis de configurarem eventuais infrações financeiras.

“Do exame dos processos de incumprimento remetidos pela ERC ao TdC, destaca-se que a documentação se resume, em geral, ao ofício que comunica a situação de incumprimento juntamente com uma informação de serviço, ficando em falta a documentação de suporte da campanha, bem como as evidências das situações de incumprimento dos artigos 7.º e 8.º da LPIE, necessárias para efetuar o apuramento de eventuais responsabilidades financeiras”, concluiu o tribunal.

A auditoria concluiu também que persistem na referida lei “situações de difícil interpretação ou que condicionam a sua execução, com implicações em todas as fases do processo, nomeadamente no planeamento, na aquisição de serviços, na comunicação e transparência, no registo, na verificação e fiscalização e na avaliação de resultados”.

Concluiu ainda que o controlo feito pela ERC ao cumprimento da lei “ainda apresenta algumas insuficiências, que carecem de melhoria, ao nível da avaliação do risco, da informação, da comunicação e da monitorização das campanhas promovidas pelos destinatários da lei de forma a assegurar, com eficácia e eficiência, a fiscalização da execução de investimentos em publicidade institucional do Estado e a deteção de situações de incumprimento”.

Entre as recomendações ao Governo e à Assembleia da República, o TdC referiu que deve ficar expressamente estabelecido na lei a não sujeição das campanhas de publicidade institucional do Estado à taxa de exibição de 4%.

Deve ainda ficar claro, entende o TdC, a sujeição das universidades e institutos politécnicos e demais entidades reguladas pelo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) ao regime jurídico da LPIE e a obrigatoriedade de os órgãos de comunicação social, através das respetivas associações do setor, comunicarem à ERC com periodicidade regular, as aquisições de espaços publicitários para a realização de Publicidade Institucional do Estado.

Já à ERC, o TdC recomenda que “promova os ajustamentos e melhorias na sua plataforma para registo das campanhas de PIE e nos correspondentes manuais, de forma a torná-la uma ferramenta mais dinâmica e com procedimentos de carregamento de dados de fácil acesso e execução” e que não inclua no custo global da campanha a publicidade realizada fora dos órgãos de comunicação social, designadamente em outdoors, rede multibanco, redes sociais.

A ERC deve ainda instruir “os processos de denúncia enviados ao TdC com o devido suporte documental, sempre que disponível, para eventual apuramento de responsabilidades financeiras“, lê-se no relatório da auditoria que incidiu sobre os investimentos em PIE realizados em 2021, bem como sobre os processos de denúncias enviados ao TdC, pela ERC, desde 2017 até fevereiro de 2022.

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Pagamentos a autarquias e universidades elevam execução do PRR para 2,41 mil milhões

Até esta quarta-feira foram pagos 2.410 milhões de euros aos beneficiários, o que equivale a 14% do total. Foram pagos mais 25 milhões de euros na última semana, sobretudo a câmaras e universidades.

Os beneficiários finais do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) receberam mais 25 milhões de euros na última semana, de acordo com o último relatório de monitorização. Foram sobretudo as autarquias e as universidades que tiveram um salto maior nos pagamentos.

Até esta quarta-feira foram pagos 2.410 milhões de euros aos beneficiários, o que corresponde a 14% do total. Na semana anterior, o valor estava em 2.385 milhões de euros. Mas quando a execução é medida em termos de cumprimento de metas e marcos negociados com a Comissão Europeia, persiste em 17%. Mas este valor acabará por ser revisto em baixa quando a reprogramação do PRR receber luz verde da Comissão Europeia, dado que os 5,6 mil milhões de euros adicionais que a bazuca terá correspondem também a um aumento das metas e dos marcos. O PRR passará a ter uma dotação máxima de 22,2 mil milhões de euros e terá de levar a cabo mais 11 reformas e 30 investimentos.

As autarquias e as universidades foram os beneficiários que tiveram um maior aumento semanal nos pagamentos: foram-lhes pagos 12 e sete milhões, respetivamente, para um total de 174 e 125 milhões de euros.

As entidades públicas continuam a ser os beneficiários finais com maior volume de pagamentos 708 milhões de euros às quais se seguem as empresas com 606 milhões pagos. Apesar de as empresas já estarem a beneficiar de um aumento do valor do adiantamento — ao nível das agendas mobilizadoras em vez de 13% do valor do projeto passaram a receber 23% — e de no site do IAPMEI já estar disponível, desde julho, a nova plataforma de acesso ao formulário de pedido de pagamento das despesas executadas no âmbito das Agendas Mobilizadoras, os montantes pagos às empresas não têm sofrido uma alteração muito significativa, desde o início de agosto as empresas só receberam mais nove milhões de euros.

Em terceiro lugar surgem as empresas públicas, com 331 milhões pagos. Seguem-se as escolas (228 milhões de euros), as autarquias e áreas metropolitanas (174 milhões de euros), as famílias (147 milhões de euros) e as instituições de ensino superior (125 milhões de euros). No final da tabela aparecem as instituições da economia solidária e social (47 milhões de euros) e as instituições do sistema científico e tecnológico (45 milhões de euros).

Por sua vez, as aprovações de investimentos ascenderam a 14.302 milhões, o que corresponde a 86% do total. Nos primeiros lugares surgem as empresas (4.510 milhões de euros), seguidas pelas entidades públicas (4.260 milhões de euros) e pelas empresas públicas (2.244 milhões de euros).

Depois surgem as autarquias e áreas metropolitanas (1.434 milhões de euros), as instituições de ensino superior (624 milhões de euros), as escolas (369 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (352 milhões de euros), as instituições do sistema científico e tecnológico (330 milhões de euros) e as famílias (180 milhões de euros).

Até 16 de agosto foram submetidas 198.723 candidaturas ao PRR, mais 265 do que na semana anterior e as candidaturas aprovadas ascendem a 140.421.

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Terminal de gás natural abasteceu menos 12% de cisternas até junho

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

O número de cisternas abastecidas no Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), em Sines, totalizou 3.091 até ao final de junho, menos 12,2% face ao mesmo período do ano passado.

O número de cisternas abastecidas no Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), em Sines, totalizou 3.091 até ao final de junho, menos 12,2% face ao mesmo período do ano passado, segundo dados da ERSE, divulgados esta sexta-feira.

De acordo com o Boletim sobre a Utilização das Infraestruturas de Gás relativo ao segundo trimestre de 2023, publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), além do GNL carregado no Terminal de GNL, as cisternas poderão ainda ser abastecidas por gases de origem renovável liquefeitos e injetados nas unidades autónomas de gás (UAG).

O Terminal de GNL, em Sines, recebe navios metaneiros, armazena o GNL, regaseifica e emite gás para a Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG), além de carregar cisternas através das três baías de enchimento, com a capacidade para encher 36 cisternas de GNL por dia (13.140 cisternas/ano).

As cisternas são transportadas por camião e/ou por comboio até às UAG, situadas em zonas do país onde não chegam as redes interligadas de gás, que, por sua vez, estão ligadas aos consumidores finais, que podem ser clientes domésticos ou industriais.

O consumo acumulado de gás em Portugal, até ao final de junho de 2023, foi de 24,6 Terawatts-hora (TWh), menos 21,1% do que no mesmo período do ano anterior.

A diminuição do consumo de gás foi particularmente visível nas centrais a gás para a produção de energia elétrica, cujo consumo foi cerca de 7,9 TWh até ao final do segundo trimestre de 2023, correspondendo a uma diminuição de 41,9% face ao mesmo período de 2022.

“A redução do consumo das centrais a gás está associada à elevada produção de energia elétrica de origem renovável (eólica, solar e hídrica)”, apontou o regulador da energia, realçando que, no final do segundo trimestre de 2023, a produção de energia renovável abasteceu cerca de 61% do consumo nacional de eletricidade.

Segundo a ERSE, o ‘stock’ de gás armazenado em cavernas, situadas na região de Leiria, em 30 de junho, foi de 93% da capacidade comercial firme disponível, o que equivale a 25 dias de consumo médio nacional

O plano REPowerEU – aprovado pela Comissão Europeia para acabar com a dependência de combustíveis fósseis russos antes de 2030 em resposta à invasão da Ucrânia – estabelece como meta que cada país deverá ter, no mínimo, 90% de reservas de gás em instalações subterrâneas a 01 de novembro de 2023 e nos anos seguintes.

 

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Gasolina sobe três cêntimos, mas gasóleo desce um na próxima semana

Na próxima semana, quando for abastecer, deverá pagar 1,696 euros por litro de gasóleo simples e 1,857 euros por litro de gasolina simples 95. Em sete semanas, litro de gasolina subiu 20,9 cêntimos.

Os combustíveis voltam a ter comportamentos diferentes. Se tem um carro a gasolina aproveite e vá já abastecer esta semana, porque na próxima o preço por litro deverá aumentar três cêntimos. Já o gasóleo deverá descer um cêntimo, avançou a SIC e confirmou o ECO junto de fonte do mercado.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,696 euros por litro de gasóleo simples e 1,857 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É preciso recuar até 17 de outubro do ano passado para encontrar um valor pago pelo litro de gasolina mais elevado (1,886).

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. O Governo voltou a reduzir os apoios aos combustíveis, ao agravar em dois cêntimos a taxa de carbono no gasóleo e em 1,8 cêntimos na gasolina. Valores que vão vigorar em agosto.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. E é de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta evolução dos preços dos combustíveis surge depois de, esta semana, se ter registado uma subida de 1,8 cêntimos no gasóleo e de 0,4 cêntimos na gasolina. Subidas superiores à expectativa do mercado que apontava para uma subida de um cêntimo no gasóleo e a manutenção dos preços da gasolina. O diesel interrompeu a subida de seis semanas consecutivas e a gasolina está a subir há sete semanas seguidas. Os consumidores viram os preços do gasóleo subir 21,2 cêntimos neste espaço de tempo e os da gasolina 20,9 cêntimos.

Os preços do brent descem 0,2% esta sexta-feira para 83,95 dólares por barril, e os mercados antecipam que esta semana seja interrompida a sequência de sete semanas consecutivas de ganhos, devido às preocupações com a desaceleração do crescimento na China e a possibilidade de mais aumentos das taxas de juro nos EUA. Preocupações que superaram os sinais de restrição da oferta que poderia alimentar a subida dos preços do ouro negro.

A sequência de sete semanas de ganhos foi a mais longa este ano para ambos os índices. Os futuros do Brent subiram cerca de 18% e do WTI 20% nas sete semanas que terminaram a 11 de agosto, mas esta sexta-feira caminham para uma queda semanal de superior a 3%.

Evolução do preço do Brent em Londres

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Chega propõe que lucros da banca financiem programas de apoio à habitação

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

Proposta prevê que lucros extraordinários da banca financiem programas de apoio à habitação através de uma "contribuição solidária temporária", defendendo que é uma medida "eficaz e equitativa".

O Chega apresentou esta sexta-feira um projeto de lei para que os lucros extraordinários da banca financiem programas de apoio à habitação através de uma “contribuição solidária temporária”, defendendo que é uma medida “eficaz e equitativa”.

Na exposição de motivos do diploma, que deu entrada no parlamento na quarta-feira, o Chega argumenta que o “custo da habitação continua a aumentar”, com várias famílias a “experienciar sérias dificuldades em encontrar imóveis disponíveis para arrendamento, ou conseguir obter crédito para a respetiva aquisição a um preço suportável”.

O partido considera que, “por um lado, o aumento dos preços das casas tem contribuído para a desigualdade social” e, por outro, “o aumento do volume de empréstimos tem vindo a aumentar o endividamento das famílias e a criar vulnerabilidades financeiras”.

“O desafio é, portanto, encontrar formas de assegurar que o mercado imobiliário continue a funcionar eficientemente, enquanto ao mesmo tempo se minimizam os riscos associados ao aumento dos preços das casas e do volume de empréstimos”, lê-se no diploma.

Neste contexto, o partido recorda que, em dezembro de 2022, o parlamento aprovou uma proposta do Governo para taxar sobre lucros excessivos no setor da energia e da distribuição – que contou com o voto contra do Chega -, defendendo que se trata de uma medida com o “objetivo de garantir que aqueles operadores económicos que obtêm lucros significativos em tempos de crise contribuam de maneira justa para os esforços de recuperação”.

“Nesta linha estratégica de atuação, propõe-se, portanto, com o presente projeto de lei, a ampliação desta medida e que, nesta lógica, seja criada uma contribuição solidária temporária, a ser aplicada sobre estes lucros extraordinários no setor da banca”, refere-se.

A taxa aplicada corresponderia a 40% dos lucros excedentários registados pela banca em 2023 e 2024, calculados com base na média dos lucros tributáveis entre 2019 e 2022. O Chega defende que esta medida deve ser temporária para “manter a viabilidade financeira das instituições de crédito no longo prazo”.

O partido propõe que a contribuição seja “direcionada exclusivamente para o financiamento de programas de apoio à habitação”, designadamente em subsídios para pagamentos de hipotecas, medidas de apoio a programas de reestruturação de dívidas ou de apoio à habitação acessível.

“Acreditamos que esta medida é um meio eficaz e equitativo de garantir que todos os setores da sociedade contribuam para a solução de um problema que afeta uma grande parte da população”, defende-se.

 

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Público reage a desinformação partilhada por Ventura apontando “falta de vergonha”

Questionada pelo +M, fonte oficial do Chega referiu que o partido "não usa a marca" de nenhum OCS e que "tem os seus próprios mecanismos de fiscalização e análise, não a dos editores de jornais".

Depois de a Renascença já o ter feito, agora foi a vez do jornal Público denunciar e repudiar a alegada utilização do seu grafismo por parte de André Ventura e do partido Chega para a partilha de notícias falsas e/ou inexistentes. Apontando “falta de vergonha“, o Público, no entanto, não tenciona recorrer às autoridades.

“Sem vergonha e sem verdade” é o título do editorial do Público, escrito pelo seu diretor, David Pontes, que refere que “para André Ventura, a verdade pode não valer nada, mas para um jornal ela é a essência da sua missão, por isso temos de repudiar a utilização do nosso grafismo para a difusão de mentiras“.

Apontando que a partilha de desinformação sempre foi uma ferramenta utilizada em propaganda – e exemplificando com os exemplos recentes de propagação relacionados com o ex-presidente Trump, com o “Brexit”, com a pandemia ou com as centrais de desinformação russas – David Pontes escreve que “mesmo assim, custa a perceber a falta de vergonha que é preciso para, de uma forma tão clara, o líder de uma força política que é a terceira com maior representação no Parlamento embarcar em claras estratégias de desinformação (…)”.

O diretor do Público, no entanto, adianta que o jornal não vai recorrer às autoridades “para desmontar o logro que está à frente dos olhos de todos”, sendo que, ao invés disso, vai continuar a apostar no jornalismo, em programas de literacia mediática e com rubricas de combate à desinformação.

Em causa está a partilha de notícias difundidas por André Ventura na rede social X (ex-Twitter):

Questionada pelo +M, fonte oficial do partido disse que “o Chega não usa a marca nem a propriedade intelectual de nenhum órgão de comunicação social, era o que faltava que o Folha Nacional [site de informação oficial do partido] não pudesse ter vários modelos de imagem e divulgação“.

Obviamente que quando circulam em grupos e no espaço público digital informações que não são verdadeiras, o Chega tem os seus próprios mecanismos de fiscalização e análise, não a dos editores de jornais“, disse a mesma fonte, quando questionada se o Chega se encontra a desenvolver alguma investigação quanto ao assunto e se pretende tomar medidas para que estes casos não se repitam.

Anteriormente, também a Renascença já se tinha dito alvo de uma ação igual, acusando André Ventura de ter usado a imagem de uma notícia que parece ter sido retirada do site da Renascença, mas que não existe. A notícia é sobre a Jornada Mundial da Juventude e tem como título “Milhares de inscritos na JMJ desaparecidos. Imigração ilegal”.

No artigo da Renascença, Pedro Leal, diretor de informação, asseverou que “tudo isto é falso. O grafismo é semelhante, mas mesmo o tipo de letra não é o nosso. A Renascença nunca publicou este conteúdo.

No entanto, esta foi a notícia aproveitada pelo Chega para, quando questionado pelo +M quanto à partilha de informações falsas, ter questionado “quais são as noticias falsas?“, referindo que “ainda hoje se comprovou que milhares de peregrinos usaram a JMJ para ficar em Portugal e na Europa, como o Chega tinha dito”, aludindo à informação divulgada esta manhã pelo Expresso (acesso condicionado).

As partilhas feitas por parte de André Ventura, apesar das denúncias feitas pelos meios de comunicação visados, não foram retiradas do seu perfil na rede social X.

Esta quarta-feira, segundo a agência Lusa, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) disse que ainda não tinha recebido “qualquer participação” sobre as notícias falsas de que a Renascença e o Público foram alvo por parte de André Ventura.

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Euribor cai a 12 meses mas sobe a três e a seis meses

  • Lusa
  • 18 Agosto 2023

A taxa Euribor desceu esta sexta-feira a 12 meses e subiu a três e seis meses.

A taxa Euribor desceu esta sexta-feira a 12 meses e subiu a três e seis meses, face ao dia anterior.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu esta sexta-feira para 4,091%, menos 0,004 pontos do que na quinta-feira, depois de ter subido até 4,193% a 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • Em sentido contrário, no prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 7 de julho de 2022, subiu esta sexta-feira para 3,944%, mais 0,003 pontos do que no dia anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
  • A Euribor a três meses subiu esta sexta-feira 0,001 pontos percentuais, em comparação com quinta-feira, para 3,816%.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base — tal como em 15 de junho e 4 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

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