Cantanhede admite que linha de alta velocidade passe no concelho

  • Lusa e ECO
  • 20 Julho 2023

Presidente da Câmara Municipal de Cantanhede só admite a passagem da linha ferroviária de alta velocidade no concelho, caso eventuais problemas com as habitações estejam acautelados.

“A nossa posição da primeira hora e agora também é, naturalmente, é a de defender o eixo 5. […] Através do traçado 4 temos penalização em termos de proprietários. Há uma casa que tem de ser demolida. Há outros que ficam com a passagem da via do TGV [comboio de alta velocidade] muito em cima das próprias habitações, o que é penalizante para o Município”, começou por afirmar a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio.

A autarca só admite a passagem da linha ferroviária de alta velocidade no concelho, caso eventuais problemas com as habitações estejam acautelados. Admitiu, contudo, que outros municípios têm situações mais graves, onde a passagem da linha ferroviária de alta velocidade prevê a demolição de muito mais casas.

“Se nesse traçado 4 ainda houver a possibilidade de poder fazer algum desvio, de forma a não afetar as duas situações que referi, é evidente que podemos ponderar e analisar, por solidariedade a outros municípios, como [por exemplo] a Mealhada e Anadia, que têm mais casas que vão eventualmente ser demolidas”, frisou.

No entanto, Helena Teodósio reiterou que a opção do município para a “defesa do território” é o traçado 5, que não passa no concelho de Cantanhede, no distrito de Coimbra.

Se nesse traçado 4 ainda houver a possibilidade de poder fazer algum desvio, de forma a não afetar as duas situações que referi, é evidente que podemos ponderar e analisar, por solidariedade a outros municípios, como [por exemplo] a Mealhada e Anadia, que têm mais casas que vão eventualmente ser demolidas.

Helena Teodósio

Presidente da Câmara Municipal de Cantanhede

Na manhã de quarta-feira, a presidente reuniu com a Infraestruturas de Portugal, pelo que notou a possibilidade de haver “algum desvio” no traçado 4, por forma a não afetar essas duas situações no concelho de Cantanhede. “Se isso acontecer, naturalmente que, passando pelo nosso território, mas não afetando dessa forma, minimiza-se muito mais a situação e evidentemente para os outros municípios é muito mais benéfico”.

Helena Teodósio lembrou que outros municípios têm acesso à ferrovia e a outros transportes públicos. No caso de Cantanhede, “não tendo essa possibilidade, não tem um benefício direto na paragem do TGV em Coimbra”.

“Pelo que entendemos que poderia ser analisado, eventualmente alguma situação, caso tivéssemos aqui a possibilidade do metro [Mondego] que pudesse fazer essa mesma ponte”.

Se o Metro Mondego fosse assegurado, as “populações que, neste momento, ficam mais prejudicadas nessa eventualidade de passar ali o traçado do TGV, também podiam ficar beneficiadas ou pelo menos compensadas pelo facto do Metro Mondego ir até lá”, concluiu.

O município já tinha aprovado, por unanimidade, a defesa do traçado 5.

Na reunião de Câmara, na quarta-feira, a autarquia aprovou, por unanimidade, a proposta que, face ao Estudo de Impacte Ambiental (EIA), propõe parecer desfavorável à proposta do eixo 4 e variante a Anadia/Oliveira do Bairro, no atravessamento do Município de Cantanhede.

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Concurso de acesso ao ensino superior abre segunda-feira com 54.311 vagas

  • Lusa
  • 20 Julho 2023

Os candidatos com ensino secundário e provas de ingresso têm até 7 de agosto para apresentarem a sua candidatura a esta primeira fase. A divulgação dos resultados está prevista para o dia 27.

A primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público abre esta segunda-feira com 54.311 vagas, mais 275 do inicialmente anunciado e mais 671 do que no ano passado. Num comunicado divulgado esta quinta-feira, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior sublinha que o número de vagas destinadas ao concurso nacional deste ano representa um aumento de 671 vagas face aos lugares inicialmente disponibilizados para ingresso no ano letivo anterior.

Face aos números anunciados em abril para o próximo ano letivo, há agora mais 11 cursos com um total de 275 vagas em nove instituições de ensino superior.

O ministério atualizou também o portal Infocursos, que disponibiliza dados e estatísticas sobre cursos superiores, para apoiar o processo de decisão dos estudantes no momento de escolher os seus cursos.

Os candidatos com ensino secundário e provas de ingresso portuguesas têm até 7 de agosto para apresentarem a sua candidatura a esta primeira fase, enquanto os alunos com ensino secundário e provas de ingresso estrangeiras devem candidatar-se até 31 de julho. A divulgação dos resultados está prevista para 27 de agosto.

Segundo o ministério, consideradas todas as vias de ingresso ao ensino superior público e privado — incluindo os concursos locais artísticos, candidatos maiores de 23 anos, estudantes internacionais, titulares de cursos superiores e pós-secundários, situações de mudança de curso, diplomados de vias profissionalizantes e ingresso em Medicina por licenciados — o número total de vagas para o ensino superior em 2023/2024 ascende a cerca de 100.000 vagas.

No comunicado, o ministério recorda ainda algumas medidas que marcam este concurso de acesso, nomeadamente a antecipação do calendário de colocações do concurso nacional de acesso, o que garante um intervalo mínimo de 15 dias entre a colocação na primeira fase e o início das aulas.

A disponibilização, pela primeira vez, de um contingente prioritário de estudantes economicamente carenciados (beneficiários de escalão A da ação social escolar), com 2.028 vagas, para cursos em todas as instituições de ensino superior públicas e o alargamento, para cerca de 3.800 vagas, do contingente prioritário para emigrantes, familiares e lusodescendentes para a segunda fase do concurso são outras novidades referidas no comunicado.

A segunda fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior começa a 28 de agosto e a terceira em 22 de setembro.

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Greg Delloye é o novo diretor geral da UCI em Portugal

O até então responsável máximo da UCI em Portugal, Pedro Megre, foi nomeado CEO do Grupo UCI.

Greg Delloye é o novo diretor geral da Unión de Créditos Inmobiliarios (UCI) em Portugal.Pedro Megre, até agora responsável máximo da UCI em Portugal, foi nomeado CEO do Grupo UCI. Para o cargo de diretor-geral adjunto vai Philippe Laporte, até agora vice-diretor geral de finanças, clientes e tecnologia da empresa.

“Essas nomeações demonstram o compromisso da UCI com o crescimento estratégico, sustentabilidade e inovação digital. Em 2022 o Grupo UCI formalizou nova produção no valor de 839 milhões de euros. A sua posição de entidade especializada tem-lhe permitido manter uma presença significativa no financiamento da habitação sustentável e na reabilitação do parque habitacional na Península Ibérica”, lê-se em comunicado.

Há 30 anos no Grupo UCI e há 24 na UCI Portugal, o francês Greg Delloye ocupava, até então, o cargo de diretor financeiro. A nível académico, formou-se na European Business School (EBS) Paris.

Greg Delloye é o novo diretor geral da UCI em Portugal

Já Pedro Megre, que, desde 2008, ocupava a posição de CEO na filial portuguesa da UCI, tem um percurso de mais de 20 anos no setor financeiro e vasta experiência internacional. Adicionalmente, desde 2021, é presidente da Assembleia Geral da ASFAC (Associação das Instituições de Crédito em Portugal).

Como CEO, o profissional irá liderar a estratégia geral do Grupo UCI, supervisionando todas as áreas de negócio e trabalhando em estreita colaboração com a equipa de gestão da entidade, para promover os critérios ESG e estreitar as relações com as partes interessadas. Além disso, compatibilizará a sua posição atual com a representação de outras empresas do Grupo UCI a nível nacional e internacional.

O conselho nomeou, igualmente, Philippe Laporte, até agora vice-diretor geral de finanças, clientes e tecnologia da empresa, como diretor-geral adjunto. O profissional será também responsável pela transformação digital da UCI e por promover o desenvolvimento de soluções financeiras sustentáveis ​​e transparentes.

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Governo nomeia comissão para Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho. Conheça os 15 peritos

Grupo de peritos vai ficar responsável pela elaboração do Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, que deverá ser apresentado ao Governo até ao final deste ano.

Já é conhecido o grupo de peritos que vai ficar responsável pela elaboração do Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, e que deverá apresentá-lo ao membro do Governo responsável pela área do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social até 31 de dezembro de 2023. A comissão, que funcionará na dependência do Secretário de Estado do Trabalho, é composta por 15 personalidades. A investigadora Sílvia Silva vai coordenar cientificamente os trabalhos a desenvolver, de acordo com despacho publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O grupo de trabalho criado tem como objetivos “identificar, caracterizar e avaliar os impactos no âmbito da segurança e saúde no trabalho, nomeadamente do ponto de vista da prevenção e da avaliação de riscos, das principais questões emergentes relacionadas com a saúde mental no local de trabalho (…); a maior e crescente interação entre o trabalho humano e automatizado; os novos regimes de organização e prestação de trabalho associados à transição energética e tecnológica e à expansão das plataformas colaborativas; a evolução da robótica e o aparecimento de novos instrumentos do trabalho; os fluxos migratórios e as tendências demográficas; as alterações climáticas; bem como avaliar a forma como as inovações tecnológicas podem ser usadas para melhorar a segurança e saúde no trabalho”, pode ler-se.

Além disso, faz parte da missão da comissão “refletir sobre a adequação do sistema português de segurança e saúde no trabalho”, “recolher e sistematizar informação sobre medidas de política pública e exercícios de reflexão a nível internacional sobre estes temas feitos noutros países e à escala internacional”, e “estimular e promover ativamente o debate público sobre estas temáticas, auscultando e envolvendo designadamente os parceiros sociais, as entidades da sociedade civil, as universidades, os centros de investigação e outras entidades ou personalidades consideradas de relevo”.

Conheça o percurso das 15 pessoas vão fazer parte deste grupo de trabalho:

  • Sílvia Costa Agostinho da Silva

Doutorada em Psicologia Social e das Organizações, especialidade Comportamento Organizacional, pelo ISCTE, é professora catedrática no departamento de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional, na ISCTE Business School. É também investigadora na BRU-IUL nas áreas da segurança, saúde e bem-estar no trabalho e o seu trabalho de investigação tem sido publicado em vários livros e revistas internacionais da especialidade. Em 2018 organizou o 13th European Academy of Occupational Health Psychology Conference, o congresso europeu de psicologia da saúde ocupacional de maior dimensão na Europa.

  • Anabela Figueiredo

Licenciada em Engenharia Informática pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, com pós-graduação em Gestão de Empresas de Seguros e Fundos de Pensão pelo Instituto Atuarial de Portugal e certificação em Coaching – Executivo, de Equipas e Organizacional pela Meyler Campbell, Anabela Figueiredo é presidente, desde 2022, da Mind Alliance Portugal, integrada na ONG global MindForward Alliance, que visa a promoção da saúde mental nos locais de trabalho.

  • Maria de Fátima dos Santos Ramalho Arrabaço

Enfermeira, técnica de segurança no trabalho e especialista na área de educação e formação em Enfermagem, mestre em Comunicação em Saúde pela Universidade Aberta, mestre em Enfermagem de Saúde Comunitária pela Universidade Católica Portuguesa e doutoranda no Doutoramento em Enfermagem na área de gestão de unidades de saúde da Universidade Católica Portuguesa, é professora adjunta no Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC Lisboa). Desde 2016 que integra a equipa de coordenação do Programa Nacional de Saúde Ocupacional da Direção-Geral da Saúde.

  • Florentino Manuel dos Santos Serranheira

Doutorado em Saúde Pública na especialidade de Saúde Ocupacional pela Universidade Nova de Lisboa, é professor associado com agregação na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e investigador nas áreas de saúde e bem-estar no trabalho, com trabalho publicado em vários livros e revistas internacionais da especialidade. É também coordenador do departamento de Saúde Ocupacional e Ambiental da ENSP/UNL desde julho de 2020, coordenador do mestrado em Saúde Ocupacional desde 2018 e coordenador adjunto da pós-graduação em Medicina do Trabalho desde setembro de 2016.

  • Isabel Moisés

Licenciada em Economia, Isabel Moisés detém formação executiva em gestão e liderança em instituições como Insead, London Business School, IMD Business School, Harvard Business School e Nova SBE. É diretora executiva de Recursos Humanos da Secil desde 2020. Ao longo da sua carreira assumiu funções como a de diretora de RH na Philip Morris Brasil, vice-presidente de RH na Heineken Brasil, diretora geral de RH e comunicação interna da Heineken Portugal (Central de Cervejas) e diretora corporativa de RH na Galp Energia. Antes de se juntar à Secil, foi cofundadora de uma startup digital no Brasil e atuou como executive coach e senior advisor em Capital Humano no Eurogroup Consulting.

  • Jerónimo Dias Moreira de Sousa

Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, é diretor do CRPG – Centro de Reabilitação Profissional de Gaia desde 1992, onde exerce funções executivas e de coordenação de estudos e projetos no âmbito da modelização de políticas sociais relativas às incapacidades, reabilitação profissional e gestão das incapacidades após doenças e acidentes. É membro, desde 2018, da Comissão de Políticas de Inclusão das Pessoas com Deficiência. Foi também presidente da EPR – European Platform for Rehabilitation.

  • Jorge Manuel Barroso Dias

Médico do Trabalho, mestre em Gestão da Saúde com especialização em Gestão Clínica pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e doutorando no 8.º Programa de Doutoramento em Saúde Pública (especialização em Epidemiologia) na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, é docente convidado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, coautor e perito convidado da Direção-Geral de Saúde na elaboração de diversas Normas de Orientação Clínica e Guias Técnicos dos grupos de trabalho técnico-científicos sobre vigilância de saúde dos trabalhadores. É presidente da direção da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho (SPMT) desde 2014 e coordenador clínico de Saúde Ocupacional da Câmara Municipal de Lisboa desde de 2015.

  • José Manuel Rocha Nogueira

Médico da carreira médica de saúde pública, mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e doutorando na Universidade de Porto, é professor auxiliar convidado na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa. É ainda docente em instituições de ensino como a Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto, CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, entre outras. Coordenador do Programa Nacional de Saúde Ocupacional na Direção-Geral da Saúde desde 2017.

  • Liliana Maria da Silva Cunha

Doutorada em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), é professora auxiliar na FPCEUP, professora auxiliar convidada na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e secretária-geral da Sociedade Internacional de Ergologia. É investigadora do Centro de Psicologia da Universidade do Porto, destacando-se a sua participação em projetos orientados para a análise de novos cenários de trabalho marcados pela transformação tecnológica.

  • Luís Conceição Freitas

Licenciado em Direito, é professor associado convidado da Escola de Ciências Económicas e das Organizações da Universidade Lusófona e diretor do curso de pós-graduação em Segurança e Higiene do Trabalho da Universidade Lusófona. É docente, no âmbito do ensino pós-graduado, no Instituto Superior Técnico, FEUP – Universidade do Porto, Universidade do Minho, entre outras. Perito convidado da Comissão Europeia em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho e membro da ENETOSH – European Network Education and Training in Occupational Safety and Health.

  • Nelson Prata

Licenciado em Segurança no Trabalho e em Engenharia de Segurança no Trabalho, é responsável do departamento de Segurança da Construtora Empreiteiros Casais, S. A. (Casais Engenharia e Construção, S. A.), desenvolvendo e acompanhando também os projetos na área internacional. É também formador e socorrista, tendo participado como orador em diversos seminários na área da segurança e saúde no trabalho.

  • Nuno Silva Marques

Médico especialista em cardiologia, é professor associado convidado da Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade do Algarve e, desde 2023, coordenador nacional do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável. É também presidente do Observatório Nacional do Envelhecimento e Coordenador da Rede Nacional de Laboratórios da Academia para Resposta às Emergências de Saúde Pública.

  • Pedro Miguel Ferreira Martins Arezes

Doutorado em Engenharia Industrial e de Sistemas na Universidade do Minho (UMinho), realizou trabalhos pós-doutorais na TU Delft (Holanda), no MIT e na Universidade de Harvard (ambos nos EUA). É professor catedrático na Escola de Engenharia da UMinho e atualmente presidente da Escola de Engenharia da UMinho, diretor executivo do Consórcio das Escolas de Engenharia, e desde 2016, diretor nacional do programa governamental para Ciência e Tecnologia, Programa MIT Portugal. É também investigador no Centro de Investigação ALGORITMI na Escola de Engenharia da UMinho, onde lidera o grupo de investigação de “Ergonomia e Fatores Humanos”.

  • Samuel Antunes

Doutorado em Psicologia pela Universidade de Toulouse Jean Jaurè, é professor auxiliar no departamento de Psicologia da Universidade Autónoma de Lisboa e investigador no APPsyCI – Applied Psychology Research Center Capabilities & Inclusion e na The COVISTRESS Network. É especialista em Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações e em Psicologia Clínica e da Saúde pela Ordem dos Psicólogos Portugueses. Integrou como perito o Grupo Delphi “Avaliação do Risco Psicossocial em Saúde Ocupacional”, do Programa Nacional de Saúde Ocupacional da DGS. Desde 2022 é managing partner da Think People, onde dirige projetos de consultoria e investigação em saúde ocupacional.

  • Tânia Gaspar Sintra dos Santos

Doutorada em Psicologia, em Gestão e mestre em Saúde Pública, Tânia dos Santos é professora associada com agregação na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, diretora do Centro de Psicologia, Inovação e Conhecimento da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e membro da direção e investigadora no Digital Human-Environment Interaction Labs da mesma universidade. É ainda coordenadora do Laboratório Português de Ambientes de Trabalho Saudáveis e responsável pela área de Gestão de Stress Laboral e Bem-Estar do INOGRUP/Medicil (formação, consultoria e avaliação) – SAGIES – Grupo CUF.

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Os trunfos e as fragilidades de Costa para o debate do Estado da Nação

No arsenal da oposição vai estar a sucessão de casos no Governo e as crises na educação ou saúde. António Costa tem o crescimento da economia e as contas certas para ripostar.

O Governo chega ao segundo debate do Estado da Nação da maioria absoluta com a economia em alta, mas a popularidade em baixa. Se o terceiro maior crescimento do PIB da União Europeia no primeiro trimestre é um trunfo, a crise provocada pela sucessão de baixas no elenco governativo é uma fragilidade. A lista não fica por aqui.

“Desde que há este tipo de debate nunca vi um Governo perder”, afirma José Adelino Maltez, professor catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP). “Nem nunca vi a oposição estar estrategicamente organizada para atacar o Governo”, acrescenta.

O debate que marca o encerramento da sessão legislativa antes de os deputados irem de férias não deixa de ser um momento alto do ano político, mesmo com boa parte do país já a banhos. À oposição não faltam temas para dardejar António Costa.

As fragilidades do Governo, da instabilidade governativa aos serviços públicos

A demissão este mês do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, acusado de corrupção pelo Ministério Público, foi a 13ª baixa no Governo em apenas 16 meses, com o Executivo a ser criticado por não garantir a estabilidade apesar da maioria absoluta.

“O Governo continua com fragilidades na sequência das crises da governação e do caso TAP”, aponta António Costa Pinto, professor jubilado e investigador de ciência política da Universidade de Lisboa. No dia seguinte, a atual ministra da defesa, Helena Carreira, e o seu antecessor, João Gomes Cravinho vão ser ouvidos no Parlamento e “não deixarão de estar presentes neste debate”, antecipa o politólogo. O ministro das Infraestruturas, João Galamba, será também um alvo a abater.

As crises de governação e no elenco ministerial tiveram um impacto significativo na sociedade portuguesa.

António Costa Pinto

Professor jubilado e investigador de ciência política da Universidade de Lisboa

As crises de governação e no elenco ministerial tiveram um impacto significativo na sociedade portuguesa”, assinala António Costa Pinto, referindo que a governação e o Governo foram apontados como o principal problema do país pela maior fatia (16%) dos inquiridos numa sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para o Público, RTP e Antena 1. À frente da inflação (15%) e da corrupção (12%). O professor da Universidade de Lisboa deixa um conselho ao primeiro-ministro: “Talvez lhe conviesse usar da modéstia na resposta a estes temas”.

“As pulsões autoritárias da maioria absoluta, que do Bloco de Esquerda ao Chega unem a oposição”, vão também constar do guião, acredita António Costa Pinto, lembrando que o tema foi assinalado nas audiências dos partidos com o Presidente da República.

“O PS está a utilizar a maioria absoluta como poder absoluto, basta ver as opções que tem tomado”, afirmou o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, à saída da reunião. Na mesma linha, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, criticou a “deriva autoritária” do Governo, dando como exemplo a aprovação isolada do relatório da comissão parlamentar à TAP pelo PS. O PSD também tem insistido nas críticas ao “rolo compressor da maioria”.

A minha dúvida é se não haverá uma maior insistência neste tipo de temas que apontam para a governabilidade e as fragilidades da governação e não tanto nos económicos e sociais, como a situação dos médicos, dos professores e dos salários”, afirma António Costa Pinto.

O PSD, a Iniciativa Liberal o Chega, porque se encontram numa conjuntura nova de tensão entre partidos, têm assumido muito mais o papel de protesto do que de alternativa.

António Costa Pinto

Professor jubilado e investigador de ciência política da Universidade de Lisboa

“Uma dimensão que não sendo uma novidade representa uma mudança é o discurso da oposição de direita. O PSD, a Iniciativa Liberal e o Chega, porque se encontram numa conjuntura nova de tensão entre partidos, têm assumido muito mais o papel de protesto do que de alternativa”, por vezes com um “cheiro populista”, acrescenta, dando como exemplo a reação à indemnização a Alexandra Reis.

A insatisfação com os serviços públicos também deixa o Governo vulnerável a ataques. Vera Gouveia Barros, economista do Instituto Superior de Economia e Gestão, lembra a greve dos professores e aponta que a escola pública “não é aquele elevador social que devia ser”. “Temos de perceber quais as boas práticas e ter um corpo docente motivado e reconhecido e ter a capacidade de captar os melhores para a profissão”, acrescenta.

A execução do PRR é outra fragilidade. Foram avançados números para a promoção de habitação pública que estão longe de estarem cumpridos.

Vera Gouveia Barros

Economista do ISEG

António Nogueira Leite, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, destaca o mau estado do Serviço Nacional de Saúde. “Hoje em dia temos um sistema em desagregação e cada vez mais para os mais pobres, embora haja grande qualidade no sistema”, afirma.

A execução do PRR é outra fragilidade. Foram avançados números para a promoção de habitação pública que estão longe de estarem cumpridos”, refere Vera Gouveia Barros. “O problema da habitação começou a ser estrutural. Do lado da oferta não é o PRR que o vai resolver”, considera o professor catedrático da faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, apontando ainda que “há um problema de confiança no setor”. “Precisamos que se olhe para a oferta numa altura em que por razões regulatórias a banca não vai permitir que se volte à produção que existia”, defende.

José Adelino Maltez considera que com a polémica em redor das buscas à sede do PSD e à casa de Rui Rio a atuação do Ministério Público “pode ser um tema forte, mas que não vai ter consequências”. O politólogo afirma que, face ao resto da Europa, só em Portugal o Ministério Público tem tanta autonomia e que “falta coragem” para impor outro modelo. Segundo o Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa, recomendou a Luís Montenegro que não alinhasse com o PS no ataque ao Ministério Público.

Os trunfos do primeiro-ministro

O primeiro-ministro e o ministro das Finanças têm sublinhado de forma incansável o bom momento da economia (a terceira da União Europeia que mais cresceu no primeiro trimestre) e vão voltar a fazê-lo no debate do Estado da Nação.

A economia nesta fase é um trunfo, porque o desempenho está acima das expectativas há uns meses e a mão de ferro do Ministério das Finanças nas questões orçamentais permite que não haja preocupação nessa frente”, assinala António Nogueira Leite. Por outro lado, a inflação, que também preocupa os portugueses, “depende sobretudo da política monetária” do BCE, aponta. E é esta que está a ditar o aumento dos encargos com o crédito à habitação.

A economia nesta fase é um trunfo, porque o desempenho está acima das expectativas há uns meses e a mão de ferro do Ministério das Finanças nas questões orçamentais permite que não haja preocupação nessa frente.

António Nogueira Leite

“A redução do défice e da dívida é o grande trunfo”, considera também Vera Gouveia de Barros, economista do Instituto Superior de Economia e Gestão”. “O que se passou depois de 2008 produziu lições duradouras”, acredita. Mas nem tudo é positivo. “De resto a política tem sido na base da redistribuição. Não vejo iniciativas de mudança estrutural da economia”, critica. “Nós já fazemos ampla redistribuição, mas é preciso um foco nas políticas de médio e longo prazo para a criação de riqueza”, concorda Pedro Brinca, investigador associado da Nova SBE.

Pedro Brinca lembra ainda que o cenário para a frente não é tão risonho: “Tudo o que é indicador avançado mostra que isto vai travar bastante”. “O brilharete está nos mercados de emprego estarem resilientes. Se a legislatura for até ao fim, a cartada da economia vai enfraquecer“.

António Costa Pinto lembra um outro trunfo ao dispor do chefe do Governo: “O primeiro-ministro usará da capacidade que lhe é reconhecida de resposta no Parlamento”. E, tal como no ano passado, deverá levar na manga uma novidade para anunciar.

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Impetus alia-se ao Minho e a Bragança para desenvolver têxtil que cura lesões musculares

Grupo Impetus integra projeto NanoStim com a Universidade do Minho e o Instituto Politécnico de Bragança para desenvolver tecnologia capaz de realizar a reabilitação de lesões musculares avançadas.

O grupo Impetus integra o projeto NanoStim, que tem como objetivo desenvolver um “sistema de tratamento inovador” de (nano) elétrodos secos de alto desempenho integrados num vestuário capaz de realizar, via eletroestimulação, a reabilitação de lesões musculares avançadas e reverter a ausência de mobilidade, tanto em ambiente clínico, como domiciliário.

Neste consórcio, além do grupo Impetus participaram mais seis organizações: a Universidade do Minho (desenvolvimento de (nano)elétrodos), o Instituto Politécnico de Bragança (microeletrônica), a TeandM (integração de elétrodos), o NATG (terapias de tratamento muscular), a IncreaseTime (desenvolvimento de software e gestão de projetos) e uma americana: a Universidade do Texas, em Austin (Inteligência Artificial).

“Este protótipo, de fácil utilização e integrado num têxtil vestível, representa uma evolução singular no tratamento de doenças neurológicas, esqueléticas e musculares e um marco na reabilitação de deficiências motoras“, explica a Impetus, em comunicado.

Apresentado a 28 de junho, o protótipo foi “projetado para ser ergonómico, confortável, sem risco de dermatite alérgica e de fácil utilização”. Para tal, o sistema NanoStim foi integrado num vestuário fácil de vestir, funcionando como um dispositivo auxiliar na neura reabilitação, detalha a empresa.

Este protótipo, de fácil utilização e integrado num têxtil vestível, representa uma evolução singular no tratamento de doenças neurológicas, esqueléticas e musculares e um marco na reabilitação de deficiências motoras.

Impetus

O grupo, fundado em 1973, sublinha ainda que “os bio sinais são enviados remotamente para algoritmos de Inteligência Artificial (IA), colocando o profissional de saúde, em tempo real, com acesso a informações do utilizador, bem como a decisão da terapêutica a aplicar, que os processam para determinar os níveis corretos de eletroestimulação a serem aplicados, permitindo uma terapia personalizado às necessidades do utilizador”.

O grupo Impetus, liderado por Alberto Figueiredo e a mulher Maria Emília, conta com meio século de existência, mais de dez empresas, cerca de mil colaboradores e um volume de negócios de 50 milhões de euros. Além do setor têxtil, atua em áreas como a imobiliária, seguros, farmacêutica e engenharia. Há mais de 20 anos que o grupo colabora com várias universidades, centros tecnológicos e laboratórios, com o intuito de desenvolver novos e revolucionários produtos tecnológicos.

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Carlos Bessa assume corporate comunication da Corticeira Amorim

O profissional assume o cargo depois de já ter exercido funções no Turismo dos Açores, no Turismo do Porto e Norte de Portugal e na Sonae (Continente).

Carlos Bessa é o novo diretor de corporate comunication da Corticeira Amorim. Uma das suas principais missões passa pela interação e gestão dos públicos internos e externos do grupo.

Com esta contratação a empresa visa fortalecer “o conhecimento e a perceção da atividade da Corticeira Amorim, das várias áreas em que atua e de como tem contribuído para a inovação e sustentabilidade de toda a fileira”, refere-se em nota de imprensa.

O novo responsável pela liderança de corporate comunication da Corticeira Amorim assume o cargo depois de já ter exercido funções enquanto diretor de marketing do Turismo dos Açores e enquanto diretor de marketing e promoção internacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal. O profissional exerceu ainda diferentes funções na Sonae (Continente).

Carlos Bessa é licenciado em Gestão de Marketing (Instinto Português de Administração e Marketing) e conta com um mestrado em Marketing (Universidade Católica Portuguesa).

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Desemprego em Portugal cai em junho pelo quinto mês consecutivo

  • ECO e Lusa
  • 20 Julho 2023

Dados do IEFP mostram redução de 2,8% em cadeia e de 1,7% em termos homólogos. Governo assinala que o número de desempregados (277.742 pessoas) é “o mais reduzido de sempre” nos meses de junho.

O desemprego registado em junho diminuiu 2,8% relativamente ao mês anterior e caiu 1,7% face ao mesmo mês do ano passado, atingindo o valor mais reduzido de sempre no referido mês, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), divulgados esta quinta-feira.

“O desemprego registado em junho voltou a baixar, sendo o mais reduzido de sempre (277.742 pessoas) nos meses de junho, com uma redução de -2,8% (-8.113 pessoas) relativamente ao mês anterior e -1,7% abaixo do nível observado em junho de 2022 (-4.711 pessoas)”, refere, em comunicado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Já no desemprego de longa duração manteve-se a tendência de queda, com uma diminuição em cadeia de -1,9% (-2.139 pessoas), situando-se -18,8% abaixo do nível registado em junho de 2022 (-25.842 pessoas).

No quinto mês consecutivo em que o desemprego registou uma descida, também o número de jovens desempregados inscritos no IEFP voltou a descer, com uma diminuição em cadeia de -7,7% (-2.322 jovens) face ao mês anterior, e uma diminuição de -0,3% (-81 jovens) face ao mês homólogo.

Adicionalmente, entre maio e junho, o desemprego registado diminuiu em cadeia em todas as regiões, bem como em todos os setores de atividade económica, com o setor agrícola a registar uma descida de -1,9%, o secundário com uma queda de -2,5% e terciário com um recuo de -2,6%. No entanto, em termos homólogos, registou-se uma subida no setor agrícola de 1,7%, um aumento de 0,5% no setor secundário e uma descida de -0,1% no setor terciário.

Também o número de casais desempregados registou, em junho, uma redução em cadeia de -1,7% (-79 casais desempregados) e de -2% em termos homólogos.

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Câmara do Porto paga 3,6 milhões por dois prédios para arrendamento acessível

Imóveis comprados em Paranhos e Campanhã, financiados na íntegra pelo PRR, terão um total de 20 habitações a preços acessíveis. Até 2026, o município quer ter 200 habitações com rendas mais baratas.

O município do Porto vai disponibilizar mais 20 habitações para arrendamento acessível, depois de reabilitar dois prédios adquiridos no âmbito do programa 1º Direito. Os imóveis representam um investimento total de 3,6 milhões de euros e o valor será financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Um dos prédios está localizado na freguesia de Paranhos, na rua 9 de Abril, e representa um investimento superior a 1,9 milhões de euros e dará origem a 12 habitações, enquanto o edifício comprado na freguesia de Campanhã, na rua Matias de Albuquerque, contará com oito casas para arrendamento acessível, um investimento superior a 1,7 milhões de euros, de acordo com a autarquia.

“Está previsto que as intervenções a decorrer em ambos os edifícios estejam concluídas no último trimestre de 2024″, garante a autarquia portuense, lidera por Rui Moreira.

Já este ano, em fevereiro, a autarquia tinha adquirido um prédio com seis fogos na Rua Central de Francos, para aumentar a oferta habitacional na cidade, prevendo-se que a reabilitação deste edificado esteja concluída já no último trimestre de 2023. Foram ainda adquiridas três outras casas, prontas a habitar, localizadas na Rua do Monte Alegre, Travessa do Covelo e Rua de Honório Lima.

Em comunicado, a autarquia sublinha ainda que “prevê adquirir mais dez frações, seis com contrato-promessa já assinados e quatro em vias de formalização”, de forma a aumentar o espólio de habitação em regime de renda acessível.

Até 2026, a Porto Vivo, SRU, empresa municipal de reabilitação urbana, vai promover a reabilitação de cerca de 200 casas e disponibilizá-las para arrendamento acessível, com rendas, pelo menos, 20% inferiores aos valores praticados no mercado.

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ISEG reconhece mérito de novos alunos com propina zero

Para usufruir desta bolsa, os alunos devem ter colocado o ISEG como primeira opção e ter uma média de entrada igual ou superior a 17,50 ou 18,50 valores, consoante a licenciatura em questão.

O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) vai atribuir, pela primeira vez, no ano letivo de 2023/2024, bolsas de mérito aos novos alunos com as médias mais altas de entrada, oferecendo a possibilidade de isenção do pagamento de propina do primeiro ano.

“O ISEG sente-se responsável por atrair e reter o talento jovem português para a sua educação na área da decisão económica e empresarial, mas pretende ir muito além disso. O programa de bolsas de mérito visa não só reconhecer o mérito académico dos estudantes, mas também facilitar o acesso à educação de qualidade, apoiando as famílias de menor rendimento a suportar os estudos dos seus filhos. É criminoso, pessoal e socialmente, que alguém com talento deixe de estudar por não ter condições para pagar os estudos”, afirma João Duque, presidente do ISEG, citado em comunicado.

Para usufruir desta bolsa, os alunos devem, obrigatoriamente, ter colocado o ISEG em primeira opção na candidatura ao ensino superior e é exigido que tenham uma média de entrada igual ou superior a 17,50 valores para as matrículas nas licenciaturas de Economia, Gestão, Economics, Management e Finance e uma média de entrada igual ou superior a 18,50 valores para alunos que se tenham matriculado na licenciatura de Matemática Aplicada à Economia e à Gestão (MAEG).

Para mais informações sobre a bolsa de mérito clique aqui.

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Panattoni constrói mega parque logístico de 50 milhões em Valongo

Grupo norte-americano sublinha que o Panattoni Park Valongo é "o maior investimento do setor no Norte de Portugal". Parque logístico representa um investimento de 50 milhões de euros.

A norte-americana Panattoni escolheu Valongo para construir o primeiro parque logístico em Portugal, o Panattoni Park Valongo, que representa um investimento de 50 milhões de euros. O edifício, que já está em construção, será o maior projeto logístico do Norte do país.

“Estamos muito satisfeitos por lançar a primeira pedra do nosso projeto em Portugal. Realizámos o maior investimento do setor no norte de Portugal, demonstrando o nosso compromisso a curto e longo prazo com o país. Este é o primeiro de muitos outros que estão para vir”, salienta, em comunicado, o managing director para a Península Ibérica, Gustavo Cardozo.

O centro logístico localizado na zona industrial de Campo vai contar com dois armazéns de 27.000 e 47.000 metros quadrados com área de escritório, para utilização industrial ou logística, e que podem ser arrendados a um ou vários inquilinos. O ativo já está em fase de comercialização, “com valores de renda bastante competitivos”, assinala o promotor.

O empreendimento contará com 140 cais de carga nos dois armazéns e espaço de manobra para camiões de 35 metros, dispondo ainda de um parque automóvel com 506 lugares e também de 137 lugares para camiões.

Panattoni Park Valongo

“Este enorme investimento da Panattoni, a maior empresa do setor em toda a Europa, é um sinal de reconhecimento da localização estratégica do concelho de Valongo, para além de constituir um forte sinal de esperança em mais desenvolvimento, mais criação de riqueza e mais postos de trabalho. Significa na prática que somos um território bom para investir. Temos muito orgulho por termos atraído um investimento desta dimensão que vai aumentar a nossa competitividade, e seguramente trará mais investimentos e postos de trabalho”, disse o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, na cerimónia que assinalou o arranque da construção da obra.

O projeto terá o certificado de construção sustentável Breeam “Very Good”. Será também instalada uma central fotovoltaica, bem como um sistema de iluminação LED de baixo consumo e carregadores elétricos para abastecer de energia limpa os veículos elétricos utilizados para as entregas de última milha.

A Panattoni foi fundada em 1986 nos EUA e assume-se como “o maior promotor industrial privado do mundo”. Tem 53 escritórios na América do Norte, Índia e Europa, onde está presente desde 2005. Para além da Polónia, possui escritórios na Eslováquia, Hungria, Áustria, Portugal, Alemanha, República Checa, França, Suécia, Itália, Reino Unido, Países Baixos, Bélgica, Dinamarca e, a partir de março de 2020, em Espanha. Desde a sua criação, o grupo desenvolveu projetos na Europa que totalizam mais de 20 milhões de metros quadrados de espaço logístico.

Amazon, Arvato Services Polska, Coty Cosmetics, DSV, H&M, Intermarché, Leroy Merlin, GXO, Still, Schenker, Selgros e Tesco são alguns dos principais clientes do grupo norte-americano.

A consultora imobiliária Savills foi a consultora imobiliária responsável pela transação do terreno de aproximadamente 150.000 metros quadrados. “Congratulamo-nos por integrar, desde início, este processo que irá colocar em Portugal o primeiro parque logístico da Panattoni. Situado a cerca de 25 minutos do centro do Porto, este ativo apresenta-se como uma solução diferenciadora para as empresas que necessitam de um espaço logístico A grade no Porto”, sublinha Pedro Figueiras, head of industrial & logistics da Savills Portugal.

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DBRS vai melhorar rating de Portugal? Analistas dividem-se

  • Lusa
  • 20 Julho 2023

Agência de notação financeira DBRS vai pronunciar-se na sexta-feira sobre a dívida soberana portuguesa, depois de na avaliação de janeiro ter mantido a notação inalterada.

Os analistas consultados pela Lusa estão divididos sobre se a agência de notação financeira DBRS irá melhorar esta sexta-feira a perspetiva do rating de Portugal, depois de ter mantido a notação inalterada na avaliação de janeiro.

A DBRS, que avalia atualmente a dívida soberana portuguesa em ‘A’ (baixo), com perspetiva estável, tem previsto pronunciar-se sobre Portugal esta sexta-feira. Em janeiro, a agência confirmou a avaliação a Portugal, justificando que “os riscos externos ao desempenho económico são equilibrados devido à melhoria persistente das principais métricas das finanças públicas”.

Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, acredita que “a DBRS deverá manter tanto o rating como o outlook [perspetiva] de Portugal”. Apesar de destacar que “a economia nacional tem recuperado a um bom ritmo, fator que tem ajudado a reduzir o rácio da dívida sobre o Produto Interno Bruto (PIB)”, observa que ao registar-se uma fase do ciclo económico em que ainda se assiste a “uma subida das taxas de juro, poderá a prazo causar um abrandamento económico, algo desejado pelos bancos centrais para combater a crescente inflação”, o “que deve fazer com que a DBRS seja mais cautelosa relativamente a Portugal”.

Por outro lado, Filipe Garcia, presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros, considera que “a DBRS irá, pelo menos, subir a perspetiva do rating para positiva”. “As agências de rating têm visto com bons olhos a evolução da economia, incluindo as revisões em alta para o crescimento, a trajetória de descida do rácio de dívida e o compromisso do Governo com políticas fiscais responsáveis do ponto de vista da dimensão do défice e da dívida”, disse.

Segundo o economista, “as polémicas mais recentes poderão levantar alguma incerteza sobre a estabilidade política”, mas não lhe “parece haver motivos para que impeçam uma subida da perspetiva”. “As taxas de juro da dívida (a 10 anos) estão em níveis semelhantes às de janeiro deste ano, quando a DBRS manteve a notação e a perspetivas, mas o spread face à Alemanha é hoje mais baixo do que nessa altura (78 bp vs 92 bp)”, assinala, acrescentando que “se é verdade que as taxas de juro curto prazo subiram, fazendo subir o custo médio ponderado da dívida, perspetiva-se que já estejam perto de chegarem ao topo e a evolução das receitas fiscais nominais tem permitido acomodar esses incrementos”.

De acordo com o calendário das agências, a próxima a pronunciar-se será a Standard & Poor’s (S&P) em 8 de setembro. O rating é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito. Os calendários das agências de ‘rating’ são, no entanto, meramente indicativos, podendo estas optar por não se pronunciarem nas datas previstas ou avançarem com uma avaliação não calendarizada.

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