Governo avalia centros de formação para decidir apoios

  • Lusa
  • 20 Julho 2023

O executivo quer avaliar os centros de gestão participada do IEFP para perceber "o impacto e do contributo que estão a gerar ou não para o desenvolvimento económico das regiões".

O secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, disse esta quinta-feira à Lusa que o Governo está a avaliar os centros de formação de gestão participada para decidir os que vão continuar a ser apoiados pela tutela. “Essa avaliação foi por mim solicitada ao IEFP, está em curso e estará concluída até ao final deste ano de 2023”, disse.

O governante explicou, em Lousada, que “os centros de gestão participada do IEFP existem há muito”, constituindo uma “rede que tem cumprido genericamente”. Contudo, observou, o Governo precisa de os avaliar, “nomeadamente sob ponto de vista do impacto e do contributo que estão a gerar ou não para o desenvolvimento económico das regiões onde estão inseridos e dos setores que visam responder, porque têm uma lógica mais setorial”.

Para Miguel Fontes, essa avaliação vai permitir que “o país saiba exatamente quais são os resultados que estão a produzir”, frisando que, se ocorre uma avaliação, “é para tirar daí consequências”.

Questionado sobre possíveis encerramentos de centros de formação, nomeadamente alguns dos que existem na região do Tâmega e Sousa, como os da metalomecânica, em Amarante, do calçado, em Felgueiras, e mobiliário, em Paredes, respondeu: “Alguns, seguramente, merecerão continuar a ser apoiados, ainda mais valorizados, outros, porventura, essa avaliação demonstrará que tiveram no passado a sua relevância e que hoje porventura já não se justificam”.

O secretário de Estado reforçou que o objetivo da avaliação é haver “uma boa fotografia”. O governante falava em Lousada, onde hoje foi apresentado o novo centro de formação a ser construído naquele concelho. Sobre a possibilidade de aquele equipamento poder duplicar respostas formativas existentes na região ou esvaziar os atuais centros de formação, referiu que a tutela tem “uma gestão integrada da rede”.

“Teremos a seu tempo o cuidado de termos as modalidades formativas que mais se adequem a cada um dos centros, e complementaridade aos já existentes. A lógica é multiplicar o investimento e não canibalizá-lo. Esse é o cuidado que teremos seguramente”, prometeu.

Sobre a mesma questão também se pronunciou o presidente da Câmara de Lousada e da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, Pedro Machado. À Lusa, o autarca referiu que “a CIM tem tido aqui um papel importante de concertação da oferta formativa e já o fez mesmo antes de haver este centro de formação”. “Isso será um processo natural, a ideia não é andar aqui a duplicar respostas, é complementar, é preencher vazios que existem”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal de Contas dá parecer favorável à conta da Presidência da República de 2022

  • Lusa
  • 20 Julho 2023

É, portanto, a quinta aprovação sucessiva e sempre com o juízo favorável do Tribunal de Contas à Conta da Presidência da República, atestando o rigor e seriedade da sua gestão", realça Marcelo.

O Tribunal de Contas formulou um juízo favorável sobre a conta da Presidência da República de 2022, após auditoria, com recomendações sobre sistema de contabilidade, inventário de bens e contratação pública, num relatório divulgado esta quinta-feira.

O relatório de que consta este parecer, aprovado em plenário geral em 12 de julho, foi esta quinta entregue ao chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo presidente do Tribunal de Contas, José Tavares, e divulgado nos portais oficiais do tribunal e da Presidência da República na Internet.

O juízo é favorável, uma vez que as demonstrações financeiras e orçamentais anexas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira da Presidência da República, em 31 de dezembro de 2022, o seu desempenho financeiro, a execução orçamental e os fluxos de caixa relativos ao ano findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o setor público – Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP)”, lê-se no relatório.

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa “congratula-se com a aprovação e com o juízo favorável do Tribunal de Contas”.

“Desde 2018 que as contas da Presidência da República são auditadas anualmente pelo Tribunal de Contas, tendo a Presidência da República sido uma das primeiras entidades cujas contas são aprovadas no novo sistema de normalização contabilística SNC-AP. É, portanto, a quinta aprovação sucessiva e sempre com o juízo favorável do Tribunal de Contas à Conta da Presidência da República, atestando o rigor e seriedade da sua gestão”, realça o chefe de Estado.

O Presidente da República “regista o reconhecimento da qualidade da gestão financeira e administrativa que continua a ser desenvolvido na Presidência da República, para a qual muito têm contribuído as recomendações do Tribunal de Contas, que têm vindo a ser acolhidas sistematicamente”.

Entre as recomendações formuladas ou reiteradas pelo Tribunal de Contas ao Conselho Administrativo da Presidência da República sobre a conta de 2022 estão “concretizar a implementação do subsistema da contabilidade de gestão, adaptado ao quadro legal correspondente ao SNC-AP” e “agregar num inventário único todos os bens da PR, procedendo à atualização atempada do mesmo”.

“Incluir, sem exceções, a evidência do cabimento prévio orçamental nos procedimentos de contratação pública” e “publicitar, de forma tempestiva, todos os contratos públicos abrangidos pela obrigatoriedade de divulgação no Portal dos Contratos Públicos” são outras recomendações.

O Tribunal de Contas considera que houve “uma notória melhoria, face a 2021” quanto à publicitação de contratos no portal que centraliza a informação sobre contratos públicos, www.base.gov.pt , mas refere que se detetou “um número reduzido de contratos cuja publicitação foi concretizada extemporaneamente”, pelo que esta recomendação foi dada como parcialmente acolhida e reiterada para o futuro.

Relativamente ao protocolo de colaboração celebrado com a Câmara Municipal de Cascais para o funcionamento e manutenção do Palácio da Cidadela, o tribunal aponta que “algumas obrigações pecuniárias daquele município ainda estão por cumprir”.

Neste relatório há também uma recomendação sobre a Casa do Regalo, na Tapada das Necessidades, em Lisboa, onde o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, que morreu em setembro de 2021, teve o seu gabinete após deixar a chefia do Estado, em 2006.

O Tribunal de Contas menciona que “a Secretaria-Geral da Presidência da República comunicou à Direção-Geral do Tesouro e Finanças a caducidade do contrato de cedência desse imóvel, a 30 de novembro de 2021”, que se “manteve inventariado e se encontra reconhecido como ativo fixo tangível, no Balanço da Presidência da República”. A recomendação do Tribunal de Contas é para se “regularizar a situação do edifício Casa do Regalo no inventário e nas demonstrações financeiras da Presidência da República do ano de 2023″.

O Conselho Administrativo da Presidência da República comunicou que, “uma vez cessadas todas as obrigações contratuais, a Presidência da República irá abater, no corrente ano, o edifício Casa do Regalo ao seu inventário e proceder ao desreconhecimento como ativo fixo tangível, acolhendo a recomendação formulada”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mário Ferreira ao ECO: Oferta sobre a Cofina “não é hostil”

A Media Capital apresentou uma oferta pela Cofina de 80 milhões. O presidente do grupo garante que não é hostil, abre a porta a Ronaldo e garante independência editorial do Correio da Manhã.

Uma semana depois de anunciar ao mercado que mantinha o interesse em comprar a Cofina Media, em resposta a um anunciado Management Buy Out (MBO) promovido por Luís Santana e Octávio Ribeiro com o apoio de Cristiano Ronaldo, a Media Capital dá um novo passo: Apresenta uma proposta de 80 milhões de euros (dívida incluída) pelo grupo que controla a CMTV, uma oferta que supera em cinco milhões a proposta dos quadros e do futebolista. Mas em declarações exclusivas ao ECO, o presidente da Media Capital garante que a oferta não é hostil, e abre a porta à possibilidade de Ronaldo “mudar de clube”.

Tenho grande respeito pelos atuais acionistas da Cofina“, garante, desvalorizando, assim, o confronto público e notório com Paulo Fernandes aquando da luta pelo controlo da Media Capital. “Tenho apreço profissional pelos trabalhadores da Cofina“, insiste, e “a proposta da Media Capital conta com todos“, promete o empresário. Até com Cristiano Ronaldo. A proposta de MBO, tal como está estruturada, tem três blocos, um deles com três acionistas atuais, outro com uma empresa participada pelos quadros como Luís Santana e Octávio Ribeiro e, finalmente, um terceiro com Cristiano Ronaldo. “Estamos disponíveis para integrar Ronaldo na nossa proposta pela Cofina, e já lhe fizemos saber isso mesmo“, revela Mário Ferreira. Um convite para o jogador “mudar de clube” e evitar uma guerra acionista.

A proposta vinculativa pela compra de 100% do capital da Cofina Media, controlada pela sociedade cotada Cofina SGPS, abre uma espécie de leilão pela empresa de media que tem a CMTV, o Correio da Manhã, a Sábado, o Record e o Jornal de Negócios, entre outros meios. Os quadros da Cofina, com o apoio financeiro de Cristiano Ronaldo e também com o envolvimento de alguns dos atuais acionistas, apresentaram à administração da Cofina SGPS uma oferta de 75 milhões de euros (Enterprise Value, isto é, capital e dívida incluída), como o ECO/+M revelou em primeira mão. Agora, a Media Capital, que controla a TVI e a CNN, entre outros canais, aumenta a parada para 80 milhões de euros, assumindo que a Cofina Media tem uma dívida da ordem dos 45 milhões. Oferece, portanto, em capital, 35 milhões de euros. Mas o empresário Mário Ferreira rejeita a tese de que a oferta é uma declaração de guerra, aos atuais acionistas ou aos quadros que estão a promover o MBO. “Não é uma oferta hostil“, afirma ao ECO no dia em que divulga ao mercado esta nova proposta.

E como é que ficam as marcas do atual grupo Cofina numa situação de consolidação com a Media Capital? “Queremos manter o projeto editorial da Cofina como está, independente e feito do reconhecimento das diferentes marcas“, garante o chairman do grupo que controla a TVI e a CNN. Mário Ferreira defende uma consolidação do setor de comunicação social em Portugal, e lembra, aliás, que o negócio proposto agora “não é mais do que aquele que já foi aprovado pelas autoridades competentes“, leia-se a Autoridade da Concorrência e a ERC. Mas garante que os meios da Cofina vão manter a sua natureza editorial.

Queremos manter o projeto editorial da Cofina como está, independente e feito do reconhecimento das diferentes marcas.

Mário Ferreira

A consolidação setorial nos media é, para os acionistas da Media Capital, indispensável, e Mário Ferreira assegura que o grupo tem a robustez financeira necessária para fazer a operação. A dívida líquida da Media Capital é inferior a 30 milhões de euros, e registou uma redução significativa aquando da venda das rádios. A Media Capital registou lucros de 36,7 milhões de euros em 2022, um resultado que compara com os prejuízos de 4,1 milhões no ano anterior. Em comunicado enviado, à data, ao mercado, o grupo adiantava que a venda do negócio das rádios aos alemães da Bauer, que permitiu um encaixe de 69,6 milhões e a realização de uma mais-valia de 46,1 milhões, contribuiu “de forma decisiva” para a inversão dos resultados do ano passado. O grupo revelava ainda que tinha atingido os níveis de endividamento líquido mais baixos da sua história, com uma dívida líquida de 21,2 milhões, “resultado de um processo de refinanciamento da sua dívida bancária ocorrido em maio de 2022”.

Os acionistas da Media Capital acreditam que os media estão a viver um processo de grande mudança e evolução e olham para o futuro como um grupo de media não para uma lógica de guerra por cada ponto de audiência com a concorrência. Desde janeiro, a Media Capital já é líder de mercado tendo em conta o conjunto de canais já a operar. A aquisição da Cofina tem esse objetivo, alargar canais, novos segmentos de mercado temáticos“. É neste contexto que Mário Ferreira justifica a oferta pelo grupo que controla a CMTV, um canal que atinge um segmento de mercado diferente daquele que é atingido pela CNN. E recorda o que já é hoje por exemplo a relevância de audiência da TVI Ficção.

Na oferta conhecida esta quinta-feira, a Media Capital sinaliza o compromisso de avançar para o negócio, admitindo que está disponível para avaliar uma revisão da oferta. “A Compradora espera ser contactada pela Vendedora no caso de a presente proposta ser superada por outra que venha a ser apresentada por outro interessado“, lê-se no comunicado à CMVM. Ou seja, se o grupo de quadros e Cristiano Ronaldo fizerem uma oferta concorrente superior, com a revisão da que está em cima da mesa, a Media Capital voltará a jogo. A Cofina SGPS, dona da Cofina Media, vai ter agora de levar as propostas a Assembleia Geral de acionistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wanda Commercial. Agências de rating emitem avisos de incumprimento

Alertas das agências de rating aumentam as preocupações de que a China pode estar prestes a sofrer o maior incumprimento por parte de um promotor imobiliário desde a Evergrande.

A Moody’s e a S&P Global emitiram esta quinta-feira avisos severos sobre a maior empresa imobiliária comercial da China, o Dalian Wanda Group, aumentando, assim, a preocupação de que o país pode estar prestes a sofrer o maior incumprimento por parte do seu promotor imobiliário desde a Evergrande, avança a Reuters.

A Moody’s reduziu em seis níveis as avaliações da Dalian Wanda Commercial Management (DWCM) e da Wanda HK, referindo que existe atualmente uma grande incerteza relativamente à capacidade da DWCM para realizar o pagamento de uma dívida de 400 milhões de dólares, o qual deverá ser efetuado dentro de apenas três dias.

A S&P também afirmou que o “risco de incumprimento” aumentou depois de ter sido noticiado que o grupo estava a lutar para encontrar o dinheiro necessário para realizar o pagamento de domingo, assim como um outro pagamento de juros no valor de 22 milhões de dólares. Este último deveria ser feito esta quinta-feira, mas que tem uma cláusula de tolerância de dez dias.

“Com base no nosso entendimento, a empresa tem atualmente apenas cerca de 200 milhões de dólares em dinheiro offshore acessível”, diz a S&P sobre a Wanda Commercial, com outros fundos já garantidos contra empréstimos onshore.

“Dado o calendário apertado”, a S&P refere ainda que o “risco de execução” é elevado e já baixou a classificação das dívidas da empresa para “grau especulativo” CCC.

O Dalian Wanda Group, por sua vez, não quis fazer qualquer comentário sobre o tema.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara do Funchal não vai suspender alojamento local, avança autarca

  • Lusa
  • 20 Julho 2023

"Foi graças ao alojamento local que a reabilitação urbana avançou, permitindo a recuperação de imóveis, que está a trazer mais pessoas para o centro", defende Pedro Calado.

O presidente da Câmara Municipal do Funchal (PSD/CDS-PP), Pedro Calado, afirmou esta quinta-feira não ser necessário suspender o alojamento local no concelho, destacando que o setor tem contribuído para a recuperação de imóveis. “Hoje, no concelho, existem 2.275 licenças de alojamento local, isto num universo de mais de 40 mil habitações permanentes para residência, o que significa que o rácio global do concelho é entre 4,7% e 5%”, disse, no final da reunião semanal do executivo.

Pedro Calado referiu existir uma predominância de alojamento local na Baixa do Funchal, sobretudo na freguesia da Sé, sublinhando que “foi graças ao alojamento local que a reabilitação urbana avançou, permitindo a recuperação de imóveis, que está a trazer mais pessoas para o centro”.

No seu entender, neste setor há ainda “espaço de manobra para manter a atividade”, que está a ser monitorizada com regularidade, “não sendo ainda o momento de suspensões, até porque a Câmara do Funchal quer que se faça a recuperação patrimonial dos prédios devolutos ou degradados”.

Sobre outros temas abordados nesta reunião, o autarca realçou que o município tem em fase de preparação um regulamento para impedir a ocupação abusiva dos espaços públicos, contribuindo para retirar pessoas sem-abrigo das ruas. A Estratégia Municipal para as Pessoas Sem-Abrigo, acrescentou, identificou que, no que diz respeito a estas pessoas, o grande problema não são as carências económicas, mas os consumos de drogas, sobretudo as sintéticas.

Pedro Calado reconheceu que o consumo de drogas tem “aumentado quer na Madeira, quer nos Açores”, tendo o município “há muito tempo colocado o dedo na ferida e alertado para este problema”, bem como para a necessidade de colaboração institucional entre todas as entidades de forma a resolver a situação.

O autarca congratulou-se com a inauguração recente, no Funchal, do laboratório da Polícia Judiciária para análise das substâncias sintéticas, o que vai permitir a sua identificação num período menor e melhorar ação policial. No âmbito do combate ao consumo de droga, o município já encerrou várias ruas e prédios devolutos, criou uma casa solidária e tem promovido a sensibilização nas escolas, entre outras medidas.

O presidente do principal município da Madeira defendeu a necessidade de um “trabalho legislativo” nos parlamentos regional e nacional para “permitir uma maior e melhor resposta a este problema”. “Também não gosto de ver indivíduos a dormir na rua em frente de uma igreja, de um estabelecimento comercial ou de uma unidade hoteleira”, afirmou, sublinhando ser precisa ação no terreno” de modo a resolver o problema.

Pedro Calado anunciou, por outro lado, que a construção de 33 novos fogos de habitação na zona da Nazaré, freguesia de São Martinho, numa empreitada na ordem dos 4,2 milhões (cerca de 500 mil euros abaixo do valor base), vai ter início no último trimestre deste ano.

Outra das decisões hoje tomadas foi a aprovação de contratos para a prestação de serviços de limpeza em todos os edifícios do município, envolvendo duas empresa, no valor de 1,4 milhões. A autarquia aprovou igualmente a continuidade do apoio aos estudantes do ensino superior, com a atribuição de dois milhões de euros, dos quais 1,5 milhões já foram pagos.

“Vamos continuar a reforçar os apoios sociais”, declarou. A Câmara do Funchal deliberou dar tolerância de ponto na tarde de 27 de julho e no dia 28 de julho, por causa do Rali Vinho da Madeira. O Governo Regional decidiu hoje dar tolerância de ponto no mesmo período.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Norte-americana Fortis abre escritório em Lisboa. O primeiro nível para o futuro hub de gaming

A Fortis será ainda o primeiro parceiro do futuro Gaming Hub que a Unicorn Factory Lisboa pretende arrancar "num par de meses". Food tech, web3 ou IA são potenciais verticais a nascer na cidade.

Diogo Moura, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Steven Chiang, presidente da Fortis, e Gil Azevedo, diretor executivo da Startup Lisboa e Unicorn Factory Lisboa.

A empresa de gaming norte-americana Fortis acaba de abrir escritório em Lisboa. O espaço servirá de plataforma de encontro para as equipas globais da empresa com presença em mais de dez mercados, entre os quais Alemanha, Reino Unido, Roménia ou Brasil. A Fortis é ainda o primeiro parceiro do Hub de Gaming que a Unicorn Factory Lisboa prepara-se para abrir “num par de meses”. O primeiro de uma rede de inovação que terá o Hub Criativo do Beato como epicentro.

O espaço na Avenida da República, no edifício de coworking da Maleo, reforça a presença da empresa norte-americana em Portugal, depois da compra no ano passado da Doppio Games, estúdio de criação de jogos controlados por voz fundado por Jeferson Valadares, instalado na Startup Up Lisboa. Na hora de escolher a cidade para receber o novo escritório da Fortio – que se posiciona como um estúdio global, integrando talento em todo o mundo, independentemente da sua localização – várias opções foram analisadas pela Europa e Estados Unidos, mas a opção recaiu em Lisboa.

“O Jeferson é do Brasil e, quando estava à procura de melhores sítios para trabalhar, olhou para a Alemanha, por toda a Europa, para os Estados Unidos, e acabou por decidir por Lisboa, como uma espécie, se quiser comparar com outra cidade, de Barcelona. Há 10, 15 anos a cidade tinha muito pouca indústria de jogos e agora tem cerca de 400 estúdios. Passou de algo nascente para algo muito, muito maior”, começa por explicar Steven Chiang, presidente e cofundador da Fortis, ao Trabalho by ECO.

“Pensamos que dado o sistema educativo, os incentivos, o custo de vida, era um bom sítio para começar e crescer à medida que a indústria cresce em Lisboa. Ao trazermos o Jeferson, tínhamos uma equipa cá. Trata-se (agora) de mudarmo-nos da Startup Lisboa para aqui. É um espaço um pouco maior, com melhores instalações para o que vamos fazer aqui, que é trazer equipas de todo o lado para nos reunirmos. É um bom ponto para reunirmos as nossas equipas globalmente”, justifica o responsável.

Cerca de 12 pessoas estão permanentemente no espaço, mas a intenção é, todas as semanas, haver um offsite em Lisboa, já que o espaço tem capacidade para 35 pessoas.

Trata-se (agora) de mudarmo-nos da Startup Lisboa para aqui. É um espaço um pouco maior, com melhores instalações para o que vamos fazer aqui, que é trazer equipas de todo o lado para nos reunirmos. É um bom ponto para reunirmos as nossas equipas globalmente. (…) Somos agnósticos em relação a onde as pessoas estão, mas realocamos várias pessoas. O Damian Bethke, o nosso general counsel, estava na Holanda. Queremos mesmo construir um hub aqui em Lisboa. E iremos também construir a equipa executiva aqui também.

Steven Chiang

Presidente e cofundador da Fortis

Steven Chiang não avança números, mas apesar de a companhia ser “agnóstica” no que toca ao local de onde as pessoas trabalham, tem planos para fazer crescer a equipa local. Num ano, a empresa, que fez várias aquisições no ano passado – além da Doppio, comprou a Oktagon Games no Brasil e a Metagame na Roménia –, passou de “menos de 200 pessoas” para cerca de 350 até final do ano. “Dobramos o nosso tamanho no ano passado”, diz.

“Recrutamos várias pessoas em Portugal, mas contratamos remotamente. Somos agnósticos em relação a onde as pessoas estão, mas realocamos várias pessoas. O Damian Bethke, o nosso general counsel, estava na Holanda. Queremos mesmo construir um hub aqui em Lisboa. E iremos também construir a equipa executiva aqui também”, garante o cofundador da empresa, juntamente com Shawn Foust.

E quanto a novas aquisições? “Temos tido conversas à medida que surgem. Mas temos sempre posições em aberto e essas são agnósticas em termos de país”, diz.

No site da empresa há cerca de 50 posições listadas, para trabalho remoto, das quais quatro para o escritório de Lisboa

Hub de Gaming em breve

A norte-americana é ainda o primeiro parceiro do que se pretende seja o futuro Hub de Gaming da Unicorn Factory Lisboa. O protocolo foi assinado esta quinta-feira.

“A Fortis queria criar cá um centro de colaboração a nível internacional, para que as diferentes equipas internacionais se pudessem juntar para eventos, para reuniões e, portanto, começámos a falar para juntar esforços para criar um gaming hub, em que a Fortis acaba por ser o inquilino âncora, com um escritório totalmente independente, dada a sua dimensão”, diz Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, ao Trabalho by ECO.

No futuro Hub de Gaming vamos fazer uma mini incubadora específica para a indústria, que tem vindo a crescer em valores muito elevados. Neste momento vale cerca de 200 mil milhões de euros e, segundo os estudos mais recentes, é expectável que, em 2030, venha a valer 400 mil milhões, ou seja, mais do que duplicar o tamanho atual. O objetivo é conseguirmos aproveitar esse crescimento e também conseguirmos crescer essa comunidade em Portugal.

Gil Azevedo

Diretor executivo da Startup Lisboa e da Unicorn Factory Lisboa

O nosso objetivo com este Hub de Gaming é agregar os diferentes estúdios, talento e investidores numa localização física para que qualquer pessoa ou entidade que tenha interesse neste vertical, saiba que há um sítio onde está agregado o que melhor se faz em Portugal”, justifica, lembrando o caso espanhol onde existem vários gaming camps. O conceito é semelhante. “Ao conseguirmos juntar, ganhamos escala e, com isso visibilidade, e atraímos mais investimento, mais talento, mais ideias”, diz.

“No futuro Hub de Gaming vamos fazer uma mini incubadora específica para a indústria, que tem vindo a crescer em valores muito elevados. Neste momento vale cerca de 200 mil milhões de euros e, segundo os estudos mais recentes, é expectável que, em 2030, venha a valer 400 mil milhões, ou seja, mais do que duplicar o tamanho atual. O objetivo é conseguirmos aproveitar esse crescimento e também conseguirmos crescer essa comunidade em Portugal”, aponta o responsável da Unicorn Factory Lisboa.

O hub está “ainda em desenvolvimento”, diz Gil Azevedo. “Teremos novidades a um par de meses. Neste momento, estamos a falar com várias entidades, ainda não temos nenhum anúncio para fazer. Este é um bocadinho um pré-anúncio do que vai surgir, em que a Fortis vai ser um dos nossos parceiros de cooperação”, diz quando questionado sobre para quando o arranque e se já havia potenciais novos parceiros identificados.

E poderá Portugal ter a capacidade de criar o próximo jogo Mario ou Angry Birds, marcando pontos no ecossistema de gaming a nível global?

“Penso que essas coisas é uma questão de tempo. Apoio do Governo através de aceleradoras e espaço para startups certamente ajuda a criar mais essa atmosfera. Quanto mais as pessoas veem outras a fazer algo, mais sentem ter a capacidade de poder fazer o mesmo. Tal como ter acesso a mentores ou exemplos”, considera Steven Chiang.

Mais hubs verticais na calha?

Lisboa já tem hubs verticais dedicados a fintech – a Fintech House – e a projetos de impacto – Casa de Impacto –, mas o Hub de Gaming será o primeiro hub vertical que a Unicorn Factory Lisboa está a planear, parte integrante da rede de hubs de inovação da cidade, que tem o Hub Criativo do Beato como epicentro.

Gil Azevedo não adianta quais serão os próximos verticais a ver a luz do dia, mas admite que há áreas onde a cidade de Lisboa e o país já têm potencial disponível.

“O que procuramos? Uma área em que já existem talentos, projetos, massa crítica para começar, mas que está desagregada. E em segundo lugar, que seja uma área que pode crescer e que a indústria possa potenciar o crescimento de Lisboa e Portugal ao criarmos esses hubs“, começa por explicar.

Gil Azevedo, diretor executivo da Startup Lisboa e da Unicorn Factory Lisboa

“Há algumas áreas que podem fazer sentido. Nesse momento não temos ainda nada fechado, mas olhamos, por exemplo, para o web3 em que Portugal – até fruto da pandemia, acabou para atrair muitos projetos e muito talento estrangeiro – e que, neste momento, não está agregado e temos aqui essa capacidade. É uma área que já teve um crescimento muito significativo até o ano passado, agora numa fase menos positiva, mas, como parte de todos os ciclos, quando sair desta fase sairá mais forte, com os projetos mais sustentados e Portugal pode alavancar esse crescimento no próximo ciclo”, aponta o diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa.

Outra potencial área é a food tech, onde temos empresas – como a Delta Cafés, a Superbock, a Sociedade Central de Cervejas, a Sonae, a Jerónimo Martins –, “com uma dimensão muito relevante dentro deste setor e que começam todas elas a olhar muito para a inovação”, e outra é a Inteligência Artificial (IA).

Temos pelos dois programas do PRR para investir em inteligência artificial e, portanto esses dois projetos já representa um investimento muito grande, acima dos 100 milhões de euros. Já vai ser um catalisador importante”, lembra Gil Azevedo numa referência aos consórcios liderados pela Unbabel e pela Defined.ai.

“Portugal historicamente também tem tido projetos na área da IA que têm tido muito sucesso. A Feedzai é um exemplo dos unicórnios em que a base é a IA, a Defined.ai, uma das incubadas da Startup Lisboa, é outro exemplo, a Unbabel, um dos quase unicórnios portugueses e um dos líderes de um destes programas do PRR”, elenca Gil Azevedo.

“Temos, de facto, já esta massa crítica. Esses PRR já são consórcios em si. E nós estamos aqui também para apoiar essas empresas mais pequenas que queiram crescer e conseguir dar-lhes esse suporte como nossa missão”, continua.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros da REN sobem quase 40% para 63 milhões no primeiro semestre

Lucros da REN subiram 37,5% até junho, face ao período homólogo, para 63 milhões, num período em que o EBITDA cresceu para 264,9 milhões potenciado pela atividade doméstica e internacional.

A Redes Energéticas Nacionais (REN) fechou o primeiro semestre com uma subida de 37,5% nos lucros face ao primeiro semestre do ano passado. De acordo com os resultados divulgados esta quinta-feira, até junho, o resultado líquido foi de 63 milhões de euros tendo a entidade beneficiado de um aumento do EBIT (lucros antes de juros e impostos) de 25 milhões de euros.

“Este resultado beneficiou de um robusto desempenho operacional, da redução dos custos operacionais e da contribuição da atividade internacional”, lê-se no comunicado enviado às redações.

Apesar dos ganhos, a empresa liderada por Ricardo Costa dá conta de que até junho registou-se um “aumento ligeiro” do custo médio da dívida, de 1,66% para 2,37% e uma subida de 6,2 milhões de euros na carga fiscal.

Face ao primeiro semestre de 2022, indica a REN, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 11,1% para 264,9 milhões de euros, refletindo contribuições positivas tanto da atividade doméstica — que cresceu 19,6 milhões de euros — como da atividade no Chile que cresceu 6,9 milhões de euros.

Por sua vez, o CAPEX aumentou 33,0 milhões para 111,8 milhões, tratando-se de um crescimento de 41,9%, “fruto do reforço da rede elétrica para ligação dos novos projetos na área da produção de energias renováveis”, lê-se no relatório de contas. Já as transferências para a base de ativos regulados cresceram 11,1 milhões de euros no primeiro semestre.

Na mesma nota, a REN dá conta que graças ao recuo dos preços da eletricidade, a empresa conseguiu ter uma baixa dos custos operacionais de 3,8%, isto é, 2,2 milhões de euros, ainda que tenha registado uma subida dos custos com pessoal. “Este crescimento reflete ajustes salariais resultado da inflação e um aumento de 3% do quadro de colaboradores do grupo REN para 725 funcionários“, explica a empresa.

Notícia atualizada às 17h28

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vinte países solicitaram a adesão ao grupo BRICS e há mais interessados

  • Lusa
  • 20 Julho 2023

"E há o mesmo número de países que informalmente pediram para se tornarem membros do BRICS", disse o embaixador geral da África do Sul para a Ásia.

Cerca de vinte países de todo o mundo solicitaram a adesão ao grupo BRICS, atualmente composto por cinco nações, enquanto outros manifestaram interesse, informou esta quinta-feira a África do Sul, anfitriã da próxima cimeira da organização.

O grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que pretende ter mais peso nas instituições internacionais até agora dominadas pelos Estados Unidos e pela Europa, disse estar aberto a um possível alargamento. “Vinte e dois países abordaram formalmente os países do BRICS para se tornarem membros de pleno direito do grupo, e há o mesmo número de países que informalmente pediram para se tornarem membros do BRICS”, disse o embaixador geral da África do Sul para a Ásia e o bloco, Anil Sooklal.

O interesse crescente no grupo não é “nada de novo”, mas sublinha a “confiança” no trabalho que o BRICS tem “defendido” desde o seu início, acrescentou numa conferência de imprensa em Joanesburgo. Lançado formalmente em 2009, o grupo de cinco potências emergentes representa atualmente 23% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e 42% da população mundial. A próxima cimeira terá lugar de 22 a 24 de agosto, na África do Sul.

“Os BRICS não são apenas a força motriz da força global na tentativa de mudar as linhas de falha em termos de política global, estão também a mudar o que acontece no espaço económico global”, disse Sooklal. “A atual arquitetura global continua a ser desigual, continua a marginalizar os países em desenvolvimento (…) e continua a ser dominada por um pequeno número de hegemonias. Queremos um mundo onde as nossas vozes sejam ouvidas”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Media Capital aumenta oferta e propõe 80 milhões pela Cofina

A Media Capital apresentou uma proposta vinculativa pelo controlo de 100% da Cofina Media, agora de 80 milhões de euros (dívida incluída), superior à que foi feita no MBO com o apoio de Ronaldo.

A Media Capital apresentou uma oferta revista e aumentada pelo controlo da Cofina Media, superior em cinco milhões de euros à já conhecida proposta de Management Buy Out (MBO) dos quadros da empresa e de Cristiano Ronaldo. A proposta vinculativa, abre um leilão pelo aquisição do grupo de media que tem a CMTV e o Correio da manhã, entre outros meios, e admite até novas revisões em caso de propostas concorrentes.

No passado dia 11, a Media Capital já tinha sinalizado o interesse na Cofina Media, e antecipava a possibilidade de aumentar o preço oferecido. O grupo “assume o compromisso de participar no processo de alienação do referido ativo que venha a ser promovido pela Cofina, organizado em modelo de leilão ou outro, e desde que pautado por regras objetivas e transparentes, mediante a apresentação de uma proposta que atribui à Cofina Media um Entreprise Value superior a 75 milhões de euros”, dizia, na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os 75 milhões de euros são precisamente o valor da oferta que consta do MBO, de atuais acionistas e de Cristiano Ronaldo. Agora, a Media Capital põe cinco milhões de euros em cima desta oferta que inclui 35 milhões de euros de capital, a pagar no momento do closing da operação, e 45 milhões de dívida, de acordo com a nota enviada à CMVM. “As condições financeiras contempladas na presente Oferta têm como pressuposto que o EBITDA operacional da Sociedade no ano de 2022 foi de € 13.556.000 (13,6 milhões de euros)“, lê-se na oferta.

A Cofina Media é uma empresa controlada a 100% pela Cofina SGPS, sociedade cotada em bolsa. E por isso a administração da companhia tinha confirmado ao mercado a oferta de MBO. “A Cofina Media confirmou esta sexta-feira à noite ter recebido a 27 e 28 de junho uma “oferta vinculativa e uma oferta vinculativa revista, respetivamente”, para a aquisição da totalidade do capital, subscrita pelos administradores da empresa, Ana Dias e Luís Santana, e por Octávio Ribeiro, ex-diretor do Correio da Manhã, “a quem se juntará um conjunto de investidores não identificados”, dizia o grupo liderado por Paulo Fernandes também em comunicado enviado à CMVM na noite de 30 de junho. Já depois deste comunicado, surgiu um segundo em que era confirmada oficialmente a participação de Cristiano Ronaldo.

No momento em que recebeu a oferta de MBO, a Cofina Media antecipava a necessidade de mais tempo para avaliar a proposta, um “prazo de 60 dias prorrogáveis unilateralmente tendo em conta critérios de razoabilidade e na medida do necessário”. Agora, a oferta vinculativa da Media Capital, em leilão competitivo, poderá acabar por ter impacto nestes prazos. “A Compradora espera ser contactada pela Vendedora no caso de a presente proposta ser superada por outra que venha a ser apresentada por outro interessado“, lê-se no comunicado à CMVM.

As ações da Cofina SGPS estão a cotar a 46,6 cêntimos por ação, uma valorização face a 50% face ao dia em que o ECO revelou a notícia do MBO, com o apoio de Cristiano Ronaldo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estes são os nove desígnios nacionais do Governo até ao final da legislatura

António Costa elencou uma série de desígnios nacionais para cumprir nos três anos que faltam de Governo. Vão do ensino e da habitação à convergência com os países mais desenvolvidos da União Europeia.

O primeiro-ministro deixou no discurso do debate do Estado da Nação nove desígnios e metas para cumprir até ao final da legislatura em áreas como o ensino, a saúde, as alterações climáticas ou a convergência económica. Construir ou modernizar 471 unidades de cuidados de saúde primários, disponibilizar 26 mil novos fogos até 2026 ou retirar da situação de pobreza mais 660 mil pessoas foram algumas das promessas e compromissos assumidos por António Costa.

“Cumprido um quarto da legislatura, quais são os principais os desígnios que mobilizarão a nossa ação nas próximas três sessões legislativas?”, afirmou António Costa em jeito de introdução. Esta é a lista dos nove, que termina com um “grande desígnio”.

  • Modernização do tecido produtivo

“Com as Agendas Mobilizadoras, para duplicar, face a 2017, o número de novas empresas de base tecnológica, de serviços intensivos em conhecimento e das indústrias criativas”.

  • Melhoria do sistema de ensino

“Com a promoção da rede de Centros Tecnológicos Especializados no ensino secundário, onde estamos a investir 480 milhões de euros, para que possam servir, até 2026, 60 mil alunos por ano, com especial enfoque no desenvolvimento de competências vocacionadas para a transição digital, a indústria 4.0 e a transição energética”.

  • Combate às alterações climáticas

“O investimento na floresta e proteção dos oceanos, na ferrovia, nos metros e nas energias renováveis para reduzir, no horizonte 2030, 55% as emissões dos gases com efeitos de estufa e para aumentar para 80%, no final da legislatura, o peso das fontes renováveis na produção de eletricidade.”

  • Qualificar as respostas sociais

“Até 2026, construir ou modernizar 471 unidades de cuidados de saúde primários e 31.156 novos lugares em creches, estruturas residenciais para idosos e respostas para pessoas vulneráveis ou com incapacidade.”

  • Garantir o direito à habitação

“Depois de anos de abandono das políticas públicas estamos em parceria com os municípios a atuar em todas a frentes para aumentar a oferta, disponibilizando 26 mil novos fogos até 2026 para responder às situações de maior carência identificadas nas diversas estratégias locais de habitação e 6.800 fogos a custos acessíveis.”

  • Alojamento estudantil

Reforçar a oferta com mais de 18 mil camas novas ou renovadas em residências universitárias ate 2026″.

  • Combate à pobreza e exclusão social

“Retirar da situação de pobreza mais 660 mil pessoas, das quais 170 mil crianças e 230 mil trabalhadores.”

  • Reforçar a coesão territorial

“Garantir que todas as regiões NUT2 convergem em PIB per capita com a média europeia sem que nenhuma fique para trás.”

  • Uma década convergência com os países mais desenvolvido da UE

“Grande desígnio nacional de depois de 15 anos de divergência ou estagnação garantir uma década convergência com os países mais desenvolvidos da UE com a dívida publica a reduzir-se para menos de 100% do PIB.”

António Costa reconheceu que a tarefa é exigente: “Estamos conscientes do muito trabalho que temos em mãos e também do muito caminho que há para percorrer”. Antes, tinha afirmado que “a estabilidade política foi a opção dos portugueses há pouco mais de um ano”. “E é essa opção pela estabilidade que garante a continuidade da ação transformadora, o cumprimento dos compromissos com os portugueses, a execução de reformas essenciais à modernização do País e à melhoria de qualidade de vida dos portugueses”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concurso para diretor-geral de Saúde repetido por falta de “candidatos aptos”

Ao ECO, a CReSAP justifica a repetição do concurso para o cargo de Diretor-Geral da Saúde com o facto de não ter encontrado "três candidatos aptos para integrar a shortlist" a apresentar ao Governo.

A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), que gere o recrutamento de dirigentes da Administração Pública, justifica a repetição do concurso para o cargo de diretor-geral da Saúde com o facto de não ter encontrado “três candidatos aptos para integrar a shortlist” a apresentar ao Governo.

Esta quinta-feira foi publicado esta quinta-feira, em Diário da República, um aviso que dá conta de que a CReSAP vai repetir o concurso para substituir Graça Freitas na liderança da Direção-Geral de Saúde. O concurso será aberto no “prazo de dez dias úteis a contar da publicitação no seu sítio eletrónico”, pelo que o sucessor de Graça Freitas não deverá ser conhecido antes de outubro.

Ao ECO, fonte oficial desta entidade denota que sempre que “a CReSAP não encontre três candidatos aptos a integrar a shortlist a apresentar ao membro do Governo que solicitou a abertura do procedimento concursal, deve esta comissão proceder à repetição do aviso da abertura do mesmo“, acrescentando que “foi esta a situação que se verificou no concurso referido”.

No final do ano passado, Graça Freitas tinha comunicado ao Ministério da Saúde a intenção de deixar a liderança da DGS, não renovando o mandato, que terminou a 31 de dezembro, por mais cinco anos.

No entanto, na altura, a médica comprometeu-se com o Governo que só iria sair quando houvesse um substituto. Volvidos cinco meses, o processo foi-se arrastando e só no início de maio é que a tutela liderada por Manuel Pizarro enviou à CReSAP o pedido de abertura de concurso. Não obstante, este só foi aberto no início de junho, após o então sub-diretor da DGS se ter demitido, forçando Graça Freitas a suspender as férias dado que a estava a substituir. Esta situação levou, aliás, o Ministério da Saúde a nomear o médico de saúde pública André Peralta Santos como subdiretor-geral da Saúde, em regime de substituição.

Perante a abertura do primeiro concurso, André Peralta Santos, Rui Portugal e Carla Araújo tinham anunciado que se candidataram à liderança da DGS. Contudo, com a repetição do concurso, o processo volta à estaca inicial. Assim, após a publicação no site da CReSAP, os interessados terão 10 dias úteis para se candidatarem ao cargo. Será, posteriormente, constituída uma lista de três nomes e a decisão final caberá ao Ministério da Saúde.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h42)

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inlife, a plataforma de alojamento que está a revolucionar o mercado

  • Conteúdo Patrocinado
  • 20 Julho 2023

Um processo de arrendamento sem burocracias e com visitas online que conectam senhorios e inquilinos por videochamada em tempo real, são apenas algumas das mais valias que a startup Inlife oferece.

Pedro Gancho, CEO e fundador da Inlife, foi o convidado desta semana no ECO Entrevista. O responsável pela startup portuguesa Inlife revelou o que esta plataforma de alojamento traz de inovador para o mercado, como foi o processo de criação de uma startup sem investidores externos, e ainda partilhou a sua visão de futuro para a Inlife e não só.

Com esta solução, deixa de ser necessário investir horas a fio para encontrar e arrendar um quarto ou uma casa e muito menos perder um ou mais dias para poder realizar uma visita ao local. A Inlife facilita a vida aos estudantes universitários, profissionais, nómadas digitais, que querem mudar-se para uma nova cidade.

Com um sistema de curadoria pormenorizado e medidas antifraude, esta plataforma também garante uma escolha segura e informada. Para além de marcar presença em várias cidades portuguesas, a Inlife expande-se agora para Espanha (Madrid e Barcelona) e Itália (Roma e Milão).

Assista à entrevista completa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.