Cerveja Vadia tem nova imagem

“É sempre tempo de vadiar” é a assinatura da marca, que quer conquistar novos consumidores. O rebranding é assinado pelo Haga Studio.

A Cerveja Vadia tem nova imagem. O rebranding é “feito de linhas incertas, como a vida, de altos e baixos, de erros e conquistas”, descreve a marca de cerveja artesanal.

Nicolas Billard, CEO e fundador da Cerveja Vadia, explica que “a Vadia nasceu do convívio com os amigos e da paixão pela cerveja, e este rebranding é uma celebração do nosso percurso enquanto marca. Dos erros e das conquistas do passado e do que nos espera no futuro”. “Não estamos a mudar a nossa essência, estamos, sim, a celebrá-la. Não é só uma cerveja, é um statement sobre as imperfeições que dão cor à vida”, diz citado em comunicado.

Assinado pelo Haga Studio, a nova imagem dá mais destaque ao tipo de cerveja que está dentro de cada garrafa. “O consumidor português está muito habituado a cerveja de tipo pilsners/lager que consome de preferência fora das refeições, momento mais dedicado ao vinho, e por norma, arrisca pouco fora desse espetro. Há imensos tipos de cerveja artesanal e não gostar de um, não quer dizer necessariamente que não se goste dos outros”, acrescenta o responsável, que é também o mestre cervejeiro da marca.

O objetivo é então “convidar o consumidor a conhecer mais sobre cerveja e, pouco a pouco, levá-lo para novas experiências gastronómicas durante e fora das refeições, para que se aperceba que dentro da imensa variedade de estilos que esta bebida milenar oferece, existe provavelmente um para harmonizar e se adequar a qualquer momento”, prossegue.

Com o rebranding é lançada também uma nova cerveja, a Imperativa, uma Imperial Stout de cor castanho-escura.

É sempre tempo de vadiar” é a assinatura da Vadia, cerveja artesanal criada em 2010 e que conta com cerca de 30 medalhas em concursos nacionais e internacionais. Com sede em Oliveira de Azeméis, o nome nasce da alcunha dada aos fundadores, que chegariam atrasados aos encontros de amigos por estarem a fazer cerveja. A marca de Cerveja Vadia é vendida em todo o país no canal horeca e na grande distribuição.

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Lucro da Caixa sobe 25% para 608 milhões no primeiro semestre, é o melhor resultado em mais de 15 anos

Banco público somou lucros de 608 milhões na primeira metade do ano, mais 25% face ao período ao homólogo. Subida das taxas de juro ajudou negócio apesar de ter menos depósitos e crédito.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 608 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma subida de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. É o melhor resultado desde 2007, pelo menos, muito à boleia da subida das taxas de juro.

“Este resultado permite saldar os prejuízos acumulados no período de 2001 a 2016, antes da recapitalização, sublinhou a nova administradora financeira do banco público, Paula Geada, na conferência de apresentação dos resultados. O CEO Paulo Macedo lembrou que acabou de pagar um dividendo de 761 milhões de euros ao Estado, incluindo o edifício-sede avaliado em 361 milhões.

“Já reembolsamos os privados e já pagamos ao Estado cerca de dois terços do que os contribuintes meteram na Caixa”, frisou Paulo Macedo.

Os resultados do primeiro semestre permitem antecipar um dividendo de 243 milhões de euros, de acordo com o montante máximo distribuível, segundo Paula Geada.

Receitas com juros mais do que duplicam

A margem financeira – diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros que paga nos depósitos – disparou 125% para 1,32 mil milhões de euros, com o banco público a tirar partido da liderança no mercado de crédito da casa. As Euribor estão em máximos de 15 anos, o que está a aumentar de forma expressiva o peso dos juros na prestação da casa.

As comissões, que também representam uma parte importante do negócio core dos bancos, tiveram um decréscimo de 5% para 289 milhões de euros.

Outro contributo positivo veio da alienação dos ativos do fundo de pensões, dando 80 milhões de euros para o resultado de 152 milhões com operações financeiras.

As provisões e imparidades para crédito foram reforçadas em 300 milhões de euros, o que teve um impacto negativo nas contas finais. A Caixa também dá conta de mais 199 milhões de outras provisões e imparidades, “maioritariamente provisão dos custos do programa de reestruturação”.

Paulo Macedo explicou que todos os anos há cerca de 400 trabalhadores que pedem a reforma antecipada todos os anos e este ano o cenário deverá repetir-se, pelo que decidiu reforçar as provisões para cobrir estes gastos. “Se for do interesse da Caixa, deve anuir a isso, porque ao mesmo tempo está a recrutar bastante pessoas. Vamos recrutar 200 a 300 pessoas”, disse o gestor.

Depósitos caem 4,7 mil milhões

O crédito a clientes caiu 0,8% para 52,6 mil milhões de euros, com a queda mais expressiva no crédito para a compra de casa, que contraiu mais de 2% para 24,5 mil milhões de euros.

Os depósitos também registaram um decréscimo significativo, com as famílias a tirarem as suas poupanças para os Certificados de Aforro: os depósitos caíram 5,7% face ao final do ano passado para 79,1 mil milhões de euros. Junho trouxe já uma inversão desta tendência, com uma subida tímida dos depósitos, apontou Paula Geada – depois de o Governo ter cortado a taxa de juro dos certificados.

Paulo Macedo recusou associar a inversão nos depósitos com as mudanças nos certificados. “A banca esforçou-se para dar instrumentos melhores. A quantidade de pessoas que está agora a voltar aos fundos…”, sustentou.

(Notícia atualizada às 18h17)

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Governo aprova “acelerador”. Funcionários públicos vão poder progredir com 6 pontos

Governo aprovou o “acelerador de progressões” dirigido aos trabalhadores afetados pelo congelamento das carreiras. A partir de 2024, funcionários públicos vão precisar apenas de 6 pontos.

O Governo aprovou esta sexta-feira, em Conselho de Ministros, o “acelerador de progressões” na Função Pública, destinado a compensar funcionários abrangidos pelo congelamento de carreiras. A partir de 2024, o número de pontos necessário para os funcionários públicos progredirem vai reduzir-se dos atuais 10 para seis.

“O Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que estabelece um regime especial de aceleração do desenvolvimento de carreiras dos trabalhadores com vínculo de emprego público”, referiu a ministra da Presidência esta sexta-feira, lembrando que em maio tinha sido aprovado um mecanismo idêntico para a carreira docente.

“Este é um mecanismo paralelo desse, que, na prática, assegura a todos os trabalhadores que já exerciam funções públicas nos dois períodos de congelamento“, isto é, entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017, que possam ter “um mecanismo próprio de aceleração da sua carreira”.

“O mecanismo em causa é que, numa progressão, a partir de 2024, em vez de serem necessários os 10 pontos, são necessários apenas seis pontos”, afirmou Mariana Vieira da Silva, elencando que um trabalhador da Função Pública que esteja abrangido por esta medida e que “a 1 de janeiro de 2024” tenha uma avaliação de desempenho de seis pontos poderá “progredir imediatamente” para a posição remuneratória seguinte.

“Nos casos em que os trabalhadores tenham acumulado mais do que seis pontos, os pontos em excesso relevam para efeitos de futura alteração do seu posicionamento remuneratório, lê-se ainda no comunicado do Governo.

A ministra realça, no entanto, que este é “um regime extraordinário” pelo que apenas se aplica “uma única vez”. Com esta medida, o Governo estima que possam ser abrangidos “até um total de cerca de 350 mil trabalhadores”, dos quais “que 72 mil trabalhadores” já no próximo ano. A medida tem um impacto orçamental estimado de 128 milhões de euros.

No final do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva referiu ainda que paralelamente o Governo está a discutir com os sindicatos da Função Pública uma “revisão estrutural” no Sistema Integrado de gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP), tendo em vista reduzir de 10 para oito pontos o número de pontos necessários para subir de posição remuneratória. As negociações sobre esta matéria vão prosseguir em setembro e outubro, sendo que o Executivo espera “aprovar até ao final do ano esse diploma”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h14)

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Reunião do Conselho de Estado começou, com uma ausência

  • Lusa
  • 21 Julho 2023

O conselheiro Manuel Alegre faltou ao Conselho de Estado que vai analisar a situação económica, social e política do país.

A reunião desta sexta-feira do Conselho de Estado para análise da situação económica, social e política do país começou pelas 15:15, no Palácio de Belém, em Lisboa, com uma ausência, do conselheiro Manuel Alegre. O conselheiro de Estado António Damásio, que reside nos Estados Unidos da América, participa nesta reunião por videoconferência, disse à Lusa fonte da Presidência da República.

Esta é a 30.ª reunião do Conselho de Estado convocada por Marcelo Rebelo de Sousa e foi anunciada em maio pelo chefe de Estado, que disse querer ouvir os conselheiros para fazer “um ponto da situação” económica, social e política do país.

Certamente que será muito útil ouvir os senhores conselheiros de Estado ali em Conselho de Estado dizerem o que pensam sobre a evolução económica, a evolução social e também a análise que fazem das instituições, do seu funcionamento, os juízos que formulam”, considerou.

Na altura, o Presidente da República assinalou que alguns conselheiros “intervêm muito” publicamente, enquanto outros “intervêm pouco”, e que a vantagem de os reunir formalmente é que “todos se ouvem a todos e há uma interação que é muito mais rica”.

Na semana passada, o chefe de Estado admitiu levar o tema da TAP à reunião de hoje, terminados os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito sobre a tutela política da gestão desta empresa: “Eu vou ler o relatório e, sobre esse tema, se eu tiver coisas a dizer, direi em primeiro lugar ao Conselho de Estado”.

“E depois de dizer ao Conselho de Estado, conforme o que eu disser ou não ao Conselho de Estado, digo publicamente”, acrescentou. A anterior reunião do órgão político de consulta presidencial aconteceu há pouco mais de um mês, em 16 de junho, e foi dedicada à atualidade europeia, com a participação da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, como convidada.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou esta nova reunião do Conselho de Estado depois de ter manifestado uma “divergência de fundo” em relação à manutenção de João Galamba no Governo, não sequência dos incidentes de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas.

Porém, ressalvou desde logo que não iria ouvir o seu órgão político de consulta “para o exercício de um poder” presidencial — como a demissão do Governo ou a dissolução do parlamento. “Não planeio nenhuma ação em concreto para o pós Conselho de Estado. A menos que eu entenda que há uma razão para falar aos portugueses sobre uma determinada matéria. Isso eu decidirei depois de ouvir o Conselho de Estado”, declarou.

Em comunicação ao país, em 04 de maio, o Presidente da República defendeu que a opção do primeiro-ministro, António Costa, de manter João Galamba como ministro tinha custos para a autoridade do Governo e do Estado, e prometeu estar “ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia”.

A reunião realiza-se no dia seguinte ao debate sobre o estado da nação no parlamento, na última reunião plenária desta sessão legislativa, e depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter ouvido os partidos com assento parlamentar, entre sexta e segunda-feira.

Presidido pelo Presidente da República, o Conselho de Estado tem como membros por inerência os titulares dos cargos de presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, presidente do Tribunal Constitucional, provedor de Justiça, presidentes dos governos regionais e antigos presidentes da República.

Nos termos da Constituição, integra ainda cinco cidadãos designados pelo chefe de Estado, pelo período correspondente à duração do seu mandato, e cinco eleitos pela Assembleia da República, de harmonia com o princípio da representação proporcional, pelo período correspondente à duração da legislatura.

No início do seu segundo mandato, em março de 2021, Marcelo Rebelo de Sousa nomeou a escritora Lídia Jorge como conselheira de Estado e renomeou quatro conselheiros: o antigo dirigente do CDS-PP António Lobo Xavier, o antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes, a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, e o neurocientista António Damásio.

Por sua vez, na sequência das eleições legislativas de janeiro de 2022, a Assembleia da República elegeu para o Conselho de Estado Carlos César, Manuel Alegre e António Sampaio da Nóvoa, indicados pelo PS, Francisco Pinto Balsemão e Miguel Cadilhe, designados pelo PSD.

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Universidade Católica e Câmara de Comércio criam academia

As duas instituições vão assinar um acordo para a criação da Academia CEO Future Ready for IB. Os programas serão ministrados pela Católica-Lisbon.

A Católica International Business Platform da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), vão assinar, no dia 26 de julho, um acordo de colaboração para a criação da Academia CEO Future Ready for IB.

“As empresas portuguesas enfrentam grandes desafios de transformação no século XXI e ainda têm constrangimentos de escala, produtividade e notoriedade por resolver, bem como dificuldades no acesso a capital e, cada vez mais, a talento”, refere a Universidade Católica Portuguesa, citada em comunicado. Entende, por isso, que “os empresários precisam de repensar os seus modelos de negócio e a sua organização para continuarem a crescer de forma saudável”.

A UCP e a CCIP reconhecem a existência de mais-valias para ambas as partes no desenho conjunto de formação C-Level. Os programas serão ministrados pela Católica-Lisbon, que se assume como a 24ª melhor escola do mundo e a 18ª na Europa, de acordo com o Ranking Global do Financial Times Executive Education 2023.

A cerimónia de assinatura do acordo de colaboração contará com a presença do presidente da CCIP, Rui Miguel Nabeiro, a reitora da Universidade Católica Portuguesa, Isabel Capeloa Gil, e o vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, Miguel Athayde Marques.

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Lisboa decide reduzir em 50% preço das refeições escolares e atribuir calculadoras a alunos do 10.º ano

  • Lusa
  • 21 Julho 2023

A Câmara de Lisboa também acolheu uma proposta do BE para a atribuição de calculadoras gráficas a todos os alunos do 10.º ano.

A Câmara de Lisboa aprovou esta sexta-feira uma redução de 50% no valor das refeições escolares para as crianças das escolas públicas que não beneficiam da gratuitidade e a atribuição de calculadoras gráficas para todos os alunos do 10.º ano.

Estes apoios integram as medidas para a Ação Social Escolar (ASE) no ano letivo de 2023/2024, que foram discutidas e viabilizadas por unanimidade pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), numa reunião privada, sob proposta da vereadora da Educação, Sofia Athayde (CDS-PP), que acolheu contributos de PS, PCP e BE. Em comunicado, a CML informou que as medidas aprovadas representam “uma verba superior a 1,4 milhões de euros para a ASE já no ano letivo de 2023/2024”, indicando que se trata do “maior pacote de financiamento de sempre nesta área”, que inclui novos apoios aos encarregados de educação dos alunos da rede escolar de Lisboa.

Por proposta dos vereadores do PS, a câmara inclui como nova medida de apoio “a redução em 50% no valor a pagar pelas refeições escolares de todas as crianças”, inscritas na rede pública de jardim de infância, 1º, 2º, 3º ciclos e ensino secundário, mantendo-se a gratuitidade total para as famílias dos escalões A e B da ASE.

O preço da refeição almoço a cobrar aos alunos é definido por despacho do Ministério da Educação, atualmente no valor de 1,46 euros”, segundo os critérios definidos para o anterior ano letivo, designadamente 2022/2023. Se o valor se mantiver, a proposta do município é que os alunos paguem 0,73 euros por cada refeição.

De acordo com a proposta do PS, a dotação financeira para a implementação deste apoio constará do orçamento municipal de Lisboa para 2024 e “a medida é implementada entre janeiro e julho de 2024, enquanto apoio extraordinário no atual contexto inflacionista”, prevendo-se que, posteriormente, a câmara reavalie a necessidade de continuidade para a eventual implementação no ano letivo de 2024/2025.

Neste âmbito, os vereadores do PCP propuseram a manutenção do fornecimento de refeições escolares no período de interrupção escolar, ficando decidido que tal acontecerá já neste mês de agosto, nas escolas onde for possível, e a medida será alargada em 2024 a toda a cidade, assumindo o lema “Há gosto – refeições escolares em agosto”.

“Com a interrupção do ano letivo e o encerramento das escolas durante o mês de agosto, algumas crianças ficam privadas de beneficiar das refeições escolares, essencial para o seu desenvolvimento e crescimento”, expôs o PCP.

Também por unanimidade, a câmara acolheu uma proposta do BE para a atribuição de calculadoras gráficas a todos os alunos do 10.º ano, independentemente do escalão da ASE, “de acordo com a lista de máquinas de calcular do Ministério de Educação, passíveis de serem utilizadas nos exames finais nacionais de Física e Química A, de Matemática A, de Matemática B e de Matemática Aplicada às Ciências Sociais”.

De acordo com a vereação do BE, a medida vai beneficiar 4.400 alunos do 10º ano que têm estas disciplinas escolares, permitindo às famílias poupar “mais de 120 euros em material escolar obrigatório para a maioria dos estudantes do secundário”. Apesar de estar nas medidas para a ASE no ano letivo de 2023/2024, este apoio só será aplicado a partir de janeiro de 2024, “por motivos orçamentais”.

Além de manter as medidas em vigor para a ASE, nomeadamente material de desgaste, material escolar, visitas de estudo, fichas de apoio aos manuais escolares e centros de apoio à aprendizagem, a vereadora da Educação propôs a atribuição de um apoio adicional de 24 euros anuais por aluno com Necessidades de Saúde Especiais (NSE), tendo por base um relatório técnico-pedagógico e que esteja a frequentar o 1.º ciclo em Tecnologias de Apoio, como facilitador de aprendizagem.

As novas medidas acrescem às já aprovadas esta semana pela CML, no valor de 30 milhões de euros, para refeições escolares até 2025, o que representou um reforço de 4,5 milhões de euros.

“Temos grande consciência do contexto socioeconómico desfavorável que o país atravessa e que coloca sérias dificuldades a muitas famílias, que precisam de apoio e segurança para garantir, em muitos casos, necessidades básicas para os seus filhos”, afirmou o presidente da CML, Carlos Moedas (PSD), citado em comunicado, destacando o reforço dos apoios, que se inserem na construção de “um estado social local, capaz de dar respostas concretas às necessidades dos cidadãos”.

O executivo da CML é composto por 17 membros, dos quais sete eleitos da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) – que são os únicos com pelouros atribuídos –, quatro do PS, dois do PCP, dois do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessora Jogo Bonito na OPA à Boavista SAD

A Jogo Bonito Group, SARL adquiriu mais 589.322 ações, consolidando a sua percentagem de controlo em 67,62% do capital social da Boavista Futebol Clube, Futebol SAD.

A Cerejeira Namora, Marinho falcão representou a Jogo Bonito Group, SARL e o investidor Gérard Lopez na Oferta Pública de Aquisição das ações da categoria B da Boavista Futebol Clube, Futebol SAD. A operação contou ainda com o apoio dos serviços de banca de investimento do Bison Bank, que atuou na qualidade de intermediário financeiro encarregue da oferta, bem como com o apoio jurídico da Cuatrecasas do lado do banco.

O processo para a Oferta Pública de Aquisição obrigatória à Boavista SAD foi iniciado em 28 de julho de 2021, depois da Jogo Bonito Group, SARL, sociedade detida por Gérard Lopez, ter passado a deter 50,78% do capital da SAD dos axadrezados.

Após avaliação por auditor independente nomeado pela Comissão de Mercado e Valores Mobiliários (CMVM), a contrapartida foi fixada em € 0,56 (cinquenta e seis cêntimos) por ação.

Conforme anunciado pelo investidor no Prospeto divulgado pela CMVM, a entrada no capital da Boavista SAD tem como intuito “profissionalizar a sua gestão, bem ainda reduzir de forma progressiva o passivo, através da redução dos encargos, da maximização das receitas e do restabelecimento de uma relação de confiança com os credores e demais agentes do setor”, bem ainda “pretendendo a sua (re)afirmação no mais alto patamar competitivo em Portugal e a aposta firme em jovens atletas com capacidade de rendimento desportivo e potencial de valorização económica”.

No final da operação, a Jogo Bonito Group, SARL adquiriu mais 589.322 ações, consolidando a sua percentagem de controlo em 67,62% do capital social da Boavista Futebol Clube, Futebol SAD.

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Preço da gasolina volta a subir na próxima semana. Gasóleo não mexe

Se for abastecer na próxima semana tenha atenção: o preço da gasolina vai subir pela terceira semana consecutiva, mas o gasóleo não mexe.

Os preços dos combustíveis vão voltar a alterar-se, na próxima semana. Na próxima segunda-feira, 24 de julho, o preço da gasolina vai subir pela terceira semana consecutiva, enquanto o valor a pagar pelo litro do gasóleo manter-se-á inalterado.

Fonte oficial do setor indica ao ECO/Capital Verde que, a partir da próxima semana, o litro da gasolina deverá ficar 2,5 cêntimos mais cara, enquanto o preço do gasóleo não sofrerá alterações. Recorde-se que na semana passada, tanto o preço do litro do gasóleo subiram na mesma medida: 1,5 cêntimos por litro.

Feitas as contas e considerando o valor previsto para as subidas e os valores médios divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), se for abastecer na próxima semana deverá pagar 1,949 euros por litro de gasolina simples 95 e 1,536 por litro de gasóleo simples.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Recorde-se que no início deste mês, o Governo voltou a reduzir o apoio aos combustíveis. Mantém-se o desconto no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), mas baixam em três cêntimos os outros apoios com impacto nos preços da gasolina e gasóleo.

Desta forma, a redução da carga fiscal passará a ser de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 27 cêntimos por litro de gasolina, ao longo deste mês, o que compara com o alívio de 28 cêntimos por litro de gasóleo e de 30 cêntimos por litro de gasolina que vigorava anteriormente. As atualizações acontecem na sequência do descongelamento da taxa de carbono, que tem vindo a acontecer desde maio.

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Walk Talks. A importância de ir de férias

  • Trabalho
  • 21 Julho 2023

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas. Bem-vindos à Walk Talks.

Já estás de férias? Ou prestes a ir de férias? O episódio desta semana da Walk Talks é precisamente sobre a importância de parar e ‘desligar’. As férias são absolutamente fundamentais para o nosso bem-estar e até mesmo para a nossa produtividade.

João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, deixam-lhe alguns bons hábitos para manter ou para criar durante as suas férias de verão. Saia de manhã para fazer uma caminhada, à noite para ir dar um passeio com a família (em vez de ficar em casa a ver televisão) e crie oportunidades e eventos em que possa conviver. E, se estiver na dúvida sobre quantos livros levar, leve apenas um!

“Se queremos valorizar as coisas da vida, temos de reduzir as nossas possibilidades”, aconselha João Perre Viana.

http://videos.sapo.pt/zZYIlQSMcOUC0z7UHL9M

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Piranha de Viseu já “pigmenta” negócio em mais de 40 países

Além do estúdio de tatuagens, a Piranha de Viseu é um dos maiores fabricantes de equipamentos para a indústria. Soma mais de dez mil clientes, emprega 33 pessoas e fatura 2,5 milhões de euros.

Em 14 anos de atividade, Pedro Dias, fundador da Piranha Tattoo Supplies e a Piranha Tattoo Studios afirmou a empresa em Portugal e no mundo. Com o lema “Hunger for More“, começou com 13 clientes e hoje soma mais de dez mil. A partir de Viseu, é um dos maiores fabricantes de equipamentos para a indústria das tatuagens, vende para mais de 40 países, emprega 33 pessoas e fatura 2,5 milhões de euros.

Entre luvas, agulhas, equipamento de proteção individual ou mobiliário técnico, a Piranha tem no portefólio mais de 20 mil produtos para a indústria, que valem 90% do volume de negócios. “Criámos dois negócios num só, na mesma área de atividade. Atualmente, representamos em Portugal as melhores marcas do mundo”, conta o empresário ao ECO/Local Online.

Com o sucesso do negócio, a Piranha tem três marcas próprias, que exportam para todo o mundo — Revolution Needles, Meta e Safe Tat –, e representam 50% da oferta da empresa. O gestor diz, com orgulho, que “a Meta é a marca mais conhecida no mundo do mobiliário técnico e é exportada para os cinco continentes”.

Além do estúdio de tatuagens, há sete anos investiu dois milhões de euros num centro de distribuição no parque empresarial de Viseu, de onde saem as encomendas de equipamentos para o negócio das tatuagens para todo o mundo. A Piranha é um negócio familiar. A empresa pertence a Pedro e ao irmão Fernando Dias, que é diretor operacional, cada um deles com uma quota de 50%.

O estúdio conta com seis tatuadores residentes: os portugueses José Almeida, Sara Medusa e Ruben Martins e os brasileiros Marcelo Fioco, Betinho e Filipe Pacheco. De ucranianos a eslovacos, a Piranha já teve artistas residentes de mais de 15 nacionalidades. De Norte a Sul do país, 90% dos clientes vêm de fora do distrito.

Futebolistas como Ederson Moraes, Anderson Talisca, Salvio e Renato Sanchez, Alex Telles, Otávio ou José Sá; cantores como Piruka, Dillaz e Blaya; desportistas como o Yvan Muller, Tiago Monteiro, Catarina Monteiro, Ana Borges. Estas são algumas das figuras públicas que escolheram ser tatuadas no estúdio da Piranha. “Este reconhecimento aconteceu de forma natural e é consequência do bom trabalho que fazemos”, diz o empreendedor, natural de Tondela.

 

Pedro Dias, 47 anos, revelou-se desde cedo um empreendedor e sempre esteve ligado ao mundo das artes. A mãe era artista plástica e o pai tinha uma empresa de tipografia. Aos 18 anos abriu o seu primeiro negócio: a Energy Surf e Sk8 shop (1995). Aos 21 assumiu o franchising da “The Elephant House” (1999-2003). E aos 26 anos soltou a Piranha (2004) em Viseu, quando o mercado das tatuagens ainda não estava “à flor da pele”.

Pelo meio ainda inaugurou um clube de desportos radicais (2000), licenciou-se em Motricidade Humana, com especialidade em Educação Física e Desporto, no Instituto Piaget de Viseu (2000-2005) e foi futebolista semiprofissional até aos 29 anos, em clubes como o Académico de Viseu, Tondela, Oliveira do Hospital, Mangualde e Penalva do Castelo. No ano passado tirou uma pós-graduação em Marketing no Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM). O gestor conta ao ECO, que apesar da sua formação em desporto, “sempre teve o bichinho dos negócios” — e diz que é isso que o “mantém vivo”.

 

Recuando na história, em 2003 Pedro Dias abre uma gift shop em Tondela e a viragem do negócio acontece quando o empreendedor foi a uma feira em Madrid comprar material e fica rendido ao mundo do body piercing. “Descobrimos parceiros que faziam formação de body piercing e conseguimos representar em Portugal uma marca inglesa. Percebemos que podia ser um caminho interessante a percorrer”, relata.

“Não havia acesso ao material em lado nenhum e decidimos apostar nesta indústria, embora em Portugal só existissem seis ou sete lojas. Quase todas as pessoas que faziam tatuagens e piercings em Portugal como um hobby e acumulavam outro emprego”, salienta. Pedro Dias pegou numa Renault Kangoo de um anterior negócio e, com a mala carregada de produtos para o negócio das tatuagens, fez-se à estrada em busca de clientes. “Peguei na carrinha e viajei pelo país todo à procura de pessoas que faziam tatuagens. Na altura quase não existiam estúdios de tatuagem”, conta.

De norte a sul do país, calcula ter somado mais de um milhão de quilómetros durante 14 anos com a sua carrinha Renault Kangoo na descoberta de de clientes interessados em comprar equipamentos para o mundo das tatuagens. “A carrinha passava sete dias por semana na estrada”, diz. Prestes a partir o terceiro motor, decidiu que estaria na hora de a “reformar do asfalto” e de prestar homenagem à resiliente Kangoo: reconverteu-a numa obra de arte concebida pelo artista Bordalo II.

Em 2004, quando decidiu começar o projeto da Piranha, os recursos eram escassos e o número de estúdios de tatuagem em Portugal contavam-se pelos dedos das mãos. No final desse ano, abriram o estúdio no centro de Viseu em frente à central de camionagem. É nesta fase que fazem “uma aposta declarada no estúdio e na parte de distribuição de material para piercings e tatuagens”. Contrataram um tatuador e um body piercing para fazer florescer o negócio.

Começaram a comprar material em Barcelona e, três anos depois, conseguiram trazer para Portugal as “melhores marcas do mundo”. Começaram a criar e a fabricar os próprios produtos para a indústria das tatuagens e atualmente contabiliza ter mais de dez mil clientes e 60 distribuidores pelo mundo fora.

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Açores abre centro internacional de negócios para captar investimento estrangeiro

Novo Centro Internacional de Negócios e Investimento dos Açores tem como objetivo promover e captar investimento estrangeiro para a região. Incentivos fiscais atraem investidores.

Já está em funcionamento em Ponta Delgada o Centro Internacional de Negócios e Investimento dos Açores – Internacional Business Center of Azores, que visa apoiar as empresas, o desenvolvimento, a promoção e a captação de investimento para a Região Autónoma dos Açores. Os benefícios fiscais da região são um dos principais motivos para a atração de investidores internacionais.

“O objetivo deste centro internacional de negócios passa por apoiar as empresas, apoiar o investimento nacional e internacional nos Açores, e apoiar a promoção e captação de investimento para a região. É uma estrutura de apoio a todos os empresários, empreendedores e investidores”, conta ao ECO/Local Online, José Bettencourt, diretor executivo do Centro Internacional de Negócios e Investimentos dos Açores (Cinida), que foi inaugurado no final de fevereiro deste ano.

O Cinida está capacitado com infraestruturas preparadas para a receção a investidores nacionais e internacionais, contando com um welcome business meeting point. José Bettencourt reclama que esta é a “única instituição dos Açores para captação de investimento e promoção externa” e não tem dúvidas de que os Açores “estão na rota estratégica dos investidores internacionais”. “Isto significa que os Açores estão a ajudar a afirmar a economia portuguesa, e não só a açoriana”, completa.

O objetivo deste centro internacional de negócios passa por apoiar as empresas, apoiar o investimento nacional e internacional nos Açores, e apoiar a promoção e captação de investimento para a região. É uma estrutura de apoio a todos os empresários, empreendedores e investidores.

José Bettencourt

Diretor executivo do Centro Internacional de Negócios e Investimentos dos Açores

Apoiar a colocação, instalação e abertura de empresas nos Açores, apoiar a gestão e manutenção ao negócio, promover a entrada de novos players, promover a criação de empregos na região Autónoma dos Açores, fomentar a competitividade empresarial para as mais atrativas áreas de negócio, prestar aconselhamento estratégico e planeamento, apoiar as candidaturas a fundos comunitários. Estes são os principais desígnios deste centro de negócios, instalado na principal avenida de Ponta Delgada.

Cinco meses depois da inauguração oficial do Centro Internacional de Negócios e Investimentos do Açores, o diretor executivo assegura que está a haver “uma grande procura na abertura de novas empresas” e que tem vindo a receber “pedidos de apoio para abrir empresas e [fazer a] recolocação de negócios”, provenientes quer do continente português, quer de outros países.

Benefícios fiscais são atrativo

Os benefícios fiscais atribuídos nos Açores são um dos principais motivos para atrair os investidores internacionais. A região tem o IVA mais baixo de Portugal e o segundo mais baixo da União Europeia (16%), e um IRC de 8,75% – “um dos impostos mais baixos da União Europeia para as empresas”.

“Os Açores oferecem um ambiente empresarial amigável e único no contexto europeu e proporcionam uma das melhores vantagens competitivas da Europa em várias áreas de negócio, oferecendo excelentes oportunidades de incentivos ao investimento. Incluindo um sistema atrativo de apoio ao investimento único, com medidas de apoio ao emprego, impostos competitivos e benefícios fiscais específicos que são uma mais-valia em toda a Europa”, afirma o gestor, formado em Direito na Universidade Católica Portuguesa.

José Bettencourt, diretor executivo do Centro Internacional de Negócios e Investimentos dos AçoresCentro Internacional de Negócios e Investimentos do Açores

“Com incentivos públicos, os investidores e empresários podem facilmente proceder à contratação e à criação de novos postos de trabalho com um apoio público muito significativo. Só parte desses salários é que são suportados pela componente privada”, contextualiza o diretor executivo do Centro Internacional de Negócios e Investimentos do Açores.

Além dos atrativos incentivos fiscais, José Bettencourt realça que o arquipélago tem uma “localização estratégica” e é a “primeira porta de entrada de todos aqueles que vêm da América e Brasil para a Europa”. Os investidores interessados em investir nos Açores são essencialmente oriundos dos EUA, Canadá, Brasil, França e China.

O diretor executivo do Cinida salienta ainda as “oportunidades estratégicas” em setores como aeroespacial, aeronáutica, agricultura biológica, aquacultura, biotecnologia, exploração do mar e florestas ou energias renováveis, destacando a geotérmica, onde assume a liderança mundial.

Açores crescem economicamente há 24 meses consecutivos

No final do primeiro semestre de 2023, os Açores registaram “a maior execução dos últimos dez anos, com a região a crescer há 24 meses consecutivos. Em 2020, o PIB açoriano ascendeu a 3 mil milhões de euros (representando 2.1% do PIB nacional), registando um PIB per capita de 17.7 mil euros, de acordo com dados fornecidos pela Cinida

A nível do tecido empresarial, há cerca de 35 mil empresários em nome individual e cerca de 5 mil sociedades. Os Açores têm 84% de microempresas, sendo que cerca de um terço dos negócios foram criados nos últimos cinco anos.

A taxa de desemprego cifrou-se em 6% o ano passado, o que representa o valor mais baixo dos últimos 14 anos. No primeiro trimestre de 2023, a população ativa, estimada no âmbito do Inquérito ao Emprego na Região Autónoma dos Açores, foi de 124,5 milhares de indivíduos, representando um aumento de 4,5% face ao trimestre homólogo e de 0,9% face ao quarto trimestre de 2022.

Quase 80% da população açoriana vive nos Ilhas de São Miguel e Terceira. Analisando os dados económicos e sociais dos Açores mais recentes, a população residente ascende a 246,829 mil e apresenta uma estrutura menos envelhecida do que o país em geral, que é composta por 62.995 pensionistas. A população ativa representa 60% da população, destacando-se o emprego na construção e turismo, seguido do comércio por grosso e a retalho, e a agricultura, silvicultura e pesca.

A SATA já transportou um milhão de passageiros este ano, o que representa um crescimento de 34% face ao período homólogo. A companhia aérea espera bater um “novo recorde” em 2023. Em 2022, os Açores receberem 2,5 milhões de turistas, o que representa 12 vezes mais que a população açoriana (246 mil habitantes), prevendo-se que possa passar este ano a barreira dos três milhões de visitantes.

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Governo investe 1,7 mil milhões para requalificar 451 escolas até 2033

São 1.730 milhões para a requalificação de 451 escolas até 2033, no âmbito do acordo setorial assinado entre Governo e ANMP. Este é o segundo anúncio, mas Costa avisa que as obras não arrancam já.

O Governo volta a anunciar que vai investir 1.730 milhões de euros na requalificação de 451 escolas dos 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário até 2033, no âmbito do acordo assinado esta sexta-feira, em Lisboa, com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), no seguimento da descentralização de competências da Administração Central para as autarquias. O primeiro-ministro advertiu, contudo, que as obras não arrancam já.

Este projeto de investimento já tinha sido anunciado em julho de 2022, mas acabou por falhar o objetivo, e este é segundo anúncio. Agora, O acordo visa o cumprimento do programa de construção, recuperação e reabilitação de escolas, que financiará a 100%, a título não reembolsável, as obras em 451 escolas transferidas para os municípios. Esta medida surge no âmbito do processo de descentralização de competências e deverá ser executada até 2033 sem qualquer tipo de encargo para as autarquias.

“É um grande investimento que o país vai fazer, 70% suportado pelo Orçamento de Estado e o resto por fundos comunitários”, garantiu António Costa. “Mas o importante é que vai ser feito e não seria possível se não houvesse a descentralização”, sublinha. Governo e ANMP assinaram, em julho do ano passado, o acordo setorial de compromisso para a descentralização nas áreas da Educação e da Saúde, com a transferência de competências da Administração Central para as autarquias.

Há uma coisa que quero deixar claro ao país para não se gerarem falsas expectativas: este acordo não significa que as obras vão começar já no próximo mês ou no próximo ano.

António Costa

Primeiro-ministro

São 1.730 milhões de euros destinados à requalificação de 451 escolas, “essencialmente EB 2,3 e algumas secundárias que não tinham sido objeto nem de programas que os municípios executaram para a reabilitação e construção das escolas do 1.º ciclo e Jardim de Infância, nem sequer das grandes intervenções que a parque escolar fez nas escolas secundárias”, completa o governante.

Costa acautelou, contudo, que as empreitadas não vão arrancar já. “Há uma coisa que quero deixar claro ao país para não se gerarem falsas expectativas: este acordo não significa que as obras vão começar já no próximo mês ou no próximo ano”, avisou. “Temos um programa de financiamento que vai até 2033. Portanto, é um plano de financiamento para nove anos que todos desejamos que possa ser executado o mais rapidamente possível“, frisou.

Esta não execução imediata das empreitadas não se prende com o financiamento, mas sim, avisou o primeiro-ministro, “com a capacidade material de execução do conjunto destas obras“. Estas intervenções exigem também a realização de projeto, lançamento de concurso público, vistos.

“Com a conclusão de mais este processo, estamos a concretizar o objetivo de deixarmos de ser um dos países mais centralizados da União Europeia“, destacou o primeiro-ministro. Mais, prosseguiu, “a participação dos municípios no conjunto da despesa pública aumentou três pontos percentuais. Com o cumprimento da Lei das Finanças Locais e com o trabalho que temos pela frente, iremos seguramente cumprir o objetivo de reforçar esta dinâmica descentralizadora”.

Por fim, António Costa deixou bem claro que “este é um acordo de parceria e de solidariedade; não é uma transferência de desresponsabilização do Estado para a responsabilização dos municípios”.

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