Empresários portugueses destacam “mercado de oportunidades” na Feira Internacional de Luanda

  • Lusa
  • 18 Julho 2023

Na 38ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda) participam 22 empresas portuguesas "à procura de novos negócios".

Utensílios de cozinha e queijos portugueses estão entre os produtos expostos na 38ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda), que se iniciou esta terça-feira, com os empresários expectantes em alargar o negócio no mercado angolano de “oportunidades”.

A Tescoma Portugal, empresa produtora de utensílios de cozinha, marca presença pela primeira vez na Filda e, como disse à Lusa o seu diretor comercial, Guilherme Lopes, procura novos parceiros, novos negócios e maior penetração no mercado angolano. Com um stand adornado com vários utensílios de cozinha, incluindo talheres, pratos e panelas, o responsável deu conta que a empresa tem uma panóplia de cerca de 2.700 artigos, fornecidos em Angola por via dos seus parceiros.

“Temos a expectativa de vir à procura de novos negócios, estamos à espera que nos visitem, que nos contactem e de acordo com os contactos que tivermos vamos traçar uma nova estratégia para o mercado angolano”, disse. Vender os produtos diretamente no país africano, por via de supermercados, lojas especializadas, “seja por uma nova distribuição” em Angola, constitui também um dos propósitos da Tescoma Portugal, que almeja “crescimento e mais qualidade”.

Guilherme Lopes acredita que a sua empresa tem potencial de crescimento em Angola por possuir um mercado necessitado de utensílios de cozinha. “Vemos é que há efetivamente oportunidade, temos potencial de crescimento porque pensamos que o país ainda está um pouco carente naquilo que é a oferta de utensílios de cozinha e, por isso, viemos cá e pensamos que vamos poder acrescentar valor aos parceiros que temos aqui”, rematou.

Entre as empresas portuguesas que participam da Filda 2023, que decorre até o próximo sábado, está também a Lacto Serra, que naquela sala de exposições apresenta queijos de vaca, de ovelha e de mistura que compõem a sua gama de produção. Com um volume de negócios de cerca de 60.000 euros, a Lacto Serra marca presença na Filda para “conquistar novos clientes, consolidar os existentes e, com isso, alargar o negócio”.

“A experiência tem sido positiva, a cada encomenda temos um fluxo maior de pedidos e este valor que lhe falei tem estado em constante crescimento, penso que poderemos ter aqui um crescimento substancial constante“, disse à Lusa Miguel Espírito Santo, diretor comercial da Lacto Serra. Para o empresário português, que no espaço onde estão concentradas as empresas portuguesas expõe uma vasta gama de queijos, o mercado angolano é de “oportunidades”, apesar de exteriorizar “receios” face ao atual contexto económico do país.

Em relação ao atual cenário macroeconómico de Angola, marcado pela desvalorização do kwanza e escassez de divisas, Miguel Espírito Santo referiu que a questão “surgiu há poucos meses” e espera que a mesma não tenha impacto no fluxo de exportações que tem feito para Angola.

Olhamos para isso com algum receio que venha trazer algum impacto na diminuição das compras, mas estamos aqui também para tentar contrariar isso e fazer crescer o nosso negócio”, rematou o investidor português. “Economia Digital — A nova fronteira da economia mundial” é o lema da 38ª edição Filda 2023, a maior bolsa de negócios do país, inaugurada esta terça pelo Presidente angolano, João Lourenço, onde participam 22 empresas portuguesas de diversos setores.

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João Barroso Viegas assume gestão da comunicação da Eleven

Ao longo do seu percurso o novo reforço da Eleven conquistou duas medalhas de ouro nos “Young Lions Portugal”.

João Barroso Viegas é o novo responsável pela gestão da comunicação da Eleven, ficando encarregue pela comunicação tanto a nível interno como externo e pelo respetivo plano de desenvolvimento, implementação e estratégia para o mercado nacional.

“Trazer o João para a equipa é uma forma de reforçar o nosso compromisso de nos mantermos sempre junto às tendências do mercado, sob uma perspetiva moderna, jovem e atualizada. Ao longo do seu percurso em agência, o João foi mostrando um lado criativo e disruptivo que, certamente, será peça-chave para continuarmos a inovar e a entusiasmar o público português”, afirma Nuno Miranda, head of marketing da Eleven Portugal, citado em comunicado.

Já João Barroso Viegas refere que “desde sempre” foi um “apaixonado” pelo desporto e pela comunicação, sendo que fazer parte da Eleven lhe irá permitir “unir o melhor dos dois mundos, ainda para mais num ano repleto de novidades”.

O profissional é formado em Relações Públicas e Comunicação Empresarial pela Escola Superior de Comunicação Social e passou por várias agências como a Wisdom, Adagietto, Funnyhow? e LOLA-Normajean, trabalhando marcas como a Dyson, a Sagres e a própria Eleven.

Ao longo do seu percurso, o novo reforço da Eleven conquistou duas medalhas de ouro nos “Young Lions Portugal”.

João Viegas também formou esteve ligado ao mundo desportivo, tendo integrado as camadas jovens da seleção nacional de andebol.

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Rui Pinto só saberá se é condenado a 11 de setembro

Magistrada já tinha avisado que a decisão estava dependente da entrada em vigor da Lei da Amnistia. Juiz presidente da comarca de Lisboa não respondeu ao pedido do ECO.

Dois anos e oito meses após o início do julgamento, ainda não é já que o pirata informático Rui Pinto vai conhecer a decisão do coletivo. A leitura do acórdão estava marcada final de julho, depois da juíza responsável pelo processo se recusar a fazer a leitura do acórdão do hacker português, devido à nova lei da amnistia, aprovada pelo Governo a propósito da vinda do Papa na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mas que ainda não está sequer em vigor. A juíza fez depender essa decisão (condenação ou absolvição) da entrada em vigor dessa lei, que, foi aprovada esta segunda-feira mas que apenas estará em vigor no dia 1 de setembro.

O ECO tentou obter uma confirmação oficial do juiz presidente da comarca de Lisboa da data da leitura do acordão, mas sem sucesso.

No despacho de 12 de julho, a magistrada fez saber que a leitura de acórdão seria no próximo dia 31 de julho de 2023, pelas 14h30, caso a referida lei da amnistia entrasse em vigor até ao dia 28 de julho de 2023 ou, em alternativa e somente para o caso tal não vir a suceder, o próximo dia 11 de setembro de 2023, pelas 14h30.

Diz então a juíza que “constata-se, assim, que se encontra iminente a entrada em vigor de uma lei que irá colidir com a apreciação que cumpre fazer da responsabilidade criminal do arguido Rui Pinto relativamente a alguns dos crimes pelos quais se encontra pronunciado, nomeadamente o crime de violação de correspondência e o crime de acesso indevido que, nas suas formas simples, são punidos precisamente com uma pena de prisão até um ano ou com pena de multa. O arguido, atenta a sua idade à data da prática dos factos, encontra-se abrangido pelo âmbito de aplicação da referida Lei”.

Assim, é entendimento do tribunal coletivo que mostrar-se-ia “inútil e contrário à estabilidade inerente às decisões judiciais, a prolação de um acórdão que de seguida, dias depois, pudesse ter que vir a ser alterado, mediante marcação de audiência para eventual reformulação”. Acrescenta ainda que “seria inusitado e contrário a uma tramitação célere que num curto espaço de tempo no presente processo passassem a coexistir dois acórdãos, o segundo dos quais proferido antes do trânsito em julgado do primeiro, com todas as inerentes questões processuais e atrasos para a definição da situação jurídica do arguido que de tal situação adviria”.

Rui Pinto estava acusado de 90 crimes, sendo 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

Lei da amnistia entra em vigor a 1 de setembro

A proposta de lei da amnistia, a propósito da Jornada Mundial da Juventude, foi esta segunda-feira aprovada na especialidade, no Parlamento, com alterações de PS e PSD, mantendo os limites etários e entrando em vigor só em 1 de setembro.

A votação na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias arrastou-se durante quase uma hora e meia, uma vez que os deputados optaram por votar praticamente alínea a alínea, com a restrição de aplicação a jovens entre os 16 e os 30 anos a ser aprovada pelo PS, apesar das dúvidas sobre uma eventual inconstitucionalidade e os votos contra de PSD, Chega e Iniciativa Liberal.

O processo de votação revelou-se algo confuso, pois o PS apresentou uma nova proposta de alteração poucos minutos antes da reunião. “Isto acontece porque foi apresentada uma proposta de alteração 10 minutos antes, o que é legítimo, mas requer uma maior atenção no decurso dos trabalhos”, disse o presidente da comissão, Fernando Negrão, perante as dúvidas geradas pelas semelhanças e diferenças entre os diplomas de PS e PSD.

A nova proposta dos socialistas não introduziu alterações de relevo à que já tinha sido apresentada na sexta-feira e na qual se destacou a exclusão das contraordenações até mil euros, mantendo apenas o perdão das sanções acessórias (por exemplo, inibição de conduzir). A versão desta segunda-feira apenas fez algumas precisões em determinados artigos e repetindo o acolhimento de várias propostas de alteração anteriormente feitas pelo PSD.

E por terem dado entrada primeiro nos serviços da Assembleia da República, foram as propostas do PSD a serem sujeitas a voto, resultando em 11 alterações dos sociais-democratas aprovadas, entre as quais a entrada em vigor apenas no dia 1 de setembro.

Face ao diploma original do Governo foram acrescentados vários crimes à lista de exclusões da amnistia e perdão de penas, como o tráfico de órgãos humanos, roubo, crimes contra a soberania nacional e a realização do Estado de Direito, motim de presos, corrupção no comércio internacional e no setor privado, contra a verdade desportiva, fraude na obtenção de subsídio ou subvenção e contra crianças, jovens e vítimas especialmente vulneráveis.

A proposta de lei já compreendia exceções ao perdão e amnistia, não beneficiando, nomeadamente, quem tiver praticado crimes de homicídio, infanticídio, violência doméstica, maus-tratos, ofensa à integridade de física grave, mutilação genital feminina, ofensa à integridade física qualificada, casamento forçado, sequestro, contra a liberdade e autodeterminação sexual, extorsão, discriminação e incitamento ao ódio e à violência, tráfico de influência, branqueamento ou corrupção.

Em causa no diploma estão crimes e infrações praticados até 19 de junho por jovens entre 16 e 30 anos, a adotar devido à vinda do Papa a Portugal, determinando um perdão de um ano para todas as penas até oito anos de prisão. Está ainda previsto um regime de amnistia para as infrações penais cuja pena não seja superior a um ano de prisão ou 120 dias de pena de multa.

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Portugueses são dos que menos entendem na UE como funciona a inflação

Estudo feito para a Comissão Europeia mostra que 55% dos inquiridos em Portugal responderam corretamente a uma pergunta básica sobre inflação, a segunda percentagem mais baixa dos 27 países da União.

No último ano, a palavra inflação entrou vocabulário diário de milhões de cidadãos. Mas saberão realmente como funciona o fenómeno? Um inquérito feito para a Comissão Europeia, o primeiro deste tipo, abona pouco a favor dos portugueses, cujos inquiridos foram os segundos da União Europeia que menos acertaram a uma questão básica acerca desse flagelo, junto com os gregos.

Num Eurobarómetro para avaliar a literacia financeira na região, divulgado esta terça-feira, era exposto o seguinte problema:

"Imagine a seguinte situação: vão-lhe oferecer um presente de 1.000 euros dentro de um ano e, ao longo desse ano, a inflação mantém-se nos 2%.”

De seguida, era perguntado se “dentro de um ano”, com esses 1.000 euros, seria possível comprar mais do que hoje, a mesma quantidade ou menos do que atualmente. Era ainda dada uma quarta hipótese: “Não sei.”

Só pouco mais de metade (55%) dos 1.000 cidadãos portugueses inquiridos respondeu acertadamente – isto é, que dentro de um ano os 1.000 euros terão menos poder de compra do que no dia em que é exposto o problema. Foi a mesma percentagem de respostas certas registada na Grécia e pior só mesmo os cipriotas (48%).

De acordo com o inquérito, 32% dos inquiridos portugueses responderam que seriam capazes de comprar a mesma quantidade ao fim de um ano e 9% disseram mesmo que seria possível comprar mais do que atualmente, num cenário de inflação nos 2%. Houve 5% de respondentes que assumiram não saber a resposta.

Pontuação geral em conhecimento financeiro:

Fonte: Flash Eurobarometer 525 – Monitoring the level of financial literacy in the EU

Estes dados comparam também desfavoravelmente com a média europeia, em que 65% dos cidadãos acertaram na resposta.

A inflação significa o aumento generalizado dos preços, o que significa que se a inflação se mantiver nos 2% ao fim de um ano, o que custa hoje 1.000 euros custará 1.020 euros no final desse período. O fenómeno oposto é a deflação, o que indica uma descida generalizada de preços na economia.

Só pouco mais de metade dos inquiridos em Portugal mostram saber como funciona a mecânica da inflaçãoHugo Amaral/ECO

Comissão quer aumentar literacia financeira

Mas este inquérito não serviu só para avaliar os conhecimentos europeus em matéria de inflação. O estudo mostra também que 71% dos inquiridos em Portugal conseguiram pontuação média no questionário de literacia financeira, o que significa que acertaram em mais de cinco e menos de nove perguntas no inquérito.

É uma percentagem superior aos 64% de média europeia. No entanto, a percentagem de pontuações baixas (menos de cinco respostas certas) foi pior em Portugal do que na União Europeia, enquanto o peso das pontuações mais altas (entre nove ou dez respostas certas) foi menor do que no conjunto dos 27.

Este primeiro inquérito europeu à literacia financeira é uma chamada de atenção para nós e para os Estados-membros: juntos temos de fazer mais para melhorar os níveis de literacia financeira na União Europeia.

Comissão Europeia

A Comissão Europeia olhou para os dados e viu o copo meio vazio. Percebendo que só 18% dos europeus têm níveis elevados de literacia financeira (contra 11% em Portugal), e notando grandes discrepâncias entre os vários países, admite, num comunicado divulgado esta terça-feira, a “necessidade de a educação financeira ser direcionada a grupos específicos, incluindo mulheres, jovens e pessoas com baixos níveis de educação”.

“Este primeiro inquérito europeu à literacia financeira é uma chamada de atenção para nós e para os Estados-membros: juntos temos de fazer mais para melhorar os níveis de literacia financeira na União Europeia. Dotar as pessoas de confiança e das capacidades para tomarem decisões informadas acerca do seu dinheiro é do interesse de todos”, afirma Mairead McGuiness, a comissária com a pasta da estabilidade financeira.

Curiosamente, os portugueses estão também entre os cidadãos que mais confiam no aconselhamento dado pelos bancos, seguradoras ou consultores financeiros: 46% dos respondentes disseram ter muita confiança ou alguma confiança de que essas recomendações vão ao encontro dos seus interesses.

Resultados da questão sobre confiança nos intermediários financeiros:

Fonte: Flash Eurobarometer 525 – Monitoring the level of financial literacy in the EU

Mas aqui a correlação com a literacia financeira é difícil de estabelecer. Este indicador tem os finlandeses na frente (59%), que foram, simultaneamente, dos europeus que demonstraram saber mais sobre finanças.

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Líderes europeus e da América Latina condenam guerra da Ucrânia sem mencionar Rússia

  • Lusa
  • 18 Julho 2023

A posição foi "aprovada por todos os países, com uma exceção devido ao seu desacordo com um parágrafo", segundo a informação colocada no final do documento, numa alusão à oposição da Nicarágua.

Os líderes da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) condenaram esta terça-feira, com exceção da Nicarágua, a guerra da Ucrânia sem mencionar a Rússia, após vários dias de divergências sobre a declaração final.

Manifestamos a nossa profunda preocupação com a guerra em curso contra a Ucrânia, que continua a causar imenso sofrimento humano e está a agravar as fragilidades existentes na economia mundial, restringindo o crescimento, aumentando a inflação, perturbando as cadeias de abastecimento, aumentando a insegurança energética e alimentar e elevando os riscos para a estabilidade financeira”, indicam os mais de 50 chefes de Governo e de Estado na declaração final da cimeira UE-CELAC, que decorreu em Bruxelas.

Esta posição foi “aprovada por todos os países, com uma exceção devido ao seu desacordo com um parágrafo”, segundo a informação colocada no final do documento, numa alusão à oposição da Nicarágua a esta posição sobre a guerra da Ucrânia. Apoiando a “necessidade de uma paz justa e sustentável”, a declaração final faz ainda referência aos esforços do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para prorrogação do acordo que permite a passagem de cereais no Mar Negro, entretanto suspenso.

Depois de quase uma semana de negociações intensas ao nível dos embaixadores, a cimeira UE-CELAC foi marcada, nestes dois dias, pela falta de consenso sobre a referência à guerra da Ucrânia na declaração final entre os blocos. Por essa razão, optou-se por não colocar qualquer referência à Rússia, apesar da intenção inicial da UE de “deplorar com a maior veemência a agressão da Federação Russa” e exigir a sua “retirada total e incondicional” do território ucraniano, segundo um anterior rascunho, a que a Lusa teve acesso.

Aquela que foi a primeira cimeira UE-CELAC em oito anos e que juntou em Bruxelas mais de 50 líderes de ambos os blocos regionais foi marcada pelos diferentes pontos de vista sobre a guerra da Ucrânia, nomeadamente da Venezuela, Cuba e Nicarágua, sendo que foi este último país quase bloqueou a declaração final, que reuniu consenso à última hora.

O primeiro-ministro português, António Costa, destacou “a consensualização” na cimeira da UE com a CELAC para manifestar preocupação sobre a guerra da Ucrânia, apesar desta exceção da Nicarágua. Esta que foi a terceira cimeira da UE com a CELAC, oito anos depois da reunião de 2015, focou-se no reforço da parceria entre as duas regiões para as preparar para novos desafios.

Ainda assim, o passado colonial europeu foi abordado nesta declaração final, numa referência histórica já que os líderes de ambos os blocos “reconheceram e lamentaram profundamente o sofrimento indescritível infligido a milhões de homens, mulheres e crianças em resultado do tráfico transatlântico de escravos”. Também mencionada foi a situação na Venezuela, apelando-se a um “diálogo construtivo entre as partes nas negociações […] na Cidade do México”.

Inicialmente, a referência ao acordo da UE com o Mercado Comum do Sul (Mercosul) – formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – também gerou controvérsia, mas a declaração final refere apenas que os líderes “tomam nota do trabalho em curso”.

A atual presidência espanhola da União espera que esta cimeira seja um ponto de partida para desenvolvimentos na conclusão do acordo UE-Mercosul, que abrange 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial. Desta cimeira UE-CELAC, sai ainda o compromisso de que os dois blocos se reúnam com mais regularidade, de dois em dois anos, estando a próxima cimeira prevista para a Colômbia em 2025.

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Nova empresa municipal vai gerir habitação social na Guarda

  • Lusa
  • 18 Julho 2023

Nova empresa municipal da Guarda vai gerir parque habitacional. Autarquia prevê gastar 40 milhões de euros na construção de 325 casas.

A Guarda prevê investir 40 milhões de euros, nos próximos três a quatro anos, na construção de 325 fogos, tendo aprovado a criação de uma empresa municipal para gerir o parque habitacional, anunciou esta terça-feira a Câmara Municipal local.

Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a autarquia da mais alta cidade de Portugal, frisou que a construção dos 325 novos fogos habitacionais — mais de três vezes os 95 atualmente existentes — “conduzirá a um aumento muito significativo das competências municipais no domínio da habitação“.

Deste modo, “e por a câmara não possuir meios técnicos e humanos suficientes para gerir este volume de investimento público em tão pouco tempo”, a Guarda avançou para a criação de uma empresa municipal de habitação “exclusivamente participada pelo município”, proposta já aprovada na reunião do executivo e na Assembleia Municipal.

“A habitação é um dos principais vetores na aposta social do executivo municipal. Por isso, a Câmara Municipal da Guarda vai avançar com uma série de medidas por forma a que o acesso à habitação acessível e social seja, cada vez mais, um direito de todos e, em especial, dos que mais a necessitam, nomeadamente os jovens”, sustenta a autarquia.

A nota explica que, atualmente, a câmara gere 45 fogos em regime de renda apoiada, 12 em regime de renda condicionada, e 38 como arrendamento em regime geral e que, com a construção dos 352 novos fogos, cerca de 92% (325) serão para habitação acessível e social.

Câmara Municipal da Guarda vai avançar com uma série de medidas por forma a que o acesso à habitação acessível e social seja, cada vez mais, um direito de todos e, em especial, dos que mais a necessitam, nomeadamente os jovens.

Câmara Municipal da Guarda

Dessas 325 habitações sociais, explana o comunicado, 225 “estão em fase de preparação de candidatura”, em articulação com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e a comunidade intermunicipal (CIM) das Beiras e Serra da Estrela e os outros 100 fogos estão também em fase de candidatura, mas ao programa governamental 1º Direito, 50 dos quais abrangendo “a resolução de problemas” no Bairro da Fraternidade.

Os restantes 50 abrangem “edifícios já adquiridos pela Câmara e outros que a autarquia pretende ainda vir a adquirir” no centro histórico da Guarda.

Sobre a nova empresa municipal, intitulada “Guarda Viva — Reabilitação Urbana e Gestão do Património Edificado”, a autarquia argumentou que “a eficiência e a eficácia obtidas com a criação dessa estrutura serão ampliadas porque a estrutura organizacional, os processos de trabalho e de comunicação, as competências técnicas e humanas e todos os recursos materiais e tecnológicos da nova entidade serão obtidos e organizados com o objetivo de exercer exclusivamente as atividades delegadas”.

A nova entidade pretende ainda “obter uma maior amplitude de ferramentas de gestão dos equipamentos e projetos que lhe estão afetos”, refere a nota de imprensa.

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Defesa de cofundador da Altice repudia “ataque generalizado”

  • Lusa
  • 18 Julho 2023

"A realidade não é tão simples e que é muito diferente do que tem sido veiculado”, referiram os advogados Pedro Marinho Falcão, Manuel Magalhães e Silva e Jean Tamalet.

A defesa de Armando Pereira repudiou o “ataque generalizado em Portugal” ao cofundador da Altice por causa do processo ‘Operação Picoas’, no qual o Ministério Público (MP) investiga alegados crimes de corrupção, fraude fiscal, branqueamento e falsificação.

“A comunicação em torno desta operação foi feita de tal forma que levou a que tenha sido imediatamente considerado culpado na opinião pública. Chegou, portanto, a hora de a defesa demonstrar que a realidade não é tão simples e que é muito diferente do que tem sido veiculado”, referiram os advogados Pedro Marinho Falcão, Manuel Magalhães e Silva e Jean Tamalet, numa nota enviada à Lusa.

Sublinhando que a investigação “será longa e minuciosa”, a defesa do cofundador da Altice manifestou a sua expectativa pelo “cabal esclarecimento dos factos e apuramento de respetiva responsabilidade” neste processo, que tem ainda como arguidos Hernâni Vaz Antunes (considerado ‘braço direito’ de Armando Pereira), o economista Álvaro Gil Loureiro e Jéssica Antunes, filha de Hernâni Vaz Antunes e alegada ‘testa de ferro’ de várias sociedades.

Armando Pereira deverá começar a ser interrogado pelo juiz Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Instrução Criminal, na quarta-feira, com a defesa a assegurar “total espírito de cooperação” do cofundador da Altice e que “tudo fará para ajudar as autoridades judiciais”.

De acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do MP, a operação desencadeada em 13 de julho, que levou a três detenções, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, entre as quais instalações de empresas e escritórios de advogados em vários pontos do país. Hernâni Vaz Antunes foi o quarto arguido a ser detido, mas tal ocorreu apenas no dia 15, após entregar-se às autoridades.

Em causa está, alegadamente, uma “viciação do processo decisório do Grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva. As autoridades destacam ainda que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba “superior a 100 milhões de euros”.

A investigação indica também a existência de indícios de “aproveitamento abusivo da taxação reduzida aplicada em sede de IRC na Zona Franca da Madeira” através da domiciliação fiscal fictícia de pessoas e empresas. Entende o MP que terão também sido usadas sociedades offshore, indiciando os crimes de branqueamento e falsificação.

Nas buscas, o DCIAP revelou que foram apreendidos documentos e objetos, “tais como viaturas de luxo e modelos exclusivos com um valor estimado de cerca de 20 milhões de euros”.

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Câmara de Esposende recebe Prémio Autarquia do Ano

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  • 18 Julho 2023

A Câmara Municipal de Esposende distingue-se na 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto “START Esposende”, na categoria Economia, subcategoria Empreendedorismo e Startups.

A Câmara Municipal de Esposende distinguiu-se com o projeto “START Esposende” na 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, com um Grande Prémio – prémio mais alto. Este projeto foi desenvolvido na categoria Economia, subcategoria Empreendedorismo e Startups.

Em entrevista ao ECO, o município partilha algumas das características que marcam este projeto.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

Desde a sua génese (já celebramos o terceiro ano de atividade), a START Esposende afirmou-se como um projeto diferenciador cujos objetivos são a atração de investimento, a dinamização da atividade económica, a criação de emprego e, em geral, a melhoria das condições de vida da nossa comunidade.

A aposta foi, desde sempre, na articulação dos principais agentes públicos e privados e na dinamização de uma rede de parceiros, de forma a estimular a atividade económica.

A START Esposende assume-se como um agente catalisador de investimento, incubadora de projetos e de empreendedores e parceiro privilegiado na capacitação das empresas do território.

A aposta numa política fiscal e de incentivo ao investimento, captando investimentos de cariz tecnológico, inovador e de elevado valor acrescentado, gerador de riqueza e de emprego, maioritariamente qualificado e que procura em Esposende, um ambiente propício ao investimento, mas também diferenciador em termos de garantia de qualidade de vida.

Apoios integrados e uma estratégia coerente e holística de valorização do território e da sua comunidade, que evidencie Esposende como o local ideal para se viver, visitar e investir.

Enquanto agência de captação de investimento, aposta na promoção, interna e externa, do território de Esposende, apoia a captação e o desenvolvimento de projetos de investimento, preferencialmente os que incorporem inovação, a qualificação das empresas e empresários, o fomento das exportações e a inserção internacional nas principais cadeias de valor.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

A permanente evolução a que está sujeita a atividade empresarial exige dos responsáveis pela gestão municipal novas formas de ação, que assegurem um relacionamento cada vez mais próximo entre a administração local, os empreendedores, as empresas e os investidores.

As autarquias são hoje os grandes catalisadores e parceiros do crescimento económico e do fomento das atividades empresariais nos territórios. Por isso, com uma estratégia bem definida, o Executivo implementou um plano de ação que visa o estímulo do empreendedorismo e o apoio às empresas, quer as que já se encontram instaladas, quer as que se pretendem atrair, por via da captação de novos investimentos para o concelho.

Foi preciso apostar em novas ferramentas, enquadradas num novo projeto inovador, que permitisse assegurar serviços com um elevado nível de especialização e desse resposta às necessidades de empreendedores, empresários e potenciais investidores no concelho de Esposende.

Todas estas necessidades são cada vez mais específicas e necessitam de níveis de especialização, quer na qualidade da informação prestada, quer na necessidade de agilizar e intermediar contactos entre empreendedores e as empresas, entre as empresas e os diferentes serviços e departamentos públicos, ou até entre os investidores e a comunidade, potenciando mais e melhores oportunidades para todos.

A START Esposende assumiu especial relevância nesta estratégia, marcando um novo ciclo do apoio prestado pelo Município ao tecido empresarial local, aos empreendedores e aos investidores.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A escolha da categoria a inscrever nesta 4ª edição do Prémio Autarquia do Ano foi quase instantânea. A análise que realizamos revelou um alinhamento total com os objetivos perseguidos pela Categoria Economia e Subcategoria Empreendedorismo e Startups. Essa Categoria era mesmo o nosso ADN.

A preocupação do município de Esposende com o desenvolvimento económico, traduzido numa estratégia coerente e de estímulo à atividade económica e ao fomento do empreendedorismo, de que a STAR Esposende é o seu grande catalisador, tinham tudo para ser um forte candidato a esse prémio, o que felizmente se veio a confirmar.

Esta distinção representa muito para o município de Esposende. Para além do reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, é também um estímulo e um reforço para a vontade de continuarmos esta caminho de fortalecimento de empreendedores, empresas e empresários do nosso território.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão, junto da sua comunidade?

O desenvolvimento económico tem sido uma das prioridades deste Executivo, cuja estratégia tem vindo a permitir o crescimento sustentado, ao longo dos anos, do investimento privado no concelho de Esposende. A START Esposende assume especial relevância nesta estratégia, marcando um novo ciclo do apoio do Município ao tecido empresarial local, empreendedores e investidores.

Alguns dos resultados alcançados pela START Esposende, nestes três primeiros anos de atividade:

  • 69 projetos incubados (44 dos quais já estão no mercado);
  • 76 trabalhadores remotos e nómadas digitais;
  • 1700 pedidos atendidos no Espaço Empresas;
  • 264 intermediações de contacto entre empreendedores e empresários.

A START Esposende acompanhou investimentos que ascendem a cerca 30 milhões de euros e que resultaram na criação de cerca de 300 novos postos de trabalho diretos, no território de Esposende.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2023?

A START Esposende é parte integrante da estratégia para alcançar os objetivos para o desenvolvimento económico traçados pelo Município para 2023.

Exemplos de objetivos do município para 2023 em que a START Esposende participa ou lidera a implementação:

  • Captação de Investimento e criação de emprego qualificado;
  • Apoio aos empresários e empreendedores, criando um ambiente favorável ao investimento, aproximando ainda mais o Município das empresas;
  • Reforçar a sustentabilidade do Município, financeira (criação de riqueza) e ambiental, envolvendo o tecido empresarial;
  • Promoção da igualdade de oportunidades aos Munícipes, nomeadamente, sustentabilidade financeira das famílias (acesso a empregos), reduzindo a dependência económica das famílias do estado social, aumentando a qualidade de vida dos Munícipes;

Para estes (e outros) objetivos prosseguidos pelo Município, o contributo da START Esposende é decisivo. Cabe à START a sua implementação e operacionalização.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

A START Esposende marcou um novo ciclo nas políticas de apoio do Município ao desenvolvimento económico em Esposende. Desde logo, contribuindo para a dinamização e capacitação de empresas e empresários do território. Dois indicadores ajudam a ilustrar essa dinâmica:

  1. Evolução do nº de Empresas: o número de empresas em Esposende tem vindo a crescer de forma consistente ao longo dos últimos anos, sendo que em 2021 registavam-se 4758 empresas (3% de crescimento face ao anterior). Esposende é hoje responsável por cerca de 10% do número total de empresas do Cávado (49.757);
  2. Exportações: Esposende está entre os 3 concelhos mais exportadores no contexto da sub-região Cávado, (Exportações – 232,7M (2021) e no top 25 dos Municípios mais exportadores da Região Norte.

De igual modo, o trabalho desenvolvido promoveu a criação de um embrião de um ecossistema empreendedor em Esposende. Esse embrião, cujo processo de crescimento e afirmação se encontra em curso, irá criar um efeito multiplicador na economia local e será decisivo para a capacidade de atração de novos empreendedores e projetos para Esposende.

Uma outra área com impacto decorre da inclusão na START Esposende na Rede Nacional de Incubadoras, o que a faz estar envolvida no ecossistema de acolhimento dos mais interessantes e inovadores projetos de empreendedorismo.

De destacar também o Espaço Empresa, uma iniciativa que se destina a apoiar os empresários na criação e gestão do seu negócio, numa lógica de atendimento personalizado e de ponto único de contacto, na relação entre o Estado e as empresas.

Vereador da Câmara Municipal de Esposende, António Sérgio Moreira Mano

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Deputado do PSD Pinto Moreira vai renunciar ao mandato no final da sessão legislativa

  • Lusa
  • 18 Julho 2023

"Faço-o por decisão exclusivamente individual, uma vez que não estão reunidas as condições pessoais e políticas para exercer as funções", explica o deputado.

Joaquim Pinto Moreira vai renunciar ao mandato de deputado do PSD no final da sessão legislativa por não estarem reunidas “as condições pessoais e políticas” para continuar a exercer estas funções e para proteger a integridade do partido.

Faço-o por decisão exclusivamente individual, uma vez que não estão reunidas as condições pessoais e políticas para exercer as funções em que fui investido na corrente legislatura e porque reconheço ser esta a atitude que melhor protege a minha integridade pessoal, assim como a do meu partido, do seu líder e da respetiva bancada parlamentar”, refere o deputado, em comunicado enviado à agência Lusa.

No comunicado, o deputado, que na semana passada foi acusado de corrupção passiva agravada, tráfico de influências e violação das regras urbanísticas por funcionário no processo Vórtex, relacionado com projetos urbanísticos da Câmara municipal de Espinho, disse já ter transmitido esta “decisão pessoal” aos líderes do partido e do grupo parlamentar.

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Clinic of Change promove resposta em saúde com campanha da Bar Ogilvy

A The Clinic of Change é a primeira clínica privada em Portugal de psicoterapia assistida por ketamina, licenciada pela Entidade Reguladora da Saúde e também pelo Infarmed, refere-se em comunicado.

De forma a assinalar a sua chegada ao mercado nacional, a The Clinic of Change lançou uma campanha desenvolvida pela agência Bar Ogilvy, que aborda algumas das questões que colocam em causa a saúde mental. A campanha marca presença em televisão e redes sociais.

Com o mote “tratamentos de curta duração com efeitos para a vida”, a campanha tem como foco a “resposta rápida e eficaz, com resultados para a vida, que a The Clinic of Change se propõe alcançar através da mudança de paradigma nos tratamentos em psiquiatria, procurando a cura efetiva e não apenas o tratamento indefinido dos sintomas”, refere-se em nota de imprensa.

“Não consigo dormir”, “não gosto de ser quem sou” ou “não consigo falar em público”, são alguns dos problemas abordados na campanha a que a clínica se propõe a responder através do seu tratamento de psicoterapia assistida por ketamina, o qual já está a ser usado em clínicas nos Estados Unidos, Inglaterra,
Alemanha e Noruega.

O tratamento, que chega agora a Portugal, é feito em parceria com a Awakn Life Sciences, “líder mundial em psicoterapia assistida por ketamina e a única cadeia certificada internacionalmente neste tipo de tratamentos, com o endosso do Imperial College”, acrescenta-se em comunicado.

A The Clinic of Change é a primeira clínica privada em Portugal de psicoterapia assistida por ketamina, licenciada pela Entidade Reguladora da Saúde e também pelo Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), refere-se ainda.

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Primeiro-ministro visita pela primeira vez Timor-Leste entre 25 e 26 de julho

  • Lusa
  • 18 Julho 2023

A visita aprofundará as relações bilaterais com Timor-Leste, "em particular no domínio económico, língua portuguesa, mobilidade, desenvolvimento sustentável e nas respostas aos desafios globais”.

O primeiro-ministro efetua nos próximos dias 25 e 26 a sua primeira visita oficial a Timor-Leste, deslocação que se destina a aprofundar as relações bilaterais económicas e a cooperação em domínios como o desenvolvimento sustentável.

Na nota divulgada pelo gabinete de António Costa, refere-se também que a visita do líder do executivo português será a primeira de um chefe de Governo estrangeiro desde a tomada de posse do novo executivo timorense, em 1 de julho.

“Vinte e um anos após a independência nacional de Timor-Leste, Portugal continua empenhado em estreitar laços de cooperação, amizade e solidariedade. Esta visita aprofundará as relações bilaterais com Timor-Leste, em particular no domínio económico, língua portuguesa, mobilidade, desenvolvimento sustentável e nas respostas aos desafios globais”, refere-se na mesma nota.

Durante a presença de António Costa em Timor-Leste, do ponto de vista institucional, estão previstos encontros com o Presidente da República, José Ramos-Horta, com a presidente do parlamento nacional de Timor-Leste, Fernanda Lay, e com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.

Além da componente institucional, o programa inclui ainda iniciativas e visitas no âmbito da cooperação entre Portugal e Timor-Leste, um dos Estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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Governo transfere parte das competências da CAGER para a ERSAR. Regulador passa a ter poder sancionatório

Ministro considera que CAGER está "desadequada" no que diz respeito à gestão de fluxos específicos de resíduos urbanos. Novo modelo torna ERSAR num regulador com poder sancionatório.

O Governo vai propor que parte das competências da Comissão de Acompanhamento da Gestão de Resíduos (CAGER) sejam transferidas para a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), tornando, desta forma, o regulador numa entidade “com poder sancionatório” na gestão de fluxos específicos de resíduos urbanos.

O anúncio foi feito esta terça-feira pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática durante uma audição no Parlamento, a requerimento do PSD, na sequência de uma audição parlamentar ao presidente da CAGER, Simão Pires, em maio, onde foram apontadas dificuldades na gestão da entidade. Para o ministro, a avaliação feita por Simão Pires corresponde à realidade e comprova que a CAGER “está desadequada para responder às necessidades que o SIGRE [Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens] coloca“.

Assim, o governante anunciou perante os deputados que, no segundo semestre, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) vai propor “um novo modelo que atribui parte das competências da CAGER à ERSAR”, no que diz respeito à gestão de fluxos específicos de resíduos urbanos.

A CAGER é composta por cerca de meia centena de entidades e é um órgão consultivo que visa apoiar o Governo na formulação de política sem matéria de gestão de resíduos. Com esta separação de competências, a ERSAR passa a ser “um regulador com poder sancionatório também nestes fluxos”, reunindo competências para determinar as quotas de alocação e valores de compensação, bem como a determinação dos valores de contrapartida do SIGRE aos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos.

A ERSAR, além de ser a entidade que reconhece os valores considerados na tarifa de tratamento, passa, também, a determinar os valores de contrapartida entre o SIGRE aos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos. “Consideramos que o assumir destas competências pela ERSAR faz sentido, na medida em que são questões diretamente relacionadas com a atividade operacional e financeira dos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos“, explicou Duarte Cordeiro.

As mudanças visadas no modelo também se verificam no mecanismo do Sistema de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos que, perante esta proposta, passam a ser recomendadas pela CAGER e aplicadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA). “A realidade demonstra que precisamos de uma entidade que tenha o desenho jurídico capaz de garantir a definição, regulamentação e supervisão do SIGRE”, vincou Duarte Cordeiro.

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