Eurodeputados defendem alívio das taxas de juro perante o BCE

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

Pedro Marques arriscou que a seguir ao verão, ao contrário da recente mensagem deixada pela presidente do BCE, não deverá manter-se “a espiral de aumentos das taxas de juro”.

O eurodeputado Pedro Marques (PS) defendeu esta segunda-feira perante a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, a necessidade de aliviar a subida das taxas de juro, perante o abrandamento da inflação na zona euro.

O foco da reunião da missão da comissão dos Assuntos Económicos e Financeiros (ECON) do Parlamento Europeu (PE), disse o eurodeputado à Lusa, foi a subida das taxas de juro de referência do BCE e “as suas consequências para os cidadãos, as empresas, no contexto da inflação que, entretanto, começou a descer significativamente”.

“Foi esta a mensagem que levámos a Christine Lagarde e à sua equipa”, salientou, referindo ainda que a reunião decorreu à porta fechada, não podendo, por isso, dar conta do acolhimento feito às preocupações expressas. Sublinhando que a independência do BCE é inquestionável, Pedro Marques – que também é vice-presidente do grupo dos Socialistas & Democratas (S&D) no PE –, arriscou que a seguir ao verão, ao contrário da recente mensagem deixada pela presidente do BCE, não deverá manter-se “a espiral de aumentos das taxas de juro”.

“É um sofrimento de que as famílias e as empresas não precisam e provavelmente é um exagero na dose” do remédio para controlar a inflação, opinou. Num cenário em que os preços na produção estão negativos e em que a inflação de base (exclui preços da energia, alimentos, álcool e tabaco – mais voláteis) “anda na ordem dos 3% e já desceu muito, provavelmente, o BCE tem razões para entrar numa fase de esperar para ver as consequências de todos os aumentos que já realizou”, disse ainda o eurodeputado.

A ida da missão da ECON a Frankfurt, onde está sediado o BCE, insere-se numa reunião anual com o Conselho Executivo do banco central, no âmbito do escrutínio que o PE faz à instituição bancária. A eurodeputada socialista Margarida Marques também integrou o grupo.

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Exportações do têxtil e vestuário caem quase 6% em valor e 9% em volume em maio

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

Os dois últimos meses conhecidos (abril e maio) “confirmaram as preocupações que os empresários do setor têm vindo a manifestar" à Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.

As exportações portuguesas de têxteis e vestuário caíram 5,9% em valor e 8,6% em volume em maio, registando um recuo homólogo pelo segundo e oitavo mês consecutivo, respetivamente, penalizadas pela quebra no retalho mundial de moda.

De acordo com um comunicado divulgado esta segunda-feira pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), tendo por base os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), desde outubro de 2022 que as exportações de têxteis e vestuário em quantidade permanecem com taxas de evolução homólogas mensais negativas.

Já em valor, a associação diz que “os registos mensais têm sido mais inconsistentes”, mas sustenta que os dois últimos meses conhecidos (abril e maio) “confirmaram as preocupações que os empresários do setor têm vindo a manifestar à ATP”.

Em termos acumulados, de janeiro a maio, as exportações de têxteis e vestuário ascenderam a 2.535,7 milhões de euros e 218 mil toneladas, o que representa decréscimos de 3% e 11%, respetivamente, face ao mesmo período de 2022.

Após “um abril angustiante”, marcado por um recuo de 16% em valor exportado e de 21% em quantidade, no mês de maio a ATP reporta “uma ligeira melhoria” face ao mês anterior, mas continua a falar em “resultados inquietantes”, dada a quebra de quase 6% em valor e 9% em quantidade registada.

Numa análise por grandes rubricas de produtos, as exportações do subsetor das matérias têxteis recuaram 6% em valor e 9% em quantidade, enquanto as do vestuário caíram 4% e 8%, respetivamente. Ainda assim, as exportações de vestuário em tecido aumentaram 11% em valor e 12% em quantidade, representando agora 18% do total das exportações do setor.

Já as exportações de vestuário em malha representam 38%, pelo que, no total, o vestuário contribui com 56% para as exportações do setor. Quanto à categoria de produtos onde se incluem os têxteis para o lar, exportou menos 12 milhões euros, tendo sofrido uma quebra de 15% em valor e de 8% em quantidade.

No que se refere ao comportamento dos vários destinos das exportações do setor em maio, a ATP destaca Espanha como o que registou maior acréscimo absoluto em valor exportado (+3,2 milhões de euros; equivalente a +2%), seguido de Marrocos (+2,8 milhões de euros; +70%).

Pelo contrário, os Estados Unidos foram o destino que registou maior quebra absoluta em valor exportado (-13,6 milhões de euros; equivalente a -30%), seguido de Itália (-6,2 milhões de euros; -14%) e França (-4,4 milhões de euros; -5%). Considerando o volume, os destinos que registaram maior acréscimo foram os Emirados Árabes Unidos, o Reino Unido e a Argélia.

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Chega propõe que relatório da TAP admita interferência do Governo “deliberada e consciente”

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

“O Chega propõe que fique claro que a interferência política durante o Governo de António Costa aconteceu, foi desejada, deliberada e consciente”, disse André Ventura.

O Chega quer que o relatório da comissão de inquérito à TAP conclua que existiu interferência do Governo de António Costa na companhia aérea, e que aconteceu de forma “deliberada e consciente”.

Em conferência de imprensa, o líder do Chega anunciou que o partido vai entregar esta segunda-feira as propostas de alteração ao “corpo e às conclusões” do relatório preliminar da comissão de inquérito, que foi conhecido na semana passada.

“O Chega propõe que fique claro que a interferência política durante o Governo de António Costa aconteceu, foi desejada, deliberada e consciente”, afirmou André Ventura, referindo que “há três grandes responsáveis governativos por ela”, o ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santo, o atual, João Galamba, e o ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes.

O presidente do Chega apontou igualmente que também a responsabilidade do ministro das Finanças, Fernando Medina, “não pode ser ignorada”.

O documento com as propostas de alteração referidas pelo líder do Chega não foi divulgado à comunicação social.

Como exemplos de interferência do executivo na gestão da TAP, referiu que “quando a ex-CEO quis apresentar os resultados financeiro da empresa foi proibida de o fazer pelo Governo” e quando pediu uma reunião com a “ministra do Trabalho foi-lhe negada pelo Ministério das Infraestruturas” e ainda que o ex-administrador Diogo Lacerda Machado revelou uma “tentativa do Governo de interferir no seu sentido de voto”.

Ventura defendeu que essa alegada interferência “teve maus resultados” na TAP a nível jurídico e logístico, mas também “maus resultados reputacionais e de imagem, tal como se está a ver pela dificuldade que o Governo está a ter agora em fazer um verdadeiro processo de privatização da TAP”.

O presidente do Chega considerou o relatório preliminar da autoria da deputada Ana Paula Bernardo (PS) “profundamente infeliz, insuficiente e tendencioso” e apontou que “não trata objetivamente das questões de fundo” abordadas nas audições que decorreram na comissão de inquérito.

“Ficou por fazer uma avaliação política” da reunião preparatória entre o PS e a agora ex-CEO da TAP, defendeu o líder do partido de extrema-direita, apontando também que “ficou por esclarecer, apreciar e densificar o incumprimento do estatuto do gestor público”, bem como porque não foi devolvida a indemnização de 500 mil euros quando Alexandra Reis iniciou funções na NAV.

No que toca à saída de Alexandra Reis da TAP, o Chega quer que fique “plasmada a incoerência e mentira que foi transmitida ao regulador” e que “seja integrado o que foi dito nas diferentes audições”, que Pedro Nuno Santos e Hugo Mendes “sabiam da indemnização, do seu valor e dos benefícios fiscais e extra fiscais que decorreram da exoneração”.

André Ventura criticou também que o relatório não se debruce sobre o episódio no Ministério das Infraestruturas que envolveu o ex-adjunto do ministro, Frederico Pinheiro, nem a intervenção do SIS e a classificação de documentos. “João Galamba é claramente protegido neste relatório, com o objetivo político de que António Costa não retire conclusões e ilações que levem ao afastamento do ministro das Infraestruturas”, acusou.

Ventura considerou ainda que existiu na versão preliminar do relatório “uma tentativa quase obsessiva” de “remeter sistematicamente as culpas para Pedro Passos Coelho ou ministros do governo anterior”, uma “narrativa que visa ilibar” e “branquear o papel” do atual executivo.

No relatório preliminar, da autoria da deputada Ana Paula Bernardo (PS), sustenta-se que “não se registam situações com relevância material que evidenciem uma prática de interferência na gestão corrente da empresa por parte das tutelas” e que “a generalidade dos depoimentos aponta para a inexistência de interferência ou ingerência política das tutelas na gestão corrente da empresa”.

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Paulo Macedo lamenta falta de mão-de-obra e é contra discussão de semana de quatro dias

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

“Nós precisamos claramente de mais imigrantes para virem para Portugal", defendeu o presidente da CGD, para quem é preciso resolver a questão da demografia antes de discutir a semana dos 4 dias.

O presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, alertou esta segunda-feira para a falta de mão-de-obra nas empresas e manifestou-se contra a discussão nesta altura da aplicação da semana de quatro dias de trabalho, face aos indicadores demográficos.

Não há uma alternativa em termos demográficos, vamos ter de jogar, no sentido de políticas públicas que sejam concretizáveis e que resultem em consequência para a nossa demografia que é uma das maiores ameaças”, defendeu.

“Independentemente de todo o valor que têm teorias como as semanas de quatro dias, o que é que é isso para um país como o nosso em que a demografia cai a pique”, questionou ainda Paulo Macedo, durante a sua intervenção no “Encontro Fora da Caixa “2023: Alentejo: A economia da Cultura como elemento de promoção regional”, que está a decorrer em Elvas (Portalegre).

Para o responsável da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que se apoiou durante a sua intervenção em dados fornecidos por várias entidades, o país precisa de resolver as questões relacionadas com a demografia, para poder discutir, depois, outros cenários, tais como as semanas de quatro dias de trabalho.

“Precisamos de resolver as questões demográficas para podermos ter todo o tipo de discussões que depois possam daí advir e que possam estar certas, mas que de certeza não podem estar certas quando a população vai escasseando e rareando”, defendeu.

Observando que a falta de mão-de-obra é um dos principais problemas que as empresas enfrentam, Paulo Macedo defendeu também que uma das “armas” para combater as questões relacionadas com a demografia passa por acolher “mais imigrantes, para permitir o crescimento económico”.

Temos o maior nível de emprego dos últimos anos, mas temos uma falta de mão-de-obra qualificada e não qualificada. Nós, antes, referíamos sempre a mão-de-obra qualificada como sendo mais escassa, hoje em dia referimos as duas”, disse.

Nós precisamos claramente de mais imigrantes para virem para Portugal, para permitir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e satisfazer as necessidades das empresas, mas também um cenário que é relativamente ao aumento da esperança de vida”, acrescentou.

No decorrer da sua intervenção, Paulo Macedo analisou também dados relativos ao investimento público no país, considerando que “está assim mais ou menos”, acrescentando que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “não avança suficientemente”.

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Vistos gold captaram 403 milhões em investimento no 1.º semestre

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

No primeiro semestre deste ano, foram atribuídas 861 Autorizações de Residência para Investimento, das quais 475 no segundo trimestre.

O investimento captado pelo programa vistos gold subiu 27,5% no primeiro semestre, em termos homólogos, para 403 milhões de euros, de acordo com contas feitas pela Lusa com base nos dados estatísticos do SEF. Nos primeiros seis meses de 2022, o programa de captação de investimento ascendeu a 316 milhões de euros.

No primeiro semestre deste ano, foram atribuídas 861 Autorizações de Residência para Investimento (ARI), das quais 475 no segundo trimestre (116 em abril, 180 em maio e 179 em junho). Quanto aos vistos para familiares agrupados, no semestre foram atribuídos 1.191 (dos quais 167 em abril, 208 em maio e 192 em junho). Em janeiro tinham sido concedidos 153, em fevereiro 209 e em março 262 vistos para familiares agrupados.

O investimento total já ultrapassa os 7.000 milhões de euros, totalizando no mês passado os 7.157.485.864,42 euros em termos acumulados, desde que o programa foi lançado em outubro de 2012. Neste período foram atribuídos 12.396 ARI, dos quais 5.366 à China, 1.229 ao Brasil, 713 aos Estados Unidos, 592 à Turquia e 550 à África do Sul.

Desde o arranque do programa foram concedidos 11.181 vistos gold por via da aquisição de bens imóveis, num total de mais de 6.337 milhões de euros. Deste montante, 636,5 milhões de euros dizem respeito à compra para reabilitação urbana, num total de 1.783 vistos ‘dourados’ concedidos.

Em termos de transferência de capital, o montante acumulado ascende a 819,6 milhões de euros, num total de 1.193 ARI atribuídos, sendo que em mais de 10 anos de programa apenas foram concedidos 22 vistos gold por via da criação de postos de trabalho. No acumulado, foram concedidos 20.000 vistos gold para familiares reagrupados.

Em 06 de julho, a proposta do Governo para acabar com novas autorizações de residência para investimento em habitação foi aprovada. A norma revogatória dos vistos gold foi uma das propostas constantes do programa Mais Habitação e, com a entrada em vigor da nova lei, não serão admitidos novos pedidos de concessão de ARI, o que não afetará a possibilidade de renovação das autorizações já concedidas.

Os pedidos de concessão e de renovação de autorização de residência para atividade de investimento mantêm-se válidos, incluindo os que estão “pendentes de procedimentos de controlo prévio nas Câmaras Municipais” à data da entrada em vigor da lei. Também está excluída da limitação adotada a concessão ou renovação de autorizações de residência para reagrupamento familiar.

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Ativação da EY no Nos Alive resulta em mais de mil refeições doadas à Refood

Só no primeiro dia do festival a consultora reuniu vales para doar perto de 300 refeições, que foram entregues no dia seguinte.

Vales de refeição “Feed4good”. Foto: Facebook EY Portugal

A presença e ativação da EY Portugal no Nos Alive resultou na entrega de mais de mil refeições à Refood, organização sem fins lucrativos que tem como objetivo a eliminação do desperdício através da distribuição de comida em boas condições para a alimentação de pessoas necessitadas.

Entre os dias 6, 7 e 8 de julho, a presença da EY no Passeio Marítimo de Algés contou com a ativação de marca Sounds Good, na qual os festivaleiros eram convidados a girar roletas EY e a receberem prémios. Além de brindes – como bolsas ou óculos de sol – os festivaleiros podiam também ser premiados com o prémio Feed4Good, ou seja, um vale de refeição a ser entregue à Refood em seu nome.

Todas as nossas expectativas foram superadas. Com a ajuda dos festivaleiros, que aceitaram o nosso desafio para participar no passatempo Feed4Good a circular pelo recinto, conseguimos doar mais de 1000 refeições à Refood“, afirma Telma Franco, diretora de brand marketing & communications e business support services da EY para Portugal, Angola e Moçambique, citada em comunicado.

Inspirámos uma onda de solidariedade e mudança, criámos uma ligação com o propósito da EY, e conseguimos doar um número bastante significativo de refeições que acreditamos que vão fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Não podíamos começar o nosso novo ano de melhor forma”, acrescenta.

Segundo Telma Franco, a responsabilidade corporativa está “bastante marcada no ADN da EY”, explicando que em 2019 foi criado o EY Ripples, um programa global cujo objetivo passa por “causar um maior impacto social, oferecendo aos EYers [trabalhadores da empresa] a oportunidade de, através dos seus conhecimentos, das suas competências e experiências, impactar positivamente as vidas de milhões de pessoas”.

Temos uma ambição ousada: afetar positivamente mil milhões de vidas até 2030”, acrescenta a diretora de brand marketing & communications e business support services.

Stand da EY no Nos Alive. Foto: Facebook EY Portugal

 

À semelhança do ano passado, a EY Portugal promoveu ainda o encontro de mais de 1500 trabalhadores da marca para a realização de algumas atividades de team building, em pleno recinto do festival.

“Estes eventos ou reuniões são importantes para criar conexões interpessoais e fortalecer relações que melhoram o ambiente de trabalho, mas também acabam por contribuir para uma maior colaboração e produtividade no trabalho remoto. Reforçam o engagement, a motivação e a retenção de talento, ao mesmo tempo que fortalecem a cultura organizacional da empresa”, conclui Telma Franco.

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Politécnico da Guarda cria mapas digitais para prevenir incêndios

Ex-alunos do IPG criam mapas de vulnerabilidade de fogos florestais e conseguem distinguir diferentes níveis de severidade de incêndios florestais e identificar os solos mais suscetíveis.

A criação de mapas digitais que identificam as zonas mais vulneráveis a incêndios ou uma forma de calcular a severidade dos fogos e os tipos de ocupação de solo. Estes são os projetos desenvolvidos por dois recém-licenciados do curso de Engenharia Topográfica do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) que podem ajudar na prevenção de incêndios florestais. E que já despertaram o interesse de algumas companhias de seguros, avança a instituição de ensino.

“Estes estudos são muito úteis para quem gere florestas e as suas limpezas, assim como para as seguradoras, ajudando-as a avaliar o risco e os prejuízos associados às sinistralidades”, começa por afirma Elisabete Soares, professora do Politécnico da Guarda e orientadora dos projetos. A professora defende que estes “resultados também podem ser muito úteis para a Proteção Civil e para as câmaras municipais“, no combate aos fogos.

“Portugal está cada vez mais exposto ao risco de incêndios, pelo que o interesse económico nestes projetos é evidente”, nota Elisabete Soares, lembrando as “duas grandes catástrofes” no distrito da Guarda, em outubro de 2017 e em agosto de 2022. “Só é possível prevenir os incêndios de forma efetiva se as causas da vulnerabilidade dos territórios vítimas das catástrofes forem identificadas, estudadas e corrigidas”, frisa.

Estes estudos são muito úteis para quem gere florestas e as suas limpezas, assim como para as seguradoras, ajudando-as a avaliar o risco e os prejuízos associados às sinistralidades.

Elisabete Soares

Professora do Instituto Politécnico da Guarda

Também o presidente do IPG, Joaquim Brigas, realça a importância do contributo do politécnico ao combate deste flagelo. “Todos os anos Portugal está sob alerta para o perigo de incêndios rurais, pelo que o papel do IPG, enquanto academia, é utilizar o conhecimento que produz para prevenir e, tanto quanto possível, diminuir este problema”, sustenta Joaquim Brigas.

Todos os anos Portugal está sob alerta para o perigo de incêndios rurais, pelo que o papel do IPG, enquanto academia, é utilizar o conhecimento que produz para prevenir e, tanto quanto possível, diminuir este problema.

Joaquim Brigas

Presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Conheça aqui os projetos dos dois licenciados do IPG:

Segundo o IPG, estes projetos resultaram da “aplicação de técnicas avançadas, como a classificação de imagens de satélite, sistemas de informação geográfica e a deteção remota – recolha de informação sobre um fenómeno pela análise de dados reunidos por um dispositivo que não está em contacto com esse mesmo fenómeno –, que ajudaram a compreender as áreas ardidas e o estado da vegetação e do solo“.

  • Mapas de Vulnerabilidade de Incêndios Florestais do distrito da Guarda”, da autoria de Rita Sieiro, consiste na construção de quatro mapas sazonais, um por cada trimestre do ano, e que têm em conta a análise de nove variáveis: ocupação de solo, declive do terreno, exposição das vertentes, distância aos cursos de água, distância às áreas artificializadas, densidade populacional, proximidade à rede viária, temperatura e precipitação média. “Estas condições conduziram à obtenção de classificações da vulnerabilidade em todo o distrito da Guarda, podendo aplicar-se o mesmo tipo de análise a outras zonas do país”, assegura o politécnico.
  • Mapeamento de Incêndios e Caracterização Geral do Território a partir de Deteção Remota“, de Luís Branco, analisou os fogos de 2017 e 2022, no distrito da Guarda. Este projeto permitiu distinguir diferentes níveis de severidade de incêndios florestais e identificar os solos – mediante a análise da ocupação –, que estão mais suscetíveis a reincidências, referenciando e quantificando as áreas afetadas.

O Politécnico da Guarda também já deu, entretanto, a conhecer um protótipo de um robô bombeiro que deteta e apaga incêndios de forma autónoma.

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Futebolista Kika Nazareth é a nova cara do BPI

A jogadora também participou na recente campanha do BPI de apoio à Seleção Nacional de Futebol Feminino, apurada pela primeira vez para o Mundial de Futebol.

João Pedro Oliveira e Costa e Kika Nazareth

A futebolista Francisca (Kika) Nazareth é a nova cara do BPI. A jogadora será, durante um ano, a imagem do banco nas suas iniciativas de marketing, publicidade e responsabilidade, conforme o contrato de direitos de imagem celebrado esta segunda-feira.

“Estou muito satisfeito por contar com a Kika Nazareth na nossa equipa. A Kika é um dos talentos mais promissores do desporto português e um exemplo inspirador para muitos jovens, pelo esforço que exige conciliar uma carreira no futebol profissional com os estudos universitários na área da gestão. Acredito que esta parceria vai contribuir para valorizar ainda mais o talento feminino, no futebol e no país”, afirma João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI, citado em comunicado.

Kika Nazareth, que assinalou a parceria com a abertura de uma conta BPI, disse por sua vez que lhe agrada “muito poder confiar as minhas poupanças e investimentos a um Banco que tem vindo a investir no crescimento do futebol feminino, seja na Liga BPI ou na Seleção Nacional, e na promoção da inclusão no desporto e na sociedade”.

A atleta sagrou-se este ano tricampeã nacional e foi distinguida como a melhor jovem jogadora da Liga BPI 2022/23 pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).

A futebolista – a par das jogadoras Ana Capeta, Ana Borges, Ana Rute Rodrigues, Dolores Silva, Jéssica Silva e Vanessa Marques – também participou na recente campanha do BPI de apoio à Seleção Nacional de Futebol Feminino, apurada pela primeira vez no Mundial de Futebol.

O BPI é patrocinador oficial da Seleção A de Futebol Feminino e dá nome à liga de futebol feminino (Liga BPI) desde 2018.

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Banco Europeu de Investimento desbloqueou 3.000 milhões para sul do Mediterrâneo

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

Os transportes, as energias renováveis, a educação, a saúde, a segurança alimentar ou "a ação climática" acelerada, em resposta ao impacto das mudanças no clima, têm sido o destino prioritário.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) desbloqueou cerca de 3.000 milhões de euros desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, para “investimentos prioritários” na região do sul do Mediterrâneo, disse esta segunda-feira a instituição.

Os projetos apoiados ou financiados pelo BEI têm como objetivo “diminuir o gap” entre regiões do Mediterrâneo (Europa, norte de África e Médio Oriente) e promover o desenvolvimento económico e social sustentável, “em tempos desafiantes e de incerteza”, afirmou o vice-presidente do banco, Ricardo Mourinho Félix, numa conferência de imprensa em Barcelona.

Os transportes, as energias renováveis, a educação, a saúde, a segurança alimentar ou “a ação climática” acelerada, em resposta ao impacto das mudanças no clima, têm sido o destino prioritário das verbas desbloqueadas pelo BEI desde o início da guerra na Ucrânia, de acordo com Mourinho Félix. Egito e Marrocos são os dois países com mais financiamentos do BEI, através de projetos públicos ou privados, desde março de 2022 (1.000 milhões e 500 milhões de euros, respetivamente), segundo dados do banco.

O BEI assinou esta segunda em Barcelona, no final de uma conferência de dois dias que organizou com a União para o Mediterrâneo (UpM), acordos para contribuir com 40 milhões de euros para a construção de 80 escolas na Tunísia, um projeto que tem um orçamento global de 80 milhões de euros e que a União Europeia (UE) também prevê apoiar diretamente com 25 milhões de euros.

No final da conferência em Barcelona foi ainda assinado um acordo para o BEI financiar com 12 milhões de euros o designado “setor microfinanceiro” da Tunísia. Antes da assinatura dos acordos, no encerramento da conferência na cidadã catalã, o secretário-geral da UpM, Nasser Kamel, sublinhou “a crescente interdependência” e “a urgência dos problemas que enfrentam o Mediterrâneo e a Europa”, que “mais do que nunca exigem um esforço de colaboração e soluções inovadoras”.

Nasser Kamel destacou “as profundas implicações das alterações climáticas” no Mediterrâneo e “as marcadas disparidades” a nível económico na região e considerou fundamental “fomentar a proximidade e a complementaridade” da UE “não só com os vizinhos do leste, mas também com os do sul e mais além, com a África subsariana”.

O secretário-geral da UpM defendeu que este é um caminho para a UE se assumir como potência de influência internacional mais além das suas fronteiras e responder a problemas relacionados com a segurança ou a imigração, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento e cria emprego e prosperidade noutras regiões.

Nasser Kamel congratulou-se com o papel e o compromisso do BEI com a região do Mediterrâneo. A UpM é uma organização intergovernamental que junta os países da UE e mais 16 países mediterrânicos europeus, do norte de África e do Médio Oriente.

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‘Road 2 Web Summit’ está à procura de 125 startups

As candidaturas estão a decorrer. Projetos escolhidos terão acesso a condições especiais e a um bootcamp de preparação para a cimeira, bem como a três prémios financeiros.

A Startup Portugal e a Web Summit vão selecionar até 125 startups, com sede em Portugal, para participarem e exibirem as suas soluções na Web Summit 2023, em Lisboa. Os projetos escolhidos no ‘Road 2 Web Summit’ (R2WS) — que, este ano, são mais 25 do que no ano passado — vão ter acesso a condições especiais e a um bootcamp de preparação para a conferência, organizado pela Startup Portugal. Além disso, há três prémios financeiros em jogo. As candidaturas já estão abertas.

“A inovação e diversidade dos projetos que, em cada ano, são apoiados pelo programa ‘Road 2 Web Summit’, são a prova viva do dinamismo e do potencial do nosso ecossistema sendo esta participação na Web Summit uma oportunidade única para estas startups apresentarem a sua oferta e contactar com potenciais clientes, parceiros e investidores entre os participantes de renome mundial que se deslocam a Lisboa em novembro para participarem no evento”, explica António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal.

“É muito gratificante assistir ao crescimento de startups, nos mais diversos setores, de que são bom exemplo a Splink, a MyCareforce, ou a sheerMe, que há menos de dois anos estavam a fazer este programa e a dar os seus primeiros passos, ou a própria Musiversal que, no ano passado, arrecadou o prémio de startup mais promissora, e hoje estão a levantar investimentos muito significativos, projetando os seu negócios à escala global”, acrescenta, em comunicado.

Entre os 125 projetos, pelo menos 25 lugares estão destinados a fundadores que pertençam a minorias sub-representadas na comunidade empreendedora portuguesa ou que desenvolvam soluções de elevado impacto social.

O programa R2WS tem como objetivo impulsionar a participação de empreendedores e startups de alto potencial do ecossistema português na Web Summit, proporcionando-lhes condições especiais e apoio na preparação para a conferência, para que possam aproveitá-la ao máximo.

Para apoiar essa participação, além de um desconto imediato de 50% no valor do pacote ALPHA do Web Summit para startups a exibirem no evento, o programa inclui um bootcamp que irá decorrer em outubro e vai ajudar as startups a definir objetivos para o evento, ajustando o treino de pitch à multiplicidade de alvos e expectativas que cada startup traz para uma conferência desta natureza e dimensão, com o apoio de experts internacionais nestas áreas.

As startups selecionadas para o R2WS 2023 terão ainda a possibilidade de ganhar um dos três prémios financeiros, que se dividem pelas seguintes categorias: startup mais promissora (15 mil euros), startup com melhore desempenho no bootcamp e conferência (cinco mil euros) e startup com a maior contribuição para o impacto e inclusão social (cinco mil euros).

“O programa Road 2 Web Summit’ é já uma das imagens de marca da Web Summit em Lisboa. Em parceria com o Governo português, através da Startup Portugal, continuamos a apoiar o ecossistema de startups nacionais oferecendo condições especiais de apoio aos empreendedores que têm as suas startups sediadas em Portugal”, salienta Ricardo Lima, head of startups & investors da Web Summit.

Esta é a oitava edição do programa, realizado numa parceria entre a Web Summit e a Startup Portugal, que já impulsionou a participação de mais de 750 startups portuguesas na conferência.

As candidaturas estão abertas até dia 18 de agosto no site da Startup Portugal. Para se candidatarem, as startups devem ter um produto mínimo viável (MVP), presença online ativa (app ou site) e ter número de contribuinte português e, de acordo com o atual enquadramento legislativo, ter um modelo de negócio inovador, facilmente escalável e de base digital.

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Estes são os dez aeroportos europeus mais caóticos neste verão (e Lisboa é o segundo pior da lista)

Em junho, mais de 51% dos voos no Aeroporto Humberto Delgado tiveram um atraso superior a 15 minutos ou foram cancelados, segundo um ranking elaborado pela AirHelp.

Mais de metade dos voos no aeroporto de Lisboa tiveram perturbações no mês passado, o que faz do Humberto Delgado o segundo aeroporto europeu mais caótico deste verão numa lista encabeçada pelo aeroporto de Gatwick, em Londres, revelam dados recolhidos pela AirHelp, uma empresa de defesa dos direitos dos passageiros, citados pela Bloomberg.

A AirHelp analisou os voos cancelados ou com atrasos superiores a 15 minutos nos aeroportos europeus com, pelo menos, 5.000 voos mensais durante o mês passado. Concluiu que o aeroporto de Gatwick, em Londres, é o mais caótico para os passageiros, registando perturbações em mais de 54% dos voos. No segundo lugar do pódio ficou o aeroporto de Lisboa, com perturbações em pouco mais de 51% dos voos, seguido pelo aeroporto de Copenhaga, com 50% dos voos com perturbações.

Em contrapartida, com as menores ocorrências em junho esteve o aeroporto de Helsínquia, na Finlândia, com apenas 18% dos voos a registarem perturbações. Já os aeroportos de Dusseldorf, na Alemanha, e Oslo, na Noruega, registaram perturbações de 22% e 23%, respetivamente.

Os dados da AirHelp foram divulgados numa altura em que as companhias aéreas europeias procuram evitar constrangimentos como os registados no verão do ano passado. Em 2022, o aeroporto de Heathrow, em Londres, foi forçado a limitar o número de passageiros e a pedir às companhias aéreas que limitassem a venda de bilhetes, devido a uma junção de greves com falta de pessoal. Registaram-se também fortes constrangimentos no aeroporto de Lisboa ao longo de todo o verão.

Mais de 51% dos voos no Aeroporto Humberto Delgado tiveram um atraso superior a 15 minutos ou foram cancelados no mês passado, segundo um ranking elaborado pela AirHelpJOÃO RELVAS/LUSA

Estes são os dez aeroportos europeus mais caóticos, com base na percentagem de voos com perturbações:

  • Aeroporto de Londres Gatwick (LGW) – 54,08%
  • Aeroporto Internacional de Lisboa Humberto Delgado (LIS) – 51,04%
  • Aeroporto de Copenhaga (CPH) – 50,88%
  • Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle (CDG) – 50,60%
  • Aeroporto Antalya (AYT) – 47,34%
  • Aeroporto Internacional Sabiha Gökçen (SAW) – 46,85%
  • Aeroporto Internacional de Roma (Leonardo da Vinci) (FCO) – 44,05%
  • Aeroporto Internacional de Manchester (MAN) – 43,78%
  • Aeroporto de Milão-Malpensa (MXP) – 43,66%
  • Aeroporto de Frankfurt (FRA) – 42,99%

E estes são os dez aeroportos europeus com menos perturbações:

  • Aeroporto de Helsínquia-Vantaa (HEL) – 18,33%
  • Aeroporto de Düsseldorf (DUS) – 22,26%
  • Aeroporto de Oslo Gardermoen (OSL) – 23,09%
  • Aeroporto Frédéric Chopin de Varsóvia (WAW) – 23,35%
  • Aeroporto Internacional de Viena (VIE) – 27,22%
  • Aeroporto de Madrid-Barajas (MAD) – 23,38%
  • Aeroporto de Barcelona (BCN) – 28,45%
  • Aeroporto de Arlanda (ARN) – 30,54%
  • Aeroporto de Istanbul (IST) – 32,15%
  • Aeroporto de Berlim-Brandemburgo (BER) – 34,17%

Companhias aéreas cancelam voos neste verão

Ainda esta segunda-feira a companhia aérea EasyJet anunciou ter cancelado quase dois mil voos (1.700) este verão, a partir do seu hub de Gatwick, por constrangimentos como greves de controladores e atrasos resultantes do congestionamento do tráfego aéreo.

Esses voos, que estavam programados para os meses de julho, agosto e setembro, irão deixar cerca de 180 mil passageiros em terra, mas a companhia aérea ressalva que isto representa “menos de um dia de voo”, pois “mais 90.000 voos deveriam ser operados durante os meses de pico do verão”, disse fonte da EasyJet à Bloomberg.

A EasyJet não é, no entanto, a única companhia aérea a cancelar voos, já que a Ryanair, a Air France-KLM e a Lufthansa também fizeram o mesmo, justificando-se, igualmente, com greves de controladores e o congestionamento no tráfego aéreo.

As companhias aéreas estão a cancelar voos numa “ação preventiva”, de modo a limitar o caos nas viagens aéreas, garantiu o porta-voz da EasyJet, sendo que o ajuste operacional irá ainda ajudar a reduzir o congestionamento do espaço aéreo devido à guerra na Ucrânia e aos atrasos no controlo de tráfego aéreo, acrescentou.

Volume de passageiros aumenta

Apesar dos esforços das companhias, é esperado que os aeroportos europeus fiquem novamente congestionados entre julho e agosto, com o volume de passageiros a regressar, ou mesmo exceder, os níveis pré-pandemia, refere a Bloomberg.

Desde o final de abril que a procura de passagens provenientes dos EUA para a Europa já ultrapassou o crescimento de 2019 em até 20%, segundo dados da Hopper citados pela agência. Este aumento da procura também está a gerar um aumento dos preços, já que o custo de uma passagem dos EUA para a Europa atingiu o nível mais alto dos últimos seis anos.

Os aeroportos portugueses movimentaram 5,9 milhões de passageiros em abril, o que corresponde a um aumento de 18,7% face a igual mês do ano passado, ou um aumento de 11% face ao ano pré-pandemia de 2019. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), desde o início de 2023 que os valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais têm sido sempre superiores aos níveis pré-pandemia, continuando a atingir máximos históricos.

Já Espanha registou 8,2 milhões de visitantes em maio, o que corresponde a um aumento de 18% em relação a 2022, ou 4% face a igual período de 2019, de acordo com o gabinete estatístico espanhol.

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Governo da Madeira considera escandaloso acabar com vistos gold em todo o país

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

Miguel Albuquerque argumenta que a decisão "prejudica imenso o investimento estrangeiro" e vai insistir numa proposta de exceção para as regiões autónomas.

O presidente do Governo da Madeira classificou esta segunda-feira de “escandalosa” a decisão da República de acabar com os vistos gold, com aplicação a todo o país, anunciando que vai insistir numa proposta de exceção para as regiões autónomas. “Acho que é escandaloso que esta decisão centralista tenha sido aplicada ao país todo”, disse o chefe do executivo madeirense (PSD/CDS) à agência Lusa.

A proposta do Governo para acabar com novas autorizações de residência para investimento em habitação foi aprovada na passada quinta-feira, na Assembleia da República, com os votos favoráveis de PS, BE e PCP. A norma revogatória de autorizações de residência para investimento, conhecidas como vistos gold, foi uma das propostas constantes do programa Mais Habitação.

Com a entrada em vigor da nova lei não serão admitidos novos pedidos de concessão de vistos de residência para atividade de investimento, o que não afetará a possibilidade de renovação das autorizações já concedidas. Os governos dos Açores e da Madeira defendem a continuidade dos vistos gold nas duas regiões.

O presidente do Governo madeirense, Miguel Albuquerque, salientou que “os vistos gold só estiveram em vigor na Madeira durante um ano, ao contrário de Lisboa e Porto que estiveram mais de 10 anos”. Para o líder social-democrata madeirense, a situação nesta região autónoma “é completamente diferente daquilo que se passa em Lisboa”, acrescentando que “medir as consequências e os motivos em função da bitola de Lisboa é errado”.

Face a esta decisão da Assembleia da República, que rejeita o regime de exceção para as regiões autónomas, o Governo Regional vai “fazer uma proposta nesse sentido”, anunciou. Miguel Albuquerque argumentou que esta decisão “prejudica imenso o investimento estrangeiro”, que é importante para a economia regional.

“Um país que não tem capital precisa de capital, precisa de trazer investidores. Como é que vai acabar com uma fonte de captação de investimento, de capital, quando precisa desse capital? Isso é tudo um disparate. Isto é governar com os pés”, sustentou.

Os vistos gold, ativos desde 2012, permitem a investidores a obtenção da residência permanente em Portugal através da realização de investimentos como a compra de imóveis, a transferência de capital ou o investimento em património histórico e cultural.

Miguel Albuquerque também considerou “ridículo” o imposto extraordinário sobre o alojamento local, também aprovado na Assembleia da República e que determina que a receita gerada nas regiões autónomas revertam para os cofres dos arquipélagos, adiantando que a Madeira vai igualmente apresentar uma proposta de exceção.

“É outro escândalo. Mas este é o socialismo que temos, jacobino, centralista, que não leva em linha de conta as realidades do país”, afirmou. O governante insular assegurou que a Madeira “não está interessada” nessa fonte de receita porque tem apostado “em baixar os impostos”, ao contrário do que acontece a nível nacional.

“Nós tivemos no ano passado uma carga fiscal no continente, graças ao socialismo, a maior de sempre – 36,6% do PIB (Produto Interno Bruto), na Madeira é 28% – porque entendemos que a economia funciona se devolvermos o dinheiro às famílias e às empresas e as pessoas têm o direito de ter o seu negócio, ganhar o seu dinheiro no alojamento local e esse dinheiro a circular na sociedade e a ser reinvestido, não é para ser capturado pela máquina do Estado”, enfatizou.

Por isso, adiantou que, “até ao final da legislatura”, a Madeira pretende fazer “uma proposta novamente para abrir exceção, porque o que se passa é que esta maioria absoluta é uma maioria cega que quer impor os seus ditames ideológicos a todo o país”.

Miguel Albuquerque reforçou que “a questão do alojamento local não pode ser medida em função do que se passa em Lisboa e no Porto”. “Num país macrocéfalo, tudo é olhado e visto em função desta visão canhestra, míope, de se vislumbrar a realidade do país em função do que se passa no Terreiro do Paço”, concluiu.

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