Distúrbios em França cancelam reservas em hotéis, concertos e reduzem transportes públicos

  • Lusa
  • 30 Junho 2023

Onda de cancelamentos de concertos e reservas de hotel em França, com redução de serviços de transportes públicos. Governo pede ajuda às redes sociais para identificar organizadores de distúrbios.

Os distúrbios em França após a morte, na terça-feira, do adolescente Nahel baleado por um polícia desencadearam uma onda de cancelamentos de concertos e reservas de hotel, enquanto o Governo reduziu alguns serviços de transportes públicos.

Numa reunião extraordinária, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, decidiu estender a todo o país a restrição de circulação de autocarros e elétricos, que não poderão funcionar a partir das 21:00 locais até à manhã seguinte, até novas ordens.

Também foi temporariamente proibida a venda de foguetes para fogos-de-artifício, bidões de gasolina, ácidos e outros produtos químicos e inflamáveis.

O principal sindicato patronal do setor da hotelaria e restauração (UMIH) alertou num comunicado que se detetou uma onda de cancelamentos de reservas nos hotéis, em reação à violência nas ruas do país.

França viveu uma terceira noite consecutiva de graves distúrbios em muitas partes do território, que se saldaram em pelo menos 250 agentes policiais feridos, 875 detenções – um terço das quais, de menores -, 492 edifícios públicos atacados e 2.000 veículos incendiados.

Para evitar este tipo de episódios, a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, anunciou mesmo o destacamento de blindados da guarda republicana, sem especificar quantos.

A morte de Nahel, que será sepultado no sábado na cidade de Nanterre – onde residia e onde foi morto -, chocou boa parte do país e provocou a enérgica condenação da esquerda e de movimentos sociais, por considerarem que se tratou de um ato de racismo (era de ascendência argelina).

O Governo, que também criticou a morte do jovem às mãos da polícia, pediu que fossem cancelados os grandes atos culturais e festivos no país, por questões de segurança. Assim, os megaconcertos da cantora francófona Mylène Farmer agendados para o Estádio de França sexta e no sábado à noite não se realizarão, e outro grande evento musical, o festival FNAC Live Paris, terá a mesma sorte.

Também foram adiadas ou canceladas as tradicionais festas de verão das escolas francesas na populosa região de Paris. Em Marselha, as autoridades proibiram qualquer tipo de manifestação reivindicativa no centro da cidade esta sexta-feira à noite.

O executivo francês quer evitar a todo o custo que se repitam, com a morte de Nahel, os atos de vandalismo cujas imagens correram mundo em finais de 2005, quando uma onda de violência foi desencadeada pela morte de dois adolescentes eletrocutados ao fugirem à polícia num subúrbio parisiense.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, que afastou por enquanto a ideia de decretar o estado de emergência, considerou “injustificáveis” os atos violentos e pediu aos pais “responsabilidade”, para que os seus filhos não participem nos distúrbios.

Macron justificou tal apelo fazendo notar que um terço das pessoas detidas nos tumultos é menor de idade. Em paralelo, instou as plataformas que gerem as redes sociais a assumirem a sua quota-parte de responsabilidade e a ajudarem a identificar os organizadores de distúrbios ou os que fazem a apologia da violência.

Nesse sentido, o ministro do Interior e o ministro da Transição Digital, Jean-Noël Barrot, convocaram esta tarde para uma reunião com os representantes de redes sociais como Twitter, Snapchat e TikTok, entre outras.

45.000 agentes mobilizados para prevenir violência

O Governo francês anunciou esta sexta-feira que 45.000 agentes das forças de segurança foram mobilizados para prevenir episódios de violência no país nas próximas duas noites (sexta e sábado).

Numa entrevista ao noticiário noturno do canal TF1, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, anunciou esta mobilização e denunciou a violência “absolutamente inaceitável”, mas descartou a instauração do estado de emergência para acalmar a situação após a morte do jovem Nahel.

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Médicos anunciam greve nacional para 25, 26 e 27 de julho. Pizarro marca nova ronda negocial

  • Lusa
  • 30 Junho 2023

Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou uma greve nacional para 25, 26 e 27 de julho em protesto contra "a incapacidade" do Governo em "apresentar uma grelha salarial condigna".

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou esta sexta-feira uma greve nacional para 25, 26 e 27 de julho em protesto contra “a incapacidade” do Governo em “apresentar uma grelha salarial condigna”. O anúncio foi feito em conferência de imprensa pelo secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, na sede do sindicato, em Lisboa.

Entretanto, o Ministério da Saúde agendou para a próxima semana novas reuniões com os sindicatos dos médicos, após os últimos encontros previstos no protocolo negocial terem terminado sem acordo. O encontro com o SIM será realizado na quarta-feira.

Com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que tem uma greve agendada para 5 e 6 de julho e que no sábado reúne o seu Conselho Nacional para decidir novas formas de luta, o Ministério reúne-se nos dias 7 e 11 de julho.

Os dois sindicatos dos médicos tiveram esta sexta-feira, último dia do prazo previsto no protocolo negocial, novas reuniões negociais com o Ministério da Saúde sobre a valorização da carreira, mas as partes não chegaram a acordo.

Entre as várias matérias em negociação consta a revisão das grelhas salariais dos clínicos do Serviço Nacional de Saúde, que o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) consideram fundamentais para um acordo com o Governo.

Nos últimos meses, as duas estruturas sindicais têm criticado o Ministério da Saúde por não ter formalizado uma proposta concreta de aumentos salariais.

Com a demissão de Marta Temido no final de agosto de 2022, o processo negocial ficou pendente até novembro, quando se iniciaram formalmente as negociações, depois de os sindicatos terem criticado o “silêncio” da nova equipa do ministro Manuel Pizarro.

Na mesma altura, o ministro garantiu que partia para este processo com “espírito aberto” com o objetivo de valorizar as carreiras dos médicos, mas os sindicatos, logo nas primeiras reuniões, pediram celeridade ao Governo na concretização das suas propostas.

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Agricultura paga mais 90 milhões em apoios. Ainda faltam 35,2 milhões

Governo promete pagar mais 21 milhões aos agricultores nas próximas semanas, estando ainda pendentes 14,2 milhões de euros que podem ser desbloqueados com a atualização de dados.

Os agricultores vão receber 90 milhões de euros no âmbito do Pacto para Redução e Estabilização de Preços dos Bens Alimentares, assinado a 27 de março, estando prometidos mais 21 milhões para as próximas semanas. Em comunicado, o Ministério da Agricultura revela que estão ainda pendentes 14,2 milhões de euros, que podem ser desbloqueados, através da atualização de dados como, por exemplo, o número da Segurança Social, de Identificação Fiscal ou de beneficiário.

“O Ministério da Agricultura e da Alimentação procedeu à transferência [esta sexta-feira] de 90 milhões de euros para os agricultores no âmbito do Pacto para Redução e Estabilização de Preços dos Bens Alimentares, concretizando, assim, os três apoios previstos no referido pacto: apoio aos custos com energia (eletricidade verde), apoio ao consumo de gasóleo colorido e marcado e apoio excecional para mitigar o impacto dos custos de produção“, revela o Ministério liderado por Maria do Céu Antunes, em comunicado enviado às redações.

Até agora, os agricultores receberam 4,95 milhões de euros referentes ao Apoio Extraordinário aos Custos com a Energia, pagos a 31 de maio, e mais 18 milhões de euros pagos a 20 de junho referentes à segunda tranche do apoio ao gasóleo colorido, que correspondem a um apoio de 0,147 cêntimos por litro. Ambos foram estabelecidos no âmbito do pacto que prevê um total de 180 milhões de euros de ajudas aos agricultores, provenientes exclusivamente do Orçamento do Estado.

O Ministério da Agricultura avançou que, “durante as próximas semanas, serão transferidos mais 21 milhões de euros que complementam o pagamento agora anunciado”. No entanto, ainda estão pendentes 14,2 milhões de euros, “por situações que podem ser facilmente ultrapassadas, nomeadamente mediante a atualização de dados como, por exemplo, números de Segurança Social, de Identificação Fiscal e de Beneficiário”, diz o Ministério. Frisando que é “essencial que os agricultores verifiquem, com a maior brevidade possível, na área privada do IFAP, se a informação presente na identificação do beneficiário está correta e completa”.

Na mesma nota, a ministra da Agricultura defendeu que a “concretização da transferência” de 113 milhões de euros de apoios excecionais foi um “processo particularmente rápido”. “Menos de três meses, em que estiveram envolvidas várias instituições”, sublinhou Maria do Céu Antunes. Os agricultores têm uma visão diferente, já que tiveram de suportar o aumento dos fatores de produção desde março, quando foi assinado o pacto, sem qualquer apoio até à materialização no último dia de maio.

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National Geographic terá despedido os últimos jornalistas

Arevista deixará de ter edição em banca nos Estados Unidos a partir do próximo ano, avança o The Washington Post.

A National Geographic, a revista sobre ciência e natureza lançada há 135 anos, terá demitido os seus últimos redatores, refere o The Washington Post. Este que é o mais recente de um conjunto de cortes deverá envolver cerca de 19 trabalhadores, que terão sido notificados em abril.

Naquela que é uma rota que tem vindo a ser continuamente descendente, refere o jornal norte-americano, a revista terá assim terminado o seu funcionamento com jornalistas contratados, passando a funcionar com jornalistas em regime freelance.

Esta é a segunda onda de despedimentos nos últimos nove meses e a quarta de um conjunto de alterações que tiveram início em 2015. Em setembro foram despedidos seis editores chefe. Estes últimos cortes também terão incluído o departamento de áudio da revista.

Os alegados despedimentos parecem ter sido confirmados com os tweets de alguns dos jornalistas afetados, como Nina Strochlic, Eli Chen ou Craig Welch, que escreveu no Twitter que a mais recente edição da National Geographic continha aquele que era o seu último artigo, acrescentando que tinha sido uma “honra” trabalhar com jornalistas “incríveis” e poder contar histórias globais importantes.

Segundo o Washington Post, a revista também deixará de ser vendida em banca nos Estados Unidos a partir do próximo ano. No seu expoente máximo, a revista contou em 1980 com 12 milhões de subscritores apenas nos EUA, mas pelo final de 2022 contava unicamente com 1,8 milhões de subscritores.

Os trabalhadores que estão alegadamente de saída também terão revelado que foram reduzidos os contratos que permitiam aos fotógrafos passar meses em campo de modo a obterem as fotografias que ilustravam as páginas da revista, refere o Washington Post.

Ao Washington Post, Chris Albert, fonte da National Geographic, disse que as alterações não irão afetar os planos da empresa de continuar a publicar a revista mensalmente mas antes “dar-nos mais flexibilidade para contarmos histórias diferentes e encontrarmos as nossas audiências onde elas estão entre as várias plataformas”.

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Fitch sobe rating do Banco BPI em um nível para BBB+ e mantém outlook estável

Agência de notação de risco Fitch manteve ainda uma perspetiva de evolução estável para a dívida do banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa.

O Banco BPI fecha o mês de junho com uma boa notícia. De acordo com informação divulgada esta sexta-feira, a Fitch reviu em um nível o rating de risco creditício do Banco BPI, de BBB para BBB+

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco BPI revela também que a Fitch manteve uma perspetiva de evolução estável para a dívida do banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa.

“Esta decisão reflete a perspetiva da Fitch Ratings de que a integração do Banco BPI no
perímetro de resolução do grupo CaixaBank (single-point-of-entry) e o reforço sustentado de
buffers internos de dívida resultam numa maior probabilidade de apoio disponível para o
Banco BPI”, lê-se no comunicado.

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Os negócios de Ronaldo, o novo patrão dos media

Cristiano Ronaldo tem um vasto e diversificado património empresarial com negócios na estética, no turismo, no imobiliário, na moda, nas águas, no setor financeiro e agora também nos media.

Cristiano Ronaldo na inauguração do primeiro dos hotéis CR7 Pestana, no Funchal, a 1 de julho de 2016, resultante da parceria entre o grupo Pestana e o futebolista português. HOMEM DE GOUVEIA / LUSAHomem de Gouveia / LUSA

Cristiano Ronaldo (CR7) não é apenas um astro dentro das quatro linhas. O capitão da seleção das Quinas e o jogador com mais internacionalizações de sempre é também um investidor com uma carteira de participações empresariais vasta e bastante diversificada.

De acordo com uma pesquisa do ECO, CR7 é dono de um império empresarial composto por mais de uma dezena de participações diretas e indiretas em empresas nacionais a operar em diferentes setores de atividade, com particular foco no turismo e no imobiliário; e agora mais recentemente nos media, com a iminente concretização de aquisição de 30% do capital da Cofina Media, detida pela Cofina SGPS, como o ECO revelou esta sexta-feira.

No leque de empresas de Cristiano Ronaldo há duas que se destacam, por serem utilizadas como uma espécie de porta-aviões, por onde se estendem os maiores investimentos do atleta. Uma dessas companhias é a CR7 Lifestyle, uma unipessoal com mais de 20 milhões de capitais próprios que conta na gerência com três dos seus braços direitos: Hugo Aveiro, irmão de Cristiano Ronaldo; Miguel Paixão dos Santos, amigo de longa data de CR7; e Miguel Marques, o gestor que gere a fortuna do futebolista há muitos anos.

Segundo dados recolhidos pelo ECO, a CR7 Lifestyle agrega uma participação de 100% na CR7 Lifestyle Lisboa, a empresa detentora da unidade hoteleira Pestana CR7 Lisboa Hotel na capital portuguesa, e ainda uma participação de 50% na Pestana CR7 – Madeira Hotel Investimentos Turísticos, no Funchal.

O outro bastião do portefólio empresarial de Cristiano Ronaldo é a CR7 SA, uma sociedade anónima (anteriormente denominada de CR7 Unipessoal) que tem como presidente do conselho de administração Miguel Marques, sócio da sociedade de investimentos LMCapital.

Debaixo da CR7 SA, Cristiano Ronaldo tem uma posição de controlo sobre quatro empresas nacionais (Domum Septem, CR7 Footwear, 7Egend e Category Challenge – esta última está inativa desde 30 de abril de 2021) e posições minoritárias ou igualitárias em cinco empresas portuguesas e quatro companhias estrangeiras.

Deste leque de negócios destaca-se a participação de 50% na CR7 Marrakesh, a empresa dona do hotel do grupo Pestana em Marraquexe, e 50% do capital na Maravilha Décimal, a empresa que comercializa a Ursu9, a água alcalina que CR7 lançou recentemente em parceria com Francisco Ferreira, um empresário de Vizela dono do grupo Outeirinho.

Ainda sob a alçada a CR7 SA, Cristiano Ronaldo é sócio de Paulo Joaquim Silva Ramos na Insparya, uma empresa de transplantes capilares com operações em Portugal, Itália e Espanha; e na Recover Life, uma empresa do grupo Insparya que atua na intermediação de crédito.

São muitos os negócios, mas a preferência de CR7 está no imobiliário

Os investimentos empresariais de Cristiano Ronaldo alargam-se ainda à área dos eventos, através do controlo de 70% da Mussara (os restantes 30% pertencem ao irmão Hugo Aveiro), aos ginásios, com a rede de espaços CR7 Fitness by Crunch, através de uma parceria com os norte-americanos Crunch Fitness; e ainda à promoção e mediação imobiliária, por via de uma posição na sociedade mediadora Ponta de Lança.

No ramo imobiliário, Cristiano Ronaldo tem também sido um empresário fortemente empenhado e ativo. Entre os muitos imóveis detidos por CR7 está o apartamento na Avenida da Liberdade, avaliado em mais de oito milhões de euros, a casa de mais de seis milhões de euros no Reino Unido onde viveu quando alinhava pelo Manchester United, e moradia na exclusiva LaFinca de Pozuelo de Alarcón em Madrid, onde viveu durante as nove temporadas ao serviço do Real Madrid, avaliada em mais de 15 milhões de euros.

Cristiano Ronaldo é ainda dono da sociedade anónima Sessenta e Cinto Lote, empresa em que está registado o lote da Quinta da Marinha, zona em que está a ser construída a sua mais recente casa. Pelo meio ficou o apartamento na Trump Tower, em Nova Iorque, que Cristiano Ronaldo acabou por vender no ano passado com uma menos-valia considerável, após ter pago mais de 16 milhões de euros pelo imóvel em 2015.

Nos planos de CR7 está também um projeto residencial de 88 apartamentos na sua terra natal com o grupo Pestana. Em dezembro, Dionísio Pestana, em entrevista ao Negócios, revelou que o seu grupo pretendia arrancar com as obras do Pestana Residences CR7 no segundo semestre de 2024.

Trata-se de um projeto localizado na Praia Formosa num terreno de Cristiano Ronaldo. “Ele queria pôr o terreno no mercado porque tinha tido uma oferta. Mas aceitou o nosso convite para uma parceria 50-50 e fazer um projeto de imobiliário”, referiu o empresário madeirense fundador do maior grupo hoteleiro nacional.

Há sete anos que Cristiano Ronaldo e o grupo Pestana trabalham de mãos dadas. Desta parceria iniciada em 2016 resultaram, até ao momento, seis unidades hoteleiras com a marca CR7 e Pestana em seis cidades: Funchal, Lisboa, Madrid, Nova Iorque, Marraquexe e Paris (que ainda está em construção).

Uma marca que vale milhões em todo o mundo

Com um contrato de mais de 200 milhões de euros por ano até 2025 no clube de futebol saudita Al Nassr, é certo que CR7 continua a fazer fortuna no universo que o tornou conhecido mundialmente. No entanto, Cristiano Ronaldo é hoje uma marca que se estende para lá do mundo do futebol.

Isso é notório pela sua base de 850 milhões de seguidores nas redes sociais e pelos 90 milhões de euros que todos os anos fatura em contratos publicitários, segundo estimativas da Forbes.

Além da Nike, com quem tem um contrato vitalício no valor superior a 20 milhões de euros por ano — ao nível do celebrado pelo astro da NBA Lebron James e pelo já aposentado Michael Jordan –, CR7 é patrocinado por marcas como a Armani, Tag Heuer, LVMH, Egyptian Steel, Herbalife, PokerStars, Castrol, Clear, MEO e mais recentemente a Binance, a maior plataforma de criptomoedas do mundo.

O património de Cristiano Ronaldo tem crescido quase à velocidade dos golos e das assistências que o astro da Madeira tem produzido dentro das quatro linhas. No plano empresarial, os negócios vão do setor imobiliário e da construção à estética, ao turismo, às águas e à moda. São muitas empresas.

E a todo este património empresarial juntam-se milhões de euros todos os anos em salários e patrocínios que elevam a fortuna de Cristiano Ronaldo para lá da fasquia dos mil milhões de euros, segundo estimativas da Hurun Global Rich List. CR7 é assim uma das 3.112 pessoas no mundo com uma fortuna desta dimensão.

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Remorso após compra deixa 75% das pessoas ‘pelo menos um pouco chateadas’, revela estudo

53% referem que fazer uma comparação de preços pode ajudar a evitar o sentimento de remorso, enquanto 47% dizem que se sentiam com remorsos ao procurar pelos produtos.

O sentimento de remorso após uma compra afeta várias pessoas, sendo que 75% dizem que este remorso as faz sentir “pelo menos um pouco chateadas”. Quarenta por cento dizem mesmo sentir culpa durante um período que vai até a uma semana. As conclusões são de um estudo recente da Google e da Ipsos que inquiriu 1358 adultos norte-americanos.

Dois em cada cinco dos inquiridos afirmam ter-se arrependido depois de terem comprado algo em desconto, sendo que a razão do arrependimento entre maioria (62%) destes prende-se com o facto de não precisarem realmente do produto em questão.

Entre as outras razões para o sentimento de remorso, os inquiridos apontaram compras por impulso (42%), já ter demasiadas coisas (34%), ter encontrado depois o mesmo produto com um preço mais baixo (19%), não terem procurado tanto quanto deviam (17%) e não se terem incomodado em fazer comparação de preços com outras lojas (13%).

Mais de metade dos inquiridos apontou mesmo que já lhes aconteceu mais do que uma vez comprar um produto em desconto para depois mais tarde o encontrarem a um preço inferior noutro local.

Embora 53% refiram que fazer uma comparação de preços pode ajudar a evitar o sentimento de remorso, os restantes 47% dos inquiridos dizem sentir-se com remorsos ao procurar pelos produtos.

O estudo aponta ainda que 43% dos inquiridos procuram por ofertas quando faz compras online, sendo que poucos encaram um desconto de 10% como um bom negócio. Já quando se trata de um desconto entre 10% e 29% ou entre 30% e 49%, este é efetivamente visto como um bom negócio pela maioria dos inquiridos.

Entre as conclusões aponta-se ainda o facto de que 49% dos inquiridos admitem esperar um mês ou mais para fazer a compra de um produto não essencial, caso saibam que o conseguem comprar por um preço mais barato. Entre estas, 18% espera até às compras de final de ano para realizar a compra.

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Mais de 13 mil sócios do Benfica em fila de espera para comprar Red Pass

No ano passado o clube encarnado esgotou o Red Pass, vendendo 45 mil bilhetes de época para os jogos no estádio da Luz, altura em que criou a lista de espera para a compra de Red Pass.

A lista de espera para a renovação do Red Pass do Sport Lisboa e Benfica para a época 2023/24 ascende a mais de 13 mil sócios, revela o clube lisboeta.

O período de renovação para os sócios que já tinham Red Pass na época anterior abriu esta sexta-feira às 10h00 e decorre até dia 10 de julho.

O Red Pass permite ter um lugar no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, dando acesso aos jogos das competições nacionais, ou seja, aos jogos da Liga Portuguesa, da Taça de Portugal e da Taça da Liga. Os preços variam entre 96 e 420 euros.

Já o Red Pass Total, que também dá acesso às competições europeias, pode ser adquirido por valores entre os 148 e os 550 euros.

Os preços “foram definidos com base na assiduidade, em que os sócios com Red Pass que assistiram a mais de 80% dos jogos, na 2.ª volta, vão ter um preço menor que os que assistiram a menos de 80%”, explica-se no site do clube.

A renovação pode ser feita no site oficial, nas Benfica Official Stores e nas Casas do Benfica com sistema de bilhética.

No ano passado o clube encarnado esgotou o Red Pass, vendendo 45 mil bilhetes de época para os jogos no estádio da Luz, altura em que criou a lista de espera para a compra de Red Pass para a presente temporada.

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João Manso Neto ganha CEO Award. Alberto Castro tem prémio de carreira

Na 35ª edição dos IRGAwards 2023, o economista Alberto Castro foi distinguido com o Lifetime Achievement Award. Veja os momentos mais importantes do evento deste ano.

IRGA Awards 2023 - 08JUN23

João Manso Neto, presidente executivo do Greenvolt, ganhou a categoria de CEO Award na 35º edição dos prémios IRGAwards, promovido pela consultora Deloitte e que tem o ECO como parceiro de media. O vencedor do CFO Award foi
Rui Teixeira (EDP) e na categoria de IRO Award ganhou Cláudia Falcão (Jerónimo Martins).

Sustainability Initiative Award

  • O projeto vencedor do Sustainability Initiative Award da 35ª edição dos IRGAwards é: SIBS: Projeto MB Way Ser Solidário – “Ajudar é tão fácil”

Transformation Award

  • O projeto vencedor do Transformation Award da 35ª edição dos IRGAwards é: Navigator: Projeto From Fossil to Forest
IRGA Awards 2023 - 08JUN23
Lifetime Achievement Award: Alberto CastroHugo Amaral/ECO

 

Veja na fotogaleria alguns dos momentos da edição 2023 dos IRGA Awards

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SATA já transportou um milhão de passageiros e espera “novo recorde” em 2023

  • Lusa
  • 30 Junho 2023

A marca de um milhão de passageiros foi atingida cerca de dois meses mais cedo do que em 2022 e antes do prazo previsto para este ano.

As companhias de aviação da SATA já transportaram um milhão de passageiros este ano, o que representa um crescimento de 34% face ao período homólogo, revelou esta sexta-feira a transportadora, que espera atingir um “novo recorde” em 2023.

“As companhias aéreas do grupo SATA voltam a superar-se, ao atingirem a simbólica marca de um milhão de passageiros transportados em 2023, cerca de dois meses mais cedo do que em 2022 e antes do prazo previsto para este ano“, adianta o grupo em nota de imprensa.

Segundo a SATA, a “evolução representa um crescimento de 34% face ao período homólogo” de 2022, estando em “perspetiva” um “novo recorde” no número de passageiros transportados até ao final do ano.

“É esperado que o verão IATA de 2023 volte a confirmar a atração pelas rotas servidas pela SATA Air Açores e Azores Airlines, nomeadamente no arquipélago dos Açores que é o destino natural das duas companhias aéreas do grupo SATA, esperando-se alcançar um novo recorde de passageiros transportados”, lê-se no comunicado.

O grupo SATA integra a companhia Azores Airlines, que opera de e para fora dos Açores, e a SATA Air Açores, responsável pelas ligações interilhas.

Em 2022, as companhias aéreas do grupo açoriano já tinha atingido em 31 de julho um milhão de passageiros transportados naquele ano, dez semanas mais cedo do que em 2021 e dias antes do ocorrido em 2019.

Esta sexta-feira, o grupo de aviação açoriano realça que as companhias já tinham evidenciado em 2022 uma “retoma extraordinária”, evocando dados da Organização da Aviação Civil Internacional que colocam a SATA, “em termos de passageiros transportados, muito acima da Europa e do resto do mundo”, como uma variação de 14,5% de 2022 para 2019 (ano pré-pandemia de covid-19).

Segundo a SATA, os resultados decorreram do alargamento de acordos com parceiros aéreos, do aumento da disponibilidade de oferta ‘online’ através da presença em motores de busca de viagens globais e das ações de promoção, desenvolvidas ao longo de todo o ano, com operadores turísticos e agentes de viagens.

Em março, foi aberto o concurso para a privatização da Azores Airlines, com um período de 90 dias para a apresentação de propostas (até 20 de junho), prazo que foi, em maio, prorrogado até 31 de julho, na sequência de “pedidos informais e formais” de possíveis interessados, segundo o Governo Regional.

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Plano de Energia e Clima revisto com “grande ambição”. APA e DGEG reforçadas para acelerar licenciamento

"Já estamos a conversar com o Ministério das Finanças para reforçar os quadros da Agência Portuguesa do Ambiente e da Direção-geral de Energia e Geologia", adianta ao ECO o ministro Duarte Cordeiro.

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, avalia que o Plano Nacional da Energia e Clima (PNEC) “mostra uma grande ambição”, uma vez que prevê a duplicação da capacidade instalada renovável face ao dia de hoje e um aumento de 50% em relação à atual versão do PNEC. Os apoios estão a ser reavaliados e deverá existir um reforço nas equipas responsáveis pelo licenciamento dos projetos de energia.

Este crescimento deverá ser impulsionado sobretudo pela capacidade solar, quer a centralizada como a descentralizada. E na vertente eólica deverá ser conseguido o salto sobretudo com a substituição das torres eólicas existentes por outras mais potentes, indicou o ministro, em declarações ao ECO/Capital Verde, a propósito da revisão do PNEC, cuja primeira versão foi publicada esta sexta-feira.

Ao mesmo tempo, Duarte Cordeiro acredita que o Governo está a ser conservador no que diz respeito à ambição no eólico offshore, já que só planeia instalar, até 2030, dois dos dez gigawatts que deverão ser atribuídos em leilão — e também no que toca à bombagem. “Temos projetos que, se se concretizarem, ultrapassarão o PNEC”, afirma.

As metas delineadas na versão mais recente do PNEC são calculadas tendo por base, por um lado, a procura crescente que se prevê que exista para a energia limpa. Esta será motivada pelo crescimento da mobilidade elétrica, dos projetos de hidrogénio verde e também dos projetos económicos e industriais que estão a ser negociados pelo Ministério da Economia, “muito concentrados em Sines”, indica o ministro.

Por outro lado, a oferta também é naturalmente considerada, entre os leilões de energia solar previstos e os acordos coma REN ara o desenvolvimento de projetos solares. “Já temos assegurada uma parte significativa da energia que sinalizámos”, garante o governante.

Licenciamento com reforço na força de trabalho

Por outro lado, adiantou, o ministro diz que já está “conversar com o Ministério das Finanças no sentido de reforçar os quadros da APA [Agência Portuguesa do Ambiente] e da DGEG [Direção-geral de Energia e Geologia]“. Duarte Cordeiro não dá mais detalhes, já que decorre ainda o processo de negociação. O objetivo é criar mais capacidade para apoiar projeto os projetos de licenciamento.

Questionado sobre eventuais novos apoios ou incentivos, de forma a permitir a concretização das metas, o ministro afirma que está a ser analisado se aqueles que foram criados “são suficientes ou não”, referindo-se, por exemplo, ao apoio específico para municípios em função da capacidade renovável instalada.

Os trabalhos de revisão do Plano irão continuar nos próximos meses, tendo em vista a submissão de uma versão final à Comissão Europeia, até 30 de junho de 2024.

 

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VdA assessora a Arrow e a Norfin na compra dos Hotéis Dom Pedro no Algarve e Madeira

A equipa multidisciplinar da VdA envolvida na operação foi liderada pelos sócios Jorge Bleck, Tiago Correia Moreira e Pedro Corrêa de Oliveira. A TELLES assessorou o Grupo Saviotti.

A Vieira de Almeida (VdA) assessorou a gestora britânica Arrow e a Norfin na aquisição dos ativos do Grupo Hoteleiro Dom Pedro no Algarve e na Madeira. De acordo com informações recolhidas pelo ECO, o negócio foi avaliado em cerca de 250 milhões de euros.

A equipa multidisciplinar da VdA foi liderada pelos sócios Jorge Bleck, Tiago Correia Moreira e Pedro Corrêa de Oliveira das áreas de Corporate e M&A, Bancário & Financeiro e Imobiliário & Urbanismo, respetivamente.

Envolvidos na operação estiveram ainda a associada coordenadora Cristina Melo Miranda e o associado Francisco Estácio, ambos da equipa de Corporate M&A, e a associada coordenadora Lisa Ventura Lopes, da área de Imobiliário & Urbanismo.

Ao todo foram adquiridos seis hotéis: o Dom Pedro Portobelo, o Dom Pedro Marina e o Dom Pedro Vilamoura, em Vilamoura; o Dom Pedro Lagos, em Lagos; o Dom Pedro Machico e o Dom Pedro Garajau, ambos na Madeira. A que se juntam cinco campos de golfe em Vilamoura: Old Course, Pinhal, Laguna, Millenium e Victoria.

A TELLES assessorou o Grupo Saviotti. A equipa foi liderada por Mariana Ferreira Martins, sócia da área de Corporate, Transacional e Private Equity, contando ainda com a colaboração de Nuno Marques e Leonor Dias do Carmo, respetivamente of counsel e associada da mesma área.

(Notícia atualizada no dia 4 de julho)

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