CGTP considera “inadmissível” alargamento do horário das creches

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

Para a intersindical esta é "uma forma de dar mais poder às empresas na imposição de horários de trabalho excessivamente longos, desregulados e incompatíveis" com uma vida familiar equilibrada.

A CGTP-IN criticou esta sexta-feira o Governo pelo alargamento dos horários das creches, “em vez de colocar travão aos horários contínuos, por turnos e noturnos” que, na sua opinião, desregulam a vida dos trabalhadores.

As alterações à lei das creches anunciadas pelo Governo e que entraram em vigor na quinta-feira, contemplam, entre outras medidas o aumento do número de crianças por sala, permitem que estes estabelecimentos possam funcionar em permanência, incluindo à noite e aos fins de semana, desde que a criança não permaneça “por um período superior ao estritamente necessário” e apenas por motivos relacionados com a atividade laboral dos pais.

Em comunicado, a Confederação Geral de Trabalhadores (CGTP-IN) considera o alargamento generalizado dos horários das creches “completamente inadmissível, contradizendo o princípio pedagógico fundamental segundo o qual as crianças não devem permanecer na creche mais do que o tempo estritamente necessário”.

A frequência de creche, sendo importante no desenvolvimento mental e social das crianças, pode tornar-se nociva se se transformar num depósito permanente de crianças, deixadas por longos períodos e privadas do imprescindível contacto, cuidado e carinho diário dos pais”, defende a central sindical.

Para a CGTP-IN, esta não é uma medida de conciliação da vida profissional com a vida familiar, “mas uma forma de dar mais poder às empresas na imposição de horários de trabalho excessivamente longos, desregulados e incompatíveis com qualquer forma de equilíbrio entre tempo de trabalho e tempo de não trabalho”.

Não pode ser com medidas como estas que se deve alargar a capacidade de resposta das creches, cuja oferta é insuficiente para as necessidades, em vez de promover medidas de caráter paliativo, o Governo deve investir na criação de uma rede pública de creches, dando assim cumprimento generalizado ao princípio da gratuitidade já estabelecido e uma resposta adequada às efetivas necessidades das populações nesta área”, argumenta a central.

A CGTP-IN considera ainda que a ideia de que a existência de equipamentos de apoio à infância disponíveis em permanência resolve todos os problemas da conciliação e que, deste modo, os pais e mães ficam libertos para trabalhar todo o tempo que as empresas considerem necessário e adequado aos seus objetivos, “traduz uma visão da conciliação que só tem em conta os interesses das empresas e relega para segundo plano as necessidades das famílias e sobretudo das crianças, constituindo uma violência para elas”.

A CGTP-IN defende que para proteger os interesses das crianças “o que é preciso é a redução dos horários de trabalho, o combate firme ao uso abusivo da laboração contínua, do trabalho por turnos e noturno e a garantia do uso do direito a horários flexíveis para os pais de crianças até aos 12 anos.

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Governo holandês cai por divergências em políticas de imigração

  • ECO
  • 7 Julho 2023

O Governo holandês liderado por Mark Rutte colapsou depois de os partidos que compõe o Governo não terem chegado a acordo sobre um pacote relativo ao fluxo de refugiados.

O Governo holandês liderado por Mark Rutte caiu esta sexta-feira, depois de os quatro partidos que compõem o governo de centro-direita não terem chegado a acordo sobre um pacote de medidas destinadas a limitar o fluxo de requerentes de asilo aos Países Baixos, avança a AFP e a BBC, citando órgãos de comunicação locais.

A rutura deu-se depois do Partido Popular para a Liberdade e a Democracia, liderado por Mark Rutte, ter apresentado um pacote de medidas, tendo em vista dificultar a entradas de refugiados e que causou uma “grande rutura” na coligação, dado que dois partidos se recusam a apoiar as propostas, escreve o Político.

O primeiro-ministro defende um limite de 200 familiares de refugiados reunidos por mês e um período de espera de dois anos antes de poderem viajar para o país. Uma proposta que nem o partido D66, nem a União Cristã aceitaram.

Os quatro partidos que formam o governo nos Países Baixos reuniram-se de emergência esta sexta-feira, com o encontro a ser presidido por Mark Rutte, mas não conseguiram chegar a acordo, segundo as emissoras NOS e RTL e a agência de notícias holandesa ANP.

O governo holandês estava em funções há cerca de ano e meio, sendo que as novas eleições deverão realizar-se no outono, segundo a BBC. Recorde-se que Mark Rutte lidera os Países Baixos desde outubro de 2010, através de coligações diferentes, tornando-se o primeiro-ministro mais antigo da história do país.

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Líder parlamentar do PS sugere auditoria geral às contratações no Ministério da Defesa

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

"Se fosse ministro, faria uma auditoria geral aos processos de aquisição do Ministério da Defesa Nacional”, disse Brilhante Dias, que assinala que "os episódios repetem-se com alguma frequência".

O líder parlamentar do PS sugeriu esta sexta-feira que o Ministério da Defesa deverá fazer uma auditoria geral aos seus processos de contratação e aquisição, assinalando a existência de um padrão pouco claro e transversal a vários governos. Esta posição foi defendida por Eurico Brilhante Dias no programa da Rádio Renascença São Bento à Sexta, em que participa em debate com o presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento.

No período deste debate dedicado à demissão do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira – entretanto constituído arguido e alvo de buscas no âmbito do processo Tempestade Perfeita –, o líder da bancada do PS defendeu a tese de que “estes episódios em torno do Ministério da Defesa não são novos”.

Eurico Brilhante Dias recordou então o caso com os submarinos, que acabou arquivado, assim como outros casos passados relacionados com a aquisição de equipamentos militares, bem como o episódio em torno das obras no Hospital Militar de Belém, que envolveu o ex-diretor geral Alberto Coelho, que chegou a estar detido e foi constituído arguido.

“Devemos olhar com particular atenção para as aquisições na área da Defesa. Os episódios repetem-se com alguma frequência. Parece haver algum padrão. O conjunto das Forças Armadas e do Ministério da Defesa têm de olhar. Se fosse ministro, faria uma auditoria geral aos processos de aquisição do Ministério da Defesa Nacional”, declarou o líder parlamentar do PS.

Eurico Brilhante Dias ressalvou que não pretende tomar qualquer iniciativa política, mas frisou que se deve “perceber se os mecanismos são transparentes, onde podem ser melhorados e desenhar novos processos”.

Isto [no Ministério da Defesa] parece ser um padrão – um padrão em algumas circunstâncias pouco claro e transversal a governos. É uma ponderação que entendo que deve ser feita. As conclusões dos processos judiciais são as que são”, assinalou, numa alusão ao caso dos submarinos e a outras situações duvidosas que ocorreram no Ministério da Defesa.

No plano político, Eurico Brilhante Dias remeteu para o primeiro-ministro, António Costa, a eventual decisão de operar uma remodelação no Governo, mas rejeitou a existência de uma situação de instabilidade. “Do atual Governo, até agora, saíram dois ministros: o das Infraestruturas e Habitação] Pedro Nuno Santos] e a da Saúde Marta Temido], por motivos distintos. Isso não faz alterar políticas e objetivos de governação”, sustentou.

Pelo contrário, o líder parlamentar do PSD considerou que Marco Capitão Ferreira estava já numa situação de fragilidade política. “Mantemos o interesse em ouvi-lo assim como ao ministro João Gomes Cravinho. Em relação ao secretário de Estado, está na sua esfera de decisão ir ou não ao parlamento – até para sua própria defesa política deveria ir. Entendemos que o ministro da Defesa na altura dos factos deve ser chamado – e nós vamos chamá-los”, disse.

Joaquim Miranda Sarmento acentuou que o ministro dos Negócios Estrangeiros “já está fragilizado há muito, até pelo caso que envolve as obras no Hospital Militar” de Belém. “Quando achamos que o Governo vai ter um bocadinho de estabilidade há sempre uma nova situação. O primeiro-ministro não consegue sair deste caldo de irresponsabilidade, confusão e desnorte. Provavelmente, já não consegue recrutar para uma mudança que trouxesse alguma calma interna ao Governo”, afirmou.

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Junho foi o quinto mês mais quente dos últimos 92 anos em Portugal

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

O valor da temperatura média do ar situou-se em junho nos 21,92 graus Celsius, um aumento de 2,49 graus em relação ao valor normal dos anos 1971-2000.

O passado mês de junho foi “o quinto mais quente desde 1931” em Portugal continental e o mais quente de sempre a nível global informou esta sexta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Aquele organismo classifica o passado mês de junho como “muito quente” e “muito chuvoso” e sublinha que foi o quinto mais quente dos últimos 92 anos, com o valor da temperatura média do ar a situar-se nos 21,92 graus Celsius (ºC), um aumento de 2,49 graus em relação ao valor normal dos anos 1971-2000.

O valor mais alto de sempre de temperaturas em junho registou-se em 2004, com um valor médio de 23,25º C. O IPMA adianta que o valor médio da temperatura máxima do ar, 28,03 °C, foi superior ao valor normal, +2,68 °C correspondente ao nono valor mais alto desde 1931, enquanto o valor médio da temperatura mínima do ar (15,80 °C) foi mais 2.31 °C superior à normal, sendo o terceiro mais alto desde 1931.

Durante o mês verificaram-se, valores diários da temperatura do ar, acima do valor médio mensal, refere o IPMA, destacando que “o período muito quente de 23 a 30, com quatro dias consecutivos (23 a 26) com desvios da temperatura máxima superiores a 7 °C e da temperatura mínima superiores a 5 °C”.

Ocorreu uma onda de calor com duração de seis a sete dias que abrangeu as regiões do interior Norte e Centro e a região Sul. Em relação à precipitação, em junho passado registou-se um total de 47.9 mm, o que corresponde a 149 % do valor normal, sendo o terceiro mais alto desde o ano 2000, acrescenta o instituto.

Durante o mês destaca-se a primeira quinzena, que esteve sob condições meteorológicas caracterizadas por instabilidade atmosférica, com destaque para as regiões do Norte e Centro e em particular as zonas interiores“, lembra. De acordo com o índice de seca PDSI (Palmer Drought Severity Índex), no final de junho registou-se uma diminuição da área em seca meteorológica e da sua intensidade, afirma o IPMA.

As áreas em seca severa e extrema diminuíram nas regiões do Vale do Tejo e do Alentejo, no entanto, na região do Algarve aumentou a área em seca extrema. A 30 de junho, 85 % do território estava em seca meteorológica, dos quais 26% estava nas classes de “seca severa” e “extrema”.

A nível global, o passado mês de junho foi o mais quente de sempre, com a temperatura média global a ser 0,53 °C superior ao valor médio 1991-2020, superando o junho de 2019, o anterior mais quente. “Na Europa, o valor médio da temperatura média do ar foi superior ao valor médio 1991-2020 (0,74 °C)”, acrescenta o IPMA.

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Portal das matrículas dos alunos já funciona

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

A tutela decidiu alargar o prazo de inscrição dos alunos que transitam para o 5.º ano, mas ainda não indicou os novos prazos.

O Ministério da Educação informou esta sexta-feira que o portal das matrículas já está a funcionar, após um problema informático que impediu os encarregados de educação dos alunos que transitam para o 5.o ano de fazerem a matrícula. Numa informação à Lusa, fonte oficial do Ministério da Educação referiu que o portal já se encontra em funcionamento desde o meio da tarde.

Devido a este problema, a tutela decidiu alargar o prazo de inscrição dos alunos que transitam para o 5.º ano, mas ainda não indicou os novos prazos.

A inscrição dos alunos que terminaram o 4.º ano começou na quinta-feira e tinha como prazo limite o dia 10 de julho, segunda-feira, mas vários encarregados de educação relataram à Lusa que o portal das matrículas estava a bloquear a meio, não permitindo concluir o processo.

As matrículas são exigidas para os alunos que mudam de ciclo de ensino ou que pretendam mudar de escola e, neste momento, estão a decorrer apenas as inscrições dos estudantes que vão para o 5.º ano.

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Generali compra gestora de ativos à maior seguradora de Taiwan

  • ECO Seguros
  • 7 Julho 2023

O grupo italiano acaba de comprar o braço de investimentos da Cathay Life, a maior seguradora Vida de Taiwan. Os ativos sob gestão da Generali atingem agora os 775 mil milhões de euros.

A Generali Investments (GIH), sub-holding do grupo segurador italiano para a gestão de investimentos, acaba de adquirir à Cathay Life, a empresa Conning e suas afiliadas especializadas em gestão de ativos para seguros e outros clientes institucionais.

O acordo foi estabelecido por 10 anos e vai permitir aumentar o total de ativos sob gestão da Generali para 775 mil milhões, valor comparável a três vezes o PIB de Portugal.

A Conning e as filiadas Octagon Credit Investors, Global Evolution e Pearlmark gerem atualmente cerca de 144 milhões de euros de ativos para seguradoras, e outros investidores institucionais essencialmente na Ásia e Estados Unidos. Como contrapartida a Cathay Life ficará com uma posição – sujeita a ajustamentos – de 16,75% no capital da GIH.

A Cathay Life Insurance é líder no mercado Vida em Taiwan e parte da Cathay Financial Holding, uma das maiores financeiras da ilha, com ativos totais de 392,8 mil milhões de dólares. As principais subsidiárias da empresa incluem, para além da Cathay Life Insurance, a Cathay United Bank, a Cathay Century Insurance, Cathay Securities, Cathay Securities Investment Trust e Cathay Venture.

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Musk ameaça processar Meta devido ao lançamento do Threads

O Twitter ameaçou processar a Meta, acusando-a de "apropriação indevida de segredos comerciais" do Twitter e outras propriedades intelectuais" para criar o Threads.

Numa carta dirigida ao CEO e fundador da Meta, Mark Zuckerberg, o Twitter ameaçou processar a dona do Facebook, acusando-a de “apropriação indevida de segredos comerciais” da rede social e outras propriedades intelectuais” para criar o Threads.

No documento, citado pelo Expansión, o advogado do Twitter acusa a Meta de “apropriação indevida sistemática, intencional e ilegal de segredos comerciais do Twitter e outras propriedades intelectuais”.

A empresa detida por Elon Musk acusa ainda a Meta de ter contactado com “dezenas” de ex-funcionários do Twitter com acesso a informações altamente confidenciais sobre a plataforma e encarregá-los de os ajudar na criação do Threads.

Recorde-se que desde que Elon Musk assumiu as “rédeas do Twitter”, a empresa já cortou cerca de dois mil postos de trabalho. Por sua vez, o porta-voz da Meta negou as acusações, garantindo que nenhuma das pessoas que ajudou a desenvolver o Threads trabalhou anteriormente para o Twitter.

A Meta, que é proprietária das redes sociais Instagram e Facebook e da aplicação móvel de mensagens e chamadas WhatsApp, lançou na quinta-feira o Threads, um aplicação rival do Twitter. Desde então, a aplicação já ultrapassou a barreira dos 30 milhões de perfis.

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Trabalhadores do handling da Ryanair em greve no fim de julho e início de agosto

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

A greve dos trabalhadores de assistência em terra da Ryanair está marcada para os dias 30 e 31 de julho e 5 e 6 de agosto.

Os trabalhadores da Ryanair/Groundlink, que prestam assistência em terra (handling) à companhia aérea low-cost, convocaram uma greve total nos dias 30 e 31 de julho e 5 e 6 de agosto, além de uma paralisação parcial até outubro.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) adiantou que “foi entregue hoje um pré-aviso de greve para as empresas Ryanair e Groundlink, a todo o trabalho suplementar, com início às 00:00 do dia 24 de julho de 2023 e até 31 de outubro de 2023, bem como paralisação total nos dias 30 e 31 de julho e 05 e 06 de agosto”.

O sindicato acusa a empresa de recuar em matérias já acordadas, no contexto das negociações para a assinatura de um acordo de empresa (AE). “Em março de 2023 foram retomadas as negociações (interrompidas pela pandemia em 2020) com vista à assinatura de um acordo de empresa entre a Ryanair/Groundlink e o Sitava”, referiu.

Segundo o sindicato, as negociações decorreram até final de abril “num espírito construtivo que criou expectativa”, com o “objetivo de ser celebrado o acordo de empresa até final de abril, com aplicação de imediato no mês de maio”. No entanto, não tendo sido possível assinar o AE até final de abril, “estabeleceu-se como objetivo que o mesmo ocorresse até final de maio, o que também se revelou impossível”.

Depois disso, “no dia 21 de junho, surpreendentemente, a empresa recuou em inúmeras matérias pecuniárias já acordadas, o que consideramos configurar má-fé negocial”, disse o Sitava, que, “num sinal de boa-fé”, comunicou “à empresa a sua disponibilidade para assinar o AE até 7 de julho [hoje], nos termos que já estavam discutidos e acordados pelas partes”.

Na ausência de resposta positiva da empresa, não resta aos trabalhadores outra alternativa que não seja lutarem pelos seus direitos”, lamentou.

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Professores marcam primeira greve do próximo ano letivo para 6 de outubro

O secretário-geral da Fenprof anunciou que, na ausência de respostas do Governo às principais reivindicações, os docentes vão manter a contestação e marcou uma greve para 6 de outubro.

A plataforma de nove organizações sindicais de professores assegurou esta sexta-feira que a contestação se irá manter no próximo ano letivo, na ausência de respostas do Governo, e anunciou a primeira greve para 06 de outubro.

As organizações sindicais, que incluem as federações nacionais dos Professores e da Educação (Fenprof e FNE) estiveram esta sexta-feira reunidas durante a manhã, em Lisboa, para fazer um balanço do ano letivo e decidir como continuar a luta a partir de setembro.

“Os problemas principais têm afetado os professores e, no fundo, ao afetarem os professores têm implicação na própria forma como a escola se organiza e na qualidade que as aprendizagens dos alunos se dão”, admitiu o secretário-geral da Fenprof, em conferência de imprensa.

Mário Nogueira lamentou que durante este ano letivo “nenhum dos problemas” tivesse “sido resolvido”, dando como exemplo a recuperação do tempo de serviço e a falta de professores nas escolas. “O dossier do tempo de serviço será encerrado quando os professores autorizarem a ser encerrado. E só autorizarão quando tiverem recuperado o seu tempo de serviço”, insiste.

Recorde-se que o Ministério da Educação recusou devolver o tempo de serviço que está congelado, mas avançou com um diploma que visa corrigir as assimetrias decorrentes dos dois períodos de congelamento da carreira. Este diploma foi aprovado em maio, sendo que o Presidente da República tem até ao final de julho para decidir se se promulga, veta ou envia para o Tribunal Constitucional. Marcelo já pediu uma “solução equilibrada” e enviou questões ao Governo, tal como fez com o diploma dos concursos.

Perante a ausência de respostas do Governo às principais reivindicações, o secretário-geral da Fenprof garante que a contestação vai continuar no próximo ano letivo. “No próximo mês de setembro teremos de ter um debate com os colegas sobre como vamos lutar ao longo pelo ano”, referiu Mário Nogueira, acrescentando que até já darão ao Ministério da Educação tempo para ver se “está disponível para resolver os problemas por via negocial”.

“Se não estiver a primeira semana de outubro vai ser uma semana de forte de luta dos professores”, apontou Mário Nogueira, referindo que a primeira greve nacional já está agendada para 6 de outubro, depois do Dia Mundial do Professor, que se assinala na véspera.

Ainda assim, não descarta “outras greves nessa semana e outras ações de luta” que se vão prolongar até à discussão do Orçamento de Estado para 2024.

(Notícia atualizada com mais informação às 19h12)

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Streetwear é a roupa mais usada por portugueses nos festivais

A Klarna, perante a aproximação do Super Bock Super Rock (13 a 15 de julho), festival que patrocina, "desafia os participantes a arrojarem nos seus looks, apostando nas tendências do momento".

A moda streetwear é o principal estilo de roupa escolhido pelos portugueses para levar a um festival (53%), seguido de roupa original (47%). Com a geração Z a eleger os itens humorísticos e divertidos (55%) como a principal aposta de look, os óculos de sol (42%) são os mais eleitos como o acessório que não pode faltar.

Estas são algumas das conclusões de um estudo da Klarna, que refere que os portugueses estão no pódio dos que mais participam em festivais, juntamente com os americanos e os finlandeses. Embora a geração mais jovem se destaque pela presença mais assídua, 42% dos portugueses em geral planeiam ir a um festival.

A Klarna, perante a aproximação do Super Bock Super Rock (13 a 15 de julho), festival do qual é patrocinadora, “desafia os participantes a arrojarem nos seus looks, apostando nas tendências do momento“, refere em nota de imprensa.

O marca de pagamentos e serviços de compras, convida ainda todos os presentes a participarem nas principais tendências do TikTok, entre as quais destaca #RaveGirl (238k visualizações), #FestivalOutfit (182k visualizações) ou #FestivaFashion (166k views) em Portugal.

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Fundo soberano da Noruega aumenta participação na EDP para 5,06%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Julho 2023

A posição do Norges Bank na elétrica portuguesa vale agora 910 milhões de euros, o que torna o fundo soberano da Noruega no quinto maior acionista da EDP.

O Norges Bank, fundo soberano da Noruega, elevou a sua participação na EDP de 2,21% para 5,06%, segundo a informação enviada esta sexta-feira pela empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“No dia 6 de julho de 2023, o Norges Bank comunicou à EDP, nos termos do artigo 16.º do Código dos Valores Mobiliários, que aumentou a respetiva participação para 5,06% do capital social e dos respetivos direitos de voto da EDP”, lê-se no comunicado, que indica ainda que “o patamar de 5% foi ultrapassado pela referida sociedade no dia 5 de julho de 2023”.

O fundo soberano da Noruega detém agora direitos de voto sobre 211.862.946 ações da elétrica portuguesa e torna-se, assim, o quinto maior acionista da empresa, depois da China Three Gorges (20,86%), da espanhola Oppidum Capital (6,82%), da gestora de ativos norte-americana Blackrock (6,82%) e o fundo de pensões Canada Pension Plan Investment Board (5,61%).

Com uma capitalização em bolsa de, atualmente, 18,2 mil milhões de euros, a posição do Norges Bank na EDP está agora avaliada em 910 milhões de euros.

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Lula da Silva confirmado em Bruxelas para cimeira da UE com América Latina

  • Lusa
  • 7 Julho 2023

A agenda da cimeira entre a UE e a América Latina ainda tem arestas para limar, entre as quais a presença do presidente ucraniano ou a referência à guerra no comunicado final.

O Presidente do Brasil, Lula da Silva, confirmou a sua presença na cimeira da União Europeia (UE) com os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), este mês em Bruxelas, disseram à Lusa fontes diplomáticas.

De acordo com as fontes diplomáticas europeias, o Presidente brasileiro confirmou esta quinta-feira oficialmente que participará presencialmente naquela que será a primeira reunião de alto nível entre os dois blocos em oito anos, prevista para 17 e 18 de julho em Bruxelas.

Fontes comunitárias já haviam dito à Lusa que o Brasil, enquanto maior país da CELAC, teria de estar presente neste encontro, em que se pretende um reforço das relações europeias com a América Latina.

A preparação da cimeira UE-CELAC esteve esta sexta em cima da mesa na reunião dos representantes permanentes dos Estados-membros da UE, em Bruxelas, e nessa ocasião foi discutida a possibilidade de convidar o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a juntar-se ao encontro, mas ainda não se sabe se isso acontecerá e de que forma poderia acontecer (se via participação digital ou presencialmente).

Isto porque, adiantaram as fontes diplomáticas europeias à Lusa, esta é uma questão complexa para os países da América Latina, e, “para que a cimeira seja um sucesso, toda a gente precisa de estar acordo”. No início desta semana, num encontro com jornalistas europeus (incluindo a Lusa) em Madrid a propósito da presidência espanhola do Conselho da UE, fontes do executivo espanhol disseram esperar um “elevada participação” da América Latina nesta cimeira UE-CELAC.

Depois de oito anos sem reuniões de alto nível, a cimeira da UE com a CELAC, juntará dentro de duas semanas os 27 líderes dos Estados-membros europeus e, espera-se, dos 33 países da América Latina e Caraíbas, além dos presidentes das instituições europeias.

Para Madrid, a cimeira será, além do maior evento da presidência espanhola, uma janela de oportunidade para todos os países, principalmente da América Latina, com destaque para o maior país da região, o Brasil, dada a mudança na Presidência brasileira e a sua maior abertura ao mundo e à Europa. A ideia é nesta ocasião firmar uma declaração conjunta com uma referência ao acordo da UE-Mercosul, o Mercado Comum do Sul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, mas segundo um rascunho consultado pela Lusa não há qualquer menção específica.

Em vez de mencionar o acordo da UE-Mercosul, o rascunho mais atualizado dessa declaração conjunta apenas indica que “a ratificação e a correta aplicação dos acordos existentes são uma prioridade”. Ainda assim, a expectativa é que a cimeira seja um ponto de partida para eventuais desenvolvimentos durante este semestre na conclusão do acordo UE-Mercosul, que abrange 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população do mundo.

O acordo comercial foi estabelecido pelas partes em 2019, altura em que foram concluídas as negociações, mas a sua ratificação está paralisada por causa das reservas ambientais e também por receios comerciais de países europeus.

No seu todo, a região da América Latina e Caraíbas é responsável por mais de 50% da biodiversidade do planeta, representando também 14% da produção mundial de alimentos e 45% do comércio agroalimentar internacional líquido. É ainda uma potência para energias renováveis, com as fontes alternativas a serem responsáveis por cerca de 60% do cabaz energético da região. Espanha assume a presidência do Conselho da UE neste segundo semestre de 2023.

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