Carolina Afonso é a nova Chief Digital & Marketing Officer dos hotéis Valverde

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  • 6 Fevereiro 2025

Nos últimos dois anos e meio CEO do Gato Preto em Portugal e Espanha, Carolina Afonso regressa à área do marketing e digital, agora na Estoril 802, gestora de hotéis de luxo.

Carolina Afonso, até este mês CEO do Gato Preto em Portugal e Espanha, é a nova chief digital & marketing officer da Estoril 802, grupo que gere os hotéis Valverde Hotel Lisboa & Garden, Valverde Santar Hotel & Spa e Valverde Sintra Palácio de Seteais.

Nesta função, a profissional será responsável pelas áreas de eCommerce, Marketing e IT, com o objetivo de impulsionar a transformação digital e fortalecer a presença da empresa no setor hoteleiro em Portugal e nos mercados internacionais onde opera, descreve a empresa. “Com a integração de Carolina Afonso, a Estoril 8023 reforça o seu compromisso com a inovação digital e a excelência no setor da hotelaria de luxo, visando proporcionar experiências únicas e memoráveis aos seus hóspedes bem como nas insígnias multimarca que a marca trabalha”, descreve o grupo.

É um desafio que faz todo o sentido no meu percurso profissional, desde sempre ligado à alta direção nas áreas de gestão, marketing e IT. Chegou a hora de mudar de setor. É com enorme entusiasmo que me mudo para a Avenida da Liberdade e que assumo este novo desafio na Estoril 8023. Acredito que a inovação aliada à tecnologia e ao marketing desempenham um papel crucial no setor hoteleiro, e estou motivada para contribuir para o crescimento e consolidação das marcas do grupo”, acrescenta, citada em comunicado, a também professora do ISEG/Universidade de Lisboa.

Carolina Afonso foi CEO do Gato Preto em Portugal e Espanha de setembro de 2022 até agora, após cerca de um ano como diretora de marketing. Antes, e durante cerca de 15 anos, foi diretora de marketing da Toshiba Printin Soultions, Asus, Konica Minolta. É também professora no ISEG/Universidade de Lisboa e coordenadora de vários cursos no ISEG Executive Education, autora de vários livros e diretora da Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing (APPM).

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BCP teve “melhor ano” do século no crédito a jovens

Miguel Maya explicou que as medidas públicas de apoio aos jovens levou a um “aumento da procura muito expressivo” por crédito da casa no ano passado.

Em 2024, o BCP teve o “melhor ano” na produção de crédito à habitação no segmento mais jovem desde 2001, revelou o CEO do banco, Miguel Maya, explicando que as medidas do Governo, como a isenção de IMT, levaram a “um aumento da procura muito expressivo” da parte dos clientes mais jovens.

“Foi talvez o melhor ano de produção para este segmento desde 2001”, adiantou esta quinta-feira Miguel Maya na conferência Observatório do Imobiliário, que decorreu em Lisboa.

Para Miguel Maya, não há uma solução simples para o problema da habitação em Portugal, mas referiu que podia ter sido “minimizado” se as políticas públicas tivessem antecipado que o tema da falta de casas ia surgir. “Era evitável, pelo menos era possível ter sido minimizado. Sabíamos quantas pessoas iam chegar ao mercado de trabalho”, reclamou o líder do BCP.

Sobre a garantia pública para apoiar os jovens na compra de casa, o presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa revelou que a procura se tem concentrado sobretudo em Lisboa e no Porto, onde “o preço por metro quadrado está além da zona vermelha”. “Isto leva a que muitos dos jovens que nos procuram tenham ajuda de alguém” quando vão pedir um financiamento ao banco, nomeadamente dos pais.

Pediu ainda para se atuar com rapidez no tema da falta de habitação para evitar um aumento das tensões sociais. “É dos assuntos em que não há partidos, ideologias, não há lados. E o tempo urge”, disse.

João Pedro Oliveira e Costa avisou para não “apontarem os canhões” contra os bancos, pois têm capacidade financeira para apoiar quer a construção promovida pelo Estado, quer aquela que seja promovida pelo setor privado. “Há capital nos bancos para apoiar”, disse.

Miguel Maya sugeriu que se ponderasse a medida macroprudencial do prazo máximo do crédito à habitação. “As macroprudenciais são muito relevantes. Mas tudo carece de afinação, porque a realidade altera-se. (…) Aqui acho que deve haver afinação”, apontou.

Na mesma ocasião, o presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, considerou que “é preciso intervir no preço dos terrenos para as casas terem um custo menor e da libertação de terrenos para casas”.

Temos um défice [de casas] significativo para os jovens e para os imigrantes sobretudo num segmento de preços médios. É preciso ver para que segmento estamos a orientar”, frisou o responsável máximo do banco público.

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Trabalhadores com IRS Jovem descontam sobre a parte salarial não isenta de imposto. Fisco explica as regras

Instruções da AT determinam que deve ser aplicada a taxa de retenção habitual sobre a parcela não isenta. Por exemplo, um jovem no quarto ano de atividade a ganhar 1.800 euros deve reter 65 euros.

Trabalhadores por conta de outrem até aos 35 que beneficiem do novo regime do IRS Jovem devem descontar sobre a parte salarial não isenta de imposto, aplicando a taxa de retenção na fonte habitual para a totalidade dos rendimentos, segundo um novo ofício-circulado da Autoridade Tributária, publicado esta quinta-feira, com as regras de aplicação das tabelas de retenção na fonte. Estas novas instruções surgem depois de terem sido suscitadas várias dúvidas e alertas designadamente por parte da Ordem dos Contabilistas Certificados.

O ofício anterior da AT já esclarecia que a taxa de retenção teria de ser a mesma que já era aplicada para o salário inteiro. Mas agora vem reforçar essa regra com um exemplo: um jovem solteiro e sem filhos que esteja no quarto ano de atividade com um ordenado de 1.800 euros brutos mensais deve descontar 65 euros e não zero, de acordo com a fórmula apresentada pelo Fisco. Se não optasse pela aplicação do IRS Jovem, iria reter 262 euros.

Os trabalhadores que estejam abrangidos pelo novo IRS Jovem que dá uma isenção de entre 100% e 25% até 55 vezes o Indexante dos Apoios sociais, isto é, até aos 28.737,5 euros anuais, em 2025, não precisam de esperar pelo acerto de contas com o Fisco na primavera do próximo ano para sentir o alívio fiscal previsto nesse regime. Podem pedir já às empresas para as quais trabalham para fazer refletir essa benesse na retenção na fonte de IRS, tal como já tinha explicado ao ECO fonte oficial do Ministério das Finanças. Isto significa que os jovens podem ver o seu rendimento líquido subir já todos os meses.

Mas, nos últimos dias, a bastonária da Ordem dos Contabilistas, Paula Franco, alertou que um trabalhador com um salário de 1.500 euros e uma retenção de 186 euros, depois de pedir às entidades empregadoras para aplicar as isenções do novo IRS Jovem nos descontos que faz mensalmente, viu-se confrontado com uma taxa de retenção de zero, arriscando-se a pagar imposto no próximo ano, quando até agora tinha direito a reembolso.

“Aquando da entrega da declaração modelo 3 no ano seguinte, poderá ter de pagar cerca de 700 euros. Caso opte por não fazer a retenção reduzida, no final vai recuperar uma boa parte daquilo que tinha retido, ou seja, neste caso, cerca de 1.700 euros”, escreveu Paula Franco nas redes sociais.

A própria AT reconhece que se tem “verificado, em determinadas situações, que o cálculo da retenção na fonte mensal não está ajustado ao imposto devido a final, com a emissão da respetiva nota de liquidação, pelo que, reponderado o assunto, importa emitir novas instruções“, lê-se na circular assinada pela subdiretora-geral para área dos impostos sobre rendimento, Helena Pegado Martins.

E apresenta um exemplo: “Uma empresa recebe a informação de um seu trabalhador que reúne as condições para beneficiar do regime do IRS Jovem e que o ano de 2025 corresponde ao quarto ano de obtenção de rendimentos. Como deve proceder no cálculo da retenção na fonte, tendo em conta que o trabalhador é solteiro, sem filhos e que o rendimento bruto mensal sujeito a retenção na fonte (incluindo a parte isenta) é de 1.800 euros?”

O Fisco explica que, “na determinação do valor de retenção, a empresa deve apurar a taxa de retenção que seria devida para a totalidade do rendimento e aplicar apenas à parte que não esteja isenta”.

“No caso concreto, a uma remuneração de 1.800 euros corresponde uma taxa marginal máxima de 32% e uma parcela a abater de 313,99 euros, donde resulta um montante de retenção de 262,01 euros (1.800,00 euros x 32% – 313,99 euros = 262,01 euros) e uma taxa efetiva de retenção de 14,56% (262,01 euros ÷ 1.800,00 euros = 14,56%)”, mostra a AT.

Uma vez que 2025 corresponde ao quarto ano de isenção, 75% do rendimento do trabalhador não paga imposto. Ou seja, a parte isenta do salário é de 75%: 1.350 euros. Este valor é inferior ao limite mensal isento, de 2.052,68 euros, tendo em conta que o benefício do IRS Jovem abrange rendimentos até 55 IAS, que corresponde, este ano, a 28.737,50 euros. Dividindo esse montante por 14 meses, dá então os 2.052,68 euros.

Neste caso, o trabalhador pode então beneficiar do máximo da isenção que tem direito: 1.350 euros, indica a AT. Assim, apenas 450 euros do seu salário terão de ser tributados. Sobre esse valor deve-se então aplicar a taxa de retenção habitual, de 14,56%, o que significa que “a retenção na fonte será 65 euros (450 euros x 14,56% = 65,52 euros)”, segundo as contas da Autoridade Tributária.

Apesar destas novas instruções, o ofício da AT, publicado em julho de 2023, já esclarecia que, “sendo beneficiário do IRS jovem, a entidade que proceda à retenção na fonte dos rendimentos deve aplicar a taxa de retenção […] para a totalidade dos rendimentos, incluindo os isentos, apenas à parte dos rendimentos que não esteja isenta, consoante o ano”.

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Máquinas paradas em Boticas é “uma batalha ganha” para opositores à mina de lítio

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

Proprietários dos terrenos abrangidos pela servidão administrativa para prospeção de lítio vivem "um dia de festa". Os “donos do território” chamaram a GNR para exigir a retirada das máquinas.

Com as máquinas da Savannah paradas esta quinta-feira em Covas do Barroso, Boticas, os proprietários dos terrenos abrangidos pela servidão administrativa para prospeção de lítio mostram-se satisfeitos pela “batalha ganha”, embora reconheçam que a suspensão pode ser temporária.

“Para nós é um dia de festa, para nós é uma batalha ganha, embora seja por poucos dias, não sabemos o que o tribunal irá decidir, mas para nós é uma vitória”, afirmou Benjamim Gonçalves, de 65 anos.

Benjamim foi um dos proprietários que interpôs a providência cautelar contra a servidão administrativa emitida pelo Ministério do Ambiente, que deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, e que levou hoje à suspensão dos trabalhos.

O despacho de admissão da providência suspende todos os trabalhos na área de servidão até decisão futura do tribunal.

“Assim não pode ser, temos que os travar, depois logo se irá ver, o tribunal terá que ter uma decisão”, salientou Benjamim Gonçalves, referindo que, mal a servidão administrativa foi emitida, em dezembro, as máquinas da Savannah entraram no seu terreno, cortando árvores e abrindo estradões de terra batida e um buraco.

E aos “donos do território”, que são os residentes, fazem “umas peripécias destas”. “Julgo que, pelo menos, por uns dias, isto irá parar e depois logo iremos ver o que o tribunal irá decidir”, disse Benjamim Gonçalves.

Um cartaz onde se lê “Não à Mina” em protesto contra a existência de minas a céu aberto em Covas do Barroso, concelho de Boticas, 12 de janeiro de 2019. A população de Covas do Barroso, em Boticas, receia que a mina de lítio a céu aberto vá esventrar os montes e prejudicar a atividade agrícola e apícola e, por isso, uniu-se para travar o projeto. PEDRO SARMENTO COSTA/LUSAPEDRO SARMENTO COSTA/LUSA

A secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, emitiu um despacho, publicado a 06 de dezembro em Diário da República, que autoriza a constituição de servidão administrativa, pelo prazo de um ano, o que permite à empresa Savannah aceder a terrenos privados para a prospeção de lítio.

Esta decisão foi contestada por proprietários afetados e autarcas.

Aida Fernandes, da comunidade dos baldios de Covas do Barroso, disse que a decisão do tribunal dá “um certo alento”. “Afinal vale a pena lutar e vale a pena defender o que é nosso e a maneira como as coisas foram feitas, como fomos bombardeados. Não bastou sermos atacados por uma servidão administrativa, que não faz sentido, passados poucos dias foi a ameaça de expropriação por parte da empresa. Ou seja, é toda uma tentativa de nos intimidar, amedrontar e de nos fazer desistir”, realçou.

Considerou também que é “uma vitória” chegar hoje aos terrenos e ver “todas as máquinas paradas”.

Um grupo de pessoas percorreu os terrenos onde decorriam os trabalhos da Savannah, num deles encontrou alguns trabalhadores que garantiram estar a recolher o material e equipamento para irem embora.

A responsável explicou que foi chamada a GNR ao local porque exigem a retirada das máquinas dos terrenos. “Estamos com a GNR para fazer uma referenciação das áreas, caso eles não tirem as máquinas, para comunicar ao tribunal. Que usem a mesma rapidez, que usaram para entrar, para sair”, frisou.

O marido de Maria Loureiro, 57 anos, foi também um dos proprietários que avançou com a providência cautelar para, segundo explicou, impedir que “continuem a estragar os terrenos” e “que abusem”.

“Isto é uma destruição, como estamos a ver. Destroem tudo sem terem pena nem dó de ninguém e temos de tentar porque estes terrenos fazem-nos falta, foram deixados pelos nossos antepassados, outros comprados e fazem-se falta porque vivemos da agricultura”, realçou.

É nestes terrenos que pasta o gado que cria e onde retira a lenha e, por isso, Maria disse que tem que zelar pelo que é seu. “Para já é uma vitória, embora vamos ver depois o resultado”, afirmou Maria Loureiro, sublinhando que, para já, estão a conseguir atrasar o processo.

A Savannah Resources confirmou que já foi notificada da providência cautelar contra a servidão administrativa que lhe permitia fazer prospeção mineira de lítio em Boticas, tendo interrompido os trabalhos.

“Confirmamos que fomos notificados da providência cautelar. Já a esperávamos e com normalidade a acatamos. As equipas no terreno pararam já temporariamente o trabalho que têm vindo a fazer nos últimos dois meses, estando hoje apenas a fazer manobras de segurança”, respondeu ao ECO.

Na mesma resposta, a Savannah refere que “a providência cautelar é um direito estabelecido na lei, tal como as suas consequências para todos”. “Com serenidade, trataremos este processo como os tantos outros já intentados pelo mesmo grupo opositor, e esperamos regressar ao trabalho rapidamente”, conclui a resposta.

A Lusa contactou o Ministério do Ambiente e Energia e aguarda resposta.

Após o anúncio da servidão administrativa, em dezembro, a empresa Savannah Resources anunciou poder “retomar o trabalho de campo e as perfurações necessárias” para o estudo definitivo (DFS) e o processo de conformidade ambiental do projeto lítio do Barroso, prevendo concluir estas etapas em 2025.

A empresa prevê iniciar a produção em 2027. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.

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Mais de cinco mil migrantes inscritos para formação e estágios no turismo

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

Mais de 5.000 migrantes inscreveram-se no Programa Integrar para o Turismo. Destes, 1.299 serão agora selecionados, em função das vagas disponibilizadas pelas empresas.

Mais de cinco mil migrantes, oriundos de 75 países, inscreveram-se no Programa Integrar para o Turismo, para 1.299 vagas abertas por 329 empresas candidatas, informou hoje o Turismo de Portugal, em comunicado.

“As 329 empresas que aderiram ao Programa de Formação e Integração de Migrantes e Beneficiários de Proteção Internacional no Setor do Turismo, uma das medidas do programa governamental Acelerar a Economia, disponibilizam 1.299 vagas para estágios”, indicou a autoridade turística. O programa vai, assim, formar e integrar 1.299 migrantes, e não 1.000, como estava inicialmente previsto.

Segue-se agora a fase de seleção dos 5.378 migrantes que se candidataram, oriundos de 75 países, sobretudo Brasil, Angola, Índia, Nepal, Paquistão e Bangladesh.

Segundo o Turismo de Portugal, Lisboa foi o distrito com maior número de candidatos (1.821), seguindo-se o Porto (931) e Setúbal (567). Mais de metade dos candidatos tem o equivalente ao ensino secundário, 59% são do sexo feminino e 41% do masculino.

As áreas mais representadas são a hotelaria, restaurante/bar, padaria e pastelaria, restauração, alojamento local, turismo em espaço rural e turismo de habitação, ‘catering’ e animação turística.

Após a seleção, vão ser constituídos 40 grupos com 25 migrantes cada um, para a fase de formação que vai decorrer em toda a Rede de Escolas do Turismo de Portugal e, eventualmente, em cidades onde, não havendo aquelas instituições, seja possível fechar parcerias para o efeito.

Os estágios nas empresas começam em 01 de junho, sendo que, até final de outubro, todos os estágios têm de se ter iniciado.

Para o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, citado na mesma nota, esta iniciativa, “ao reforçar a qualificação da mão de obra e, simultaneamente promover a inclusão social, vem contribuir não só para o fortalecimento da competitividade e resiliência das empresas do setor, mas também torna Portugal num destino ainda mais sustentável, inovador e atrativo”.

Já o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, destacou “a adesão significativa ao programa” e salientou que “num período marcado por desafios demográficos e de recursos humanos em diversas áreas de atividade, esta iniciativa reforça a importância do turismo como um motor de inclusão e desenvolvimento económico, beneficiando tanto os trabalhadores como as empresas que os acolhem”.

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França tem 35 locais prontos para acolher ‘data centers’

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

A ministra francesa para a inteligência artificial (IA) e tecnologias digitais afirmou que o país tem 35 locais "prontos" para acolher centros de dados. Paris prepara-se para acolher cimeira sobre IA

A ministra francesa para a inteligência artificial (IA) e tecnologias digitais, Clara Chappaz, afirmou esta quinta-feira que França tem 35 locais “prontos” para acolher data centers.

Estes locais ocuparão cerca de 1.200 hectares no total e a sua localização no território francês será revelada na cimeira mundial sobre a IA organizada em Paris na próxima semana por iniciativa do Presidente Francês, Emmanuel Macron.

França vai acolher nos dias 10 e 11 de fevereiro de 2025 a Cimeira de Ação sobre Inteligência Artificial (IA), que reunirá na capital francesa líderes governamentais, organizações internacionais, académicos, artistas e membros da sociedade civil com intuito de debater sobre a temática.

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Países Baixos proíbem funcionários públicos de usar aplicação chinesa DeepSeek

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

O Governo dos Países Baixos proibiu os funcionários públicos de utilizarem a aplicação chinesa de inteligência artificial, por risco de espionagem.

O Governo dos Países Baixos proibiu os funcionários públicos de utilizarem a aplicação chinesa de inteligência artificial DeepSeek, por ser sensível à espionagem.

A medida foi transmitida esta quinta-feira depois de, na semana passada, a Autoridade de Proteção de Dados holandesa ter instado os cidadãos a serem cautelosos ao introduzirem informações pessoais e sensíveis na plataforma digital.

A ordem governamental foi enviada pelo secretário de Estado para a Digitalização, Zsolt Szabó, a todos os funcionários públicos holandeses, sublinhando que o DeepSeek é uma aplicação sensível à espionagem dos utilizadores.

De acordo com a estação pública dos Países Baixos, NOS, o Executivo receia que as informações partilhadas pelos utilizadores do DeepSeek possam ser armazenadas e acabar na posse do governo da República Popular da China.

Por este motivo, a Autoridade de Proteção de Dados alertou na passada sexta-feira sobre os riscos da utilização da aplicação de inteligência artificial DeepSeek.

“Seria sensato que as pessoas se perguntassem se querem realmente introduzir informações pessoais e outras informações sensíveis nesta aplicação”, alertava na semana passada o organismo estatal.

Além disso, a Autoridade de Proteção de Dados apelou à cautela na introdução de qualquer tipo de informação privada também de terceiros.

“Se carregarmos os dados de outras pessoas, eles vão parar ao mesmo sítio na China. Talvez sem o conhecimento da outra pessoa e muito menos sem consentimento”, acrescentava a Autoridade de Proteção de Dados.

Desde que o DeepSeek lançou o seu modelo R1, a 20 de janeiro, a aplicação chinesa, caracterizada pelo seu código aberto e pelos baixos custos de desenvolvimento, tem estado no topo das tabelas de descarregamento de aplicações gratuitas.

A aplicação também é criticada pela censura, recusando-se a comentar questões controversas como o Massacre de Tiananmen de 1989 ou mesmo sobre o Presidente da China, Xi Jinping.

O mesmo fenómeno verificou-se com outras aplicações digitais de conversação chinesas, como se verificou em 2023, o mesmo ano em que Pequim regulamentou estes serviços para respeitarem os “valores socialistas fundamentais”.

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Conselho Regional de Lisboa lança plataforma digital para encontrar advogados

O Pod Advogar é uma plataforma que permite aos cidadãos procurar serviços de advogados por prática e localização. O objetivo é atingir os 17 mil advogados de Lisboa e depois o resto do país.

O Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (OA) lançou o Pod Advogar, uma plataforma que permite aos cidadãos procurar serviços de advogados por prática e localização. Segundo o órgão, o objetivo é atingir os 17 mil advogados de Lisboa, “esperando alcançar cerca de 10.000 profissionais já este ano”.

“O Conselho Regional de Lisboa vai disponibilizar esta plataforma aos restantes conselhos regionais espalhados pelo país, pelo que esta ferramenta de divulgação de profissionais e serviços está preparada para ser utilizada por todos os advogados inscritos na Ordem dos Advogados”, explicam em comunicado.

Esta plataforma de pesquisa de advogados por área de prática e localização é de acesso público e gratuita. Para os advogados, o Pod Advogar permite a criação de um perfil, onde poderão colocar todas as suas informações.

“A disponibilização deste tipo de produtos digitais aos advogados e a todo o público em geral cria uma plataforma onde os advogados podem aceder e acelerar todos os processos de interação com o Conselho, manterem-se informados de temas relevantes para a sua atividade diária, acompanhando o ritmo vertiginoso das novas tecnologias“, revela o presidente do órgão João Massano.

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Grupo Paulo Duarte investe 11 milhões para renovar e aumentar frota de camiões

A transportadora de mercadorias com sede em Torres Vedras comprou 120 novos veículos para modernizar e melhorar a sustentabilidade da frota.

O grupo de transportes Paulo Duarte fez um investimento de 11 milhões de euros na compra de 120 novos veículos para modernizar e melhorar a sustentabilidade da frota. A aquisição deve-se à estratégia da empresa para melhorar a segurança e eficiência dos seus transportes e torná-los mais amigos do ambiente.

Os primeiros camiões desta nova encomenda já foram entregues e a previsão é que, até ao final do primeiro semestre deste ano, toda a nova frota esteja em circulação. “A nossa ambição é seguir a rota de crescimento do grupo e, para isso, assumimos o investimento na sustentabilidade como um fator de diferenciação e aumento de eficiência”, começou por explicar o CEO do grupo Paulo Duarte.

“Temos apostado significativamente em novas tecnologias, que já nos permitem monitorizar, gerir e tomar decisões mais eficazes na nossa operação e na renovação da nossa frota, tornando-a mais eficiente e com menor impacto ambiental”, comentou Gustavo Paulo Duarte, numa nota de imprensa.

A empresa de transporte de mercadorias, uma das maiores em Portugal, tem também previsto abrir uma nova base operacional no concelho de Almeirim ainda neste primeiro trimestre de 2025, depois de investir quatro milhões de euros para dar resposta ao “forte crescimento” que verificado nesta zona do país (distrito de Santarém).

Fundada em 1946, a Paulo Duarte tem sede no Ramalhal, em Torres Vedras, emprega aproximadamente 1.300 pessoas e tem mais de 2.000 viaturas para fazer transporte nacional e internacional de energia, líquidos alimentares, e-commerce, logística e distribuição.

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Caixa já aprovou 300 milhões ao abrigo da linha de garantia pública

Paulo Macedo adianta que, em cerca de um mês, a Caixa já aprovou pedidos ao abrigo da linha de Estado para os jovens que ascendem a 300 milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) adianta ao ECO que já aprovou 1.630 pedidos ao abrigo da garantia pública no crédito à habitação para jovens, correspondendo a um montante total de empréstimos para a compra de casa de 304 milhões de euros.

“Temos aprovadas 1.630 operações de crédito ao abrigo da Garantia Pública, com um valor total de 304 milhões de euros”, esclareceu o banco público ao ECO.

Esta manhã, na conferência Observatório do Imobiliário, em Lisboa, Paulo Macedo referiu que a Caixa já tem “mais processos aprovados do que os valores que estão contratualizados na garantia, embora a execução seja lenta.

Com base nas declarações do CEO da Caixa, foi noticiado inicialmente que o banco tinha esgotado a sua quota de 257 milhões de euros na linha do Estado, mas o banco esclareceu entretanto que o valor dos processos já aprovados corresponde à totalidade dos créditos aprovados no âmbito da linha, não tenho ainda usado toda a quota atribuída.

“Dado que a garantia era de 257 milhões para a Caixa, o valor total de crédito total para estas operações (304 milhões) já ultrapassou o montante reservado para ser concedido em garantia, mas não esgotou o montante da garantia pública que a Caixa pode usar, pois esta representa apenas 15% dos 304 milhões, cerca de 45 milhões”, explicou fonte oficial do banco.

Desde o final do ano passado que os bancos estão a aceitar pedidos de crédito para a compra de casa no âmbito da linha de garantia de Estado no valor de 1,2 mil milhões de euros.

Além da Caixa, mais 17 bancos aderiram à linha de garantia do Estado que se destina a a jovens entre os 18 e os 35 anos que pretendam adquirir a sua primeira habitação própria permanente.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já mostrou disponibilidade para aumentar a linha da garantia em caso de haver forte interesse da parte do mercado.

(Notícia atualizada às 15h53 com esclarecimento do banco sobre a garantia pública)

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Banco de Inglaterra volta a cortar taxas de juro em 25 pontos base

O banco central de Inglaterra reduziu a taxa de juro da libra para 4,5%, numa altura em que a economia britânica apresenta sinais de estagnação e está sob um ambiente de pressões inflacionistas.

O Banco de Inglaterra anunciou esta quinta-feira uma nova redução da sua taxa de juro de referência em 25 pontos base, passando de 4,75% para 4,5%. Esta decisão, amplamente antecipada pelos mercados, marca apenas o terceiro corte desde o início da pandemia em 2020.

Esta decisão, tomada pelo Comité de Política Monetária na reunião de 5 de fevereiro, marca mais um passo na gradual retirada do estímulo monetário implementado durante o período de alta inflação. “É importante adotar uma abordagem gradual para a flexibilização”, referiu Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra, no decorrer da conferência de imprensa após o anúncio da decisão do Comité de Política Monetária, notando ainda a expectativa que possa reduzir ainda mais a taxa de referência num futuro próximo.

Em comunicado, o Banco de Inglaterra revela que a decisão não foi unânime, com sete membros do Comité de Política Monetária a votarem a favor do corte de 25 pontos base, enquanto dois membros preferiam uma redução mais acentuada de 50 pontos base, para 4,25%. Esta divisão reflete as diferentes perspetivas sobre o ritmo adequado de normalização da política monetária.

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A entidade liderada por Andrew Bailey justifica esta decisão com o “progresso substancial na desinflação ao longo dos últimos dois anos, à medida que os choques externos anteriores recuaram e a postura restritiva da política monetária conteve os efeitos de segunda ordem e estabilizou as expectativas de inflação a longo prazo”.

O Banco de Inglaterra sublinha que este progresso permitiu “retirar gradualmente algum grau de restrição política, mantendo a taxa bancária em território restritivo de modo a continuar a eliminar pressões inflacionistas persistentes”.

Andrew Bailey revelou inclusive que “a tendência para a desinflação está instalada”, notando inclusive que “os dados sugerem que as empresas estão relutantes em repercutir os custos nos preços aos consumidores.”

A decisão do Banco de Inglaterra surge num contexto económico complexo para o Reino Unido, com o governador do Banco de Inglaterra a assumir que”o contexto é de enfraquecimento da atividade económica.”

Os dados mais recentes mostra que a economia britânica tem apresentado sinais de estagnação desde meados de 2024, que tem sido pressionada por vários fatores. Incluindo o aumento de impostos sobre as empresas anunciado pela ministra das Finanças, Rachel Reeves, e os receios de uma guerra comercial global liderada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Por outro lado, as pressões inflacionistas persistem, limitando a margem de manobra do governador Andrew Bailey e dos seus colegas do Comité de Política Monetária.

A política monetária terá de continuar a permanecer restritiva durante tempo suficiente até que os riscos de a inflação regressar de forma sustentável à meta de 2% no médio prazo se tenham dissipado ainda mais.

Banco de Inglaterra

Comunicado do Comité de Política Monetária de 6 de fevereiro2025

A inflação no Reino Unido atingiu 2,5% no quarto trimestre de 2024, aproximando-se da meta de 2% definida pelo governo. No entanto, o banco central alerta que “custos globais de energia mais elevados e alterações reguladas de preços deverão empurrar a inflação do IPC para 3,7% no terceiro trimestre de 2025, mesmo que se espere que as pressões inflacionistas domésticas subjacentes continuem a diminuir”.

O crescimento da economia britânica tem sido mais fraco do que o esperado, com o Banco de Inglaterra a notar que “o crescimento do PIB foi mais fraco do que o esperado na altura do Relatório de Política Monetária de novembro, e os indicadores de confiança empresarial e do consumidor diminuíram“. Apesar disso, o banco central prevê uma recuperação a partir de meados deste ano.

O mercado de trabalho em Inglaterra continua a mostrar sinais de abrandamento, com os membros do Comité de Política Monetária a considerarem que está “amplamente equilibrado”. No entanto, o banco central observa que “o crescimento da produtividade tem sido mais fraco do que anteriormente estimado, e o Comité considera que o crescimento da capacidade de oferta da economia enfraqueceu”.

Em comunicado, o Banco de Inglaterra revela novamente uma abordagem cautelosa para as próximas reuniões do Comité de Política Monetária, afirmando que é apropriado manter “uma abordagem gradual e cuidadosa para a retirada adicional da restrição da política monetária”. O banco central sublinha que “a política monetária terá de continuar a permanecer restritiva durante tempo suficiente até que os riscos de a inflação regressar de forma sustentável à meta de 2% no médio prazo se tenham dissipado ainda mais”.

Esta decisão do BoE ocorre num contexto de incerteza global, com o banco a notar que “houve já um aumento da incerteza económica a nível global e um aumento da volatilidade dos mercados financeiros” em resposta a várias políticas anunciadas pela administração dos EUA.

O corte da taxa de juro pelo Banco de Inglaterra reflete um equilíbrio delicado entre o controlo da inflação e o apoio ao crescimento económico. O banco central mantém-se vigilante, pronto para ajustar a sua política conforme necessário para garantir a estabilidade dos preços e apoiar a economia britânica num ambiente global incerto.

(Notícia atualizada às 13h12 com declarações de Andrew Bailey)

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Savannah confirma suspensão da prospeção de lítio em Boticas. “Esperamos regressar ao trabalho rapidamente”

Na sequência de uma providência cautelar interposta por proprietários de terrenos aos quais o Governo autorizou o acesso à Savannah, em Boticas, a empresa suspendeu os trabalhos no local.

A Savannah Resources confirma que foi notificada da providência cautelar que dita uma interrupção dos trabalhos de prospeção de lítio no terreno e que efetivamente suspendeu os trabalhos, mas espera regressar “rapidamente”.

Os proprietários interpuseram uma providência cautelar contra o Ministério do Ambiente, de forma a suspender a servidão administrativa que permitia à Savannah Resources fazer prospeções mineiras em terrenos de aldeias de Boticas.

Esta ação avançou após a secretária de Estado Energia ter assinado um despacho, publicado a 6 de dezembro, que autoriza a constituição de servidão administrativa, pelo prazo de um ano, o que permite à empresa Savannah aceder a terrenos privados para a prospeção de lítio.

Com serenidade, trataremos este processo como os tantos outros já intentados pelo mesmo grupo opositor. Esperamos regressar ao trabalho rapidamente”, escreve a Savannah Resources, em resposta ao ECO/Capital Verde.

As equipas no terreno pararam já temporariamente o trabalho que têm vindo a fazer nos últimos dois meses, estando hoje apenas a fazer manobras de segurança.

Fonte oficial da Savannah Resources

A empresa afirma que já esperava esta ação — “um direito estabelecido na lei” — e diz que recebeu esta ordem “com normalidade”. “As equipas no terreno pararam já temporariamente o trabalho que têm vindo a fazer nos últimos dois meses, estando hoje apenas a fazer manobras de segurança”, descreve fonte oficial.

A providência cautelar foi entregue no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, segundo um comunicado da associação Unidos em Defesa de Covas de Barroso (UDCB). Contactado pela Lusa, o presidente, Nelson Gomes, explicou que foram três proprietários que interpuseram a providência cautelar para travar a servidão, mas que o efeito suspensivo abrange todos os terrenos afetados pela decisão governamental.

Contactado, o ministério do Ambiente afirma que estas são “questões administrativas, que seguirão o seu curso, o qual tem de ser respeitado” e portanto, para já, não fará mais comentários.

(Notícia atualizada às 16h34 com a reação do ministério do Ambiente)

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