Subscrição de serviços de streaming atinge novo máximo em Portugal com 42,2% de assinantes

  • + M
  • 10:28

O valor representa uma subida de um ponto percentual no universo de subscritores de plataformas de streaming vídeo.

A subscrição de serviços de streaming em Portugal atingiu um novo máximo, com 42,2% da população a assinar deste tipo de serviços, entre janeiro e abril.

Segundo os dados do BStream, estudo da Marktest, este valor representa uma subida de um ponto percentual no universo de subscritores destas plataformas, quando comparado com a última vaga comparável do ano passado, referente ao período entre março e junho de 2024.

Consequência direta da crescente penetração de serviços de streaming em Portugal, o indicador referente à intenção de subscrição no curto prazo mantém a tendência de quebra”, indica a Marktest, apontando que o universo de portugueses que assumia a intenção de subscrever um serviço deste tipo nos próximos três meses atingiu o valor mais baixo dos últimos dois anos, recuando para 559 mil portugueses.

No que respeita aos serviços de streaming a que admitem aderir, as preferências dos portugueses vão para a Netflix, Disney+, Max, Prime Video e Apple TV, segundo o estudo que recolhe 1500 entrevistas mensais, com publicação bimestral de acumulados quadrimestrais móveis (acumulação de 6000 entrevistas).

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J+Legal assessora fundo BlueCrow em operação de cotação na Euronext

Esta operação de admissão à cotação contou com o apoio jurídico da J+Legal. A equipa da firma foi coordenada pelo senior associate Lourenço Côrte-Real.

A sociedade de advogados J+Legal assessorou o BlueCrow Growth Fund I na operação de listing e cotação na dona da bolsa de Lisboa Euronext, tendo o fundo sido admitido à cotação com uma valorização de cerca de 167 milhões de euros. A cerimónia institucional de “toque do sino”, que representa a admissão à cotação, teve lugar no dia 14 de julho.

Esta operação de cotação assinala o primeiro registo de um fundo de capital de risco no mercado Euronext Access Lisboa, tendo sido admitidas à negociação cerca de 99 milhões de unidades de participação”, refere o escritório em comunicado.

Esta operação de admissão à cotação contou com a colaboração de diversas entidades, tendo a J+Legal prestado a assessoria jurídica. A equipa da firma foi coordenada pelo senior associate Lourenço Côrte-Real e contou com a participação dos associados Carolina Serrano Correia, Francisca Lee, José Afonso Caiado e Assunção Brandão Mira.

O BlueCrow Growth Fund I destina-se a impulsionar pequenas e médias empresas com elevado potencial de crescimento em setores estratégicos para a economia nacional nos setores industrial, agropecuário e hospitalidade.

Do lado do Fundo, a coordenação do projeto de cotação esteve a cargo de António Mello Campello, em colaboração com o head of legal Fernando Mendonça de Lima, do investment manager Manuel Cabral Ogando e do analista André Lince Núncio.

O partner António Mello Campello descreve este marco como “histórico”, acrescentando “reflete não apenas a evolução da atividade do Fundo, mas também a crescente sofisticação do ecossistema de investimento nacional”.

Já do lado da Euronext, a operação foi acompanhada pela CEO Isabel Ucha e por Rita Albuquerque. A equipa da Carmo & Cerqueira, enquanto listing sponsor, foi coordenada pelo partner José Carmo e contou com a colaboração de Joana Barros e de Bruno Abreu.

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Lucros do Banco de Fomento recuam 18% para 8,9 milhões de euros no semestre

Os lucros consolidados recuaram de 10,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2024 para 8,9 milhões de euros no mesmo período deste ano, numa altura marcada pela descida das taxas de juro.

Os lucros consolidados do Banco Português de Fomento (BPF) alcançaram os 8,9 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, o que revela uma descida de 18% em comparação com o resultado líquido de 10,9 milhões no primeiro semestre de 2024, num período marcado pela descida das taxas de juro.

Banco Português de Fomento apresenta resultados do 1.º semestre de 2025 - 17JUL25
Banco Português de Fomento apresenta resultados do 1.º semestre de 2025Hugo Amaral/ECO

De acordo com a apresentação do banco liderado por Gonçalo Regalado, esta quinta-feira, a margem financeira recuou de 9,6 milhões de euros no primeiro semestre de 2024 para 6,2 milhões de euros no mesmo período este ano. Já as comissões cresceram para 17,4 milhões de euros face aos anteriores 15,7 milhões de euros.

O produto bancário acabou por descer para 24,8 milhões de euros em comparação com 26,2 milhões de euros. Isto num período em que os custos operacionais subiram para 11,7 milhões de euros, face a 10 milhões no período homólogo.

Esta evolução é influenciada pelos números individuais do BPF. A entidade revela que, em termos individuais, o resultado líquido foi de oito milhões de euros, abaixo de 11,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2024 mas acima dos 5,5 milhões orçamentados.

Já a margem financeira desceu para 5,3 milhões de euros, face a 9,4 milhões de euros no mesmo período do ano anterior. O valor orçamentado era de 6,3 milhões de euros.

As comissões cresceram, passando de 11,7 milhões para 13,6 milhões de euros, num período marcado pela aceleração da execução. O produto bancário recuou para 19,9 milhões, face a 23,8 milhões de euros.

Os custos operacionais aumentaram para 9,3 milhões de euros, face a 7,6 milhões. Esta subida deve-se aos custos com pessoal, com o banco a “reforçar áreas de controlo interno”. Já os gastos gerais e administrativos registaram um crescimento “residual”.

“Nunca seremos um banco multimilionário nos resultados”, disse Gonçalo Regalado, isto porque não vão aumentar comissões ou “multiplicar a margem de crédito e de depósitos no nosso balanço”.

“Ser um banco soberano é ser um banco de impacto”, que cria emprego, apoia as exportações e alavanca a economia, concluiu.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h31)

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EUA vão proibir amarração de cabos submarinos com tecnologia chinesa

Regulador das comunicações norte-americanas está a planear a proibição da amarração de cabos submarinos que tenham equipamentos ou tecnologia chinesa, alegando ameaças à cibersegurança.

O regulador das comunicações dos EUA está a preparar novas regras que irão proibir a amarração de cabos submarinos no país que contenham tecnologia ou equipamentos de origem chinesa.

“Temos visto infraestrutura de cabos submarinos ameaçada nos últimos anos por adversários estrangeiros, como a China. Estamos, portanto, a tomar medidas para proteger os nossos cabos submarinos contra a propriedade e o acesso por adversários estrangeiros, bem como contra ameaças cibernéticas e físicas”, diz num comunicado o líder da Federal Communications Commission (FCT), Brendan Carr, citado pela Reuters.

Os cabos submarinos são ligações de fibra ótica que ligam continentes através do fundo do oceano. Nos últimos anos, os EUA têm vindo a alertar e a apertar o cerco a tecnologia chinesa, nomeadamente nas redes 5G, por receios de espionagem e riscos de cibersegurança.

A decisão, a avançar, é relevante para Portugal na medida em que o país tem vindo a ser considerado um importante ponto de amarração de cabos submarinos, atividade que o Governo português também pretende promover, em conjugação com a captação de novos centros de dados para o país. Sines e Carcavelos são duas das localizações onde têm amarrado alguns dos cabos mais recentes com ligação ao território português.

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Bordallo Pinheiro lança 11 novas sardinhas. Conheça os autores

  • ECO
  • 10:00

Cor, um toque de Portugal (como é hábito) e, desta vez, também, a criatividade de Herman José, João Pedro Lam, Bárbara Guimarães ou Ricardo Carriço.

É uma das peças mais reconhecidas da cerâmica Bordallo Pinheiro e tem nova coleção. A fábrica das Caldas da Rainha acaba de lançar uma nova coleção – Sardinha by Bordallo Pinheiro 2025. São 11 novos desenhos, em 100 exemplares, que combinam cor, humor e criatividade.

Desta vez, a Bordallo Pinheiro lançou o desafio a 10 autores portugueses, de diversas áreas:

  • Bárbara Guimarães, com Lambona, presta homenagem à sardinha assada no pão — crocante, irresistível e cheia de sabor português
  • Herman José, autor de Smile, apresenta uma sardinha feita de sorrisos e energia positiva, numa celebração da alegria de viver;
  • Ricardo Carriço, com Sardinha da Sorte, evoca amuletos, fé e esperança, propondo uma peça que convida à união e ao otimismo;
  • Hiroshi Thiago Homma, em Robot, reflete sobre os limites entre o biológico e o artificial, na era da tecnologia;
  • Jessica Antonini, com Mermaid, inspira-se nas sereias mitológicas, símbolo de fascínio e melancolia;
  • João Pedro Lam, em Tin Toy, reinventa a sardinha como brinquedo de lata, numa homenagem vintage;
  • José Carlos Ferreira, com uma sardinha rodeada de andorinhas e girassóis, celebra a leveza da primavera e a alegria solarenga;
  • Manuel Bandeira Duarte, com Sonho Bordalliano, percorre a história da marca desde 1884, em ilustrações cronológicas;
  • Maria do Rosário Mota Calado, autora de Estrada para o Mundo, presta tributo à epopeia dos Descobrimentos num projeto feito com a filha;
  • Vanda Oliveira, que assina duas peças: Sardinhando, sobre o gesto de dar as mãos como símbolo de afeto e resistência, e Tigre, uma fusão surpreendente entre sardinha e camarão, bem colorida e lúdica.

A fábrica das Caldas da Rainha, fundada por Raphael Bordallo Pinheiro em 1884, mantém assim a tradição de colaborações com artistas portugueses, uma estratégia clara desde a sua aquisição pelo Grupo Visabeira, em 2009. Nomes como Joana Vasconcelos, VHILS, Paula Rego, Estúdio Campana e Vik Muniz, entre outros, já colaboraram com a Bordallo Pinheiro.

Cada peça da coleção está disponível nas lojas Bordallo Pinheiro, Vista Alegre e na loja online, pelo preço de 19,99€, ou em pack de duas por 39€.

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Doutor Finanças salta a fronteira e chega a Espanha ainda este ano

Fintech de bem-estar financeiro arranca atividade no mercado espanhol na segunda metade do ano com Luís Garcia (ex-Visa) a liderar operação.

O Doutor Finanças prepara-se para saltar a fronteira e chegar ainda este ano a Espanha, no primeiro passo da expansão internacional da fintech especializada em bem-estar financeiro, segundo anunciou esta quinta-feira.

A operação espanhola, que arranca na segunda metade do ano, vai ser liderada por Luís Garcia, que conta com quatro décadas de experiência no setor financeiro, incluindo a Visa Europe, onde foi diretor-geral para Espanha e Portugal, e a UnionPay International.

“Estou convicto de que, apoiados na experiência consolidada em Portugal e no conhecimento profundo do contexto financeiro espanhol, seremos capazes de ajudar as famílias em Espanha a tomar melhores decisões financeiras”, afirma Luís Garcia no comunicado enviado às redações. A fintech portuguesa explica que se trata de um “marco estratégico” e o primeiro passo da sua “ambição internacional”.

“Queremos estabelecer uma presença sólida e diferenciadora no mercado espanhol, contribuindo de forma significativa para transformar a forma como as famílias lidam com o seu dinheiro, replicando o impacto positivo e a confiança que já conquistámos em Portugal”, sublinha Vanda de Jesus, co-CEO do Doutor Finanças.

Fundado em 2014, o Doutor Finanças tem vindo a consolidar-se no mercado português nas áreas de intermediação de crédito, mediação de seguros, literacia e educação financeira. No ano passado, a faturação da fintech registou um crescimento de 40%.

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José António Barreiros vai liderar a comissão do centenário da Ordem dos Advogados

O advogado José António Barreiros vai presidir a comissão organizadora do centenário da Ordem dos Advogados, que se comemora no próximo ano.

A Ordem dos Advogados (OA) decidiu por unanimidade que será José António Barreiros a liderar a comissão organizadora do centenário da instituição. Os 100 anos da OA comemoram-se a 12 de junho de 2026, mas as celebrações vão ter início logo a partir de janeiro.

“O programa das comemorações está a ser preparado pelo Conselho Geral da Ordem, em estreita articulação com os Conselhos Regionais, e integrará um vasto conjunto de eventos de âmbito nacional”, revela ao órgão.

José António BarreirosBoletim da Ordem dos Advogados

Segundo a OA, José António Barreiros representa um “exemplo notório” do advogado em prática individual, com especial destaque na área do Direito Penal. A sua passagem pela OA inclui dois mandatos como membro do Conselho Geral e do Conselho Superior, órgão a que presidiu.

Em 2018, a Ordem dos Advogados distinguiu-o com a Medalha de Honra e, em 2020, com a Medalha de Ouro, em reconhecimento pelo seu contributo para a advocacia.

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Tribunal Constitucional acaba de vez com a contribuição energética para o gás natural

  • ECO
  • 9:33

Maioria dos juízes do Palácio Ratton declarou inconstitucional com força obrigatória geral a contribuição energética quando aplicada aos transportadores, armazenadores e distribuidores de gás natural.

O Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da norma do regime jurídico da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) que prevê que as empresas concessionárias das atividades de transporte, de distribuição ou de armazenamento subterrâneo de gás natural devem pagar a contribuição, por considerar que viola o princípio da igualdade, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).

O acórdão data de 15 de julho, sendo que, dos 13 juízes conselheiros, seis votaram vencidos — um deles o próprio presidente do Tribunal Constitucional, José João Abrantes. Antes desta decisão, que tem um alcance mais geral, existiam já sete acórdãos quanto à CESE aplicada aos transportadores e distribuidores de gás, proferidos em casos concretos, que tinham decidido pela inconstitucionalidade e, também, uma decisão sumária.

A CESE foi criada no âmbito do Orçamento do Estado de 2014, na sequência das medidas destinadas a combater o défice tarifário incluídas no Programa de Assistência Económica e Financeira assinado com a troika. O seu objetivo, concretamente, era “financiar mecanismos” destinados a promover “a sustentabilidade sistémica do setor energético, através da constituição de um fundo [o Fundo de Sustentabilidade Sistémica do Setor Energético (FSSSE), entretanto integrado no Fundo Ambiental]. O suposto era ser uma contribuição extraordinária, mas, apesar de ultrapassada a situação de emergência financeira, tem vindo a ser sucessivamente renovada a cada Orçamento do Estado.

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Autarca de Loures garante que demolições de construções ilegais vão continuar

  • Lusa
  • 9:27

Ricardo Leão pede "responsabilidade partilhada" com o Governo, bem como "cooperação com os municípios e planos com critérios claros de justiça” no que toca a construções ilegais.

O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, disse que não vai recuar nas demolições, que vai continuar a apoiar as pessoas afetadas e acusou figuras públicas e movimentos políticos de se aproveitarem da pobreza e da fragilidade.

As declarações do autarca foram proferidas num vídeo publicado nas redes sociais na quarta-feira sobre as demolições no Bairro do Talude Militar, em Loures, entretanto suspensas, após ser conhecido um despacho do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, que decretou a suspensão provisória das demolições, após uma providência cautelar interposta por moradores.

No vídeo divulgado nas redes sociais, Ricardo leão (PS) disse não querer alimentar discursos políticos, sublinhando que as construções ilegais são inaceitáveis e colocam em causa a segurança, a salubridade e a dignidade das pessoas.

“As notícias dos últimos dias exigem um esclarecimento da minha parte sobre um problema complexo que temos. Não posso aceitar que movimentos políticos ou figuras públicas se aproveitem da pobreza e da fragilidade de algumas pessoas apenas para ganhar protagonismo“, explicou.

Ricardo Leão adiantou que “esta não foi a primeira intervenção [demolições de construções ilegais], nem será a última“.

“Não permitimos que se viva em condições desumanas, ilegais e perigosas. Não permitimos no concelho de Loures a construção de barracas, não por falta de empatia, mas porque é única forma de garantir a segurança e justiça para todos“, disse.

O autarca frisou que a câmara não pode aceitar que a indignidade seja promovida. “Há movimentos e associações e figuras públicas que em nome de uma suposta solidariedade acabam por promover a indignidade. A ideia de que basta construir uma barraca, ocupar ilegalmente um terreno ou instalar sem regras para ter de imediato uma casa é profundamente desonesta para com as mais de mil famílias que estão em espera por habitação municipal, mas também para as que cumprem, que aguardam com dignidade e confiam nas regras e nas instituições”, afirmou.

No entendimento de Ricardo Leão, “promover a desordem não é ser solidário, é ser cúmplice de um ciclo de exclusão e injustiça”. “Falamos de direitos e deveres, mas também de dignidade, justiça social. Não é dar a quem grita mais. É garantir que todos os meus direitos, deveres e as mesmas oportunidades”, acrescentou.

Ricardo Leão disse também que este é um tema complexo e não pode ser enfrentado apenas pela Câmara Municipal de Loures. “Não é uma questão local, é uma realidade que se repete em muitos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa. Exige responsabilidade partilhada com o próprio Governo, cooperação com os municípios e planos com critérios claros de justiça“, sublinhou, acrescentando que a autarquia não foge à sua responsabilidade, mas não pode continuar sozinha.

O autarca esclareceu também que antes da intervenção na zona do Talude na segunda-feira “todas as pessoas foram informadas e abordadas pessoalmente pelos serviços da câmara, antes da operação, durante a operação e depois da operação”.

“O apoio continuou e continua disponível, apesar de nenhuma das pessoas abrangidas ter pedido ajuda antes, sem estarem inscritas em qualquer programa, a câmara esteve sempre presente com verdade, com meios, com soluções. Dos 65 editais de demolição, demolimos 55 construções ilegais. 43% tinham morada oficial fora do concelho. Lamento aliás que só 29 famílias tenham recorrido ao atendimento social e não a totalidade”, contou.

O autarca de Loures indicou também que destas 29 famílias, 11 tiveram propostas de acolhimento e a maioria recusou. “Três famílias aceitaram, estavam em hotel e outras três foram apoiadas com alojamento definitivo. Estamos também com outras três ou quatro situações em avaliação para o mercado privado de arrendamento. Das famílias que nos procuraram, ninguém ficou sem resposta social”, disse.

A Câmara de Loures iniciou na segunda-feira uma operação de demolição de 64 habitações precárias no Talude Militar, onde vivem 161 pessoas, entre as quais crianças e idosos. Nesse dia foram demolidas 51 casas precárias, a que se somaram mais quatro na terça-feira. A operação foi entretanto suspensa após o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa ter aceitado uma providência cautelar. A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito sobre este processo.

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Governo anuncia novo governador do Banco de Portugal na sexta-feira

A escolha não irá recair sobre o ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar nem o economista Ricardo Reis, nomes que têm vindo a ser elencados para suceder a Mário Centeno, que não será reconduzido.

Mário Centeno não vai ser reconduzido como governador do Banco de Portugal e o seu sucessor deverá ser anunciado pelo primeiro-ministro já nesta sexta-feira, dia em que o Governo se reúne em Conselho de Ministros. A escolha do próximo governador do banco central, avança o Jornal de Negócios, pode surpreender, pois deverá ser um nome fora do atual rol de candidatos que têm vindo a ser falados.

O escolhido para o cargo deverá vir de fora do país. Mas fora da corrida estão o antigo ministro das Finanças Vítor Gaspar, diretor do departamento de finanças públicas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e que deixa a instituição em novembro, e o economista Ricardo Reis, professor na London School of Economics, assegura o Jornal de Negócios.

De acordo com a mesma publicação, Vítor Gaspar terá já aceitado um outro cargo numa outra instituição, para onde transitará após a saída do FMI, enquanto Ricardo Reis está fora das opções de Luís Montenegro e do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento. O nome do próximo governador tem estado fechado a sete chaves em São Bento, com Montenegro a manter um sigilo quase absoluto sobre a escolha, para evitar fugas de informação.

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Setor da Defesa conta com mais de 400 empresas e AIP quer apoiar acesso a financiamento

  • Lusa
  • 9:00

Número de empresas no setor da Defesa já supera 400, segundo a IdD Portugal Defence, e com o crescimento de instrumentos de financiamento, a AIP tem projeto para apoiar 40 nas candidaturas.

O número de empresas no setor da Defesa já supera as 400, segundo a IdD Portugal Defence, e com o crescimento de instrumentos de financiamento, a AIP tem um projeto para apoiar cerca de 40 empresas nas candidaturas.

À Lusa, o presidente do Conselho de Administração da IdD Portugal Defence, a holding estatal que gere as participações públicas nas empresas do setor, Ricardo Pinheiro Alves, adiantou que o universo de empresas portuguesas com atividade na área da Defesa já ascende a “mais de 400”.

Questionado sobre se a burocracia ainda é um problema neste setor, Ricardo Pinheiro Alves respondeu que “a burocracia é um problema em todas as áreas”.

Para ajudar com estas questões burocráticas e o acesso a mais instrumentos de financiamento, a Associação Industrial Portuguesa (AIP) tem um projeto para apoiar cerca de 40 empresas na submissão de candidaturas, disse à Lusa.

O investimento em Defesa tem sido um dos temas em destaque nos últimos tempos, nomeadamente devido aos conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente, com a Comissão Europeia e a NATO a incentivarem a despesa nesta área e desenvolverem programas de financiamento.

Além do Fundo Europeu de Defesa, o presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, diz que a associação está também atenta a “programas e instrumentos diretamente geridos pela NATO, como é o caso do programa DIANA e o Fundo de Capital de Risco (FIN — Nato Innovation Fund) que está fortemente capitalizado”.

Para poder apoiar este processo, a AIP tem um projeto que “permite identificar as potenciais empresas candidatas a estes programas e instrumentos, assegurar assistência técnica no cumprimento dos requisitos prévios de elegibilidade e apoiar a preparação de candidaturas e acompanhamento das mesmas junto das entidades financiadoras”, segundo indicou o responsável à Lusa.

O projeto tem também uma vertente de licenciamento de normas e requisitos aplicáveis ao setor da defesa e a AIP conta “apoiar e envolver 40 empresas na submissão de candidaturas a este programa”.

José Eduardo Carvalho sinaliza ainda que este é um setor onde “o peso das grandes empresas é significativamente maior do que o peso que elas têm na economia nacional”.

O presidente da AIP destaca que o aumento do investimento na defesa “está a despertar uma crescente expectativa não só sobre a estratégia, como nas áreas em que Portugal irá concentrar o seu investimento e respetivos programas de financiamento”.

Numa conferência sobre a economia da Defesa, organizada no final de junho, o responsável também tinha alertado que existe “pouca informação estatística sobre o contributo da indústria da Defesa na economia nacional” e que os dados divulgados por algumas instituições estão desatualizados.

Interrogado sobre o facto de apenas serem conhecidos dados sobre o setor de 2023 ou parciais de 2024, e vários especialistas alertarem para esta dificuldade, Ricardo Pinheiro Alves salientou que a “Informação Empresarial Simplificada de 2024, que reporta as contas individuais das empresas, ainda não está disponível”. “Há dados que são conhecidos, como o número de empresas que atuam na Defesa ou os que resultam da Conta Geral do Estado e da atividade do Ministério da Defesa e dos Ramos”, acrescentou.

Esta semana, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo pretende apresentar alterações legislativas para “acelerar procedimentos” na área da Defesa.

“Quisemos, propositadamente, inscrever o investimento na área da Defesa como um dos elementos da reforma da administração que está em curso. É também aqui que nós queremos ter um Estado mais expedito, que resolve mais rápido. Para isso, muito brevemente, apresentaremos um conjunto de alterações legislativas que vão ser também relevantes para acelerar os procedimentos”, anunciou Luís Montenegro.

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Um modelo de atendimento pré-operatório virtual e baseado em valor melhora a segurança, a eficiência e a satisfação dos pacientes e profissionais

  • Servimedia
  • 8:54

O trabalho, publicado no Journal of Clinical Medicine, foi realizado por profissionais dos hospitais universitários Fundación Jiménez Díaz, Rey Juan Carlos, Infanta Elena e General de Villalba.

Um grupo de profissionais e investigadores dos hospitais da Quirónsalud integrados na rede pública de Madrid (Sermas) — os hospitais universitários Fundación Jiménez Díaz (Madrid), Rey Juan Carlos (Móstoles), Infanta Elena (Valdemoro) e General de Villalba (Collado Villalba) — realizou um estudo que confirma que um modelo de avaliação e atendimento pré-operatório virtual baseado em valor pode melhorar a eficiência e a qualidade do atendimento, a satisfação dos profissionais e pacientes e o uso responsável e eficaz dos recursos, reduzindo custos desnecessários.

A crescente procura por cirurgias eletivas tornou a otimização da avaliação pré-operatória uma prioridade e consolidou a Medicina baseada em valor (VBHC, sigla em inglês para Value-based healthcare) como estratégia para oferecer a melhor e mais eficaz assistência ao paciente, incluindo a sua reorganização em torno de unidades de prática integradas (UPI).

O trabalho, realizado no Instituto de Investigação em Saúde da Fundação Jiménez Díaz (IIS-FJD) e impulsionado pela Unidade de Inovação Clínica e Organizacional (UICO) desta rede hospitalar, foi realizado pelo Dr. Javier Arcos, gerente da Fundação Jiménez Díaz; Marta del Olmo, gerente territorial do Rey Juan Carlos, Infanta Elena e General de Villalba e diretora de Experiência do Paciente dos quatro centros; o Dr. Jorge Short, gerente territorial adjunto dos três hospitais citados e subdiretor médico do primeiro deles; os doutores José Luis Gracia, Pablo Vigoa e Jorge Martínez, do Serviço de Anestesiologia do hospital de Villalba; Miguel Ángel Morales e Juan José Serrano, do Departamento de Sistemas e Tecnologia da Informação deste último centro; Catalina Paredes e Bernadette Pfang, da UICO e do IIS-FJD; Marco Antonio Villegas, da Faculdade de Engenharia Industrial da Universidade de Castilla La Mancha; e Juan Antonio Álvaro de la Parra e a Dra. Cristina Caramés, diretor de operações e diretora de assistência e investigação da Quirónsalud, respetivamente.

Concretamente, de acordo com o artigo «Efeitos da avaliação pré-operatória virtual baseada em valores na segurança, eficiência e satisfação do paciente e do profissional», recentemente publicado na revista científica «Journal of Clinical Medicine», «um modelo de atendimento pré-operatório baseado em valores e melhorado digitalmente pode melhorar os indicadores de eficiência e satisfação, reduzindo custos desnecessários e, potencialmente, melhorando a qualidade do atendimento».

«A reorganização dos cuidados pré-operatórios numa UPI virtual está associada a uma melhor experiência do paciente, tempos de avaliação mais curtos e menores taxas de cancelamentos cirúrgicos no mesmo dia da intervenção, mantendo o nível de segurança para o paciente e a duração total do processo, apesar do aumento do volume de procedimentos cirúrgicos», afirmam os investigadores. Além disso, acrescentam, este tipo de modelos, baseados no valor e otimizados digitalmente, podem «melhorar os indicadores de eficiência e satisfação, reduzindo custos desnecessários e melhorando potencialmente a qualidade dos cuidados».

Para chegar a esta conclusão, os investigadores realizaram um estudo observacional retrospectivo que incluiu 40 233 procedimentos cirúrgicos eletivos realizados num dos hospitais participantes no estudo entre 1 de janeiro de 2018 e 31 de dezembro de 2023 — 31 259 deles, correspondentes ao período posterior à implementação do modelo — e utilizaram métricas de segurança, eficiência e satisfação para analisar as mudanças nas complicações cirúrgicas, na eficiência e na satisfação dos pacientes antes e depois da implementação do modelo, bem como dos anestesiologistas com as avaliações virtuais, transferindo os dados para o prontuário eletrônico e realizando a formação digital dos utilizadores através da aplicação desenvolvida pelo próprio grupo, o Portal do Paciente.

O estudo observou uma diminuição nas cancelamentos no mesmo dia de 4,3 para 2,8 por cento dos procedimentos, sem aumento das complicações cirúrgicas. Quanto ao tempo total do processo, também não houve aumento, apesar de ter aumentado o número de cirurgias anuais. Finalmente, a satisfação dos pacientes e profissionais melhorou: metade dos primeiros indicou que a atenção pré-operatória virtual melhorou a conciliação entre vida profissional e pessoal e reduziu o esgotamento; enquanto os segundos viram reduzido para mais da metade (4,5 contra 10 minutos) o tempo médio necessário para completar a avaliação com a versão virtual, o que representou uma economia de tempo estimada em 716 horas/pessoa por ano, concordando que a avaliação virtual era mais eficiente do que a presencial.

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