Now renova com Rui Rio até final de dezembro

O contrato com o ex-presidente do PSD foi renovado até final de dezembro, altura na qual "será feito um balanço".

Rui Rio vai manter-se como comentador do Now até ao final de dezembro. O acordo do canal de informação da Medialivre com o ex-presidente do PSD terminou em outubro e foi agora renovado até ao final de dezembro, avançou o Now ao +M.

O Informação Privilegiada tem sido uma marca importante da informação diferenciadora que transmitimos em horário nobre, com a análise de protagonistas de referência como Rui Rio“, comenta Paulo oliveira Lima, diretor executivo Now. “É um dos programas que contribui para o sucesso” do canal e, nesse sentido, “entendemos que se impunha uma extensão desta nossa colaboração até ao final do ano, altura em que faremos um balanço“, conclui.

A segunda série do formato com Rui Rio começa na próxima quarta-feira, com um programa especial, a partir do Porto, sobre regionalização.

Dos “protagonistas” com os quais o Now arrancou em julho, mantém-se Santana Lopes à segunda-feira, Judite de Sousa, sem Luís Paixão Martins, à terça, seguindo a semana com Rui Rio, Fernando Medina e o padre Américo Aguiar.

Graça Freitas e Luís Paixão Martins vão a antena duas vezes por mês, em função da atualidade, e António Costa, futuro presidente do Conselho Europeu, já terminou a colaboração com o canal.

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Moçambique. Mondlane garante protestos de rua até reposição da “verdade eleitoral”

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

"O povo está disponível para tomar o poder e vai tomar o poder. A hora já chegou e o povo já tomou o poder", disse Venâncio Mondlane.

O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique, anunciou esta quinta-feira que as manifestações de protesto são para manter até que seja reposta a verdade eleitoral.

Mondlane, que fez o anúncio num live na rede social Facebook, acusou a polícia de estar a saquear estabelecimentos comerciais e, no bairro de Maxaquene, de ter matado duas pessoas. “O povo está disponível para tomar o poder e vai tomar o poder. A hora já chegou e o povo já tomou o poder”, frisou, referindo-se aos populares que estão nas ruas da capital moçambicana.

O anúncio pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, em 24 de outubro, dos resultados das eleições de 09 de outubro, em que atribuiu a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos, espoletou protestos populares, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.

Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. Após protestos nas ruas que paralisaram o país, Mondlane convocou novamente a população para uma paralisação geral de sete dias, desde 31 de outubro, com protestos nacionais e uma manifestação concentrada em Maputo convocada para hoje.

Hoje cumpre-se o oitavo dia de paralisação e manifestações em todo o país, com a generalidade a levar à intervenção da polícia, que dispersa com tiros e gás lacrimogéneo, enquanto os manifestantes cortam avenidas, atiram pedras e incendeiam equipamentos públicos e privados.

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Campanha de Natal da Coca-Cola quer inspirar gestos de bondade

  • + M
  • 7 Novembro 2024

A marca incentiva à criação de globos de neve digitais personalizados através de inteligência artificial, que visam ser "um presente virtual para partilhar com alguém como um gesto de bondade".

A Coca-Cola quer inspirar gestos de bondade em todo o mundo, aliando as relações humanas à inovação tecnológica. Dando seguimento, pelo segundo ano, à campanha “O mundo precisa de mais Pais Natais”, a marca pretende celebrar o espírito do Pai Natal que existe dentro de cada um.

Este ano, a marca de refrigerantes revela uma nova experiência digital que recorre a inteligência artificial (IA) para permitir que as pessoas interajam em conversas calorosas com o Pai Natal, criando uma animação personalizada em forma de globo de neve, baseada numa memória pessoal de Natal, e que pode depois ser partilhada.

Este globo de neve digital funciona como “um presente virtual para partilhar com alguém como um gesto de bondade“, explica-se em nota de imprensa. Acessível através da leitura do QR code disponível na edição de Natal das garrafas ou latas de Coca-Cola, a experiência “utiliza IA multimodal, incluindo geração de avatares 3D, conversação em tempo real habilitada por IA generativa e geração de imagens para criar uma experiência completamente única e personalizada para cada utilizador”.

Este ano, damos especial atenção às experiências numa campanha que incentiva e inspira gestos de bondade, ao mesmo tempo que reconhecemos a importância das relações humanas entre os nossos parceiros e consumidores. Estamos entusiasmados por trazer novos canais e ferramentas para esta campanha para ajudar nesta viagem movida por gestos de bondade, ao mesmo tempo que continuamos a promover a união quer digitalmente como na vida real”, diz Leonor Falcão, brand manager da Coca-Cola em Portugal, citada em comunicado.

A Coca-Cola dá também continuidade ao conceito iniciado no ano passado, através do anúncio televisivo “O Mundo precisa de Mais Pais Natais”. O spot “funciona como um reminder de que até um gesto de bondade natalícia pode despertar o ‘Pai Natal’ em cada um de nós, demonstrando como a verdadeira magia da época se multiplica quando é abraçada”.

Além da já referida edição especial de Natal da Coca-Cola (que remete para a experiência de IA), a campanha natalícia da Coca-Cola marca também presença em anúncios out-of-home (OOH), através de “imagens da ‘sombra’ do Pai Natal em poses quotidianas que o público pode facilmente reconhecer nas suas próprias rotinas e que vão estar presentes em localizações estratégicas a nível nacional”.

Ao longo da campanha, a marca de origem norte-americana vai dispor ainda de espaços interativos onde, utilizando tecnologia avançada de câmaras, vai permitir que a sombra do Pai Natal simule as ações e movimentos em tempo real dos consumidores no local.

A campanha é assinada pela WPP Open X, e as marcas VMLY&R, Ogilvy e Essence Mediacom, juntamente com a Accenture e a JKR.

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Já estão abertas as candidaturas à linha Turismo+Sustentável de 50 milhões

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

A linha destina-se a apoiar empresas do setor do turismo na realização de investimentos que contribuam para a transição energética e para o alinhamento com as metas de neutralidade carbónica".

As candidaturas à nova Linha de Apoio Turismo + Sustentável, no valor de 50 milhões de euros, já estão abertas, anunciaram esta quinta-feira o Banco Português de Fomento (BPF) e o Turismo de Portugal.

“Com uma dotação de até 50 milhões de euros, cobertura de garantia mútua até 80% do valor do financiamento e com possibilidade de conversão em subvenção não reembolsável de até 30%, esta linha destina-se a apoiar empresas do setor do turismo na realização de investimentos que contribuam para a transição energética e para o alinhamento com as metas de neutralidade carbónica”, lê-se no comunicado conjunto.

A Linha de Apoio Turismo + Sustentável, financiada pelo Turismo de Portugal e gerida pelo BPF, está disponível para Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), Small Mid Cap, Mid Cap e Grandes Empresas que estejam localizadas em território nacional, desenvolvam atividade principal enquadrada nos CAE elegíveis e sejam empresas aderentes ao Programa Empresas Turismo 360º, que incentiva as empresas do setor a implementar uma agenda ESG (Environmental, Social, Governance).

O financiamento é de até 750 mil euros por empresa, com um prazo máximo de 15 anos, até 48 meses de período de carência de capital e uma garantia das Sociedades de Garantia Mútua de até 80%.

Existe ainda a possibilidade de conversão parcial do empréstimo em subvenção não reembolsável, até 20% do valor do financiamento contratado, na generalidade das localizações, sendo que “para operações enquadradas exclusivamente no plano de prevenção, monitorização e contingência para situações de seca na região do Algarve, a conversão em subvenção não reembolsável poderá alcançar os 30%”.

Sobre este processo, as entidades adiantam que o acesso à conversão (que representa a passagem a subvenção não reembolsável de parte do financiamento contratado) “estará condicionado à demonstração, por parte das empresas, diretamente junto do Turismo de Portugal, da realização do investimento previsto no pedido de financiamento e do cumprimento dos indicadores de desempenho estabelecidos”.

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Governo promete aumentos salariais e técnicos do INEM suspendem greve

Ministério da Saúde e sindicato assinaram um protocolo negocial no qual a tutela compromete-se a valorizar os salários destes trabalhadores em mais de 150 euros. Próxima reunião marcada para dia 21.

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar desconvocou a greve às horas extraordinárias em vigor desde 30 de outubro, depois de ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde com vista à valorização da carreira, anunciou esta quinta-feira o presidente da estrutura sindical, Rui Lázaro, à saída de uma reunião com a ministra Ana Paula Martins.

“Acabámos de assinar um protocolo negocial que se irá iniciar este mês e, sendo assim, estão reunidas as condições para levantar a greve às horas extraordinárias desde o dia 30 outubro”, afirmou o dirigente sindical. “A próxima reunião está marcada para dia 21 deste mês”, acrescentou.

O princípio para as negociações estabelece que não será com dois ou três níveis remuneratórios que haverá a um acordo”, indicou o sindicalista. Isto significa que os aumentos salariais deverão ser superiores a 150 euros, de acordo com os cálculos do ECO a partir da tabela remuneratória desta carreira.

Neste momento, o salário de entrada começa nos 922,47 euros brutos mensais. Se o ordenado mínimo nesta carreira avançar quatro posições irá saltar para 1.070,19 euros, ou seja, são mais cerca de 148 euros no bolso.

“Esta é uma profissão muito desvalorizada. Os técnicos de emergência pré-hospitalar têm uma abnegação extrema à missão por 922 euro por mês. Esta greve foi um grito de revolta“, salientou o dirigente.

Questionado se, com o fim da greve, vão também terminar os constrangimentos no socorro do INEM, Rui Lázaro disse que “infelizmente não vai ser possível eliminar todos os constrangimentos”, porque “os quadros do INEM deviam comportar 1.480 técnicos e tem pouco mais de 700”.

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“Muitas burlas financeiras resultam das pessoas se exporem online”

  • ECO
  • 7 Novembro 2024

Especialistas debateram os desafios do setor dos pagamentos na conferência New Money, com o tema da segurança à cabeça. Inteligência artificial está a subir a parada da sofisticação.

Segurança e pagamentos andam sempre de mãos dadas. Principalmente com o aumento das burlas, que estão cada vez mais sofisticadas, com o crescimento do uso de inteligência artificial. Por isso, o futuro dos meios de pagamento passa, entre outras coisas, por um equilíbrio difícil entre rapidez e confiança, defenderam alguns especialistas na 4.ª edição da conferência New Money, promovida pelo ECO e pela sociedade de advogados Morais Leitão.

“Assim como o digital tem uma penetração enorme nos meios de pagamento e na desmaterialização dos modelos de negócio dos bancos, a verdade também é que tem uma penetração enorme na fraude e as fraudes são francamente inovadoras. Há uma parte de mitigação em que nós temos de estar sempre em cima e a acompanhar, de preferência à frente daquilo que possa vir a acontecer”, reconheceu Francisca Guedes de Oliveira, administradora do Banco de Portugal.

Uma inovação introduzida pelo supervisor, a confirmação do beneficiário nas transferências bancárias, já está a conduzir a uma redução no número de burlas neste meio de pagamento, disse a responsável. O passo seguinte é fazer o mesmo noutros métodos usados para pagar, como os pagamentos por entidade e referência e os débitos direitos. O Banco de Portugal já aprovou um aviso que obriga os bancos a seguirem esse caminho.

Pedro Xavier Mendonça, consultor do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e responsável pelo Observatório de Cibersegurança, exemplificou o que pode acontecer se a segurança não for tida em conta nos pagamentos: “Alguém se faz passar por um fornecedor de uma organização ou até por um CEO dessa organização ou colaborador. Através do comprometimento do email dessa pessoa, pede para que o próximo pagamento, de um salário, de um fornecimento, seja feito para um novo IBAN.”

Este tipo de fraudes, se for bem-sucedida, pode levar a “problemas financeiros gravíssimos” para as empresas vitimadas. “Com a identificação do destinatário no momento do pagamento, este tipo de ataques também se começam a reduzir. Mas em Portugal eles têm tido alguma incidência. Nós não sabemos exatamente se é uma tendência internacional e os atacantes começam a utilizar inteligência artificial por exemplo para escrever emails mais fidedignos relativamente ao alvo, ou se são pessoas mesmo de língua portuguesa ou até a agirem em Portugal”, disse o especialista.

A baixa literacia dos consumidores portugueses pode ser outra vulnerabilidade: “Temos casos ligados às plataformas de pagamento como o MB Way, em que o número de telefone é um fator de comprometimento e conduz as pessoas a, por exemplo, fazerem pagamentos em vez de receberem pagamentos. Às vezes, é uma falta de conhecimento das pessoas de como é que funciona a plataforma e, muitas vezes, estas burlas resultam do facto de as pessoas se exporem online, afirmou Pedro Xavier Mendonça. E a recolha de dados para burlas pode “aumentar com inteligência artificial”, alertou.

Da esquerda para a direita: Francisca Guedes de Oliveira, Miguel Trindade Rocha, Olivia Arantes, Pedro Xavier Mendonça e Vera Esteves CardosoHugo Amaral/ECO

No mesmo painel, dedicado ao futuro dos meios de pagamento digitais, Olivia Arantes, Chief Information Security Officer (CISO) da Imprensa Nacional Casa da Moeda, colocou a questão de outra forma: “Se eu quiser aprender a conduzir, primeiro tenho de aprender o código. Existem fases, etapas que já estão instituídas. No ciberespaço isso não acontece. O que acontece muitas das vezes é que dão-nos uma ferramenta para as mãos, mas nós não sabemos se aquilo é de facto uma ferramenta ou se é uma arma contra nós. Vai depender muito da utilização que eu lhe for dar. Passa muito aqui pela educação das pessoas no meio da cibersegurança.”

É igualmente essencial “garantir que as soluções são desenvolvidas em segurança”, sendo necessária uma “monitorização ativa”. A inteligência artificial pode dar uma ajuda, disse a responsável, apesar de muitas soluções ainda exigirem “muita ação manual”. “Ainda não estamos a 100% com ferramentas de inteligência artificial, mas o caminho passa por aqui. Os atacantes utilizam essa tecnologia para criar cada vez mais ataques sofisticados, que muitas das vezes nem sabemos bem se falam a língua portuguesa ou não, porque aquilo é tão perfeito que leva muitas das vezes nós profissionais a duvidarmos”, admitiu.

Por seu turno, Miguel Trindade Rocha, presidente executivo do Observatório Português de Compliance e Regulatório, aludiu ao facto de a nova regulamentação poder impor custos pesados a algumas empresas. “Não se pode facilitar, as empresas têm de responder. E têm mais um desafio, que é: como é que eu vou assegurar um responsável de compliance, que são custos que determinadas empresas podem suportar facilmente, enquanto empresas mais pequenas, algumas startups, que querem entrar no mercado e que têm credibilidade e qualidade para entrar nesse mercado, não têm capacidade para adquirir um responsável pela área de segurança de informação, pela área de compliance”, denunciou.

“Estes custos todos somados, e eles todos são essenciais, são custos muito significativos. E num mercado pequeno como o português, não há diretores de compliance certificados e com qualidade para ser recrutados em qualquer esquina. E aqueles que existem têm um valor muito significativo. Esse é um investimento que tem de ser feito”, apontou, no painel moderado Vera Esteves Cardoso, pela consultora da Morais Leitão.

E-commerce com taxas de abandono elevadas

No segundo painel, dedicado à experiência do consumidor, o tema da confiança nos pagamentos também não passou ao lado da discussão. Shamil Indrakumar, diretor de Merchant & Acceptance da Visa em Portugal e Espanha, alertou que, em alguns aspetos do comércio eletrónico, estes dois mercados continuam a ficar aquém: “Notamos por exemplo em pagamentos online taxas de abandono ainda elevadas em Portugal e em Espanha também, quando comparadas com a média europeia e com o Reino Unido.” A “boa notícia” é que “há caminho e soluções tecnológicas” para mitigar isso, disse.

De seguida, o responsável da Visa deu como exemplo de boa experiência de utilizador nos pagamentos um projeto em que esteve envolvido com o Metropolitano de Lisboa: “Poder pagar com cartão bancário contactless, seja eu de que país for, e poder encostar o meu cartão bancário e entrar, é uma experiência de consumidor super conveniente, para quem nos visita, para quem hoje em dia utiliza os transportes públicos de uma forma ocasional.” Há mais iniciativas como esta no horizonte, noutras cidades e com outros players, anteviu.

Da esquerda para a direita: João Freire de Andrade, Shamil Indrakumar, Luís Ribeiro e Shrikesh LaxmidasHugo Amaral/ECO

Já Luís Ribeiro, administrador do Novobanco, queixou-se das diferenças na regulamentação que é imposta à banca em comparação com outros setores económicos importantes, que, muitas vezes, representam barreiras à inovação no setor financeiro. “Falamos muito em regulação, e falamos muito em level playing field. Ele devia ser para todo o lado. Há open banking, mas não há open telco, não há open outras coisas”, atirou.

“Eu tenho que ter uma parceria e partilhar as minhas comissões dos meus cartões de crédito com a Apple para poder estar no Apple Pay. Mas o iPhone não tem de partilhar o botão para eu pôr lá o meu cartão. O level playing field não é verdade. Não é por acaso que a maior parte das fintechs, ou muitas delas, estão na área dos pagamentos. Precisamente porque o tipo de requisitos de regulação é diferente. Não veem muitas fintechs na área dos depósitos”, notou.

Falando em fintechs e experiência do consumidor, João Freire de Andrade, diretor executivo da Start Ventures e presidente da Portugal Fintech, comentou que recentemente leu outros CEO de bancos a dizerem “exatamente a mesma frase”, mas lembrou que também já houve muita desconfiança em relação a fintechs como a Revolut: “Há seis anos diziam que a Revolut não dava dinheiro, mas hoje em dia tem resultados positivos.”

Dito isso, o responsável destacou a inovação que esse tipo de empresas tem trazido ao setor financeiro recorrendo à tecnologia: “É muito interessante ver também como os incumbentes, a pouco e pouco, vão aproveitando algumas dessas jornadas, mudando o paradigma nesse aspeto.” O painel foi moderado por Shrikesh Laxmidas, diretor adjunto do ECO.

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5ª Conferência Ecoseguros: Como ir além dos seguros obrigatórios

  • ECO Seguros
  • 7 Novembro 2024

Na 5ª Conferência ECOseguros foram propostos meios para as empresas ir além dos seguros obrigatórios. Simplificar comunicação e sensibilizar consumidores foram soluções apontadas.

O painel “Como se poderá ir para além dos seguros obrigatórios” contou com João Miguel Gomes, Insurance Senior Manager da NTT DATA Portugal, Luis Malcato, Executive Board Member da Azuaga Seguros, Pablo Alonso, Diretor-Geral na Alvarez & Marsal e também foi moderado por Francisco Botelho.

No painel que explorou como o setor pode ir além dos seguros obrigatórios avaliou-se o panorama atual do mercado e lançaram-se propostas para as empresas aumentarem as suas vendas de outros produtos. Literacia foi apontada como principal responsável por atrair clientes, ao invés do preço. João Miguel Gomes, Insurance Senior Manager da NTT DATA Portugal, Luis Malcato, Executive Board Member da Azuaga Seguros, Pablo Alonso, Diretor-Geral na Alvarez & Marsal partilharam a sua análise.

Veja, ou seja, o painel:

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar na passada semana em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5.ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5.ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

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Mudanças nas Secretas. Na PJ é reconduzido Luís Neves

A 21 de outubro, Luís Montenegro já tinha avisado que a decisão estava tomada. Montenegro muda também lideranças nas "Secretas", com a entrada de Vítor Sereno e Patrícia Barão.

Luís Montenegro já escolheu quem vai liderar a Polícia Judiciária nos próximos três anos. Luís Neves consegue assim o seu terceiro mandato consecutivo. “Considerando o desempenho do Coordenador Superior de Investigação Criminal Luís António Trindade Nunes das Neves como Diretor Nacional da Polícia Judiciária, este foi nomeado para nova comissão de serviço, nos termos do Decreto-Lei n.º 137/2019, de 13 de setembro, por um período de três anos”, segundo comunicado do gabinete do líder do Executivo.

A 21 de outubro, Luís Montenegro já tinha avisado que a decisão estava tomada. O Primeiro-Ministro falou à entrada da sessão comemorativa do 79.º Aniversário da Polícia Judiciária e na inauguração do Laboratório Digital Forense. Mas não adiantou quando é que esse nome iria ser revelado.

Dias antes, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, já tinha avisado que a decisão sobre a renovação de mandato ou nomeação de um novo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) seria tomada em breve, logo após a tomada de posse do Procurador-Geral da República (PGR), que decorreu no dia 12 de outubro. “Em breve vai ser tomada uma decisão sobre o novo diretor da PJ. Estamos a fechar o processo e muito em breve terei novidades para dar”, disse a ministra da Justiça esta quarta-feira, à margem do 13.º Encontro Nacional da Sociedade de Advogados de Portugal (ASAP), no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O atual diretor Luís Neves tomou posse a 18 de junho de 2018 pela mão da então ministra Francisca Van Dunem e foi reconduzido pela primeira vez em maio de 2021 pela mesma ministra do Governo socialista. Agora, estava em gestão desde junho, estando limitado para tomar decisões de fundo no órgão de polícia criminal que lidera.

Em junho de 2018, o líder da PJ, até então coordenador da Unidade Nacional de Luta contra o Terrorismo, tomava posse para o seu primeiro mandato, sucedendo a um dos históricos que ocupou o cargo durante uma década, Almeida Rodrigues. A verdade é que essa sucessão foi pacífica, aplaudida no interior da polícia. Porque era então a segunda vez, nos últimos anos, que um homem “do terreno”, da própria instituição (não magistrado), que conhecia e conhece a PJ a fundo, liderava este órgão de polícia criminal.

Luís Neves, de 58 anos é licenciado em Direito, entrou para a PJ em 1995, integrando-se na área do combate ao crime violento e ao terrorismo. Nos últimos anos foi responsável por casos relacionados com a ETA, com os skinheads ou com assaltos a caixas multibanco (ATM) com recurso a material explosivo. Começou na Direção Central de Combate ao Banditismo como inspetor onde esteve 13 anos, passou a coordenador em 2006, subiu a diretor-adjunto um ano mais tarde e, posteriormente, tornou-se diretor desta estrutura, que, com a redesignação orgânica na PJ, foi renomeada Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo, da qual foi o primeiro líder. Atualmente, já vai no segundo mandato como diretor nacional (reconduzido em maio deste ano).

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, conversa com o Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra (D), durante a cerimónia de inauguração do Laboratório Digital Forense da Polícia Judiciária e 79.º aniversário da PJ, em Lisboa, 21 de outubro de 2024. ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

Luís Neves ingressou na força policial assim que terminou a licenciatura em Direito e já depois de um estágio em advocacia. Esteve sempre ligado ao combate ao crime violento e ao terrorismo.

No seio da polícia e mesmo “para fora” é considerado um dos maiores especialistas de Portugal em questões de terrorismo e crimes transnacionais, sobretudo os de natureza mais organizada e violentos. Internamente, ficou também associado às investigações à extrema-direita, à vaga de explosões em caixas multibanco ou às máfias de leste. Pelos seus pares, é considerado um profissional com uma postura de homem pragmático, do terreno, de acompanhar as investigações, focado no trabalho e imune a pressões.

Muito focado na área da cibercriminalidade e da corrupção — assumindo as áreas como duas das prioridades atuais da PJ — Luís Neves deu provas a nível da corrupção nas autarquias, do Estado, em casos de fraude na obtenção dos subsídios europeus, de financiamento de partidos, investigação a dezenas de crimes de ódio e suspeitos skinheads arguidos.

Mais recentemente, numa fase inicial, viu a PJ ser afastada da investigação da Operação Influencer, tendo o Ministério Público (MP) optado pela coadjuvação da PSP num processo que envolveu várias figuras do Governo, incluindo o então primeiro-ministro António Costa, contra o qual correu uma investigação autónoma junto do MP no Supremo Tribunal de Justiça – atualmente em curso no DCIAP, após ter cessado funções governativas – e que acabaria por levar à queda do Governo, num dos momentos mais polémicos da Justiça em Portugal nos últimos anos.

Sob a liderança de Luís Neves a PJ desencadeou também uma das suas maiores operações, deslocando para o arquipélago da Madeira mais de uma centena de inspetores, num processo em que estão em causa suspeitas de corrupção, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influência, entre outros e que visava também o Governo Regional, fazendo várias detenções, incluindo o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e constituindo arguido o presidente do executivo local, Miguel Albuquerque.

É também responsável pela detenção do antigo banqueiro João Rendeiro, na África do Sul, depois de meses de investigação ao seu paradeiro, tendo o banqueiro estado mais de um ano fugido às autoridades portuguesas, após condenação a pena de prisão efetiva de três anos e meio por burla qualificada. João Rendeiro acabaria por morrer na prisão, na África do Sul, evitando a extradição e o cumprimento da pena em Portugal.

A direção de Luís Neves ficou ainda marcada no último mandato pela modernização da PJ e reforço de quadros, incluindo especialistas e técnicos periciais, pela absorção de parte dos quadros provenientes do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e por um elevado aumento salarial dos inspetores, via subsídio de risco, que acabaria por motivar a contestação de outras forças policiais e de segurança, que exigiram ao Governo negociações para um tratamento igualitário.

Patrícia Barão é a nova Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna…

O Primeiro-Ministro indigitou ainda, mediante proposta conjunta da Ministra da Administração Interna e da Ministra da Justiça, a Procuradora da República Patrícia Ferreira Barão para o cargo de Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna. Patrícia Ferreira Barão é natural de Lisboa e tem 50 anos. Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1997.

Magistrada do Ministério Público desde 2000, exerce funções no Gabinete do Ministério Público junto do Tribunal Constitucional. Ao longo da sua carreira esteve colocada no Tribunal Judicial da Comarca de Ourique (2001), no Tribunal Judicial da Comarca de Ourém (2002-2003), no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (2003 – 2020), incluindo a Equipa de Missão do DIAP para a Cooperação Judiciária Internacional (2009 a 2014) e a Equipa de Missão do DIAP responsável pela Articulação com os Órgãos de Polícia Criminal (2009 a 2014), e no Tribunal de Família e Menores de Lisboa (2020-2022). Como tem sido prática para este cargo, o Primeiro-Ministro informou sobre esta indigitação o líder do principal partido da oposição.

…e Vítor Sereno assume Secretaria-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa

Luís Montenegro indigitou ainda, para o exercício de funções como Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, o Embaixador Vítor Sereno.

Natural de Coimbra, 53 anos, é diplomata de carreira desde 1997 e, desde 2013, Chefe de Missão. É Embaixador de Portugal no Japão desde março de 2022. Foi Embaixador de Portugal no Senegal e não residente na Costa do Marfim, Guiné-Conacri, Gâmbia, Burquina Faso, Libéria e Serra Leoa (2018-2022). Foi Cônsul-Geral de Portugal em Macau, Estugarda e Roterdão. Serviu ainda nas Embaixadas de Portugal na Guiné-Bissau e na Argentina.

Foi Chefe de Gabinete do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e do Secretário-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Na academia, foi professor convidado do Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM) e da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Foi condecorado com a Grande Cruz da Ordem do Mérito, a Comenda da Ordem do Leão do Senegal, o Título Honorífico de Prestígio da Região Administrativa Especial de Macau e a Comenda da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha. Recebeu, entre outras distinções, o Prémio “Francisco de Melo Torres” da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) como diplomata económico do ano em 2019.

Licenciado em Direito (área jurídico-económica) pela Universidade de Coimbra e Mestre em “Business Communication” pelo ISCEM, iniciou a carreira como advogado e consultor fiscal.

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Portuguesa Ana Quelhas assume co-liderança da coligação europeia de hidrogénio verde

A Renewable Hydrogen Coalition é uma associação que junta start-ups, investidores e empresas que estão a encetar esforços na área do hidrogénio verde, com o objetivo de tornar a Europa líder.

Ana Quelhas, responsável da EDP pela área do hidrogénio, assumirá a presidência da Renewable Hydrogen Coalition a partir de janeiro, um cargo partilhado com Kim Hedegaard, CEO da fabricante de equipamentos Topsoe.

Os novos líderes desta coligação substituem os antecessores, que eram representantes da empresa de energias renováveis Orsted e do fabricante de eletrolisadores (equipamentos necessários à produção de hidrogénio) Nel Hydrogen. A informação foi divulgada através de um comunicado enviado por esta coligação às redações, marcando o início da conferência Renewable Hydrogen Summit.

A Renewable Hydrogen Coalition é uma associação que junta startups, investidores e empresas que estão a encetar esforços na área do hidrogénio verde, com o objetivo de tornar a Europa líder no desenvolvimento desta tecnologia.

Em apenas 12 meses, a Europa assistiu à tomada de decisões finais de investimento sobre projetos de hidrogénio verde que somam 2 gigawatts [de capacidade]“, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no discurso de abertura do evento. A mesma responsável estima que o investimento nesta tecnologia cresça 140% em 2024.

“A prioridade da Europa deveria ser melhorar a competitividade do hidrogénio renovável de forma a impulsionar a procura”, defende Ana Quelhas, citada no mesmo comunicado. Já na visão do co-líder Kim Hedegaard, “assegurar uma concorrência justa dentro de um mercado único mais forte deveria ser agora o foco”.

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Taxas e multas no Porto crescem mais de 65% no último mandato de Rui Moreira

  • Lusa e ECO
  • 7 Novembro 2024

O presidente da Câmara Municipal do Porto apresentou o derradeiro orçamento do último ano de mandato. Face ao seu primeiro ano completo de mandato, Rui Moreira inscreve mais 87% de taxa turística.

O orçamento da Câmara Municipal do Porto para 2025 fixa-se nos 450 milhões de euros, mais 38 milhões de euros face ao deste ano, e pretende preparar o Porto “para os desafios futuros”, defende o presidente Rui Moreira.

No âmbito da receita, o relatório do orçamento para 2025 indica que as receitas fiscais totalizam 222,8 milhões de euros e contribuem em 49,5% para a receita total. Dos 222,8 milhões de euros, mais de 165 milhões de euros dizem respeito a impostos diretos (IMI, IMT e IUC, derrama) e mais de 57,5 milhões de euros a taxas e multas, dos quais cerca de 28 milhões de euros dizem respeito à taxa turística.

Contas feitas pelo ECO/Local Online, comparando os valores do primeiro ano completo deste último mandato de Rui Moreira e aquele que será o seu último à frente da autarquia (a partir dos valores apontados pelo município à Lusa), mostram que no capítulo das taxas e multas, os cofres da cidade registam um reforço na ordem dos 65%, sendo que o capítulo da taxa turística vale mais quase 90%. Parte deste valor justifica-se pela subida de 50% da taxa turística, criada em maio de 2018 com um valor de dois euros e que em 2025 se cifrará em três euros por dormida. O restante resultará da subida constante do afluxo de turistas à Invicta. De notar que em 2022, primeiro ano sem confinamentos provocados pela Covid-19, o turismo tinha retomado valores de 2019.

Em 2022, primeiro ano completo deste terceiro e último mandato de Rui Moreira, o IMI, IMT, IUC e derrama valeram 145,2 milhões de euros e as taxas, multas e outras penalidades contribuíram com 34,3 milhões de euros para o orçamento municipal. A taxa turística representou então 14,9 milhões de euros, 90% dos 28 milhões de euros previstos para 2025.

Já na contribuição de residentes e empresas, por via do IMI, IMT e da derrama, há um reforço de verbas inferior a 15%, considerando a apresentação de contas da autarquia com números de 2022 e os valores agora avançados à Lusa.

A receita corrente atingirá os 320,3 milhões de euros, montante que “suporta a despesa corrente de 303,1 milhões de euros”. Já a receita de capital será de 23,2 milhões de euros e a despesa de capital de 133,1 milhões de euros.

Quanto à carga fiscal dos munícipes, a maioria independente decidiu manter a tributação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 0,324% e a majoração em 30% para os prédios devolutos. Simultaneamente decidiu diminuir em 0,5 pontos percentuais o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), que em 2025 se fixa em 3%.

A taxa de IMI para prédios urbanos pode variar entre os 0,3% e os 0,45%, cabendo aos municípios fixar o valor entre este intervalo.

Já quanto à despesa, o relatório destaca o peso da aquisição de bens e serviços, encargos com pessoal, subsídios, despesas correntes e transferências, que, em conjunto, representam cerca de 67,3% do total da despesa.

O orçamento do município do Porto para o ano de 2025 representa o culminar de uma trajetória de 12 anos de gestão independente, caracterizada por um compromisso sólido com a sustentabilidade financeira, a inclusão social e o desenvolvimento urbano”, afirma Rui Moreira, no documento a que a Lusa teve acesso nesta quarta-feira. Numa nota de enquadramento, Rui Moreira destaca o crescimento de 9,2% comparativamente ao orçamento deste ano, que se fixou nos 412 milhões de euros.

“Este orçamento final sob o executivo independente reforça as bases que foram estabelecidas ao longo de mais de uma década de gestão prudente e transparente”, assinala o autarca naquele que é o último orçamento municipal apresentado pelo movimento independente “Rui Moreira: Aqui Há Porto”.

Este orçamento final sob o executivo independente reforça as bases que foram estabelecidas ao longo de mais de uma década de gestão prudente e transparente.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

Segundo o relatório, o saldo corrente do município para 2024 fixa-se em 17,2 milhões de euros e financiará “no mesmo valor as despesas de capital efetivas”.

Comparativamente a 2024, o orçamento prevê um acréscimo do saldo efetivo, superior em 2,5 milhões de euros, se excluídos os passivos e ativos financeiros tanto na despesa como na receita.

O saldo efetivo negativo, no montante de 92,7 milhões de euros, resulta do efeito conjugado da receita efetiva com a despesa efetiva e decorre da inclusão no orçamento do valor de 106,5 milhões de euros, relativo à utilização dos empréstimos de médio e longo prazo que são inscritos nos passivos financeiros”, lê-se no documento.

À semelhança dos anos anteriores, para 2025, as prioridades do município inserem-se no orçamento através de sete objetivos que enquadram o programa autárquico apresentado em 2021 e integram as Grandes Opções do Plano (GOP) e do Plano Plurianual de Investimentos (PPI).

Dos 450 milhões de euros, 128,5 milhões de euros referem-se ao Plano Plurianual de Investimentos e 321,5 milhões de euros ao conjunto de ações designadas de “Ações Relevantes”.

No âmbito do PPI, o relatório destaca “o peso” dos investimentos a realizar na regeneração urbana (39,4%), habitação social (13,8%), energia e transição energética (6%), equipamentos e programas municipais (5,6%), educação (4,3%), qualidade de vida urbana (4,3%) e ambiente (4,2%).

Já no âmbito do Plano de Atividades mais Relevantes (PAR), o relatório salienta as despesas a realizar para o funcionamento dos serviços (47,2%), educação (6,3%), ambiente (5,7%), qualidade de vida urbana (5,7%), operações financeiras (5,2%), equipamentos e programas municipais (4,7%) e transporte público (4,7%).

Dos sete objetivos que integram as Grandes Opções do Plano, a Governância da Câmara detém o maior peso, com uma dotação de 185,1 milhões de euros, sendo que 128,7 milhões de euros dizem respeito aos encargos com o pessoal.

À Governância da Câmara segue-se a área do Ambiente, com uma dotação superior a 78 milhões de euros, e o Urbanismo e Habitação, com uma dotação superior a 61,3 milhões de euros.

No próximo ano, a área da Coesão Social terá uma verba superior a 39 milhões de euros, a área da Economia, Pessoas e Inovação de cerca de 37,4 milhões de euros, e a Mobilidade de 25,9 milhões de euros. A área da Cultura e Património contempla a menor dotação, que ascende a mais de 22 milhões de euros.

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Raro e caro: whisky japonês com 40 anos para colecionadores e ‘connaisseurs’

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 7 Novembro 2024

Ocasiões especiais pedem bebidas extraordinárias. Celebremos as nossas conquistas com Hibiki 40 anos, uma edição limitada de whisky japonês ultra-luxuoso cuja garrafa pode custar mais de 30 mil euros.

Um filho que se forma. O noivado de uma neta. O fechar de um negócio importante. Há ocasiões que não podem ficar em branco, merecem um brinde generoso, uma celebração à altura. Hibiki 40 anos pode ser a escolha certa. Este whisky, pertencente à centenária Suntory Holdings Ltd., responsável pelo recente crescimento do luxuoso mercado japonês de bebidas destiladas (avaliado em 3,49 mil milhões de euros, com uma taxa de crescimento anual de 9,2%), é o mais antigo da linha Hibiki, que mistura maltes de destilarias de renome como Yamazaki e Hakashu, combinados com whisky de grãos de Chita. O Hibiki 40 anos destaca-se pelo seu blend feito à base de cinco whiskies envelhecidos ao cuidado de três gerações de chief blenders, em barris de carvalho Mizunara espanhóis e americanos, que lhe conferem uma intensidade e complexidade únicas, com notas de mel e cravo.

O conceituado fabricante de vidro e fornecedor da família imperial japonesa, Kagami Crystal, criou uma garrafa de 30 facetas decorada com o tradicional maki-e japonês, incrustações de madrepérola e laca dourada. O vidro de cristal e o design facetado oferecem uma visão encantadora do líquido dourado no seu interior. Esta atenção ao detalhe estende-se à caixa exterior, que é feita de 12 variedades de madeira japonesa e tem 12 faces. Do lado de fora, a caixa está adornada com delicadas flores que dão vida às mudanças de estação do Japão. O espírito de omotenashi e serenidade dos templos japoneses encontra expressão nesta delicada composição, com apenas 400 garrafas disponíveis em todo o mundo. Um símbolo do prestígio do Japão antigo, ideal para colecionar.

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Governo vai impor proibição total de voos na Portela entre a 1h e 5h da manhã

Miguel Pinto Luz afirmou no Parlamento que o Governo pediu uma avaliação ambiental para o aumento da capacidade de voos no Humberto Delgado.

O ministro das Infraestruturas revelou, esta quinta-feira no Parlamento, que será imposto uma proibição total de voos no aeroporto Humberto Delgado durante quatro horas, entre a 1h00 e 5h00 da manhã. Medida resulta de propostas do grupo de trabalho criado sobre o ruído da infraestrutura.

Vamos impor um hard night curfew [proibição de circulação noturna rígida] que impede voos entre a 1h00 e 5h00 da manhã. Já é um passo em relação ao que temos”, afirmou Miguel Pinto Luz, que está a ser ouvido esta quinta-feira no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade.

Na quarta-feira, teve lugar uma manifestação no Humberto Delgado contra o ruído do aeroporto, em que participaram cerca de três dezenas de moradores de bairros de Lisboa e Loures. O tráfego noturno no aeroporto de Lisboa já é restringido entre as 00h00 e as 06h00, mas é frequente a violação pelas companhias aéreas.

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) reconheceu em setembro uma “tendência crescente dos incumprimentos” das regras sobre voos noturnos nos aeroportos portugueses, tendo aplicado coimas de quase seis milhões de euros só no primeiro semestre deste ano.

O ministro afirmou no Parlamento que foi pedida uma avaliação ambiental para o aumento do número de voos no Humberto Delgado, conforme previsto na resolução de conselho de ministros sobre as obras no aeroporto, que prevê o aumento do número de movimentos por hora de 38 para 45.

Sobre o novo aeroporto, interpelado pelo Chega, o ministro das infraestruturas garantiu que será mesmo construído nos terrenos do atual Campo de Tiro de Alcochete. “Nós não temos dúvidas absolutamente nenhumas de que o aeroporto será em Alcochete”. “Com o compromisso, que já assumi, de custos mínimos ou nulos para os contribuintes portugueses”, disse na intervenção inicial.

Assegurou também que o Governo defende que no prazo de 10 anos, quando o aeroporto Luís de Camões estiver concluído, o Humberto Delgado seja “completamente” desmantelado.

(notícia atualizada às 18h20)

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