Portugueses estão mais consumistas e compras na época natalícia sobem 15%

23 de dezembro foi o dia com maior número de transações (dez milhões) e o dia 24 de dezembro atingiu o pico de maior número de transações por segundo (402).

O consumo na época natalícia deste ano voltou a crescer em Portugal, registando um aumento de 15% no número e no valor total de compras realizadas entre os dias 1 e 24 de dezembro, em comparação com o mesmo período de 2023. Dados da SIBS Analytics mostram ainda que nesse período de análise, os portugueses fizeram em média 8,6 milhões de compras por dia.

Segundo os dados divulgados, o dia em que se registaram mais compras foi a 23 de dezembro, com mais de 10 milhões de compras registadas. Foi no dia 24 de dezembro que se registou o maior pico de transações por segundo, com 402 transações a serem realizadas às 11h37. No Top 3 de dias com maior variação de número de compras vs a média diária, destacam-se também os dias 20 de dezembro e 21 de dezembro (+13% em ambos).

Fonte: SIBS Analytics SIBS Analytics

O pagamento por Mb Way registou um crescimento de 43% no número de compras físicas e de 44% em compras online quando comparado com o período homólogo de 2023.

Em termos de evolução do consumo, o comércio online manteve a tendência de crescimento, representando 21% em valor e 19% em número do total de compras realizadas entre dia 1 e 24 de dezembro, com um aumento de 30% em número e 36% em valor face ao ano anterior. Por outro lado, as compras em loja registaram um aumento de 11% em número e 10% em valor.

Em termos de setores de maior crescimento no número de compras na época natalícia destacam-se Brinquedos e Jogos (+69%), Decoração e Casa (+59%), Perfumaria e Cosmética (+46%) e Moda e Acessórios (+39%), quando comparados com a média mensal de janeiro a novembro de 2024.

Fonte: SIBS AnalyticsSIBS Analytics

Relativamente ao consumo de estrangeiros em Portugal, os dados da entidade gestora da rede Multibanco evidenciam que, durante a época natalícia, o número de compras físicas aumentou 12% em número e 4% em valor face ao mesmo período em 2023. Em contrapartida, as compras físicas realizadas por portugueses no estrangeiro diminuíram ligeiramente, com reduções de 2% no número de transações e de 6% no valor.

Um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) já dava conta que neste Natal os portugueses estavam mais generosos, com cada pessoa a gastar em média 392 euros em presentes de natal, mais 36 euros que o ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regresso ao passado: Quando Paulo Macedo resistiu à polémica do ordenado no Fisco acima de 20 mil euros

Há 20 anos era Paulo Macedo que enchia as notícias devido ao ordenado quatro vezes superior ao do primeiro-ministro. Resistiu à polémica e acabou reconhecido como o homem que mudou a máquina fiscal.

A polémica em torno do vencimento de mais de 15 mil euros que Hélder Rosalino iria receber como secretário-geral do Governo, ao manter o ordenado de origem, não é inédita. Há 20 anos era Paulo Macedo que enchia os noticiários devido ao ordenado quatro vezes superior ao do primeiro-ministro para dirigir o Fisco. O desfecho foi, contudo, distinto. A nomeação do ex-administrador do Banco de Portugal ficou pelo caminho, enquanto a do agora presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) resistiu.

Em 2004, era Manuela Ferreira Leite ministra das Finanças e José Manuel Durão Barroso primeiro-ministro quando chegou a Paulo Macedo, então quadro do BCP (à época liderado por Jardim Gonçalves), um convite para ser diretor-geral dos impostos. O desafio foi aceite e, pouco depois, a polémica estourou: o gestor teria o salário mais elevado do Estado, superando em larga medida o do Chefe de Governo. Apesar disso, a nomeação foi avante e Paulo Macedo manteve-se no cargo durante três anos.

A contestação à nomeação de Paulo Macedo não recaiu sobre as competências técnicas, mas sim sobre o vencimento de 23.480 euros por mês que iria receber. Em 2007, em entrevista ao Expresso, o gestor afirmou que o salário se fixava abaixo desse valor. “São 21.236 euros. Um dos números mais falados em Portugal nos últimos três anos, e nem sequer está correto…”, disse.

O valor do ordenado do diretor do Fisco fixou-se bem acima do vencimento de tabela de outros diretores-gerais, que rondava os 6.390 euros. O que apenas foi possível porque com base no decreto-Lei 719/74, que autorizava a requisição por parte do Estado de quaisquer gestores ou técnicos de empresas do setor privado, desde que se verificasse a urgente necessidade dessa requisição e o acordo dos indivíduos a requisitar, Manuela Ferreira Leite pôde requisitar o gestor ao BCP. Paulo Macedo exerceu a opção de manter o ordenado de origem.

O então diretor-geral dos impostos acabou por sobreviver a três Governos e quatro ministros das Finanças, abandonando a máquina tributária em 2007, quando uma alteração à lei passou a limitar os salários base de qualquer funcionário público ao do primeiro-ministro, na altura o correspondente a cerca de 5.330 euros por mês.

Para continuar no cargo, Paulo Macedo teria de aceitar reduzir o vencimento em cerca de 75%. De acordo com uma notícia do “Diário Económico”, o ministro das Finanças em funções, Fernando Teixeira dos Santos, terá apresentado uma proposta para solucionar a perda de salário com a introdução de um sistema de avaliação, que permitiria ao Governo assegurar discricionariedade na atribuição de um prémio. No entanto, a solução foi recusada por Paulo Macedo.

Quando em maio de 2007 terminou a comissão de serviço e abandonou o Fisco defendeu, em entrevista ao Expresso, a revisão dos salários dos políticos. “O erro estará ao nível do salário do primeiro-ministro, do Presidente da República, dos deputados. O Presidente, por exemplo, ganha menos do que alguns diretores de sucursais de agências bancárias, ou do que um diretor de marketing com poucos anos de experiência. E nem estou a falar de pessoas com MBA ou outros tipos de qualificações superiores. Tem é de haver coragem para, de uma vez por todas, tratar da questão política e o diretor geral não é um cargo político, é técnico”, argumentou.

Questionado sobre se não tem de existir mínimos e máximos na Administração Pública, foi perentório. “O que tem que se resolver é o problema do salário do primeiro-ministro. Que se calhar já estaria resolvido, se, parte do tempo dedicado a discutir o meu salário, que aliás nunca foi divulgado corretamente, tivesse sido aplicado na discussão do salário dos que desempenham as funções mais importantes na hierarquia do Estado”, vincou.

Vinte anos depois, a polémica gerada pelo salário de 15 mil euros que Hélder Rosalino iria receber para exercer funções como secretário-geral do Governo teve um desfecho diferente. O Executivo informou na segunda-feira que o consultor do Banco Portugal informou o Governo da sua indisponibilidade para assumir o cargo que iria ocupar a partir de 1 de janeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Xi confiante de que China atingirá meta de crescimento de 5% este ano

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2024

O presidente chinês sublinhou que, em 2024, “o desempenho económico tem sido geralmente estável e constante”.

O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou esta terça-feira que a economia chinesa deve atingir este ano o seu objetivo de crescimento económico, fixado em “cerca de 5%”.

Durante um discurso num evento da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, o principal órgão consultivo do país, Xi sublinhou que, em 2024, “o desempenho económico tem sido geralmente estável e constante”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. “O PIB (produto interno bruto) deve crescer cerca de 5% este ano”, disse.

“Perante os desafios colocados pela situação nacional e internacional, respondemos com calma e implementámos medidas abrangentes para concluir com êxito os principais objetivos e tarefas do desenvolvimento económico e social”, afirmou.

Xi acrescentou que “os riscos em áreas-chave foram resolvidos de forma ordenada e eficaz, os meios de subsistência das pessoas foram solidamente protegidos e o emprego e os preços permaneceram estáveis”.

Para 2025, o líder chinês referiu a importância de “continuar o progresso mantendo a estabilidade” e “acelerar a construção de um novo padrão de desenvolvimento”, apelando ao mesmo tempo a “políticas macroeconómicas mais proativas”. Desde setembro passado, as autoridades chinesas anunciaram vários pacotes de estímulo para revitalizar o crescimento económico.

A fraca procura interna e internacional, associada a riscos de deflação, estímulos insuficientes, uma prolongada crise imobiliária e falta de confiança dos consumidores e do setor privado são algumas das razões apontadas pelos analistas para explicar o abrandamento da segunda maior economia do mundo.

Nas últimas semanas do ano, Xi pediu aos funcionários que fizessem “esforços” para atingir o objetivo de crescimento do PIB para 2024 de “cerca de 5%”.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Auditoria à segurança das prisões revela “deficiências” na gestão e organização

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2024

O ministério, tutelado por Rita Júdice, indica que a auditoria à segurança nas prisões "confirma o estado de desinvestimento no sistema prisional ao longo dos anos".

A auditoria às condições de segurança das 49 prisões, pedida pela ministra da Justiça, já está concluída e o relatório revela “deficiências” nos equipamentos, organização e gestão de recursos. A Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça (IGSJ) entregou o relatório em 27 de dezembro e o Ministério da Justiça, em comunicado, adiantou hoje que uma das conclusões é a necessidade de avaliar a lotação das prisões.

Em algumas cadeias, revela também o ministério liderado por Rita Júdice, existem torres de vigilância que não funcionam, existe “falta de sistemas que impeçam o arremesso de objetos”, locais desadequados para visitas, carrinhas celulares e de serviço antigas (de 1998 e 2000) e ainda “ausência de uniformização de configuração das câmaras” de vigilância.

Já a nível de organização, no relatório da IGSJ concluiu-se que existem dificuldades na alocação de reclusos nas cadeias e na sua distribuição pelas alas e pelas celas. Além disso, foram também identificadas “dificuldades na transferência de reclusos entres estabelecimentos prisionais” e existe “pouca articulação” na troca de informação entre a direção-geral dos serviços prisionais e as cadeias.

O relatório elaborado ao longo dos últimos meses reconhece ainda que existe uma “grande concentração de saídas nos mesmos dias” para consultas ou diligências judiciais e que há presos preventivos que são encaminhados para prisões destinadas a reclusos já condenados.

Quanto à gestão dos recursos humanos, no relatório refere-se, adianta o Ministério da Justiça, uma “escassez de guardas prisionais ao serviços, também por ausências prolongadas, com grande incidência de alegação de acidentes em serviço, de doenças profissionais e de baixas médicas”. Esta “escassez” reflete-se também da “insuficiência de elementos encarregados da videovigilância”.

Outro problema relacionado com o corpo da guarda prisional é a “faixa etária avançada dos guardas prisionais” e ainda a “ausência de formação” destes profissionais “em temas específicos”. Em comunicado, Rita Júdice considerou que esta auditoria “confirma o estado de desinvestimento no sistema prisional ao longo dos anos”.

No entanto, sublinhou a resolução de algumas falhas identificadas na auditoria às 49 prisões: “Várias decisões já foram tomadas, como a compra de viaturas, de equipamento de vigilância eletrónica e a contratação de 225 guardas prisionais, em curso”.

“Estamos a dar início a obras e intervenções urgentes nos EP de Lisboa e de Ponta Delgada. Os trabalhos de requalificação das prisões e do sistema prisional são longos e demorados. Por isso, estamos a começar já”, acrescentou.

O Ministério da Justiça quer agora que a Direção-Geral de Reinserção dos Serviços Prisionais (DGRSP) classifique as falhas detetadas por grau de prioridade, que calendarize as medidas para resolver as falhas identificadas e que apresente um relatório de execução até março de 2025 e outro até junho de 2025.

Também para o próximo ano, a IGSJ fará uma nova inspeção. Esta auditoria deverá acontecer durante o último trimestre do ano e o respetivo relatório será entregue até 31 de dezembro, tal como aconteceu com a primeira auditoria que foi agora apresentada.

O relatório entregue em 27 de dezembro não será divulgado por questões de segurança e foi elaborado na sequência da fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, em setembro deste ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo PDM de Braga aumenta área construtiva

Novo PDM de Braga estará em discussão pública de 6 de janeiro a 14 de fevereiro de 2025. Cidadãos chamados a participar na formulação do futuro desenvolvimento territorial da cidade.

Câmara Municipal de BragaSérgio Freitas/Câmara Municipal de Braga 31 dezembro, 2024

A revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Braga vai estar em discussão pública entre os dias 6 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, anunciou a autarquia liderada pelo social-democrata Ricardo Rio. A revisão do PDM vai possibilitar o aumento entre 20 e 30% da área com capacidade construtiva e a implementação de um parque verde com 50 hectares.

“A abertura da discussão pública permitirá aos cidadãos participar ativamente na formulação do futuro desenvolvimento territorial de Braga“, sustenta o município num comunicado.

Os munícipes podem consultar os documentos disponíveis e apresentar contribuições durante este período, mediante agendamento para atendimento técnico presencial na Câmara Municipal.

A participação de todos é fundamental para assegurar que a revisão do PDM reflete as necessidades e aspirações da população, promovendo um desenvolvimento sustentável e equilibrado do território.

Câmara Municipal de Braga

A autarquia bracarense considera que “a participação de todos é fundamental para assegurar que a revisão do PDM reflete as necessidades e aspirações da população, promovendo um desenvolvimento sustentável e equilibrado do território”.

O PDM é o principal instrumento de gestão territorial municipal, orientando as políticas de uso do solo, ordenamento do território e urbanismo. Contempla igualmente orientações nacionais, regionais e intermunicipais.

“Esta revisão adapta o PDM às mais recentes exigências legais, incluindo a Lei de Bases da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e Urbanismo (Lei n.º 31/2014) e o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (Decreto-Lei n.º 80/2015)”, explana o município.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Jovens já podem aceder à garantia pública para comprar casa

No Banco CTT já estão agendadas escrituras para a compra de casa ao abrigo da garantia pública para os primeiros dias de 2025. Estado garante até 15% do valor da transação do imóvel até 450 mil euros.

Os jovens já podem aceder à garantia pública para comprar casa. O Banco CTT, que acabou de concluir o processo de adesão a este mecanismo, já está a fechar contratos de empréstimo à habitação ao abrigo da garantia do Estado, “estando já agendadas as primeiras escrituras para a primeira semana de 2025”, adianta fonte oficial da instituição.

No caso do Banco CTT, o montante disponível da linha do Estado ascende a cerca de 10 milhões de euros, sendo que Santander Totta e Caixa Geral de Depósitos (CGD) asseguraram praticamente metade dos 1,2 mil milhões do envelope anunciado pelo Governo para ajudar os jovens a adquirirem casa.

É expectável que os outros bancos – e são 18 instituições – venham a anunciar brevemente que também já concluíram o processo de adesão à linha de garantia do Estado e que já disponibilizam essa oferta de crédito da casa aos jovens.

Como funciona?

A garantia pública destina-se a jovens entre os 18 e os 35 anos que pretendam adquirir a sua primeira habitação própria permanente. Os candidatos têm de cumprir cumulativamente vários requisitos, incluindo auferir rendimentos que não ultrapassem o 8.º escalão do IRS e não ser já proprietário de uma outra casa.

A garantia pública tem o intuito de ajudar a viabilizar o financiamento de um prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano em transações até 450 mil euros. Este limite aplica-se ao valor mínimo entre o preço de aquisição e o valor da avaliação do imóvel.

O Estado garante até 15% do valor da transação do imóvel. Por exemplo, numa casa de 200 mil euros, a garantia do Estado pode ir até 30 mil euros. No entanto, esta percentagem é ajustada proporcionalmente se o banco financiar menos de 100% do valor da transação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SayU Consulting chega a Angola em parceria com Once Upon a Brand

  • + M
  • 31 Dezembro 2024

A entrada no mercado angolano por parte da SayU Consulting surge com o objetivo de "elevar os padrões do negócio de gestão de marca e explorar o potencial das public relations".

É através de uma parceria com a Once Upon a Brand que a SayU Consulting apostou na expansão internacional dos seus negócios e entra em Angola.

A entrada no mercado angolano surge com o objetivo de “elevar os padrões do negócio de gestão de marca e explorar o potencial das public relations com disciplinas como assessements de notoriedade e reputação, estratégia de marca e de comunicação, o mapeamento de stakeholders, public affairs, social media, a gestão de risco e crise e a sustentabilidade no seu sentido mais lato”, explica-se em nota de imprensa.

Em Angola, a nossa atenção vai recair sobre conceitos inovadores e táticas de comunicação que promovam verdadeiras transformações. Com foco nos públicos, abrangemos desde a perceção cultural até a escuta ativa das suas necessidades. Criamos conteúdos cativantes que se disseminam pela totalidade de canais e plataformas, assegurando uma sólida sinergia entre as estratégias propostas e os objetivos comerciais e reputacionais de marcas e organizações”, explica Marta Gonçalves, CEO da SayU Consulting, citada em comunicado.

Já por parte da Once Upon a Brand, o managing partner Jorge Amieira refere que “a formação e desenvolvimento do potencial das equipas locais permitem a criação de estratégias alinhadas com as realidades do país, entregando valor e impacto real, com projetos transformadores que garantem soluções que se conectam com o mercado e com as pessoas”.

Especializada em comunicação corporativa e B2B, a SayU Consulting está presente no mercado há cerca de 15 anos, trabalhando clientes como Mazars, Deloitte, GS1 Portugal, Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, Boyden, Moongy Group, Biocol, aicep Portugal Global, Nielsen, Euromaster ou Hotel Estoril Eden.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turismo continua a crescer. Dormidas sobem 4,1% até novembro

Residentes contribuíram mais para a atividade turística até ao penúltimo mês do ano. Quanto aos mercados externos, o britânico manteve-se como principal emissor, segundo a estimativa rápida do INE.

A atividade turística em Portugal mantém-se a crescer e, desta vez, à boleia de quem cá mora. As dormidas aumentaram 4,1% até novembro, sendo que a subida foi de 2,5% nos residentes e de 4,8% nos não residentes, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Só em novembro, o setor do alojamento turístico registou 2,2 milhões de hóspedes e 5 milhões de dormidas, o que significa crescimentos de 14% e 9,8%, respetivamente. Esse acréscimo verificou-se em todas as zonas do país, embora tenha sido mais expressivo no Centro (+24,6%), na Península de Setúbal (+19,3%), no Norte (+18,3%) e na Região Autónoma dos Açores (+16,4%).

“As dormidas de residentes registaram um aumento expressivo (+22,2%, após +0,9% em outubro), correspondendo a 1,7 milhões, enquanto as dos não residentes registaram um crescimento mais modesto (+4,6%, após +3,1% em outubro), totalizando 3,4 milhões”, detalha o INE.

Analisando a performance dos mercados externos, o britânico manteve-se como principal emissor (com uma quota de 14,7%), tendo crescido 0,3% só no mês de novembro. Ter-se-á seguido a Alemanha (12,5%), após uma subida de 2,1%. No penúltimo mês do ano, a Polónia destacou-se entre o Top 10 de países com o maior aumento (+15,9%), antes do Canadá (12,4%) e dos Países Baixos (+11,9%), segundo o organismo de estatística nacional.

A ocupação-quarto dos alojamento turísticos atingiu quase os 50% (49%), numa época considerada baixa. Já a taxa líquida de ocupação-cama fixou-se nos 37,7%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor sobem a três, seis e 12 meses

  • Lusa e ECO
  • 31 Dezembro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa subiram nos principais prazos no último dia do ano.

As Euribor subiram a três, a seis e a 12 meses, após terem atingido na segunda-feira mínimos desde março de 2023 no prazo mais baixo e desde dezembro de 2022 no prazo intermédio, segundo dados da Bloomberg.

Apesar da subida no último dia do ano, a média mensal destas taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa recuou em dezembro. Para quem está a pagar o empréstimo da casa ao banco isso irá traduzir-se numa redução da prestação, tal como o ECO avança esta terça-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu para 2,568%, depois de na segunda-feira se ter fixado em 2,562%, um mínimo desde dezembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, aumentou para 2,460%, após ter atingido um mínimo de 2.348 no dia 04 de dezembro.
  • Já a Euribor a três meses subiu para 2,714%, face a 2,678% na segunda-feira, dia em que tinha registado um novo mínimo desde 16 de março de 2023.

Em 12 de dezembro, o Banco Central Europeu (BCE) cortou pela quarta vez este ano e pela terceira reunião consecutiva as taxas diretoras em 25 pontos base, o que tem impacto direto nas taxas Euribor.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do stock de crédito à habitação com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CP transportou mais 12,8 milhões de passageiros em 2024

A empresa prevê fechar o ano com mais de 185 milhões de passageiros transportados, num período marcado pelo início de comercialização do passe ferroviário.

A CP – Comboios de Portugal prepara-se para fechar o ano com mais de 185 milhões de passageiros transportados, o que representa um aumento acima de 12,8 milhões face a 2023, segundo os números revelados pela empresa e que são ainda provisórios para os dois últimos meses. Este crescimento ocorre num ano marcado pelo início de comercialização do novo passe ferroviário, que começou a ser vendido a 21 de outubro.

A empresa de comboios refere que, ao contrário dos anos anteriores, em que o aumento era sobretudo evidente nos serviços urbanos, em 2024 o crescimento de passageiros foi transversal a todos os serviços comerciais da empresa. Os serviços urbanos, regionais, inter-regionais e de longo curso registaram uma procura acrescida.

“Este aumento de passageiros em todos os serviços da CP demonstra que o comboio é cada vez mais a escolha natural dos portugueses, não apenas nas grandes áreas urbanas, mas também nas ligações regionais e de longo curso. É um reconhecimento da eficiência da ferrovia como meio de transporte sustentável”, comenta Pedro Moreira, Presidente do Conselho de Administração da CP.

Pedro Moreira nota ainda que “estes dados provam que os portugueses cada vez mais valorizam e privilegiam a mobilidade sustentável” e “o comboio é a solução ideal para responder a este desafio, contribuindo para a redução da pegada ecológica e para uma mobilidade mais inclusiva e eficiente em todo o território nacional.”

O aumento de passageiros registado pela CP em 2024 conta com o contributo do novo passe ferroviário de 20 euros, que começou a ser vendido a 21 de outubro e que apenas no primeiro mês vendeu 30 mil assinaturas, um número que compara com a venda de 2.860 passes em outubro de 2023, segundo os dados divulgados pela empresa ao ECO.

A CP não divulgou, porém, o impacto nas receitas e desconhecem-se ainda os números de venda registados em novembro e dezembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pensões sobem até 3,85% em janeiro. Quem se reformou em 2024 também tem aumento

Portaria que dita atualizações das pensões de 2025 já está publicada. Reformas até cerca de mil euros vão subir 3,85% em janeiro, em resultado da inflação, da economia e do extra proposta pelo PS.

É oficial. As pensões vão subir até 3,85% em janeiro de 2025, à boleia da inflação, do crescimento económico e do aumento extraordinário proposto pelo PS e aprovado por uma maioria negativa no Parlamento. Estes reforços vão chegar, pela primeira vez, também a quem se reformou no ano imediatamente anterior, ou seja, quem passou à pensão em 2024 também vai ter direito a acréscimos.

De acordo com a portaria publicada esta terça-feira em Diário da República (que vem confirmar os cálculos que o ECO já tinha feito com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística), as pensões até 1.045 euros mensais brutos vão ter um aumento de 3,85%. Já as reformas acima de 1.045 euros, mas até 1.567,5 euros vão subir 3,35%.

Por outro lado, às pensões acima de 1.565,5 euros, mas até 3.135 euros, vai ser aplicado um reforço de 2,1%. E às pensões acima de 3.135 euros, será dado um aumento de 1,85%, sendo que as reformas acima de 6.270 euros continuarão congeladas.

Estes acréscimos têm duas origens. Por um lado, a fórmula que está prevista na lei e que tem por base dois indicadores: a média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos dois anos e a variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC) sem habitação.

E, por outro lado, o aumento extraordinário (de 1,25 pontos percentuais para as pensões até cerca de 1.500 euros) que os socialistas propuseram no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 e os deputados aprovaram, à revelia da Aliança Democrática e do Governo de Luís Montenegro.

Importa notar que o PSD e o CDS-PP viram também aprovada uma proposta, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, que abre a porta a que os pensionistas tenham mesmo direito também a um suplemento extraordinário (além dos aumentos regulares e da subida extraordinária do PS), caso as contas públicas o permitam.

Estes reforços são aplicados no primeiro ano em que se aplicará uma regra que o Governo aprovou em 2024 em Conselho de Ministros: as pensões iniciadas no ano imediatamente anterior também têm direito a atualizações. Com esta mudança, resolveu-se um “problema antigo”, que terá um impacto de 42 milhões de euros, de acordo com a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estado vai pagar 80% das receitas estimadas à Concessão da Beira Interior pelo fim das portagens

Fim da cobrança de portagens leva Governo a criar regime temporário que prevê o pagamento antecipado da receita perdida à concessionária da A23.

O regime temporário para indemnizar a Scutvias pelo fim das portagens na Concessão da Beira Interior prevê o pagamento antecipado de 80% das receitas brutas em tranches bimestrais. Regime vai vigorar até ao fim das negociações para a alteração do contrato ou, em caso de litígio, até a decisão transitar em julgado.

O fim das portagens em autoestradas do interior ou vias onde não existe alternativa, aprovada no Parlamento contra a vontade dos partidos do Governo, implica a perda integral da receita de cobrança de portagens.

O Decreto-Lei n.º 119/2024, de 31 de dezembro, publicado esta terça-feira em Diário da República, estabelece um “regime extraordinário e temporário” onde se prevê que o Estado pague antecipadamente à Concessionária “o montante correspondente a 80% das receitas brutas estimadas no Caso Base, para o ano respetivo, a liquidar em seis tranches iguais bimestrais”.

Com o fim das portagens, o Governo irá também proceder à renegociação do contrato de concessão, com vista à reposição do equilíbrio financeiro do contrato. O regime temporário irá vigorar até ao termo das negociações entre a Scutvias e o Estado ou, na ausência de acordo, até que se encontre transitada em julgado a decisão que ponha termo ao litígio.

Numa resposta ao grupo parlamentar do PSD, a tutela já tinha informado que a perda acumulada de receita até 2032, quando termina o contrato, deverá atingir os 142,2 milhões de euros sem IVA. Com imposto, o valor sobe para 174,9 milhões de euros. Mas o Executivo não se compromete com os valores a injetar no parceiro privado, responsável pela exploração da via que liga Guarda a Torres Novas e acena com a extensão da concessão.

A concessionária Scutvias pertence ao grupo espanhol Globalvia que é detido a 100% por três fundos de pensões: OPTrust, do Canadá; PGGM, dos Países Baixos; e USS do Reino Unido.

A criação do regime compensatório surge na sequência da aprovação de uma proposta do PS para acabar com as portagens em sete antigas vias sem custo para o utilizador (Scut) do Interior e Algarve: A4 – Transmontana e Túnel do Marão; A13 e A13-1 – Pinhal Interior; A22 – Algarve; A23 – Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral e Alta; e A28 – Litoral Norte, nos troços entre Esposende e Antas, e entre Neiva e Darque.

A medida foi viabilizada em junho com ajuda dos votos favoráveis do Chega e deverá ter um impacto, no próximo ano, de 180 milhões de euros em perda de receita para o Estado, segundo as estimativas do Executivo de Luís Montenegro.

Entre as sete autoestradas em causa, apenas as portagens da A23 são receita da concessionária privada Scutvias, as taxas cobradas nas restantes seis vias vão para os cofres das Infraestruturas de Portugal (IP), que é detida pelo Estado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.