Estamos preparados para os desafios da cibersegurança? Ageas e convidados dizem que não

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2022

A Ageas organizou uma conferência em parceria com a Ordem dos Economistas e com a Ordem dos Engenheiros, onde foram debatidos os desafios da segurança cibernética.

A seguradora promoveu uma análise do “Cyber Risk e os impactos na proteção da Sociedade” na 4.ª Conferência – Fórum Ordens Profissionais Ageas Seguros, que decorreu nos Montes Claros – Lisbon Secret Spot, e teve transmissão online.

Segundo Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, ninguém está preparado para os riscos dos ciberataques. “Tivemos um aumento de 80% de incidência em relação a 2019″, partilhou. O especialista disse que “temos que trabalhar mais e desenvolver capacidades para prevenir quando acontecer, para que os ataques tenham o mínimo impacto possível”.

O coordenador apontou a importância de seguir o guia das melhores práticas para a cibersegurança, delineado de acordo com as referências internacionais. “Temos que nos preparar para um incidente, porque há uma assimetria entre as capacidades de proteção e as do atacante“, acrescentou.

Segundo o especialista, há, em Portugal, uma insuficiência nas áreas da literacia de cibersegurança e de recursos humanos, o que se torna ainda mais relevante num contexto em que “mais de metade dos ataques exploram o fator humano”, referiu Lino.A aposta em formação é essencial para a resiliência”, concluiu.

Pedro António, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal, afirmou que “ninguém está protegido. Isso é uma utopia”. E alertou que “se houver um ataque dirigido, é preciso grande capacidade de resistência”.

Cristina Siza Vieira, CEO e VP executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, equiparou a preparação para ciberataques ao protocolo para incêndios. “Há uma série de protocolos, sabemos o que é preciso fazer mas é preciso testar e voltar a revalidar os procedimentos”. Ainda mais, numa altura em que importantes grupos hoteleiros, bem como empresas líderes como a TAP e a Uber já foram alvo de ataques digitais.

A representar a Ordem dos Economistas, Luís Sequeira apontou que este “é um problema de gestão e organização”. Para ele, a palavra-chave é organização e o essencial é “ter o cuidado de seguir as regras”.

O economista afirmou que “os casos que veem a público não são a totalidade. Apenas 10% dos ataques são do conhecimento público. 90% dos casos de ciberataques não são comunicados”. E disse que “a UE tem os mesmos problemas”.

Em representação da anfitriã Ageas Seguros, estiveram, nos Montes Claros, Gustavo Barreto, membro da Comissão Executiva Grupo Ageas Portugal, Fernando Santos, responsável das Ordens Profissionais do Grupo Ageas Portugal, Pedro António, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal e Pedro Machado, Data Protection Officer do Grupo Ageas Portugal.


Entre os especialistas que discutiram os desafios da segurança cibernética esteve o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando de Almeida Santos.

 Luís Sequeira é membro da Assembleia Representativa da Ordem dos Economistas e presidente da APCS (Associação Portuguesa de Consultores Seniores).

Ana Dias, CFO da Cofina, Pedro Ribeiro, CEO da Agile Information Security, e Vasco Amaral, presidente do Colégio Nacional Engenharia Informática também estiveram entre os oradores do evento.

A moderação da conferência esteve a cargo de Camilo Lourenço, jornalista, comentador, fundador e apresentador de “A Cor do Dinheiro”.

O programa da 4.ª Conferência – Fórum Ordens Profissionais da Ageas Seguros, pode ser consultado aqui.

A Ageas Seguros criou ainda um passatempo que irá selecionar vencedores de dois Apple Watch entre os participantes na conferência. O passatempo irá decorrer até ao dia 2 de outubro.

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Máscara em ambientes fechados com muitas pessoas deve ser “novo normal”

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

"É que também há a gripe, há outros vírus, o vírus sincicial respiratório. Portanto, é por uma melhor capacidade de prevenção”, justificou o presidente do Infarmed.

O presidente do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA) considerou esta terça-feira que o uso de máscara em ambientes fechados com aglomerados de pessoas deve ser encarado como o “novo normal” para prevenir a transmissão de vírus como o SARS-Cov-2.

Fernando Almeida comentava desta forma à agência Lusa a recomendação da Direção-Geral da Saúde (DGS) para o uso de máscaras nas farmácias, nos transportes públicos e nos aeroportos, terminais marítimos e redes de metro e de comboio. “Acho importante [esta recomendação] e isto faz parte daquilo a que nós sempre chamámos do novo normal. E não é só por causa da covid-19. É que também há a gripe, há outros vírus, o vírus sincicial respiratório. Portanto, é por uma melhor capacidade de prevenção”, disse Fernando Almeida, à margem da conferência “Diagnóstico ‘In Vitro’: Mais Acesso, Melhor Saúde”, que decorreu no INSA, em Lisboa.

Por isso, prosseguiu, “em ambientes onde suspeitamos que vai haver muitas pessoas no estádio de futebol, uma viagem ou autocarro, comboio, naturalmente que aconselhamos, sobretudo as pessoas com deficiência, com mais idade, a usarem a máscara”. Relativamente à realização de testes à covid-19, Fernando Almeida disse que diariamente são realizados cerca de 20.000, 30.000 testes por dia.

Segundo o presidente do INSA, o teste está agora a adaptar-se à patologia que foi “totalmente modificada” com a vacinação. “As pessoas que hoje fazem testes são aquelas que têm sintomatologia ou suspeitam que estão infetados (…). Isso é aquilo que nós queremos”, disse. “Portanto, o teste hoje já não é tanto aquela questão de massificar, fazer a toda a gente. Hoje entramos numa utilização mais criteriosa do teste e diferente daquilo que são os objetivos da testagem”, rematou.

Na conferência, foi divulgado o estudo de avaliação do impacto dos diagnósticos ‘in vitro’(DIV) para a sustentabilidade do sistema de saúde, realizado pela NOVA IMS, que recomenda a criação de um modelo de ‘fast-track’(via verde) que possibilite uma rápida avaliação destes diagnósticos, tornando possível um maior acesso dos cidadãos à sua utilização, de forma a gerar poupança e a melhorar indicadores de saúde.

A criação desta autoridade independente para os DIV teria como objetivo regular e melhorar o acesso a testes de diagnóstico, operando de forma a garantir que existe um acesso qualificado a estes dispositivos, para dar acesso a cidadãos e profissionais de saúde a soluções de diagnóstico que durante anos não são disponibilizadas de forma equitativa no Serviço Nacional de Saúde, refere o estudo.

Para a realização do estudo, os investigadores falaram com peritos em sistemas de saúde, profissionais de saúde, associações de doentes para tentar perceber como é que todas estas entidades podem colaborar e articular-se para que – no caso de inovações que estejam cientificamente comprovadas, assim como o seu custo benefício – possam chegar às pessoas de forma rápida, disse à agência Lusa o coordenador do estudo, Guilherme Victorino.

Os peritos consideram que o DIV é uma componente fundamental do sistema de saúde, quer na prática clínica, quer para a saúde pública, sendo relevante para a gestão do doente, monitorização e rastreio populacional, bem como para a sustentabilidade global do Sistema.

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Inovação de dentro para fora dentro das empresas

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  • 20 Setembro 2022

A 13.ª edição da Conferência Q-day está para breve: dia 21 de setembro, na Culturgest. Falámos com o Administrador da Quidgest sobre os desafios atuais e as tendências do futuro.

A edição de 2022 da Conferência Q-Day é já amanhã, dia 21 de setembro, com o tema “Innovation from Within”. Em entrevista a João Paulo Carvalho, Administrador e co-fundador da Quidgest, fomos saber mais sobre a escolha deste tema, a importância dele para o panorama global atual e de que forma vê a Quidgest o futuro.

A Quidgest foi criada em 1988, e desde então que são pioneiros na área da Inteligência Artificial aplicada a softwares de gestão. Que balanço faz dos últimos 34 anos?

Um balanço necessariamente positivo. Fomos pioneiros na investigação e somos uma escola na utilização de padrões, modelos e inteligência artificial (IA) para o desenvolvimento de software. Temos uma tecnologia extremamente competitiva, o Genio. Construímos um portfólio de produtos bastante completo, nas nossas dez áreas de competência, nas quais oferecemos aos nossos clientes o suporte de equipas muito especializadas. Montamos soluções por composição destes produtos. Implementámos, com sucesso e em co-inovação, estas soluções em centenas de clientes de referência. Mantemos um processo de disponibilização contínua de novas versões, em linha com as ambições do DevOps e da Transformação Digital. Somos uma equipa inovadora, multicultural, experiente, especializada, competente e empenhada. Somos financeira e tecnologicamente sustentáveis. Temos excelentes parceiros. Sem falsas modéstias, só temos de fazer um balanço positivo.

Desde 2009 que a Quidgest promove a Conferência Q-Day. Qual a importância do tema escolhido este ano, inserido no contexto global?

Sim, é a décima terceira edição, o Q-Day já é uma tradição na reentrada pós-férias e temos um conjunto vasto de fiéis conferencistas, que nos honram com a sua presença e as suas sugestões todos os anos.

O tema que escolhemos, este ano, é “innovation from within / inovação a partir de dentro” e decorre da experiência do nosso ecossistema de inovação, incluindo clientes e parceiros.

Porque é este tema tão importante?

O digital é a revolução tecnológica dos nossos dias. A competitividade das nações e das empresas depende da sua capacidade digital. Mas há um problema, e é um problema global. Não existem criadores de soluções digitais em número suficiente para sustentar esta revolução, para assegurar que a tecnologia chega rapidamente a todos os processos que dela necessitam.

Se queremos fomentar a inovação e promover os inovadores, temos de capacitar muito mais pessoas, dentro das nossas organizações, com tecnologias digitais poderosas.

A IA aplicada à geração de software permite a rápida requalificação de um número elevado de pessoas que têm as competências para aprender a modelar, mas não as competências ou a disponibilidade para escrever código.

Aliás, a tese da Quidgest é que, no futuro, saber programar deixará de ser útil, porque a criação de software se fará a um nível mais elevado de abstração, usando padrões para modelar e não código de programação. Esta evolução não é utópica. É a prática da Quidgest e dos seus parceiros há décadas e já se viu a força desta tendência quando os programadores, à exceção de um número muito reduzido de especialistas, deixaram de trabalhar em assembly. O caminho para a abstração, isto é, para o desenvolvimento de soluções de forma mais entendível por humanos e mais distante das máquinas, é inevitável.

A inovação contínua é uma responsabilidade de todos?

Sim, é uma responsabilidade de todos e de cada um de nós. Em último caso, também todos beneficiamos. E, na realidade, há muitas diferentes formas de ser inovador. Cada um pode ser inovador de acordo com a sua personalidade. Descobrir o inovador que há em cada um dos elementos da sua equipa é a primeira responsabilidade de um líder.

E é um processo contínuo. Como dizia Cesário Verde e é lembrado numa estação do Metro, em Lisboa: “Se eu não morresse, nunca, e eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas”. Claro que é, também um contraste com o espírito do quiet quitting, que nem sequer é inovador.

Existe alguma fórmula de sucesso para fomentar a inovação de dentro para fora?

Esse será um dos temas em debate no Q-Day 2022. Temos de participar para o descobrir.

A Quidgest tem uma fórmula: maior sucesso depende de um maior número de iniciativas, de um maior número de campeões da inovação e de um tempo mais reduzido de implementação das inovações. E, em relação à inovação digital, ajudamos a melhorar estes três fatores. No Q-Day, vamos explicar como.

Os conferencistas vão certamente avançar com outras fórmulas e diferentes perspetivas. Por exemplo, baseadas na liderança ou na gamificação. É possível inventariar um conjunto de práticas que têm um efeito positivo na transformação digital: crowdsourcing, self-services, shift-left, balcão único, automação de processos, citizen development, hiper-agilidade, digital twins. São muito mais do que buzzwords.

Por outro lado, sabemos que há fórmulas que resultam precisamente no contrário: a culpabilização dos empreendedores internos que, apesar da sua iniciativa, falham nos seus objetivos; o bullying sobre quem faz, sobre quem mostra mais empenho. A primeira condição para o sucesso é eliminar esta cultura tóxica, neutralizar os neutralizadores.

A partilha de experiências de empresas e organizações que têm liderado a inovação interna, dos desafios que superaram e dos resultados que alcançaram, será certamente enriquecedora.

Qual a importância dos intraempreendedores para as organizações onde trabalham? Que exemplos de sucesso pode partilhar?

Fazem toda a diferença, a ponto de @s intraempreendedor@s se tornarem as verdadeiras vantagens competitivas das suas organizações. Têm orgulho no que fazem, motivam outros a segui-l@s e até desafiam os seus pares a superá-l@s.

Há exemplos muito variados, de acordo com o seu perfil de inovação.

Primeiro exemplo, os divulgadores, que são bons contadores de histórias. As boas histórias propagam-se sozinhas e são a base do crescimento exponencial (growth hacking). Muitas vezes subestimados, os contadores de histórias são essenciais no processo de inovação a partir de dentro. Na verdade, inovar é mais encontrar uma boa utilização (um bom mercado) do que construir um bom produto.

Segundo exemplo, os saltadores de obstáculos, que questionam e ultrapassam os “impossíveis”. Um processo que é muito lento e que sempre se justificou “por ser muito complexo” e que um intraempreendedor decide revolucionar, passando a demorar um centésimo do tempo. A transformação digital permite ganhos desta magnitude (cem vezes) e há inúmeros casos de estudo. A formação de produtores de soluções digitais, com a Academia Genio, é um destes casos.

Terceiro exemplo, os visionários que identificam padrões onde outros não conseguem ver senão problemas. A partir dessa identificação, abstraem de um contexto particular e criam uma solução que resolve aquele problema para sempre. O conceito de Genio decorre desta lógica. Os nossos inovadores internos todos os dias identificam e automatizam padrões. De dados, de negócio, de interfaces, de fluxos de trabalho ou de segurança, entre outros. Todos os dias o Genio tem uma versão ainda melhor.

Quarto exemplo, os inovadores internos capacitados para criar soluções digitais, quer as periféricas, quer as nucleares. Existe um crescente consenso de que a solução para a enorme falta de produtores digitais, em todo o mundo, reside nos citizen developers ou business technologists. Isto é, pessoas que vieram do negócio, não da informática, e que são tão proficientes quanto os informáticos na criação de software. No Q-Day, também vamos mostrar o que os business technologists podem fazer com a modelação e a IA do Genio. Por comparação, muito mais do que com outras tecnologias de desenvolvimento, incluindo o low code ou o RPA. Na Quidgest, os engenheiros do conhecimento, vindos e profundos conhecedores dos negócios, já constituem a maioria dos produtores de novas soluções.

Qualquer funcionário pode ser um intraempreendedor?

Qualquer colaborador ou membro de uma equipa pode ser um intraempreendedor. Se alguém se define como “funcionário”, já pode ser diferente, depende do que está subjacente a essa designação. Quem se limite à execução das suas funções, mesmo que o faça de forma obediente, diligente e inteligente fica aquém do seu potencial e tem uma vida bem mais triste. Como dizia Gary Hamel: “obediência, diligência e inteligência, eu consigo até do meu cão”. A excelência profissional vem de qualidades superiores: iniciativa, inovação e prazer no que se faz.

Muito do segredo do brio profissional está na dinâmica da equipa. Por isso, os círculos de qualidade, os centros de inovação, os laboratórios de experimentação fazem a diferença. Melhor ainda, a afirmação de toda a empresa como uma empresa inovadora, através de uma forte cultura empresarial e de tecnologias adequadas, como o Genio.

Mas ainda temos de trabalhar a compatibilidade destas dinâmicas coletivas da equipa com as novas organizações do trabalho, nomeadamente remoto ou híbrido. Este também é um tema atual, para o Q-Day deste ano.

O que podemos esperar do painel da 13.ª edição do Q-Day 2022?

Em relação à transformação digital, percebemos que todos, em particular os que assumem maiores responsabilidades estratégicas, partilhem algum sentimento de incapacidade quando comparam o que têm, a dura realidade, com o que desejariam ter: “tenho dezenas de projetos em espera”; “tudo leva demasiado tempo a ser desenvolvido”; “tenho excelentes pessoas mas não são programadoras”; “faltam-me cem programadores”; “tornar alguém um produtor digital, não apenas um utilizador ou operador, requereria anos de aprendizagem”…

Ao longo dos painéis desta edição da conferência Q-Day, não colocamos apenas questões, apresentamos também respostas. Experiências, conselhos, ideias, sugestões, boas práticas…

A última coisa que queremos é que aquele sentimento inicial de frustração permaneça no final da conferência. Vamos mostrar que temos respostas adequadas a quaisquer ambições fazendo, de muitos dos inovadores internos, criadores de soluções, génios digitais.

Os eventos da Quidgest são um espaço para antecipar e definir tendências. Como olha o futuro?

É verdade. Se se repetir o verificado em anteriores Q-Days, nos próximos anos o tema “inovação a partir de dentro” vai ser glosado em outras conferências. Será um bom sinal.

Somos otimistas, mas neste momento vemos o futuro com alguma preocupação. A nível mundial, está muita coisa em jogo. O Q-Day de 2021, sobre os objetivos do desenvolvimento sustentável, uma ambiciosa agenda subscrita por todos os países nas Nações Unidas, foi apenas há um ano, mas regredimos enormemente numa agenda comum para a humanidade e para o planeta.

Esperamos que a aventura revivalista seja gorada e que os temas ligados a uma perspetiva humanista global, focada nas pessoas, no progresso, no planeta e na paz voltem a prevalecer. São esses os temas que justificam o Q-Day.

Os temas que, ao longo dos anos, debatemos no Q-Day inscrevem-se num pensamento de progresso humano: sustentabilidade, inovação, ciência, empreendedorismo, desenvolvimento. Naturalmente que vemos com muita preocupação a emergência do direito do mais forte e do bullying nacionalista.

Na transformação digital, as tendências que mais antecipamos são a dissolução da barreira ente a informática e o negócio, a fusão da estratégia digital com a estratégia da empresa; a emergência de novas profissões digitais, já não focadas em código; a substituição dos muitos sistemas obsoletos que ainda sustentam as organizações; a redução drástica dos tempos que medeiam entre a ideação e a entrada em produção das soluções digitais; e a disponibilização contínua, diária, de versões melhoradas das soluções.

Certamente são temas de que voltaremos a falar em próximos Q-Days.

Aos leitores da Eco, uma palavra final: mostrem-nos o que têm feito neste domínio da inovação interna. Conhecer o que já se faz nas vossas equipas reforça a dinâmica da comunidade inovadora. Contamos com a vossa presença e convidem para o Q-Day 2022, em nosso nome, todos os que partilham estas perspetivas.

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Portugal espera rápido aval na UE a taxa aos lucros extraordinários mas quer mais medidas

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, acredita que há "condições" para as medidas propostas pela Comissão "serem aprovadas no Conselho de 30 de setembro".

O Governo português disse esta terça-feira esperar um rápido aval, na União Europeia (UE), às medidas propostas pela Comissão Europeia sobre o setor energético, como a taxação dos lucros extraordinários, elencando porém medidas “que faltam” no pacote de Bruxelas.

Creio que haverá condições para serem aprovadas no Conselho [de Energia] de 30 de setembro, mas há outros aspetos que faltam em matéria de energia e sobre os quais é preciso fazer algum trabalho”, declarou o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, falando em declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de um Conselho de Assuntos Gerais.

No dia em que o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que Portugal apoiará a proposta da Comissão Europeia para taxar em pelo menos 33% os lucros extraordinários de empresas energéticas, Tiago Antunes apontou que Portugal tem uma “posição genérica de apoio a esta proposta” do executivo comunitário, tal como em relação às outras medidas sugeridas, embora defenda que “há questões a discutir quanto à sua implementação”.

“Quanto ao desenho concreto destas medidas, […] para Portugal é importante garantir flexibilidade dos Estados-membros na aplicação deste mix de medidas, garantindo o cumprimento dos objetivos globais que a Comissão Europeia visa alcançar com esta proposta de regulamento, mas mantendo alguma flexibilidade porque, por exemplo, nós temos já em vigor um mecanismo ibérico, que tem provado ser um sucesso na redução dos custos de eletricidade”, elencou. A estimativa de Tiago Antunes é que, aquando do Conselho Europeu de final de outubro, “esta proposta de regulamento que está em discussão esteja, por essa altura, plenamente aprovada e em vigor”.

Já quanto às medidas que ainda não constam do pacote apresentado por Bruxelas, o secretário de Estado apontou “o tema das interconexões” de eletricidade e de gás entre Portugal, Espanha e o resto da Europa, a necessidade de “avançar nas aquisições conjuntas de gás” como aconteceu com a compra de vacinas anticovid-19, “a introdução de limites de preço relativamente ao gás”, nomeadamente o que é importado da Rússia, e ainda a reforma do atual mercado da eletricidade para haver uma desagregação dos preços face aos do gás.

“Esse é um tema que vai para lá do pacote atual que está em cima da mesa, que estou em crer, estará aprovado na altura do Conselho Europeu e, portanto, julgamos que os líderes [da UE] devem debruçar-se sobre estas ou outras matérias que são decisivas no plano energético atual”, adiantou. A posição surge depois de, na passada quarta-feira, a Comissão Europeia ter proposto uma taxação de 33% sobre os lucros extraordinários das empresas de petróleo, gás, carvão e refinaria, cujas receitas deverão ser “cobradas pelos Estados-membros e redirecionadas para os consumidores de energia”, para aliviar preços.

Contas da Comissão Europeia revelam que esta medida poderia resultar num total de 25 mil milhões de euros para os Estados-membros. Outra das medidas em cima da mesa é uma redução obrigatória temporária de 5% no consumo da eletricidade nas horas de pico, mais caras, e uma diminuição de 10% para a procura em geral, visando assim reduzir os preços do gás.

A Comissão Europeia propôs ainda, na passada quarta-feira, um teto temporário de 180 euros por Megawatt-hora para eletricidade produzida sem recorrer ao gás, mas a partir de fontes como renováveis e nuclear, prevendo cobrança das receitas acima deste limite. Segundo o executivo comunitário, esta medida poderia resultar num total de 117 mil milhões de euros para os Estados-membros.

As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, desde logo porque a UE depende dos combustíveis fósseis russos, como o gás.

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Indústria Agroalimentar pede “rápida atribuição” dos apoios

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

A Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares quer ainda que o Governo a reative, "com urgência, o grupo de acompanhamento do abastecimento agroalimentar".

A Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA) pediu esta terça-feira uma “rápida atribuição” dos apoios ao setor, sob pena destes não chegarem a tempo às empresas em situação mais crítica devido aos “rápidos aumentos dos custos de produção”.

Em comunicado, a FIPA alerta para “que muitos dos operadores da indústria agroalimentar estão a ter dificuldades em manter o funcionamento dos seus negócios, em virtude dos rápidos aumentos dos custos de produção, o que pode colocar em causa o normal abastecimento alimentar no mercado nacional por parte de alguns setores mais expostos a esta crise”.

A federação “entende que as medidas recentemente apresentadas pelo Governo vão na direção correta, em particular pela resposta às preocupações que já vinha transmitindo à sua tutela e pela inclusão do setor agroalimentar, mas necessitam de ser mais ambiciosas”, mas alerta que “a rápida atribuição destes apoios se reveste da maior urgência, pelo que o acesso aos mesmos deve ser de imediato clarificado e desburocratizado, sob pena de não chegarem a tempo às empresas em situação mais crítica”.

A Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares apelou ainda ao Governo para que, “face à proposta apresentada na semana passada pela Comissão Europeia de obrigar a reduzir o consumo de eletricidade em pelo menos 5% durante as horas de ponta, o executivo possa, em Bruxelas, defender o reconhecimento da indústria alimentar como um setor essencial que merece uma abordagem especial no que diz respeito ao acesso ao abastecimento de energia”.

Além destas medidas, “a FIPA exorta o Governo a reativar, com urgência, o grupo de acompanhamento do abastecimento agroalimentar, pois foi o diálogo gerado durante a pandemia e o início da guerra que permitiu uma melhor identificação das necessidades e o desenho de soluções para manter o normal abastecimento alimentar do país”.

A FIPA sublinha que, durante o último ano, os custos de produção do agroalimentar “cresceram drasticamente”, apontando que “o gás natural, a eletricidade, os fertilizantes, os combustíveis, as matérias-primas de base, designadamente os cereais para a alimentação, humana e animal, os materiais de embalagem e o trabalho externo aumentaram para níveis difíceis de comportar”.

O aumento de custos teve início com a recuperação pós-covid devido às restrições da procura e da cadeia de abastecimento, “mas foram, entretanto, severamente agravados pela invasão russa da Ucrânia, relativamente à qual não se perspetiva o seu fim”. A isto “juntam-se a dificuldade de recrutamento de mão-de-obra, a tributação de grande parte dos produtos à taxa normal de IVA e o peso do IRC“, refere a FIPA.

“A dificuldade de reverter o aumento dos preços da energia, especialmente do gás natural e da eletricidade e das matérias-primas de base, como os cereais e oleaginosas, ameaçam a continuidade dos ciclos de produção agroalimentar e, por conseguinte, a capacidade de manter o normal abastecimento de produtos alimentares, incluindo os destinados à alimentação animal”, afirma Jorge Henriques, presidente da FIPA, citado em comunicado.

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Banco de Fomento oficializa aumento de capital de 250 milhões

Instituição financeira concretiza aumento de capital para 505 milhões de euros, que era um dos marcos inscritos no PRR que deveria ter sido cumprido no primeiro trimestre de 2022.

O Banco Português de Fomento (BPF) anunciou esta terça-feira a concretização do aumento de capital social de 250 milhões de euros, para 505 milhões de euros. Era um dos marcos inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e já deveria ter sido cumprido no primeiro trimestre deste ano.

Em comunicado enviado às redações, a instituição assinala que “esta operação, aprovada pela Comissão Europeia e financiada pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência, visa dotar o BPF da capacidade financeira para o pleno desenvolvimento da parceria nacional de implementação do programa InvestEU”.

No seguimento deste aumento de capital, a estrutura acionista do BPF ​passa a ser a seguinte:

  • Estado português, representado pela DGTF: 20,85% do capital social, representada por 105.278.919 ações;
  • IAPMEI: 73,25 % do capital social, representada por 369.890.110 ações;
  • Turismo de Portugal: 4% do capital social, representada por 20.211.564 ações;
  • AICEP: 1,9 % do capital social, representada por 9.619.407 ações.

Segundo dados oficiais da entidade ainda liderada por Beatriz Freitas, o BPF apoiou perto de 1.600 empresas portuguesas no primeiro semestre, por via de 556 milhões de euros de financiamento garantido e do coinvestimento de 44,7 milhões de euros em empresas, com recurso a instrumentos de capitalização.

Na semana passada, o ex-ministro da Economia, Pedro Siza Vieira culpou o PRR pelo “arranque difícil” do Banco de Fomento. “Quando surgiu [a bazuca europeia] decidimos incorporar a gestão de uma parcela significativa para reforçar o capital do BPF e lhe dar outro músculo. A colocação em execução dos fundos do PRR tem-se revelado extremamente complicada. Só por estes dias é que o Tribunal de Contas deu autorização” para o aumento de capital, alegou o ex-governante.

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3,2M para comparar e mais transparência nos seguros em Portugal

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2022

A plataforma de comparação de seguros HelloSafe anunciou a angariação de 3,2 milhões para acelerar a insurtech em Portugal. O objetivo passa por obter mais transparência no mercado.

A HelloSafe, uma insurtech que desenvolve soluções de comparação de seguros, investimentos, poupança e produtos de crédito para indivíduos e empresas, revelou hoje a sua primeira ronda seed de 3,2 milhões de euros para investir no mercado português, liderada pela OneRagtime e a Kima Ventures.

Pauline Laurore é a CMO & co-fundadora da HelloSafe.

Com a angariação, a startup, sediada em França e no Canadá, “pretende reforçar as suas equipas, melhorar a experiência do utilizador oferecida nas suas plataformas e estendê-la a novos produtos em Portugal”, avança, em comunicado.

A HelloSafe acrescenta que “conta mais de um milhão de visitantes por mês nas suas plataformas”, e “pretende trazer uma transparência renovada ao mercado, simplificando o acesso à comparação com uma gama de produtos financeiros, incluindo seguros, plataformas de criptomoedas, serviços de transferência de dinheiro, soluções de crédito e poupança e ofertas bancárias.”

Apesar das fortes diferenças entre produtos financeiros, observamos muitos pontos em comum entre os utilizadores da nossa plataforma em Portugal em termos de aconselhamento e necessidades de comparação. Isto valida realmente a escalabilidade da nossa tecnologia e a consistência da nossa visão, explica Pauline Laurore, CMO & co-fundadora da HelloSafe.

Oleksiy Lysogub, CTO & co-fundador HelloSafe, explicou que “com uma audiência de vários milhões de visitantes por ano, este financiamento irá apoiar a nossa ambição de nos tornarmos a plataforma internacional número um em Portugal para comparar produtos financeiros e de seguros”.

O líder declarou que “com a nossa tecnologia exclusiva e a crescente rede de parceiros, queremos estabelecer-nos rapidamente como a plataforma que permite aos consumidores tirar o máximo aproveitamento do seu dinheiro”.

A CEO e fundadora da OneRagtime, Stéphanie Hospital, sublinhou que “a startup conseguiu maximizar a produção de ferramentas de comparação com altíssimo valor agregado, limitando custos de desenvolvimento. A fundadora antecipou que “o coach HelloSafe, baseado em algoritmos de inteligência artificial (IA), irá revolucionar a forma como as pessoas são aconselhadas antes de escolherem um produto financeiro“.

Com cerca de 50 colaboradores no mercado português, a empresa pretende expandir a sua força de trabalho através de 40 novos recrutamentos em todas as suas áreas de especialização (técnica, marketing e vendas) até ao final de 2023, com o objetivo de alcançar 10 vezes mais utilizadores em dois anos.

 

 

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“O cartão físico é irrelevante”, diz a diretora da Mastercard

O dinheiro físico está a desaparecer, mas o cartão bancário de plástico também tem os dias contados. A "desmaterialização" dos meios de pagamento continua a transformar o negócio da Mastercard.

A frase é ousada. E, vinda da diretora da Mastercard em Portugal, é duplamente provocadora. No entanto, ilustra bem a transformação que a tecnologia tem provocado nos meios de pagamento. “O cartão físico é irrelevante, o que importa é a informação que ele dá. Existia porque era preciso, mas desmaterializou-se”, diz Maria Antónia Saldanha, em conversa com o ECO.

Por estes dias, não é só o dinheiro físico que está a cair em desuso. Também os cartões bancários de plástico começam a passar de moda. A Mastercard acredita que ainda vão durar mais uns anos, mas espera deixar de os produzir em 2050. Pagamentos eletrónicos, em 2022, fazem-se com o que estiver mais à mão: o telemóvel ou até o relógio.

De acordo com o Statista, um portal de estatísticas, existiriam cerca de 1,46 mil milhões de cartões de débito Mastercard em circulação no final de 2021. Um número que dá uma ideia da dimensão do negócio e do papel que os dispositivos móveis, e sobretudo os wearables, podem vir a ter nos pagamentos a breve trecho.

O serviço Apple Pay é um exemplo e está disponível em Portugal desde junho de 2019. “Nós fomos pioneiros a trazer o Apple Pay para Portugal”, comenta Maria Antónia Saldanha, ressalvando que foi antes da sua entrada na empresa. “Quando decidimos trazer o Apple Pay para os nossos clientes e incentivá-los a aderir, era porque, para nós, era o caminho óbvio”, atira, numa entrevista à margem do Mastercard Innovation Forum, que decorreu esta terça-feira em Lisboa.

Mas nem todos os bancos fazem parte do serviço – o Novobanco é, provavelmente, o maior banco que ainda não tem parceria com o serviço de pagamentos da Apple. Para a responsável da Mastercard, de uma forma geral, terá “a ver com dois fatores”. “Talvez não sintam que os seus utilizadores precisem, ou talvez tenham outras soluções, nomeadamente de cariz doméstico, que sintam que serve o propósito. A verdade é que todas as que aderiram estão muito satisfeitas” e a aderir também à solução alternativa, o Google Pay, assegura.

Para os utilizadores, pagar com o telemóvel e o relógio traz ainda outros benefícios. Esta semana, a Fertagus vai lançar um serviço que permite iniciar viagens só com o cartão bancário, sem recurso a passes ou outros bilhetes (o valor é imediatamente descontado da conta bancária do utente). Intuitivamente, a solução deverá permitir viajar aproximando do terminal um telemóvel ou relógio com a tecnologia Apple Pay.

É por isso que, no evento anual da Mastercard, o foco foi o comércio eletrónico e novidades como o Click to Pay, uma solução setorial que vai permitir fazer pagamentos na internet com um só clique. A empresa espera que a funcionalidade esteja disponível em Portugal no ano que vem, para reduzir a fricção na experiência de compra. Pouco se falou de cartões de plástico.

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ASF e supervisores promovem literacia financeira através de bibliotecas

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2022

A DGC e os três supervisores financeiros ASF, BdP e CMVM celebraram um protocolo de cooperação para a promoção de formação financeira através das bibliotecas da Rede Nacional (RNBP).

A Direção-Geral do Consumidor (DGC) e os três supervisores financeiros Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários celebraram um protocolo de cooperação para a promoção de formação financeira através das bibliotecas da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP).

O acordo surge no âmbito do Plano Nacional de Formação Financeira que prevê a realização de ações de sensibilização para a importância da literacia financeira, dirigidas aos profissionais das bibliotecas, e a promoção de projetos de literacia financeira, através da RNBP, para todos os públicos.

As iniciativas têm por objetivo melhorar e reforçar conhecimentos financeiros fundamentais para a vida quotidiana, sensibilizar para atitudes e comportamentos financeiros adequados, bem como criar hábitos de poupança, promovendo a resiliência financeira dos cidadãos.

A cerimónia de assinatura teve lugar nas instalações da DGLAB, em Lisboa, e contou com a presença do seu Diretor-Geral, Silvestre Lacerda, da Presidente da Comissão de Coordenação do Plano Nacional de Formação Financeira e representante do Banco de Portugal, Lúcia Leitão, do representante da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Eduardo Pereira, e da representante da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Maria Igreja.

A International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA) e o Programa Informação para Todos da UNESCO (IFAP) atualizaram recentemente o Manifesto para as Bibliotecas Públicas, refletindo as realidades e a atual missão destas instituições.

 

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Chuva de setembro não altera quebra de produção no olival de regadio

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

Associação de Olivicultores do Sul prevê quebra de 30%" na produção do olival moderno, apesar da chuva.

A chuva que caiu este mês não altera a quebra de produção prevista para o olival de regadio, disse, esta terça-feira, à agência Lusa o diretor executivo da Olivum – Associação de Olivicultores do Sul, Gonçalo Almeida Simões. Segundo o responsável, para estas “culturas de regadio o que interessa é a água armazenada nas barragens”, pelo que se trata de um tipo de cultura diferente daquela que é o olival de sequeiro, “que depende exclusivamente do que chove”.

Para o olival moderno, que engloba o intensivo e o superintensivo, apesar da chuva que caiu recentemente, continua a perspetivar-se uma quebra de produção “à volta dos 30%”, mas esse valor “tem mais a ver com ser um ano de contrassafra“. Segundo Gonçalo Almeida Simões, “os 30% [de quebra] dariam qualquer coisa como a repetição da produção de há dois anos atrás, que foi de cerca de 130 mil toneladas” de azeite.

“Obviamente que o Alqueva continua a ser um caso à parte, por causa da quantidade de água que tem, mas é óbvio que seria muito importante haver mais chuva para repor a cota de água nas barragens”, frisou Almeida Simões.

Nesse sentido, apesar de “umas gotas de chuva na folha” serem “sempre bem-vindas para o desenvolvimento da planta”, o mais importante para o olival de regadio será repor os níveis de água. “Esta chuva de dois ou três dias não ajudou profundamente, não houve nenhuma alteração de contexto. Precisávamos era que chovesse mais e não aquelas enxurradas de água. Mas que chovesse o normal, que chove em setembro, outubro, novembro”, destacou.

Ainda quanto à quebra de produção prevista, Almeida Simões especificou que “a seguir a um ano recorde, normalmente, porque as árvores ficaram muito pesadas, tiveram de produzir bastante, no ano seguinte há sempre uma diminuição da produção”. No ano passado “foram produzidas 200 mil toneladas de azeite“.

A colheita da azeitona tem início por volta de “15 de outubro” e só a partir dessa altura se poderá perceber se a falta de chuva na parte superior da planta terá impacto na qualidade do fruto. “Só quando a azeitona começar a entrar em lagar é que vamos perceber qual é o teor de gordura da azeitona e o seu rendimento“, explicou o representante da Olivum.

Segundo dados fornecidos à Lusa no ano passado, a Olivum representava 100 associados, 300 explorações e 14 lagares, num total de 42 mil hectares agrícolas no Alentejo e Ribatejo.

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Sindicato pede revisão de seguros de pesca

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2022

Sindicato Livre dos Pescadores pede que o governo interceda nas condições dos seguros dos pescadores, para permitir "uma situação mais clara entre armadores e assalariados da pesca".

O Sindicato Livre dos Pescadores, Marítimos e Profissionais Afins dos Açores defende que a ajuda do governo destinada ao pagamento dos seguros dos pescadores deve ir para a conta dos beneficiários e não para a conta dos armadores.

Em causa está um prémio de seguro atribuído pela Direção Regional das Pescas, no valor de 200 euros por cada tripulante segurado o ano inteiro, no âmbito do Regime de Apoio à Segurança a Bordo.

Segundo a publicação Açoriano Oriental, a canalização deste apoio para a conta do armador “gera conflitos escusados entre armadores e pescadores, com estes últimos quase sempre os mais lesados”, disse o presidente do sindicato, Luís Carlos Brum.

O seguro é obrigatório para este prémio, assim como no Fundopesca, com a diferença acentuada que o Fundopesca vai para a conta de cada um, seja armador, seja assalariado. Contudo, com os prémios dos seguros, este dinheiro reservado aos pescadores vai para a conta do armador, em vez de se adotar a metodologia do Fundopesca, muito mais justa”, disse o presidente, e lembrou que “os companheiros também descontam para os seguros”.

“O orçamento para assegurar o seguro de um pescador, anualmente, é com base no Salário Mínimo Regional. Este salário é atualizado todos os anos, em detrimento da estagnação do prémio de seguro, que se mantém nos 200 euros por tripulante, requerendo-se nestas circunstâncias uma atualização do prémio”, declarou.

Brum alertou que os tomadores de seguro “gastam cada vez mais nos seus compromissos, incluindo os companheiros com o seu desconto para o seguro, no entanto, veem os seguros a subir e os seus direitos congelados”.

Para o sindicato, a Administração Regional deve dar uma resposta para fazer face às “imensas despesas da pesca” e aos “enormes problemas com que se debatem os pescadores”, o que deverá conduzir a “uma situação mais clara e transparente entre armadores e assalariados da pesca”.

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Monforte vai ter unidade de produção de hidrogénio verde num investimento de 16 milhões

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

O projeto vai ser desenvolvido na sequência de uma parceria criada entre a Lightsource BP e a Douro Gás, num investimento na ordem dos 16 milhões de euros.

Uma unidade de produção de hidrogénio verde e de prestação de serviços de operação e manutenção vai ser criada em Monforte (Portalegre), num investimento na ordem dos 16 milhões de euros, foi revelado esta terça-feira. O projeto vai ser desenvolvido na sequência de uma parceria criada entre a Lightsource BP e a Douro Gás (LSBPDG), em terrenos pertencentes à freguesia rural de Assumar, no concelho de Monforte.

“O projeto já foi sujeito à aprovação do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), há um ano atrás, e agora estamos a implementá-lo”, explicou à agência Lusa Paulo Preto dos Santos, da Douro Gás. De acordo com o responsável, o projeto conta com um investimento na ordem dos 16 milhões de euros, sendo o mesmo composto por uma unidade de produção de hidrogénio verde e uma componente solar fotovoltaica.

Paulo Preto dos Santos indicou ainda que, “até ao final” de 2023, o projeto tem de estar em funcionamento, acrescentando que a unidade produzirá “no máximo” 89 quilos de hidrogénio por hora. “Escolhemos Monforte para desenvolver este projeto porque é um dos pontos de acesso à REN – Redes Energéticas Nacionais, à rede de alta pressão do gás”, justificou.

Segundo Paulo Preto dos Santos, a componente de produção fotovoltaica do investimento, composta por “10 megawatts (MW)”, vai ser desenvolvida em “15 a 20 hectares” do terreno, enquanto a de produção de hidrogénio verde não chegará a uma área de um hectare ocupado. O anúncio de procedimento para o concurso público da obra foi publicado no dia 12 deste mês em Diário da República (DR), tendo como base um valor de 10.420.000 euros.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Monforte, Gonçalo Lajem, manifestou-se “bastante satisfeito” por acolher este investimento, acrescentando que este projeto deverá criar “cinco a seis” postos de trabalho. O que até pode não ser muito para concelhos mais desenvolvidos, mas “é mais uma oportunidade” para o que dirige. “Cinco ou seis postos de trabalho em Monforte dizem respeito a 500 ou 600 em Lisboa e, na maior parte das vezes, estamos a falar de mão-de-obra qualificada”, disse.

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