Valongo requalifica ETAR por 18 milhões de euros com benefícios para o único rio “portuense”

As obras de ampliação da ETAR de Ermesinde e Alfena (Valongo) vão aumentar a capacidade de tratamento de efluentes, assim como melhorar a qualidade da água do Rio Leça.

Visita à ETAR de Ermesinde e Alfena (Valongo)Câmara Municipal de Valongo 20 maio, 2025

Num investimento de 17,75 milhões de euros, o município de Valongo vai requalificar e modernizar a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ermesinde e Alfena, com o objetivo de melhorar a qualidade da água do Rio Leça e produzir energia elétrica em cogeração. A empreitada deverá ser adjudicada até ao final deste ano e arrancar em 2026.

O investimento vai ser financiado em 70% por fundos comunitários, no âmbito do Programa Norte 2030 – Ciclo Urbano da Água em Alta.

“Estamos a cumprir o objetivo primordial de despoluir o Rio Leça. Com esta intervenção, vamos contribuir decisivamente para recuperar e reabilitar o Corredor do Leça, devolvendo a qualidade da água e preservando a biodiversidade do único rio que nasce e desagua na Área Metropolitana do Porto”, frisou o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, durante uma visita técnica à ETAR de Ermesinde e Alfena.

Construída em 1998 para tratar 8.040 metros cúbicos de efluentes por dia, a ETAR recebe uma média diária de 10.317 metros cúbicos, segundo cálculos da câmara de Valongo. Este equipamento “encontra-se com a capacidade sobrecarregada devido ao aumento da população que serve atualmente, cerca de 39.000 habitantes em Ermesinde e 14.000 em Alfena”, assinala o autarca. Daí a necessidade destas obras que vão permitir aumentar a capacidade da ETAR, com vista ao tratamento de 14.322 metros cúbicos de efluentes por dia.

Vamos contribuir decisivamente para recuperar e reabilitar o Corredor do Leça, devolvendo a qualidade da água e preservando a biodiversidade do único rio que nasce e desagua na Área Metropolitana do Porto.

José Manuel Ribeiro,

Presidente da Câmara Municipal de Valongo

Será construída uma nova estação elevatória de efluente bruto com “um novo tratamento preliminar”. Acresce a criação de uma terceira linha de tratamento com novos reatores biológicos, adaptados para a remoção de azoto total e fósforo total, “de acordo com a mais recente legislação ambiental”.

A empreitada contempla ainda uma etapa de digestão anaeróbia de lamas, com valorização do biogás em cogeração.

Durante a visita à ETAR, o autarca de Valongo fez-se acompanhar do seu número dois na câmara, Paulo Esteves Ferreira, do presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Miguel Oliveira, além das equipas responsáveis pelo projeto que será executado pela concessionária das Águas de Valongo – Be Water.

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Pagamentos cada vez mais “invisíveis” obrigam a mais segurança

  • Rita Atalaia
  • 20 Maio 2025

Os consumidores querem hoje fazer pagamentos de forma fácil e rápida, sendo necessário equilibrar esta necessidade com a segurança das operações, defendem especialistas do setor.

Os pagamentos são hoje mais simples e rápidos, com o cashless a dominar entre os consumidores. Uma facilidade oferecida pela evolução tecnológica que traz maiores exigências de segurança em todos os meios, numa era digital em que o número de fraudes, como o “olá pai, olá mãe”, está a aumentar.

“O mundo está a caminhar cada vez mais para uma experiência em que o pagamento se torna quase invisível”, disse Marcos Goulart , vice-presidente da GardaWorld, na 5.ª edição da Conferência New Money – New Wave of Digital Money, organizada pelo ECO e pela Morais Leitão esta terça-feira. Uma simplificação das operações que precisa de acontecer ao mesmo tempo que se reforça a sua segurança.

“A questão da segurança tem de ser transversal e tem de incluir todos os tipos de pagamento”, referiu, por outro lado, Vinay Pranjivan, especialista da DECO na área dos serviços financeiros, no mesmo painel sobre como compatibilizar as crescentes expectativas de usabilidade dos consumidores com as maiores exigências de segurança.

Hoje, todos os consumidores querem fazer pagamentos de forma fácil e rápida, “mas temos de assegurar que não há falhas, que não há alguém mal-intencionado a querer aproveitar-se dessa necessidade de fazer tudo rápido”. Para isso, os consumidores devem optar sempre por ter mais do que uma camada de segurança nestas operações, defendeu.

O especialista recordou ainda que os relatórios mais recentes da Autoridade Bancária Europeia mostram que “em 86% dos casos em que houve uma reclamação por fraude registada no contexto dos meios de pagamento, a responsabilidade teve de ser assumida pelo consumidor”, o que considera ser desproporcional.

A inteligência artificial (IA) pode ajudar a reforçar a segurança nos sistemas de pagamentos, mas tudo vai depender de como é que esta tecnologia é utilizada. “Depende da intenção de quem está a usar a ferramenta. Vai haver sempre alguém muito mal-intencionado a tentar burlar os sistemas de segurança”, notou Marcos Goulart, da GardaWorld, considerando que a IA é uma “ferramenta extremamente importante, mas, como sociedade, ainda precisamos de aprender a lidar com ela”.

Sistema além dos pagamentos

Os sistemas de pagamentos evoluíram e hoje fazem mais do que pagamentos. Os “terminais estão [agora] integrados nos sistemas de faturação”, explicou Tiago Oom, afirmando que, “isoladamente, a área de pagamentos deixa fazer sentido. Termos isto tudo junto é o caminho que temos de seguir”, referiu o head of merchant acquiring da Unicre.

Uma integração que pode ajudar a simplificar os processos, mas também pode adicionar complexidade. “Apesar de haver simplificação do processo, esta acaba por ser alcançada através de uma integração que gere uma complexidade na arquitetura dos sistemas de tecnologia de informação. Quando estamos a integrar vários sistemas que podem ser mais ou menos compatíveis, estamos a criar complexidade que pode gerar riscos, nomeadamente na área da cibersegurança“, disse, por outro lado, Nicole Fortunato, associada coordenadora da Morais Leitão.

Entre os principais desafios dos sistemas de pagamentos, há também a “questão da dependência. Tivemos o exemplo do apagão. As redes de comunicação começaram a falhar e ninguém tinha dinheiro em casa. Temos estas causas de força maior para ponderar se não temos de manter alguma redundância com sistemas mais tradicionais. Caso o ambiente digital falhe, termos redundâncias que permitam manter os serviços mínimos”, continuou.

De acordo com os especialistas, o dinheiro físico deve continuar a existir nas nossas carteiras. “Devemos ter o dinheiro como plano de backup“, disse Tiago Oom, da Unicre. Uma posição partilhada por Vinay Pranjivan, da DECO, afirmando que o “consumidor deve ter mais soluções de pagamento à sua disposição, mas o numerário tem de ser salvaguardado”.

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Número de casais com ambos desempregados recua 4,3% em abril para 4.832

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

No final de abril, estavam registados nos serviços de emprego do continente 302.748 desempregados, dos quais 39,7% eram casados ou viviam em situação de união de facto, num total de 120.302.

O número de casais com ambos os elementos desempregados baixou para 4.832 em abril, numa descida de 4,3% em termos homólogos, anunciou esta terça-feira o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

“Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.664 (8,0%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego, totalizando 4.832 casais desempregados, em abril de 2025, o que representa -4,3%, quando comparado com o período homólogo do ano anterior”, registou o IEFP num relatório divulgado.

Face a março, o IEFP registou uma descida de 3,5%. Há já vários anos que os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo.

No final de abril, estavam registados nos serviços de emprego do continente 302.748 desempregados, dos quais 39,7% eram casados ou viviam em situação de união de facto, num total de 120.302 trabalhadores. Em relação ao mesmo período do ano passado, o desemprego registado diminuiu 1,2%.

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Woodson Martin é o novo CEO da OutSystems. Paulo Rosado passa a chairman e consultor estratégico

Woodson Martin sucede a Paulo Rosado como CEO do unicórnio português OutSystems. Rosado continuará ligado à OutSystems enquanto chairman do conselho de administração e consultor estratégico.

A OutSystems anunciou esta terça-feira a nomeação de Woodson Martin como seu novo CEO, passando Paulo Rosado a chairman do conselho de administração e consultor estratégico. Estas mudanças são anunciadas numa altura em que o unicórnio português acaba de ultrapassar o marco dos 500 milhões de euros de receita.

Woodson Martin é o novo CEO da OutSystems

“A OutSystems anuncia a nomeação de Woodson Martin como o novo chief executive officer que irá liderar a próxima era de inovação e expansão da empresa, com efeitos imediatos”, informa a empresa, numa nota enviada às redações

Woodson Martin sucede, assim, ao fundador Paulo Rosado, “que liderou a OutSystems durante mais de duas décadas desde a sua fundação” e que se manterá ligado ao unicórnio, agora como chairman do conselho de administração e consultor estratégico.

Citado em comunicado, o fundador salienta que a experiência de Woodson Martin na “expansão de empresas de software globais, a sua visão centrada no consumidor final e o seu compromisso em manter equipas e uma cultura de topo fazem dele o líder ideal para levar a OutSystems a patamares mais altos”.

Do currículo de Woodson Martin, constam 18 anos na Salesforce, onde ocupou vários cargos de liderança. Recentemente, desempenhou a função de vice-presidente executivo e general manager da Salesforce AppExchange.

Agora é o momento para aproveitar a força da OutSystems enquanto plataforma de desenvolvimento de software e alargar a nossa liderança na adoção de sistemas potenciados por IA por parte das empresas”, realça o novo CEO da OutSystems. “Vamos liderar a próxima geração de aplicações e agentes criados e geridos com recurso a IA, e vamos fazê-lo numa plataforma que já conta com a confiança de milhares de clientes. Estou ansioso por começar a trabalhar com os nossos clientes e parceiros e começar a entregar valor através de soluções digitais, agentes e automação”, disse ainda.

Também esta terça-feira, a OutSystems anunciou hoje ter atingido o objetivo de ultrapassar o marco dos 500 milhões de euros em receita. “Com mais de 2,000 clientes a nível mundial e mais de 500 parceiros, o cumprimento deste objetivo reforça o forte crescimento da empresa e o seu posicionamento no mercado de desenvolvimento de aplicações potenciadas por inteligência artificial”, assinala a empresa.

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Tecnológica Dashlane abre novo escritório em Lisboa. E está a recrutar

Dashlane tem abertas, neste momento, 20 vagas de emprego e pretende continuar a contratar até ao final do ano. Acaba de triplicar a sua presença em Lisboa, com um novo escritório.

A Dashlane anunciou esta terça-feira a abertura de um novo escritório em Lisboa, que triplica a presença desta empresa na capital portuguesa. Com uma equipa atual de cerca de 100 trabalhadores, esta tecnológica sinaliza também que “quer continuar a recrutar nos próximos meses“.

“Com um espaço de dois mil metros quadrados distribuídos por três pisos, o novo escritório, na zona de Picoas, mais do que triplica a presença da Dashlane em Lisboa, refletindo o crescimento significativo da tecnológica no país, onde conta atualmente com uma equipa de mais de 100 colaboradores“, sublinha a empresa, numa nota enviada às redações.

Fundada em Paris em 2009, a Dashlane chegou a Portugal em 2018, quando uma equipa de três pessoas se instalou num espaço de coworking em Lisboa. Um ano depois, a tecnológica — que se debruça sobre segurança de credenciais — inaugurou o seu primeiro escritório, no Chiado, onde acolheu a sua equipa de 25 trabalhadores.

“Agora, dá-se um novo e grande passo, com a tecnológica a triplicar a área das suas instalações e a reforçar a aposta em Portugal como hub estratégico para o crescimento global da empresa“, destaca a Dashlane, em comunicado.

Quanto aos objetivos de contratação, a empresa explica que está ativamente a recrutar, nomeadamente, para as áreas de Engenharia, Produto e Apoio ao Cliente. Neste momento, tem 20 vagas em aberto. “Até ao final do ano, o objetivo passa por continuar a contratar, fortalecendo ainda mais a equipa local”, é salientado, na nota enviada às redações.

Na Dashlane, pratica-se um modelo de trabalho híbrido e a empresa disponibiliza, nomeadamente, seguro de saúde, apoio à saúde mental, subsídio de aprendizagem e desenvolvimento, e pacote de realocação para o talento que venha de fora.

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Da TAP ao governador do Banco de Portugal: os temas que o Governo vai ter que retomar

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

Com a queda do governo anterior, houve várias decisões que ficaram suspensas e que o futuro Executivo tem em mãos. Entre nomeações, privatizações, impostos e defesa são vários os temas para decisão.

A privatização da TAP e a nomeação do governador do Banco de Portugal estão entre os temas económicos que o novo Governo terá de retomar. Com a queda do governo anterior, houve várias decisões que ficaram suspensas e que o futuro executivo vai ter em mãos.

Nomeações

Banco de Portugal

Mário Centeno, ex-ministro das Finanças de António Costa (governo PS), termina o mandato em julho e já se mostrou disponível para continuar.

O governador entrou em discordância algumas vezes com o anterior governo de Luís Montenegro e, no início deste ano, chegaram a surgir notícias, citando fontes próximas do assunto, de que não iria ser reconduzido.

Presidente da TAP

O mandato de Luís Rodrigues terminou no final de 2024 e questionado pela Lusa, antes das eleições, o Ministério das Infraestruturas disse que não iria avançar com nomeações de gestores públicos enquanto estivesse em gestão.

Infraestruturas de Portugal

Também a administração da Infraestruturas de Portugal, liderada por Miguel Cruz, terminou o mandato no final de 2024, aguardando-se escolha de nova equipa.

Caixa Geral de Depósitos (CGD)

A nova gestão do banco público para 2025-2028 tem de ser nomeada pelo Governo e é conhecido que o presidente executivo, Paulo Macedo, vai continuar. A eleição da nova equipa em assembleia-geral acontecerá após a aprovação final de todos os membros pelo Banco Central Europeu (BCE).

Entidades da administração Pública

A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) tem em mãos vários concursos para dirigentes pedidos pelo anterior governo e cuja ‘short-list’ de nomes será agora enviada ao novo executivo. Entre eles estão o diretor da Unidade de Grandes Contribuintes (UCG) e vários subdiretores gerais da Autoridade Tributária e Aduaneira.

Na mesma situação estão os dirigentes da nova Entidade do Tesouro e Finanças (ETF), que resulta da reestruturação da Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

Na Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), com a saída de Rui Baleiras para o regulador dos seguros, terá de ser escolhido um novo coordenador pela nova Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Assembleia da República.

Legislativas 2025, noite eleitoral da Aliança Democrática - 18MAI25
Legislativas 2025, noite eleitoral da Aliança DemocráticaHugo Amaral/ECO

Decisões estratégicas

Privatização da TAP

A privatização da companhia aérea ficou suspensa com o governo em gestão, apesar do executivo ter dito, antes das eleições, que continuava o trabalho de preparação do decreto-lei que terá de ser publicado para a alienação da transportadora.

Novo Banco

O principal acionista do Novo Banco, Lone Star, anunciou para este ano a venda de parte do banco em bolsa. Uma vez que o fundo de investimento tem 75% da instituição e o Estado português tem 25% (13,54% detidos pelo Fundo de Resolução e 11,46% pela DGTF – Direção-Geral do Tesouro e Finanças), é preciso saber se o Governo também avançará para a venda das ações públicas em bolsa.

A Lone Star ainda pode decidir a venda direta a um investidor, sendo que nesse caso o negócio exigirá também o apoio do Governo português.

Impostos

IRS

No programa eleitoral, a AD compromete-se a reduzir o IRS até ao 8.º escalão, num valor global de oito mil milhões de euros até 2029, com uma redução de 500 milhões de euros já em 2025, promessa que para ser cumprida terá de ser legislada em breve.

Majoração em IRC para aumentos com salários

O alargamento da majoração em IRC aos gastos das empresas que aumentem salários, independentemente de agravarem a diferença salarial dos trabalhadores, é uma das medidas contempladas no acordo tripartido, que ficou ‘parada’ com a queda do governo.

IMI das barragens

O grupo de trabalho sobre este tema entregou no início do mês ao Governo as propostas de mudança ao código do IMI, as quais terão de ser aprovadas antes de seguirem para o parlamento.

IUC

Uma das medidas do pacote de simplificação fiscal passa pela mudança da data de pagamento do IUC para o mês de fevereiro (substituindo o atual regime de pagamento no mês da matrícula) quando o valor é inferior a 100 euros, sendo desdobrado em duas fases quando superar aquele montante.

Macroeconomia e Finanças Públicas

Orçamento do Estado para 2026

A proposta orçamental terá de ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro. Instituições nacionais e internacionais, como o Banco de Portugal, o Conselho das Finanças Públicas e a Comissão Europeia, admitem a possibilidade de um défice orçamental, pelo que o Ministério das Finanças terá de trabalhar nesse cenário para evitar uma situação deficitária.

Tarifas

O anterior executivo chegou a anunciar um conjunto de medidas para ajudar as empresas a enfrentar a guerra comercial iniciada pelos EUA, mas consoante o evoluir da situação – cujas tarifas avançam e recuam – poderá ser necessário outras políticas.

Aumento de despesa na área da Defesa

Portugal ativou a cláusula que permite que o aumento nos gastos em defesa até 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2025 e 2028 não seja contabilizado nos défices públicos, pelo que terá de ter isso em conta no orçamento para este ano.

Media

Lusa

A compra do restante capital da Lusa pelo Estado bem como a definição do novo modelo de governação da agência de notícias, que inclui a criação de um Conselho de Supervisão para reforçar a independência ao poder político, terão de ser retomados. Falta também o acionista nomear os órgãos sociais.

Legislação

O setor de media aguarda a elaboração do Código da Comunicação Social, cuja conclusão estava prevista para final do primeiro semestre.

Modernização e simplificação

Um dos temas que estava em cima da mesa – e que deverá estar entre as prioridades da modernização – é a Agenda Nacional de Inteligência Artificial, dada a importância que o papel desta tecnologia tem vindo a assumir e a aceleração no seu desenvolvimento. O Simplex Urbanístico – alteração do regime legal para simplificar licenciamentos – deverá ser retomado.

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Porto vai travar trotinetas e acelerar adoção de bicicletas por parte dos operadores de mobilidade

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

A câmara do Porto quer reforçar o contingente de bicicletas durante a próxima hasta pública para operadores de mobilidade suave. A CDU alerta que esta é a cidade com mais acidentes de trotinetas,

A cidade do Porto vai reforçar o contingente de bicicletas atribuídas nas licenças aos operadores privados de mobilidade suave, diminuindo as trotinetas, informou o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, em reunião de câmara decorrida esta terça-feira.

“Estas duas hastas que agora se vão realizar preveem um número máximo de veículos de 900, mas 40% – e isto é uma alteração de paradigma – no mínimo, terão de ser bicicletas elétricas de partilha, o que, em certo sentido, vai reduzir o contingente de trotinetas e aumentar as bicicletas”, disse hoje Pedro Baganha na reunião de câmara.

O vereador com os pelouros do Urbanismo e Espaço Público e Habitação respondia a uma proposta de recomendação da CDU para uma “melhor utilização e maior fiscalização do uso de trotinetas no Porto”.

“Estamos a lançar uma hasta pública para escolhermos dois novos operadores, mas não se tratam de novos veículos, trata-se da substituição de contratos que entretanto chegam ao seu final durante o mês de maio”, explicou o vereador.

Em causa está a licitação, na sexta-feira, de duas licenças para operadores de mobilidade suave, num número de 700 veículos, com possibilidade de ampliação até 900.

O vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, abriu a porta à “possibilidade de, aparecendo este contingente de bicicletas, poder utilizar o cartão Porto. para também municiar os próprios cidadãos portuenses de utilizar estes meios”, que têm “custos mais elevados” e são “utilizados por pessoas que se deslocam à cidade e não têm meios de locomoção”.

Este é um caminho à “introdução de bicicletas como meios partilhados na cidade que muitas cidades utilizam sem ter ‘docking stations’ [estações de parqueamento] para as várias bicicletas, porque a ocupação do espaço público é completamente diferente”.

Quanto à instalação dessas estações de parqueamento, “na cidade do Porto não abunda espaço público para isso ser feito”, considerou Filipe Araújo.

A vereadora da CDU Joana Rodrigues alertou que “tem havido mais acidentes, um maior descuido de abandono de trotinetas”, referindo que, “da parte dos operadores, deve haver um maior cuidado em cumprir as regras que existem”.

A proposta pedia ainda a adoção de campanhas de sensibilização e apelo ao civismo, levantamento real do número de trotinetas que existem na cidade e reavaliar o ajustamento desse número, e reforço da fiscalização.

A recomendação acabou por ser rejeitada, tendo Pedro Baganha considerado que as medidas propostas pela vereadora Joana Rodrigues já estão a ser acauteladas pelo município.

Porém, a CDU alertou que o Porto foi a cidade com mais acidentes com trotinetas no biénio 2023/2024 (70, face a 47 em Lisboa, 19 em Setúbal e 15 em Faro), o vereador do BE Sérgio Aires referiu que a recolha de veículos em situação irregular continua a não acontecer, e a vereadora do PSD Mariana Ferreira Macedo manifestou preocupação com acidentes com pessoas cegas.

Já a vereadora Catarina Araújo referiu que há contraordenações em curso por estacionamento de trotinetas em cima do passeio.

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Encomendas da Temu e Shein arriscam pagar taxa fixa de dois euros

Comissão Europeia vai propor taxa fixa de dois euros sobre as encomendas de baixo valor que entram na UE. O valor pode ser reduzido para 50 cêntimos no caso dos itens enviados para armazéns.

A Comissão Europeia planeia implementar uma taxa de processamento fixa de dois euros sobre as encomendas de baixo valor que entram na União Europeia, avança esta terça-feira o Financial Times. A medida visa abrandar o elevado fluxo de produtos adquiridos em plataformas asiáticas como Temu e Shein.

De acordo com o jornal, a informação foi transmitida esta terça-feira ao Parlamento Europeu pelo comissário com a pasta do comércio, Maroš Šefčovič. Para encomendas enviadas para armazéns, a taxa proposta é mais reduzida, de apenas 50 cêntimos.

A informação de que a Comissão Europeia estava a ponderar avançar com uma taxa já tinha sido avançada em dezembro pela mesma publicação. Chamada de handling fee, esta taxa fixa pode vir a render milhares de milhões de euros que poderão reverter para as autoridades alfandegárias ou para o orçamento comunitário.

Num ano entraram 4,6 mil milhões de itens de baixo valor na União Europeia, que estão atualmente isentos de impostos e taxas por terem um valor igual ou inferior a 150 euros. No âmbito da reforma alfandegária, a Comissão Europeia também já tinha proposto eliminar esta isenção, conhecida tecnicamente por de minimis.

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Maioria dos municípios ainda não concluiu atualização do PDM

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

A maioria dos municípios ainda tem o processo de conformação do Plano Diretor Municipal em curso, encontrando-se o processo concluído em 111 concelhos, revelou a presidente da ANMP, Luísa Salgueiro.

A maioria dos municípios de Portugal continental ainda tem o processo de conformação do Plano Diretor Municipal (PDM) em curso, encontrando-se o processo concluído em 111 concelhos, revelou, nesta terça-feira, a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

“A maioria dos municípios ainda não atualizou os seus PDM de acordo com a legislação em vigor, alguns estão em revisão. 167 não têm ainda os PDM revistos, portanto, a maioria dos municípios ainda tem o processo em curso”, sublinhou Luísa Salgueiro.

À saída de uma reunião do conselho diretivo, em Coimbra, a presidente da ANMP esclareceu que dos 278 municípios que compõem Portugal continental, 111 (40% dos municípios) têm concluída a conformação dos PDM com as novas regras de classificação do solo.

Segundo dados de 30 de abril, os restantes 167 municípios têm o processo em curso, sendo Vouzela, Gavião, Aljezur, Castro Marim e São Brás de Alportel os que têm o processo mais atrasado.

“O que se prevê é que já sejam os próximos executivos autárquicos a finalizar esses processos”, indicou a autarca.

De acordo com Luísa Salgueiro, a ANMP tem alertado para o facto de os atrasos serem gerados “pela incapacidade de resposta ou dificuldade de resposta das entidades que têm de ser envolvidas”, entre as quais as comissões de coordenação, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

“Por isso é que têm sido prorrogados os prazos, porque se aceita que não são atrasos imputáveis aos municípios. São muitas etapas a cumprir, muitas entidades a envolver, e esses atrasos das entidades ou questões suscitadas pelas entidades também geram muitas vezes este dilatar de prazo”, apontou.

A também presidente da Câmara Municipal de Matosinhos disse ainda que não tem informação sobre se algum município poderá ainda terminar o processo de revisão de PDM com as novas regras de classificação de solo até ao final do mandato autárquico.

No entanto, admitiu que “a expectativa é que não haja muitos a finalizar nos próximos quatro meses”.

“Provavelmente, muitos deles transitarão para o próximo mandato autárquico”, concluiu.

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Bosch cresce 14,3% em Portugal com vendas de 2.400 milhões de euros em 2024

Agora com fábricas apenas em Aveiro e Braga, além de um hub de prestação em serviços em Lisboa, a filial da multinacional alemã reduziu para cerca de 6.880 o número de trabalhadores no país.

A Bosch fechou o exercício de 2024 com uma faturação de 2.400 milhões de euros em Portugal, o que representa um crescimento de 14,3% face ao ano anterior. Pelo terceiro ano consecutivo, as vendas superaram assim a barreira dos 2.000 milhões de euros.

As exportações representaram 97% das vendas geradas pela filial da multinacional alemã, que no final do ano passado vendeu à private equity Triton a fábrica de Ovar com 1.200 trabalhadores. No final de 2024, o grupo germânico empregava perto de 6.880 pessoas em Portugal, o que compara com os “mais de 7.000” que referia no ano anterior.

O presidente da Bosch em Portugal e Espanha, Javier González Pareja, justifica que esta redução no número de colaboradores da Bosch em Portugal “está relacionada sobretudo com a transformação tecnológica e a alteração do portefólio de produtos, que em alguns casos se caracterizam por ter processos de produção mais automatizados”.

Javier González Pareja, presidente da Bosch em Portugal e Espanha

Olhando apenas para o mercado local, a Bosch registou vendas consolidadas de 413 milhões de euros, um aumento de 7,8% face a 2023. Estes dados foram divulgados esta terça-feira em Braga durante uma conferência de imprensa.

“Num ano marcado por um ambiente económico particularmente desafiante, a Bosch em Portugal conseguiu manter-se no caminho do crescimento e dar continuidade aos resultados positivos que tem vindo a apresentar nos últimos anos”, disse Javier González Pareja, que assumiu o cargo após afastamento de Carlos Ribas.

Presente em Portugal desde 1911 e com exportações para mais de 50 países em todo o mundo, a Bosch é uma das maiores exportadoras nacionais. Pesa cerca de 1,7% do total de exportações do país, traduzindo-se num impacto calculado pela empresa em cerca de 0,87% do PIB de Portugal.

Relativamente às perspetivas para este ano, apesar de um “ambiente económico exigente” e dos “desafios” que enfrenta em vários mercados, a Bosch espera manter uma evolução positiva das atividades no país. “Portugal continua a ter potencial para se manter a crescer como um centro estratégico para a Bosch na Europa”, reforça o líder do grupo na Península Ibérica.

Portugal continua a ter potencial para se manter a crescer como um centro estratégico para a Bosch na Europa.

Javier González Pareja

Presidente da Bosch em Portugal e Espanha

“Queremos impulsionar ainda mais a nossa capacidade de aproveitar as oportunidades do mercado em áreas que são estratégicas para a empresa e nas quais Portugal se tem vindo a destacar, como é o caso da mobilidade em Braga, das tecnologias para aquecimento de água em Aveiro, e na prestação de serviços a nível global para a área corporativa”, afiança Javier González Pareja.

No caso da unidade de Ovar, que foi entretanto vendida à empresa europeia Triton, os dados divulgados esta terça-feira evidenciam igualmente um ligeiro acréscimo das vendas internas em 2024. No entanto, a partir deste ano, os resultados desta área de negócio deixam de constar no volume de negócios local.

Mudança de portefólio na fábrica de Braga

A fornecedora global de tecnologia e serviços assegura que “todas as áreas de negócio registaram crescimento relativamente ao ano anterior”.

Nas soluções de mobilidade, a Bosch está a avançar com “decisões estratégicas globais que visam o crescimento futuro deste negócio”. Em Braga está a avançar com uma transformação gradual do portefólio de produtos, passando dos sistemas de infotainment para soluções como computadores de bordo, câmaras e sensores. Em 2024, esta que é a principal unidade do grupo no país registou um crescimento homólogo de 18%.

Para responder a esta tendência das inovações na área automóvel, a fábrica minhota está a apostar no desenvolvimento de sensores de perceção e localização, sistemas de comunicação entre veículos e infraestrutura rodoviária, soluções para a monitorização dos ocupantes de veículos e aplicações para a mobilidade.

Na divisão de negócios de energia e tecnologia de edifícios, a unidade de Aveiro registou um crescimento de 14% quando comparado a 2023.

“Esta unidade da Bosch em Portugal continua a reforçar a sua forte posição enquanto localização estratégica para a produção e desenvolvimento de bombas de calor dentro do grupo, prevendo se uma continuidade nos investimentos tanto a nível de capacidade de produção como também da expansão do portefólio de produtos“, avança a gigante alemã.

Por fim, a área de bens de consumo, que engloba os eletrodomésticos e as ferramentas elétricas, registou uma “significativa recuperação” relativamente ao ano anterior, tendo crescido cerca de 11% em 2024, de acordo com os dados divulgados pela multinacional.

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Excedente externo da economia recua 67,3% para 829 milhões de euros no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

Excedente das balanças correntes e de capital representou 1,2% do PIB trimestral, que compara com 3,28% no último trimestre de 2024 e com 3,82% no período homólogo.

A economia portuguesa registou um excedente externo de 829 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 67,3% que no mesmo período do ano passado, divulgou esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP). Ao longo dos primeiros três meses do ano, a evolução do saldo acumulado das balanças corrente e de capital foi sempre inferior ao registado até março de 2024, mas acima do registado nos mesmos meses de 2023.

O BdP acrescenta que o excedente das balanças correntes e de capital representou 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) trimestral, que compara com 3,28% no último trimestre de 2024 e com 3,82% no período homólogo.

Para esta evolução, o BdP destacou o aumento de 1.546 milhões de euros do défice de balança de bens pelo aumento das importações (mais 1.674 milhões de euros) acima do das exportações (mais 128 milhões de euros), e do défice da balança de rendimento primário, dada a menor atribuição de fundos da União Europeia (UE) a título de subsídios (menos 361 milhões de euros).

Fonte: Banco de Portugal

A balança de serviços registou um aumento do seu excedente em 299 milhões de euros, fruto da evolução do saldo das viagens e turismo (mais 160 milhões de euros) e dos serviços técnicos, relacionados com o comércio e outros serviços fornecidos por empresas (mais 151 milhões de euros).

No final de março, a capacidade de financiamento da economia portuguesa traduziu-se num saldo da balança financeira de 1.215 milhões de euros. As instituições financeiras não monetárias, sem sociedades de seguros e fundos de pensões, foram o setor que mais contribuiu para este saldo, “nomeadamente através da redução de passivos em capital e em títulos de dívida de investimento direto estrangeiro não residente”.

Já o banco central foi o setor com a maior redução de ativos líquidos sobre o exterior, sobretudo “devido ao aumento dos passivos na forma de depósitos”. Apenas em março, a economia portuguesa apresentou um excedente externo de 264 milhões de euros, recuando 681 milhões de euros em termos homólogos.

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Comissão Europeia propõe medidas para acelerar deportações de migrantes sem direito a asilo

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

Bruxelas pretende acelerar as deportações de requerentes de asilo que não tenham direito ao estatuto, eliminando a necessidade de haver uma ligação entre o migrante e o local para onde é transferido.

A Comissão Europeia propôs esta terça-feira medidas para acelerar as deportações de requerentes de asilo que não tenham direito ao estatuto, nomeadamente o fim da ligação com os países terceiros seguros para onde são transferidos.

A proposta tem como objetivo dar maior margem de manobra aos Estados-membros para a classificação de países terceiros seguros para a deportação de requerentes que não cumpram os critérios para a concessão de asilo, garantindo que não haverá represálias.

As alterações do executivo comunitário eliminam a necessidade de haver uma ligação entre o migrante e o local para onde é transferido.

No âmbito da revisão do Pacto para a Migração e Asilo, a ligação entre o requerente e o país terceiro seguro deixará de ser obrigatória para a deportação.

Outra alteração prevista propõe que os recursos de decisões de expulsão para país terceiro seguro deixem de ter um efeito suspensivo automático.

A proposta tem de ser aprovada pelo Conselho da UE e o Parlamento Europeu.

Ao abrigo do direito da UE, os países terceiros podem ser considerados seguros quando preenchem uma série de condições, como a proteção contra a repulsão, a ausência de risco real de danos graves e de ameaças à vida e à liberdade em razão da raça, religião, nacionalidade, pertença a um grupo social ou opinião política, bem como a possibilidade de solicitar e receber proteção efetiva.

 

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