Sonae só conseguiu 42,96% da Musti e “prolonga” OPA até 6 de março

Os resultados preliminares da OPA sobre a Musti mostram que a Sonae já conseguiu 42,96% das ações da empresa nórdica, com a empresa a deixar cair o requisito de ficar com mais de 90% do capital.

A Sonae conseguiu ficar com 42,96% do capital da Musti, na sequência da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a empresa nórdica e que terminou no dia 15 de favereiro, segundo dados preliminares divulgados pela empresa à CMVM. Face a estes resultados, e caso se confirme que a empresa ficou com mais de 40% da Musti, a Sonae irá estender a oferta até ao próximo dia 6 de março e deixa cair a condição de obter 90% do capital na operação.

O período da OPA sobre a Musti, lançada pela Flybird Holding Oy, subsidiária da Sonae, terminou no passado dia 15 de fevereiro de 2024, confirmou a Sonae em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Com base no resultado preliminar da oferta hoje conhecido, o total de aceitações da oferta juntamente com as ações adquiridas ou detidas pela oferente (incluindo as ações a serem aportadas à Oferente pelos membros do Consórcio) representam cerca de 42,96% das ações e dos direitos de voto na empresa, calculados numa base totalmente diluída”, informa a empresa portuguesa liderada por Cláudia Azevedo.

Perante estes resultados, a companhia “decidiu abdicar da condição de conclusão mínima de atingir mais de 90% das ações e direitos de voto na empresa, concluir a oferta de acordo com os seus termos e condições e iniciar um período de oferta subsequente, desde que o resultado final da Oferta, que será anunciado no dia 20 de fevereiro de 2024, confirme que as Ações das aceitações durante o Período da Oferta, juntamente com as Ações adquiridas ou detidas pela Oferente (incluindo as Ações a serem aportadas à Oferente pelos membros do Consórcio), representam mais de 40% das Ações e dos direitos de voto da Empresa, calculados numa base totalmente diluída”.

Este “prolongamento” da oferta deverá, assim, iniciar-se a 21 de fevereiro e prolongar-se até dia 6 de março, “permitindo que os acionistas da Musti que não tenham aceitado a Oferta durante o Período da Oferta possam fazê-lo no Período Subsequente”.

A Sonae anunciou no passado dia 29 de novembro o lançamento de uma OPA sobre a Musti, num consórcio com três membros do conselho de administração da empresa, propondo-se pagar 26 euros por cada ação da companhia nórdica, uma contrapartida que avalia a empresa cotada na bolsa de Helsínquia em 868 milhões de euros.

A oferta foi anunciada no final de novembro e está a ser realizada através da Flybird Holding Oy, uma empresa constituída na Finlândia, em consórcio com Jeffrey David, presidente do conselho de administração da Musti, Johan Dettel, membro do conselho de administração, e o CEO David Rönnberg.

A expectativa inicial da Sonae era que a operação estivesse concluída no final do primeiro trimestre, contudo a companhia colocava como condição para a conclusão a obtenção do controlo de mais de 90% das ações e dos direitos de voto na Musti.

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Trabalhadores da Autoeuropa exigem nova proposta de aumentos salariais

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2024

"Ao fim de sete reuniões não houve propostas concretas que reconheçam o esforço, mas apenas 'migalhas'. Não é de todo compreensível e aceitável", indica o sindicato.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa exigiu esta sexta-feira à administração da empresa que apresente uma proposta de aumentos salariais para 2024 na próxima semana, face ao impasse sobre esta matéria nas negociações iniciadas em janeiro. “A CT exigiu à empresa uma resposta ao ponto dos aumentos salariais; se essa resposta não for dada irão ser marcados imediatamente plenários”, adverte, em comunicado, aquele Órgão Representativo dos Trabalhadores (ORT) da Autoeuropa.

“Ao fim de sete reuniões não houve propostas concretas que reconheçam o esforço, mas apenas `migalhas´. Não é de todo compreensível e aceitável que depois de um ano de sucesso do T-Roc e com reconhecimento nacional e internacional, a empresa não tenha mais nada para oferecer aos trabalhadores do que argumentos que põem em causa a paz social que todos valorizamos”, lê-se no comunicado da CT da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal.

De acordo com a CT, nas reuniões já realizadas foram discutidas matérias pecuniárias do caderno reivindicativo, como a reposição da perda de poder de compra dos trabalhadores, dado que os aumentos salariais dos últimos dois anos não acompanharam as taxas de inflação de 2021 (1,3%) e de 2022 (7,8%), mas sem que a empresa tivesse avançado, até agora, uma proposta de aumentos salariais para 2024.

O pagamento do trabalho por turnos em condições mais vantajosas do que o previsto na contratação coletiva do setor, prémio de objetivos para 2024 e seguro de saúde, são outros temas na mesa de negociações. A fábrica da Volkswagen Autoeuropa produziu 220.100 automóveis em 2023, o que representa um aumento de mais de 14% relativamente ao ano anterior, em que produziu 180.909 veículos T-Roc, único modelo da Volkswagen em produção na fábrica de Palmela.

De acordo com o grupo alemão Volkswagen, o T-Roc foi o terceiro carro mais vendido na Europa em 2023.

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Sindicato dos trabalhadores da CGD convoca greve para 1 de março

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2024

O banco público, segundo o sindicato, "persiste" em propostas de aumentos "salariais irrisórios e absurdos" que traduzem uma "manifesta a desvalorização do fator trabalho" perante "lucros recorde".

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) convocou esta sexta-feira uma greve para 1 de março, após a proposta da administração do banco para aumentos salariais de 3,25%, que o sindicato considera “inadmissível”.

Em comunicado, o STEC refere que esta greve foi decidida durante um plenário realizado após a terceira ronda negocial com a administração da CGD, que respondeu com um aumento salarial de 3,25% para 2024 à proposta do sindicato de aumentos de 5,9% com um mínimo de 110 euros.

Para o STEC, a administração do banco público “persiste” em propostas de aumentos “salariais irrisórios e absurdos” que traduzem uma “manifesta a desvalorização do fator trabalho” perante os “lucros recorde que a CGD se prepara para apresentar”. Para o dia da greve está também marcada uma concentração frente ao edifício sede da CGD, em Lisboa, para a qual o STEC convoca não apenas os trabalhadores, mas também os pré-reformados e reformados.

No comunicado, a estrutura sindical refere que na origem desta greve está não apenas o “valor inadmissível” proposto para aumentos salariais, mas também a redução de milhares de trabalhadores e encerramento de balcões ou a contratação de “milhares de trabalhadores” em regime de outsourcing.

O STEC refuta ainda os dados apresentados pela administração da CGD após a terceira ronda negocial, realizada na quinta-feira, considerando que os mesmos têm “origem duvidosa”, pretendem “subverter a realidade dos factos” e “denegrir a imagem pública dos trabalhadores e reformados da CGD e omitir a real perda de poder de compra acumulada nos últimos anos”. Em comunicado emitido esta quinta-feira, a Caixa Geral de Depósitos diz que propôs um aumento salarial médio de 3,25% (aumentos entre 3% e 6,74% consoante os níveis salariais), o que foi recusado pelos sindicatos.

Segundo a CGD, a proposta “reflete o reconhecimento pela Caixa do contributo dos colaboradores para os resultados alcançados, mas tem igualmente em conta o atual contexto económico e as orientações conhecidas” para o setor empresarial do Estado (aumento da massa salarial global até 5% sendo a referência por trabalhador de 3%) e está acima do que propõe a generalidade do setor (2%).

A CGD diz ainda que, no banco, a remuneração mensal mínima bruta (antes de pagar impostos) é de 1.458 euros e que a remuneração bruta média (excluindo a administração) é de 2.618 euros, valores que já incluem subsídio de refeição. Para 2024, a CGD propõe que o subsídio de refeição passe de 12,50 euros para 12,91 euros.

A Caixa Geral de Depósitos ainda não apresentou as contas de 2023, mas os resultados até setembro, de lucros de 987 milhões de euros, permitem antever um ano histórico. O banco público tem contratação coletiva autónoma, pelo que negoceia com sindicatos à parte da maioria da banca (também BCP tem negociação própria). Em 2023, STEC e CGD acordaram um aumento de 76 euros na tabela salarial.

Os bancos subscritores do Acordo Coletivo de Trabalho do setor bancário (são cerca de 20, caso de Santander Totta, Novo Banco e BPI) têm uma mesa comum de negociação salarial comum, tendo proposto 2% enquanto os sindicatos afetos à UGT exigem 6%.

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Alentejo com “um crescimento significativo” da atividade turística em 2023

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2024

“Em 2023, o Alentejo viu um aumento homólogo de 20,9% nos hóspedes do estrangeiro, comparativamente ao ano anterior”, indicou a ARPTA.

A região do Alentejo registou “um crescimento significativo” da atividade turística em 2023, com destaque para o aumento do número de hóspedes estrangeiros, dormidas e proveitos, ultrapassando os níveis pré-pandemia, foi anunciado esta sexta-feira. Em comunicado, a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA) indicou que este “crescimento significativo na atividade turística” no ano passado foi revelado no mais recente relatório da plataforma Travel BI, do Turismo de Portugal.

“Em 2023, o Alentejo viu um aumento homólogo de 20,9% nos hóspedes do estrangeiro, comparativamente ao ano anterior”, adiantou, referindo que “as dormidas de estrangeiros também registaram uma subida impressionante de 18,5%”. Segundo a ARPTA, o número de hóspedes que chegaram à região vindos do estrangeiro no ano passado, quando comparado com o de 2019, considerado até então o melhor ano turístico, cresceu 0,9% e as respetivas dormidas subiram 11,3%.

“Já os proveitos globais no Alentejo evidenciam uma tendência de crescimento contínuo, com um aumento homólogo de 16,7% e um impressionante crescimento de 48,6% em relação a 2019”, sublinhou esta agência regional. Quanto aos cinco países de onde chegam mais turistas para pernoitar no Alentejo, a entidade realçou que “todos os mercados registaram um aumento em 2023”, com a Espanha na liderança destacada, seguida dos Estados Unidos, Alemanha, França e Brasil.

Citado no comunicado, o presidente da ARPTA, Vítor Silva, considerou que “estes resultados comprovam que o Alentejo está com a estratégia correta que lhe permite este crescimento turístico”. “Crescemos em número de hóspedes, mas crescemos mais em dormidas e muito mais em proveitos”, assinalou.

De acordo com o responsável, o crescimento turístico resulta de “um esforço coletivo entre o setor público e privado, que juntos trabalham para inovar e promover o Alentejo, garantindo experiências autênticas e memoráveis aos visitantes”.

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Iberifier quer expandir investigação sobre desinformação a outros países lusófonos

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2024

O Iberifier, que passará a integrar 26 entidades, pretende levar a aprendizagem adquirida nos últimos três anos para intercâmbios com Cabo Verde, Moçambique, Angola ou Brasil.

O trabalho do observatório sobre desinformação Iberifier, que junta mais de 20 entidades públicas e privadas de Portugal e Espanha, vai prolongar-se por mais três anos e expandir-se a outros países lusófonos e hispânicos, foi anunciado esta sexta-feira.

O projeto completa em março o triénio inicial de atividade e recebeu recentemente um novo financiamento da Comissão Europeia de 1,27 milhões de euros, para uma nova fase de três anos de trabalho, até 2026, revelou esta sexta-feira numa conferência em Madrid o coordenador do Ibirifier, o investigador e professor da Universidade de Navarra Ramón Salaverría.

O Iberifier é um consórcio ibérico que integra a rede de observatórios de meios digitais e desinformação promovidos pela Comissão Europeia.

Nesta nova fase, o Iberifier – Observatório Ibérico de Media Digitais passará a integrar 26 entidades (atualmente são 23), com a incorporação, em Portugal, do Instituto Politécnico de Viseu e do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, assim como, em Espanha, do site Newtral.

Já fazem parte do Iberifier outros 23 centros de investigação e universidades ibéricas, as agências noticiosas Lusa (portuguesa) e EFE (espanhola), e fact checkers como o Polígrafo e Prova dos Factos – Público, de Portugal, e Maldita.es e Efe Verifica, de Espanha.

Sobre o objetivo de expandir “a análise dos fenómenos de desinformação ao conjunto dos países hispanos e lusófonos”, como foi anunciado em Madrid, o coordenador do Iberifier em Portugal, Gustavo Cardoso, disse à Lusa que a intenção é levar a aprendizagem adquirida nos últimos três anos para intercâmbios com Cabo Verde, Moçambique, Angola ou Brasil.

Segundo Gustavo Cardoso, já houve, no âmbito do Iberifier, “algumas experiências” na área da literacia dos media e do fact checking com entidades de outros países lusófonos, como o Brasil.

O investigador do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa sublinhou ainda como outra grande novidade da segunda fase do Iberifier a atenção às plataformas de distribuição de conteúdos na internet (como a Google ou as redes sociais do grupo Meta).

Assim, haverá “um enfoque que já não é apenas no jornalismo, naquilo que as pessoas fazem”, mas que abrangerá também as “práticas das plataformas” e de “como é que estão a cumprir aquilo com que se comprometeram” a nível de desinformação, explicou.

Na segunda fase do Iberifier, os coordenadores pretendem ainda potenciar a vertente “da sensibilização e da formação cidadã”, que no primeiro triénio esteve sobretudo focada na literacia mediática na área da educação, com formações especificamente dirigidas a professores.

Na conferência desta sexta-feira em Madrid, que encerrou o primeiro triénio do projeto Iberifier, foi apresentado um balanço da atividade até agora do observatório.

Entre os dados apresentados estão cerca de 4.500 conteúdos sujeitos a fact checking em Espanha e Portugal, mais de uma dezena de relatórios e outras publicações com tendências da desinformação e manuais de boas práticas, mais de 40 seminários para jornalistas, ações de formação para professores ou dezenas de artigos académicos divulgados em publicações científicas.

“Tudo, além disso, acompanhado de um mapeamento exaustivo dos meios digitais espanhóis e portugueses que constitui a primeira ferramenta digital destas características no mundo”, segundo uma informação escrita distribuída hoje na conferência de Madrid.

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Projeto de renovação da Gare do Oriente para a alta velocidade vai custar 8,5 milhões

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2024

O ajuste direto no valor de 8.477.500 euros, sem IVA, foi atribuído ao arquiteto espanhol Santiago Calatrava, autor do projeto original para a estação.

O projeto de renovação da Gare do Oriente, em Lisboa, para receber os serviços de alta velocidade ferroviária vai custar quase 8,5 milhões de euros à Infraestruturas de Portugal, segundo um contrato celebrado com o arquiteto Santiago Calatrava.

De acordo com dados publicados esta semana no portal de contratação pública Base, já noticiados pelo Página Um, o ajuste direto no valor de 8.477.500 euros, sem IVA, foi atribuído ao arquiteto espanhol Santiago Calatrava, autor do projeto original para a estação, construída no final dos anos 1990.

O prazo do contrato para desenvolver o projeto de execução da ampliação da estação do Oriente e a construção de um viaduto ferroviário de transição (VFT) é de 465 dias (um ano e pouco mais de três meses), e o recurso ao ajuste direto deve-se ao facto de o projeto só poder ser atribuído a Calatrava, por se tratar de uma obra de arte, segundo a fundamentação da Infraestruturas de Portugal (IP).

O projeto consiste na ampliação das atuais oito linhas da estação ferroviária para 11, através de um alargamento da gare para poente, posicionando-a sobre a estação do Metropolitano de Lisboa. Em 2008, a antiga empresa dinamizadora dos projetos de alta velocidade ferroviária em Portugal (RAVE) adjudicou a expansão da estação a Santiago Calatrava, mas como o projeto não avançou, o contrato foi extinto em 2011.

“A IP pretende, agora, que o projeto desenvolvido pela ex-RAVE em 2011 seja revisto e atualizado, de acordo com o normativo legal em vigor e com os novos requisitos técnicos e funcionais do projeto AV e, complementarmente à ampliação, que seja desenvolvido o projeto de reabilitação da estação atual”, lê-se em documentos da IP sobre o projeto, consultados pela Lusa.

Segundo os mesmos documentos, “as duas novas plataformas de passageiros devem possuir 420 metros úteis de comprimento e 760 milímetros de altura” e, dado que a IP assume que “as barreiras corta-vento existentes da estação ferroviária, localizadas no topo das fachadas nascente e poente, não garantem o conforto dos passageiros nem a proteção necessária à intempérie”, “deve ser prevista a alteração/revisão da solução arquitetónica das barreiras novas e existentes”.

“Complementarmente, devem ser previstos abrigos/corta ventos, em todas as plataformas atuais e futuras, localizados no ponto de paragem dos comboios e de maior acumulação de pessoas”, é ainda referido nos documentos. A linha de alta velocidade deverá ligar as duas principais cidades do país em cerca de uma hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Vila Nova de Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria.

A primeira fase (Porto-Soure) deverá estar pronta em 2030, com possibilidade de ligação à Linha do Norte e encurtando de imediato o tempo de viagem, estando previsto que a segunda fase (Soure-Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa posteriormente, assegurada via Linha do Norte.

Prevê-se a realização de 60 serviços por dia e por sentido, dos quais 17 serão diretos, nove com paragens nas cidades intermédias (Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia), e 34 serviços mistos (com ligação à rede convencional). O projeto prevê transportar 16 milhões de passageiros por ano na nova linha e na atual Linha do Norte, dos quais cerca de um milhão que atualmente fazem a viagem de avião.

Paralelamente, está também a ser projetada a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), com estações no aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga e Valença (distrito de Viana do Castelo). No total, segundo o Governo, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete a oito mil milhões de euros.

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Obras suspendem circulação ferroviária entre Cais do Sodré e Algés em dois fins de semana

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2024

A interdição de circulação de comboios entre Cais do Sodré e Algés terá início às 23:00 de sexta-feira e terminará às 2:00 de segunda-feira nos fins de semana de 24 e 25 de fevereiro e de 2 e 3 março.

A circulação ferroviária entre o Cais do Sodré e Algés vai ser suspensa no último fim de semana deste mês e no primeiro de março, devido à modernização da Linha de Cascais e expansão do Metropolitano de Lisboa. O anúncio foi feito esta sexta-feira através de um comunicado assinado pela Infraestruturas de Portugal (IP), CP – Comboios de Portugal e Metropolitano de Lisboa.

Segundo o comunicado, nos fins de semana de 24 e 25 de fevereiro e de 2 e 3 de março “haverá suspensão da circulação de comboios da CP na Linha de Cascais, entre o Cais do Sodré e Algés”. A suspensão deve-se às obras de modernização da Linha de Cascais em curso e à expansão da rede do metro, mas “a circulação de comboios do Metropolitano de Lisboa não será afetada”, refere-se na nota.

Para “assegurar o serviço e minimizar o impacto dos trabalhos que decorrem de forma faseada e maioritariamente no período noturno e fins de semana”, a interdição de circulação de comboios da CP entre Cais do Sodré e Algés terá início às 23:00 de sexta-feira e terminará às 02:00 de segunda-feira, afirmaram as empresas.

No fim de semana seguinte, a interdição será idêntica, iniciando-se às 23:00 de 01 de março e terminando às 02:00 de 4 de março. “Estas interrupções nestes dois fins de semana prendem-se com a construção da linha Circular do Metropolitano de Lisboa, que envolve a construção de um novo túnel para ligação da nova estação Santos à atual estação Cais do Sodré, que será efetuada em técnica de escavação a céu aberto, situação que implicará a realização de alterações provisórias do traçado da Linha de Cascais”, explica-se na nota.

As empresas destacam que esta intervenção tem de ser feita “com a maior segurança e rigor, que não será compatível com a circulação dos comboios da CP”. Os trabalhos prendem-se, igualmente, com a construção de um novo átrio (poente) na estação Cais do Sodré do Metropolitano de Lisboa, com dois acessos diretos à superfície para a plataforma da CP, que permitirá “um aumento do escoamento dos clientes do Interface do Cais do Sodré, onde operam o metro, CP, Carris e Transtejo”, explicam.

Além dos serviços rodoviários de substituição disponibilizados pela CP no âmbito das obras de modernização da linha de Cascais, o metro de Lisboa, a CP, a IP, a Carris e outros operadores de transporte, em articulação com a Câmara de Lisboa, vão adotar medidas para minimizar os constrangimentos causados pela suspensão do transporte ferroviário naqueles dois fins de semana.

Assim, será criado um circuito alternativo em autocarros, no trajeto Cais do Sodré/Algés e sentido inverso, com partida da paragem dedicada à CP no Cais do Sodré, Praça Duque da Terceira (gelataria Fiori), via 24 Julho/Avenida da Índia, com paragem em Santos, Alcântara-Mar, Belém, e chegada/partida em Algés, no Largo da Estação (terminal rodoviário, junto à Av. Marginal).

Um circuito direto em autocarros entre o Cais do Sodré/Algés e sentido inverso funcionará ao sábado e domingo, das 10:00 às 20:00, com partida do Cais do Sodré, na Rua da Cintura ao Porto de Lisboa (lado rio), após a Estação Fluvial, e de Algés, da Av. Dr. Alfredo Magalhães Ramalho, frente à entrada principal do IPMA.

As carreiras da Carris que poderão ser utilizadas para circulação junto às estações da CP são a 15E, 751, 714, 728, 727, 732 e 201 (rede da madrugada) e, de Algés/Belém para o centro da cidade, a 723, 729, 750, 751, 727 e 728. Aos clientes da CP com passe Navegante válido para o percurso Cais de Sodré/Algés, recomenda-se na nota a utilização do elétrico 15E, com paragem da Carris no Cais do Sodré (lado terra), e no Jardim de Algés, na Praça 25 de abril.

No comunicado informa-se ainda que, “no serviço rodoviário de substituição, os tempos de trajeto podem variar em função das condições de trânsito” e que, “entre o Cais do Sodré e Algés, não é garantida a ligação aos comboios de horário, exceto ao último comboio da noite, com partida de Algés às 02:05”.

“Os autocarros ao serviço da CP estarão identificados e estarão equipados com rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, não sendo permitido o transporte de bicicletas”, alertam ainda a IP, CP e metro, acrescentando que “o transporte de animais de companhia de pequeno porte é permitido se o animal viajar acondicionado em contentor apropriado” e transportado “como volume de mão”.

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Lote de barrita Milka Oreo Choco retirado do mercado

  • ECO
  • 16 Fevereiro 2024

Em causa está o lote OSK0934422 da barrita Milka 37G Oreo Choco, com data de validade de 01/08/2024 e código de barras 7622210718693. Restantes produtos da marca não foram afetados.

A Mondelēz International decidiu retirar preventivamente um lote da barrita Milka 37G Oreo Choco, depois de detetar “a possível presença de fragmentos de plástico em algumas unidades”, anunciou esta sexta-feira em empresa. Empresa pede aos consumidores que já compraram o produto que não o consumam.

“A Mondelēz International confirma que este problema é um caso isolado neste lote específico”, lê-se, notando que”o restante portfólio de produtos Oreo e Milka da Mondelēz Portugal não se encontra afetado por este incidente”. Em causa está o lote OSK0934422 da barrita Milka37GOreo Choco, com data de validade de 01/08/2024 e código de barras 7622210718693.

Não obstante, a Mondelēz International aponta ainda que “foram tomadas as medidas de prevenção necessárias em coordenação com as autoridades” e que “foi solicitada a recolha de todas as barritas do lote afetado”. Por isso, apela ainda aos consumidores que compraram o produto em causa que não o consumam.

“Por outro lado, para qualquer consumidor que tenha o produto afetado e deseje devolvê-lo ou solicitar qualquer esclarecimento, a empresa oferece o Serviço de Atenção ao Consumidor através do 800 100 951, de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 18h00; ou pelo formulário de contacto no site“, lê-se.

“Esta decisão obedece apenas a uma medida meramente preventiva”, acrescenta a empresa, sublinhando que “lamenta” o incidente e reforça o compromisso com a segurança dos consumidores e a qualidade dos produtos.

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Contratação de trabalhadores altamente qualificados financiada pelo Portugal 2030

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2024

Os programas Algarve 2030, Norte 2030 e Centro 2030 têm candidaturas abertas para o apoio à contratação de recursos humanos altamente qualificados.

A contratação de trabalhadores altamente qualificados pelas empresas, de norte a sul do país, conta com o financiamento que pode ultrapassar os 50% da despesa pelo programa Portugal 2030 (PT 2030). Os programas Algarve 2030, Norte 2030 e Centro 2030 têm candidaturas abertas para o apoio à contratação de recursos humanos altamente qualificados (RHAQ) por micro, pequenas e médias empresas, instituições científicas e laboratórios.

Os trabalhadores em causa devem ser licenciados, mestres, doutores ou pós-doutorados. Para a região algarvia foram lançados dois avisos, um geral e outro específico para as regiões de baixa densidade. Nos dois casos, o período de candidaturas teve início no final de janeiro, estando previstas três datas para a decisão final – 30 de abril (primeira fase), 30 de agosto (segunda fase) e 30 de dezembro (terceira fase).

A contratação de recursos humanos altamente qualificados em infraestruturas científicas, instituições científicas e tecnológicas e laboratórios colaborativos tem 2,4 milhões de euros de dotação e uma taxa máxima de cofinanciamento de 60%. Já a contratação de recursos humanos altamente qualificados por empresas – territórios de baixa densidade tem uma dotação indicativa de 200.000 euros e um cofinanciamento máximo de 50%.

Para a região Norte estão abertos dois avisos desde 30 de dezembro de 2023 e até 29 de março do corrente ano. O primeiro aviso, que diz respeitos aos territórios de baixa densidade, conta com 4,5 milhões de euros de dotação e uma taxa de financiamento máxima de 50%.

O segundo, destinado aos territórios de baixa densidade, tem 1,5 milhões de euros de orçamento e um máximo de cofinanciamento de 50%. O programa Centro 2030 também abriu dois avisos para a contratação de trabalhadores altamente qualificados, com candidaturas desde novembro de 2023 até dezembro de 2024.

Para os territórios de baixa densidade no Centro a dotação global é de quatro milhões de euros, enquanto para os restantes é de seis milhões de euros, com um máximo de 50% de cofinanciamento. O PT 2030 conta com uma dotação de 22.995 milhões de euros até 2027.

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Embedded Savings: a conversão de aforradores em investidores

  • Conteúdo Patrocinado
  • 16 Fevereiro 2024

A conversão de aforradores em investidores tem sido um desafio para a banca de retalho em Portugal. Num momento chave para a promoção do investimento, as fintech podem ser a solução.

Os hábitos de poupança em Portugal tem sido extensamente discutidos, tipicamente associados a uma baixa literacia financeira quando comparada a nível europeu ou a uma tradicional aversão ao risco. Adicionalmente, poderiam ser incluídos fatores como a capacidade de poupança ou fatores culturais, como a utilização do imobiliário como forma de poupança/investimento.

De acordo com o Inquérito à Situação Financeira das Famílias 2021, promovido pelo Banco Central Europeu, a penetração de instrumentos de poupança em Portugal é quase sempre inferior à média europeia (18,7% das família tem planos voluntários de pensão versus 28,4% a nível europeu, 0,8% e 4,7% detêm obrigações e ações correspondentemente comparando com 3,2% e 10,9% da zona euro). Estes indicadores apontam para uma realidade onde as poupanças são mantidas em depósitos ou contas à ordem.

O setor financeiro nacional tem realizado apostas na simplificação de jornadas de subscrição, ao mesmo tempo que tem focado os canais digitais mobile e na criação de conteúdos e plataformas educativas, mas existem ainda oportunidades a explorar. Esse será o foco do painel sobre Embedded Savings, com a participação do Nuno Pereira, da Paynest, e David Conde, da Coinscrap Finance.

Embedded Savings representa a disponibilização de ferramentas que, no contexto adequado, promovem ou facilitam a poupança e tem sido explorado pelo ecossistema fintech como estratégia para acelerar a poupança.

Para a banca, embedded savings apresenta duas principais oportunidades:

  • Por um lado, a criação de novas funcionalidades que aumentem o envolvimento do utilizador com as suas poupanças, desde simuladores de longo prazo (caso da inveert), a motores de regras de poupança (caso da Coinscrap Finance) ou até abordagens open banking aos investimentos (caso da Flanks).
  • Por outro lado, começam a surgir opções de poupança disponibilizadas por players não bancários. Veja-se o exemplo da Apple Wallet, que começou a disponibilizar opções de poupança remunerada para o cashback recebido. A nível europeu, a Coverflex, uma fintech dedicada à gestão da compensação e benefícios de colaboradores, disponibiliza aos utilizadores jornadas digitais para subscrever um Plano Poupança Reforma, de forma a criar um novo contexto para gerar poupança. Assim, geram-se novas oportunidades para a banca encontrar também novos parceiros para distribuir opções de poupança de forma contextualizada.

No próximo dia 27 de Fevereiro, a Embedded Everything Conf dará palco a este tema, discutindo de que forma poderão os players financeiros criar novas formas de converter aforradores em investidores.

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Quem são os oito executivos que saíram da Farfetch?

Entre os diretores de saída destaca-se a veterana da indústria de luxo Elizabeth von der Goltz, Kelly Kowal, e os portugueses Hélder Dias, diretor de produtos, e Luís Teixeira, diretor de operações.

A notícia, esta quinta-feira, da saída do português José Neves da liderança da Farfetch, menos de dois meses após o anúncio da venda aos sul-coreanos da Coupang e duas semanas após a conclusão do negócio, surpreendeu o mercado. Mas a saída do fundador e até então CEO do markplace de produtos de luxo luso-britânico é apenas a ponta do iceberg. Além do empresário português, a empresa agora liderada pelo dono da Coupang perdeu outros oito importantes diretores, num momento em que já está a ser apontada a porta de saída a muitos profissionais da Farfetch em Portugal.

Foi através de um email dirigido aos trabalhadores que a Farfetch informou que “José Neves decidiu demitir-se como CEO com efeitos imediatos” e “Hélder Dias, Kelly Kowal, Edward Sabbagh, Sindhura Sarikonda, Tim Stone, Luís Teixeira, Nick Tran e Elizabeth Von Der Goltz seguirão em frente para outros projetos”, não detalhando se estes executivos saem pelo próprio pé ou se já fazem parte do plano de despedimentos que a “nova” Farfetch vai implementar.

Na lista de diretores de saída sobressai o nome da veterana da indústria de luxo Elizabeth von der Goltz, que era diretora de merchandising, e a diretora de plataformas Kelly Kowal, juntamente com funcionários de longa duração daquele que foi o primeiro unicórnio de capital português, como os portugueses Hélder Dias, diretor de produtos, e Luís Teixeira, diretor de operações.

Veja quem são os executivos de saída da Farfetch.

Elizabeth von der Goltz, Chief Fashion and Merchandising Officer e CEO of Browns

Com uma longa carreira no mundo da moda, que inclui passagens pela MatchesFashion, Bergdorf Goodman e Net-a-Porter, Elisabeth von der Goltz chegou ao universo Farfetch apenas no ano passado, quando foi convidada para assumir o departamento de moda e merchandising da empresa e ser CEO da Browns Fashion.

A saída da veterana da moda foi apontada pelos meios especializados como uma das principais machadadas na equipa executiva da Farfetch, dada a sua experiência e ter sido uma das apostas da plataforma de roupa de luxo no início de 2023.

Kelly Kowal, diretora de plataformas

Kelly Kowal é outra das executivas que está de saída da Farfetch. A responsável pelas soluções de plataformas conta com uma longa carreira na tecnológica. Começou a trabalhar na Farfetch em novembro de 2010, como diretora de marketing digital. Com uma carreira de mais de duas décadas, exercia o cargo de diretora de plataformas há mais de quatro anos.

Com a entrada da Coupang, Kowal despede-se da Farfetch, agora controlada pelos sul-coreanos.

Luís Teixeira, diretor de operações

Luís Teixeira exercia as funções de diretor de operações, sendo responsável internacionalmente por todas as áreas de operações da Farfetch e pela supervisão de todas as equipas na área de service, order experience e content creation. Era ainda responsável por todas as operações da Farfetch nos quatro escritórios portugueses da empresa, no Porto, Lisboa, Guimarães e Braga.

Licenciado em Gestão e Engenharia Industrial pela Universidade do Porto e com um MBA em Logística pela Porto Business School, Luís Teixeira contava com quase 12 anos de Farfetch e era considerado um dos elementos mais importantes da equipa executiva.

Hélder Dias, diretor de produtos

O português Hélder Dias é outro dos membros da comissão executiva que abandonou esta semana a Farfetch. Há oito anos na equipa de Matosinhos, no Porto, Hélder Dias, enquanto diretor de produtos, era responsável por garantir a estratégia global, organização e alinhamento da equipa de Produto e Engenharia, tendo contribuído para a Farfetch se assumir como uma plataforma global no retalho de luxo.

Engenheiro de formação, passou os primeiros 15 anos de carreira a trabalhar com retalhistas em todo o mundo. Chegou à Farfetch em 2016 e liderava toda a estratégia de evolução de produtos do primeiro unicórnio de capitais portugueses.

Tim Stone, administrador financeiro

Tim Stone foi apontado como o novo chief financial officer (CFO) da Farfetch apenas no passado mês de setembro, substituindo no cargo Elliot Jordan, cuja saída tinha sido anunciada em fevereiro do ano passado. Foi ele quem apanhou com a turbulência financeira da plataforma de bens de luxo, antes da venda à Coupang, devido à iminência de uma entrada em situação de rutura financeira.

“Este é um momento maravilhoso para ingressar na Farfetch. A empresa está a liderar, com sucesso, a digitalização da indústria da moda de luxo, colocando-a no centro de um mercado de crescimento global de longo prazo. Com o foco nos nossos clientes e parceiros, no crescimento lucrativo e na execução operacional, estamos bem posicionados para impulsionar a geração de fluxo de caixa livre”, comentava em comunicado no passado mês de agosto.

Formado em contabilidade pela University of Southern California, nos Estados Unidos, ao longo da sua carreira profissional, Tim Stone passou pela Ford, tendo desempenhado a função de CFO, e pela Amazon, onde esteve mais de 20 anos, assumindo, por último, o cargo de vice-presidente. Sai da Farfetch menos de meio ano depois de ter sido contratado.

Sindhura Sarikonda, presidente da Farfetch na América

Sindhura Sarikonda foi contratada em janeiro de 2023 para assumir a operação no continente americano. Sete meses depois, em setembro, juntou-se à comissão executiva da plataforma criada por José Neves. A sua contratação foi anunciada na mesma altura que a de Elizabeth von der Goltz.

No currículo, Sarikonda, que é formada pela universidade da Pensilvânia, acumula cargos na Klarna, Walmart eCommerce e na Jet.com.

Edward Sabbagh, Chief Marketplace Officer

Edward Sabbagh iniciou a sua carreira na Farfetch em 2017. Na empresa desempenhou vários cargos como diretor, até assumir o cargo de chief marketplace officer em setembro de 2022, altura em que passou também a integrar o quadro de executivos da empresa.

O seu percurso profissional começou, contudo, no mundo financeiro, tendo iniciado a sua vida profissional na KPMG, onde trabalhou na área bancária e de fundos de investimento. Mais tarde juntou-se à L’Óreal, onde desempenhou funções de analista financeiro, tendo ainda passado pelo Chalhoub Group, antes de se ter juntado à Farfetch.

Nick Tran, Chief Marketing Officer

O ex-TikTok Nick Tran foi contratado em abril do ano passado, ficando a reportar a Edward Sabbagh, o então chief marketplace officer. Ficou responsável pelas operações de marketing a nível global, com especial foco nas gerações mais jovens, os millennials e a geração Z.

Com uma carreira de mais de 20 anos, Tran tem experiência premiada na construção de marcas, no desenvolvimento de equipas de elevado desempenho e na criação de estratégias de marketing inovadoras. Além de ter ganho vários prémios de marketing, passou ainda pela plataforma Hulu, onde desempenhou o cargo de vp of brand and culture marketing, e pela Samsung, como diretor de marketing e head of social media & brand culture.

“O marketing de sucesso requer inovação constante e vontade de ir mais além, algo que Nick mostrou no TikTok [onde exerceu funções de diretor de marketing global]. Com Nick no comando dos nossos esforços de marketing e incríveis equipas de marketing global, estou confiante que a nossa marca continuará a prosperar e a evoluir, o que é um foco fundamental para o novo capítulo dos marktplaces da Farfetch”, adiantou Edward Sabbagh, o antigo Chief Marketplace Officer da Farfetch, aquando da contratação.

Com a saída destes oito diretores, cai metade da equipa executiva da Farfetch. José Neves deixa de ser CEO mas vai continuar para já na empresa, a prestar serviços de consultoria, nesta fase de transição de gestão para as mãos dos sul-coreanos.

Já nos próximos dias deverão ser conhecidos novos detalhes sobre o plano de despedimentos da companhia, que vai abranger entre 25% e 30% das equipas a nível global.

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IGCP realiza na próxima quarta-feira dois leilões de Bilhetes do Tesouro

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2024

O leilão duplo de Bilhetes do Tesouro será de sete meses e 11 meses, para angariar até 1.500 milhões de euros.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública realiza na quarta-feira, dia 21 de fevereiro, um leilão duplo de Bilhetes do Tesouro (BT) a sete meses e a 11 meses, para angariar até 1.500 milhões de euros.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a agência que gere a dívida pública portuguesa refere que “vai realizar no próximo dia 21 de fevereiro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de BT com maturidades em setembro de 2024 e em janeiro de 2025”.

O leilão tem um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros. No último leilão de BT a um prazo de 11 meses, realizado há cerca de um ano, em 15 de fevereiro de 2023, foram colocados 300 milhões de euros à taxa de juro média de 2,975%.

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