Entrevista rápida: Rui Lima, Chief International Officer da SIBS

  • BRANDS' ECO
  • 12 Novembro 2024

"A SIBS quer afirmar-se como um provider de funções tecnológicas na área dos pagamentos”, refere Rui Lima, Chief International Officer da SIBS.

A SIBS marca presença na Web Summit 2024 com um stand que exibe as suas mais recentes inovações, juntamente com soluções desenvolvidas em colaboração com parceiros nacionais e internacionais para simplificar o dia a dia das empresas e dos consumidores.

Durante os três dias do evento, o espaço da SIBS promove ainda talks com convidados nacionais e internacionais, centradas no mercado de pagamentos, explorando as tendências e o futuro das transações digitais.

Rui Lima, Chief International Officer da SIBS, fala sobre as expectativas da fintech para esta edição da Web Summit, da importância das parcerias e da presença internacional da marca.

 

 

 

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Portuguesa Shilling investe na americana Bounce. Travel tech levanta 17,7 milhões

Com uma equipa de 102 pessoas, 60% das quais em Portugal, a Bounce está a recrutar. Neste momento, tem 21 posições disponíveis.

Equipa Bounce

A Bounce, travel tech norte-americana com sede europeia em Lisboa, acaba de levantar 19 milhões de euros (17,7 milhões de euros) numa ronda série B para acelerar a expansão internacional. A ronda, liderada pela Sapphire Sport, conta com a participação do fundo de investimento português Shilling. A Bounce está a reforçar a equipa e tem 21 ofertas em aberto.

“Na Bounce, acreditamos que ninguém deve planear os seus dias a pensar na gestão dos seus pertences. Esta Série B marca, não só um milestone, mas uma rampa de lançamento para um impacto muito maior. Estamos muito entusiasmados em poder trabalhar com a equipa da Sapphire Sport e tirar partido de décadas de experiência, ao mesmo tempo que expandimos a nossa influência e facilitamos a vida a mais viajantes e locais para explorarem o mundo de forma mais leve, sem o peso das suas bagagens”, diz Cody Candee, fundador e CEO da Bounce, citado em comunicado.

Liderada pela Sapphire Sport, a ronda além da Shilling, que investe pela primeira vez na travel tech, bem como a Thayer Ventures, FJ Labs, 20VC Growth, assim como o reforço da participação de investidores como Andreessen Horowitz e a General Catalyst.

Lançada em 2019, a Bounce gere uma rede de armazenamento que conta com mais de 13.000 parceiros em 100 países, com presença em mais de 4.000 cidades. Em Portugal, onde a empresa desde abril de 2023 tem a sua sede global, conta com mais de 500 parceiros, incluindo cerca de duas centenas em Lisboa e mais de 70 no Porto. Este ano a travel tech foi considerada a 8.ª empresa com o crescimento mais rápido nos Estados Unidos pela Inc5000, tendo já movimentado seis milhões de bagagens.

Com esta nova injeção de capital, a companhia espera acelerar crescimento, bem como lançar em 2025 “vários novos setores verticais”, como a entrega, o envio e o Bounce for Hotels.

Atualmente, a Bounce tem uma equipa de 102 pessoas, 60% das quais em Portugal, e está a reforçar a equipa. Neste momento, está a contratar para 21 posições nas áreas de engenharia, design, produto, operações, growth e vendas.

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Maioria da mão-de-obra imigrante no turismo algarvio é do Brasil e tem até 39 anos

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Jovens adultos, entre 30 e 39 anos, principalmente do Brasil, "veem Portugal como uma extensão cultural das suas origens e buscam melhorar suas condições de vida", indica estudo.

Quase 50% dos trabalhadores imigrantes no setor do turismo no Algarve são jovens adultos, na sua maioria brasileiros que buscam melhores condições de vida num país próximo culturalmente, indica um estudo de um laboratório colaborativo na área do turismo.

O principal perfil da amostra, que “representa 47,8% dos inquiridos, é predominantemente constituído por jovens adultos [entre 30 e 39 anos], principalmente do Brasil, que veem Portugal como uma extensão cultural das suas origens e buscam melhorar suas condições de vida“, lê-se num resumo com as principais conclusões do estudo a que a agência Lusa teve acesso.

Em declarações à Lusa, fonte do laboratório colaborativo KIPt, que realizou o estudo, disse que 32% dos inquiridos é de nacionalidade brasileira, sem especificar a percentagem existente em cada um dos perfis.

O estudo “Imigrantes na Profissão em Turismo e Hospitalidade no Algarve”, que é apresentado na sexta-feira, em Albufeira, resulta da aplicação de 499 questionários recolhidos entre o verão de 2023 e o início de 2024. Foram identificados três perfis de profissionais imigrantes, que vivem a profissão com intensidades diferentes, facto que justifica que as suas intenções variem entre a integração a longo prazo e a transição para outros destinos ou setores.

O primeiro perfil baseado na amostra — ‘imigrantes com afinidade cultural a Portugal e necessidades socioeconómicas‘ — indica que as motivações centrais neste grupo incluem “estabilidade financeira e acesso a uma vida mais segura”. O relatório alerta que, embora este perfil apresente “uma intenção relativamente sólida” de continuar em Portugal, a satisfação com as condições atuais de vida é “moderada”, o que pode afetar a permanência a longo prazo.

Um segundo perfil da amostra — ‘imigrantes em busca de melhor qualidade de vida e novas oportunidades’ — é composto por 43,9% dos participantes, sobretudo jovens (entre os 20 e os 29 anos) vindos do Brasil, Índia e Nepal, na sua maioria solteiros e com uma escolaridade que vai do ensino secundário ao superior. “Os indivíduos deste perfil vieram para Portugal atraídos pela promessa de uma vida melhor, com oportunidades de desenvolvimento pessoal e segurança que não tinham nos seus países de origem”, refere o resumo do estudo.

Segundo o estudo, este grupo de imigrantes tem a expectativa de crescimento e estabilidade num ambiente mais favorável e “a elevada satisfação com as condições de vida em Portugal reforça sua intenção de permanecer no país a longo prazo”.

Um terceiro perfil — ‘imigrantes orientados para networking e desenvolvimento profissional‘ — compreende 8,3% da amostra e é caracterizado por imigrantes europeus, maioritariamente jovens altamente qualificados e que valorizam redes de contacto e oportunidades de desenvolvimento de competências.

Este grupo de imigrantes no Algarve “perceciona o país como uma plataforma para networking [rede de contactos] e crescimento na carreira, mas não necessariamente como destino definitivo”.

O estudo sublinha que a insatisfação deste grupo “com certas condições de vida e uma menor conexão com a cultura local justifica a maior propensão para considerarem a emigração para outros países ou o regresso ao seu país de origem“.

O KIPt é um laboratório colaborativo na área do turismo criado na Universidade do Algarve, que pretende ser um espaço de cocriação entre a academia, as empresas e as associações que se juntam para valorizar as pessoas e o turismo.

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Galp renova patrocínio à FPF até 2030. Recorde algumas das campanhas de apoio à seleção

O patrocínio da Galp à Federação Portuguesa de Futebol faz agora 25 anos, Menos Ais, Vuvuzelas, 11 por todos e todos por 11 ou Deixa Tudo em Campo são algumas das campanhas que ficaram na memória.

A Galp renovou até 2030 o patrocínio à Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O acordo, assinado esta terça-feira, abrange a seleção nacional A masculina e a seleção nacional sub-21. O acordo, agora assinado por seis épocas desportivas, teve início em 1999.

Esta é uma ligação histórica entre duas instituições e duas marcas que simbolizam muito para os portugueses. É uma ligação emocional, porque o futebol e a seleção despertam a paixão dos adeptos. Mas é também uma ligação que partilha muitos valores que estão na matriz da Galp“, diz citado em comunicado João Diogo Silva, administrador executivo da Galp. “Como a ambição permanente de chegar mais longe e a convicção de que juntos, em equipa e em comunidade, somos mais fortes, queremos apoiar a seleção rumo à vitória”, acrescenta.

Ao +M, a Galp recorda algumas das métricas que sustentam a lógica de patrocínio à FPF. Durante o Euro 2024, os jogos da Seleção contam com mais de 3 milhões de espectadores em Portugal e o jogo Portugal x Chéquia foi o programa mais visto do ano. Por outro lado, a seleção portuguesa é a seleção com mais seguidores no Instagram a nível mundial e é também a terceira mais valiosa da Europa, avaliada em 1,04 mil milhões de euros, enumera Galp.

A Galp tem vindo a protagonizar algumas das campanhas memoráveis de apoio à seleção. A primeira, lançada em vésperas do Euro 2024, “Menos Ais”, garantiu à Galp o primeiro lugar de notoriedade entre patrocinadores da seleção e do Euro. No final da campanha, 85,5% das pessoas reconheceu o hino e destes, mais de três quartos, associou-o à Galp, recorda a companhia ao +M.

Já em 2010, a campanha Vuvuzelas, para o Mundial 2010, originou a venda de 535 mil vuvuzelas em lojas e estações de serviço Galp e atingiu uma notoriedade espontânea de 93%. A promoção que atribuía prémios e viagens ao Mundial contou com mais de 1,2 milhões de participações, diz a Galp.

O vídeo da campanha de 2012, “11 por todos e todos por 11” teve um acumulado de mais de 292 mil visualizações no YouTube.

No Euro 2016, o anúncio da campanha “Deixa Tudo em Campo” foi o que gerou o maior agrado junto dos consumidores entre as campanhas de todos os patrocinadores.

Em 2024, a campanha da Galp foi a que gerou um maior impacto emocional associada ao Euro’24, com um desempenho 24% superior à norma dos anúncios da televisão portuguesa durante o mesmo período. Este resultado levou a que fosse a marca com maior recordação entre os patrocinadores da Seleção Portuguesa de Futebol, aponta a companhia, citado um estudo da Mediaprobe. A campanha alcançou uma taxa de recordação sugerida de 74% e fez parte do Top 5 campanhas de TV de maior associação ao Euro’24.

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É um exit. Americana Snyk compra tecnológica portuense Probely

"A equipa da Probely vai ser integrada, contando à volta de 40 pessoas que passam a fazer parte da equipa Snyk", assegura ao ECO fonte oficial da empresa norte-americana.

Fundadores da Probely: Nuno Loureiro, João Poupino, Hugo Castilho, Bruno Barão, Cláudio Gamboa e Tiago Mendo.

É um exit. A norte-americana Snyk acaba de anunciar a compra da tecnológica portuense Probely, absorvendo a atual equipa de cerca de 40 pessoas. O valor da operação não foi revelado.

“Para líderes globais de cibersegurança que procuram acelerar a adoção do uso de IA de uma forma confiável, adicionar a tecnologia e expertise da Probely reforça a amplitude e profundidade da plataforma da Snyk”, afirma Peter McKay, CEO da Snyk, citado em comunicado. “Juntos, ambicionamos que a indústria evolua com a nossa visão developer-first partilhada, que equilibra, de forma eficaz, a capacidade rápida de inovação com a segurança”, acrescenta.

“A equipa da Probely vai ser integrada, contando à volta de 40 pessoas que passam a fazer parte da equipa Snyk”, refere fonte oficial quando questionada pelo ECO.

“Tal como a Snyk, a Probely tem estado focada em potenciar os developers a desenvolver de forma segura desde o primeiro dia”, afirmou Nuno Loureiro, CEO e cofundador da Probely. “Com este espírito partilhado, sentimo-nos honrados por fazer parte da equipa global da Snyk, que está em constante crescimento, e por aumentarmos o valor que aportamos aos nossos clientes”, completou.

A operação é a mais recente aquisição da Snyk depois da compra da DeepCode, Reviewpad, Enso Security e Helios.

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“Mais de 40% da nossa faturação vem da inovação”

  • BRANDS' ECO
  • 12 Novembro 2024

Rui Lima, CIO da SIBS, considera essencial a aposta em projetos e soluções disruptivas para crescer. A fintech de pagamentos digitais está na Web Summit até quinta-feira.

Facilitar a vida aos consumidores e acelerar a velocidade dos pagamentos digitais é um dos grandes objetivos da SIBS, que, por estes dias, marca presença na Web Summit Lisboa como Exclusive Cashless Partner, sendo responsável por garantir todas as transações no evento. Para Rui Lima, Chief International Officer (CIO), a inovação tem de estar no centro da atividade da empresa para que esta continue a crescer e expandir-se no mercado internacional.

“Mais de 40% da nossa faturação vem da inovação, que tem de fazer parte do nosso negócio do dia-a-dia”, partilhou durante a primeira de várias SIBS Talks promovidas no stand da fintech portuguesa. É precisamente esta aposta que tem permitido à tecnológica alargar a sua presença além-fronteiras, nomeadamente em Angola, onde está disponível “uma solução para aumentar a inclusão financeira” que assegura “mais de 120 milhões de transações por mês”.

Inicialmente nascida com uma visão doméstica, a SIBS é hoje uma empresa de olhos postos no mundo – e, em particular, na Europa. “Identificámos a Europa Central e do Leste como mercado estratégico, não só na área dos pagamentos como também na inclusão financeira”, partilhou.

Rui Lima lembrou o investimento feito em mercados como o da Polónia ou da Roménia, que a empresa procura “consolidar”, e onde já estão disponíveis várias soluções inovadoras desenvolvidas pela SIBS. E essas, diz, tanto podem ser desenhadas in house como com o apoio de parceiros tecnológicos. “Acreditamos que é vantajoso desenvolver soluções em parceria. Olhamos para isso como algo muito importante”, acrescentou.

A aposta na expansão europeia prende-se não apenas com a proximidade geográfica e cultural, mas sobretudo pela facilidade no cumprimento da regulação. “A regulação é algo que existe e que temos de cumprir. O foco na Europa permite-nos navegar melhor porque a regulação parte toda do mesmo sítio, embora cada país tenha ligeiras alterações. Mas isso torna mais fácil olhar para esses mercados”, explicou.

E como se garante o sucesso da atividade num novo mercado? Rui Lima acredita que o segredo está em ter “uma presença internacional com um sabor local”, algo que se consegue com “lideranças e iniciativas locais”. Só assim, diz, é possível oferecer “soluções personalizadas para os diferentes mercados”.

Continue a acompanhar a presença da SIBS na Web Summit Lisboa 2024, no ECO.

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Empresas pedem incentivos ao hidrogénio verde para competir com o “cinzento”

O hidrogénio verde deverá ser uma solução para ajudar as empresas com maiores necessidades de energia a acelerar a transição energética, defendem especialistas do setor.

O hidrogénio verde é um dos setores que se vai desenvolver e vai suportar as indústrias intensivas de energia, ajudando-as a superar os desafios ao nível da eletrificação, mas são precisos incentivos para poder competir com os preços do hidrogénio “cinzento”.

Portugal é um dos países onde as energias renováveis pesam mais na produção de eletricidade, tirando partido das características ambientais do país. De acordo com Pedro Ávila, Diretor de Sustentabilidade Operacional da REN, no final do ano passado, 61% consumo era gerado a partir de energias renováveis, com reflexo nos preços da energia, adianta no Green Economy Forum, a conferência anual do Capital Verde e que se realizou esta terça-feira em Gaia.

O responsável da REN aponta que, no âmbito da transição energética, “o hidrogénio é um setor que se vai desenvolver e vai suportar indústrias que pela dificuldade da eletrificação”, devido às necessidades intensivas de energia, necessitam de armazenar energia para fazer face às suas necessidades.

“Para empresas que querem ser cada vez mais competitivas a nível internacional, esse mesmo processo vai trazer o hidrogénio enquanto setor complementar à eletricidade“, explica Pedro Ávila.

 

Hugo Costa, diretor de desenvolvimento de negócios em Portugal da EDP, defende que são precisos incentivos no hidrogénio verde. “Não conseguiremos competir com hidrogénio cinzento se não houver algum apoio”, alerta.

E a necessidade de incentivos não se fica pelo hidrogénio verde. Com metas muito ambiciosas em relação à transição energética – objetivo é atingir a neutralidade carbónica em 2050 – , o diretor da EDP adianta que a atração de financiamento é fundamental.

“A EDP tem feito movimento de transição fundamental. Mais de 95% da geração da energia é de fontes verdes”, refere Hugo Costa, adiantando que ajudou os anos de 2023 e 2024 terem sido “bastante hídricos”.

Num momento em que se realiza a COP29, o responsável diz que “é fundamental” que haja financiamento para suportar esta transição. “Não podemos pensar que esta transição é feita através de empresas de muita dimensão”, atira.

“Se queremos cumprir com este desígnio tem que haver esse apoio”, destaca.

Equipamentos e licenciamentos atrasam projetos

Num momento em que as empresas têm em andamento projetos para atingir os objetivos ao nível da transição energética, os responsáveis queixam-se que existem dificuldades que podem atrasar os seus planos.

“Fizemos o processo de industrialização que acabou por se deslocar para a Ásia”, refere Hugo Costa, adiantando que estamos “dependentes do que é mercado chinês com componente solar e também baterias”. É preciso o “processo de voltar a trazer para Europa, fazendo o processo de industrialização verde”.

Para o diretor da EDP é necessário trazer essa industrialização verde para a Europa, aproveitando uma oportunidade através do incentivo desta atividade. Caso contrário, “há uma ambição que corre risco de não ser concretizada.”

Pedro Ávila, Diretor de Sustentabilidade Operacional da RENRicardo Castelo

 

Pedro Ávila concorda que a “Europa tem-se posicionado como continente líder no processo de descarbonização”, o que colocou pressão nos contratos de equipamentos. “Hoje são feitos contratos plurianuais”, adianta, apontando que o “nível [de procura] é absolutamente gigante”, com os players a “competir pelos mesmos equipamentos.”

Por outro lado, as empresas lidam com problemas ao nível dos licenciamentos. “Temos um plano de investimentos robusto que queremos executar. Tudo faremos para cumprir compromissos, tendo certo que tema de licenciamento é essencial para ter atração de investimento”, sintetiza.

“Temos objetivos que são muito significativos e temos capacidade de os executar desde que tenhamos os licenciamentos necessários“, conclui.

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Web Summit conta com 71 mil participantes de 153 países

  • ECO
  • 12 Novembro 2024

A conferência tecnológica tem presentes 3.050 empresas, 1.066 investidores, 953 oradores. Esta edição tem o maior número de sempre de startups fundadas por mulheres.

A edição deste ano da Web Summit teve a presença de mais de 71 mil participantes, entre empresários, startups, investidores, delegações e media de 153 países. O evento conta com 3.050 empresas, 1.066 investidores, 953 oradores, adiantou esta terça-feira a organização da cimeira tecnológica, a decorrer na FIL em Lisboa, até 14 de novembro.

“A Web Summit continua a crescer cada ano que passa, e com um recorde de 3 mil empresas expositoras, incluindo parceiros da Meta, Adobe e milhares de startups em fase inicial”, refere Paddy Cosgrave, CEO e fundador da Web Summit, citado em comunicado.

Inteligência artificial, que ocupa a maior representação empresarial (16%), capital de risco, regulamentação e o impacto das eleições norte-americanas são alguns dos temas em debate na cimeira que, este ano, conta com 71.528 participantes.

Esta edição teve a maior percentagem de sempre de startups fundadas por mulheres, 44%, valor que representa uma subida face aos 29% registados na edição anterior. As startups fundadas por mulheres são no total 1.261 este ano. As mulheres representam 42% dos participantes e 37% dos oradores.

Mais de 2.000 profissionais de media de 76 países e 62 delegações de 36 países, com as maiores representações vindas da Alemanha e do Brasil, marcam ainda presença nesta edição.

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Inovação é “combustível” que alimenta soluções de pagamentos

  • BRANDS' ECO
  • 12 Novembro 2024

Garantir que é o serviço que se adapta ao cliente e não o contrário é, para a SIBS, essencial. Encontrar novos casos de uso para soluções como o MB Way é a estratégia para continuar a crescer.

A manhã do primeiro dia completo de Web Summit Lisboa no espaço da SIBS contou com a presença de Hugo Moreira, Director of Clients Management, que partilhou com a audiência a importância da colaboração. “O SIBS Lab é um projeto muito importante”, destacou, lembrando o papel desta iniciativa na criação de um ecossistema de inovação na área dos pagamentos.

Trata-se de um laboratório experimental que reúne parceiros de várias áreas, com diferentes competências, que podem integrar as soluções SIBS nos seus produtos. Além disso, o SIBS Lab assume-se como test bed – é, aliás, parte da Rede Nacional de Test Beds – e permite apoiar toda a jornada de desenvolvimento de um piloto, desde o seu planeamento à execução.

“A ideia é que os parceiros possam usar os nossos serviços para construir os seus próprios produtos. Oferecemos também serviços de apoio, nomeadamente no marketing, na regulação e na internacionalização”, explicou o responsável. Mais do que expandir o alcance das soluções SIBS, o objetivo é fomentar a inovação e liderar o futuro dos pagamentos digitais. “Temos neste momento mais de 100 projetos-piloto com os nossos parceiros”, sublinhou Hugo Moreira.

Uma das maiores inovações nos pagamentos digitais foi o lançamento do MB Way, que surgiu como forma de “transferir dinheiro em tempo real e com segurança”, que continua a ganhar novas funcionalidades ano após ano. “Estamos sempre a criar novos casos de uso e funcionalidades para o MB Way, que é essencial para continuarmos a crescer neste mercado”, apontou.

“A inovação é o combustível que nos alimenta e, sem ela, não conseguíamos oferecer soluções que são usadas no dia-a-dia por milhões de portugueses”, acredita Hugo Moreira. Vale a pena recordar que a aplicação lançada pela SIBS conta já com mais de seis milhões de utilizadores em Portugal.

Continue a acompanhar a atividade da SIBS na Web Summit ao longo da semana, no ECO.

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Os novos desafios tecnológicos dos líderes de RH para 2025

  • BRANDS' TRABALHO
  • 12 Novembro 2024

João Toipa, Manager EY, People Consulting, partilha o impacto que a tendência digital tem trazido para a área de Recursos Humanos.

Com a contínua evolução tecnológica do mundo empresarial, as organizações partilham, hoje em dia, um entendimento universal de que é necessário alicerçar cada vez mais os seus processos em soluções tecnológicas que acrescentem valor ao negócio – uma tendência que também tem sido acompanhada, naturalmente, pelas equipas de Recursos Humanos (RH).

No entanto, apesar de haver cada vez mais um investimento significativo em projetos tecnológicos, os líderes de RH deparam-se agora com novos desafios que os fazem repensar o roadmap digital das suas áreas.

No seu mais recente estudo com líderes de RH, no qual são apontadas as cinco tendências tecnológicas para o ano de 2025 – “Top 5 Priorities for HR Leaders in 2025” –, a Gartner identifica duas estatísticas chave que demonstram que a taxa de aprovação das soluções tecnológicas implementadas tem espaço para crescer:

  • 55% dos líderes de RH indicam que as suas atuais soluções tecnológicas não dão resposta às suas necessidades de negócio no presente ou no futuro;
  • Adicionalmente, 51% queixam-se de terem dificuldades em medir o valor de negócio acrescentado pelos projetos de implementação tecnológica realizados.
João Toipa, Manager EY, People Consulting

Ora, estes números demonstram que a entrega de soluções tecnológicas nesta área precisa de ser repensada, de forma a dar melhor resposta aos problemas das organizações. Uma análise mais detalhada aos problemas concretos que estão por trás destes números apontam um conjunto de indicadores com influência nesta baixa satisfação:

  • Segmentação das equipas de RH em silos. A multidisciplinaridade que existe nas áreas de RH gera, por vezes, a implementação de soluções concorrentes. Isto, eventualmente, torna difícil que gestores e colaboradores consigam navegar num ecossistema tão fragmentado de soluções tecnológicas de RH. Esta desarticulação leva a uma subutilização das ferramentas, resultando em desperdício de investimento e recursos.
  • O ciclo vicioso dos processos fundamentais. O foco em aumentar a produtividade de processos específicos de RH tem frequentemente levado à procura de ganhos marginais de eficiência para agradar aos diferentes stakeholders. Contudo, esta abordagem limita a sua evolução e, consequentemente, reduz o apoio em projetos que visem tecnologias mais transformadoras no setor.
  • Equipas pouco abertas para aceitar a tecnologia. Uma mentalidade conservadora nas equipas de RH, associada a processos ineficientes de gestão da mudança, faz com que os colaboradores destas equipas tenham mais receio dos aspetos do seu trabalho que estas tecnologias possam ameaçar, em vez de terem um outlook positivo e que se foque em tirar o máximo partido destas soluções para acelerarem o seu trabalho.
  • Frequência crescente de mudança na organização. As organizações têm crescido exponencialmente em resposta a mudanças culturais, mandatos de trabalho remoto e presencial e novas tecnologias. Nesse sentido, as práticas tradicionais de gestão da mudança já não conseguem lidar com a frequência cada vez maior de projetos transformacionais, o que dificulta a adoção de uma mudança por parte dos colaboradores antes de outra começar.

Partindo destes pressupostos, é possível, então, pensar em soluções concretas, que tenham em vista dar uma melhor resposta às reais necessidades das equipas de RH e dos seus colaboradores. Em primeiro lugar, deverá ser adotada uma verdadeira estratégia tecnológica que coloque ênfase na adoção de soluções complementares e que consigam dar resposta às necessidades de negócio de várias equipas. Em segundo lugar, é necessário que se olhe para o potencial transformador da tecnologia, tirando partido de soluções inovadoras como a GenAI para alcançar melhores resultados, em vez de focar em ganhos marginais. Por último, dar prioridade às pessoas e colocar a gestão da mudança ao serviço da estratégia global e não de cada iniciativa individual, de forma a facilitar a aceitação por todos os colaboradores.

No fundo, isto são dores de crescimento naturais para as organizações que estão a fazer um investimento significativo na digitalização, mas, nestes termos, torna-se imperativo que repensem a curto prazo alguns pontos da sua abordagem à transformação tecnológica das suas áreas de RH.

João Toipa, Manager EY, People Consulting

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“Taxas e taxinhas” nas autarquias triplicaram numa década. Veja quem cobra mais

  • Alexandre Batista
  • 12 Novembro 2024

Receita com taxas, multas e outras penalidades já valem mais de 500 milhões mostra Anuário Financeiro dos Municípios. A taxa turística municipal, cobrada em 15 concelhos, atingiu um máximo histórico.

A formulação “taxas e taxinhas”, cunhada há uma década pelo então ministro da Economia, António Pires de Lima, tornou-se um mantra para as autarquias, valendo-lhes no ano passado 522,7 milhões de euros, mais 17% que no anterior. Na comparação com 2013, horizonte temporal do 20.º Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, que será revelado nesta terça-feira, o verbo taxar torna-se a palavra da década para as contas autárquicas.

“Eu só espero que depois de [o Governo] ter resistido à criação de taxas, por exemplo na área das dormidas, que a administração local, nomeadamente aqui na zona de Lisboa, liderada pelo autarca, que também é candidato a primeiro-ministro, António Costa, quando apresentar o orçamento da câmara de Lisboa para 2015, tenha o mesmo poder de resistir às tentações que demonstrou o Governo… vamos ver, vamos ver”, disse o então governante.

O que vimos desde a declaração de Pires de Lima é um acréscimo de 190% nas receitas de taxas, multas e outras penalidades entre 2013 e 2023, uma subida de 342,5 milhões de euros para os cofres autárquicos. Em média, valeram 4,4% do total de receitas das autarquias.

Mas não é necessário recuar tanto no tempo para verificar a velocidade assumida por esta componente das receitas autárquicas. Na comparação homóloga com 2022, chega a verificar-se, em Viseu, uma duplicação do valor.

Sem surpresa, Lisboa lidera entre os 308 municípios nacionais, com 94 milhões de euros arrecadados no ano passado, num crescimento superior a 9% face a 2022. Somando toda a cobrança de taxas, multas e outras penalidades feita ao longo do país, Lisboa amealha 18% do total.

Porto e Cascais fecham o pódio dos maiores cobradores de “taxas e taxinhas”, mas a evolução é ainda mais expressiva do que na capital. A “invicta” cobrou no ano passado metade do valor de Lisboa, 46,1 milhões de euros, mas teve um crescimento homólogo de 34,3% em 2023. Em Cascais, apesar de o cofre de Carlos Carreiras só somar um terço do valor arrecadado por Carlos Moedas (32,3 milhões), o crescimento desde 2022 é muito mais expressivo: 78,4%.

Com acréscimos acima dos 50% na década analisada pelo estudo desenvolvido pelo Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade (CICF) do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) está um sexteto liderado por Viseu, que praticamente duplicou o valor (+98,5%), seguido por Coimbra (63%), Matosinhos (57,9%), Valongo (57,9%), Santa Cruz (55,6%) e Loures (54,4%).

Taxa turística vale um terço do valor arrecadado

Desta lista, Santa Cruz, município que acolhe o aeroporto Cristiano Ronaldo, na Madeira, destaca-se também na taxa turística municipal, que vale 42,2% do total das suas taxas, multas e outras penalidades, depois de um crescimento de 263,4% no espaço de apenas um ano.

Centrando o foco nas polémicas taxas turísticas municipais (TTM), a fotografia mostra-se favorável a Santa Cruz e aos restantes 14 municípios que em 2023 a cobravam. Neste grupo, entre todas as taxas, a TTM valeu 70,6 milhões de euros, quase um terço da receita, registando um crescimento homólogo do valor em 26,3%, ou mais 14,6 milhões de euros.

O peso da TTM no valor global das taxas, multas e penalidades cobradas nos 15 municípios que em 2023 a praticavam tem um valor médio de 31,2%, praticamente um terço. Deste grupo, é mais expressiva, para lá da autarquia insular, em Óbidos (54%), Lisboa (42,8%), Porto (39,8%), em dois concelhos algarvios, Faro (33,7%) e Vila Real de Santo António (24,5%), e ainda em Vila Nova de Gaia (24%).

Considerado o total das receitas municipais, a TTM assume maior relevância em Santa Cruz, onde vale 6,%, mais que no Porto (5,9%) e Lisboa (4,2%).

Em 2020, um estudo da CIP sobre carga fiscal indicava que em Portugal eram cobradas mais de 4.300 taxas e apontava a falta de transparência sobre as taxas cobradas, complexidade da estrutura de cobrança e alocação de receita das taxas e até “o desconhecimento, por parte de algumas entidades, de parte das taxas cobradas por si próprias”.

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Coligação entre Verdes e CDU? “Neste momento, tudo é possível” admite vice-chanceler alemão

Vice-chanceler e representante dos Verdes na 'coligação semáforo' que governa a Alemanha não descarta a possibilidade de se juntar à CDU num acordo pós eleitoral. "Tudo é possível", referiu.

O vice-chanceler da Alemanha e ministro da Economia e Ação Climática não descarta que a Coligação Democrática Unitária (CDU) e os Verdes venham a firmar uma coligação governamental depois das próximas eleições na Alemanha, sublinhando que “neste momento, tudo é possível”. Segundo Robert Habeck, uma parceria entre partidos de espetros políticos diferentes, embora seja pouco intuitiva, não seria uma novidade na Alemanha uma vez que é uma realidade a nível estatal naquela república democrática.

Coligações entre os Verdes e a CDU existem em várias regiões da Alemanha. É possível [acontecer] se as pessoas se ouvirem umas às outras e estiverem disponíveis para fazer acordos de coligação“, disse o vice-chanceler alemão esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa à margem da Web Summit.

“Uma lição que podemos levar dos últimos três anos [de governação] é que não podemos ter vergonha de cooperar, é essa a chave da democracia: encontrar consensos. Neste momento, na Alemanha, tudo é possível“, respondeu em declarações aos jornalistas, vincando que a ‘coligação semáforo” é “história e que o período de governação contou com momentos dificeís de cooperação entre os três partidos. Robert Habeck já anunciou a sua candidatura a chanceler pelos Verdes.

As declarações surgem no dia em que o chanceler alemão anunciou que a moção de confiança ao seu Governo está marcada para o dia 16 de dezembro. Será expectável que à coligação entre o SPD, CDU e os Verdes, presidida por Olaf Scholz seja retirada a confiança, e nesse caso caberá ao presidente Frank-Walter Steinmeier dissolver o Bundestag no prazo de 21 dias. As eleições antecipadas deverão decorrer a 23 de fevereiro de 2025.

Neste momento, as primeiras sondagens, apesar de darem a vitória à CDU, não garantem uma maioria absoluta ao partido liderado por Friedrich Merz, ex-ministro das Finanças que foi demitido na semana passada.

Segundo o agregador de sondagens sobre a Alemanha do site Politico, a CDU está perto de recuperar o eleitorado que tinha aquando da última vitória de Angela Merkel, com as intenções de voto a apontarem para uma média de 32%. Por seu turno, AfD, que ganhou as últimas eleições regionais na Turíngia, e antes, assegurou o segundo lugar nas eleições europeias (à frente dos partidos do Governo), surge em segundo com cerca dos 17% votos.

Já o SPD, de Scholz, aparece em terceiro lugar, com 16% – a sua pior votação desde a Segunda Guerra Mundial. Mais dramática é a situação da Esquerda e do FDP que só reúnem 3% e 4% dos votos, respetivamente. Segundo as regras do parlamento alemão, os partidos precisam de, pelo menos, 5% dos votos para ter assento no hemiciclo. Quem fica acima desse limiar são os Verdes (10%) e o partido de extrema-esquerda, a Aliança Sahra Wagenknecht (7%).

“Democracia está sob ataque”

Durante a sua intervenção no palco principal da Web Summit, esta terça-feira, Robert Habeck alertou para as ameaças e internas e externas contra a democracia e as liberdades da União Europeia. Seja por causa da guerra na Ucrânia espoletada pela Rússia — que se aproxima do seu terceiro ano — ou por causa da retórica populista que tem ganhado terreno em todo o bloco europeu, permitindo aos partidos mais extremados chegar a Governo.

“Trata-se de uma guerra contra a democracia e a liberdade, que nos permite ver quem são os nossos aliados”, afirmou o vice-chanceler alemão, alertando também para o crescimento de “movimentos populistas” nos vários cantos da Europa, mas sobretudo “nos países fundadores da UE”.

“Enquanto comunidade temos de nos juntar. Os populismos vão criar disrupções na sociedade usando um técnica que nós, liberais democratas, não usamos: gritando”, continuou, deixando um alerta “a democracia está sob ataque” e que nos dias de hoje já não é prudente assumir “a democracia liberal e a liberdade são uma garantia”.

Assim, e dirigindo-se aos empreendedores que marcam presença na edição deste ano da Web Summit, Habeck foi perentório: “O nosso futuro está sob ataque e vocês podem fazer uma diferença”, disse.

(Notícia atualizada às 13h33)

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