Torre de telecomunicações embargada por Câmara de Caminha “não carece de licenciamento”

  • Lusa
  • 8 Novembro 2024

“A colocação da torre e respetivas obras são da responsabilidade da IP e para seu próprio uso no âmbito da sua atividade de mobilidade ferroviária", defende a IP.

A Infraestruturas de Portugal (IP) revelou esta sexta-feira que a instalação de uma torre de telecomunicações junto à antiga estação de comboios de Vila Praia de Âncora, embargada quarta-feira pela Câmara de Caminha, “não carece de qualquer licenciamento externo”.

A colocação da torre e respetivas obras são da responsabilidade da IP e para seu próprio uso no âmbito da sua atividade de mobilidade ferroviária encontram-se enquadradas no regime jurídico dos bens do domínio público ferroviário, DL 276/2003 de 4 de novembro, não carecendo de qualquer licenciamento externo à IP”, refere hoje a empresa.

Na quarta-feira, numa publicação na conta oficial da rede social Facebook, o município de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, refere que “o embargo total produz efeitos imediatos até serem esclarecidos os devidos licenciamentos por parte das Infraestruturas de Portugal”.

Questionada pela Lusa, fonte oficial da autarquia liderada pelo PS esclareceu apenas que o embargo foi decretado para “aferir da legalidade do procedimento”, sem especificar qual o aspeto que determinou o embargo. Esta sexta na resposta, por escrito, a um pedido de esclarecimento da agência Lusa, a IP adianta “que deu conhecimento, em devido tempo, à Câmara de Caminha das torres de telecomunicações e respetivas localizações, sempre dentro das zonas de Domínio Público Ferroviário, em que iriam ser colocadas”.

“Igual informação foi prestada a todas as autarquias cujo território é atravessado pela Linha do Minho”, assegura. A Infraestruturas de Portugal acrescenta que “sempre demonstrou total disponibilidade para prestar os esclarecimentos adicionais que sejam solicitados sobre o processo em curso, podendo integrar algumas alterações que sejam atempadamente sugeridas”.

Em causa está “uma intervenção a nível das comunicações rádio, regida por normas, regulamentos e especificações técnicas de cobertura e receção de sinais radioelétricos bem definidos e muito dependente de conjuntos ambientais que condicionam a propagação radioelétrica”.

A “colocação da referida torre de comunicações é promovida pela Infraestruturas de Portugal e tem como objetivo integrar o sistema de comando e controlo da circulação ferroviária, na vertente das comunicações rádio entre os comboios e os centros de comando centralizado de tráfego”, refere a IP.

“Esta intervenção essencial é promovida no âmbito da modernização global no corredor Norte/Sul – Linha do Minho, em especial no troço de linha entre Nine e Valença Fronteira, onde foram já concretizados os investimentos na eletrificação e instalação de sinalização eletrónica e telecomunicações fixas”, sustenta.

Segundo a empresa, atualmente “está a ser realizada a componente de instalação do sistema rádio GSM-R, que irá permitir suportar as comunicações móveis de exploração, de voz e dados, entre os comboios e os CCO (Centro de Comando Operacional)”. A “rede de comunicações móvel, de uso privado e exclusivo ferroviário, contribui para um reforço das condições de segurança e eficácia da operação ferroviária, seguindo as diretivas de interoperabilidade ferroviária europeia (ETI) para os sistemas de comando e controle de circulação, que determinam como obrigatória a instalação do sistema GSM-R como suporte deste sistema”.

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Prozis vai continuar a investir nos EUA. Trump traz “ambiente mais interessante”

Fundador da Prozis, que está a investir 20 milhões na construção de uma fábrica de snacks e cereais de pequeno-almoço nos EUA, mostra-se entusiasmado com "mudança de paradigma" na política americana.

Miguel Milhão, o fundador da Prozis, que está a construir uma nova unidade industrial nos Estados Unidos num investimento de 20 milhões de euros, considera que a vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas é uma “mudança de paradigma na política norte-americana” e garante que vai manter os investimentos no país.

“Normalmente os Republicanos promovem um ambiente mais interessante para o investimento e produção de capital, por isso os nossos investimentos vão continuar”, afiança Miguel Milhão, em declarações ao ECO.

O empresário português realça que a vitória de Trump “vai mudar drasticamente a estratégia e a ideologia dos Democratas no futuro” e alerta, por outro lado, que “a Europa vai continuar a ser comprimida entre a Ásia e os EUA – e no fim será sempre quem perderá mais“.

Normalmente os Republicanos promovem um ambiente mais interessante para o investimento e produção de capital, por isso os nossos investimentos vão continuar.

Miguel Milhão

Empresário e acionista maioritário da Prozis

Para o fundador da empresa portuguesa de nutrição desportiva, “as tarifas que possam existir no futuro sobre os produtos europeus vão ter um impacto direto no poder de compra dos europeus através da desvalorização do euro em relação aos dólar americano”.

O regresso do republicano à Casa Branca está a deixar inquietas as principais indústrias exportadoras portuguesas, que temem sobretudo a concretização da ameaça feita em campanha de aplicar uma tarifa aduaneira universal de 10% a 20% sobre todas as importações, incluindo de produtos com origem na União Europeia, com o objetivo de proteger as fábricas norte-americanas.

Miguel Milhão, que está a investir numa fábrica no Estado da Carolina do Sul para a produção de snacks e cereais de pequeno-almoço funcionais, promete manter a aposta naquela que é a maior economia do mundo. A nova unidade da Prozis nos EUA deverá estar concluída no final de 2025, prevendo faturar entre 20 e 40 milhões de dólares por ano.

Com cerca de 1.500 trabalhadores e 10 fábricas em Portugal, a Prozis construiu um império na nutrição desportiva. Segundo a divulgação feita no seu site, a empresa reclama o estatuto de líder europeia na venda online de nutrição desportiva.

 

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Têxtil de Barcelos espalha Inimigo em Portugal com Hot Pink

Detida a 75% pela canadiana Alberta, Pure Cotton fecha acordo com empresa de representação maiata para alargar a mais de 20 lojas a marca de vestuário casual “ainda pouco conhecida" pelos portugueses.

O grupo têxtil barcelense Pure Cotton, que no verão foi comprado em 75% pelo fundo canadiano Alberta após ter passado por um Processo Especial de Revitalização (PER), fechou uma parceria com a Hot Pink da Maia para reforçar a distribuição da sua marca de vestuário casual de luxo ‘Inimigo’ em Portugal, apontando a mais de 20 pontos de venda em todo o país.

Presente em mais de 200 pontos de venda em dez países da Europa, América do Norte e América Central, além da loja online, a marca de casual wear masculino alia-se agora a esta empresa de representação – colabora com 600 lojas em Espanha, Itália ou Escandinávia –, para fazer chegar t-shirts, polos, sweatshirts, casacos, calças e calções aos consumidores nacionais.

“A Inimigo é uma marca made in Portugal, com uma forte presença internacional, especialmente na América do Norte, mas ainda pouco conhecida entre os portugueses. Com esta parceria com a Hot Pink, queremos oferecer-lhes a oportunidade de aceder aos nossos produtos de elevada qualidade em diversas lojas multimarca pelo país, complementando a oferta online”, diz o diretor, Helder Brito.

Com sede e fábrica em Vila Frescainha de S. Pedro, nos arredores de Barcelos, o Grupo Pure Cotton, que em abril viu homologado o acordo de revitalização no Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão, é especialista no design, desenvolvimento e produção de vestuário para homem, mulher e criança. Além da Inimigo, que entre 2018 e 2021 vestiu os jogadores e os funcionários do Sport Lisboa e Benfica, detém a marca de lifestyle jovemD.RT.

Fundada por Hélder Brito, Rui Costa e Rickie Madsen em agosto de 2011, quando a troika estava a aterrar em Portugal, o grupo têxtil emprega perto de 75 pessoas e em 2023 faturou 4,8 milhões de euros e teve prejuízos de meio milhão de euros, segundo dados publicados pela Informa D&B. A vizinha da Valérius, que recuperou a Dielmar, assegura 90% das vendas nos mercados da exportação.

Para liderar a empresa minhota nesta nova fase, o fundo privado Alberta Equity Fund (AEF), com sede em Calgary, recrutou Sandra Ribeiro, licenciada em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade do Minho e que era até abril country director da Angora, que a partir de Paços de Ferreira produz estofos e mobiliário para a marca britânica Swyft.

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Fenprof acusa ministro de tentar enganar sobre docentes no topo da carreira

  • Lusa
  • 8 Novembro 2024

"Mas chama topo de carreira do 7.º ao 10.º escalões? No topo de carreira estarão 21,8% dos professores", disse Mário Nogueira, sobre um ao gráfico apresentado no parlamento pelo ministro.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou esta sexta-feira o ministro da Educação de tentar enganar sobre os docentes no topo da carreira e de a proposta de Orçamento do Estado para 2025 “manter o setor em subfinanciamento”.

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, esteve na terça-feira no parlamento numa audição sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), tendo anunciado que, no verão de 2025, “66% dos professores chegam ao topo da carreira”, graças ao processo de recuperação do tempo de serviço congelado.

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, quis “esclarecer um aspeto que o senhor ministro levou à Assembleia da República e que não é verdadeiro”, referindo-se ao gráfico apresentado no parlamento, que somava todos os docentes desde o 7.º ao 10.º escalão. “Mas chama topo de carreira do 7.º ao 10.º escalões? No topo de carreira estarão 21,8% dos professores”, disse Mário Nogueira, referindo-se ao valor correspondente ao 10.º e último escalão.

Durante uma conferência de imprensa realizada em Lisboa, o secretário-geral fez um balanço da proposta do Orçamento do Estado para 2025, considerando que “se mantém o subfinanciamento” do ensino até ao 12.º ano, que no próximo ano valerá “2,7% do PIB, ou seja, longe do que seria uma aproximação progressiva aos 6% do PIB”.

O documento do Governo mostra que o OE2025 terá uma despesa total consolidada de 7,47 mil milhões de euros, ou seja, mais 6,8% do que no ano passado. Mas a Fenprof vê um “OE de estagnação e sem investimento”, considerando que o plano se “resume a obras em curso e não a novas obras”, nomeadamente no que toca à requalificação de escolas, e “no âmbito do PRR, limita-se à chamada digitalização”.

A Fenprof vai entregar seis propostas aos grupos parlamentares, que vão desde criar uma rede pública de creches, reforçar a ação social ou garantir que os alunos estrangeiros serão devidamente apoiados. Aos jornalistas, Mário Nogueira defendeu que são precisas verbas para criar uma rede pública de creches e para abrir mais salas em jardim-de-infância, “de forma a garantir a universalização da educação a partir dos três anos”.

Sobre o reforço da ação social escolar no básico e no secundário, “ficou esquecido” neste OE: “Fala-se de qualquer coisa para o ensino superior, mas no básico e secundário é esquecido”, lamentou. Já sobre a verba de 9,5 milhões de euros para apoio à integração de imigrantes, Mário Nogueira considerou-a “manifestamente insuficiente”, tendo em conta que estes alunos já representam cerca de 14% do total de alunos em Portugal.

Nesse sentido, será preciso garantir “condições para que estas crianças e jovens possam não ser discriminados por não acompanhar ou dominar a língua”, alertou, sublinhando que as necessidades vão muito para além da aprendizagem da língua, sendo precisos “desde mediadores a outros técnicos nas escolas para garantir a inclusão”.

Outra das reivindicações está relacionada com a revisão do Estatuto da Carreia Docente, que começou no mês passado e que os professores querem que esteja concluída a tempo de entrar em vigor no próximo ano letivo, ou seja, em setembro de 2025. Para poder ser aplicada em setembro, “o OE 2025 tem de prever as verbas para esses últimos quatro meses do ano”, explicou o secretário-geral da Fenprof, que quer ver acautelada essa situação.

Os professores também querem que o próximo OE aumente a verba destinada aos professores deslocados, para que possam contemplar não apenas os que ficam nas 234 escolas identificadas como tendo mais dificuldades em contratar, mas em todas. Para a Fenprof, é preciso corrigir o diploma e alargar o apoio extraordinário à deslocação a todos os professores que aceitam dar aulas longe de casa, que são precisas verbas que acautelem os novos grupos de recrutamento, assim como mais dinheiro que permita às escolas contratar mais profissionais e técnicos especializados, designadamente no âmbito da educação inclusiva.

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Tiago Mayan Gonçalves desiste da candidatura à liderança da Iniciativa Liberal

  • Lusa
  • 8 Novembro 2024

Após o caso da falsificação de assinaturas, o ex-candidato presidencial desiste de disputar a liderança da IL com Rui Rocha na convenção eletiva que está prevista para início de 2025.

O ex-candidato presidencial apoiado pela Iniciativa Liberal, Tiago Mayan Gonçalves, desistiu da candidatura à liderança do partido, após ter sido revelado que falsificou assinaturas enquanto presidente de uma junta de freguesia no distrito do Porto.

“Confirmo que o Tiago Mayan saiu da liderança do movimento Unidos pelo Liberalismo e, por consequência, já não é candidato à presidência da Iniciativa Liberal (IL)”, disse à Lusa o conselheiro nacional da IL Pedro João Ermida, que pertence à coordenação daquele movimento, até agora liderado pelo ex-candidato e Belém e principal rosto da oposição à atual direção do partido.

O ex-candidato presidencial desiste de disputar a liderança da IL com Rui Rocha na convenção eletiva que está prevista para início de 2025. A notícia da desistência de Tiago Mayan Gonçalves foi avançada pelo jornal ‘online’ Observador, segundo o qual o Unidos pelo Liberalismo está agora dividido entre quem acha que é preciso encontrar outro candidato para disputar a liderança da IL e quem considera que “o movimento está muito fragilizado e é um erro insistir”.

Esta decisão surge depois de, esta quinta-feira, Tiago Mayan Gonçalves ter assumido que falsificou as assinaturas do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, enquanto presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde. Em causa está uma ata da reunião do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, datada de 16 de setembro, que terá sido elaborada e falsificada por Tiago Mayan.

“Essa ata não foi elaborada pelo júri, nem tão pouco assinada pelos mesmos, tratando-se de um documento falso com assinaturas apostas por outra pessoa”, lê-se na ata da reunião que decorreu quarta-feira entre o júri e o executivo da junta. Segundo o documento, a que a Lusa teve hoje acesso, quando confrontado com o documento, Mayan confirmou “que foi ele que elaborou o documento e colocou as assinaturas, atribuindo a si próprio tal responsabilidade, isentando de qualquer culpa todos os restantes membros do seu executivo e colaboradores”.

Perante este caso, o líder da IL, Rui Rocha, revelou esta sexta que foi aberto um processo disciplinar a Tiago Mayan Gonçalves, que poderá culminar na sua expulsão do partido, repudiando a falsificação de assinaturas assumida pelo ex-candidato presidencial. Tiago Mayan Gonçalves tinha anunciado a sua candidatura à liderança da IL em julho, defendendo na altura que o partido precisava de “alcance, amplitude e arrojo” e assumindo que não se revia na atual liderança de Rui Rocha.

Na altura, Tiago Mayan tinha-se comprometido a revitalizar a Iniciativa Liberal, ressalvando que só com um partido “aberto, ativo e ambicioso” seria possível determinar políticas, influenciar a governação e transformar Portugal. “É com um partido mais ambicioso, que sabe o que quer, que conseguiremos um Portugal mais liberal”, referiu.

Tiago Mayan Gonçalves foi o candidato da IL nas eleições presidenciais de 2021, tendo ficado em sexto lugar com 3,22% dos votos. A Iniciativa Liberal é atualmente liderada por Rui Rocha, que foi eleito presidente do partido em janeiro de 2023, com 51,7% dos votos, derrotando Carla Castro, que ficou com 44%, e José Cardoso, que obteve 4,3%.

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Von der Leyen já felicitou Trump. Bruxelas quer aumentar importações americanas de GNL

Von der Leyen já estabeleceu contacto com Donald Trump, felicitando-o pela vitória. Defesa, Ucrânia e energia estiverem no centro da "breve conversa" entre os dois.

A presidente da Comissão Europeia já felicitou Donald Trump pela vitória nas eleições norte-americanas, dando nota que durante a “breve conversa” que tiveram, esta quinta-feira, foi possível abordar três assuntos: Ucrânia, defesa e energia.

“Os Estados Unidos são o nosso principal parceiro económico, partilhamos uma ligação única. É importante manter boas relações com a nova administração e é assim que vamos continuar a honrar a nossa aliança“, afirmou Ursula von der Leyen, durante uma conferência de imprensa após o Conselho Europeu, em Budapeste, esta sexta-feira.

De acordo com a chefe do executivo comunitário, os dois líderes trocaram ideias sobre o futuro do apoio à Ucrânia, defesa e energia, sobretudo no que toca à importação de gás natural liquefeito (GNL) cujo bloco europeu ainda importa da Rússia, ainda que em menos quantidades.

“Falámos sobre a questão do GNL, visto que ainda recebemos grande parte da Rússia. E porque não substituí-lo pelo gás americano? É mais barato e permite reduzir os nossos preços É uma discussão a ter“, disse em resposta aos jornalistas, salientando ser “muito importante” identificar os “interesses comuns” entre o bloco europeu e os Estados Unidos e “negociar”.

A dependência europeia do gás continua a seguir uma trajetória de declínio, segundo o relatório do Estado da Energia na União apresentado, em setembro. A quota do gás russo nas importações da União Europeia (UE) caiu de 45% em 2021 para 18% em junho de 2024, enquanto as importações vindas da Noruega e dos EUA continuam a aumentar. Até ao final do ano, a expectativa é de que esse valor atinja valores ainda mais baixos, uma vez que se aproxima o fim do acordo de trânsito de gás natural entre a Rússia e a Ucrânia por via do gasoduto Gazprom.

Na sequência da invasão russa, a Ucrânia anunciou em junho que não vai prolongar o contrato de cinco anos com a Gazprom para o transporte de gás russo quando este expirar em dezembro. A rota de trânsito de gás da Ucrânia, acordada por Moscovo e Kiev em 2019, permite à Rússia exportar gás para países como a Áustria, Eslováquia, Itália, Hungria, Croácia, Eslovénia e a Moldávia através da Ucrânia. E, embora a maioria destes destinatários tenha reduzido a sua dependência do gás russo desde o início da guerra, ainda se contabiliza a entrada de metros cúbicos de gás natural vindos de Moscovo por via deste canal.

A presidente da Comissão Europeia está confiante quanto ao decorrer dessas negociações, mas não é o caso para Viktor Orbán. O primeiro-ministro da Hungria admite que os próximos quatro anos vão ser “difíceis” para a União Europeia no que toca às relações comerciais com os Estados Unidos.

“Não vai ser fácil. Vai ser difícil, e [Donald Trump] vai seguramente procurar servir melhor os interesses americanos do que europeus”, afirmou durante a conferência da imprensa. “Vamos ter de chegar a acordo e vai depender da nossa força, se formos bons conseguiremos um bom acordo“, defendeu o primeiro-ministro húngaro.

A conversa entre Ursula von der Leyen e Donald Trump decorre numa altura de transição política nos dois blocos. Por cá, a Comissão Europeia está em fase de formação, estando os 26 comissários a serem ouvidos pelo Parlamento Europeu, até à próxima terça-feira, dia 12 de novembro. O novo executivo comunitário deverá entrar em funções no dia 1 de dezembro se nenhum dos candidatos a comissários for chumbado pelos eurodeputados. Por seu turno, e do outro lado do Atlântico, a Casa Branca entra agora numa fase de transição perante a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais. O novo presidente tomará posse no dia 20 de janeiro de 2025.

Até lá, será expectável que a União Europeia já tenha preparado um plano de retaliação se o novo presidente avançar com novas taxas aduaneiras. De acordo com a notícia avançada pela Bloomberg, Bruxelas só avançará com novas taxas sobre os produtos norte-americanos se Donald Trump, enquanto presidente dos Estados Unidos, repetir a proeza de 2018 e avançar no mesmo sentido em relação aos produtos europeus. Trump já fez as contas. Quer aplicar tarifas adicionais de entre 10% a 20% a produtos vindos da UE e também de outras partes do mundo.

Fontes próximas do processo indicam à Bloomberg que essa não será, no entanto, a primeira opção do executivo comunitário. A prioridade, caso Donald Trump vença as eleições, será de chegar a um acordo em algumas áreas de interesse comum, nomeadamente a China.

As tensões comerciais entre os 27 Estados-membros e Pequim têm subido de tom desde que o executivo decidiu, no início do mês, avançar com taxas extra à importação de carros elétricos chineses. Em resposta, o ministério do Comércio da China decidiu aplicar medidas anti-dumping sobre as exportações europeias de brandy e lançar uma investigação sobre as importações europeias de carne de porco e laticínios europeus.

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IGAS abre inquérito aos casos de mortes por alegados atrasos do INEM

  • Lusa
  • 8 Novembro 2024

A abertura do processo de inquérito aconteceu depois de várias mortes terem ocorrido após alegados atrasos no atendimento do INEM.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito aos casos de mortes noticiados nos últimos dias por alegados atrasos no atendimento do INEM, anunciou esta sexta-feira a entidade. A IGAS adianta à Lusa que a abertura do processo de inquérito foi determinada, na quinta-feira, por despacho do inspetor-geral.

O processo de inquérito incide sobre “as situações noticiadas, nos últimos dias, sobre os eventuais atrasos no atendimento realizado pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica”, adianta a IGAS na resposta à Lusa. As falhas ou atrasos na resposta do serviço 112 e no encaminhamento para os CODU, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), devido à greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar têm levantado forte polémica e já terão levado à morte de pelo menos seis pessoas.

Os técnicos de emergência pré-hospitalar iniciaram no dia 30 de outubro uma greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais. A paralisação foi suspensa na quinta-feira, após o sindicato ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde. Na segunda-feira, a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar obrigou à paragem de 44 meios de socorro no país durante o turno da tarde, agravando-se os atrasos no atendimento da linha 112.

Pelo menos seis pessoas terão morrido na última semana em consequência dos atrasos no atendimento na linha 112, tendo o INEM já confirmado o impacto da greve.

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Liga Portugal #11 O último Adeus de Ruben Amorim e o duelo de titãs Benfica x FC Porto

O campeonato está no ponto mais alto da montanha-russa. Domingo temos Braga x Sporting às 18h45 para a despedida de Rúben Amorim ao Leão e, logo de seguida, um Benfica x FC Porto no Estádio da Luz.

A Primeira Liga está neste momento no ponto mais alto da montanha-russa. Tudo preparado para mais um pique de adrenalina e entretenimento antes de nova paragem. Haverá mais. Domingo temos Braga x Sporting às 18h45 para a despedida de Ruben Amorim ao Leão e, logo de seguida, um Benfica x FC Porto no Estádio da Luz às 20h45. O primeiro confronto entre Bruno Lage e Vítor Bruno. Agarrem na calculadora, pipocas e, por favor, sentem-se no sofá. Ou no estádio. Mas que vai ser interessante, vai.

Na última jornada, os principais destaques foram: um Viktor Gyokeres louco a marcar pela primeira vez quatro golos num só jogo pelo Sporting (goleada ao Estrela Amadora por 5-1); fair-play de Pepê no FC Porto 4-0 Estoril-Praia (correu o mundo); apenas a segunda vitória do Boavista nesta Liga (2-1 fora ao Gil Vicente); Benfica com mais três pontos (2-1 ao Farense). Extra-futebol há que mencionar o despedimento de Luís Freire, antigo treinador do Rio Ave. Petit é oficialmente o substituto.

Braga x Sporting: A última dança de Rúben Amorim

Rúben Amorim merece o final perfeito e pode mesmo tê-lo. Dentro do possível. Quando foi oficializado no Manchester United, sabia-se que ia fazer os últimos três jogos e depois deixar o Sporting. Goleou o Estrela Amadora, goleou o Manchester City em noite histórica e agora tem a possibilidade de igualar o melhor arranque de sempre do Sporting na Primeira Liga (11 vitórias em 11 jogos) na despedida ao Leão. E para tornar o plot mais apetecível, o último jogo acaba por ser um duelo entre as duas equipas onde teve mais sucesso (Braga e Sporting). É assim um adeus a Portugal.

Neste momento, o Sporting lidera com 30 pontos, o FC Porto está em 2.º com 27 pontos, segue o Benfica com 22 pontos (e uma jornada a menos) e o Braga é quarto lugar com 20 pontos. No que diz respeito a este jogo, por um lado, o Leão quer vencer para dar o melhor final a Rúben Amorim e distanciar-se na corrida. Por outro, o Braga quer aproximar-se. Pode haver mudanças significativas na tabela classificativa, mas depende não só deste jogo como do outro (Benfica x FC Porto).

Desde que assumiu o comando, Carlos Carvalhal tem apresentado flexibilidade nas opções e sistemas, variando entre a linha de 4 e a linha de 3. O mais utilizado é o 4-2-3-1, mas, por exemplo, ainda no último jogo para a Europa League jogou num 3-4-2-1. Nos últimos jogos, foi também abandonado a dupla de laterais Victor Gómez e Adrian Marín, observando-se outras combinações como Yuri Ribeiro (lateral-esquerdo) e João Ferreira (lateral-direito), este que também joga como defesa-central. Depende da formação e adversário. Paulo Oliveira regressou de lesão e agarrou a titularidade. Na frente de ataque, Roberto Fernández tem sido mais utilizado, mas não é titular indiscutível e Amine El Ouzzani também joga. Inclusive, é o melhor marcador do Braga.

Em relação ao Sporting, há curiosidade para ver o último 11 de Rúben Amorim. Face a grave lesão de Nuno Santos, Maxi Araújo, que tanto pode jogar por dentro como por fora, tem sido o homem da lateral-esquerda e marcou nos últimos dois jogos. De resto, não há grandes alterações no modelo de jogo do Sporting. Atenção a Viktor Gyokeres, que já vai com 16 golos nesta edição da Primeira Liga.

Benfica x FC Porto: Dragão no Inferno da Luz

O Benfica e o FC Porto estão muito bem na Primeira Liga. Desde que Bruno Lage empoleirou-se na águia que os encarnados só sabem vencer e, em toda a prova, a turma de Vítor Bruno só falhou uma lição: Sporting em Alvalade. No fundo, fazendo um balanço geral da competição, o FC Porto é a segunda melhor defesa (4GS) e o segundo melhor ataque (27GM), sendo a equipa mais perto do Sporting, que lidera essas estatísticas e joga o melhor futebol em Portugal. Domingo às 20h45 no Estádio da Luz, Bruno Lage e Vítor Bruno enfrentam-se pela primeira vez, enquanto treinadores principais.

Águias e Dragões enfrentam-se depois jogar fora nas competições europeias (Bayern Munique e Lazio, respetivamente). Frente ao Bayern Munique, Bruno Lage preparou uma estratégia de contenção e mais focada no trabalho sem bola, mas faltou a saída (por transição ou ataque apoiado) e a exploração do espaço em profundidade. Pede-se a entrada, no plantel, de um jogador que resista à pressão e seja decisivo na ligação/construção, até porque no Benfica, há muitos mais que desequilibradores do que construtores. Neste aspeto, há poucas opções e Álvaro Carreras e Kokçu têm sido fundamentais. O jogo com o FC Porto é um jogo completamente diferente e a batalha pelo meio-campo será um duelo interessante. No Estádio da Luz, o Benfica tem sido mortífero com Bruno Lage. Atenção a Kerem Akturkoglu, grande destaque nos últimos tempos.

No plano ofensivo, o FC Porto está a funcionar cada vez melhor coletivamente. Pepê e Fábio Vieira descaem respetivamente na meia-esquerda e meia-direita, oferecendo qualidade e capacidade de desequilíbrio. Há Dany Namaso no apoio entre setores (ganha mais força na posição) e Samu Aghehowa, uma força da natureza, na frente de ataque. Martim Fernandes continua a destacar-se na lateral, Francisco Moura também já o provou. A turma de Vítor Bruno é assim uma equipa que tem capacidade para atacar por dentro como por fora, mais apoiado ou mais direto. Já se viu ambas. Cada jogo é um jogo e um Clássico é outro tipo de pressão. Uma coisa é certa: lá estaremos.

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“Será necessário o equivalente a três planetas” em 2050 se o consumo atual se mantiver, alerta APA

Na 1.ª conferência ECO Cidade, em parceria com a Sociedade Ponto Verde, Ana Cristina Carrola alertou para a fatura demasiado alta que o país pode pagar se não cumprir as metas europeias.

Ana Cristina Carrola, vogal do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do AmbienteHugo Amaral/ECO

“O país tem de investir na recuperação de recursos que estão hoje em dia nos nossos resíduos” para que “esse aproveitamento acrescente valor” económico e mais tarde “não se pague uma fatura demasiado alta” pelo incumprimento das metas europeias, avançou Ana Cristina Carrola, vogal do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), durante a 1.ª conferência ECO Cidade, decorrida em Mafra.

Para Ana Cristina Carrola, é preciso alavancar a economia circular, a reboque de um melhor e mais eficaz desempenho nacional ao nível da gestão dos resíduos. “Conseguir uma economia mais eficiente do consumo de recursos, sejam eles água, energia ou matérias-primas” é um dos grandes desafios que o país enfrenta atualmente. A responsável da APA apontou ainda que “o atual modelo de desenvolvimento económico não é sustentável. São usados mais recursos do que aqueles que o nosso planeta pode sustentar”. A continuar assim, com este consumo global elevado, “será necessário o equivalente a três planetas em 2050”.

A responsável da APA alertou para o aumento da produção de resíduos, fazendo um paralelo com o ano de 1972, quando “o mundo consumia perto de 29 biliões de toneladas de recursos”. Nestas cinco décadas, verificou-se uma “rápida aceleração do consumo acompanhada pelo aumento da produção de resíduos, sendo que apenas 8,6% de todos os materiais recolhidos retornam à nossa economia”. A continuarmos assim, a responsável da APA receia que o “uso de material possa aumentar entre 170 a 184 biliões de toneladas em 2050”, antecipando uma “fatura demasiado elevada para o clima com riscos da poluição, escassez de água no solo, e perda de biodiversidade e dos recursos”.

No que respeita a Portugal, os números do no ano passado revelam que a produção de resíduos foi de 505 quilos anuais por habitante. “Conseguimos manter mais ou menos uma estabilidade desde 2019”, destacou. Deu ainda nota de que “60% dos municípios do Continente terão já avançado com a implementação da recolha seletiva dos biorresíduos.

Para a responsável pelas áreas técnicas dos Resíduos, Licenciamento Ambiental e Laboratório de Referência do Ambiente da APA, ainda há muito a fazer no país para ir ao encontro das exigências europeias e conseguir fazer uma rápida transição para uma economia circular. “Uma das metas a cumprir em 2030 consiste em ter uma recolha indiferenciada de aproximadamente 20% e uma recolha seletiva de 80%”, precisamente o inverso do que atualmente acontece no país.

É uma fatura demasiado elevada para o clima com riscos da poluição, escassez de água no solo, na perda de biodiversidade e nos recursos.

Ana Cristina Carrola

Vogal do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)

Ana Cristina Carrola abordou ainda a importância do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU) 2030. A APA é a entidade responsável pela elaboração, revisão e implementação desta ferramenta que incentiva à reutilização e/ou o prolongamento do tempo de vida de produtos, fator chave para a transição para a economia circular. Mas que deve ser acompanhada pela simplificação da legislação e “redução da burocracia, associada à regulamentação para que haja um impacto positivo de implementação destas estratégias”.

Ainda recentemente o Ministério do Ambiente e Energia duplicou o apoio financeiro destinado às 23 Comunidades Intermunicipais (CIM) e Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa, que ascende agora a um total de 27 milhões de euros, para a implementação de projetos de recolha seletiva de biorresíduos.

Ao atual cenário desanimador acresce ainda o facto de “haver muita dificuldade em criar capacidade [dos aterros, que está esgotada], uma vez que os próprios municípios não disponibilizam terrenos para que se possam criar novos tratamentos de deposição em aterro”, lamentou.

Por fim, a engenheira da APA apelou à participação de toda a sociedade para o cumprimento das metas europeias em matéria de gestão de resíduos.

Conferência ECO Cidade – MafraHugo Amaral/ECO

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Concessões portuárias até 75 anos? Marcelo espera que não sejam “mera compensação”

Ao promulgar aumento do prazo das concessões dos portos de 30 para 75 anos, Presidente deixa aviso: que “não seja uma solução paliativa ou de mera compensação de anteriores situações assimétricas”.

O Presidente da República deu ‘luz verde’ ao diploma do Governo que aumenta os prazos máximos das concessões dos terminais portuários dos atuais 30 anos para 75 anos, apresentado pelo Executivo como “uma medida para [dar] alguma estabilização do setor portuário”.

No entanto, numa nota que acompanha a promulgação, Marcelo Rebelo de Sousa diz que espera que o alongamento do prazo “não seja uma solução paliativa ou de mera compensação de anteriores situações assimétricas, e tenha mesmo o efeito desejado de ultrapassar a estratégia invocada quanto à última década e permita aumentar a competitividade externa”.

A 17 de outubro, quando a medida foi aprovada pelo Executivo, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, sublinhou que “esta alteração legislativa não implica alterar os contratos que estão em vigor”, mas que “eventuais renovações e novos contratos possam ter este prazo máximo mais elevado”.

“Foi identificado que um prazo mais curto desincentivava o investimento que é necessário e Portugal tem muito a reforçar na sua capacidade portuária”, acrescentou o governante, em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros.

A medida, há muito reclamada por operadores e comunidades portuárias, já estava a ser preparada pelo anterior Executivo, que chegou a avançar com um projeto de diploma com as novas bases das concessões portuárias, onde previa esta extensão do prazo máximo das concessões de serviço público.

No comunicado do Conselho de Ministros, o Executivo salientou que este prazo de 75 anos foi “determinado em função do período necessário para amortização e remuneração, em normais condições de rendibilidade da exploração, do capital investido pelo concessionário”.

Na mesma nota acrescentou que a alteração visa “proceder à harmonização das regras europeias aplicáveis quanto ao prazo das concessões portuárias de serviço público, incentivar o investimento e a renovação das infraestruturas e possibilitar que o setor portuário nacional concorra em condições de igualdade no mercado internacional, com benefícios para as exportações e para o desenvolvimento do país”.

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Rússia entrega restos mortais de 563 soldados ucranianos

  • Lusa
  • 8 Novembro 2024

Dos falecidos, 320 foram devolvidos do lado russo da frente de Donetsk, no leste do país.

As autoridades ucranianas anunciaram que a Rússia entregou esta sexta-feira os restos mortais de 563 soldados ucranianos que morreram em combate, a maioria na frente de Donetsk, na maior operação militar de repatriamento de falecidos desde o início da invasão russa.

A confirmação veio do Centro de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra, cujo relatório refere que, dos falecidos, 320 foram devolvidos do lado russo da frente de Donetsk (leste do país), outros 89 da frente de Bakhmut (também na região de Donetsk, mas identificados como um teatro de combate separado) e que os outros 154 restantes estavam em centros forenses em território russo.

“As Forças Armadas da Ucrânia vão transferir os corpos repatriados e os restos mortais para instituições estatais designadas. Os representantes das forças de segurança e dos especialistas médicos identificarão as vítimas”, fez saber o Centro de Coordenação.

A anterior operação deste tipo ocorreu em 18 de outubro, quando a Ucrânia recebeu os restos mortais de 501 soldados que morreram em combate, na sequência da invasão russa, em fevereiro de 2022.

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IGCP realiza leilões de dívida a 10 e 20 anos na quarta-feira

  • Lusa
  • 8 Novembro 2024

No anterior leilão comparável, o IGCP colocou 405 milhões de euros em OT à taxa de 3,075% e a procura cifrou-se em 736 milhões de euros.

O IGCP anunciou que napróxima quarta-feira realiza dois leilões de Obrigações do Tesouro (OT) com maturidades de cerca de 10 e 20 anos, com um montante indicativo global entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública precisa que as OT a serem leiloadas na quarta-feira, “OT 2,875% – 20Out2034” e “OT 4,1% – 15Fev2045”, vencem, respetivamente, em 20 de outubro de 2034 (cerca de 10 anos) e em 15 de fevereiro de 2045 (cerca de 20 anos).

No anterior leilão comparável a 10 anos, a 8 de maio, o IGCP colocou 405 milhões de euros em OT à taxa de 3,075% e a procura cifrou-se em 736 milhões de euros, 1,82 vezes o montante colocado. Com vencimento em 15 de fevereiro de 2045 (cerca de 20 anos), no anterior leilão comparável, em 10 de abril, o IGCP colocou 529 milhões de euros a 3,433%, tendo a procura atingido 667 milhões de euros, 1,26 vezes o montante colocado.

Este conjunto de dois leilões de OT vai ser o sexto deste ano, tendo o último sido realizado em 8 de maio.

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