LisbonLaw tem dois novos associados

Gonçalo Morais David e Rita Faria Fernandes são os novos associados da LisbonLaw. Os advogados vão integrar as equipas de laboral e societário, respetivamente.

A LisbonLaw tem dois novos associados: Gonçalo Morais David e Rita Faria Fernandes. Em comunicado, o escritório explica que as contratações representam um “reforço da aposta nas principais valências do escritório” e surgem em linha com o “crescimento sustentado do mesmo”.

Transitando da Maria José Verde, Filipe Vieira & Associados, Rita Faria Fernandes passou também pela Rede Ferroviária Nacional, onde atuou na área de prática de Direito Público. Na LisbonLaw, a associada vai integrar a equipa de direito comercial e societário, acompanhando, entre outros, clientes do setor da saúde, ciências da vida e farmacêutico.

Já Gonçalo Morais David, que concluiu o seu estágio da Ordem dos Advogados, vai reforçar as áreas de societário e de laboral.

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Advogados oficiosos vão ter de fazer registo obrigatório

Segundo o site da OA, este mecanismo de registo das escalas presenciais tem o "objetivo de mais facilmente se concretizar quem se encontra de escala, quantas intervenções tem e em que âmbito". 

Os advogados oficiosos vão ter que fazer um registo obrigatório das presenças nos tribunais. A decisão surge na sequência de um acordo da Ordem dos Advogados e da Direção Geral da Administração da Justiça no processo de acompanhamento do funcionamento do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais. Segundo o site da OA, este mecanismo de registo das escalas presenciais tem o “objetivo de mais facilmente se concretizar quem se encontra de escala, quantas intervenções tem e em que âmbito”.

“Nessa medida elaborou-se uma ficha de registo para cada período da manhã e da tarde que visa também imprimir maior celeridade no procedimento de confirmação dos honorários pedidos nestas circunstâncias específicas das escalas presenciais. Foi assim elaborada uma listagem que estará disponível todos os dias nos tribunais onde existem escalas presenciais, em todo o território nacional, a fim de que aqueles que nelas participam possam confirmar a sua presença e o âmbito da sua atuação”, diz o mesmo comunicado.

Desta forma, entendem as duas entidades, “tornar-se-á mais fácil a monitorização do trabalho altamente qualificado praticado pela Advocacia portuguesa e ao mesmo tempo introduzir maior rapidez na identificação das necessidades reais e efetivas dos tribunais e o pagamento atempado dos serviços prestados”.

O Ministério da Justiça (MJ) e a OA reuniram-se na passada sexta-feira para discutir o tema das alterações ao regime das defesas oficiosas. Mas o gabinete de Rita Júdice esclareceu: “o Ministério da Justiça recebeu os contributos da Ordem dos Advogados, clarificando que este processo não tem caráter de negociação”. Ou seja, o Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça vai analisar esses contributos, mas apenas isso, estando uma segunda reunião já agendada para 15 de novembro.

Questionada pelo ECO, fonte oficial da bastonária não quis responder ao teor das questões. Já do lado do Ministério da Justiça, foi avançado que, na reunião, estiveram presentes os especialistas do Grupo de trabalho e, do lado da Ordem dos Advogados estiveram presentes três Vogais do Conselho Geral e uma Assessora Jurídica.

O Grupo de Trabalho criado pelo Governo para o que chama de Reforma do Sistema de Remuneração dos Advogados Oficiosos propõe a revisão dos honorários fixados há 20 anos, uma nova classificação e listagem dos atos praticados por advogados oficiosos, para efeitos de fixação de honorários e alargar os atos praticados a processos de arbitragem, processos em Julgados de Paz e em processos de mediação extrajudicial concluídos com acordo entre as partes. Mais: a remuneração atribuída a cada ato passa a depender da complexidade jurídica e do volume presumido das horas trabalhadas, valorizando-se igualmente os atos mais solicitados. O Ministério da Justiça espera tomar uma decisão “a breve prazo, depois de ouvida a Ordem dos Advogados e recolhidos contributos de outros interessados”, segundo comunicado do Ministério da Justiça.

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Green Economy Forum 2024: Conferência anual do Capital Verde está de volta

  • Capital Verde
  • 4 Novembro 2024

A 4ª edição do Green Economy Forum vai acontecer dia 12 de novembro e terá como temas os desafios do setor energético, a economia circular e a eficiência hídrica.

O Green Economy Forum, a conferência do ECO/Capital Verde está de regresso com a 4ª edição, que vai decorrer no dia 12 de novembro no The Lodge Hotel, em Vila Nova de Gaia.

Este evento reúne líderes de diversos setores para discutir os desafios e oportunidades da transição para uma economia mais sustentável. Esta 4ª edição contará com a presença de representantes políticos, da indústria e de organizações ambientais, promovendo um espaço de partilha de conhecimentos e estratégias, onde serão debatidas questões cruciais como o setor energético, a economia circular e a eficiência hídrica.

A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição aqui.

PROGRAMA (em atualização)

9h00 Abertura
António Costa, Diretor do ECO
Miguel Lemos, Presidente Águas de Gaia

09h15 Desafios da energia no século XXI
João Pedro Matos Fernandes, Consultor do Instituto de Conhecimento da Abreu Advogados

09h45 Transição Energética: do financiamento ao roadmap Europeu
Pedro Ávila, Diretor de Sustentabilidade Operacional da REN
Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN
Hugo Costa, Diretor de Desenvolvimento de Negócios, Portugal EDP
Moderação: Shrikesh Laxmidas, Diretor-Adjunto do ECO

10h30 Portugal está a avançar na economia circular?
João Amaral, Voltália
Sandra Martinho, Economista
Moderação: Ana Batalha Oliveira, Diretora do Capital Verde

11h15 Coffee-Break

11h30 ESG: Como as empresas estão a gerir a mudança
Eduardo Moura, Secretário-Executivo do BCSD
Cristina Melo Antunes, Diretora Sustainable Finance do Santander Portugal
Ana Sofia do Amaral, Sustainability Leader da L’Oréal Portugal
Moderação: Shrikesh Laxmidas, Diretor-Adjunto do ECO

12h15 Case Study
Miguel Coleta, Diretor Sustainability, Activation & Support da Philip Morris International

12h30 Como aumentar a eficiência hídrica?
Miguel Lemos, Presidente da Águas de Gaia
Vera Eiró, Presidente do Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)
Moderação: Ana Batalha Oliveira, Diretora do Capital Verde

13h00 Encerramento

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessora blink-iT Solutions na venda parcial à Hoalani Group

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão envolvida na operação foi coordenada pelo associado sénior Gonçalo Cerejeira Namora e pelo associado principal Pedro Dias de Azevedo.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou a blink-iT Solutions, uma empresa portuguesa de consultoria e desenvolvimento tecnológico, no processo de venda parcial de capital à Hoalani Group, um fornecedor global de consultoria de negócios e tecnologia que serve várias indústrias, com sede nos Estados Unidos.

“A assessoria compreendeu todo o processo de M&A, desde a fase preliminar de aconselhamento dos vendedores sobre a due diligence legal levada a cabo pelo comprador, até à preparação, negociação e finalização da documentação da transação”, revela o escritório em comunicado.

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão envolvida na operação foi coordenada pelo associado sénior Gonçalo Cerejeira Namora e pelo associado principal Pedro Dias de Azevedo.

“Unir forças com o Grupo Hoalani abre oportunidades sem precedentes de inovação e crescimento. A nossa experiência combinada capacitará as empresas a navegar pelas complexidades da transformação digital com suporte inigualável e soluções de ponta. Estamos particularmente entusiasmados com o potencial de cross-selling e pela segurança que esta união irá oferecer aos nossos clientes atuais”, referiu Nuno Pereira, fundador da blink-iT e country manager de Portugal.

Já Jesper Kehlet, fundador e CEO do Grupo Hoalani, sublinhou que “esta fusão permite oferecer soluções ainda mais integrada”, garantindo que os clientes se mantenham “à frente num cenário digital em constante evolução”.

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“Não podemos dizer que estamos satisfeitos com o retorno económico do 5G”, diz administrador da Nos

No dia em que a rede 5G da Nos passa a operar de forma independente do 4G, Manuel Ramalho Eanes, administrador, insiste nas dificuldades em rentabilizar investimento de 420 milhões de euros.

A Nos NOS 0,00% lançou esta segunda-feira o 5G standalone, o que significa que toda a sua rede de quinta geração funciona agora de forma independente da rede 4G. No entanto, a empresa continua a enfrentar dificuldades na rentabilização deste investimento.

Esta evolução tecnológica, com a marca “5G+”, passa a estar disponível para os clientes com tarifários ilimitados, desde que tenham telemóveis compatíveis, nomeadamente das marcas Samsung e Xiaomi, indicou o administrador da Nos Jorge Graça.

Foi em novembro de 2021 que Portugal entrou na era 5G, com a Nos a lançar primeiro a tecnologia, mas num modelo ainda dependente do 4G, logo após a atribuição das licenças pela Anacom. A Nos pagou mais de 165 milhões de euros para adquirir esses direitos no leilão promovido nesse ano pelo regulador, que teve 1.727 rondas de licitações e angariou quase 567 milhões de euros para os cofres do Estado.

Contudo, Manuel Ramalho Eanes, também administrador da Nos, admitiu que continuam as dificuldades em rentabilizar o investimento já realizado, que totaliza 420 milhões de euros desde 2021, havendo ainda 110 milhões para investir em 5G nos próximos seis, disse o gestor, num evento em que fez o balanço dos projetos da Nos nesta área.

“Não podemos dizer que estamos satisfeitos com o retorno económico do 5G à data de hoje”, afirmou o gestor, reconhecendo, porém, que “não é uma coisa portuguesa”, tratando-se de um problema mais abrangente. Ainda assim, a Nos tinha de entrar nesta vaga tecnológica: “Seria muito difícil que deixássemos de apostar” no 5G, rematou.

5G, agora sem “rodinhas”

O investimento no 5G, de montante relevante para a Nos, permitiu à operadora instalar 4.710 estações 5G até ao momento e cobrir 99,1% da população, tendo chegado o momento de evoluir para um modelo de rede autónomo da anterior rede 4G, ainda ativa.

Para explicar esta evolução, Jorge Graça disse que o 5G non-standalone que existia atualmente era como “aprender a andar de bicicleta com rodinhas”. “Essas rodinhas eram o 4G. O 5G funcionava, mas tinha sempre um apoio do 4G. O 5G standalone é quando tiramos as rodinhas. Permite andar mais depressa, curva melhor e vai a qualquer sítio”, apontou.

Essa melhoria da rede permite duplicar as velocidades de upload e baixar ainda mais a latência, para menos de dez milissegundos, de acordo com a Nos. A empresa passa a poder também compartimentalizar a rede para casos específicos e ter mais ganhos de eficiência energética, indicou Jorge Graça.

Este avanço continuará a chegar a cada vez mais empresas e consumidores, à medida que vai sendo renovado o parque de smartphones compatíveis, que a Nos estima rondar, neste momento, os 200 a 300 mil.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h58)

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ASPP vai contactar partidos e Tribunal Constitucional para discutir direito à greve na PSP

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia afirmou que vai "iniciar diligências" junto do Tribunal Constitucional e dos partidos para discutir o direito à greve em Portugal.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) afirmou esta segunda-feira que a estrutura sindical vai “iniciar diligências” junto do Tribunal Constitucional e dos partidos políticos para discutir o direito à greve em Portugal.

Em declarações à Lusa, na sequência do esclarecimento do Ministério da Administração Interna no domingo à noite a referir que o direito à greve não estará em discussão nas negociações que se vão reiniciar em janeiro ao contrário do que havia admitido horas antes a ministra, Paulo Santos salientou que o caderno reivindicativo já está negociado desde junho e inclui o reforço de meios e a revisão da tabela remuneratória.

“Temos de ter maturidade para desempenhar as nossas funções e temos de ser muito responsáveis. Na primeira reunião, de facto, não estava o direito à greve na negociação”, afirmou o dirigente da ASPP, embora destacando que o tema se irá “impor naturalmente” na discussão a prazo com a tutela.

“Não queria perder tempo nesta espuma dos dias que é a aparente incompatibilidade entre a senhora ministra e o senhor primeiro-ministro” que, segundo Paulo Santos, terá levado o ministério a emitir um esclarecimento, na sequência das declarações de Margarida Blasco após o congresso da ASPP/PSP que decorreu no fim de semana em Lisboa.

“As declarações da senhora ministra foram proferidos à saída do congresso” depois de ter assistido a um painel sobre o tema do direito à greve, com exemplos de polícias de outros países que têm essa possibilidade (Países Baixos) ou de outras funções essenciais do Estado, como é o caso dos médicos em Portugal, e a opinião de juristas que recomendaram o estudo do tema.

“O direito à greve não está proibido pela Constituição da República Portuguesa e o que existe é uma restrição em lei ordinária“, afirmou Paulo Santos.

Para a ASPP, “é compatível o direito à greve e a prestação de um serviço de segurança às populações“, uma posição que vários analistas subscrevem.

 

“Não me vou pronunciar sobre o comunicado” do Ministério que esclarece a posição da governante, mas “há uma coisa que eu sei: a senhora ministra mostrou uma abertura que é de saudar”, disse Paulo Santos.

Na sequência deste debate, “era importante o senhor primeiro-ministro entender que, mais ou cedo ou mais tarde, nós vamos ter este direito“, avisou Paulo Santos.

Por agora, a ASPP/PSP decidiu “acolher o desafio” feito por juristas no congresso para promover o debate do tema e irá sensibilizar o “Tribunal Constitucional e os partidos políticos” para a greve dos polícias.

No encerramento do congresso da ASPP/PSP Margarida Blasco afirmou: “vamos começar no dia 06 de janeiro um conjunto de revisões e é um ponto que pode estar e estará, com certeza, em cima da mesa. Neste momento não vou dizer se sim ou se não, porque vai ter de ser submetido a um estudo”, quando questionada pelos jornalistas sobre se estava disposta a conceder o direito à greve aos polícias.

Contudo, horas depois, um esclarecimento do Ministério da Administração Interna enviado às redações referia que “a posição do Governo é clara: nesse diálogo pode ser discutida a representação laboral e os direitos sindicais. Mas não o direito à greve”.

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Ex-secretário de Estado “de consciência bem tranquila” para julgamento das golas antifumo

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

O ex-secretário de Estado José Artur Neves garantiu estar de "consciência tranquila" antes do arranque do julgamento do processo das golas antifumo.

O ex-secretário de Estado da Proteção Civil José Artur Neves garantiu esta segunda-feira estar de “consciência tranquila” antes do arranque do julgamento do processo das golas antifumo e lamentou que o projeto Aldeia Segura não tenha tido seguimento.

Em declarações aos jornalistas à entrada para o Juízo Central Criminal de Lisboa, o antigo governante, que acabou por se demitir em 2019 na sequência da revelação deste caso, manifestou a convicção de que o processo “seguramente será bem julgado”, assegurando ainda que a investigação do Ministério Público (MP) será “obviamente contestada” no tribunal, face às imputações de fraude na obtenção de subsídio e participação económica em negócio.

“A minha contestação é muito clara. O processo terá o julgamento que tiver de ser, estou mais do que sossegado e de consciência bem tranquila. O que me preocupa é a questão política, porque eu fui criado numa aldeia, combati fogo quando era miúdo“, referiu.

José Artur Neves defendeu que o projeto Aldeia Segura, ao abrigo do qual foram contratualizados os kits de autoproteção, “foi, seguramente, o melhor projeto de proteção das vidas das pessoas nas aldeias” e considerou que devia ter tido outro desenvolvimento, depois da sua criação na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande.

“Era um projeto que estava a ser bem executado. Não tem nada a ver com isto, que é outra coisa… O que me entristece é que depois deste processo o Aldeia Segura não tivesse tido o desenvolvimento que nós desejávamos, que era absolutamente fundamental para proteger a vida das pessoas”, sustentou, resumindo: “É necessário elevar uma cultura de segurança nas aldeias. Todos já se esqueceram que em 2017 morreram 116 pessoas”.

Em causa neste processo estão alegados crimes de fraude na obtenção de subsídio, participação económica em negócio e abuso de poder, relacionados com a contratação pública e compra de golas de autoproteção no programa “Aldeia Segura — Pessoas Seguras”, lançado na sequência dos incêndios florestais de 2017.

Entre os 19 arguidos (14 pessoas e cinco empresas) estão o ex-secretário de Estado da Proteção Civil José Artur Neves e o ex-presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), general Carlos Mourato Nunes.

O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) enviou em janeiro passado todos os arguidos para julgamento, ao validar na íntegra a acusação do MP.

A acusação foi revelada pelo MP em julho de 2022, após a investigação identificar “ilegalidades com relevo criminal em vários procedimentos de contratação pública” no âmbito do programa “Aldeia Segura — Pessoas Seguras”, que foi cofinanciado pelo Fundo de Coesão, considerando que causou prejuízos para o Estado no valor de 364.980 euros, supostamente desviados a favor dos arguidos.

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Falta de quantificação relevante de despesa fiscal é “grave”, avisa Tribunal de Contas

Tribunal de Contas alerta para quantificação incompleta da despesa fiscal. Apesar de reconhecer alguns progressos, defende que "é uma área onde há muito por fazer".

O Tribunal de Contas defendeu esta segunda-feira que existe ainda muito por fazer no controlo da despesa fiscal, alertando para a quantificação incompleta da perda de receita do Estado com benefícios fiscais, e que o tema deve estar sujeito a escrutínio.

Numa audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), a juíza conselheira Ana Furtado, que acompanhou a presidente da instituição, Filipa Urbano Calvão, considerou que o controlo da despesa fiscal “passa não só por fundamentação completa aquando” da criação dos benefícios fiscais “como a sua avaliação” posteriormente.

No OE2025, o Governo prevê que a despesa fiscal do Estado, isto é o montante de receita que abdica decorrente da concessão de desagravamentos fiscais, seja de natureza estrutural seja verdadeiros benefícios fiscais, ascende em 2025 a 16.680,7 milhões de euros. Este montante representa um aumento de 3,2% face à despesa fiscal estimada para 2024.

No relatório, o Ministério das Finanças atribui este aumento à subida da despesa fiscal em todos os impostos, em especial no Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA), cuja despesa fiscal estima que aumente 3,8%, o correspondente a uma subida de 370 milhões de euros

Para Ana Furtado, “o efetivo controlo dos benefícios fiscais, pela perda de receita que implicam, deve ser sujeito a escrutínio”. Segundo a juíza conselheira “é uma área onde há muito por fazer”.

Há uma quantidade relevante de despesa fiscal que não está quantificada. Isso é grave”, disse, apontando que constam da proposta orçamental “110 benefícios fiscais que não são quantificados“. Ainda assim, reconheceu que “vão sendo dados passos lentos” e que, no próprio OE2025, há quatro novas classificações de benefícios fiscais de IRC.

No parecer à Conta Geral do Estado (CGE) de 2023, o Tribunal de Contas assinalava que “dos 303 benefícios fiscais identificados pela Autoridade Tributária e Aduaneira, apenas é quantificada a despesa fiscal de 202”. No relatório entregue no início de outubro no Parlamento, entre os exemplos, identificou a despesa fiscal resultante de reduções da taxa autónoma de IRS aplicada a contratos de arrendamento para habitação permanente, da isenção de IVA de diversas atividades e do regime especial de isenção, da isenção da tributação autónoma em IRC dos veículos movidos exclusivamente a energia elétrica ou ainda da isenção do IS nos contratos enquadrados no programa de apoio ao arrendamento.

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Dívida pública cai pelo terceiro mês seguido para 97,4% do PIB. É o valor mais baixo dos últimos 14 anos

O stock da dívida caiu pelo terceiro mês consecutivo para 272,2 mil milhões de euros, o equivalente a 97,4% do PIB. É preciso recuar até setembro de 2010 para encontrar um rácio da dívida tão baixo.

A dívida pública voltou a cair em setembro. Segundo dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira, a dívida das Administrações Públicas na ótica de Maasctricht baixou 0,54%, ou 1,48 mil milhões de euros, para 272,2 mil milhões de euros.

Foi o terceiro mês consecutivo em que o stock da dívida registou uma queda mensal em termos nominais e foi também o valor mais baixo do rácio da dívida desde setembro de 2010, com a dívida pública a alcançar um valor equivalente a 97,4% do PIB.

“Esta descida refletiu, sobretudo, a redução dos títulos de dívida (-1,3 mil milhões de euros) e dos empréstimos (-0,2 mil milhões de euros)”, refere o Banco de Portugal em comunicado.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Só este ano, o stock da dívida pública regista uma correção de 3,94%. Significa que entre janeiro e setembro, a dívida do Estado emagreceu mais de 10,3 mil milhões face aos valores que apresentava no final do ano passado.

Os dados do Banco de Portugal revelam ainda que setembro foi também o 13.º mês consecutivo em que a taxa homóloga do stock da dívida contraiu, alcançando uma queda homóloga de 2,38%, a mais elevada desde março, quando contraiu 3,04%.

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Euribor desce a três e a 12 meses e sobe a seis meses

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa desceram a três e a 12 meses, mas subiram no prazo a seis meses.

As taxas Euribor, que servem para o cálculo da prestação mensal da casa, desceram a três e a 12 meses e subiram no prazo a seis meses em relação a sexta-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu para 2,916%, mais 0,004 pontos.
  • Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, recuou para 2,619%, menos 0,010 pontos do que na sexta-feira.
  • A Euribor a três meses também desceu para 3,075%, menos 0,010 pontos.

A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,267 pontos para 3,167% a três meses (contra 3,434% em setembro), 0,256 pontos para 3,002% a seis meses (contra 3,258%) e 0,245 pontos para 2,691% a 12 meses (contra 2,936%).

Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Gonçalo Bargado integra equipa de Direito Público da Pérez-Llorca

Gonçalo Bargado integra a Pérez-Llorca na qualidade de associado sénior. Tem focado a sua atividade nas áreas de Direito Público e Regulatório, Contencioso Administrativo e Arbitragem.

A Pérez-Llorca reforçou a equipa de Direito Público e Regulação com a integração de Gonçalo Bargado, na qualidade de associado sénior.

“Esta integração reforça o crescimento da equipa de Direito Público da Pérez-Llorca, cuja prática tem vindo a expandir-se em Portugal, com o objetivo de oferecer assessoria jurídica de excelência, nomeadamente em temas de regulatório e administrativo“, refere o escritório em comunicado.

Com cerca de uma década de experiência em Direito Público, Gonçalo Bargado transita da Sérvulo & Associados, onde estava desde 2015. Ao longo da sua carreira, tem focado a sua atividade nas áreas de Direito Público e Regulatório, Contencioso Administrativo e Arbitragem.

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Lei ainda não permite que inquilinos declarem contratos ao Fisco

  • ECO
  • 4 Novembro 2024

Mais de um ano após a entrada em vigor do Mais Habitação, os inquilinos continuam sem poder comunicar os contratos ao Fisco na vez dos senhorios por faltar regulamentar a declaração do modelo oficial.

Quando lançou o pacote Mais Habitação, o anterior Governo de António Costa incluiu na lei uma alteração ao Código do Imposto do Selo segundo a qual, se os proprietários de uma habitação não comunicassem à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) os contratos de arrendamento assinados com os seus inquilinos, estes (locatários ou sublocatários) poderiam fazê-lo, “em declaração de modelo oficial, nos prazos e termos a regulamentar por portaria do membro do Governo responsável pela área das Finanças”. Só que, passado mais de um ano, a norma continua por regulamentar, revela esta segunda-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

Isto significa que, se um senhorio decidir não declarar junto das Finanças o contrato de arrendamento assinado com o seu inquilino, este não pode substituir-se ao proprietário e tratar ele próprio dessa formalidade, visto não ter o dito modelo oficial. As consequências deste cenário são significativas: do lado do proprietário, traduzem-se no não pagamento do imposto sobre os valores que recebe a título de renda; o inquilino, por sua vez, não pode deduzir o que paga no seu IRS e, sem a declaração da renda ao Fisco, fica impossibilitado de aceder ao apoio extraordinário à renda, que é calculado e atribuído de forma automática pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) a partir, precisamente, dos dados que constam nas bases de dados da AT.

A Associação de Inquilinos Lisbonenses tem alertado para a falta da regulamentação, tendo sublinhado, no documento enviado ao Governo na preparação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), a necessidade de permitir aos arrendatários “a manifestação junto da AT dos contratos celebrados” e de se legislar para lhes permitir a denúncia de situações de incumprimento no registo de contratos por parte dos senhorios. O presidente da associação, Pedro Ventura, aponta para o “duplo prejuízo” do problema — “para os inquilinos e para o Fisco”.

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