The Core une forças com a Fundação A LA PAR para promover o talento inclusivo com o ROCKALAPAR

  • Servimedia
  • 9 Dezembro 2024

A escola colabora com a banda de rock, fornecendo equipamento técnico e conhecimentos audiovisuais para acompanhar os membros, jovens com deficiência intelectual, na sua formação e desenvolvimento.

The Core, pertencente ao Planeta Formación y Universidades, uniu-se à Fundação A LA PAR no projeto musical ROCKALAPAR, que promoveu a formação de uma banda de rock composta por pessoas com deficiência intelectual. Com o objetivo de demonstrar que o talento não tem barreiras, o projeto é liderado por David Summers, cantor e compositor dos Hombres G, e Pedro Andrea, guitarrista e compositor.

Como parte da colaboração, The Core forneceu recursos técnicos e acompanhamento profissional ao grupo, formado por Pablo, Álvaro C, Ignacio, Enrique, Laura, Daniel e Álvaro. Como parte da iniciativa, os membros tiveram a oportunidade de visitar as instalações da escola para os seus primeiros ensaios, tendo acesso a equipamento de última geração e aprendendo num ambiente de excelência criativa. Este acompanhamento faz parte do compromisso da escola em apoiar o crescimento artístico e pessoal dos músicos.

“Este projeto reflete o poder transformador da música e da educação como ferramentas de inclusão. Estamos orgulhosos por podermos contribuir para uma iniciativa tão inspiradora, em linha com o nosso compromisso de formação e educação inovadoras”, afirmou Mercedes Agüero, diretora do The Core.

No dia 3 de dezembro, coincidindo com o Dia Internacional da Deficiência, o grupo, convidado pela Comunidade de Madrid, deu um concerto ao vivo na Real Casa de Correos, fazendo a sua estreia durante a celebração do 46.º aniversário da Constituição espanhola.

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Novas regras de reporte ESG vão exigir ‘due diligence’ “contínuo”

  • ECO
  • 9 Dezembro 2024

Novas regras europeias forçam empresas a mapear riscos em toda a cadeia de valor e a implementar um plano de ação. Este foi um dos temas em análise na quarta edição do ESG Fórum Portugal.

Ansiedade será, porventura, um sintoma frequente nas grandes empresas portuguesas desde a aprovação das novas regras europeias para o reporte de informação ESG, mas há também muitas dúvidas sobre o real impacto que a diretiva CSDDD terá nos negócios. Uma das consequências de não trabalhar questões ambientais, sociais e de governança será a dificuldade no acesso ao financiamento, salientaram os oradores da quarta edição do ESG Portugal Fórum.

O evento – organizado na passada quinta-feira pelo ECO/Capital Verde – contou com a presença de empresários, especialistas em direito e decisores políticos, incluindo o secretário de Estado da Economia. “Penso que há hoje um consenso muito alargado de que há conceitos que não são discutíveis”, apontou João Rui Ferreira, que acredita que a sustentabilidade é hoje um passo óbvio para todos. “A questão que se coloca é a que ritmo vamos fazer isto (…) e como é que fazemos isto mantendo a competitividade”, indagou.

João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia

O Governo, garantiu o responsável, reconhece a importância dos temas ESG e quer mesmo trabalhar para “harmonizar as regras do jogo para que todos saibam o que estamos a medir e a avaliar”, mas também contribuir para esclarecer as empresas. “Estamos a trabalhar em várias medidas do ponto de vista da capacitação”, assegurou.

Capacitação parece ser, segundo os especialistas, uma das principais necessidades das organizações e dos seus líderes quando o tema é o cumprimento das obrigações europeias. “Cada vez mais, os empresários estão conscientes de que não podem tomar decisões sem terem a informação toda sobre os impactos que essas decisões têm”, apontou Bruno Ferreira. O managing partner da PLMJ defende, contudo, que este tema “pode ser uma oportunidade” para rever o modelo de negócio e alinhá-lo com “as exigências da transição energética e do combate às alterações climáticas”.

Aceder a financiamento verde

O cumprimento de critérios ESG com desempenho positivo será, cada vez mais, um fator que decide o acesso ao financiamento. No debate sobre o tema do investimento sustentável participaram Nuno Rosário (REN), Bruno Ferreira (PLMJ), Joana Carvalho (SFGO) e Celina Carrigy (CMVM). “As empresas têm de fazer uma análise de risco, porque quando falamos em ESG falamos, acima de tudo, de risco”, apontou Joana Carvalho.

1º Painel: Financiamento e Investimento Sustentável

Sobre o acesso a recursos financeiros, a REN tem procurado, ao longo dos últimos anos, “alinhar a estratégia de financiamento com os objetivos e estratégia em matéria de sustentabilidade”, explicou Nuno Rosário. Para o responsável, a prioridade é a integração de energias renováveis e, para isso, é preciso recorrer a green bonds, green loans e, em breve, sustainability-linked bonds. Neste último caso, por exemplo, “as empresas comprometem-se a atingir determinados objetivos” e, se não forem cumpridos, são penalizadas com juros mais elevados. “A REN comprometeu-se a ter, em 2030, todo o seu financiamento verde”, garantiu.

Do ponto de vista do regulador, a CMVM diz que “uma das preocupações é sobretudo assegurar que as regras relativas à informação são cumpridas” e que as normas “sejam cada vez mais claras” para todos os agentes envolvidos. “Esta dimensão da literacia perante um quadro regulatório tão complexo exige um esforço grande no sentido de tornar este quadro mais compreensível”, disse ainda Celina Carrigy.

Bruno Ferreira vê com bons olhos todos os esforços de capacitação, já que, mais do que a complexidade do reporte, “o que tem complicado o debate é a confluência entre política e competitividade”. “Para mim, o grande problema é a alteração do modelo de negócio das empresas”, afirmou, lembrando que é preciso ver “o que acontece porque essas empresas têm trabalhadores”.

A partir de 2026, as PME passam também a ter objetivos e regras que têm de cumprir. E não é apenas, ao contrário da expectativa que se criou, para terem melhores taxas de financiamento. É mesmo para conseguirem ter financiamento”, lembrou António Costa, diretor do ECO, durante a abertura da quarta edição do ESG Fórum Portugal.

Mapear os riscos é crucial

A transposição da diretiva relativa ao dever de diligência das empresas em matéria de sustentabilidade (CSDDD) para a legislação nacional está a ser trabalhada pelo Governo, garantiu o secretário de Estado da Economia, e vai obrigar as empresas a “avaliar os riscos em matéria de direitos humanos e de ambiente”, explicou Claire Bright.

A professora associada da NOVA School of Law diz que o primeiro passo é fazer o “mapeamento dos riscos da atividade da empresa ao longo da cadeia de valor”, a principal novidade trazida pelas novas regras europeias. “O processo de due diligence é contínuo e permite identificar os riscos ao longo do tempo, mas também ter ferramentas para medir os progressos”, enquadrou.

"Cerca de 90% das nossas emissões vêm dos nossos fornecedores, por isso cabe-nos ajudá-los a reduzir.”

Márcio Cruz, responsável de relações públicas, comunicação e sustentabilidade da Coca-Cola Europacific Partners

No debate sobre o tema da due diligence participaram ainda Cláudia Coelho (PwC), Madalena Perestrelo de Oliveira (Think Tank PLMJ) e Márcio Cruz (Coca-Cola Europacific Partners). “Cerca de 90% das nossas emissões vêm dos nossos fornecedores, por isso cabe-nos ajudá-los a reduzir”, explicou o responsável de relações públicas, comunicação e sustentabilidade. “Acho que temos essa responsabilidade de os alertar para o que aí vem”, continuou.

“No caso da Coca-Cola, é preciso ter consciência de qual é o seu propósito e o que está a fazer, mas também quais são os riscos, as necessidades e o que afeta o seu negócio”, reconheceu Márcio Cruz. “A partir do momento em que tem mapeado todos os seus riscos, aquilo que tem de ter é metas muito claras sobre como atuar sobre estes riscos”, defendeu.

Embora apenas as grandes empresas sejam diretamente impactadas pela diretiva, a verdade é que os seus fornecedores e parceiros, mesmo sendo pequenas e médias empresas (PME), serão afetados pelas novas exigências. A criação de códigos de conduta e de políticas de relacionamento com fornecedores são passos que as organizações têm de dar, seguidos da implementação de um plano de ação com medidas concretas para melhorar o desempenho nos critérios ESG. “É essencial fazer o mapeamento e mantê-lo atualizado sobre a cadeia de abastecimento da empresa”, sublinhou Madalena Perestrelo de Oliveira.

Seguindo este caminho, Cláudia Coelho acredita que será possível controlar “a pegada carbónica e melhorar a relação com fornecedores”. “Acho que este é daqueles casos em que a legislação até veio depois da prática de imensas empresas. Sempre houve por parte destas cadeias de valor alguma colaboração”, considerou Cláudia Coelho.

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5 promessas de Trump que estão a animar as criptomoedas

Da reserva estratégica de bitcoin ao fim do dólar digital, o próximo mandato de Donald Trump será muito diferente do anterior para os criptoativos. Conheça algumas das ideias do futuro Presidente.

Donald Trump, reeleito Presidente dos EUA, assumiu os louros de a bitcoin ter chegado aos 100 mil dólaresEPA/PABLO GIANINAZZI

O regresso de Donald Trump à Casa Branca levou o valor da bitcoin a níveis nunca antes vistos, com a criptomoeda a superar, na semana passada, a fasquia dos 100 mil dólares. O futuro Presidente dos EUA prometeu na campanha uma Administração mais amiga dos criptoativos e apresentou medidas concretas que agradaram à comunidade.

Em reação ao feito histórico da bitcoin nos 100 mil dólares, Donald Trump, que tomará posse a 20 de janeiro, tomou para si os louros dessa conquista, congratulando todos os detentores de bitcoin numa mensagem publicada numa rede social. O que torna tudo isto ainda mais surpreendente, visto que Trump, no anterior mandato como Presidente, e até recentemente, era um crítico sonante de tudo o que tinha a ver com o mundo cripto.

“Eu não sou um fã de bitcoin e de outras criptomoedas, que não são dinheiro e cujo valor é altamente volátil e baseado no ar. Os criptoativos não regulados podem facilitar comportamentos ilegais, incluindo tráfico de droga e outras atividades ilegais”, escreveu Donald Trump, em julho de 2019, no antigo Twitter.

Como se a mensagem não fosse clara o suficiente, é possível encontrar Donald Trump a criticar os criptoativos muito mais recentemente. Em agosto de 2021, em direto na Fox Business, o então ex-Presidente dos EUA carregou nas críticas, assumindo que não era um “grande fã” das criptomoedas, que disse serem “um desastre à espera de acontecer”.

“A moeda deste mundo deve ser o dólar. E eu não acho que devamos ter todas as bitcoins do mundo [a circularem] por aí. Eu acho que deveríamos regulá-las muito, muito bem”, disse Donald Trump, atualmente reconvertido num dos principais entusiastas de criptomoedas, e também num dos seus apoiantes mais consequentes.

Três anos depois, Donald Trump tem opiniões bem diferentes sobre as criptomoedas, num dos sinais mais evidentes de que este segundo mandato poderá ser muito distinto do primeiro. “A bitcoin não é apenas uma maravilha da tecnologia”, disse Trump este verão, durante a campanha eleitoral, num discurso proferido numa conferência de entusiastas da moeda virtual. “É um milagre da cooperação e da conquista humana”, salientou.

Este discurso de quase uma hora, na The Bitcoin Conference 2024 em Nashville, Tennessee, foi, em retrospetiva, um importante momento da campanha do futuro Presidente, no qual Trump traçou as linhas gerais da sua agenda para os criptoativos ao longo dos próximos quatro anos, com o objetivo de fazer dos EUA a “capital cripto do planeta e a superpotência mundial de bitcoin”.

O ECO recuperou algumas das promessas feitas pelo futuro Chefe de Estado durante a campanha eleitoral e que impulsionaram o preço da bitcoin nesta reta final do ano, acumulando ganhos superiores a 40% desde 5 de novembro, dia das eleições.

Despedir Gary Gensler da SEC

Em Nashville, Trump arrancou fortes aplausos da plateia de cripto-entusiastas ao prometer que, se fosse reeleito, iria demitir o presidente da Securities and Exchange Commission (SEC) logo no primeiro dia, o regulador dos mercados financeiros. Gary Gensler foi nomeado pelo ainda Presidente Joe Biden em 2021 e tem tido mão pesada com as empresas de criptoativos.

Não foi preciso esperar até ao regresso de Trump. Semanas depois das eleições presidenciais, a SEC anunciou que Gensler irá abandonar voluntariamente o cargo a 20 de janeiro, dia da tomada de posse. Num comunicado, o ainda líder da SEC enalteceu o trabalho feito para “proteger os investidores nos mercados cripto” e as ações tomadas contra “intermediários cripto por fraude, lavagem de dinheiro, violações de registo e outras condutas impróprias”.

Com Gensler fora do caminho, restou a Trump anunciar a escolha do sucessor, que recaiu sobre Paul Atkins, um veterano dos mercados financeiros e também um adepto das criptomoedas. O anúncio na passada quarta-feira, num post na plataforma Truth Social, serviu de catalisador para levar a bitcoin até aos 103.900 dólares, um novo máximo histórico.

Construir uma reserva estratégica de bitcoin

“Nunca vendam as vossas bitcoins”, disse Trump na conferência de Nashville, numa alusão à máxima repetida vezes sem conta pelos entusiastas dos criptoativos. Por isso, o futuro Presidente dos EUA pretende que a maior economia do mundo siga o mesmo ideal.

“Se eu for eleito, será política da minha administração, dos Estados Unidos da América, manter 100% de todas as bitcoins que o governo dos EUA atualmente detém ou adquira no futuro. Manteremos 100%”, disse Trump. “Isto servirá, com efeito, como o núcleo da reserva estratégica nacional de bitcoin”, apontou.

Como reconheceu o próprio candidato, os EUA detêm criptomoedas, que são arrestadas em processos judiciais, incluindo algumas centenas de milhares de bitcoins. E os investidores sabem que, se o governo norte-americano tiver de ir ao mercado adquirir moedas virtuais, os preços deverão subir.

A propósito, em julho deste ano, deu entrada no Senado uma proposta de lei de um senador republicano para obrigar o Departamento do Tesouro a comprar um milhão de bitcoins ao longo de um período de cinco anos, que teriam de ser mantidas pelo período de 20 anos.

Minerar todas as bitcoins nos EUA

Donald Trump tem dado sinais de que irá promover a mineração de bitcoins em território norte-americano, tendo inclusivamente reunido com vários gestores desta indústria em Mar-a-Lago.

“O ódio de Biden pela bitcoin só ajuda a China, a Rússia e a esquerda radical comunista. Nós queremos que todas as restantes bitcoins sejam feitas nos EUA. Isso irá ajudar-nos a ser energeticamente dominantes!”, anunciou Trump em junho deste ano.

A mineração de bitcoin diz respeito a uma parte crucial do funcionamento da criptomoeda. É através deste processo que as transações são processadas e inscritas numa espécie de livro de registos digital, chamado blockchain, e que implica, na prática, manter e suportar muitos computadores em funcionamento, com elevados consumos energéticos.

É também através deste processo que são criadas novas bitcoins, mas não eternamente: quando foi criada, o sistema foi desenhado para que existissem apenas 21 milhões de bitcoins em circulação. Atualmente já foi minerada mais de 94% de toda a oferta possível.

“Se as cripto vão definir o futuro, eu quero que sejam mineradas, cunhadas e criadas nos EUA. Vamos criar tanta eletricidade que vocês vão dizer ‘Por favor, por favor, Presidente, nós não queremos mais eletricidade. Já não podemos com ela!”, brincou Trump este verão na conferência de Nashville, referindo-se diretamente à produção de energia nuclear, mas também através da queima de combustíveis fósseis.

Criar um Conselho Consultivo Presidencial

A futura Administração Trump terá um Conselho Consultivo Presidencial de Cripto: “A sua função será desenhar orientações regulatórias transparentes em benefício de toda a indústria e terá de o fazer em 100 dias. Iremos ter regulação, mas a partir de agora as regras serão escritas por pessoas que amam a indústria, não que a odeiem”, anunciou o Presidente em Nashville.

Na sequência deste anúncio de campanha, várias empresas de criptomoedas já se começaram a posicionar para integrar este organismo, aproximando-se do poder. No final de novembro, a Reuters divulgou o nome de algumas delas: Ripple, Kraken e Circle.

Mais recentemente, na semana passada, no rescaldo da bitcoin ter atingido os 100 mil dólares, o Presidente eleito anunciou que irá designar David Sacks, um investidor de capital de risco com ligações a Silicon Valley, para ser “czar” da inteligência artificial e das criptomoedas, duas áreas que, para Trump, serão “críticas para o futuro da competitividade da América”.

Sacks, antigo diretor de operações do Paypal, foi também um importante doador para a campanha republicana.

Matar o projeto do dólar digital

Nos últimos anos, a Reserva Federal tem vindo a avaliar a possibilidade de criar uma moeda digital de banco central (CBDC), uma espécie de dólar digital, tal como tem sido estudado pelo Banco Central Europeu no caso do euro digital. Com Trump no poder, esse projeto da Fed americana tem os dias contados.

“A criação de uma moeda digital de banco central acabou. Esqueçam. Nunca haverá uma CBDC enquanto eu for Presidente dos Estados Unidos. E eu defenderei sempre o direito à auto-custódia”, disse Trump na conferência no estado do Tennessee.

Os bancos centrais têm estado a avaliar essa possibilidade para concorrer com as criptomoedas, mas também com outras geografias que já implementaram moedas virtuais “oficiais”, como a China. Durante anos, Trump foi contra a bitcoin por fazer concorrência ao dólar. Agora, é contra o dólar digital, por concorrer com a bitcoin.

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Com ações da Mota sob pressão, família investe 900 mil euros em 2024 para reforçar posição no capital

Os analistas atribuem a desvalorização das ações a movimentos especulativos, após a escalada do ano passado, e antecipam potencial de recuperação.

Depois de ter triplicado de valor no ano passado, as ações da Mota-Engil têm sido o “patinho feio” da bolsa de Lisboa, este ano. Apesar dos bons resultados operacionais e de uma carteira de encomendas em valores recorde, a companhia acumula uma queda superior a 36%. Um comportamento que analistas e gestores da empresa atribuem a movimentos especulativos e que tem sido aproveitado pela família para reforçar no capital. Apenas em 2024, os dirigentes da construtora já investiram mais de 900 mil euros na compra de títulos.

As ações da Mota-Engil voltaram a estar sob forte pressão numa sessão na última semana, com a empresa a afundar mais de 11,5% na quinta-feira — a maior queda em mais de um ano — , após uma série de cinco sessões positivas, nas quais a empresa tinha acumulado uma valorização de 10,4%.

Este movimento de fraqueza dos títulos foi aproveitado por dois gestores da empresa para reforçar no capital. Enquanto o CEO Carlos Mota dos Santos comunicou a compra de um bloco de 15.000 ações, num investimento superior a 39 mil euros, o vice-CEO, Manuel Mota adquiriu 40.000 títulos a um preço médio de 2,70 euros, o que perfaz um investimento total de 108 mil euros.

Estas aquisições realizadas por dirigentes e membros da família Mota, que controla o capital da empresa, têm sido uma constante ao longo do ano, sobretudo em períodos marcados por maiores correções das cotações. No total, as compras de dirigentes somam 914 mil euros, desde o início do ano, segundo a informação divulgada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e compilada pelo ECO.

O líder da construtora (e membro da família que controla a empresa) tem sido o dirigente mais constante nas compras. Já foi ao mercado por oito vezes reforçar a sua posição no capital, operações nas quais comprou 40 mil títulos por perto de 129 mil euros, para passar a deter 170 mil ações, equivalentes a 0,06% do capital.

Ainda assim, coube à Mota Gestão e Participações, a “holding” da família, a maior despesa. Entre os dias 14 e 19 de junho, a família foi quatro vezes ao mercado, tendo investido perto de 600 mil euros na empresa que detém, passando a controlar 38,46% do capital.

Manuel Mota, o CFO José Carlos Nogueira e Mª Vasconcelos Mota foram outros dos dirigentes que comunicaram aquisições, mostrando que estão confiantes na evolução das ações da construtora, apesar do desaire sofrido em bolsa este ano.

É verdade que o desempenho da Mota-Engil tem sido bastante negativo este ano e nada indicava que tal pudesse acontecer. Ao nível operacional o desempenho da empresa tem sido até melhor do que tinha delineado no seu plano de negócios para os próximos anos.

Pedro Barata

Gestor de ações nacionais da GNB

É verdade que o desempenho da Mota-Engil tem sido bastante negativo este ano e nada indicava que tal pudesse acontecer“, reconhece Pedro Barata. O gestor de ações nacionais da GNB considera que, “ao nível operacional o desempenho da empresa tem sido até melhor do que tinha delineado no seu plano de negócios para os próximos anos“.

A Mota-Engil revelou um crescimento de 51% dos lucros até setembro, para 77 milhões de euros, com uma carteira de encomendas recorde, de 14,8 mil milhões de euros, “impulsionada pela adjudicação de projetos de grande dimensão nos mercados principais”, explica a Mota-Engil. México, Angola e Nigéria representam 78% desta carteira.

“Depois da forte valorização do ano passado, é sabido que houve alguns hedge funds que resolveram especular com o título vendendo-o em bolsa na expectativa de comprar depois mais barato, ganhando dinheiro na diferença”, justifica Pedro Barata. “Quando assim é, e face à dimensão de alguns destes hedge funds, resta aos investidores de longo prazo perceberem se esta desvalorização representa uma oportunidade ou não”, realça o gestor.

Pedro Lino nota que “depois de uma forte recuperação da cotação em 2023, a Mota Engil tem corrigido substancialmente, associado às geografias onde opera de maior risco e os recentes problemas com a Duro Felguera“, explica o CEO da Optimize.

“Os principais desafios podem ser a administração Trump e a operação no México bem como a participação indireta na Duro Felguera”, enumera Pedro Lino. Já em relação às oportunidades destaca o “ciclo de obras públicas em Portugal, e a notoriedade e reconhecimento que a empresa conquistou ao longo das últimas décadas”.

A própria empresa poderia aproveitar esta forte correção [dos títulos] e sinalizar que tem tesouraria e está disponível para comprar ações nestes preços.

Pedro Lino

CEO da Optimize

Feita esta análise, Pedro Lino assume que a Optimize investe na construtora em vários fundos e identifica “bastante potencial na empresa”, adiantando que “a própria empresa poderia aproveitar esta forte correção [dos títulos] e sinalizar que tem tesouraria e está disponível para comprar ações nestes preços.”

Para João Queiroz, “embora os fundamentais de longo prazo permaneçam sólidos (como o crescimento contínuo da carteira de encomendas e EBITDA), o seu desempenho no mercado reflete incertezas macroeconómicas e específicas da empresa, exacerbadas pela atuação de agentes como “short sellers” e ajustamentos regionais.”

No início de setembro foi divulgado que o hedge fund norte-americano Muddy Waters Capital Domino Master Fund entrou no capital da empresa, com uma posição curta, à data, de 0,65% precipitou a queda das ações da empresa, atirando as cotações abaixo dos 3 euros.

Entretanto, as ações mantiveram a tendência descendente, apesar deste hedge fund ter recentemente reduzido ligeiramente a participação a descoberto, que visa ganhar com a queda dos títulos, para 0,57%, de acordo com a informação divulgada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Como 2025 encerra um relevante conjunto de incertezas e fragilidades mais relacionadas com as economias emergentes como as de África e América do Sul, o impacto de estratégias curtas ou “short selling” e a necessidade de ajustes estratégicos para lidar com mudanças regionais podem pesar de forma negativa no curto prazo.

João Queiroz

Head of trading do Banco Carregosa

De acordo com o administrador financeiro, a Mota-Engil foi a “vítima perfeita para um fundo abutre”. O head of trading do Banco Carregosa realça que “o setor de engenharia & construção são sensíveis aos ciclos económicos e à perceção de risco e, como 2025 encerra um relevante conjunto de incertezas e fragilidades mais relacionadas com as economias emergentes como as de África e América do Sul, o impacto de estratégias curtas ou “short selling” e a necessidade de ajustes estratégicos para lidar com mudanças regionais podem pesar de forma negativa no curto prazo.”

“Apesar de crescimento no volume de negócios e melhoria no EBITDA, alguns segmentos apresentam declínios, como o negócio de ambiente. Estas áreas podem continuar a influenciar a perceção de fragilidade de curto prazo​”, acrescenta João Queiroz.

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5 coisas que vão marcar o dia

A assembleia geral do Novobanco vai formalizar o fim antecipado do acordo e calcular o impacto financeiro da operação, permitindo ao banco avançar com a venda ou dispersão em bolsa.

A aprovação dos termos para finalizar o acordo de capital contingente no Novo Banco, permitindo à instituição avançar para o processo de venda ou dispersão em bolsa, vai dominar atenções no arranque da semana. Há ainda reunião do Eurogrupo e são divulgados importantes dados económicos lá fora. Por cá, será ainda conhecido o projeto da nova barragem de Fagilde, em Viseu, que irá custar cerca de 30 milhões de euros.

Acionistas do Novobanco aprovam fim do acordo de capital contingente

Os acionistas do Novobanco – Lone Star, Fundo de Resolução (FdR) e o Estado, através da Direção -Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) – formalizam esta segunda-feira a aprovação dos termos do entendimento que dita o fim antecipado do Acordo de Capital Contingente (CCA). O fim antecipado do mecanismo de capital contingente abre caminho aos dividendos e à venda do Novobanco no próximo ano, que, desde a resolução do BES há dez anos, já consumiu mais de oito mil milhões dos cofres públicos.

Eurogrupo debate comércio internacional com Reino Unido

A semana arranca com uma reunião do Eurogrupo. Num momento em que a eleição de Donald Trump como próximo presidente dos EUA continua a suscitar muitos receios sobre o impacto dos resultados das eleições no comércio internacional, um dos temas em destaque na agenda será o diálogo económico internacional com o Reino Unido. No âmbito de uma série de contactos estabelecidos com os principais parceiros internacionais sobre a evolução da economia mundial, o órgão que reúne os ministros das Finanças da União Europeia vai realizar um debate com Rachel Reeves, chanceler do Tesouro do Reino Unido.

Apresentação do projeto para nova barragem de Fagilde

Está agendada para esta segunda feira a apresentação do estudo do projeto para a construção da nova barragem de Fagilde. A apresentação está marcada para as 16h30 e deverá ser apresentado pela ministra do Ambiente, em Viseu. A nova barragem, que foi anunciada no passado mês de agosto e envolve quatro municípios, tem um custo estimado a rondar “os 30 milhões” e visa garantir o abastecimento de água à população local de forma segura e sustentável, segundo indicou o ministério do Ambiente e Energia, aquando do anúncio.

PIB do Japão e preços no produtor na China

São divulgados os números finais para a evolução do produto interno bruto (PIB) japonês no terceiro trimestre do ano. Os dados preliminares revelaram um crescimento trimestral homólogo de 0,9%, um resultado que poderá ser revisto em alta para uma subida de 1%, segundo os economistas. Serão ainda divulgados importantes indicadores económicos da economia chinesa. Está agendada a divulgação do índice de preços no produtor e a taxa de inflação, no país.

Eurostat publica preços na agricultura

O gabinete de estatísticas europeu divulga, esta segunda, os índices de preços na agricultura, no terceiro trimestre de 2024. Será ainda conhecido um inquérito sobre a força de trabalho na região, relativo a 2023.

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Luís Menezes: “Ou saúde privada muda ou o Grupo Ageas vai entrar no setor”

O novo CEO do Grupo Ageas em Portugal considera que as relações com os prestadores do setor privado da saúde aos seguros da Médis têm de mudar. Luís Menezes é o entrevistado no podcast "Insurtalks".

Luis Menezes explica as novas opções estratégicas e como estas vão mudar relacionamentos com os prestadores de cuidados de saúde.

Luis Menezes, recém-nomeado CEO do Grupo Ageas Portugal e que acaba de suceder a Steven Braekeveldt, entra nos seguros logo no segundo maior grupo do setor e no começo de um novo ciclo estratégico do grupo belga a nível mundial. Na sua primeira entrevista, revela o que vai mudar na estratégia, nos produtos, nos canais de distribuição, na relação com todos os stakeholders, incluindo o supervisor e os acionistas.

A conversa estreia o Insurtalks, um novo podcast a publicar com regularidade no ECOseguros — com o apoio da Sabseg –, onde serão aprofundados temas da atividade, divulgando as modificações e a evolução do setor, em diferentes áreas, face aos novos desafios que os consumidores e os riscos estão a colocar.

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Veja a Insurtalk com Luis Menezes aqui.

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DjMaRiiO e Diego Lopez, as últimas estrelas a juntarem-se ao histórico jogo LALIGA EA SPORTS X FC 25 RUSH na Gamergy

  • Servimedia
  • 9 Dezembro 2024

O quinteto FC Legends contará com Luis Figo, Carles Puyol, Vero Boquete, Fernando Morientes e Diego López. Os Streamers FC serão compostos por Mercedes Roa, DjMaRiiO, xBuyer, Spursito e Paul Ferrer.

O popular “influencer” e “youtuber” DjMaRiiO e Diego López, antigo guarda-redes do Real Madrid e do Villareal CF, entre outros clubes, fecham a lista de jogadores convocados para o LALIGA EA SPORTS X FC 25 RUSH, o primeiro jogo da história que vai quebrar as barreiras entre o futebol real e o mundo virtual. O jogo terá lugar a 13 de dezembro no evento Gamergy, com duas equipas compostas por estrelas e lendas de LALIGA e pelos influenciadores e gamers mais populares do momento.

A equipa FC Legends contará com Luis Figo, Carles Puyol, Vero Boquete, Fernando Morientes e o recentemente incorporado Diego López, enquanto a equipa FC Streamers será liderada por Mercedes Roa, DjMaRiiO, xBuyer, Spursito e Paul Ferrer.

O formato deste jogo será composto por duas partes. A primeira parte terá lugar no videojogo EA SPORTS FC 25 no modo Rush. No entanto, a segunda parte do jogo será transferida para a vida real, num campo de futebol que respeita as medidas e as regras do Rush.

Desta forma, o EA SPORTS FC 25 no modo Rush representa a experiência do futebol urbano social dos jogos de cinco contra cinco num campo mais pequeno, mas com balizas de dimensões semelhantes às do futebol de 11 e regras próprias que tornam o ritmo dos jogos acelerado. Este jogo pode ser seguido em direto nos canais das redes sociais da LALIGA e dos criadores de conteúdos participantes, bem como noutras plataformas digitais.

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Blockchain para ir aos Coldplay (e outras aplicações). Ouça o podcast “À Prova de Futuro”

Nuno Lima Luz, presidente da Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas, e Maurício Marques, fundador e CEO da Yacooba Labs, são os convidados num episódio sobre o potencial da blockchain.

A blockchain é conhecida principalmente por ser uma das bases tecnológicas de criptomoedas como a bitcoin. No entanto, é muito mais do que isso. Neste episódio do podcast do ECO, À Prova de Futuro, vamos explorar o potencial desta tecnologia para as empresas, através de diversas aplicações.

Vamos conversar com Nuno Lima Luz, presidente da Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas e associado sénior para as novas tecnologias na Cuatrecasas.

Na rubrica Gestores sem Medo iremos falar com Maurício Marques, fundador e CEO da Yacooba Labs, uma empresa portuguesa que usa blockchain numa plataforma de bilhética, ou seja, do secure ticketing, entre outras aplicações.

Pelo meio teremos a rubrica Está a dar que falar, e na nota final, como sempre, a agenda.

O podcast À Prova de Futuro tem o apoio da Meo Empresas

Ouça o episódio no leitor abaixo:

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Detergentes Jodel perto da falência com dívidas de 30 milhões e 90 empregos em risco

Entre os principais credores da fabricante da Azambuja estão o Estado e vários bancos. Administrador de insolvência culpa gerência por "destruir a empresa" e espera vendê-la em leilão por 20 milhões.

A fabricante de detergentes Jodel entrou em insolvência no final de outubro, requerida por uma ex-trabalhadora, com dívidas superiores a 30 milhões de euros. Entre os principais credores estão o Estado, vários bancos e a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), segundo adiantou ao ECO o administrador de insolvência.

Tenho cerca de 300 reclamações de créditos e desconfio que vão ultrapassar os 30 milhões de euros – incluindo os 11 milhões de euros ao Estado –, mas não é um valor certo porque ainda não tenho todos os valores apurados em termos de reclamações de crédito”, contabiliza José Eduardo de Castro Martins, administrador de insolvência da Jodel, empresa situado em Aveiras de Cima.

Em declarações ao ECO, o administrador de insolvência traça como objetivo “manter a empresa para ser vendida em funcionamento, com os trabalhadores incluídos”. A assembleia de credores da Jodel está marcada para 19 dezembro. Nessa reunião promete apresentar um plano para “estabilizar a empresa durante três a quatro meses”, “preservar os cerca de 70 postos de trabalho” e “recuperar os clientes que saíram, como o grupo Sonae e o Lidl”.

Na fase seguinte, ambiciona “vender a empresa no e-leilões, com trabalhadores incluídos, sem nenhuma intervenção de leiloeiras, prontinha a trabalhar a lucrar”. José Eduardo de Castro Martins acredita que a “empresa valerá sempre acima dos 20 milhões de euros”. No entanto, clarifica que esse valor só será apurado “depois da avaliação”. É que, justifica, “avaliar a empresa hoje é uma coisa; e avaliar a empresa estabilizada é outra”.

Quero vender a empresa no e-leilões, com trabalhadores incluídos, sem nenhuma intervenção de leiloeiras, prontinha a trabalhar a lucrar.

José Eduardo de Castro Martins

Administrador de insolvência da Jodel

“Quero vender a empresa de uma forma absolutamente transparente, quero defender os postos de trabalho e proteger os credores para eles receberem o máximo”, acrescenta o administrador judicial. Mas traça, desde já, uma meta: “se conseguir pagar entre 50% a 60% aos credores, garantidamente é uma boa liquidação”.

De acordo com os dados consultados pelo ECO na plataforma Informa D&B, a sociedade Jodel Hygiene Products Manufacturing, Unipessoal Lda. acumulou prejuízos de quase 7 milhões de euros nos últimos dois anos. Em 2023 viu a faturação encolher para 14 milhões de euros, 27% abaixo do exercício anterior, com as exportações a valerem um terço do volume de negócios.

Família tenta manter gestão, mas tribunal não deixa

A 1 de outubro, os trabalhadores concentram-se em frente às instalações da empresa para denunciarem três salários em atraso referentes ao meses de julho, agosto e setembro. O administrador judicial diz que esses salários “vão ser reclamados no âmbito do processo de insolvência e irão ser pagos depois do resultado da liquidação”. No entanto, José Eduardo de Castro Martins garante ao ECO que “pagou os ordenados de outubro, no dia 12 de novembro, para conseguir ter os funcionários a trabalhar”.

Numa carta com data de 4 de novembro, a que o ECO teve acesso, os antigos administradores da Jodel requereram no processo de insolvência que “a gestão da empresa continuasse a ser assegurada pela gerência, atendendo ao facto de só assim se poder dar seguimento às encomendas em curso e ao normal funcionamento da empresa”. No entanto, o Juízo de Comércio do Tribunal de Vila Franca de Xira determinou que deviam ser entregue ao administrador de insolvência os elementos da contabilidade da empresa e de todos seus bens.

Para a antiga gerência, liderada por Filipa Ferreira, “esta atuação vai deitar por terra todo o enorme trabalho efetuado pela gerência para recuperar a empresa, atirando para o desemprego mais de uma centena de trabalhadores, que ficam sem qualquer garantia para além do fundo de garantia salarial e do subsídio de desemprego”. Algo que, lê-se na mesma missiva, “não é, de forma alguma, o futuro preconizado pela gerência da Jodel para a empresa e para os trabalhadores”.

“Destruíram a empresa criada pelos pais com muito carinho”

Fundada em 1968 por José Ferreira e Maria Manuela Ferreira, a empresa estava a ser gerida pelos filhos, Paulo e Filipa Ferreira (que assumiu a presidência em 2020). José Eduardo de Castro Martins não hesita em dizer que foram os herdeiros “que destruíram a empresa, que foi criada pelos pais com muito carinho”.

Filipa Ferreira e Paulo Ferreira, presidente e vice-presidência do grupo JodelJodel

Em entrevista ao ECO, o administrador de insolvência dá ainda conta de que “na véspera da insolvência, dia 29 de outubro, desapareceram vários bens, como carros, equipamentos, sucatas, linhas de enchimento e moldes.

José Eduardo de Castro Martins acusa ainda “Filipa Ferreira de se ter apoderado no dia 31 [de outubro], já 24 horas depois da declaração de insolvência, de um montante de quase 54 mil euros que tinha sido depositado por uma empresa cliente”. A explicação que lhe foi dada foi de que a gerente terá usado esse dinheiro para pagar a fornecedores. Diz que pediu os comprovativos desses pagamentos, mas “até hoje [não recebeu] nada”.

José Eduardo de Castro Martins refere ainda que a antiga gerência “transferiu há uns meses para uma imobiliária [propriedade da família] um património superior a nove milhões de euros”, referindo-se a uns terrenos em Odivelas. O administrador de insolvência garante que “está a tentar resolver esse negócio e incorporá-los na massa insolvente”.

Por outro lado, alega que os funcionários da Jodel não tinham seguro de acidentes de trabalho e que, por causa disso, a 31 de outubro não deixou ninguém trabalhar. “No dia 30 houve um acidente de trabalho de um funcionário e já foi a massa insolvente que teve de pagar as despesas”, desabafa. Entretanto, diz que já fez uma nova apólice, que começou a vigorar a 3 de novembro.

O ECO tentou contactar Filipa Ferreira, formada em Engenharia Química em 1999, mas até à data da publicação não obteve qualquer resposta.

Da garagem de Odivelas à sucessão familiar

O negócio da Jodel começou com José Ferreira a produzir detergentes numa garagem em Odivelas, na zona de Lisboa, depois de ter tido um restaurante e ter trabalhado durante cinco anos como vendedor de detergentes numa grande fábrica, contou Filipa Ferreira em uma entrevista à Executiva.

Filipa Ferreira contou nessa mesma publicação que “o pai era curioso e apercebeu-se que a produção de detergentes tinha pouca ciência” e que foram “os antigos fornecedores de matérias-primas que ajudaram o pai a fazer o produto”. Com o escalar do negócio, no final da década 80, os fundadores (José Ferreira e a esposa Maria Manuela Ferreira) montam uma fábrica na Ramada, em Odivelas.

Em 1997 inauguraram uma nova fábrica de 120 mil metros quadrados em Aveiras, que permitiu integrar novas tecnologias e aumentar a capacidade produtiva, tendo iniciado em 2006 o fabrico de detergentes sólidos atomizados pelo processo de fabrico NTD e, em 2012, investido na construção de um armazém automatizado. Em 2020, Filipa Ferreira e Paulo Ferreira, que cresceram na empresa, assumiram, respetivamente, a presidência e vice-presidência do grupo Jodel, com o objetivo de aumentar a internacionalização.

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Lone Star quer lançar venda do Novobanco em maio

Americanos já definiram calendário: banco tem de fechar contas de 2024 e ter autorização do BCE para distribuir dividendos. Só depois disso poderão lançar processo de venda, apontando-se para maio.

Se tudo correr como planeado, a Lone Star deverá lançar o processo de venda do Novobanco em maio. Até lá o banco terá tempo para fechar as contas de 2024 e garantir a autorização do Banco Central Europeu (BCE) para distribuir dividendos que superarão os mil milhões de euros., dos quais 25% reverterão para o Estado e Fundo de Resolução.

O fim antecipado do acordo de capital contingente (CCA) – que já tem luz verde das Finanças e deverá ser aprovado na próxima semana — coloca um ponto final num capítulo turbulento da vida do banco e abre uma nova fase que permitirá a fundo americano avançar com a venda da sua participação de 75% comprada em 2017 a troco de mil milhões de euros.

Esse processo deverá arrancar em maio, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Porquê maio? Entre fevereiro e março o Novobanco fechará as contas que, já se sabe por esta altura, serão dos maiores na história da instituição que nasceu da resolução do BES em 2014 – até setembro registava lucros acima de 610 milhões de euros. Por essa altura também se saberá qual a parte dos resultados poderá ser distribuída pelos acionistas.

Como o ECO avançou, após ter acumulado resultados positivos desde 2021, o banco apresenta um balanço sobrecapitalizado, o que permitirá libertar fundos acima dos mil milhões de euros sem pôr em causa os rácios. Acima disso, haverá dividendos por conta dos resultados de 2024. Porém, para essas distribuições terem lugar, o Novobanco precisa de ter a autorização do BCE.

Assim sendo, no seio do fundo americano, a expectativa é de que se possa lançar a venda da instituição em maio.

Venda direta ou IPO?

Neste momento, a bolsa através de uma oferta pública de aquisição (IPO) continua a ser o cenário base, mas há outro caminho em aberto para a venda do Novobanco: uma venda direta a uma terceira parte.

Para acautelar ambos os cenários, no contexto do fim antecipado do CCA, os três acionistas do banco fecharam um side agreement que, na prática, estabelece que os direitos e obrigações que vinculavam Fundo de Resolução e Lone Star se estendam também ao Estado, nomeadamente quanto a um processo de venda a uma terceira parte ou através de uma oferta pública inicial (IPO).

Entre outros aspetos, o projeto de acordo inclui os mecanismos de “tag along” e “drag along” no caso de a Lone Star avançar para a venda de uma parte ou da totalidade das suas ações diretamente a um terceiro. Nessa situação, o Fundo de Resolução e o Estado devem ser notificados pela Lone Star, podendo ambos exercer a “tag option” para exigir ao fundo americano que sejam incluídos no negócio nas mesmas condições que acordar com o comprador, designadamente no que respeita ao preço da ação.

Em contrapartida, a Lone Star também poderá acionar a “drag option” que “arrasta” tanto o Fundo de Resolução como o Estado para o processo de venda. Ou seja, o fundo americano pode forçar os outros dois acionistas públicos a venderem a sua participação, mas apenas se alienar mais de 75% da sua posição.

Se a Lone Star avançar para um IPO, o Estado não é obrigado a colocar as suas ações no mercado, mas, se o fizer, terá as mesmas condições dos outros dois acionistas, incluindo o preço.

CCA custou 3,5 mil milhões

Criado em 2017 aquando da venda do Novobanco ao fundo Lone Star, o CCA vai finalmente ser fechado. A fatura com este mecanismo ascender a 3,5 mil milhões de euros, cerca de 400 milhões abaixo do limite contratual desta garantia pública de 3,89 mil milhões.

No âmbito do CCA, o Fundo de Resolução injetou 3,4 mil milhões no Novobanco entre 2018 e 2021, para cobrir as falhas de capital provocadas perdas com ativos problemáticos herdados do BES e repor os rácios nos 12,5% exigidos pelos reguladores. Com o término antecipado deste mecanismo, o fundo aceitou pagar uma compensação de 99 milhões de euros (com um crédito recebido do antigo BES Angola) por conta de uma disputa de arbitragem de 172 milhões que o tribunal decidiu a favor do banco.

O fim do CCA elimina o risco de o Fundo de Resolução ter de realizar novas injeções e também coloca o ponto final noutra disputa de 124 milhões (mais juros) que tem com o banco.

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“É com orgulho que vemos oradores a submeterem a sua presença todos os anos”

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  • 9 Dezembro 2024

Samuel Santos, vice-presidente da Porto Tech Hub, destaca os desafios na organização da conferência anual, que este ano contou com mais de 1400 pessoas.

Samuel Santos, vice-presidente da Porto Tech Hub, destaca os desafios na organização da Porto Tech Hub Conference, onde a seleção criteriosa de 30 oradores entre mais de 400 candidaturas reflete o crescente prestígio do evento. A conferência anual, que decorre em sete tracks simultâneos, prima pela qualidade e inovação das apresentações, apostando na renovação constante dos oradores e em formatos práticos como “deep dives” ou workshops, onde os participantes podem interagir diretamente com especialistas.

Quais os maiores desafios que tiveram de enfrentar na realização da conferência deste ano?

Provavelmente, conseguir garantir a presença dos oradores que queremos, apesar de a Porto Tech Hub já ter “nome” no mercado, pelo que conseguimos ter muitas submissões. É desafiante manter o nível de qualidade a que habituámos os nossos participantes, sobretudo porque estamos a falar de um evento que tem sete ‘tracks‘ em simultâneo, perfazendo mais de 30 oradores. Gerir tanta gente e manter a qualidade é também particularmente desafiante. Por outro lado, temos outro problema, que acaba por ser um “bom” problema. Fruto do nosso histórico, conseguimos ter mais de 400 submissões para oradores quando apenas podemos selecionar 30. Portanto, são dois desafios, com o mesmo objetivo de manter ou melhorar a qualidade.

A ideia é ter novos oradores todos os anos?

Na base, sim. Um ou outro orador podemos, por alguma razão, repetir, mas tentamos trazer novas visões e formas de as expor. No entanto, é com orgulho que vemos oradores a submeterem a sua presença todos os anos, o que quer dizer que gostam do evento. Infelizmente, muitas vezes temos de recusar para não serem sempre os mesmos. Além deste processo, também assistimos a outras conferências e analisamos sessões para conseguirmos novos oradores. Nem sempre é fácil chegar aos contactos certos para os convidar; por isso, mal termina uma conferência começamos logo a trabalhar na do ano seguinte.

Samuel Santos, vice-presidente da Porto Tech Hub
Qual o papel que a conferência da Porto Tech Hub quer ter no ecossistema da região?

Tentamos trazer oradores com muito know-how na área, para proporcionarem sessões de grande qualidade que aportem algo aos participantes e que estes possam levar para as empresas, para as ajudar a crescer. Numa nota muito pessoal, acho que um dos maiores benefícios das conferências, por exemplo em relação a ler artigos online ou a ver vídeos online, é a parte da interação, do dinamismo e do entusiasmo que se gera nestes eventos, que fazem com que as pessoas vão mais motivadas para experimentar e fazer acontecer nas empresas.

É por isso que apostam na vertente mais prática dos workshops?

Introduzimos esse conceito há duas edições, numa escala um pouco mais pequena, uma vez que estávamos a sair de uma pandemia. Mais do que workshops, gosto de lhes chamar “deep dives” porque a ideia é as pessoas focarem-se num determinado tema e irem mesmo à questão prática. Convidamos os participantes a trazer os portáteis pois as sessões não são só slides. Muitas vezes, os oradores trazem exemplos e fazem código ao vivo para mostrar à audiência, com o objetivo de lhes lançar um desafio prático. Depois andam pela sala a ajudar os participantes a desenvolver aquele projeto ou pequena experiência. No fim, isso é conhecimento que fica com as pessoas, aliás, é informação que levam nos próprios portáteis. É muito enriquecedor ter uma pessoa muito conhecedora daquela área a explicar, a resolver problemas e a esclarecer.

Como vê a contratação e retenção de talento no Porto?

Em geral, acho que é complicado manter o talento em Portugal. É um facto que temos boas universidades; temos bons profissionais; temos gente muito qualificada. Gente que é aliciada por empresas estrangeiras que conseguem atrair o nosso talento para Portugal de forma relativamente fácil porque têm outro poder de negociação. No entanto, o facto de conseguirmos reter talento não tem apenas a ver com um bom ordenado; tem a ver com condições de trabalho e com qualidade de vida e ambiente na empresa. Um ambiente que hoje todos queremos que seja saudável, confortável e equilibrado. E é isso que hoje as empresas tentam construir também aqui no Porto; onde há boas empresas e, sobretudo, onde as pessoas são especiais.

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JPP anuncia voto contra Orçamento. Governo da Madeira mais próximo da demissão

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2024

O JPP vai votar contra o Orçamento da Madeira para 2025, considerando que a proposta do executivo minoritário é despesista e põe a região no caminho da bancarrota. Queda do Governo mais próxima.

O JPP vai votar contra o Orçamento da Madeira para 2025, cujo debate decorre entre segunda e quarta-feira, considerando que a proposta do executivo social-democrata minoritário é despesista e coloca a região no caminho da bancarrota. A confirmarem-se as intenções de voto já manifestadas, as propostas de Orçamento e Plano de Investimento da Madeira para 2025 serão chumbadas com votos contra do JPP (nove deputados), PS (11 deputados) e Chega (quatro deputados), o que levará à demissão do Governo de Albuquerque.

“Nós fizemos uma análise cuidada desse Orçamento, das contas e, infelizmente, com este caminho de despesismo, de esbanjamento de dinheiro por parte de Miguel Albuquerque [presidente do executivo], de distribuição de subsídios a torto e a direito, podemos estar à beira de uma nova bancarrota”, disse o secretário-geral do partido, Élvio Sousa.

O também líder do grupo parlamentar do Juntos Pelo Povo (JPP) falava em conferência de imprensa, no Funchal, após reunião da comissão política nacional do partido, que aprovou por unanimidade o voto contra o Orçamento da Madeira para 2025.

Élvio Sousa sublinhou o facto de Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, incluindo o das Finanças, terem sido constituídos arguidos em processos relacionados com suspeitas de corrupção e prevaricação, alertando que em causa está uma proposta de Orçamento na ordem dos 2.600 milhões de euros. “Perante uma clara e inequívoca falta de confiança, de credibilidade, de rigor e transparência nas contas, pergunto se os madeirenses querem deixar 2.600 milhões de euros nas mãos de Albuquerque e de Rogério Gouveia [secretário das Finanças]?“, questionou.

“Nós fazemos este alerta: com este Orçamento continuará a pouca-vergonha do costume, continuará o compadrio, as transferências de dinheiro do povo para os amigos do partido e para alimentar os monopólios, milhões de euros em nomeações políticas de arguidos e de clientelas, dinheiros de fundos comunitários para corporativas de ex-secretários e nem um tostão desde Orçamento para apoiar a habitação a preços reduzidos, nem tão pouco para a redução do custo de vida”, declarou Élvio Sousa.

O líder do JPP considera que “nem três orçamentos salvarão as contas públicas”. “Como sempre, e uma vez mais, serão os madeirenses a pagar a fatura”, avisou, vincando que “urge fazer uma verdadeira limpeza de toda esta situação e trazer uma nova esperança”.

Élvio Sousa reconheceu que “o cenário sem Orçamento não é o ideal”, mas assegurou que “também não é a catástrofe e a desgraça que Albuquerque anda a semear”. “Ainda este ano estivemos, por decisão de Albuquerque, quase oito meses sem Orçamento [devido à queda do executivo e à realização de eleições antecipadas em maio] e a economia regional continuou a crescer”, lembrou, para logo reforçar: “Depois vieram os retroativos nos salários dos funcionários públicos, nas pensões e até no IRS”.

Em 22 de novembro o Governo Regional entregou na Assembleia Legislativa as propostas de Orçamento para 2025, no valor de 2.611 milhões de euros (ME), e de Plano de Investimentos, orçamentado em 1.112 ME, os valores “mais elevados de sempre”.

Essas propostas serão debatidas entre segunda e quarta-feira e, uma semana depois, em 17 de dezembro, será discutida e votada a moção de censura apresentada pelo Chega.

A confirmarem-se as intenções de voto divulgadas, a moção será aprovada com os votos do preponente (Chega), PS, JPP e IL, que juntos têm maioria absoluta.

A aprovação da moção de censura implica a demissão do Governo Regional e a permanência em funções até à posse de uma nova equipa.

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