Agentes podem ganhar clientes mas perder comissões com IA

Surgem riscos por incorporar a IA generativa na distribuição de seguros, nomeadamente, "alucinação digital", a desinformação, a toxicidade e a propriedade intelectual, diz estudo da Bain & Co.

O aumento do investimento em tecnologias de inteligência artificial (IA) na distribuição dos seguros pode levar a um aumento de produtividade, sendo por isso possível redimensionar a força de trabalho, afirma um relatório da consultora Bain & Company. O estudo acrescenta que pode aumentar as vendas, por tornar os agentes mais eficazes a identificar os riscos e com aconselhamento digital, mas levar a uma “redução das comissões à medida que os canais digitais diretos ganham destaque”.

Francisco Montenegro, sócio da Bain & Company: “Como acontece com qualquer tecnologia emergente, vão surgir riscos e, para geri-los, as seguradoras deverão adotar estratégias de IA responsáveis”.

Estas são conclusões do relatório “It’s for Real: Generative AI Takes Hold in Insurance Distribuition”, da Bain & Company, referindo que a adoção desta tecnologia pelas empresas de seguros poderá conduzir a um aumento das suas receitas até 20% e uma redução dos seus custos até 15%, podendo gerar mais de 50 mil milhões de dólares anualmente em benefícios económicos para as empresas do setor.

Mas, tal como acontece com qualquer tecnologia emergente, vão surgir riscos e, para geri-los, as seguradoras deverão adotar estratégias de IA responsáveis – como prioridades de curto prazo e também uma visão de longo prazo.”, alerta Francisco Montenegro, sócio da Bain & Company.

Por estratégias a adotar a curto prazo entende-se começar a delinear o processo de adoção de IA generativa em áreas onde o risco pode ser gerido dentro dos regulamentos existentes e que incluam supervisão humana. As estratégias a longo prazo são aquelas que surgem à medida que a empresa desenvolve as suas capacidades de IA e passa a poder concentrar-se a soluções com maior valor acrescentado, “mais integradas e sofisticadas, que refinam os processos empresariais e alterem o papel dos agentes e dos funcionários”, lê-se no relatório.

A consultora prevê que o uso precoce de IA Generativa vai transformar a distribuição de quatro formas, nomeadamente, aumentando a produtividade dos agentes, permitir que os clientes compararem os produtos e façam compras digitais com suporte de vendas virtual sempre disponível, também permitirá personalização em escala dos serviços prestados adaptando-os às necessidades individuais dos clientes; e providenciará análises combinando dados estruturados com não estruturados produzindo assim novos conhecimentos para ajudar as empresas a identificar riscos e auxiliar nas tomadas de decisão negócio.

A consultora global identificou no relatório os principais riscos emergentes decorrentes do uso crescente da IA generativa na distribuição de seguros, nomeadamente, “alucinação digital”, previdência de dados, a desinformação, a toxicidade e a propriedade intelectual. Para gerir esses riscos, as seguradoras devem adorar uma estratégia de aplicação responsável de IA generativa “que se baseia em vagas sucessivas de use cases, testes e de aprendizagem à medida que avançam.”.

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Startups com olhos postos além-fronteiras<span class='tag--premium'>premium</span>

A AICEP tem previsto um novo programa de aceleração no Reino Unido e a Startup Portugal “viagens exploratórias” a dois novos mercados, Singapura e EUA, para ajudar as startups na internacionalização.

Não é preciso ser unicórnio para voar para o mercado externo. A sheerME ganhou gás para abrir operação no Brasil com a ida à primeira Web Summit Rio na comitiva portuguesa, a Uphill deu o salto com as farmacêuticas que, em Portugal, usavam a solução da health techpara melhorar práticas clínicas. Das comitivas empresariais a feiras tecnológicas internacionais, ao apoio à visita de multinacionais ou fundos de venture capitala Portugal, passando por mecanismos financeiros, são várias as ferramentas ao dispor das startups com olhos postos além-fronteiras.Este artigo faz parte da 4.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Este ano, a AICEP tem previsto um programa de aceleração no Reino Unido, e a Startup Portugal tem planeado “viagens exploratórias a dois novos mercados”: Singapura e

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Senado brasileiro avança com proposta para novas regras nos seguros

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2024

Trata-se de uma medida prioritária nas reformas macroeconómicas do Ministério da Fazenda do Brasil.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado brasileiro aprovou o projeto de lei que visa estabelecer novas regras para o mercado de seguros do setor privado. Segundo a Agência do Senado, o projeto de lei segue para ser analisado na Comissão de Assuntos Económicos (CAE).

Para Fernando Haddad, ministro da Fazenda Brasil, regular melhor os seguros era medida prioritária.

Este projeto de lei visa alterar legislação para regular o mercado de seguros e abrange “todas as negociações sobre consumidores, corretores, seguradoras e órgão reguladores”, aponta a Agência do Senado. Segundo a CNN Brasil, trata-se de uma medida prioritária nas reformas macroeconómicas do Ministério da Fazenda, responsável pela formulação e execução da política económica do Brasil.

  • Uma das alterações propostas pelos senadores à legislação atual é aumentar em cinco dias o prazo para a seguradora alterar o contrato, caso lhe seja comunicado alguma situação de agravamento de risco. Atualmente, o prazo é de 15 dias;
  • Outra mudança é proibir o recebimento antecipado de prémios de seguro, e a seguradora ter até 30 dias para pagar as indemnizações. Caso necessite de documentação adicional, a companhia tem cinco dias para solicitar a apresentação da mesma ao segurado. Até à entrega dos documentos, o prazo que as seguradoras têm para cobrir sinistros fica suspenso, retomando após entrega. Se o sinistro não for coberto dentro do prazo, a seguradora irá arcar com juros;
  • “O projeto prevê a elaboração de um questionário para avaliar os riscos no momento da contratação do seguro.”. Neste âmbito, a seguradora apenas poderá alegar omissão por parte do segurado caso este, após o questionário, tenha deixado de prestar alguma informação relevante;
  • O projeto propõe ainda um aumento de 10 dias, passando de 15 para 25, o prazo para aceitação tácita de uma proposta de segundo, dando “mais tempo para a companhia analisar se aceita ou recusa uma solicitação”;
  • O texto prevê também que o intervalo de tempo que o cliente pode ir a tribunal com uma seguradora começa a contar a partir da data da recusa da seguradora a cobrir um sinistro, enquanto atualmente é a partir da data do sinistro.

A diretora Jurídica do Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) do Brasil, Glauce Carvalhal, acredita que o projeto é de “grande relevância para o setor”, ao compatibiliza-lo com o modelo adotado em vários países, como em Portugal. “Na prática, o Brasil passará a ter um microssistema jurídico sobre o contrato de seguro, o que pode promover uma melhor estruturação e clareza e previsibilidade, tanto para os consumidores, como para as seguradoras”, refere.

O diretor de Relações Institucionais da CNseg, Esteves Colnago, disse que o projeto é resultado do “amplo diálogo entre o setor segurador, o Ministério da Fazenda e a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e o Senado”.

O setor segurador representa uma fatia de 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. De acordo com a CNseg, as empresas pagaram 225,2 mil milhões de reais aos clientes por sinistros e beneficiários e faturaram 387,9 mil milhões nas suas operações de seguros, vida e previdência, capitalização (excluindo dados de Saúde Suplementar) no ano passado. Nesse sentido, as indemnizações, benefícios, sorteios e resgates pagos pelas seguradoras cresceram 2,5% face a 2022 e a arrecadação 9%

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Patricia Puerta abandona QBE Iberia para se juntar à Generali

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2024

A dirigente abandonou o cargo de diretora-geral da QBE Iberia, cargo que ocupava há quatro anos, e irá substituir Carlos Gomez como Head of Mediterranean & Latin America da GC&C.

Já se sabe o destino de Patricia Puerta que recentemente saiu da QBE Iberia. Vai juntar-se à Generali Corporate and Commercial (GC&C) a partir de 2 de maio como Head of Mediterranean & Latin America, escreveu a empresa nas redes sociais.

Patricia Puerta juntar-se-à à Generali Corporate and Commercial (GC&C) como Head of Mediterranean & Latin America.

“Com mais de duas décadas de experiência no setor dos seguros, Patricia traz uma riqueza inestimável de conhecimentos técnicos e uma paixão pela inovação.” refere a GC&C. “Estamos confiantes de que ela contribuirá para impulsionar mudanças significativas e um crescimento rentável em toda a região do Mediterrâneo e América Latina e não só”, acrescenta a GC&C.

Patricia Puerta abandonou o cargo de diretora-geral da QBE Iberia (Portugal e Espanha), cargo que ocupava há quatro anos por “uma oportunidade para crescer profissionalmente e dar um passo em frente na sua carreira”, disse-o num discurso aos funcionários da empresa.

A nova dirigente substitui Carlos Gomez que fora promovido para o cargo de Head of Insurance da GC&C em fevereiro deste ano.

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Zurich aumenta 8% o dividendo e confirma Liès como presidente

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2024

A assembleia geral da seguradora suíça confirmou os administradores que se recandidataram a novo mandato e decidiram aprovar um aumento de 8% nos dividendos.

A Zurich vai remunerar os seus acionistas sob a forma de dividendos no valor de 26 francos suíços (cerca de 26 euros) brutos por ação, que começaram a ser distribuídos a partir de 16 de abril deste ano. A proposta da administração da operadora foi aprovada pelos acionistas na assembleia geral anual.

Michel Liès, presidente do conselho de Administração da Zurich desde 2018, mantém-se em mais um mandato.

O dividendo de 26 francos suíços traduz um aumento de 8% face aos 24 euros pagos em 2023. A percentagem do valor do dividendo face ao da ação manteve-se, aproximadamente, nos 5,7%.

Os acionistas da Zurich confirmaram a nomeação de Michel M. Liès como presidente do conselho de Administração do grupo. Segundo um comunicado da companhia, todas as propostas do conselho de Administração foram aprovadas pelos acionistas na Assembleia Geral Anual.

Também elegeram John Rafter como novo membro do conselho e todos os seus atuais membros que se candidataram a reeleição foram eleitos.

O conselho de Administração é então constituído por: Michel M. Liès (presidente), Joan Amble, Catherine Bessant, Christoph Franz, Michael Halbherr, Sabine Keller-Busse, Monica Mächler, Kishore Mahbubani, Peter Maurer, John Rafter, Jasmin Staiblin e Barry Stowe. Já a comité das Remunerações por Christoph Franz (presidente) Catherine Bessant, Sabine Keller-Busse, Michel M. Liès, Kishore Mahbubani e Jasmin Staiblin.

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📹 Sabe quanto se gasta em Portugal em mobilidade?

Os portugueses gastam menos do que a média europeia em mobilidade. É o quinto país com o maior gasto médio em mobilidade por pessoa.

Com uma média de 132 euros por pessoa, Portugal deixou de ser o país com maior gasto mensal em mobilidade, caindo para o 5.º lugar. Andar a pé (91%) e o carro pessoal (83%) são os meios de mobilidade mais utilizados em território nacional durante a semana. O ECO preparou um vídeo com base no segundo barómetro de mobilidade da Europ Assistance, realizado pela Ipsos, em oito mercados na Europa.

http://videos.sapo.pt/pEkA9yGsStbefiMyBGFc

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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União Europeia apela à “máxima contenção” de Israel e Irão

  • Lusa
  • 14 Abril 2024

"A União Europeia continua comprometida em contribuir para a segurança da região e está em contacto próximo com todos os lados, afirmou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

A União Europeia afirmou domingo que uma nova escalada de tensão no Médio Oriente “é do interesse de ninguém” e instou as partes envolvidas no conflito, Israel e Irão, a “agirem com a máxima contenção” depois de ataque iraniano.

“Apelamos a todas as partes para agirem com a máxima contenção”, afirmou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, numa declaração escrita em nome da União Europeia.

No curto comunicado, é referido que a União Europeia condena os ataques iranianos com recurso a ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) e mísseis contra Israel, classificando-a como um escalar “sem precedentes” das tensões e uma ameaça “à segurança regional”.

A União Europeia reitera “o seu compromisso para com a segurança de Israel”, lê-se no comunicado de Josep Borrell, realçando que uma nova escalada de violência “é do interesse de ninguém”.

“A União Europeia continua comprometida em contribuir para a segurança da região e está em contacto próximo com todos os lados”, acrescentou.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de hoje um ataque contra Israel, com recurso a mais de 200 ‘drones’, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.

O ataque surgiu depois de um bombardeamento ao consulado iraniano em Damasco, em 01 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, aumentando as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

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Portugal vai manter reserva sobre diligências em relação a navio apreendido pelo Irão

  • Lusa
  • 14 Abril 2024

Questionada sobre se o Governo português pondera ou não agravar as medidas diplomáticas face a este incidente, a mesma fonte disse que essa hipótese não está excluída, sem detalhar.

Portugal vai continuar a “desenvolver todas as diligências previstas e adequadas” relativamente ao navio com pavilhão português capturado pelas autoridades iranianas, mas, dada a sensibilidade da situação, irá “manter reserva”, disse hoje fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O embaixador de Portugal em Teerão reuniu-se este domingo de manhã (10h30, hora de Lisboa) com o chefe da diplomacia do Irão, para obter esclarecimentos sobre a captura do navio com pavilhão português no Estreito de Ormuz.

Na sequência desse encontro, fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) disse à Lusa que “o Governo continua a desenvolver todas as diligências previstas e adequadas”.

“Atendendo ao novo contexto e à sensibilidade da situação, é aconselhável manter reserva”, acrescentou, não dando mais pormenores sobre o encontro.

Questionada sobre se o Governo português pondera ou não agravar as medidas diplomáticas face a este incidente, a mesma fonte disse que essa hipótese não está excluída, tendo em conta o “constante acompanhamento e evolução” da situação.

Disse também não saber responder sobre se o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, irá chamar o embaixador iraniano em Lisboa.

O navio com pavilhão português, um porta contentores, foi apreendido no sábado pelo Irão perto do Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, com um total de 25 tripulantes a bordo.

Na altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou tratar-se de um navio de carga, o MSC Aries, com pavilhão português (registo na Região Autónoma da Madeira), sendo a empresa proprietária a Zodiac Maritime Limited, com sede em Londres.

No comunicado era indicado que o acompanhamento da situação está a ser feito sob coordenação direta do gabinete do primeiro-ministro, envolvendo os ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Presidência, da Defesa Nacional e da Economia.

O incidente ocorre numa altura de elevada tensão, criada pelo ataque israelita ao consulado do Irão em Damasco, a 1 deste mês, que deixou sete membros da Guarda Revolucionária mortos. O Irão prometeu retaliar, tendo os Estados Unidos alertado para a possibilidade de Teerão responder durante o fim de semana.

O navio porta-contentores capturado está ligado à empresa Zodiac Maritime, parte do Grupo Zodiac, com uma frota de mais de 180 navios e pertencente ao bilionário israelita Eyal Ofer.

O navio saiu de Khalifa, nos Emirados Árabes Unidos, com destino a Nhava Sheva, na Índia, e a última posição recebida foi sexta-feira, exatamente no mesmo local perto do Estreito de Ormuz onde foi apresado.

Desde 2019 que o Irão tem sido acusado de estar envolvido em vários assaltos e ataques a navios na zona do golfo de Omã, por onde passa cerca de um quinto de todo o petróleo comercializado no mundo.

As tensões, marcadas nos últimos seis meses pela guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, subiram recentemente com um bombardeamento a 01 de abril ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, que matou altos funcionários militares iranianos, e que foi atribuído a Telavive.

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Pedro Nuno Santos condena ataque do Irão e pede que se trave escalada

  • Lusa
  • 14 Abril 2024

"O Governo português condena veementemente o ataque do Irão a Israel. Apela à contenção, em ordem a evitar uma escalada da violência", escreveu também Luís Montenegro na X.

O secretário-geral do PS condenou domingo “sem reservas” o ataque do Irão a Israel no sábado à noite e pediu que a comunidade internacional “mobilize todos os meios diplomáticos para travar a escalada do conflito”.

“Os violentos ataques desencadeados pelo Irão na passada noite, dirigidos a inúmeros alvos em Israel, merecem uma condenação sem reservas”, lê-se numa publicação na página oficial de Pedro Nuno Santos na rede social X (antigo Twitter).

O líder socialista defende que a paz no Médio Oriente “não se construirá através de escaladas desproporcionais dirigidas contra alvos civis, sendo fundamental que a comunidade internacional mobilize todos os meios diplomáticos para travar a escalada do conflito, de forma a poupar vidas inocentes e a garantir o não alastramento de hostilidade“.

O ataque do Irão contra Israel, em que, segundo Telavive, foram utilizados mais de 300 ‘drones’, mísseis balísticos e de cruzeiro, ocorreu duas semanas depois de um atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no qual morreram vários membros da Guarda revolucionária iraniana, ataque que Teerão atribui a Israel.

Segundo o exército Israelita, dos cerca de 170 ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) que o Irão lançou antes da meia-noite, nenhum atingiu o território israelita e 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os “mais de 120” mísseis balísticos também foram intercetados.

Perante a “situação atual e possíveis desenvolvimentos” na região, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu convocar uma reunião, para terça-feira às 18:00, do Conselho Superior de Defesa Nacional.

O Governo português, através do primeiro-ministro, Luís Montenegro, já condenou o ataque do Irão a Israel, apelando à contenção nas hostilidades para “evitar uma escalada de violência”.

O Governo português condena veementemente o ataque do Irão a Israel. Apela à contenção, em ordem a evitar uma escalada da violência“, lê-se numa mensagem publicada esta noite por Luís Montenegro na rede social X.

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Fosun vende participação na Ageas ao BNP Paribas por 730 milhões

  • ECO Seguros
  • 14 Abril 2024

O grupo de Shangai realiza dinheiro e sai da posição de maior acionista no grupo belga Ageas, concorrente em Portugal da Fidelidade. O valor de venda aos franceses do BNP foi o de mercado.

A Fosun, que em Portugal controla 85% do capital da Fidelidade, vai vender a sua a sua participação de cerca de 9% no grupo segurador belga Ageas, que em Portugal controla o Grupo Ageas Portugal, por 730 milhões de euros ao BNP Paribas, adiantou a Bloomberg.

Comprador e vendedor já contavam com uma joint venture, a AG Insurance, com participação de 75% da Ageas e 25% do BNP Paribas para seguros Vida, pensões, automóvel e outros Não Vida. A divisão bancária belga do BNP também distribui produtos Ageas através da sua rede.

De imediato será a unidade de seguros, o BNP Paribas Cardif, a tomar 4,8% do capital enquanto as partes esperam aprovação das autoridades financeiras para a transação. O banco afirma que esta aquisição terá um impacto marginal na sua solidez financeira.

Com esta recomposição, o BNP Paribas torna-se o maior acionista do grupo Ageas, seguido da SFPI-FPIM, o fundo soberano da Bélgica. Outros fundos de investimento, como Blackrock, The Vanguard e Schoreder conservam participações não estratégicas.

O BNP Paribas Cardif está presente em Portugal, através de sucursais no Ramo Vida e Não Vida, sendo o 22º maior grupo com 0,4% de quota de mercado e uma produção de 43 milhões de euros em 2023.

O grupo Ageas vendeu 6,44 mil milhões de euros no ano passado, tendo o seu principal mercado na Bélgica e posições relevantes em vários mercados entre eles Portugal onde é o segundo maior grupo com cerca de 15% de quota de mercado. Com lucros líquidos de 1,22 mil milhões de euros em 2023, a sua capitalização bolsista atingiu 7,8 mil milhões de euros na última sexta-feira na Euronext Bruxelas.

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Facebook restringe conta do Chega durante 10 anos

  • + M
  • 14 Abril 2024

O partido de André Ventura diz que se trata de "ultraje" e uma "perseguição inqualificável", e garante que vai acionar todos os meios legais para travar a decisão.

A Meta restringiu a conta do Chega no Facebook por um período de 10 anos. “A tua conta está restringida durante 3649 dias. A atividade da tua conta desrespeitou os nossos Padrões de Comunidade. Portanto, não podes executar uma ou várias ações habituais”, escreveu a rede social de Mark Zuckerberg.

O partido de André Ventura diz que se trata de “ultraje” e uma “perseguição inqualificável”, e garante que vai acionar todos os meios legais para travar um ato que, diz, sem precedentes, avançou o Correio da Manhã.

O partido fica assim impedido de publicar imagens, vídeo ou diretos durante 10 anos. “Não vamos desistir até vencer a censura que quer tirar a liberdade de escolha aos portugueses. Não vamos desistir de Portugal e vamos mostrar aos donos do Facebook, dominados pelos interesses de esquerda, a nossa indignação!”, reagiu o partido ao fim da manhã na rede social.

De acordo com o título da Medialivre, a decisão da rede social terá a ver com a publicação de um vídeo no qual uma mulher, acompanhada de familiares, agrediu e rapou o cabelo da sua mãe para raptar duas filhas menores, que se encontravam à guarda da avó por decisão judicial. O atual companheiro da vítima foi igualmente agredido, tendo os dois recebido tratamento hospitalar.

Os envolvidos são de etnia cigana e, no vídeo publicado pelo Chega, as imagens surgem intercaladas com uma intervenção de Ventura no Parlamento, na qual afirma que “muitos dos episódios de violência em Portugal, em muito do terror que tem sido provocado às nossas populações, os portugueses sabem que um dos grandes problemas que temos é com a comunidade cigana“.

Ao Observador, fonte daquele que é o terceiro maior partido do país diz que também a conta oficial de André Ventura está com restrições desde dezembro, apenas possibilitando partilhas e não novas publicações, pelo que o líder do Chega partilhava as publicações do partido.

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Presidente do Irão promete medidas “mais duras” caso Israel responda ao ataque

  • Lusa
  • 14 Abril 2024

O presidente do Irão deixou um recado a Israel, alertando que, caso Telavive ou os que apoiam aquele país "mostrem um comportamento imprudente, receberão uma resposta muito mais decisiva".

O presidente do Irão afirmou domingo que o ataque lançado no sábado contra Israel foi “uma lição contra o inimigo sionista”, avisando Telavive que qualquer “nova aventura” irá contar com uma resposta “ainda mais dura” de Teerão.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, classificou o ataque lançado por Teerão contra Israel na noite de sábado e madrugada de hoje como uma “medida defensiva” e de “legítima defesa”, numa resposta “às ações agressivas do regime sionista [Israel] contra os objetivos e interesses do Irão”, nomeadamente o bombardeamento recente ao consulado de Irão em Damasco, na Síria.

Num comunicado publicado na sua página de internet, Ebrahim Raisi, realçou que o ataque foi “uma ação militar decisiva”, apesar de o Exército israelita ter afirmado que a grande maioria dos ‘drones’, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos lançados por Teerão foram intercetados.

O presidente do Irão deixou ainda um recado a Israel, alertando que, caso Telavive ou os que apoiam aquele país “mostrem um comportamento imprudente, receberão uma resposta muito mais decisiva e violenta”.

Durante os últimos seis meses, e especialmente durante os últimos dez dias, o Irão usou todas as ferramentas regionais e internacionais para chamar a atenção da comunidade internacional sobre os perigos mortais face à inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas [ONU], diante das contínuas violações do regime sionista“, referiu.

Considerando que falta capacidade ao Conselho de Segurança da ONU para cumprir “as suas obrigações”, o presidente iraniano argumentou que o Irão atuou “em defesa da sua integridade, soberania e interesses nacionais”.

Dessa forma, Raisi considerou que o ataque de sábado foi uma forma de “castigar o agressor [Israel] e gerar estabilidade na região”.

O Irão “considera a paz e a estabilidade na região como algo necessário para a sua segurança nacional” e, nesse sentido, “não poupa esforços para restaurá-la”, referiu.

“Está totalmente claro para qualquer observador justo que as ações do regime sionista são de uma entidade ocupante, terrorista e racista, que considera que não está vinculada a deveres ou normas legais ou morais”, criticou.

Para o presidente do Irão, Israel, com a sua ofensiva na Faixa de Gaza, levou a cabo “uma campanha genocida” contra os palestinianos, com “o apoio cúmplice” dos Estados Unidos.

No seu comunicado, Raisi aconselhou ainda aqueles que ajudam Israel a deixar de apoiar “cegamente” Telavive, considerando ser essa uma “das principais causas” para que aquele país intensifique “violações das leis internacionais”.

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