Galp leva PSI a melhor desempenho semanal em mais de um ano

O PSI encerrou a semana com ganhos de 5,04%. É o melhor desempenho semanal desde 31 de março de 2023, com 85% destes a serem gerados somente à conta da subida explosiva de 28% das ações da Galp.

O principal índice da Euronext Lisboa teve uma semana memorável, com o PSI a valorizar 5,04% até aos 6.612,51 pontos. Apesar de nem todas as 16 empresas que constituem o índice nacional terem fechado a semana com ganhos, o PSI teve o melhor desempenho semanal desde 31 de março de 2023.

“Em termos agregados, o PSI apresenta um desempenho muito bom, que surge de fatores muito específicos”, salienta Carlos Pinto, gestor do fundo de ações nacionais Optimize Portugal Golden Opportunities, lembrando que o “PSI tem uma elevada concentração”, dando como exemplo o facto de a Galp Energia GALP 0,09% pesar 15,5% no índice e esta semana ter registado o melhor desempenho semanal desde 9 de novembro 2007, com as ações a subirem 28,05%.

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A sustentar o comportamento positivo do PSI ao longo desta semana esteve naturalmente o desempenho dos títulos da Galp Energia, que chegaram a disparar mais de 20% na sessão de 22 de abril com o anúncio de uma importante descoberta comercial numa exploração que a petrolífera tem na Namíbia, e que colocou as ações da empresa a negociarem no valor histórico de 20,68 euros.

Segundo contas do ECO, 85% dos ganhos gerados pelo PSI esta semana foram da inteira responsabilidade da petrolífera.

“A Galp mostrou um sólido aumento percentual no mês, ajudando a elevar o índice”, destaca João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, mas alerta os investidores a terem alguma cautela, referindo que o indicador de análise técnica RSI a 14 dias (que mede a força do movimento das cotações de um ativo comparando os ganhos médios com as perdas médias durante um determinado período) “indica uma possível condição de sobrecompra que pode levar a uma consolidação ou retração no curto prazo” das ações.

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PSI para lá da energia da Galp

Para lá da petrolífera, que tem marcado para o final da próxima semana (30 de abril) a apresentação das suas contas do primeiro trimestre, esteve também em grande destaque ao longo de toda a semana as ações do BCP BCP 0,78% , que acumularam ganhos de 6,47% nas últimas cinco sessões, com os títulos a fecharem esta sexta-feira nos 0,3242 euros após uma subida diária de 1,44%, “demonstrando as perspetivas positivas com a margem juros a alimentar de forma virtuoso o setor bancário europeu”, refere João Queiroz.

Ponto positivo também para o desempenho semanal de 7% da Jerónimo Martins JMT 0,00% , que somente esta sexta-feira chegou a subir mais de 9,3% após a apresentação dos resultados do primeiro trimestre mostrarem um crescimento dos resultados operacionais em todos os seus segmentos e um aumento de 18,6% das vendas para 8,1 mil milhões de euros.

No entanto, as ações da retalhista, que desde o início do ano acumulam uma desvalorização de quase 17%, acabaram por fechar a sessão desta sexta-feira a subir 2,15% para os 19,11 euros (apenas superado pela subida de 3,54% da Mota-Engil EGL 0,43% ), após a empresa colocar alguma água na fervura, indicado que o ambiente económico é mais desafiante e reafirmando, uma vez mais em conferência com os analistas, a intenção de “continuar a investir em ganhar quota de mercado nos mercados em que opera, que poderá significar estar disponível a pressionar alguma da sua margem em períodos mais desafiantes para conquistar a confiança dos consumidores”, refere Carlos Pinto.

Entre os títulos mais penalizados durante a semana histórica do PSI estiveram as ações da Nos NOS 0,14% , que apesar de nesta sexta-feira terem subido 1,08% até aos 3,28 euros, foram a lanterna vermelha desta semana ao resvalarem quase 9%.

A pressionar também o PSI estiveram as ações da EDP EDP 1,62% , que apesar de terem fechado a sessão desta sexta-feira com ganhos de 0,83%, fecharam a semana a perder 2,33% e com quatro sessões consecutivas no vermelho. Desde o início do ano que as ações da EDP acumular perdas de 22,7%.

Desde o início do ano que o PSI acumula ganhos de 3,42%. No entanto, até ao final da passada sexta-feira (19 de abril), o principal índice da Euronext Lisboa contabilizava uma desvalorização de 1,6% em 2024. “Após um período de desempenho mais moderado ou até negativo, o PSI passou por fase de correção e consolidação que resulta numa recuperação rápida conjugada com um facto relevante da Galp que detém um ativo que sofreu uma tremenda avaliação positiva ou mesmo explosiva e a Jerónimo Martins que reviu em alta as vendas do primeiro trimestre”, resume João Queiroz.

O PSI contou assim uma semana muito positiva, sendo impulsionado por ganhos de várias das suas principais ações, “apesar de alguns sinais de sobrecompra com 5 das 16 cotadas próximas ou em sobrecompra (RSI 14 dias > 70%)“, destaca João Queiroz, mas que também não deixa de notar que “o ímpeto geral ainda parece favorável.

Para as próximas semanas, que serão fortemente impactadas pela apresentação das contas do primeiro trimestre das 16 empresas do PSI, o responsável do Banco Carregosa considera que os números que serão revelados “podem ajudar a impulsionar a confiança dos investidores, resultando em compras substanciais e, consequentemente, uma valorização a prazo do índice.”

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Ministério esclarece que encerramento das escolas em agosto não muda férias dos funcionários

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

Em agosto, as escolas vão poder fechar portas, em articulação com a respetiva autarquia, durante uma semana entre os dias 12 e 23 de agosto, segundo um despacho publicado na semana passada.

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) esclareceu esta sexta-feira que a possibilidade de as escolas encerrarem durante uma semana em agosto não implica a alteração de férias dos trabalhadores docentes e não docentes.

Em agosto, as escolas vão poder fechar portas, em articulação com a respetiva autarquia, durante uma semana entre os dias 12 e 23 de agosto, segundo um despacho publicado na semana passada, em que o MECI refere a necessidade de “compensar a intensidade e a exigência das tarefas” na reta final do ano letivo.

A decisão mantém uma prática criada pelo anterior executivo, mas levantou dúvidas a alguns trabalhadores a quem está a ser pedido que alterem as suas férias para o acomodar a suspensão das atividades.

Em comunicado, o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), que relatou a situação, refere que, “como o ministro deu autonomia às escolas (em articulação com as câmaras) para aplicar as diretrizes do despacho, isto está a permitir grandes injustiças na sua aplicação e a questionar a conciliação da vida profissional, pessoal e familiar dos profissionais da educação”.

Questionado pela agência Lusa, o gabinete do ministro Fernando Alexandre esclarece que “a eventual suspensão das atividades não está relacionada com o gozo de férias dos docentes e não docentes, nem altera o respetivo regime”.

No caso do pessoal não docente, (a suspensão) terá ainda de ser articulada com as autarquias, de forma a que as escolas tomem as decisões que considerem mais adequadas para salvaguardar o correto funcionamento dos serviços”, acrescenta a tutela. O despacho ressalva que as escolas devem, no entanto, assegurar quaisquer atividades relativas às provas finais e aos exames finais nacionais.

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Pedrógão Grande está contra instalação de central solar flutuante na Barragem do Cabril

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

Município de Pedrógão está contra instalação de central solar flutuante perto da Barragem do Cabril, considerando que terá um “gravíssimo impacto negativo” no concelho.

“A instalação do projeto da central fotovoltaica flutuante de Cabril terá um gravíssimo impacto negativo no concelho de Pedrógão Grande e nos territórios (concelhos vizinhos)”, lê-se num documento elaborado pelos serviços municipais, analisado na reunião pública da autarquia, na freguesia da Graça.

O projeto abrange Pedrógão Grande (distrito de Leiria), Sertã (Castelo Branco) e Pampilhosa da Serra (Coimbra), concelhos que partilham a albufeira de Cabril.

Segundo o documento, inerente à central fotovoltaica flutuante, vai ser executada uma linha elétrica aérea com cerca de 36 quilómetros, abrangendo vários concelhos.

“As aldeias que caracterizam o património construído de Pedrógão Grande e que se encontram perto desta linha de água poderão ver aumentar o despovoamento”, adianta o documento, admitindo que “parecem estar em risco, pois com a proposta da instalação de painéis fotovoltaicos flutuantes (bem como com a linha de transporte de energia que dali sair) é certo que a paisagem visual mudará drasticamente”.

O documento, que analisou vários aspetos, incluindo ordenamento do território, proteção civil, recursos hídricos e rentabilidade financeira, aponta também para a violação do Plano Diretor Municipal e do Plano de Ordenamento da albufeira.

Reconhecendo que se está numa “fase crucial em que a prioridade é descarbonizar”, a autarquia considerou, contudo, que “não deve ser efetuada a qualquer custo, nem colocar em causa recursos estratégicos para o desenvolvimento do concelho”.

“Descarbonizar é um importante processo; no entanto não pode ocorrer carbonizando a economia de uma das regiões rurais e mais débeis do país”, assinalou, defendendo que a central solar flutuante “não representa uma mais-valia para o concelho”.

Por outro lado, classificou a compensação financeira como uma “gota de água da barragem” face ao “prejuízo e os impactos negativos que daí resultarão, que são muito superiores aos positivos, colocando em causa valores sociais associados ao uso do rio e a ligação da população a este, a qualidade da água, a paisagem, o turismo, a atratividade e endogenia do local”.

O presidente do município, António Lopes, realçou o trabalho desenvolvido pela autarquia, como a estação náutica, e lembrou que há atividades ligadas ao turismo naquela zona, além de outras que “historicamente são desenvolvidas”, como a pesca lúdica ou profissional.

De acordo com António Lopes, a “própria passagem da linha vai afetar a qualidade de vida daquelas pessoas e do ambiente”, e vai também entrar em “rota de colisão” com o abastecimento de água de aeronaves de combate a incêndios.

Município rejeita linha de alta tensão

O município de Pedrógão Grande Também rejeitou, esta sexta-feira, a proposta de mais uma linha de muito alta tensão atravessar o concelho, considerando que, a concretizar-se, aumenta “ainda mais” o risco de incêndio.

“Depois dos incêndios de 2017, colocar mais linhas de alta tensão a cortar o concelho de Norte a Sul, na zona mais florestal, é aumentar ainda mais o risco de ignição e transporte do fogo pelas linhas“, segundo um documento submetido esta sexta-feira, na reunião do executivo municipal, realizada na freguesia da Graça, relativo à linha de muito alta tensão de 400 kV Pego/Abrantes — Anadia.

Para o executivo, unânime nesta matéria, “este território merece mais respeito, dado já ter diversas linhas de muito alta tensão”, o que condiciona “gravemente a paisagem rural do concelho”.

“A linha de muito alta tensão 400 kV Pego/Abrantes a Anadia terá impacto negativo no concelho”, lê-se no documento, explicando que, nas últimas décadas, Pedrógão Grande “foi atravessado por uma linha de muito alta tensão e já está prevista outra”, além das linhas que ligam “a barragem do Cabril à barragem da Bouçã”.

Para a autarquia, ainda assim, a proposta do corredor “a poente da Serra da Lousã”, que tem “um pequeno troço de linha de muito alta tensão” que atravessa Pedrógão Grande, “terá menos impacto”, dado que, “grande parte desse corredor, não tem qualquer linha de alta tensão”.

Contudo, a câmara defendeu que esta linha de muito alta tensão “não representa uma mais-valia para o concelho”, atendendo aos “impactos negativos que daí resultarão, que são grandes”, exemplificando com a paisagem ou o turismo.

Os incêndios que deflagraram em junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

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Inflação acelera nos EUA para 2,7% em março antes da reunião da Fed

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

Os analistas esperavam uma aceleração para 2,6%. A evolução deste índice (PCE) deve condicionar a decisão da Reserva Federal, que se se reúne na próxima semana.

O índice de preços dos gastos com consumo (PCE) nos Estados Unidos acelerou para 2,7% em março, contra 2,5% em fevereiro, anunciou esta sexta-feira o Departamento do Comércio norte-americano. O aumento da inflação anual nos Estados Unidos, segundo o índice PCE, é conhecido quando se aproxima a reunião da Reserva Federal, o que deverá encorajá-la a manter-se prudente antes de começar a baixar as taxas de juro.

Os analistas esperavam uma aceleração para 2,6%, de acordo com o consenso da Market Watch. No entanto, em termos mensais, a inflação ficou estável em 0,3%, como esperado. Na próxima semana, decorrerá a reunião da Reserva Federal norte-americana onde serão discutidas e apresentadas as próximas decisões relativas à política monetária.

A inflação subjacente, que exclui os preços voláteis dos alimentos transformados e da energia, também permaneceu estável em 0,3% em termos mensais, mas subiu 2,8% em termos homólogos. Os rendimentos das famílias norte-americanas, por sua vez, registaram um crescimento homólogo mais forte em março do que em fevereiro, subindo 0,5%, contra 0,3% no mês anterior.

No entanto, em termos mensais, o aumento das despesas dos norte-americanos manteve-se nos 0,8%, lê-se num comunicado. Estes números indicam que “a economia continua a expandir-se e que a inflação é elevada”, comentou Rubeela Farooqi, economista-chefe da High Frequency Economics. O índice de inflação PCE é o indicador que o banco central dos Estados Unidos (Fed) quer que desça para 2%.

A aceleração da inflação nos EUA deverá encorajar a Fed a ser paciente e a manter as taxas de juro no seu nível atual de 5,25%-5,50%, o mais elevado dos últimos 20 anos, “durante mais tempo”, para evitar que os preços voltem a disparar, salienta a economista.

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Trabalhadores dos impostos querem reunir-se com urgência com ministro das Finanças

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

Os trabalhadores "estranham" que Joaquim Miranda Sarmento "não tenha já chamado os representantes dos trabalhadores para reunir".

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos solicitou uma “reunião urgente” ao ministro das Finanças estranhando que a iniciativa do encontro não tenha partido de Miranda Sarmento, à semelhança do que estão a fazer outros ministros nas áreas que tutelam. “O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) quer reunir com urgência com o ministro de Estado e das Finanças”, refere a estrutura sindical num comunicado enviado aos seus associados.

Nessa informação, o STI refere que, face às reuniões mantidas entre profissionais e outras tutelas, como a da Saúde, a da Administração Interna, a da Justiça, a da Educação e da Defesa, os trabalhadores “estranham” que Miranda Sarmento “não tenha já chamado os representantes dos trabalhadores para reunir”. É que, refere o STI, os trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) “não viram as suas carreiras valorizadas em 2023, como aconteceu com a carreira geral de técnicos superiores, a carreira médica, a carreira informática, entre outras”.

Em comunicado enviado às redações, o STI refere que quer ver os problemas do setor “resolvidos com diálogo e não com confronto”, tendo solicitado uma reunião com urgência para “saber quais as intenções do governo, relativamente aos trabalhadores que mantêm a Autoridade Tributária e Aduaneira a funcionar”, apesar dos “enormes constrangimentos existentes”.

Na terça-feira, uma plataforma comum integrada pela Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira (APIT), Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), Associação Sindical dos Funcionários da ASAE (ASF-ASAE) e Sindicato Nacional dos Profissionais da ASAE (SNP-ASAE), entregou nos ministérios das Finanças e da Economia um caderno reivindicativo onde, entre outras matérias, exige uma revisão das tabelas salariais que garanta a diferenciação face às carreiras gerais, a qual deixou de existir com recente valorização salarial dos técnicos superiores.

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Angola apoia candidatura de Portugal ao Conselho de Segurança das Nações Unidas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Abril 2024

Portugal é candidato a um dos dez lugares não-permanentes no Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2027-2028, já após o fim do mandato do atual secretário-geral, o português António Guterres.

O Presidente de Angola, João Lourenço, anunciou esta sexta-feira que o país vai apoiar a candidatura de Portugal a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o biénio 2027-2028.

Portugal vai candidatar-se ao Conselho de Segurança da ONU e, como é óbvio, Angola vai apoiar essa mesma candidatura para 2027-2028“, afirmou o chefe de Estado angolano, que falava em conferência de imprensa após um encontro com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, no Palácio de São Bento.

O Conselho de Segurança é o órgão mais importante das Nações Unidas, sendo formado por cinco membros permanentes – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – que têm poder de veto em todas as resoluções e dez membros não-permanentes. Portugal é membro da organização desde 1956 e só esteve três vezes no Conselho de Segurança, designadamente nos biénios 1979-1980, 1997-1998 e 2011-2012. Em 2013, Portugal formalizou a candidatura para o biénio de 2027-2028.

Ao lado do chefe do Governo português, João Lourenço convidou Luís Montenegro para uma visita a Luanda “nos próximos meses, se possível já em julho”. “As relações entre dois países estão no seu melhor, embora tenhamos obrigação de nunca nos sentirmos satisfeitos. Temos de ser ambiciosos ao ponto de querer mais e mais e mais”, afirmou o Presidente de Angola.

Por sua vez, o primeiro-ministro português sublinhou a intenção de “aprofundar” as relações comerciais entre os dois países, apontando a realização da Comissão Mista Intergovernamental para os “próximos meses”, em Lisboa, com vista a “dar sequência ao Programa Estratégico de Cooperação” entre Portugal e Angola.

“Queremos manter o percurso de relação próxima dos nossos governos em muitas áreas, da cultura à educação, e das relações económicas, que temos interesse em aprofundar”, acrescentou Luís Montenegro.

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França quer força de reação rápida europeia com 5.000 militares em 2025

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

"Temos missões que são militarizadas, mas que a NATO não precisa de conhecer por uma série de razões, e sobre as quais dizemos agora 'vamos fazê-lo na Europa', diz ministro das Forças Armadas francês.

França defende a criação de uma “força de reação rápida europeia” com cerca de 5.000 soldados até 2025, que poderá intervir em situações de crise quando a NATO não atuar, disse esta sexta-feira o ministro das Forças Armadas francês. “É uma questão fundamental e sobre a qual espero que possamos chegar a uma conclusão já no próximo ano, sendo muito reativos e muito rápidos”, disse Sébastien Lecornu numa entrevista ao canal de televisão France 2.

O ministro insistiu que esta força de reação rápida, “para colocar em segurança cidadãos europeus, portugueses, italianos, alemães e franceses”, deve poder ser criada “muito rapidamente”. Segundo Lecornu, o objetivo deste ainda projeto passar por “colocar forças em posição de contribuir” para “ser reativo em caso de crise”, e acrescentou que não haveria perda de soberania para os países envolvidos, que manteriam o controlo sobre os seus dispositivos militares.

Sébastien Lecornu justificou este projeto com o facto de existirem “muitas crises em que a NATO não tem competências para atuar e em que a França realiza frequentemente operações sozinha”. O ministro deu como exemplo a retirada de cidadãos europeus em países em crise, como aconteceu no Sudão em abril de 2023, quando Paris mobilizou aviões e navios militares para retirar mais de mil estrangeiros de mais de 80 nacionalidades diferentes, entre os quais pouco mais de 200 cidadãos franceses.

Lecornu considerou que operações como esta (denominada Sagittaire) em Cartum, na capital do Sudão, com muitos países envolvidos, deveria ser natural partilhar o fardo, que “tem um preço e um valor”, entre os países europeus. “Temos missões que são militarizadas, mas que a NATO não precisa de conhecer por uma série de razões, e sobre as quais dizemos agora ‘vamos fazê-lo na Europa’, e isso, para nós, é pragmatismo”, afirmou o ministro.

Esta “força europeia de reação rápida” foi uma das iniciativas lançadas na quinta-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, num longo discurso na Universidade de Sorbonne, em Paris, no qual defendeu o relançamento da União Europeia (UE), no contexto das eleições para o Parlamento Europeu, em junho. No discurso, o Presidente francês apresentou a sua visão para a Europa, centrada principalmente na defesa e nas políticas económicas e comerciais, depois de fazer um balanço da UE desde 2017.

Macron afirmou que os europeus não podem contar apenas com o apoio dos Estados Unidos para a sua defesa, porque para Washington “não é a prioridade” e, sem chegar ao ponto de pedir a criação de um exército europeu, apelou a uma “intimidade estratégica” no domínio militar entre os Estados-membros da UE.

O Presidente francês explicou que é necessário “aumentar as despesas com a defesa”, sugerindo um empréstimo europeu para financiar o esforço de defesa, para além de aplicar “a preferência europeia na compra de equipamento militar”, bem como acelerar a integração dos exércitos face a ameaças como a Rússia, com a qual tem havido um aumento de tensões nas últimas semanas pelo apoio prestado pela França à Ucrânia.

Tudo isto com base na ideia de que a Europa é “mortal” e que “pode morrer” ou ser “relegada”, segundo frisou o chefe de Estado francês na mesma intervenção.

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Fisco avisa contribuintes para emails falsos sobre pagamento de reembolsos

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

"Alguns contribuintes estão a receber mensagens de correio eletrónico supostamente provenientes da AT nas quais é pedido que se carregue em links que são fornecidos", refere a autoridade.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) alertou para o envio de emails fraudulentos sobre pagamento de reembolsos ou de que a declaração entregue foi considerada inválida, avisando os contribuintes para as apagarem e não acederem aos links fornecidos.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tem conhecimento de que alguns contribuintes estão a receber mensagens de correio eletrónico supostamente provenientes da AT nas quais é pedido que se carregue em links que são fornecidos”, refere o aviso publicado no Portal das Finanças.

Como habitualmente nestas situações, a AT partilha exemplos dessas mensagens falsas, nomeadamente uma em que o “Estimado cliente” é avisado de que “tem direito a um reembolso de 250,20 euros”.

Noutra destas mensagens falsas, o “Caro contribuinte” é informado de “que a sua Declaração de IRS, entregue a 10-04-2024 foi considerada inválida”, e numa outra o “Caro Luís” é avisado de que “devido a uma alteração” a AT lhe “recalculou os impostos” e que lhe serão “devolvidos 48,84 euros devido ao pagamento a mais”.

Todas estas mensagens incluem um link falso, com indicação para o contribuinte lhe aceder. E é precisamente este o passo que a AT sublinha que não deve ser feito em qualquer circunstância. “Estas mensagens são falsas e devem ser ignoradas. O seu objetivo é convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas carregando nos links sugeridos. Em caso algum deverá efetuar essa operação”, salienta a AT.

Desde o início deste ano, esta é já a quinta vez que a AT alerta para a existência de mensagens fraudulentas.

 

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Miguel Albuquerque defende prorrogação dos prazos do PRR

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

"Penso que será inevitável haver alguma prorrogação, mas não há nenhum drama sobre isso”, disse Miguel Albuquerque.

O presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, defendeu esta sexta-feira ser inevitável a prorrogação dos prazos de execução dos projetos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Da nossa parte, nós avançámos o mais rapidamente possível, não posso dizer que estejam a correr mal, mas penso que será inevitável haver alguma prorrogação, mas não há nenhum drama sobre isso”, disse Miguel Albuquerque aos jornalistas à margem da apresentação do projeto de Unidade Residencial para Pessoas Idosas no Colégio Missionário, no Funchal.

Este é um projeto na ordem dos 3,4 milhões de euros, desenvolvido ao abrigo do PRR, que passa pela requalificação daquele imóvel da Igreja, na freguesia de Santa Luzia. O chefe do executivo madeirense mencionou que a taxa de execução dos projetos do PRR na Madeira é na ordem dos 60%, sendo de 20% a nível nacional.

“Isto são fundos que têm de ser aproveitados”, sublinhou, argumentando que houve “um conjunto de circunstâncias”, nomeadamente a crise inflacionista e os aumentos dos preços das matérias-primas que afetaram a execução dos projetos. Albuquerque também referiu que, para dar resposta às listas de espera para lares de idosos no arquipélago, o Governo Regional já lançou os concursos para “1.003 camas para unidades residenciais de idosos”, o que representa um investimento de 85 milhões de euros.

O responsável adiantou que o executivo vai também apostar na renovação das camas existentes, tendo ainda lançado os concursos para um acréscimo de 416 camas de cuidados continuados. O governante insular apontou ainda que vão ser reabertas as urgências dos serviços de saúde nos concelhos do Porto Moniz e Santana porque a região tem, para o efeito, os recursos humanos necessários.

Questionado sobre a presença do líder nacional do PSD e primeiro-ministro na campanha das eleições legislativas regionais antecipadas, que se realizam em 26 de maio, Miguel Albuquerque assegurou que Luís Montenegro “pode vir sempre que quiser”. Contudo, acrescentou não prever endereçar qualquer convite nesse sentido ao líder nacional porque estas “são eleições iminentemente regionais”.

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Abreu Advogados assessora Jobchain na autorização como prestadora de serviços de ativos virtuais

A equipa da Abreu Advogados foi liderada pelos sócios Alexandra Courela, co-coordenadora da equipa de Fiscal, e Diogo Pereira Duarte, co-coordenador da equipa de Bancário e Financeiro.

A Abreu Advogados assessorou a Jobchain na obtenção do registo, junto do Banco de Portugal, para operar como Prestadora de Serviços de Ativos Virtuais (VASP) em Portugal.

A equipa da Abreu Advogados foi liderada pelos sócios Alexandra Courela, co-coordenadora da equipa de Fiscal, e Diogo Pereira Duarte, co-coordenador da equipa de Bancário e Financeiro e da área de FinTech. Isabel Pinheiro Torres, advogada principal, e as advogadas estagiárias Mafalda Santos Cordeiro e Alexandra Rebordão de Sousa também fizeram parte da equipa.

A Jobchain, uma plataforma de recrutamento inovadora que utiliza tecnologia blockchain, facilita a ligação entre candidatos a empregos e empregadores, oferecendo também a opção de receber pagamentos de salários em criptomoedas. Fundada em 2019, a Jobchain já recebeu vários prémios e reconhecimentos internacionais.

Com esta licença, a Jobchain está agora autorizada a oferecer serviços que incluem transferências de ativos virtuais, trocas entre ativos virtuais e moedas fiduciárias ou entre um ou mais ativos virtuais e serviços de guarda e administração de ativos virtuais.

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Centeno diz que Europa faz “grande sacrifício” no combate à inflação

  • Lusa
  • 26 Abril 2024

O governador do Banco de Portugal enalteceu que a Europa está a enfrentar "um grande sacrifício no combate à inflação", fazendo um esforço maior que noutras jurisdições para atingir a meta dos 2%.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, enalteceu hoje que a Europa está a enfrentar “um grande sacrifício no combate à inflação”, fazendo um esforço maior que noutras jurisdições para atingir a meta dos 2%.

“A Europa está a enfrentar um grande sacrifício no combate à inflação. Não é esse o caso noutras jurisdições, e temos de ser muito claros a esse respeito para que as nossas partes interessadas — que são aqueles a quem dirigimos as nossas políticas — nos compreendam”, afirmou Mário Centeno na conferência “Desafios da transmissão da política monetária num mundo em mudança (“ChaMP”)”, que se realiza em Frankfurt, na Alemanha.

Para o governador do banco central português, é importante que os decisores políticos não percam a credibilidade das pessoas neste processo. Na sua intervenção, Centeno admitiu que, antes da crise inflacionista, o Conselho do BCE chegou a rever a sua política monetária para aproximar a inflação dos 2% e que esteve disposto a “tolerar temporariamente uma inflação acima dos 2%”.

“A única coisa de que não estávamos conscientes era do facto de que nos estaríamos a aproximar dos 2% por cima e não por baixo, porque era aí que estávamos presos antes de todo este processo inflacionista”, afirmou o governador, remetendo para um período de oito anos com inflação muito baixa.

“Este foi um longo processo de inflação a subir. Demorou cerca de um ano desde que tivemos a inflação a ultrapassar os 2%, até atingir o seu pico, em outubro de 2022”, disse Centeno, que considerou que foi um período “bastante doloroso” devido à sequência de choques na energia ou nas cadeias de abastecimento.

Quanto à atuação na zona duro, o governador português apontou que o BCE tem feito a sua parte. “O BCE fez a sua parte. Acho que devemos estar satisfeitos com o que temos feito até agora, mas não estávamos sozinhos, e os canais de transmissão da política monetária funcionam na zona euro porque o sistema económico ajudou muito e porque as nossas políticas fiscais foram muito mais contidas que noutras jurisdições”, apontou.

Nesse sentido, Mário Centeno destacou o impacto do mercado de trabalho na Europa. “Penso, sinceramente, que a Europa está hoje a viver de um dividendo proveniente do mercado de trabalho, pela forma como se ajustou ao longo destes anos e de todas estas crises. A realidade atual é que a zona euro não está a crescer, há um ano e meio que o investimento está estagnado”, lamentou.

O antigo ministro das Finanças português remeteu ainda para as previsões do BCE para o rácio entre crédito e PIB, que deverá atingir “os níveis mais baixos de que há registo na área do euro” e que a tendência não deverá alterar-se mesmo com a aproximação da inflação à meta dos 2%.

A inflação da zona euro abrandou duas décimas em março para 2,4%, enquanto a inflação subjacente – que exclui a energia e os alimentos por serem mais voláteis – também caiu duas décimas para 2,9%, de acordo com dados do gabinete de estatísticas da UE, Eurostat.

Em julho de 2022, o BCE iniciou o ciclo de subidas das taxas de juro com o objetivo de controlar a inflação. Mais de um ano depois, em outubro de 2023, fez a primeira pausa nesse rápido ciclo de subidas, mas logo avisou que um corte nos juros ainda ia demorar devido aos riscos inflacionistas.

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Administração da SATA defende cancelamento da privatização da Azores Airlines

Parecer do conselho de administração da SATA recomenda não prosseguir com o actual concurso de privatização da Azores Airlines. Palavra final cabe ao Governo Regional.

O conselho de administração da SATA defende que o processo de privatização da Azores Airlines, que faz as ligações internacionais e ao continente, seja anulado, avança a Antena 1 Açores e confirmou o ECO. O parecer já foi entregue ao Governo regional, a quem cabe tomar a decisão final.

O concurso público internacional para a privatização de entre 51% e 85% da Azores Airlines terminou com apenas um candidato viável, a Newtour/MS Aviation. A proposta do consórcio recebeu uma notação de 46,69 pontos em 100 do júri, uma avaliação de “suficiente”, tendo em conta que a nota positiva começa em 25.

O júri, liderado pelo economista Augusto Mateus, alertou na altura para a falta de “força financeira” do consórcio para garantir a execução do caderno de encargos e a sustentabilidade da companhia aérea.

As principais estruturas sindicais também se opuseram à venda da transportadora do grupo SATA à Newtour/MS Aviation. O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), que representa o pessoal de terra, considerou que a Newtour/MS Aviation “não apresenta as mínimas condições para garantir a continuidade da operação da companhia”, enquanto o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que representa os tripulantes de cabine, pediu o lançamento de um novo concurso.

Também o presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Tiago Faria Lopes, apelou a que a administração da SATA dê um parecer negativo à privatização da Azores Airlines ao consórcio da Newtour/MS Aviation, considerando que tem “lacunas reputacionais”.

Os empresários açorianos também manifestaram reservas em relação ao processo. A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada também apelou ao Governo Regional e à Azores Airlines para “ponderarem cuidadosamente” e retirarem conclusões sobre a avaliação do júri ao consórcio candidato.

A estes vozes junta-se agora o parecer negativo do conselho de administração da SATA, dando pouca margem ao Governo Regional dos Açores para prosseguir com a privatização.

Teresa Gonçalves, CEO da SATA.

A decisão surge a poucos dias de a CEO, Teresa Gonçalves, deixar o cargo, após ter apresentado a demissão. Ao que o ECO apurou, o Governo Regional está ainda a avaliar várias opções para substituir a presidente executiva e o administrador financeiro, que também vai deixar a companhia no final do mês.

O grupo Newtour é dono das agências de viagens Bestravel e Picos de Aventura, do operador Soltrópico e outras marcas ligadas ao turismo. Em junho, comprou a companhia de aviação austríaca MS Aviation, em conjunto com a angolana Bestfly. O consórcio ofereceu 6,6 euros para adquirir 76% da Azores Airlines, num valor total de 5,02 milhões de euros.

A privatização da maioria do capital da Azores Airlines é uma das exigências do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia em junho de 2022, no âmbito da ajuda estatal de 453,25 milhões de euros. A venda terá de ser concretizada até ao final de 2025.

(Notícia atualizada às 14h55)

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