Enólogos da Herdade do Rocim lançam Pet Nat com regresso às origens da vinha

Os enólogos Catarina Vieira e Pedro Ribeiro lançam no mercado um Pet Nat do Vale da Mata, em homenagem às origens. E reforçam a oferta de vinhos da região de Lisboa.

Numa homenagem ao avô Manuel e acompanhando as novas tendências de consumo recetivo a “um vinho mais leve e com baixo teor alcoólico“, os enólogos Catarina Vieira e Pedro Ribeiro, da Herdade do Rocim, acabam de lançar no mercado o seu primeiro Pet Nat – espumante natural –, proveniente do Vale da Mata, Lisboa. A empresa reforça, assim, a oferta de vinhos da região de Lisboa com a marca Vale da Mata.

“Quando iniciámos o projeto de reabilitação da vinha e recuperámos esta tradição familiar, sempre quisemos respeitar a memória do avô Manuel e fazer vinhos autênticos, naturais, que respeitassem integralmente a vocação natural do terroir da região“, começa por contar Catarina Vieira.

O Vale da Mata Pet Nat faz parte desta “homenagem às origens, com a produção de um vinho que utiliza um método de vinificação ancestral”, completa. E assim nasceu um Pet Nat cujo “nome é uma abreviação de «Pétillant Naturel», uma expressão francesa que significa espumante natural, ou seja, é um vinho produzido de forma natural, seguindo métodos tradicionais e sem adição de leveduras ou açúcares”, descreve, por sua vez, Pedro Ribeiro.

“O vinho é engarrafado antes de completar a fermentação e esta é finalizada na garrafa, o que permite ir libertando o gás natural que o caracteriza“, completa o enólogo.

Os vinhos Vale da Mata são produzidos numa pequena vinha que está na família Vieira há várias gerações, nas Cortes, entre a Serra de Aire e Candeeiros e o Atlântico.

O Vale da Mata Pet Nat tem 90% de Tinta Roriz, 5% de Vital e 5% de Arinto. “O nosso Pet Nat foi produzido exatamente como o imaginámos: foi vinificado em depósitos de cimento para realçar a fruta primária e terminou a fermentação em garrafa, sempre a uma temperatura controlada. Teve um estágio de 14 meses sobre a própria borra”, resume Pedro Ribeiro.

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Novo aeroporto. “Não me passa pela cabeça que isto não venha a servir para nada”, avisa Mineiro Aires

O presidente da comissão de acompanhamento da CTI, Carlos Mineiro Aires, disse que nunca viu "um processo tão participado e isento, de modo que todos se pronunciassem, até os idiotas".

“Não me passa pela cabeça que isto não venha a servir para nada”, alertou esta terça-feira, o presidente da comissão de acompanhamento da Comissão Técnica Independente (CTI) para a ampliação da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, Carlos Mineiro Aires, na abertura da apresentação do relatório preliminar sobre o novo aeroporto.

“Não me passa pela cabeça que, depois da consulta pública, a versão final venha a ser desconsiderada. Tal seria uma desconsideração para os técnicos e para os portugueses que se deram ao trabalho de participar. Não podemos adiar mais processos destes”, reforçou.

A este respeito, o engenheiro revelou que o relatório vai estar em consulta pública até 19 de janeiro de 2024. “Há um ligeiro atraso do desiderato de entregar até ao fim do ano, mas apenas está com um mês de atraso, quando antes estava com um atraso de meio ano”, salientou.

Mineiro Aires salientou a importância de “duas soluções estruturais” no relatório sobre o novo aeroporto: “a questão aeroportuária e a ligação às redes transeuropeias para que nos possamos inserir na Europa a bem da nossa economia e do estado civilizacional”.

O presidente da comissão de acompanhamento reconheceu que “a aceitação das conclusões não será unânime”. “Não vai haver unanimidade, mas tem de haver uma decisão”, defendeu.

Face à experiência que tem, Mineiro Aires disse que nunca viu “um processo tão participado, tão isento como este”. “Foi um processo tão aberto, participado que todos se puderam pronunciar até mesmo os idiotas”, que mencionaram as Berlengas como uma possível localização para o novo aeroporto de Lisboa, destacou.

“Tivemos muitas pressões de muitos lados”, admite a coordenadora da CTI

“Tivemos muitas pressões de muitos lados. Muitos lóbis. Mas do Governo nem uma pressão. Queria deixar isso muito claro”, sublinhou a coordenadora geral da CTI, Maria do Rosário Partidário.

A responsável espera agora que “os resultados colham o mais possível de posições agradáveis”. “Não vamos certamente conseguir satisfazer todos”, reconheceu.

A Avaliação Ambiental Estratégica foi lançada no ano passado pelo Governo, num acordo com o PSD, para servir de base à decisão política sobre o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, onde a única infraestrutura está já sobrelotada.

Foram selecionadas para análise nove opções estratégicas em sete localizações: Portela + Montijo, Montijo + Portela, Campo de Tiro de Alcochete, Portela + Campo de Tiro de Alcochete, Santarém, Portela + Santarém, Pegões, Portela + Pegões e Rio Frio + Poceirão.

Para a análise das várias opções foram considerados cinco fatores críticos de avaliação: segurança aeronáutica; acessibilidade e território; saúde humana e viabilidade ambiental; conectividade e desenvolvimento económico; investimento público e modelo de financiamento. Cada um daqueles fatores inclui vários critérios, num total de 24, avaliados à luz de uma bateria de 88 indicadores.

Com a demissão de António Costa, a decisão política passa para o Executivo que sair das eleições antecipadas de 10 de março. O desejo de conciliar uma decisão entre PS e PSD mantém-se.

O relatório que será apresentado esta quarta-feira ainda é preliminar. Após a realização da conferência no LNEC, o relatório será disponibilizado para consulta pública durante 30 dias úteis. Só depois será elaborado o relatório final, concluindo os trabalhos da CTI.

(Notícia atualizada às 15h47)

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Medidas tomadas evitaram “descontrolo total” do SNS, diz governante

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

"Portugal tem um problema com a utilização excessiva dos serviços de urgência", diz o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.

O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, disse esta terça-feira que as medidas estruturais e o trabalho em rede evitaram o temido “descontrolo total” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Estão a ser tomadas medidas estruturais. Não assistimos ao descontrolo total do SNS. Aquilo que foi sendo referido não aconteceu. As pessoas continuaram a ter resposta e é assim que vamos continuar a trabalhar”, disse Ricardo Mestre aos jornalistas, no Porto, à margem da sessão “Modernização Tecnológica dos Hospitais do SNS”.

Vários hospitais do país enfrentam constrangimentos e encerramentos temporários de serviços após cerca de 2.500 médicos apresentarem escusa ao trabalho extraordinário para além das 150 horas anuais obrigatórias. Esta situação levou o diretor executivo do SNS a admitir em outubro que a situação poderia ser dramática em novembro.

“Estamos a fazer uma gestão permanente da resposta do SNS. O SNS trabalha em rede, é um sistema colaborativo em que as estruturas se ajudam mutuamente. O que importa é que os portugueses percebam que há uma rede que tem uma organização para lhes responder e que recorram a essa resposta na sua plenitude“, disse Ricardo Mestre. Confrontado com perguntas sobre a queda do número de atendimentos, Ricardo Mestre falou em “medidas no sentido certo”, evitando relacionar os números com a crise no SNS.

“Portugal tem um problema com a utilização excessiva dos serviços de urgência e muita utilização tem a ver com níveis de gravidade mais baixos que podiam ser vistos numa outra área do SNS, como a linha Saúde 24 ou os cuidados de saúde primários”, recordou o secretário de Estado. Para o governante, “quando a redução é feita nos níveis de gravidade mais baixa, como acontece”, trata-se de “uma medida no sentido certo”.

A Rádio Renascença noticiou na segunda-feira que os atendimentos nas urgências caíram 15% em novembro e 9% em outubro na comparação com 2022, ou seja menos 1.800 atendimentos por dia. Este período coincide com o momento após os médicos começarem a entregar escusas ao trabalho extraordinário além das 150 horas obrigatórias, em setembro.

Também confrontado com as declarações do bastonário da Ordem dos Médicos que, no final de novembro disse, em entrevista à Lusa, que há doentes a chegar em “situações extremas” aos hospitais, porque não estão a ir à urgência, “onde sabem que vão ter que esperar 12 horas para ser atendidos”, Ricardo Mestre evitou fazer uma relação com a redução do número de atendimentos.

“Temos um aumento das necessidades da saúde da nossa população”, disse, lembrando a pandemia e o envelhecimento, entre outros aspetos, e garantindo que se está a “apostar na prevenção para evitar estádios mais avançados da doença”.

O secretário de Estado aproveitou para voltar a apelar aos portugueses para que recorram à linha Saúde 24 antes de se deslocarem à urgência e lembrou que há resposta nos cuidados de saúde primários. Já fonte do Ministério da Saúde indicou, posteriormente, que, por todo o país, haverá 233 centros de saúde abertos no sábado, e 192 no domingo.

Antes, Ricardo Mestre falou do “trabalho de parceria entre o Ministério da Saúde e a área social para encontrar respostas para os internamentos sociais”. Sem avançar com medidas imediatas, o governante disse que haverá “mais camas de cuidados continuados” e “estão a ser feitas parcerias com o setor social”.

“Em algumas zonas do país, sente-se mais essa pressão, como é o caso de Lisboa. Estamos a aprofundar parcerias (…). No imediato temos um conjunto de medidas que são transversais. Ainda este ano abriremos mais 400 camas de cuidados continuados integrados que permitirão ajudar no fluxo dos utentes dentro do SNS”, concluiu.

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Portugal entre 123 países que se comprometem a triplicar renováveis até 2030

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

 O compromisso foi assumido numa reunião ministerial dedicada à energia, tema que esteve em destaque na cimeira do clima, no Dubai.

Portugal está entre os 123 países que se comprometeram esta terça-feira a triplicar a produção de energias renováveis e a duplicar a eficiência energética até 2030, anunciou a secretária de Estado da Energia e Clima.

Portugal e 122 outros países comprometeram-se com uma aliança para triplicar a produção de renováveis e duplicar a eficiência energética”, disse Ana Fontoura Gouveia, em declarações aos jornalistas na 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), a decorrer no Dubai.

O compromisso foi assumido numa reunião ministerial dedicada à energia, tema que está hoje em destaque na cimeira, e representa, para a secretária de Estado, mais um progresso na ambição de alcançar compromissos robustos com vista à redução dos combustíveis fósseis.

“A Agência Internacional de Energia apresentou estas duas metas muito tangíveis e isso permite que a cada um dos países ter uma bússola sobre aquilo que deve fazer individualmente”, sublinhou, considerando que existe um cada vez maior entendimento de que não há tempo a perder no combate às alterações climáticas.

Na lista de 123 países, estão também os Emirados Árabes Unidos, país anfitrião da COP28 e um dos maiores produtores de combustíveis fósseis.

Ana Fontoura Gouveia comentou também a polémica recente que envolveu declarações do presidente da COP28, entendendo que a clarificação de Sultan Al-Jaber envia “um sinal muito claro sobre a ambição”.

No domingo, Al Jaber disse ter bem presente que os combustíveis fósseis devem ser progressivamente diminuídos e abandonados, após declarações polémicas a questionar a ciência e a meta de redução de 1,5ºC no aquecimento global.

No entender da governante portuguesa, o presidente da COP28 tem mantido a fasquia elevada e atuado como um líder no que respeita a “orientar aquilo que devem ser os resultados“, mas reconhece que nem todos os países partem das mesmas posições.

“Claro que há países que defendem a eliminação dos combustíveis fósseis e que defendem que tecnologias de compensação dessas emissões devem ser usadas apenas em casos excecionais, quando não temos alternativas. Nem sempre é esse o entendimento dos países produtores de petróleo”, explicou.

“Por isso é que aqui estamos, para encontrar plataformas de entendimento e para encontrarmos uma linguagem que nos permita fazer o que é mais importante que é em cada um dos nossos países agirmos no sentido da eliminação progressiva dos combustíveis fosseis até à sua total eliminação”, acrescentou, por outro lado.

A propósito do papel de Portugal, Ana Fontoura Gouveia defendeu que tem sido um exemplo, mostrando que o caminho no sentido da transição energética e da descarbonização tem resultados económicos financeiros, permite atrair investimento e criar emprego.

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Nova SBE junta-se ao GroupM para formar executivos em inteligência artificial

  • Trabalho
  • 5 Dezembro 2023

Programa será lançado oficialmente em janeiro, mas já se sabe que será lecionado por especialistas do GroupM. CEO da empresa frisa que marketing será uma das áreas mais afetadas pela IA.

A Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) e o GroupM assinaram um protocolo com vista à criação de uma nova formação para executivos na área da Inteligência Artificial aplicada ao marketing. O programa será lançado oficialmente em fevereiro, mês em que abrirão as candidaturas.

“Esta colaboração permite unir a excelência da educação da Nova SBE com o conhecimento de indústria do GroupM para criar um conjunto de programas focados em Inteligência Artificial, cuja primeira edição será focada em AI for marketing professionals“, é explicado numa nota enviada esta terça-feira às redações.

Em reação à celebração deste protocolo, Francisco Teixeira, CEO do GroupM, frisa que “o marketing e a comunicação serão, sem qualquer dúvida, um dos setores mais impactados pelo uso recorrente de Inteligência Artificial“, daí a importância da formação nestas áreas.

“A experiência do GroupM no desenvolvimento e aplicação de produtos ancorados em Inteligência Artificial aliada ao profundo know-how e investigação levados a cabo pela Nova SBE darão origem a um programa de excelência que aumentará o domínio da utilização desta tecnologia“, salienta o responsável.

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2023 marcado por um novo recorde de CO2 libertado para a atmosfera

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

O total dióxido de carbono libertado para a atmosfera vai atingir um novo recorde em 2023, com 40,9 mil milhões de toneladas. "Parece inevitável que ultrapassemos a meta de 1,5°C do Acordo de Paris".

O total de dióxido de carbono (CO2) emitido para a atmosfera vai atingir um novo recorde em 2023, com 40,9 mil milhões de toneladas, segundo o novo relatório anual divulgado no âmbito da cimeira da ONU sobre o clima (COP28).

Este relatório da Global Carbon Project, que fornece uma visão global do ciclo do carbono, foi elaborado por investigadores da Universidade de Exeter (Reino Unido), da Universidade de East Anglia (UEA), do Centro de Investigação Internacional de Clima (Noruega), a Universidade Ludwig-Maximilian de Munique e 90 outras instituições ao redor do mundo, noticiou a agência Efe.

Esta é a 18.ª edição deste relatório, que conta com a participação de mais de 120 cientistas, e será publicada na revista Earth System Science Data.

Segundo os dados, as emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes dos combustíveis fósseis, principal fonte do efeito estufa global que provoca a crise climática, deverão ter aumentado 1,1% em relação a 2022, com um novo recorde, atingindo 36,8 mil milhões de toneladas no final de 2023.

Somando as emissões de CO2 de origem fóssil com as provenientes das alterações no uso do solo, o total aumentará para 40,9 mil milhões de toneladas este ano, segundo previsões para o final do ano.

O valor global é superior ao de 2022, em que terão sido emitidas 40,6 mil milhões de toneladas de CO2, e confirma a distância que persiste com os objetivos climáticos globais para o seu cumprimento, que teria de ser urgente, segundo o relatório.

Embora com grandes incertezas, tudo indica que, com o atual ritmo de emissões, haveria 50% de probabilidade de, em cerca de sete anos, o aquecimento global ultrapassar de forma normalizada o limiar de 1,5°C acima dos níveis da era pré-industrial.

Embora cerca de metade do CO2 continue a ser absorvido, como por exemplo pelas florestas, o resto das emissões permanece na atmosfera e causa alterações climáticas.

De acordo com os números, as emissões fósseis de CO2 estão a diminuir em algumas regiões geográficas, incluindo a Europa e os Estados Unidos, mas, em geral, estão a aumentar a nível mundial.

Os cientistas alertam que a ação global para reduzir os combustíveis fósseis não é suficientemente rápida para evitar alterações climáticas perigosas.

Prevê-se que as emissões resultantes da alteração do uso do solo (como a desflorestação) diminuam ligeiramente, mas não será suficiente para compensar os níveis de reflorestação e florestação (novas florestas).

Parece inevitável que ultrapassemos a meta de 1,5°C do Acordo de Paris”, alertou o professor Pierre Friedlingstein, do Global Systems Institute de Exeter e diretor do relatório.

Dada a situação, a cimeira do clima que decorre até dia 12 de dezembro no Dubai terá de chegar a acordo sobre “cortes rápidos nas emissões fósseis” para evitar que a temperatura do planeta ultrapasse estes níveis ou pelo menos manter o objetivo de não ultrapassar os 2°C de aumento em comparação com a era pré-industrial.

Todos os países precisam de descarbonizar as suas economias mais rapidamente do que atualmente para evitar os piores impactos das alterações climáticas“, vincou o especialista.

O relatório inclui dados importantes que confirmam que as tendências regionais na luta contra as alterações climáticas variam muito.

De acordo com os indicadores, as emissões de CO2 em 2023 deverão aumentar na Índia (8,2%) e na China (4,0%), e diminuir na UE (-7,4%), nos EUA (-3,0%) e no resto do mundo (-0,4%).

Por tipo de fonte, espera-se que as emissões globais provenientes do carvão (1,1%), do petróleo (1,5%) e do gás (0,5%) aumentem.

Segundo as previsões, o CO2 atmosférico médio para 2023 será de 419,3 partes por milhão (ppp), 51% acima dos níveis pré-industriais.

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Obras do metrobus do Porto ligam Boavista e Marechal Gomes da Costa já este mês

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

Deverão arrancar em janeiro de 2024 as intervenções na Casa da Música e a construção das estações do metrobus. Novo transporte vai ligar a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona.

As obras do metrobus do Porto vão ligar, já este mês, os troços das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa, estando previsto para janeiro o arranque de intervenções na Casa da Música e a construção das estações, foi esta terça-feira divulgado.

De acordo com uma nota da Metro do Porto, “já em dezembro os trabalhos passam a abranger também a zona de ligação entre as avenidas da Boavista e do Marechal Gomes da Costa”. Para já, “na Marechal Gomes da Costa, as obras continuam de momento na via esquerda, em ambos os sentidos, a partir do cruzamento com a Rua João de Barros até às interceções com as ruas de Serralves e de Tânger”.

“Numa fase posterior, ocupar-se-á o corredor direito desta avenida, também dos dois lados. Contudo, esta intervenção será de execução mais simples, uma vez que se tratam de faixas dedicadas apenas aos automóveis, pelo que se esperam menores constrangimentos“, de acordo com a Metro do Porto.

Para meados de janeiro está apontado o início da intervenção nos dois sentidos do troço entre a Casa da Música e a Rua António José da Costa, bem como o arranque da instalação das estações.

Metro do Porto

Em causa está a construção do metrobus entre a Casa da Música e a Praça do Império, empreitada que se iniciou no final de janeiro deste ano e deverá terminar em julho de 2024.

Já “para meados de janeiro está apontado o início da intervenção nos dois sentidos do troço entre a Casa da Música e a Rua António José da Costa, bem como o arranque da instalação das estações”.

O asfaltamento de parte da Avenida da Boavista já está concluído, devolvendo à circulação automóvel as vias descendentes, no sentido do Castelo do Queijo.

Atualmente “os trabalhos desenvolvem-se sobretudo no sentido ascendente da Avenida da Boavista, com a circulação a fazer-se aqui pelo corredor central, de modo a que, conforme planeado, sejam sempre mantidas duas faixas de trânsito em cada sentido”.

O novo serviço da Metro do Porto ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em 2024, com recurso a autocarros a hidrogénio, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.

O investimento inicialmente previsto para o metrobus, de 66 milhões de euros, é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e os 10 milhões remanescentes poderão ser também financiados pelo PRR, pelo Fundo Ambiental ou pelo Orçamento do Estado.

Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

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Diretor da PSP defende melhores salários para polícias

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

O diretor da PSP defendeu a necessidade de revisão das tabelas salariais dos polícias da PSP e afirmou desconhecer a intenção do Governo de atribuir um suplemento de missão para a PJ.

O diretor da PSP defendeu a necessidade de revisão das tabelas salariais dos polícias da PSP, tendo em conta o risco da missão, e afirmou desconhecer a intenção do Governo de atribuir um suplemento de missão para a PJ.

“Sobre a polémica que veio a público, relativa ao suplemento de missão que o Governo decidiu atribuir aos profissionais que servem na Polícia Judiciária, quero dizer-vos que como diretor nacional, não fui informado desta intenção do Governo, nem a Direção Nacional foi solicitada a pronunciar-se sobre este processo“, escreve José Barros Correia, num email enviado na segunda-feira a todo o efetivo da Polícia de Segurança Pública.

José Barros Correia informa os polícias que, como diretor nacional, sentiu que era seu “dever alertar a tutela para a necessidade de revisão das tabelas salariais dos polícias da PSP, seja através do aumento dos índices remuneratórios, seja do aumento do suplemento das forças e serviços de segurança, bem como continuar o esforço de melhoria das instalações, dos equipamentos e viaturas policiais”.

“Neste alerta estão subjacentes as condições em que a missão da PSP é cumprida, maioritariamente em situações de risco, com grande penosidade para todos os polícias e em alguns casos em condições de insalubridade severa. Tenho esperança que a situação conjuntural que o país vive não seja apontada como motivo para que as necessárias alterações às condições remuneratórias e outras dos polícias e do pessoal de apoio à atividade operacional não sejam consideradas“, escreve o diretor nacional, no email a que Lusa teve acesso.

O responsável máximo desta polícia reconhece os esforços já realizados pelo Ministério da Administração Interna, no entanto dá conta que “em muitos locais as instalações policiais ainda são deficitárias e outras estão degradadas, além do parque automóvel da PSP ainda estar envelhecido”.

José Barros Correia manifesta ao efetivo solidariedade, frisando que podem contar com o diretor nacional “na defesa dos direitos de todos quantos servem na PSP”.

“Não estamos a abordar um assunto que seja desconhecido e que não seja justo, face à qualidade do trabalho desempenhado pelos polícias que tenho a honra de comandar. advnão apenas com palavras, mas com políticas públicas e iniciativas concretas, tratando uma instituição secular e os seus polícias com a necessária justiça, dignidade e equilíbrio face a outras entidades”, precisa.

No email, o diretor nacional da PSP enumera os vários cenários em que os polícias estão envolvidos para demonstrar os riscos da profissão, destaca que a PSP “garante a segurança de pessoas e bens 365 dias por ano, 24 horas por dia”, além das esquadras da PSP estarem “abertas em permanência”.

José Barros Correia indica ainda que muitos dos polícias da PSP “perderam a vida, no cumprimento da missão”, e “outros ficaram feridos e foram vítimas de todo o tipo de violência, seja física, seja verbal”.

A carta dirigida a oficiais, chefes, agentes e pessoal técnico de apoio à atividade operacional surge após a decisão do Governo ter aprovado, na semana passada, o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.

Na sequência desta medida, as estruturas da PSP e da GNR manifestaram indignação por este tratamento que dizem ser desigual.

Desde o fim de semana está online uma petição, que conta com mais de 16.000 assinaturas, a exigir “um tratamento condigno e paritário da PSP, da GNR e corpo da guarda prisional”.

Fonte sindical disse à Lusa que os seis sindicatos mais representativos da PSP vão reunir-se, na quarta-feira, em Lisboa, juntamente com as associações socioprofissionais da GNR para decidirem ações de protesto.

As cinco associações socioprofissionais da GNR estão hoje reunidas com o objetivo concertar ações de luta, podendo os protestos vir a realizar-se em conjunto com a PSP.

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Alcochete com Humberto Delgado é a melhor opção para o novo aeroporto. Montijo e Santarém são considerados inviáveis

A Comissão Técnica Independente estima que construção da primeira pista em Alcochete demore sete anos e custe 8 mil milhões. Santarém e Montijo considerados opções inviáveis.

O relatório da Comissão Técnica Independente para o aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa recomenda uma solução dual para o novo aeroporto de Lisboa, com a construção de um novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete e a manutenção do Humberto Delgado (AHD), até poder ser desativado. Tempo estimado para a primeira pista é de sete anos. Montijo e Santarém são considerados inviáveis.

A nossa recomendação é que se inicie com um modelo dual. É inevitável, porque o AHD só pode fechar quando houver uma pista com capacidade de o substituir e isso vai levar algum tempo”, justificou Rosário Partidário, coordenadora geral da Comissão Técnica Independente (CTI).

O novo aeroporto deve ser “desejavelmente no local onde possa ser aeroporto único, onde haja capacidade de expansão”. “Este tipo de estratégia é a que mais favorece o desenvolvimento de um hub intercontinental”, acrescenta.

A Comissão Técnica Independente (CTI) apresenta o relatório sobre as opções para a futura localização do novo aeroporto de Lisboa - 05DEZ23
A Comissão Técnica Independente (CTI) apresenta o relatório sobre as opções para a futura localização do novo aeroporto de LisboaHugo Amaral/ECO

O Campo de Tiro de Alcochete, combinado com o Humberto Delgado, é a solução “que apresenta mais vantagens”, afirmou Rosário Partidário. Esta combinação surge como a melhor classificada ou a segunda melhor nos cinco fatores críticos de decisão considerados. A melhor alternativa a Alcochete seria uma combinação entre Vendas Novas e o Humberto Delgado, mas a distância é maior.

“As duas têm mérito equivalente do ponto de vista aeroportuário e aeronáutico. Têm capacidade de expansão idêntica e sem grandes restrições”, explica Rosário Macário, coordenadora da aérea de planeamento aeroportuário. Mas há diferenças relevantes. “O Campo de Tiro de Alcochete é um terreno público e que se usa a si próprio, não exige uma expropriação. Vendas Novas é terreno privado e a operação exige que se encerre o Campo de Tiro de Alcochete”, acrescenta.

Já o Montijo e Santarém são considerados inviáveis. O primeiro, pela incapacidade de expansão para lá de uma pista, por razões aeronáuticas e ambientais. O segundo devido ao conflito com o tráfego aéreo militar de Monte Real.

“Santarém sobretudo como hub internacional teria capacidade quase inferior ao Humberto Delgado. Para não falar da distância a Lisboa”, justificou Rosário Partidário. O Montijo só conseguiria assegurar a procura até 2038, num cenário central, disse também a coordenadora da CTI.

O tempo estimado para a construção da primeira pista do aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete é de sete anos, mais um do que no Montijo, com um custo de oito mil milhões de euros. O financiamento da infraestrutura não exige dinheiros públicos, sendo feito através das taxas aeroportuárias.

O relatório de Análise Estratégica e Multidisciplinar do aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa está a ser apresentado esta terça-feira à tarde pela Comissão Técnica Independente responsável pela Avaliação Ambiental Estratégica (AAE).

“A Comissão Técnica Independente é independente. Sempre foi”, garantiu Rosário Partidário, reagindo às acusações de imparcialidade que surgiram nos últimos meses. “Não está sujeita hierarquicamente ao Governo e e não tem preferências profissionais ou individuais em relação a qualquer uma das estratégias”, garantiu. “Nenhum de nós está mandatado por nenhuma tutela política”, acrescentou.

A Avaliação Ambiental Estratégica foi lançada no ano passado pelo Governo, num acordo com o PSD, para servir de base à decisão política sobre o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, onde a única infraestrutura está já sobrelotada.

A Comissão Técnica Independente (CTI) apresenta o relatório sobre as opções para a futura localização do novo aeroporto de Lisboa - 05DEZ23
A Comissão Técnica Independente (CTI) apresenta o relatório sobre as opções para a futura localização do novo aeroporto de LisboaHugo Amaral/ECO

Foram selecionadas para análise nove opções estratégicas em sete localizações: Portela + Montijo, Montijo + Portela, Campo de Tiro de Alcochete, Portela + Campo de Tiro de Alcochete, Santarém, Portela + Santarém, Vendas Novas, Portela + Vendas Novas e Rio Frio + Poceirão. Rosário Partidário esclareceu esta terça-feira que a última opção acabou por não ser avaliada, por “não ter condições ambientais”.

Para a análise das várias opções foram considerados cinco fatores críticos de avaliação: segurança aeronáutica; acessibilidade e território; saúde humana e viabilidade ambiental; conectividade e desenvolvimento económico; investimento público e modelo de financiamento. Cada um daqueles fatores inclui vários critérios, num total de 24, avaliados à luz de uma bateria de 88 indicadores.

Com a demissão de António Costa, a decisão política passa para o Executivo que sair das eleições antecipadas de 10 de março. O desejo de conciliar uma decisão entre PS e PSD mantém-se.

O relatório que será apresentado esta quarta-feira ainda é preliminar. Após a realização da conferência no LNEC, o relatório será disponibilizado para consulta pública durante 30 dias úteis. Só depois será elaborado o relatório final, concluindo os trabalhos da CTI.

(Artigo atualizado às 18h15)

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Mercado de veículos elétricos de passageiros cresce 104% até novembro

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

O mercado de veículos ligeiros de passageiros elétricos cresceu 104% entre janeiro e novembro deste ano, em termos homólogos, tendo sido matriculadas 32.433 unidades.

O mercado de veículos ligeiros de passageiros elétricos (BEV) cresceu 104% entre janeiro e novembro deste ano, em termos homólogos, tendo sido matriculadas 32.433 unidades, anunciou hoje a ACAP.

De acordo com os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), nos primeiros onze meses de 2023, “verificou-se um aumento de 104%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, dos veículos ligeiros de passageiros novos elétricos, tendo sido matriculados 32.433 unidades”.

Só no mês de novembro, registou-se um aumento de 89,2% no mercado daqueles veículos, em comparação com o mesmo mês de 2022, tendo sido matriculados 4.061 ligeiros de passageiros novos.

No total, em novembro, foram matriculados em Portugal 8.843 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, ‘plug-in’ e híbridos elétricos, ou seja, mais 60,2% do que no mesmo mês do ano passado.

Quanto aos veículos ligeiros de mercadorias, o mercado de elétricos, ‘plug-in’ e híbridos elétricos registou, no penúltimo mês de 2023, uma evolução positiva de 68,5%, face ao mesmo mês do ano passado, situando-se em 182 unidades matriculadas. Em termos acumulados, este mercado atingiu 2.205 unidades, o que representou um crescimento de 182,7%, face ao mesmo período do ano de 2022.

Já o mercado de veículos pesados, que engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, verificou, em novembro, um crescimento de 1.000%, face ao mesmo período de 2022, tendo-se matriculado 33 veículos pesados elétricos novos.

Em novembro, verificou-se um aumento de 70,1% nas matrículas de veículos ligeiros de mercadorias novos elétricos, em comparação com o mesmo mês de 2022, registando-se 182 unidades. De janeiro a novembro, verificou-se também um crescimento de 188,1% face ao mesmo período do ano anterior, situando-se em 2.195 unidades.

Em termos acumulados, nos onze meses de 2023, registou-se um crescimento de 337,5%, face ao mesmo período do ano anterior, tendo sido matriculados 280 veículos.

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Câmara de Coimbra vai construir 268 casas de habitação social até 2026

Candidatura para aquisição de terrenos e construção de 268 fogos na Quinta das Bicas aprovada pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Investimento ascende a 38,5 milhões, via PRR.

A Câmara Municipal de Coimbra vai construir mais 268 casas de habitação social até 30 de março de 2026, num investimento de quase 38,5 milhões de euros, cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A candidatura para a aquisição de terrenos e construção destes fogos na Quinta das Bicas, através do 1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, foi agora aprovada pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), avançou a autarquia liderada por José Manuel Silva.

“Com as 268 casas, que vamos construir, vão ser mais 268 famílias a viver em melhores condições de habitabilidade”, começa por sublinhar a vereadora com o pelouro da habitação, Ana Cortez Vaz, citada em comunicado. “Este é um passo histórico para continuar a colmatar os problemas de habitação das populações mais carenciadas e mais frágeis”, sustenta a vereadora do executivo eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt).

Já na reunião do executivo de 18 de setembro foi aprovada a aquisição de 30 lotes na Quinta das Bicas à Caixa Económica Montepio Geral por quatro milhões de euros, financiados através desta candidatura ao PRR. A propriedade ocupa uma área total de 26 mil metros quadrados.

Com as 268 casas que vamos construir, vão ser mais 268 famílias a viver em melhores condições de habitabilidade.

Ana Cortez Vaz

Vereadora com pelouro da habitação da Câmara Municipal de Coimbra

O município de Coimbra inscreveu a habitação e ação social no topo das prioridades do orçamento para 2024 com uma dotação na ordem dos 45,9 milhões de euros (+29,3%). Destacam-se os elevados investimentos plurianuais no âmbito do “1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação” cofinanciado pelo PRR.

“Neste contexto, evidenciam-se os acordos de colaboração celebrados com o IHRU com previsão de investimento de 60 milhões de euros, estando já em execução e em fase de candidaturas e aprovação das mesmas”, destacou a Câmara de Coimbra na altura de apresentação da proposta de orçamento na reunião do executivo realizada a 27 de novembro.

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Palácio de Versalhes “calça” sapatos de Oliveira de Azeméis

Além de calçar as equipas de acolhimento e gestão do Palácio de Versalhes, a Cool Gray tem como clientes a Austrian Airlines ou a Air France. Exporta 98% da produção e fatura 3,5 milhões de euros.

A portuguesa Cool Gray, através da marca Uniform Shoes, vai calçar cerca de uma centena de profissionais das equipas de acolhimento e gestão do Palácio de Versalhes, em França, um dos dos monumentos mais visitados do mundo. A empresa de calçado de Oliveira de Azeméis exporta 98% da produção para mais de 40 países, emprega 52 pessoas e fatura 3,5 milhões de euros. No ano passado, vendeu 200 mil pares de sapatos para clientes como a Austrian Airlines e a Air France.

“Estamos no mercado francês há muitos anos, desde 2005/2006 e a reputação vai-se ganhando. Vamos conseguindo entrar em algumas destas portas de clientes de referência”, relata Pedro Alves, um dos sócios da Cool Gray, em declarações ao ECO/Local Online. Os responsáveis do Palácio de Versalhes pediram à empresa nortenha “o máximo conforto possível num sapato formal e elegante, juntamente com segurança do ponto de vista de utilização”.

Em França, a empresa que controla as marcas próprias Aerobics, Bella B. e Uniform Shoes tem como clientes a Ponant, uma companhia de cruzeiros, a transportadora aérea Air France e ainda a empresa de caminhos-de-ferro SNCF. O mercado francês absorve 40% da produção da Uniform Shoes.

Fundada em 1999 em Oliveira de Azeméis por Pedro Alves (comercial), António Bastos (produção) e Paulo Silva (sourcinge procurement), a Cool Gray é especializada em calçado de conforto. Exporta 98% da produção para mais de 40 países e trabalha 50% em regime de private label. No ano passado vendeu perto de 200 mil pares de sapatos.

Os empresários acabam de inaugurar uma segunda unidade de produção na fábrica de Oliveira de Azeméis, que vai permitir “introduzir uma nova tecnologia de produção” e aumentar a capacidade produtiva para 800 pares de sapatos por dia. O investimento total rondou os 100 mil euros. “Estamos a acrescentar mais mil metros quadrados, mas foi um investimento sobretudo em maquinaria nova”, detalha Pedro Alves.

Para o próximo ano, nos planos do administrador está o reforço a aposta nos EUA e Japão. “Já temos alguma presença, mas queremos reforçar a aposta nestes países. São mercados recetivos a este produto de mais valor acrescentado”. Atualmente, o Médio Oriente e Europa são os principais mercados da marca made in Portugal.

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