O dia em direto nos mercados e na economia – 4 de fevereiro

  • ECO
  • 4 Fevereiro 2025

Ao longo desta terça-feira, 4 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Centros de fertilidade são especializados em informação e aconselhamento antes do tratamento do cancro

  • Servimedia
  • 4 Fevereiro 2025

Os centros de fertilidade e os especialistas sublinharam, na comemoração do Dia Mundial do Cancro, a importância do aconselhamento e da informação dos doentes que enfrentam tratamentos para o cancro.

Recordam que os tratamentos contra o cancro, como a quimioterapia, a radioterapia ou outras intervenções, podem ter efeitos sobre a fertilidade. Nas mulheres, podem danificar os óvulos, afetar a reserva ovárica ou alterar o funcionamento do útero. Nos homens, as terapias podem reduzir a produção de espermatozoides ou mesmo causar infertilidade permanente.

“Ao planear o tratamento do cancro, devemos pensar nas consequências a longo prazo que estes tratamentos podem produzir e que podem afetar a qualidade de vida dos pacientes, incluindo a esterilidade e a insuficiência ovárica que geralmente provocam”, afirmou o Dr. Javier Domingo, Diretor do IVI Las Palmas e Tenerife. E é aí que reside a importância, sublinhada pelos especialistas em oncologia e medicina reprodutiva, de abordar este problema desde o momento do diagnóstico.

Salientam que, atualmente, existem várias técnicas para preservar a fertilidade antes de iniciar o tratamento do cancro. Entre as principais opções, encontram-se diferentes possibilidades, como a extração e congelação de óvulos e embriões, para serem utilizados no futuro, e a criopreservação de tecido ovárico, que pode ser reimplantado após a superação da doença. ”

Hoje em dia, a vitrificação de ovócitos é uma técnica bem estabelecida e não deve haver grandes diferenças entre as diferentes clínicas de reprodução”, explicou o diretor do IVI Las Palmas e Tenerife, centros com um dos programas de preservação de maior qualidade e que, graças à utilização de novas tecnologias como a Inteligência Artificial, permitem prever a qualidade e a probabilidade de estes ovócitos conseguirem engravidar.

Salientam que, no caso dos homens, a congelação de esperma é uma técnica “simples e eficaz” que garante a possibilidade de ter filhos biológicos no futuro, ou a preservação do tecido testicular para rapazes e adolescentes que ainda não produzem espermatozoides maduros.

Mas acreditam que um dos maiores desafios neste contexto é a falta de informação e aconselhamento no momento do diagnóstico, porque os doentes por vezes não são informados sobre os riscos para a sua fertilidade e as alternativas disponíveis. Por esta razão, consideram essencial que as equipas médicas integrem esta discussão no plano de tratamento desde o início. De acordo com dados da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), apenas uma fração dos doentes com cancro recebeu informações sobre a preservação da fertilidade antes de iniciar o tratamento.

Segundo a Dra. Maitane Andión, que dirige a Unidade de Oncologia de Adolescentes do Hospital Niño Jesús de Madrid, “dá-lhes a expectativa de poderem fazer o planeamento familiar que desejam. Além disso, é uma visão otimista porque estamos a pensar não só no tratamento ou na expectativa de cura, mas também num futuro mais longínquo”.

No caso dos jovens doentes, poder aceder à parentalidade no futuro é algo muito positivo, “são bastante recetivos quando são informados e a maior parte deles interessa-se por estes pormenores, voltam a perguntar mais tarde. É um tema que surge recorrentemente no decurso do seu tratamento e, na sua maioria, estão abertos a isso”, afirma o Dr. Andión.

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China responde a Trump. Abre investigação à Google e impõe novas taxas na energia e equipamento agrícola

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2025

Pequim aplica novas taxas de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito, e de 10% sobre o petróleo e o equipamento agrícola provenientes dos Estados Unidos.

A China anunciou esta terça-feira a abertura de uma investigação à Google e impôs novas tarifas sobre uma série de produtos norte-americanos, horas depois de o Presidente Donald Trump ter aplicado uma tarifa de 10% aos produtos chineses.

A China vai investigar o gigante tecnológico norte-americano por alegada violação das leis antitrust (práticas de monopólio) chinesas, de acordo com um comunicado da Administração Estatal para a Regulação do Mercado do país.

Pequim anunciou também a aplicação de taxas de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito (GNL) – os EUA forneceram cerca de 6% das importações de GNL da China no ano passado, de acordo com os dados de localização de navios – e de 10% sobre o petróleo e o equipamento agrícola provenientes dos Estados Unidos.

“A imposição unilateral de direitos aduaneiros por parte dos Estados Unidos viola gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio”, declarou o Ministério das Finanças chinês num comunicado em que anunciou a imposição das tarifas retaliatórias.

“Não só é inútil para resolver os seus próprios problemas, como também prejudica a cooperação económica e comercial normal entre a China e os Estados Unidos”, acrescentou o Governo chinês.

As medidas da China foram tomadas quase imediatamente após a aplicação das tarifas norte-americanas.

A decisão de Washington em relação à China contrasta com as situações do México e do Canadá, em que ambas as nações obtiveram um adiamento da imposição de tarifas de 25% por um mês, depois de chegarem a acordos separados com Donald Trump.

No passado sábado, Trump apelou através de uma ordem executiva ao Partido Comunista da China para que impedisse as organizações criminosas de facilitarem o fluxo de drogas ilícitas para dentro dos Estados Unidos.

A reabertura da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China repercutiu-se no desempenho da moeda chinesa nos mercados offshore, onde o yuan caiu 0,3% para 7,3340 dólares, na sequência do anúncio da retaliação.

As negociações do yuan no mercado onshore estão fechadas devido ao feriado do Ano Novo Lunar.

Se o dólar norte-americano recuperou em relação à moeda chinesa, já as moedas australiana e neozelandesa, que têm fortes ligações comerciais com a China, caíram quase 1%. Outras moedas asiáticas, como o baht tailandês e a rupia indonésia, reduziram ganhos.

Os serviços de pesquisa e de Internet da Google para os consumidores estão indisponíveis na China desde 2010, embora a empresa mantenha operações no país, principalmente em torno do seu negócio de publicidade.

No fim de semana, o líder da Administração norte-americana ordenou a aplicação de uma taxa geral sobre as importações chinesas, que entrou em vigor a partir da meia-noite de hoje nos Estados Unidos, devido ao que Trump justificou como o fracasso de Pequim em impedir o fluxo de drogas ilegais.

As ordens executivas do novo inquilino da Casa Branca incluíam cláusulas de retaliação que aumentariam os direitos aduaneiros se os países respondessem da mesma forma.

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Secretário-geral da Facua, Rubén Sánchez, publica o seu quarto livro, “Bulos: Manual de Combate”

  • Servimedia
  • 4 Fevereiro 2025

O secretário-geral da Facua-Consumidores em Ação e diretor do podcast “En Ocasiones Veo Fraudes”, Rubén Sánchez, publicou o seu quarto livro intitulado “Bulos: Manual de Combate”.

Sánchez, que também é jornalista, recorda que há mais de uma década que desmascara boatos e “luta” em tribunal contra ameaças e falsas acusações e sublinha que já ganhou 26 decisões judiciais contra políticos, empresários, organizações e jornalistas.

O autor desafia os leitores com a seguinte pergunta: Como reagiria se uma longa lista de pessoas com influência e poder o colocasse na berlinda para o acusar de ser corrupto, defraudar dinheiros públicos, consumir cocaína, ter assassinos que partem pernas e ameaçam de morte, ser pedófilo e liderar uma organização criminosa dedicada à burla, ao assédio e à extorsão? Sobre esta questão, Sánchez relata no livro a sua experiência, a sua aprendizagem e o seu interesse, diz, em ajudar na luta contra o negócio da desinformação. “Uma luta em que a democracia está em jogo”, diz.

Ao longo das páginas de ‘Bulos: Manual de Combate’ há personagens que o autor chama de “o sindicato da farsa”. Ele argumenta que vários deles foram condenados por violar a honra do autor, que conseguiu sentenças pioneiras como a que obrigava um condenado a publicar o veredicto uma vez por dia durante um mês na rede social X.

No livro, Rubén Sánchez apresenta 33 lições organizadas em cinco fases, nas quais conta como conseguiu resistir e ultrapassar os ataques de que foi alvo e as estratégias que seguiu para desmantelar todos os boatos que foram espalhados sobre ele e a Facua.

O epílogo do livro é escrito pelo Ministro dos Transportes, Oscar Puente, que afirma que “aqueles de nós que enfrentam diariamente o assédio dos pseudo-media não podem deixar de admirar a coragem de Rubén Sánchez”. Por seu lado, o ex-deputado do Podemos, Pablo Echenique, que também acompanhou Sánchez na apresentação do livro, em dezembro passado, afirma que “não há ninguém melhor do que Rubén Sánchez para criar um manual de combate aos boatos, ele é uma marreta para a ultradireita”.

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FJD encerra “com êxito” o programa MAIC Continuum para otimizar a transição para a alta hospitalar e a gestão dos doentes com insuficiência cardíaca

  • Servimedia
  • 4 Fevereiro 2025

O hospital de Madrid foi um dos primeiros hospitais da Quirónsalud a aderir ao programa.

A Fundación Jiménez Díaz (FJD) informou esta terça-feira que encerrou “com êxito” o programa MAIC Continuum para otimizar a transição para a alta hospitalar e a gestão dos doentes com insuficiência cardíaca.

Em junho de 2023, com o objetivo de otimizar o processo de transição para a alta hospitalar e melhorar a gestão dos doentes com insuficiência cardíaca – uma doença crónica que impede o coração de ter capacidade suficiente para bombear o sangue – a Fundación Jiménez Díaz implementou o programa MAIC Continuum, promovido pela Boehringer Ingelheim e concebido por especialistas em saúde nesta patologia, para melhorar os cuidados prestados aos doentes afetados pela mesma e minimizar o risco de readmissões hospitalares. Vinte meses depois, o hospital madrileno afirma ter concluído com êxito o projeto, registando melhorias em todos os seus indicadores-alvo graças às ações realizadas no âmbito do seu desenvolvimento.

De acordo com os dados fornecidos pela organização, mais de 107.000 pessoas são hospitalizadas todos os anos em Espanha por insuficiência cardíaca, o que a torna a principal causa de hospitalização em pessoas com mais de 65 anos e representa entre 3 e 5% do total de internamentos. Estes dados, somados ao facto de os custos de saúde associados a esta doença representarem 3,8% do total das despesas de saúde e de as hospitalizações representarem uma carga económica significativa, fazem da insuficiência cardíaca um desafio para o sistema de saúde espanhol.

Na abordagem desta patologia, um dos momentos críticos é a transição entre a alta hospitalar e o início do seguimento em ambulatório, quando o doente está mais frágil e é necessário conseguir, entre outros aspetos, a adesão ao tratamento, o seguimento contínuo e multidisciplinar e facilitar a educação do doente afetado e do seu cuidador.

Portanto, “otimizar este processo minimiza o risco de readmissões hospitalares e melhora a qualidade de vida do paciente”, um objetivo perseguido com a incorporação em 2023 do projeto MAIC Continuum da Fundação Jiménez Díaz, de acordo com o seu Diretor de Continuidade de Cuidados, Dr. Óscar Gómez.

Na sua opinião, “para garantir o correto acompanhamento e a continuidade dos cuidados de um doente com insuficiência cardíaca após a alta hospitalar, é muito importante, por um lado, que este momento tenha sido planeado com o próprio doente, tendo sido explicado e acordado tanto com o doente como com os seus cuidadores como será este processo e, por outro lado, que o hospital disponha de recursos assistenciais que facilitem esta transição, como os que temos na Fundación Jiménez Díaz: uma unidade de Continuidade de Cuidados, cuja enfermeira contacta e coordena com a enfermeira que acompanhará o processo do doente no centro de saúde, mesmo antes da alta hospitalar”.

O Dr. Alberto Albiñana, especialista do Serviço de Medicina Interna e da Unidade de Insuficiência Cardíaca da Fundación Jiménez Díaz, recorda que “durante a hospitalização de um doente com insuficiência cardíaca, são perseguidos três objetivos: identificar e corrigir o fator desencadeante, descongestionar o doente com tratamento diurético e identificar todas as comorbilidades para otimizar o tratamento básico do doente e evitar uma descompensação adicional”.

Assinalam que se trata de uma estratégia para a qual o projeto MAIC Continuum contribuiu positivamente, tendo ajudado a detetar e melhorar os aspetos com maior impacto potencial na saúde e na qualidade de vida dos pacientes com esta patologia, e oferecido ferramentas que facilitam a implementação do processo ótimo de transição para a alta hospitalar, baseado no trabalho multidisciplinar dos diferentes profissionais de saúde envolvidos nesta parte do processo que, no caso da Fundación Jiménez Díaz, inclui a Cardiologia, a Medicina Interna, a Nefrologia, o Serviço de Urgência e a Enfermagem.

RESULTADOS

Concretamente, durante os quase dois anos do programa no hospital de Madrid, otimizou-se o procedimento de planificação da alta, protocolizou-se a avaliação do nível de risco do paciente e o papel de cada profissional na transição para a alta, e acordou-se o tratamento farmacológico entre os Cuidados Primários e a Farmácia Hospitalar, segundo a FJD.

Da mesma forma, as ações realizadas incluem a definição de rotas e fluxos de doentes para acompanhamento – cada centro de saúde é notificado diariamente dos doentes que tiveram alta no dia anterior com um diagnóstico principal de insuficiência cardíaca e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica), para facilitar o acompanhamento precoce -, a promoção da utilização de recursos digitais e da comunicação entre profissionais – foi criada a eConsulta para a Unidade de Insuficiência Cardíaca – e a monitorização da transição para a alta com indicadores.

Em termos de frequências de contacto, a percentagem de doentes que foram contactados precocemente nas 48-72 horas após a alta hospitalar aumentou de 50 para 79 por cento; a percentagem de doentes que tiveram uma consulta com a equipa de cuidados primários nos 10 dias seguintes à alta aumentou de forma semelhante, de 49 para 75 por cento; e os que tiveram uma consulta com um especialista em insuficiência cardíaca nas três semanas seguintes à alta aumentaram 65 por cento.

Relativamente às taxas pós-alta mais significativas, o número de doentes que foram readmitidos 30 dias após a alta por um diagnóstico principal de insuficiência cardíaca diminuiu de 13 para 4 por cento; o número de doentes que visitaram o serviço de urgência pelo mesmo diagnóstico 30 dias após a alta diminuiu 4 por cento; e a taxa de mortalidade num mês diminuiu 2 por cento.

Um cenário que, na opinião dos promotores, apoia a iniciativa e recomenda a sua implementação. Atualmente, mais de 20 hospitais espanhóis participam no programa MAIC Continuum, que faz parte do programa MAIC (Modelos de Cuidados para Doentes com Insuficiência Cardíaca) da Boehringer Ingelheim, que tem como objetivo melhorar a saúde das pessoas com insuficiência cardíaca e contribuir para um modelo de gestão mais sustentável do sistema de saúde.

Este programa é apoiado pela Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC), pela Sociedade Espanhola de Medicina Interna (SEMI), pela Sociedade Espanhola de Médicos de Cuidados Primários (SEMERGEN), pela Sociedade Espanhola de Medicina Familiar e Comunitária (semFYC), pela Sociedade Espanhola de Executivos de Cuidados de Saúde (SEDISA), pela Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar (SEFH), pela Sociedade Espanhola de Qualidade dos Cuidados de Saúde (SECA) e pela Sociedade Espanhola de Executivos de Cuidados Primários (SEDAP).

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 4 Fevereiro 2025

Os mercados vão receber resultados financeiros de cotadas e entram em vigor taxas aduaneiras recém-impostas pelos EUA e Canadá. BdP, INE e Eurostat divulgam dados. 

No dia em que se conhecem os dados mais recentes das taxas de juro e novos empréstimos, e o INE e Eurostat divulgam estatísticas, está marcado o 6.º Conselho Interministerial para a Digitalização. Espera-se um dia agitado para os mercados, já que a dona da Google e outras cotadas apresentam resultados financeiros e entram em vigor as taxas aduaneiras impostas pelos EUA à China e ao Canadá.

Banco de Portugal divulga dados das taxas de juro e novos empréstimos

O Banco de Portugal (BdP) vai divulgar as taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos de dezembro do ano passado. Segundo os últimos dados divulgados, houve uma ligeira desaceleração no setor especialmente no crédito à habitação. Em novembro, as novas operações de empréstimos a particulares totalizaram 2.982 milhões de euros, registando uma diminuição de 106 milhões face ao mês anterior.

INE e Eurostat divulgam dados

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar dados sobre as contas do setor de bens e serviços ambientais relativos a 2022. Lá fora, o Eurostat publica estatísticas sobre as licenças de construção em outubro de 2024 e o volume de negócios industrial em novembro do mesmo ano.

Alphabet e Spotify apresentam resultados financeiros

Esta terça-feira será animada para investidores que aguardam resultados financeiros. A Alphabet, dona da Google, divulga resultados do 4.º trimestre e anuais de 2024, a UBS também apresenta resultados, assim como BNP Paris, a Spotify, Pfizer, Snap e Nintendo.

Entram em vigor tarifas dos EUA à China

Entra em vigor o decreto presidencial do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, que determina a imposição de taxas aduaneiras de 10% aos produtos provenientes da China. Já as investidas americanas sobre o Canadá e o México foram adiadas por 30 dias.

6.º Conselho Interministerial para a Digitalização

Esta marcado para esta terça-feira o 6.º Conselho Interministerial para a Digitalização (CID), que conta com a participação da secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros. O CID é o órgão responsável por assegurar a implementação das prioridades políticas de modernização e digitalização alinhadas em sede de Conselho de Ministros, por integrar as respetivas políticas nas iniciativas setoriais e por monitorizar o progresso da implementação. É presidido pela ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, e tem como participantes os secretários de Estado de cada área governativa com o pelouro do digital.

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Ações de renováveis pressionadas por Trump mas petrolíferas também sentem o risco

As políticas energéticas de Trump vieram pressionar sobretudo as empresas de energias limpas. As petrolíferas são apoiadas pelo novo presidente, mas os preços da matéria-prima são decisivos.

A política energética de Trump mexe com as perspetivas de muitas empresas, mas sobretudo no que toca às cotadas das energias limpas, identificam os analistas consultados pelo ECO/Capital Verde. As empresas de petróleo têm vivido uma tendência ascendente suportada pelo preço da matéria-prima, mas enfrentam o risco de uma desvalorização da mesma.

As medidas surpreenderam pela sua agressividade“, avalia o representante de Contas da ActivTrades, Henrique Valente. Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, concorda: “Embora se esperasse que a administração Trump pudesse tentar modificar ou ajustar algumas provisões da IRA [Inflation Reduction Act, um pacote de apoios às energias limpas], a suspensão abrangente de fundos e a reversão de políticas climáticas estabelecidas representam uma alteração profunda das medidas implementadas pela administração Biden“.

No que diz respeito à suspensão de fundos do IRA e da Lei de Infraestrutura Bipartidária, o Banco Carregosa aponta que estão em causa aproximadamente 50 mil milhões de dólares em empréstimos já aprovados pelo Departamento de Energia, aos quais se somam cerca de 280 mil milhões de dólares em pedidos de empréstimos pendentes. No entanto, “reverter completamente os fundos já aprovados para o IRA enfrenta obstáculos legais e políticos“, ressalva Henrique Valente. A nova administração Trump dá prioridade ainda à extração de combustíveis fósseis e opera também a reversão dos incentivos destinados aos veículos elétricos.

Renováveis e veículos elétricos sob pressão, fósseis vibrantes mas com risco

O contexto para as energias renováveis já era negro, e este acontecimento só contribuiu para que o mesmo piorasse“, afere o analista Vítor Madeira, da XTB. O mesmo observa que as empresas ligadas às energias renováveis já vinham a desvalorizar desde o final de 2022, o que se justifica com a dificuldade em melhorar os seus lucros, margens e receitas, estando muitas delas dependentes de apoios fiscais. Também prejudicadas, aponta Paulo Rosa, deverão ser as empresas do setor de veículos elétricos.

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Por outro lado, tem-se observado “uma valorização forte de empresas ligadas à exploração de gás natural e petróleo“, indica o mesmo analista. No entanto, afirma que este comportamento é “muito fruto das valorizações do petróleo e gás nos mercados internacionais”. Neste sentido, se a exploração petrolífera e de gás nos EUA continuar a aumentar, pode existir um excesso de oferta, o que pode levar os preços destas matérias-primas a corrigir e impactar os lucros e valorizações destas empresas, contrapõe.

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Na opinião de Henrique Valente, “não há grandes vencedores na sequência desta ordem executiva”, pois até as empresas mais ligadas aos combustíveis fósseis têm uma exposição substancial às energias renováveis e beneficiam de apoios à transição energética.

O Banco Carregosa acrescenta que empresas de mineração também serão favorecidas, especialmente as que atuam na extração de minerais essenciais, já que a ordem executiva destaca a necessidade de tornar os EUA um líder global na produção e processamento de minerais não combustíveis.

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Neste sentido, os analistas realçam como exemplos de empresas com piores perspetivas as de energias renováveis, como a NextEra Energy, Enphase Energy, First Solar, Shoals Technologies e, no que diz respeito ao setor dos veículos elétricos, veem um caminho potencialmente tumultuoso para a Tesla e Rivian. Do lado oposto, das mais bem posicionadas para valorizar, são nomeadas a ExxonMobil, Chevron, Texas Pacific Land Corp, EQT corp e a Coterra Energy.

No panorama nacional, a Galp Energia é uma potencial vencedora, tendo em conta o potencial de subida do petróleo — mas também pode sofrer com a quebra nas cotações. Já a EDP Renováveis “poderá enfrentar desafios significativos”, na ótica do Banco Carregosa, uma vez que a possível redução de incentivos para energias limpas pode comprometer a viabilidade económica de novos projetos e afetar o crescimento da empresa no mercado americano.

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A XTB assinala que a EDP e EDP Renováveis têm prolongado a tendência negativa “fruto da sua incapacidade em melhorar as suas métricas financeiras”. Estas empresas, em relação ao mesmo período do ano passado, já desvalorizaram cerca de 31% e 43%, respetivamente. No dia após a eleição de Trump, contudo, o CEO da EDP, Miguel Stilwell, afirmou em entrevista à CNBC que a empresa continua a olhar para os Estados Unidos “como um grande mercado” “em crescimento“, tendo em contas as necessidades energéticas que decorrem, por exemplo, do desenvolvimento da inteligência artificial.

“O cenário atual deverá levar as empresas a serem mais criteriosas nos investimentos em projetos verdes, priorizando aqueles que garantam rentabilidade mesmo sem incentivos fiscais. A curto prazo, a expectativa é de maior volatilidade”, conclui a ActivTrades.

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Concertação arranca 2025 com simplificação fiscal e Segurança Social na mira

Segurança Social não está na ordem de trabalhos oficiais, mas vários dos parceiros sociais garantem ao ECO que vão questionar o Governo, depois de ter sido criado novo grupo para analisar o sistema.

Será a primeira reunião da comissão permanente da Concertação Social de 2025. O Governo senta-se à mesa esta terça-feira com as confederações empresariais e com as centrais sindicais, com quatro pontos na ordem de trabalhos, entre os quais a monitorização do acordo de rendimentos e o pacote para a simplificação fiscal (apresentado recentemente pelo ministro das Finanças ao país). A Segurança Social e a lei do trabalho não estão oficialmente na agenda, mas são temas que deverão ser trazidos à discussão pelos parceiros sociais, de acordo com as declarações recolhidas pelo ECO.

Comecemos pela ordem de trabalhos oficial. O primeiro dos pontos é a monitorização da execução do acordo que foi assinado em outubro pelo Governo, pelas quatro confederações empresariais e pela UGT, sendo que já há reflexos efetivos desse entendimento. São exemplos a subida do salário mínimo nacional para 870 euros e a possibilidade de os empregadores pagarem um 15.º de salário aos seus trabalhadores, isento de impostos.

Ainda assim, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) diz ao ECO que está “na expectativa” quanto a dois pontos desse acordo.

Por um lado, Armindo Monteiro salienta que é preciso “reforçar as condições para que seja possível garantir os aumentos” salariais previstos nesse acordo. “Os aumentos dependem do crescimento da economia”, frisa o patrão dos patrões.

E, por outro, alerta que os contornos que ficaram no Orçamento do Estado não coincidem perfeitamente com o entendimento da Concertação Social, nalgumas medidas (nomeadamente, nas condições exigidas no acesso ao benefício fiscal destinado às empresas que façam aumentos salariais).

Já o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, realça que a agenda para o comércio e serviços prevista também no âmbito do acordo assinado na Concertação Social está “numa fase muito incipiente”, pelo que importa monitorizar o entendimento.

Do lado dos sindicatos, Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP (central que ficou de fora do acordo em questão), explica que continuará “a pôr preto no branco aquilo que são as condições de vida de quem trabalha em Portugal”, insistindo que o entendimento assinado em outubro ficou aquém das necessidades dos trabalhadores e do país.

Já o segundo ponto da ordem de trabalhos do encontro desta tarde é o pacote apresentado em meados de janeiro pelo Governo com vista à simplificação fiscal, incluindo o fim do “calvário” das faturas de quem passa recibos verdes. Ao ECO, a maioria dos parceiros sociais explica que não foi ouvida previamente pelo Executivo, pelo que a reunião desta terça-feira servirá para que seja feita a apresentação oficial.

João Vieira Lopes, por exemplo, diz que, neste momento, a CCP não tem uma posição sobre as medidas, porque a confederação que lidera não foi ouvida. Já o presidente da CIP considera que o pacote apresentado pelo Governo “tem medidas positiva, embora falte ambição em certas áreas“.

Em conversa com o ECO, Armindo Monteiro argumenta que, por exemplo, o Código do IRC, depois de alterações sucessivas, é hoje uma “manta de retalhos“, em vez de um “corpo concreto”. “Faltou olhar para a realidade e fazer a transformação que o país precisa. Isto não vai lá com pequenos placebos“, observa o patrão dos patrões.

Lei laboral, da prioridade à ausência

Maria do Rosário Palma Ramalho é ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Na reunião de Concertação Social que aconteceu no final de novembro — na qual o Governo apresentou aos parceiros as seis grandes matérias a abordar nesta sede –, as confederações empresariais foram claras: a lei do trabalho deveria ser prioritária na discussão em 2025.

O ano começou e, contudo, esse é um tema ausente da ordem de trabalhos (e os parceiros garantem que não houve reuniões sobre o assunto).

“Não há um calendário. A premência existe. Temos de começar“, atira Armindo Monteiro. Também João Vieira Lopes frisa que este é um tema que entende ser prioritário, mas assegura que não houve ainda reuniões nesse sentido.

Também da parte dos sindicatos, Sérgio Monte, secretário-geral adjunto da UGT, confirma que não há um calendário em cima da mesa, mas defende que é preciso dar estabilidade à lei do trabalho. “Não podemos andar a mudar a cada ano. Para a negociação coletiva, andar sempre a mudar não é bom“, declara, lembrando que até há matérias da Agenda do Trabalho Digno (o último pacote de alterações à lei do trabalho) que estão ainda por regulamentar, como o reforço da arbitragem e a negociação coletiva para os trabalhadores independentes.

O Governo firmou no seu programa a intenção de revisitar as alterações à lei do trabalho feitas na primavera de 2023. A ministra do Trabalho, Maria do Rosário da Palma Ramalho, tem deixado pistas quanto ao que será abordado, do travão ao outsourcing após despedimentos coletivos ao mecanismo que abre a porta a que os estafetas sejam considerados empregados das plataformas digitais.

Segurança Social gera questões

Em janeiro, a ministra do Trabalho já tinha anunciado no Parlamento que seria criado um novo grupo de trabalho para estudar a sustentabilidade da Segurança Social. E na semana passada foi conhecida a composição e a ordem de trabalho desse grupo de especialistas. Em reação, o clima tem sido de alguma intranquilidade.

Interessa-nos esclarecer com o Governo o que se pretende com o grupo de trabalho sobre a Segurança Social“, salienta Sérgio Monte, da UGT, que lembra que ainda há pouco tempo foi conhecido um livro verde sobre o regime previdencial da Segurança Social.

Este novo grupo de trabalho vai, porém, explorar mais do que esse regime, incluindo, nomeadamente, a Caixa Geral de Aposentações (CGA). “Parece-nos que se pretende misturar tudo. Vamos fazer um pedido de esclarecimento“, frisa o secretário-geral adjunto da UGT, central que quer um sistema de Segurança Social público e solidário.

Não estamos tranquilos“, diz, no mesmo sentido, Tiago Oliveira, da CGTP, que se confessa muito preocupado com a ação do Governo nesta matéria. “Estamos a falar de grupos de trabalho em cima de grupos de trabalho. Preocupa-nos o conteúdo e o rumo que o Governo quer dar“, adianta o secretário-geral. E garante que a Segurança Social não tem nenhum problema de sustentabilidade, a julgar pelos saldos positivos dos últimos anos.

Este tema, importa notar, não está na ordem de trabalhos da reunião desta terça-feira, mas deverá ser discutido, uma vez que não só as centrais sindicais estão preocupadas com o grupo de trabalho, como também as confederações empresariais tinham identificado este tema como outra das prioridades para 2025, mas até agora nada ouviram da parte do Governo.

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IRC obrigatório de 15% vai agravar imposto de empresas portuguesas com grandes benefícios fiscais

O regime internacional, ao qual Portugal também aderiu no ano passado, poderá aumentar a tributação sobre entidades nacionais que gozam de uma taxa abaixo de 15%, concluem vários fiscalistas.

O IRC mínimo e obrigatório de 15%, adotado por cerca de 140 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), incluindo Portugal e os restantes Estados-membros da União Europeia, poderá agravar o imposto a pagar por empresas nacionais que beneficiam de grandes benefícios fiscais e que, por isso, pagam uma taxa abaixo daquele limiar, concluem os fiscalistas consultados pelo ECO.

Portugal transpôs, em novembro passado, a diretiva europeia que regulamenta o regime do imposto mínimo global, designado de Pilar 2. Este mecanismo aplica-se aos grandes grupos multinacionais com volume de negócios igual ou superior a 750 milhões de euros, quando a casa-mãe e as suas sucursais pagam uma taxa efetiva inferior a 15%. A norma determina que o diferencial entre a tributação a que essas empresas estão sujeitas até ao limiar de 15% deve ser entregue no país onde têm atividade ou no território onde está a sede.

“O Pilar 2 visa, de uma forma muito sumária, assegurar a aplicação de um imposto mínimo de 15% aos grupos multinacionais e aos grandes grupos nacionais, isto é, com rendimentos anuais iguais ou superiores a 750 milhões de euros. Se a taxa efetiva aplicável a alguma das entidades constituintes do grupo for inferior a 15%, será necessário pagar um imposto complementar”, indicou ao ECO o professor de Direito Fiscal e Direito Fiscal Internacional da Universidade Católica Portuguesa, Leonardo Marques dos Santos.

Assim, e “uma vez que o Pilar 2 olha às taxas efetivas de imposto, comparando-as com uma taxa mínima de 15%, alguns benefícios fiscais poderão ser afetados na medida em que contribuem para a redução da taxa efetiva”, salienta o fiscalista, acrescentando que, nessa medida, também “as empresas portuguesas podem ser afetadas, à semelhança das restantes empresas de outras jurisdições, nos casos em que a sua taxa efetiva se situe abaixo dos 15%”.

Do mesmo modo, Pedro Almeida Jorge, tax manager da PwC, explica que “os benefícios fiscais reduzem o montante de IRC suportado” e, por isso, “poderão contribuir para baixar a taxa efetiva de um grupo em Portugal, o que poderá levar à necessidade de pagamento do imposto complementar do Pilar 2”. O fiscalista nota ainda que, “num cenário em que a nossa taxa geral de IRC baixe para 15%, como proposto no programa do Governo, estas situações podem passar a ser mais frequentes”.

Leonardo Marques dos Santos refere que “o objetivo do regime não é ‘prejudicar’ empresas, mas assegurar o pagamento de um montante mínimo de imposto, de modo que exista maior igualdade na repartição dos encargos tributários”.

No entanto, ressalva Pedro Almeida Jorge, “este é um dos tópicos que tem gerado mais controvérsia nos EUA a respeito deste regime”, uma vez que “a ala republicana entende que o modelo de incentivos fiscais por via de deduções à coleta de imposto, como deduções por investimentos em investigação e desenvolvimento, sai prejudicado em comparação com modelos de auxílios diretos por via de subsídios, alegadamente mais comuns em economias planificadas como a China”.

“Isto acontece porque os benefícios fiscais reduzem diretamente o imposto (numerador no apuramento da taxa efetiva) ao passo que os subsídios aumentam o rendimento (denominador no apuramento da taxa efetiva)”, esclarece o fiscalista da PwC.

Em Portugal, a Unidade Técnica de Avaliação Tributária e Aduaneira (U-Tax) está a avaliar os mais de 500 benefícios fiscais existentes que devem ser eliminados por não evidenciaram racionalidade económica e social. Lançado em dezembro de 2023 pelo anterior Governo de António Costa, a poucos dias de entrar em gestão, este organismo da Autoridade Tributária (AT) é uma das condições para o pagamento do oitavo cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em junho.

Este novo organismo da AT foi lançado no seguimento do relatório produzido em 2019 pelo grupo de trabalho, criado pelo Parlamento, para o estudo dos benefícios fiscais. O documento identificou 542 benefícios, 120 dos quais sem objetivo económico ou social definido.

“No relatório do Orçamento do Estado para 2025, verifica-se que a perda de receita resultante de benefícios fiscais estimada para 2024 ascende a 16,2 mil milhões de euros, com destaque para as taxas reduzidas do IVA, sendo de 4,25 mil milhões de euros no caso dos impostos sobre o rendimento (IRS e IRC). A perda global de receita fiscal equivale a 5,5% do PIB, uma percentagem muito superior à observada na larga maioria dos países europeus”, de acordo com um artigo de opinião assinado pelo antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e o antigo ministro da Economia, Carlos Tavares, publicado no Observador.

Aplicação do imposto mínimo será faseada. Conheça as três regras

A taxa de IRC de 15% já vai incidir sobre os rendimentos de 2024, mas o imposto só começa a ser pago em 2026 relativamente a dois dos três mecanismos do Pilar 2, segundo Pedro Almeida Jorge. “A regra de inclusão de rendimentos, mediante a qual a entidade-mãe final de um grupo tem de pagar no seu país um imposto complementar compensatório relativamente a cada um dos países em que grupo tenha empresas subsidiárias, e a regra do imposto complementar nacional qualificado, que atribui prioridade de tributação aos países da fonte dos lucros, aplicaram-se já a respeito do exercício de 2024, devendo o imposto respetivo ser pago em 2026″, esclarece o fiscalista.

O segundo mecanismo do Pilar 2, relativo ao imposto complementar nacional, é o que permite que Portugal cobre imposto a um grupo estrangeiro com atividade no país quando se verifique que essa entidade paga uma taxa efetiva inferior a 15%. Esse diferencial “poderá ser coletado por Portugal e deduzido ao apuramento de imposto da entidade-mãe”, salienta Pedro Almeida Jorge. Cerca de três mil entidades poderão vir a ser tributadas no país ao abrigo desta regra, segundo estimativas do Ministério das Finanças.

terceira regra, denominada regra dos lucros insuficientemente tributados, “só começa a sua aplicação agora em 2025, com pagamento em 2027”, indica o tax manager da PwC. Este instrumento determina que “as próprias subsidiárias poderão ter de pagar o imposto complementar relativo a quaisquer outras entidades do grupo (incluindo a entidade-mãe) localizadas em países que não apliquem Pilar 2, caso a entidade-mãe do grupo não esteja a aplicar o regime”, detalha. Ou seja, esta norma “poderá fazer com que as subsidiárias norte-americanas na Europa paguem imposto relativo aos lucros das suas entidades-mães que estejam a ser sujeitos a uma taxa efetiva inferior a 15% nos EUA”, sublinha.

Porém, e nos casos, em que os países de origem da entidade-mãe tenham uma taxa nominal (estatutária) de pelo menos 20%, a regra dos lucros insuficientemente tributados que permite que as subsidiárias norte-americanas localizadas na Europa paguem o imposto não cobrado nos EUA será adiada para “o exercício de 2026 (a legislação portuguesa parece potencialmente adiar para 2027)”.

Tendo em conta que, neste momento, a taxa nominal na jurisdição norte-americana é de 21%, esta medida vai “dar mais tempo aos EUA para resolver as questões internas a este respeito”. Entretanto, a Administração Trump já sinalizou que quer reduzir a taxa para 15%, “o que poderá colocar em causa até este regime transitório”, frisa Almeida Jorge.

Assim que tomou posse como presidente dos EUA, Donald Trump decidiu rasgar o acordo para a introdução do regime do imposto mínimo. E assinou um memorando no qual pede ao Tesouro dos EUA para preparar “medidas de proteção” contra os países que implementaram ou que irão implementar “regras fiscais que visem desproporcionalmente as empresas americanas”.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, terá agora cerca de dois meses para apresentar as conclusões e recomendações sobre os países terceiros que não cumpram os tratados fiscais com os EUA ou que planeiam aplicar a taxa global mínima de 15%.

Em reação, o Parlamento Europeu já admite “a possibilidade de alterar a lei de uma forma a isentar as empresas norte-americanas sem prejudicar o objetivo da reforma no que diz respeito a outros países terceiros”, de modo a “evitar retaliações por parte dos EUA”, tal como o ECO já noticiou.

Se Bruxelas acatar a sugestão do Parlamento Europeu e excecionar os EUA desta regra “isso poderá levar a um sério esvaziamento da medida, por um lado, e a situações discriminatórias entre multinacionais consoante a sede da casa-mãe, por outro”, avisa Susana Estêvão Gonçalves, sócia da sociedade de advogados Pérez-Llorca, em declarações ao ECO.

“A medida já foi implementada por mais de 50 países, incluindo Portugal. A saída dos EUA pode efetivamente representar um desafio significativo para os objetivos do Pilar 2″, insiste a fiscalista.

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MB Way sobe limites das transferências. Pode receber até 5.000 euros por mês

A aplicação da Sibs permite agora receber o dobro do que era permitido até então. Bancos podem, individualmente, apertar o limite disponível para os seus clientes.

Os limites das transferências no MB Way subiram de forma expressiva, sendo agora possível enviar 2.000 euros de uma só vez através da aplicação da Sibs.

Em simultâneo, passou a existir um teto máximo mensal de 5.000 euros para as transferências recebidas, até um máximo de 50 operações, de acordo com as informações disponíveis no site do MB Way e nas páginas de alguns bancos, como o Santander e ActivoBank.

Esta alteração entrou em vigor em setembro do ano passado, disseram duas fontes do setor e confirmou oficialmente a Sibs já depois da publicação deste artigo, mas ainda não tinha sido noticiada. As duas fontes esclareceram ainda que os bancos podem, individualmente, apertar estes limites aos seus clientes.

Transferir 2.000 euros numa única operação através da popular aplicação financeira representa um aumento significativo face ao limite de 750 euros que esteve em vigor até aqui.

Existia ainda outro limite de 2.500 euros recebidos e enviados por mês. Mas, agora, o site do MB Way não faz qualquer referência a esse máximo de dinheiro enviado, mencionando apenas um limite de 5.000 euros recebidos e um máximo de 50 transferências recebidas por mês, que já existia anteriormente.

Contudo, não é assim para todos. No site do ActivoBank, esclarece-se que também existe um limite de 5.000 euros por mês para as transferências enviadas. Pelo contrário, o site do Santander, por exemplo, refere os mesmos limites indicados no site do MB Way.

“Os limites para enviar e receber dinheiro através do MB Way foram atualizados em setembro de 2024, alinhando-se com as práticas mais comuns na Europa. A evolução do serviço e os mecanismos de segurança e controle de prevenção de fraude permitem-nos oferecer uma melhor experiência aos clientes do MB Way”, confirmou fonte oficial da Sibs, já depois da publicação desta notícia.

Esta alteração já era esperada. No final de maio de 2024, o ECO noticiou que a Sibs estava a preparar alterações de fundo no funcionamento da aplicação móvel e que os limites das transferências iriam subir. Na altura, já estava programado que esta alteração entraria em vigor durante o segundo semestre.

Os novos limites do MB Way antecedem um período de mudanças nas transferências bancárias, com a entrada em vigor em janeiro deste ano de uma lei europeia que impediu os bancos de cobrarem mais pelas transferências imediatas do que o que cobram pelas transferências normais.

Enquanto isso, à medida que as transferências imediatas vão ficando tendencialmente gratuitas, tem vindo a ganhar terreno o Spin, uma funcionalidade oferecida pelo Banco de Portugal que permite transferir dinheiro através do número de telemóvel. Esta opção está disponível nas aplicações móveis dos próprios bancos, oferecendo um serviço que, na prática, assemelha-se ao do MB Way.

(Notícia atualizada às 12h42 com confirmação oficial pela Sibs)

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UE exporta 504 mil milhões em bens para os EUA. Os números de uma relação ameaçada pelas tarifas

Presidente norte-americano garantiu que irá aplicar taxas alfandegárias aos produtos provenientes da União Europeia. Terras de 'Uncle Sam' representam 16,7% das exportações europeias.

O Presidente norte-americano ameaçou que os produtos da União Europeia (UE) vão ser sujeitos a taxas alfandegárias “muito em breve” e os líderes da Alemanha e França já garantiram que se Donald Trump o fizer sofrerá retaliações económicas. O impacto económico seria acentuado, uma vez que mantêm a maior relação bilateral de comércio e, juntos, representam quase 30% do comércio de mercadorias e serviços a nível global e 43% do PIB mundial.

Olhando para as balanças comerciais bilaterais dos EUA, o país regista o terceiro maior défice comercial bilateral com a Alemanha, depois da China e do México. Dada a rapidez com que a Administração Trump implementa as promessas eleitorais, é difícil ver como a UE poderia escapar à dança tarifária“, assinalam os economistas do ING, numa nota de research.

Mas, afinal, quanto vale a relação comercial entre os EUA e a União Europeia?

De acordo com dados da Comissão Europeia, o comércio de mercadorias ascendeu a 851 mil milhões de euros, em 2023, resultado de exportações da União Europeia para os Estados Unidos no valor de 503,8 mil milhões de euros e de importações no valor de 347,2 mil milhões de euros.

Os principais parceiros comerciais da UE são:

  • EUA: 16,7%
  • China: 14,6%
  • Reino Unido: 10,1%
  • Suíça: 6,4%
  • Outros: 52,2 %

Já os principais parceiros comerciais dos EUA são:

  • UE 27: 18,6%
  • México 15,7%
  • Canadá: 15,2%
  • China 11,3%
  • Outros: 39,2%

Segundo a análise da Comissão Europeia, na última década, o comércio entre a UE e os EUA mais do que duplicou. Nas principais mercadorias que a UE importa dos EUA destacam-se os óleos de petróleo e petróleo bruto, medicamentos e produtos farmacêuticos e gás natural, enquanto nas principais mercadorias que a UE exporta para os EUA realçam-se os medicamentos e produtos farmacêuticos e os automóveis e veículos a motor.

Os economistas do ING explicam que a Administração norte-americana iniciou uma investigação abrangente sobre as relações comerciais dos EUA, cujo relatório deverá ser apresentado em 1 de abril. “Um momento crucial para a UE. No entanto, só em abril é que a UE sentirá os efeitos económicos das tarifas dos EUA”, consideram.

Mesmo excluindo o impacto de eventuais taxas sobre os produtores europeus, a UE também deverá sofrer consequências indiretamente devidos às aplicadas sobre os produtos provenientes do Canadá, México e China. “Uma vez que muitos fabricantes europeus (de automóveis) têm instalações de produção para o mercado dos EUA no México, como parte da estratégia de near-shoring e de redução de riscos dos últimos quatro anos, as tarifas dos EUA sobre o México também prejudicarão a Europa“, referem os analistas do banco.

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Trump deixa mercados à deriva. Volatilidade é a única certeza

Os avanços e recuos nas tarifas causaram instabilidade na negociação neste arranque de semana, com os analistas a alertarem para os riscos que a imposição de taxas aduaneiras tem para as ações.

Depois de uma primeira reação negativa à imposição de tarifas por parte dos EUA ao Canadá, México e China, o recuo (por agora) nas taxas aduaneiras ao México e Canadá devolveu algum otimismo aos investidores. Mas o alívio poderá ter “perna curta”. Tudo vai depender da evolução das negociações, também com outros parceiros comerciais, como a União Europeia. Os analistas antecipam vários cenários – uns mais negativos, outros menos – , mas uma coisa é certa: a volatilidade vai continuar a marcar passo na negociação.

A promessa de tarifas marcou a campanha eleitoral de Donald Trump e o novo presidente norte-americano não perdeu tempo a implementar as novas taxas aduaneiras. Há duas semanas na Casa Branca, o republicano aproveitou o início do novo mês para impor tarifas de 25% sobre as importações canadianas e mexicanas e de 10% sobre os bens que chegam da China. Quanto à Europa, Trump já avisou que novas taxas não deverão tardar.

Uma primeira reação às tarifas de Trump acelerou um sell-off nas ações europeias e americanas, após os índices terem batido novos recordes, com o setor automóvel europeu a cair um máximo de quase 4%, enquanto o dólar ganhou distância para o euro, que recuou para mínimos de dois anos, para negociar em torno de 1,025 dólares. Ainda no mercado cambial, o dólar canadiano tombou para mínimos de 20 anos.

O anúncio de um acordo com o México – e com o Canadá já depois do fecho de Wall Street – para adiar as tarifas pelo prazo de um mês trouxe algum alívio aos mercados, com as ações dos setores mais penalizados a aliviarem parte das descidas, mas não o suficiente para impedir um fecho negativo, com todas as praças do Velho Continente a perderem valor.

O índice alemão DAX caiu 1,5%, o espanhol IBEX 35 desceu 1,3%, o francês CAC 40 desvalorizou 1,2%, o neerlandês AEX perdeu 0,62%, o italiano FTSE MIB recuou 0,69% e o britânico FTSE 100 resvalou 1,04%. Já o Euro Stoxx 50, das cotadas da zona euro, fechou com uma desvalorização de 1,26%.

Quem esteve a ganhar foi a volatilidade. O índice VIX, o chamado índice do medo, acelerou para máximos de uma semana para 20,41 pontos, tendo depois aliviado para 18,43 pontos, bem acima da média 15,8 pontos do último ano. E a expectativa é que o sobe e desce dos mercados continue a refletir o nervosismo dos investidores até perceberem o rumo da política comercial norte-americana.

David Kelly, estratega global chefe da JPMorgan AM, realça que, ainda que o desfecho desta guerra comercial “permaneça muito incerto”, os investidores “têm todos os motivos para estarem preocupados com uma guerra comercial”.

“Uma guerra comercial tem o potencial para transmitir um impulso estagflacionário a este ambiente de investimento, aumentando a inflação e as taxas de juro, ao mesmo tempo que prejudica o crescimento e os lucros“, avisa o especialista.

“No nosso cenário base, não esperamos que as tarifas de 25% sobre o Canadá e o México sejam sustentadas por um período prolongado”, antecipam os analistas do UBS, num comentário diário. Os especialistas acreditam que “a administração Trump não gostaria de pôr em risco o crescimento económico dos EUA ou arriscar uma inflação mais elevada ao manter as tarifas em vigor durante um período sustentado, e uma volatilidade significativa no mercado de ações poderia levar a uma mudança de abordagem”.

O banco assume, contudo, que o tema das tarifas deverá continuar a pesar, no curto prazo, nos mercados e a criar incerteza. Dito isto, o UBS refere que, embora continue a acompanhar de perto a política comercial, o cenário base continua a indicar que o S&P 500 suba para 6.600 até ao final do ano.

É pouco provável que as tarifas sobre o Canadá e o México sejam sustentadas, o crescimento económico dos EUA deverá representar um vento favorável para as ações e continuamos a acreditar que a IA apresenta um poderoso vento estrutural favorável para os lucros e os mercados acionistas”, defende o banco suíço.

Os especialistas da Generali Investments também se mostram confiantes numa “rápida suspensão das tarifas, à medida que os países visados ​​tomam medidas para resolver as crises do fentanil e da imigração. Mas espera-se um processo complicado”.

Os especialistas avisam, porém, que a incerteza em torno da política comercial “permanece elevada”.

Da complacência ao pessimismo

Apesar das ameaças de tarifas por parte de Donald Trump, os mercados assumiram uma complacência em relação à imposição de novas taxas aduaneiras, pelo que o avanço das tarifas levou vários bancos de investimento a rever as suas estimativas.

O Goldman Sachs, por exemplo, calcula que as tarifas, a materializarem-se de forma sustentada, poderão “custar” entre 2% e 3% aos lucros das empresas do S&P 500. Já o Morgan Stanley prevê que os mercados acionistas permaneçam sob pressão.

Quanto à economia, o gigante de Wall Street antecipa que as medidas anunciadas por Trump poderão reduzir o PIB em 0,4% e aumentar a inflação em 0,7%, enquanto o Morgan Stanley estima “um impacto ainda mais severo, com potencial para reduzir o PIB dos EUA até 1,1%”.

Apesar deste recuo nas estimativas, muitos especialistas continuam a duvidar que Trump leve as tarifas avante, caso isso custe crescimento à economia.

Depois de uma semana em que a IA agitou os mercados, levando gigantes do setor, como a Nvidia a afundar, agora são as tarifas a levar o sentimento dos investidores do pessimismo ao alívio no espaço de poucas horas. Sem grande visibilidade quanto àquele que poderá ser o desfecho das negociações entre os EUA e grandes parceiros comerciais, nem sobre quais as concessões, os mercados deverão continuar a oscilar ao sabor das notícias que saem da Casa Branca.

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