Governo designa novos dirigentes para APA e DGEG

  • ECO e Lusa
  • 30 Agosto 2024

José Pimenta Machado será o novo presidente da Agência Portuguesa do Ambiente e Paulo Carmona assume a Direção-Geral de Energia e Geologia. Ambos em regime de substituição.

É oficial. O Governo também vai mudar as lideranças da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). José Carlos Pimenta Machado vai assumir a presidência da APA e Paulo Carmona será o novo diretor-geral da DGEG, segundo um comunicado enviado às redações pelo gabinete da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho. Ambos ficam em regime de substituição.

Após ter afastado Jerónimo Cunha da DGEC, no cargo há menos de um ano, a ministra indica que a designação de Carmona produz efeitos no próximo dia 2 de setembro. A escolha assegura, segundo a governante, a “continuidade e o normal funcionamento do serviço, até à abertura do procedimento concursal e subsequente nomeação de um novo titular”.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, pela Universidade Católica, Paulo Carmona “traz uma vasta experiência na gestão e liderança em diversos setores, incluindo o energético”, indica a nota, que acrescenta que um novo diretor-geral é “um passo importante para reforçar a dinâmica que o Governo pretende incutir no setor da energia, especialmente num momento em que se enfrentam desafios cruciais, como a promoção das energias renováveis e a transição energética”.

Já José Pimenta Machado, licenciado em Engenharia do Ambiente pela universidade de Aveiro, “reflete o compromisso do Governo em fortalecer a liderança da APA, órgão crucial para a implementação das políticas ambientais em Portugal”. Até agora era o número dois da agência. Pimenta Machado substitui Nuno Lacasta, que em 31 de janeiro cessou funções, a seu pedido, depois de ter sido constituído arguido na Operação Influencer, que investiga negócios de exploração de lítio e produção de energia a partir de hidrogénio. O processo judicial levou em finais de 2023 à demissão do então primeiro-ministro, António Costa.

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Timor-Leste é desde o 166.º membro da Organização Mundial do Comércio

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

"A OMC pode ajudar a desenvolver o potencial de Timor-Leste, acompanhar o seu objetivo de diversificar a sua economia"

A adesão de Timor-Leste à Organização Mundial do Comércio (OMC), aprovada há seis meses na 13.ª Conferência Ministerial da organização, foi oficializada esta sexta-feira com o país a tornar-se no 166.º membro do organismo que rege o comércio mundial.

O protocolo de adesão, aprovado pelo Parlamento timorense em 3 de junho, foi entregue pelo vice-primeiro-ministro de Timor-Leste, Francisco Kalbuadi, à diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, em 22 de julho. “É com grande entusiasmo que dou as boas-vindas a Timor-Leste como novo membro da OMC, logo a seguir às Comores”, afirmou Okonjo-Iweala numa declaração divulgada esta sexta-feira.

“A OMC pode ajudar a desenvolver o potencial de Timor-Leste, acompanhar o seu objetivo de diversificar a sua economia e complementar os seus esforços para aderir à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)”, lê-se na declaração.

A recente entrada de dois novos membros na organização, a primeira em oito anos, “dá um voto de confiança na OMC e nos seus valores de abertura, transparência, boa governação e Estado de Direito”, disse Okonjo-Iweala. Timor-Leste apresentou a candidatura à OMC em 2015.

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OE2025. IL acusa PSD de ceder ao PS e seguir caminho do “que se lixe o país”

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

"Agora parece-me que estamos num caminho em que o PSD começa a dizer 'que se lixe o país', e isso, de facto, parece-nos muito preocupante", disse o líder dos liberais, Rui Rocha.

O presidente da Iniciativa Liberal acusou esta sexta-feira o PSD de estar a ceder ao PS nas negociações do Orçamento de Estado para 2025 e seguir um caminho em que começa “a dizer que se lixe o país”.

“Eu recordo que já houve momentos em que se defendia qualquer coisa como ‘que se lixem as eleições’. E, agora, parece-me que estamos num caminho em que o PSD começa a dizer ‘que se lixe o país’, e isso, de facto, parece-nos muito preocupante, não por nós, mas pelo país”, afirmou Rui Rocha à margem de uma visita à AgroSemana – Feira Agrícola do Norte na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.

O líder liberal disse que os sinais que tem recebido nos últimos meses do PSD são de cedência ao PS e que, caso esse seja o caminho escolhido, “o país vai ter mais do mesmo”. “Ora, para esse tipo de posicionamento, nós não estamos disponíveis”, garantiu.

E insistiu: “Se é para ter um país semelhante àquele que tínhamos com António Costa [ex-primeiro-ministro], não estamos disponíveis e não viabilizaremos um orçamento que perpetua alguns dos piores vícios políticos com uma compra de clientelas sem assegurar a reestruturação e a reforma”.

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Lidl lança campanha focada no regresso das férias

  • + M
  • 30 Agosto 2024

A campanha conta com a criatividade da Brandworkers e com a produção da Hand. Presente em televisão, digital, lojas e folhetos, o planeamento de meios ficou a cargo da Havas Media.

De forma a convidar os consumidores a “reviverem as boas memórias das férias e a prepararem-se para esta nova etapa” de regresso à rotina, o Lidl lançou uma nova campanha onde recupera os elementos mais marcantes da campanha de verão.

Sob o mote “Encha a despensa, sem esvaziar a carteira”, a campanha conta com a criatividade da Brandworkers e com a produção da Hand. Presente em televisão, digital, lojas e folhetos, o planeamento de meios ficou a cargo da Havas Media.

Sendo que o final das férias significa, por norma, um momento de mudança e de regresso à rotina onde os gastos tendem a aumentar – especialmente com o início de um novo ano letivo – o Lidl “preparou uma seleção especial de produtos essenciais” para que os consumidores “voltem a abastecer a despensa, desde peixe fresco, queijos e iogurtes até charcutaria e mercearia seca, como massas e cereais, sempre com a máxima qualidade ao melhor preço”.

A campanha “demonstra que no Lidl é possível encontrar todos os produtos necessários para um novo período que se inicia, economizando tempo e dinheiro”, refere o retalhista em comunicado.

“Esta iniciativa vem reforçar que o Lidl Portugal é, de facto, o aliado de todos os seus clientes, em todas as etapas da sua vida, oferecendo-lhes as melhores soluções para o seu dia-a-dia, combinando sempre qualidade, preço e conveniência”, acrescenta a marca.

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Montenegro é o político com mais exposição mediática na televisão em julho

  • + M
  • 30 Agosto 2024

Montenegro assegurou a liderança mediática por dois meses seguidos, depois de ter vindo a intercalar a primeira posição com presidente do Chega desde fevereiro.

Luís Montenegro manteve-se na liderança da exposição mediática na televisão em julho, depois de ter destronado André Ventura no mês anterior.

O primeiro-ministro e líder do PSD liderou o top de exposição mediática ao protagonizar 165 notícias, com 6 horas e 45 minutos de duração, seguindo-se na segunda posição André Ventura, líder do Chega, com 132 notícias e 5 horas e 32 minutos de duração. Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, subiu ao terceiro lugar, intervindo na primeira pessoa em 91 notícias com 3 horas e 45 minutos de duração, substituindo no pódio o selecionador nacional da equipa masculina de futebol, Roberto Martinez, que abandonou o ranking.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que surgia na segunda posição em junho, caiu para a quarta posição, ao ter protagonizado 77 notícias com cerca de 3 horas de duração. O top cinco fica fechado com Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, que interveio na primeira pessoa em 57 notícias com 2 horas e 17 minutos de duração. Os dados são do serviço Telenews, da MediaMonitor (Grupo Marktest).

Na lista dos 10 nomes que mais figuraram nas notícias em julho segue-se Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal (2 horas e 12 minutos), Inês Sousa Real, líder do PAN (2 horas e 1 minuto), Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP (1 hora e 41 minutos), Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos (1 hora e 41 minutos) e Margarida Blasco, ministra da Administração Interna (1 hora e 40 minutos).

A análise foi feita, de acordo com dados da Telenews, aos principais noticiários dos canais generalistas e excluiu programas, debates ou entrevistas. A contabilização do tempo refere-se ao tempo total de duração da notícia em causa.

Também segundo a Marktest, durante o mês de julho, os três principais canais da televisão portuguesa – RTP1, SIC e TVI – emitiram 223 horas de informação regular, uma subida mensal de 7,1% e uma quebra homóloga de 9,3%.

No sétimo mês do ano foram emitidas 6.348 notícias, mais 8,3% face ao mês anterior e menos 5,8% em relação a julho de 2023. A duração média das notícias emitidas foi de 2 minutos e 7 segundos, menos 1 segundo do que a duração registada em junho.

A RTP1 voltou novamente a ser a estação a emitir mais notícias, com um total de 2.317 peças (menos 123 que em junho). Já a SIC foi a estação que dedicou mais tempo em grelha à informação regular, com 84 horas de duração (mais 5 que as registadas pela RTP1 no mês passado).

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Da América até Angola, onde aparece o escritório de Lisboa no caso do BCG?

A BCG admitiu um pagamento de milhões de euros em subornos através de escritório em Lisboa para negócios em Angola. Mas afinal o que está em causa neste caso e o que foi acordado com a justiça?

Quase 13 milhões de euros foi quanto a Boston Consulting Group (BCG) pagou à justiça norte-americana para arquivar uma investigação de subornos que passaram pelo escritório de Lisboa da consultora. Um acordo que foi revelado esta semana e que envolve milhões de euros. Mas afinal o que aconteceu? Vamos por partes.

Segundo explica o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA), o processo começou com uma denúncia da própria consultora. Corria o ano de 2014, quando a BCG detetou um email interno suspeito de violar as regras do Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) – em português, Lei sobre Práticas de Corrupção no Estrangeiro. Assim foi aberta uma investigação.

Várias foram as provas encontradas pelas autoridades norte-americanas que indicavam atos ilícitos. “A investigação do Governo encontrou provas de que, desde 2011 ou por volta dessa data até 2017, a BCG, através do seu escritório em Lisboa, Portugal, pagou ao seu agente em Angola o equivalente a aproximadamente 4,3 milhões de dólares [cerca de 3,9 milhões de euros] em comissões para ajudar o BCG a obter negócios com agências do Governo Angolano, em particular, o Ministério da Economia de Angola e o Banco Nacional de Angola”, lê-se na nota divulgada.

Ou seja, o escritório de Lisboa da BCG foi a “luva” dos subornos que levaram este caso à justiça norte-americana. Uma coisa é certa, as autoridades estão convictas de que alguns funcionários do escritório em Portugal tinham conhecimento de que o “agente tinha laços estreitos com funcionários do Governo angolano e membros do partido político no poder” na altura.

O agente da BCG enviou parte das comissões em moeda angolana aos funcionários do governo angolano associados ao Ministério da Economia de Angola,

Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América

Mas em que consistiam esses subornos? As autoridades dos EUA explicam que a BCG concordou em pagar ao agente 20% a 35% do valor de “quaisquer contratos públicos adjudicados” pelo governo e “enviou os fundos para três entidades offshore diferentes do agente”. “O agente da BCG enviou parte das comissões em moeda angolana aos funcionários do governo angolano associados ao Ministério da Economia de Angola”, lê-se. A identidade desse “agente” nunca é identificada pelas partes.

“Alguns funcionários da BCG em Portugal tomaram medidas para ocultar a natureza do trabalho do agente para a BCG quando surgiram questões internas, incluindo alterar datas de contratos e a falsificação do alegado produto do trabalho do agente”, referem.

No total, foram angariados pelo “agente” 11 contratos com o Ministério da Economia de Angola, na altura liderado por Abrahão Gourgel, e um com o Banco Nacional de Angola, que teve três diferentes governadores nesse período – José Lima Massano, José Pedro de Morais e Walter Filipe. O que garantiu à BCG uma faturação de 22,5 milhões de dólares, cerca de 20,2 milhões de euros, com lucros de 14,4 milhões de dólares, quase 13 milhões de euros.

Acordo de quase 13 milhões de euros

A investigação já dura há vários anos, mas só esta semana foi divulgado o ponto final, pelo menos em território americano. A justiça norte-americana e a BCG chegaram a um acordo: “Chegámos a esta conclusão apesar das provas de suborno cometido por funcionários ou agentes da empresa“, refere o Departamento de Justiça na nota divulgada. Mas que conclusão foi essa?

A consultora multinacional, presente em mais de 50 países e com mais de 32 mil trabalhadores, aceitou pagar 14,4 milhões de dólares, quase 13 milhões de euros. Este valor corresponde ao lucro estimado que a consultora teve com os subornos no mercado angolano.

Assim, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos não acusa a BCG pelas práticas de corrupção em Angola, entre 2011 e 2017. A razão, segundo a justiça norte-americana, prende-se com a “cooperação” da consultora e às medidas entretanto tomadas pela mesma.

As medidas a que se referem foi a posição da consultora assim que soube do sucedido. A BCG garante ter afastado os sócios envolvidos, com cortes no bónus e sem prémio de saída, e encerrado o escritório em Luanda. A consultora reforçou ainda os mecanismos de controlo interno.

“A auto-revelação voluntária e atempada da BCG da má conduta, que ocorreu depois de a BCG ter descoberto provas, sob a forma de um email de 2014, de uma potencial violação da FCPA e a cooperação total e proativa da BCG nesta matéria, incluindo o fornecimento de todos os factos relevantes conhecidos sobre a má conduta, incluindo sobre os indivíduos envolvidos”, foram algumas das justificações do acordo apresentadas pela justiça norte-americana.

A BCG teve durante vários anos um escritório em Luanda, que era liderado pelo Alexandre Gorito. Este sócio, segundo refere o Expresso, foi incumbido da supervisão do projeto Solange, onde a BCG prestou serviços à Wise Intelligent Solutions, empresa de Malta controlada por Isabel dos Santos, para desenhar a reestruturação da petrolífera Sonangol. Mas quando “explodiu” o Luanda Leaks, a consultora garantiu o fim das relações com Isabel dos Santos e o marido, Sindika Dokolo.

O ECO/Advocatus já questionou o Ministério Público se vai abrir uma investigação ao sucedido. Mas até ao momento não teve resposta.

Veja aqui o documento do acordo:

 

Da TAP ao Banco de Portugal

A BCG em Portugal tem 76 funcionários e em 2023 faturou 23,3 milhões de euros, revelam dados do relatório da Informa D&B avançados pelo Expresso. Cerca de 81% da faturação anual da BCG Portugal vem do mercado nacional e 19% de fora da União Europeia.

A BCG teve um papel na comissão parlamentar de inquérito sobre as rendas da energia em Portugal, entre junho de 2018 e maio de 2019. A sua participação deveu-se ao assunto das “portas giratórias” entre o Estado e o setor privado, uma vez que entre 2007 e 2008 cedeu um consultor, João Conceição, ao gabinete de Manuel Pinho, na altura ministro da Economia, ao mesmo tempo que tinha trabalhos na EDP.

A consultora teve também envolvida na realização do relatório que avaliou a supervisão feita por Carlos Costa, antigo governador do Banco de Portugal, ao Banco Espírito Santo (BES), mas não só. A BCG trabalhou ainda com a TAP, tendo recebido, segundo o Expresso, dezenas de milhões de euros pela prestação de consultoria à companhia aérea, de acordo com a comissão parlamentar de inquérito sobre a companhia aérea portuguesa.

Várias são as empresas do setor público que ao longo dos anos têm contratado os serviços da BCG. Segundo revela o Expresso, há 20 contratos desde 2008 e, ao todo, o preço dos contratos assinados ascende aos 3,5 milhões de euros.

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MNE húngaro de visita a Moscovo para garantir fornecimento de gás

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

“Hoje é preciso coragem na Europa para o dizer, mas a Hungria está satisfeita com a cooperação energética russa”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto.

O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, viajou esta sexta-feira para a Rússia para garantir o fornecimento de energia a Budapeste com o diretor-executivo da Gazprom, uma visita que poderá aumentar as tensões com Bruxelas. “Sem o gás russo, a segurança energética da Hungria não pode ser garantida. Não é uma questão de ideologia, mas de física e matemática”, disse o chefe da diplomacia no Facebook.

“Hoje é preciso coragem na Europa para o dizer, mas a Hungria está satisfeita com a cooperação energética russa”, acrescentou, numa mensagem acompanhada de uma fotografia que o mostra em São Petersburgo com o líder da empresa russa, Alexei Miller. Este país da Europa central, sem litoral e sem acesso ao mar, depende quase exclusivamente do gás russo.

A maioria das entregas chega através do gasoduto TurkStream e da sua extensão, Balkan Stream, sob o Mar Negro para a Bulgária, Sérvia e Hungria. O gás restante provém de um gasoduto que atravessa a Ucrânia. No entanto, Kiev anunciou a sua intenção de não renovar o contrato de trânsito que o vincula à Rússia até 31 de dezembro.

A Ucrânia está também a bloquear as entregas do grupo Lukoil, que fornece “um terço das importações de petróleo húngaras” através do oleoduto Druzhba. Uma decisão criticada de forma virulenta este verão por Budapeste. A Hungria, o único país membro da UE que se manteve próximo de Moscovo após o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, critica regularmente as sanções contra a Rússia, ao mesmo tempo que tenta impedir a ajuda militar a Kiev.

No início de julho, o primeiro-ministro, Viktor Orbán, suscitou indignação e incompreensão ao reunir-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, em Moscovo, sem consultar os seus parceiros, enquanto a Hungria detém a presidência rotativa do Conselho da União Europeia. Peter Szijjarto, condecorado no final de 2021 com a Ordem da Amizade pelo seu homólogo russo, Sergei Lavrov, visitou a Rússia dez vezes desde o início do conflito na Ucrânia.

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Parpública regista maior lucro em oito anos. Falência da Inapa “custa” 8,7 milhões

Grupo que gere as participações do Estado registou lucros de 183 milhões de euros no ano passado, o melhor desde 2015. Falência da Inapa tem impacto negativo de 8,7 milhões.

A Parpública, que gere as participações do Estado em quase duas dezenas de empresas, registou lucros de 183 milhões de euros em 2023, subindo quase 20% em relação ao ano anterior. Foi o melhor resultado desde 2015, apesar do impacto negativo da venda da Efacec (-7,7 milhões) e da falência da Inapa (-8,7 milhões).

As contas do ano passado foram aprovadas esta sexta-feira em assembleia geral, assim como os novos membros da administração, depois de um período conturbado dentro da empresa e que culminou com o afastamento da gestão liderada por José Realinho de Matos na semana passada.

Como o ECO avançou, o Governo decidiu nomear Joaquim Cadete para a liderança da Parpública, fazendo regressar João Pinhão para o cargo de administrador financeiro. Ana Cristina Carvalho e João Marques Ferreira são os vogais executivos. A nova equipa inicia funções a 2 de setembro.

Realinho de Matos (que era vice-presidente) havia sido nomeado pelo anterior Executivo com efeitos a 6 de novembro, há menos de um ano.

Nos últimos meses a Parpública também se viu envolvida num outro caso. A Inapa declarou falência em julho, levando a uma revisão das contas do ano passado. Nomeadamente para passar a incluir um impacto de 8,7 milhões de euros relativo a perdas por imparidade. O investimento inicial de 18,9 milhões na distribuidora de papel, e sobre o qual já estavam contabilizadas perdas por imparidade de mais de dez milhões, passou a valer zero em dezembro de 2023.

Em 2023, a Parpública conseguiu reduzir a dívida na ordem dos 390,6 milhões de euros para 1,62 mil milhões, uma evolução explicada pelo decréscimo do endividamento da dívida da holding (Parpública SGPS) em 130,7 milhões e da Águas de Portugal em 253,7 milhões.

Já o investimento global atingiu cerca de 238 milhões de euros em 2023, baixando 9,2% em comparação com o ano anterior, uma evolução que “decorre do atraso na concretização de alguns investimentos previstos”, explica a empresa.

DGTF paga custos da privatização da Efacec

O ano passado ficou marcado pela venda da Efacec, onde a Parpública detinha uma participação de 72% na sequência da nacionalização de 2020.

Por conta deste processo, o Estado assumiu perdas de 200 milhões (dinheiro que serviu para manter a atividade da empresa) e injetou outros 180 milhões aquando da venda ao fundo alemão Mutares (que podem ser recuperados). Também os bancos tiveram de perdoar 30 milhões.

Em finais de outubro de 2023, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) transferiu os 200 milhões para a Parpública, tendo em conta o despacho que determinava que seria ressarcida de todos os montantes suportados com o processo de reprivatização da Efacec, com o entendimento que deve abranger os apoios de tesouraria concedidos, segundo esclarece.

Ainda assim, teve de contabilizar uma imparidade de 7,7 milhões com a venda da Efacec, pois a DGTF não reconheceu parte da dívida (que estará relacionada com os encargos com consultores).

Galp aumenta ativo da holding

Em termos individuais, a Parpública SGPS obteve lucros de 111,6 milhões de euros, disparando em comparação com o resultado de 16 milhões alcançado em 2022.

Fruto da valorização bolsista da Galp (mais de 5% no ano passado), onde detém uma participação de cerca de 8%, o ativo da holding registou um aumento de 55,7 milhões de euros para 4,55 mil milhões. O que contribuiu para melhoria da situação líquida com os capitais próprios a subirem mais de 150 milhões para 4,19 mil milhões.

As ações da petrolífera já acumulam uma subida de 40% este ano, à boleia da descoberta de petróleo na Namíbia, com a participação da Parpública a valer agora 1,2 mil milhões de euros.

Ainda no PSI, a Parpública adianta que detém também 0,24% do capital dos CTT.

(Notícia atualizada às 17h18)

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Chega retira-se das negociações do OE2025 e “com toda a probabilidade votará contra”

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

André Ventura disse que transmitirá ao "Governo, ainda hoje, por nota própria e oficial que [o Chega] se considera excluído das negociações" do Orçamento do Estado".

O presidente do Chega, André Ventura, anunciou esta sexta-feira que o partido se retira das negociações para o Orçamento do Estado para 2025 e que “com toda a probabilidade votará contra” o documento.

André Ventura disse que transmitirá ao “Governo, ainda hoje, por nota própria e oficial que [o Chega] se considera excluído das negociações” do Orçamento do Estado e indicou que, “com toda a probabilidade votará contra” o documento. Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, o líder do Chega indicou que esta decisão “é irrevogável” e instou o Governo a negociar com o PS, manifestando esperança de que possam concluir “as negociações com sucesso”.

“Espero mesmo que as negociações secretas entre PS e PSD deem o seu fruto. Garantirão pelo menos que não haverá uma nova crise política nos próximos meses”, defendeu, considerando que “uma parte do país não quer nem crises políticas, nem a provocação indevida de qualquer cenário de instabilidade”.

O presidente do Chega justificou a sua decisão, dizendo ter conhecimento, com base em “notícias dos últimos dias, mas sobretudo das últimas horas”, de alegadas negociações entre socialistas e sociais-democratas e considerando que “é uma traição ao eleitorado da direita e é uma traição àqueles que acreditavam que o PSD e o CDS iriam governar rompendo com o circuito e com o ciclo de governação socialista”.

“O que nos foi transmitido pelo Governo foi que não havia nenhuma correspondência, nenhum contacto, nem nenhuma negociação com o Partido Socialista. O Governo mentiu ao Chega e mentiu a Portugal, mas sobretudo mentiu ao eleitorado do Chega que eu represento. Como tal, nós não negociamos nem com mentirosos, nem com traidores”, referiu, quando instado a concretizar.

Questionado diretamente se tem conhecimento da existência de negociações entre PS e PSD, respondeu: “Se não soubesse, não estaria aqui”. Em causa está a carta enviada pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, na qual “informação transparente sobre as perspetivas orçamentais” de 2024 e 2025, avisando que a “transparência e rigor” são fundamentais para as negociações do Orçamento do Estado.

André Ventura considerou que a pretensão do Governo de negociar com o Chega era uma “fachada”, uma vez que o executivo não teve “uma palavra para o único partido que poderia viabilizar o Orçamento do Estado, excluindo os socialistas”.

“Quando da convocação para a negociação do Orçamento do Estado, o Chega foi de boa-fé, levou propostas que sempre ao eleitorado não socialista diriam respeito: diminuir impostos sobre famílias, reduzir burocracia sobre as pequenas e médias empresas, levar o país a crescer, à luz do que acontece com os nossos principais aliados na Europa e na América. Aparentemente o Governo está disposto a abdicar de tudo isso por um voto favorável ou de abstenção do Partido Socialista”, criticou.

“O Governo sempre quis e continua a querer um acordo com o PS. O Governo de Luís Montenegro sempre quis e continua a querer governar como o PS governou, abrir os cordões à bolsa para obter votos, sem se preocupar com mais nada”, acusou. Ventura disse que “do combate à corrupção à defesa das forças de segurança, da diminuição de impostos à redefinição do tamanho do Estado e dos seus lugares tenentes, nada disto foi aceite pelo PSD” e que assim foi porque alegadamente “já havia então negociações na sombra com o PS”.

O presidente do Chega disse que tomou a decisão “nas últimas horas” e que irá agora partilhar com os órgãos nacionais do partido e com o Presidente da República na audiência que pediu a Marcelo Rebelo de Sousa para lhe apresentar a sua proposta para um referendo sobre imigração, que tinha colocado como uma das condições para viabilizar o Orçamento.

(notícia atualizada às 17h37 com mais informação)

 

 

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Contas públicas passam de défice a excedente. IRC faz disparar receita fiscal até julho

Estado regista um saldo orçamental positivo de 1.059,8 milhões de euros até julho, pondo fim ao défice orçamental em contabilidade pública que se registava mensalmente desde março.

As contas públicas passaram de um défice orçamental a um excedente até julho, refletindo a melhoria da receita fiscal, suportada por um disparo no IRC. De acordo com dados da Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulgados esta sexta-feira, o Estado registou um saldo orçamental positivo de 1.059,8 milhões de euros, em contabilidade pública.

O défice do Estado subiu para 2.731 milhões de euros até junho, o valor mais elevado desde dezembro de 2022, quando o saldo global foi negativo em 3.590,8 milhões de euros. No entanto, melhorou em julho, permitindo uma recuperação das contas públicas para terreno positivo. Ainda assim, corresponde a uma diminuição de 3.922,4 milhões de euros face ao evidenciado no mesmo período do ano anterior, em resultado do aumento da despesa (11,3%) ter sido superior ao da receita (4,3%).

A DGO recorda, contudo, que a variação do saldo encontra-se influenciada pela transferência, em 2023, da totalidade das responsabilidades asseguradas através do Fundo de Pensões do Pessoal para a Caixa Geral de Aposentações (CGA), no valor de 3018,3 milhões de euros. Esta operação não teve impacto no saldo em contas nacionais, assumindo uma natureza financeira. Recorde-se que os dados da execução orçamental são em ótica de caixa (entradas e saídas de dinheiro), que difere da contabilidade nacional, que utiliza a lógica dos compromissos, sendo aferida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e nas comparações internacionais.

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

Ajustado do efeito inerente ao Fundo de pensões da CGD, o saldo orçamental decresceu 904,1 milhões de euros, face ao registado no período homólogo.

Receita com IRC cresce 36%

A ajudar os cofres do Estado esteve o crescimento da receita fiscal de 7,6% até julho, totalizando 33.404 milhões de euros, influenciada em grande medida pelos efeitos dos pagamentos relativos ao regime de ativos por impostos diferidos de IRC em fevereiro de 2024 e pela prorrogação do pagamento de IVA milhões de euros em julho de 2023 e em julho de 2024.

Assim, o Estado arrecadou 15.562,7 milhões de euros com impostos diretos, um crescimento de 13,7% face a igual período do ano passado, e 17.841 milhões de euros com os impostos indiretos, um aumento de 2,8%. Entre os impostos diretos destaca-se o comportamento da receita com IRC, que aumentou 36% para 6.954 milhões de euros, enquanto a receita com IRS subiu 0,9% para 8.373,4 milhões de euros.

Entre os impostos indiretos, a receita do IVA subiu 0,7% para 12.920,3 milhões de euros, a do Imposto de Selo aumentou 10,7% para 1.269 milhões de euros e a do ISP 15,7% para 1.922 milhões de euros.

Já as contribuições para sistemas de proteção social aumentaram 10%, fundamentalmente devido à evolução das contribuições para a Segurança Social, explica a DGO.

Despesa com pessoal aumenta 7,3%

A despesa cresceu 11,3% até julho, face a igual período do ano passado, resultado sobretudo do comportamento das transferências, despesas com o pessoal e aquisições de bens e serviços. A despesa com pessoal subiu 7,3%, refletindo sobretudo o efeito da atualização remuneratória da Função Pública e o efeito resultante da medida especial de aceleração do desenvolvimento das carreiras da Administração Pública.

A DGO destaca, nomeadamente, a despesa com pessoal associado ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), com impacto do regime de dedicação plena, “o desenvolvimento da nova carreira de técnico auxiliar de saúde” e a “transição das Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo A e das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, para USF modelo B”.

Na área da educação, salientam-se os impactos do alargamento dos Quadros de Zona Pedagógica, do aumento de vinculações de docentes no quadro e de alterações de posicionamento remuneratório obrigatória.

A influenciar o crescimento da despesa esteve ainda o aumento de 10,7% associado às aquisições de bens e serviços e de 12% associado às transferências, devido ao aumento dos encargos com pensões, do número de pensionistas e da atualização intercalar de 2023, e de outros abonos do regime geral da Segurança Social.

A DGO indica ainda que a despesa de investimento evidenciou um acréscimo de 7%, excluindo os encargos com as parcerias público-privadas e as medidas extraordinárias.

(Notícia atualizada às 17h17)

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Taxa turística de Caminha entra em vigor dia 5 de setembro

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

O valor é de 1,50 euros na época alta e de um euro durante a época baixa. A taxa aplica-se a todos os estabelecimentos de hospedagem, incluindo alojamento local, parques de campismo e caravanismo.

A taxa turística de Caminha, de 1,50 euros na época alta, entra em vigor na quinta-feira, não se aplica a reservas anteriores e o sistema vai estar “sob avaliação” da autarquia, revelou esta sexta-feira o presidente.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages (PS) indicou que “o número de dormidas tem vindo a aumentar no concelho, o que coloca novos desafios, por exemplo na recolha de resíduos”, pelo que estava na altura de fazer a experiência da aplicação da taxa turística. O regulamento da taxa turística de Caminha foi publicado no Diário da República a 5 de agosto, com a indicação de que entraria “em vigor no mês seguinte à sua publicação”, pelo que a taxa começa a ser cobrada a 5 de setembro, afirmou Rui Lages.

O pagamento da taxa naquele município do distrito de Viana do Castelo é devido a partir dos 16 anos e limitado a um máximo de “sete noites seguidas”. O valor é de 1,50 euros na época alta e de um euro durante a época baixa. A taxa aplica-se a todos os estabelecimentos de hospedagem, incluindo alojamento local, parques de campismo e caravanismo.

Ficam isentos do pagamento peregrinos de Santiago de Compostela, Espanha, e de Fátima, desde que devidamente credenciados e apenas na primeira noite. Igualmente isentos ficam os “cidadãos portadores de deficiência, com incapacidade igual ou superior a 60%, desde que apresentem comprovativo desta condição”, e “antigos combatentes ou viúva/viúvo de antigo combatente que detenha o cartão”.

O mesmo se aplica a “cidadãos cuja estadia seja motivada por situações de despejo ou situações que impliquem o desalojamento em situações análogas, devidamente comprovadas”, ou que sejam “temporariamente instalados pelos organismos sociais públicos do Estado e/ou municipais, em estabelecimentos de alojamento de cariz social ou turísticos”.

A isenção abrange ainda quem seja alojado por situações “de emergência social ou da proteção civil” ou que, “por razões de conflito e deslocados dos seus países de origem”, residam “temporariamente em Portugal, desde que devidamente comprovado pelos serviços responsáveis desse pedido de asilo”.

Entre as justificações para a aplicação da taxa, o município indica “as estatísticas que revelam um crescimento significativo da taxa de ocupação turística nos últimos anos”. “Desde 2013 até 2022 o número de dormidas no concelho de Caminha passou de 46.992 para 117.208, isto é, cresceu 249,42%”, observa a câmara.

O regulamento indica ainda que a oferta hoteleira é atualmente de “512 quartos, 325 em instalações hoteleiras, 118 em alojamento local e 69 em turismo no espaço rural e de habitação”. “O forte investimento no turismo revela-se estratégico para o desenvolvimento económico-social da região e tem demonstrado ser um forte impulsionador do tecido empresarial e consequentemente da criação de emprego, com um impacto inegável na atividade económica de modo geral e, mais concretamente, na oferta turística”, refere.

Assim, “torna-se imperioso criar mais e melhores condições para quem visita este concelho, potenciando a oferta cultural, dinamizando o comércio local, criando novas infraestruturas e apostando em setores fundamentais, como é o caso do ambiente e a limpeza urbana”, argumenta.

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Presidente da Câmara de Santarém suspende mandato para liderar Instituto do Desporto

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

O autarca social-democrata, Ricardo Gonçalves, vai ser o novo presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude. O vice-presidente da Câmara, João Teixeira Leite, assume a autarquia.

O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, anunciou esta sexta-feira a suspensão do seu mandato para assumir a presidência do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

A decisão foi comunicada durante uma reunião pública do executivo municipal, após o autarca social-democrata ter recebido um convite formal do IPDJ para ocupar o cargo de presidente.

Com a suspensão de Ricardo Gonçalves, o vice-presidente da Câmara, João Teixeira Leite, será o responsável por assumir a presidência da autarquia.

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