Marque na agenda. Sábado é o último dia para pagar a segunda prestação do IMI

Contribuintes com valor de IMI superior a 500 euros podem pagar o imposto em três prestações. O prazo de pagamento da segunda prestação termina no sábado, dia 31 de agosto.

O prazo para pagar a segunda prestação do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) para os contribuintes cujo valor seja acima dos 500 euros termina no sábado, dia 31 de agosto. Todos os contribuintes que tenham imóveis (casas, lojas, garagens, entre outros) têm de pagar todos os anos o imposto, cuja carta com o valor e dados de pagamento é enviada até 30 de abril. No entanto, os prazos para pagamento diferem consoante o valor a pagar.

Para contribuintes com valor superior a 500 euros o IMI pode ser pago em três prestações: uma em maio, uma em agosto e uma em novembro. Já para os contribuintes com valor entre 100 e 500 euros o pagamento dá-se em duas prestações: maio e novembro, enquanto os contribuintes com valor igual ou inferior a 100 euros têm uma única prestação a pagar em maio.

Os contribuintes podem pagar o valor total do imposto de uma só vez, estando na carta enviada com o valor a pagar em maio o montante total. Em caso de incumprimento de prazo, os contribuintes podem ter de pagar juros de mora ou até uma multa, segundo o Regime Geral das Infrações Tributárias.

As taxas do IMI são fixadas anualmente pelos municípios onde se situam os imóveis, variando entre 0,3% e 0,5% para os prédios urbanos e sendo de 0,8% para os prédios rústicos.
Esta taxa pode, nas circunstâncias específicas do nº 18 daquele artigo, ir até 0,5%.

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#29 As férias de Gonçalo Saraiva Matias. Desenvolvimento, democracia e desigualdade em foco no regresso

  • ECO
  • 29 Agosto 2024

Um livro sobre a guerra dos chips, outro sobre a água em Portugal e um podcast da entidade a que lidera são as escolhas do presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos para as férias.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Gonçalo Saraiva Matias, advogado e presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, “tenta desligar ao máximo” durante as férias, algo que é possível porque a fundação tem “excelentes” equipas com grande autonomia. Para a rentrée, o foco irá estar em temas como o desenvolvimento económico, a democracia e o combate à pobreza.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Livros levo “The Chip War”, de Chris Miller, e” Água em Portugal”, de Rodrigo Proença de Oliveira. Podcast, o (In) Pertinente da FFMS.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Tento desligar ao máximo. As equipas da Fundação são excelentes e com grande autonomia. Mas fico sempre contactável.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Aproveito sempre para fazer alguma reflexão estratégica e preparar os desafios do ano seguinte.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Os temas a que estamos a dar prioridade são o desenvolvimento económico, a qualidade da Democracia e a eliminação da pobreza e desigualdades.

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Kremlin acusa UE de expropriação ilegal dos lucros russos

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

"Isso não é mais do que uma expropriação ilegal. Falando em russo, é o roubo do nosso dinheiro", afirmou o porta-voz da Presidência, Dmitri Peskov.

O Kremlin classificou esta quinta-feira como “roubo” e “expropriação ilegal” a transferência pela União Europeia (UE) de bens russos congelados pelas sanções ocidentais para a Ucrânia, após o início da invasão russa em território ucraniano. “Isso não é mais do que uma expropriação ilegal. Falando em russo, é o roubo do nosso dinheiro”, afirmou o porta-voz da Presidência, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa telefónica diária.

Peskov sublinhou que se trata de “ações ilegais que terão necessariamente consequências jurídicas”. O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e de Segurança, Josep Borrell, garantiu que Bruxelas começou a utilizar os benefícios extraordinários dos ativos russos congelados e confirmou que já foram transferidos 1,4 mil milhões de euros para Kiev.

“O importante é, pela primeira vez, que estamos a financiar diretamente a indústria ucraniana” com esses fundos, sublinhou Borrell, tendo em conta que até agora o Fundo Europeu de Apoio à Paz (EFAP) se limitava a reembolsar os Estados-membros por parte dos gastos com o envio de armas para Kiev.

Borrell lembrou que ainda há mais de 6.000 milhões de euros desse fundo que não puderam ser desembolsados devido ao bloqueio da Hungria, garantindo que procurará “alguma forma de contornar esse veto de um Estado-membro, porque não é aceitável”. Em meados de agosto, a União anunciou que iria direcionar parte dos ativos congelados do Banco Central Russo para a compra de munições de grande calibre para a Ucrânia se defender contra a invasão russa.

Em junho passado, o Presidente russo, Vladimir Putin, já classificou de “roubo” o congelamento de ativos russos no Ocidente e alertou que essa ação “não ficará impune”, depois de o G7 ( Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) ter concordado em conceder um empréstimo à Ucrânia a partir dos juros gerados por esses fundos. A maior parte desses ativos, que ascendem a cerca de 260 mil milhões de euros, estão nos países da União Europeia.

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Presidente do Parlamento Europeu escolhe cunhado para chefe de gabinete

Matthew Tabone já trabalha para Roberta Metsola no Parlamento Europeu desde 2013. Depois de não ter conseguido o cargo há dois anos, o cunhado da presidente chega assim a chefe de gabinete.

A Presidente do Parlamento Europeu (PE) nomeou o cunhado para ser chefe de gabinete. Matthew Tabone, que já trabalha para Roberta Metsola no Parlamento Europeu desde 2013, tendo apenas se tornado cunhado da maltesa em 2015, sobe assim ao mais alto cargo do gabinete da chefe do hemiciclo em Estrasburgo, sucedendo a Leticia Zuleta De Reales Ansaldo, de acordo com um comunicado divulgado esta, esta quinta-feira.

A nomeação de Tabone acontece depois de não se ter concretizado em 2022. No final desse ano, Tabone estava na corrida para ocupar o cargo de chefe de gabinete mas devido aos timings do caso Quatargate, a promoção acabou por não se materializar, recorda o Politico. O escândalo de corrupção veio a público no final de 2022 e manchou a reputação do PE, levando a presidente, Roberta Metsola, a anunciar uma grande reforma da instituição, que começou com a aprovação de um conjunto de regras para os eurodeputados em setembro de 2023.

As anteriores nomeações de Metsola também se revelaram controversas, relembra o Politico. No outono de 2022, Alessandro Chiocchetti foi promovido de chefe de gabinete a secretário-geral do Parlamento, um cargo poderoso que supervisiona a extensa burocracia da instituição. A nomeação fez com Chiocchetti fosse acusado de favoritismo.

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CNA pede audiência urgente ao ministro da Agricultura sobre crise no vinho

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Para os agricultores, a "dramática situação do setor" exige uma resposta eficaz do Ministério da Agricultura, não se compadecendo com "paliativos, adiamentos ou silêncios ensurdecedores".

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pediu esta quinta-feira uma audiência urgente ao ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, sobre a crise no setor do vinho, deixando criticas aos “paliativos e silêncios” do Governo.

“A CNA enviou na manhã desta quinta-feira um pedido de audiência urgente ao ministro da Agricultura para abordar a crise que se vive em todo o setor do vinho, com particular incidência na região demarcada do Douro, e reiterar a necessidade de medidas eficazes para colmatar, no imediato, a perda, em algumas situações total, de rendimento dos viticultores”, referiu, em comunicado.

Para os agricultores, a “dramática situação do setor” exige uma resposta eficaz do Ministério da Agricultura, não se compadecendo com “paliativos, adiamentos ou silêncios ensurdecedores”.

Segundo a CNA, os pequenos e médios produtores estão numa situação de desespero com as ameaças dos grandes agentes da transformação e do comércio de não comprarem uvas a concretizarem-se.

A confederação sublinhou ainda que na região do Douro a situação é mais grave, tendo em conta que os agricultores têm de lidar com o corte no benefício anunciado pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

Em causa estão menos 14.000 pipas, quando no ano anterior já se tinha verificado um corte de 12.000 pipas.

“Mais uma forte machadada no rendimento dos viticultores, que já eram forçados a vender as uvas a preços de há 25 anos e a suportar enormes custos de produção, numa região onde é escandaloso o crescente desequilíbrio de poder de mercado entre a produção, a transformação e o comércio, sempre em prejuízo dos pequenos e médios produtores”, lamentou.

A confederação criticou ainda o facto de apenas ter sido desencadeada a medida de destilação de crise, que não chega aos produtores de uva.

Para a CNA são necessárias medidas extraordinárias de apoio, que mitiguem a perda de rendimentos, apoios que a confederação defende que devem chegar até ao final do ano.

“Se nada for feito, os agricultores serão obrigados a entregar as uvas ao senhor ministro da Agricultura e ao Governo”, avisou.

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Venda total da Altice Portugal fora do horizonte do grupo

A Altice International disse esta quinta-feira aos investidores que não se prevê neste momento, "no curto prazo, qualquer transação envolvendo o perímetro total da Altice Portugal".

A administração da Altice International disse esta quinta-feira aos investidores para não esperarem uma venda da totalidade da Altice Portugal no “curto prazo”. Por ora, a empresa está a explorar formas de monetizar alguns dos ativos que tem no país, mas não tem nenhum perímetro definido nem qualquer transação para anunciar de momento.

“Neste momento, não prevemos no curto prazo qualquer transação envolvendo o perímetro total da Altice Portugal. Estamos a continuar a explorar várias opções envolvendo o valor significativo de infraestruturas que existe na Altice Portugal e, se e quando houver razão para o fazer, outros anúncios serão feitos ao mercado”, disse um alto responsável da empresa durante a conferência de apresentação de resultados trimestrais aos obrigacionistas.

Durante a apresentação não foram dados muitos mais detalhes sobre o futuro da operação portuguesa, que, apesar de manter crescimentos orgânicos nos principais negócios, sofreu no segundo trimestre uma quebra nas receitas devido ao arrefecimento do negócio exportador da Altice Labs em Aveiro. No entanto, questionado sobre os planos para o mercado português, Malo Corbin, CFO da Altice International, lembrou que a Altice Portugal detém vários ativos que têm despertado o interesse de potenciais investidores.

“A PT [Altice Portugal, dona da operadora Meo] é incumbente em Portugal, por isso é muito rica em termos de ativos e infraestrutura. Monetizámos já alguns deles no passado, mas ainda existem muitos ativos de grande valor dentro de Portugal”, disse Malo Corbin. Nesse sentido, a Altice “tem visto algum apetite por alguns deles”, pelo que é nisso que se está a focar agora, acrescentou o gestor.

No ano passado, a Altice esteve perto de fechar a venda do centro de dados da Covilhã, um dos maiores do mundo, ao fundo Horizon Equity Partners, numa transação que poderia rondar os 200 milhões de euros. Mas o negócio foi interrompido pelo eclodir da Operação Picoas, que investiga como pessoas próximas da Altice, incluindo o cofundador Armando Pereira, terão lesado o grupo e o Estado com negócios a favor do seu interesse próprio, não tendo sido retomado.

Além da própria Altice Labs, a Altice Portugal é ainda dona de 50,01% da empresa de fibra ótica FastFiber, cuja restante fatia é controlada pelo fundo Morgan Stanley Infrastructure Partners, ao qual a Altice pagou no segundo trimestre 43 milhões de euros em dividendos, segundo foi revelado. A Altice Portugal tem ainda vários ativos imobiliários e uma empresa de construção de redes de fibra ótica chamada Geodesia.

A possibilidade de vender a Altice Portugal foi explorada pelo dono do grupo, Patrick Drahi, no rescaldo da Operação Picoas no ano passado. A operação esteve a ser trabalhada até muito recentemente e chegou a ter uma shortlist com três interessados, nomeadamente o grupo Iliad do francês Xavier Niel, um consórcio composto pelos fundos Warburg Pincus e Zeno Partners (com o envolvimento do português António Horta Osório) e a operadora estatal saudita STC.

A 5 de julho, porém, o ECO noticiou em primeira mão que os sauditas da STC, também conhecida por Saudi Telecom, se desentenderam com Drahi em torno do preço a pagar pela Altice Portugal, levando o potencial negócio a cair por terra.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h47)

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Ronaldo conquista mais um recorde do Guinness: conseguiu o maior número de inscritos num canal de YouTube em 24 horas

Foram quase 20 milhões os inscritos nas primeiras 24 horas no canal lançado por Cristiano Ronaldo na última semana, o que levou o jogador português a conquistar mais um recorde do Guinness.

Se já tinha muitos recordes conquistados nos relvados – e não só – Cristiano Ronaldo conquistou mais um, do Guinness World Records: o de registar o maior número de subscritores num canal de YouTube em 24 horas.

Foram quase 20 milhões (19.729.827) as pessoas que se inscreveram nas primeiras 24 horas de vida do canal lançado por Cristiano Ronaldo na semana passada, segundo o Guinness World Records. Esta quinta-feira, o canal contava já com cerca de 52 milhões de seguidores.

Cristiano Ronaldo já tinha recebido um prémio do Guinness World Records, pelo maior número de golos marcados em partidas internacionais de futebol.

Denominado “UR · Cristiano“, o lançamento do canal de Cristiano Ronaldo foi acompanhado pela publicação de 11 vídeos centrados na figura e gostos do futebolista. Na sua fase inicial, amealhou cerca de um milhão de subscritores por hora, sendo que três horas após o lançamento já contava com três milhões de inscritos.

O vídeo mais visto, à data desta quinta-feira, contava com perto de 47 milhões de visualizações. O mesmo mostra a reação dos filhos do futebolista português quando este lhes apresentou o prémio recebido por ter sido o canal mais rápido da história do YouTube a atingir o marco de um milhão de inscritos.

“A parceria de sonho do YouTube com a lenda do futebol Cristiano Ronaldo tem sido um trabalho de amor e dedicação. E assistir à explosão do seu canal é puro ouro! Este é apenas o pontapé de saída para uma aventura épica, e nós estamos prontos para a viagem. Muitos parabéns ao Cristiano e à sua equipa! E vamos lá manter essas SIUUUUUUUBSCRIPTIONS a aumentar”, diz o português Pedro Pina, vice-presidente do YouTube para a região da Europa, Médio Oriente e África, citado em comunicado.

Para lá do YouTube, o jogador do Al-Nassr tem também o maior número de seguidores no Instagram (637 milhões), sendo que se tornou a primeira pessoa a atingir a marca dos 500 milhões de seguidores nesta rede social, em novembro de 2022.

O craque português conta ainda com cerca de 170 milhões de seguidores no Facebook e 112 milhões no X (ex-Twitter), pelo que alcança quase a marca de mil milhões de seguidores nas suas redes sociais.

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TAP prepara emissão para refinanciar dívida de 375 milhões

A TAP já avançou com contactos com bancos de investimento e com o Governo para uma emissão de obrigações a realizar até ao final do ano.

A TAP já arrancou com os preparativos para realizar uma emissão de obrigações até ao final do ano, estando em diálogo com o Governo e a consultar os bancos de investimento. Operação permitirá refinanciar uma linha de 375 milhões de euros que chega à maturidade em dezembro, apurou o ECO junto de fonte conhecedora do processo.

O timing exato vai depender das condições do mercado, sendo que os resultados do primeiro semestre, divulgados esta quinta-feira, são vistos como um trunfo. As contas da companhia voltaram a terreno positivo, embora com um lucro marginal de 400 mil euros. A transportadora manteve o rumo de desalavancagem financeira, com a dívida líquida a recuar 59,1% para 266 milhões e o rácio entre a dívida financeira e o EBITDA a baixar para 2,1 vezes.

A emissão servirá para refinanciar os 375 milhões de euros colocados no mercado em 2019, quando os investidores privados ainda estavam ao leme da companhia. Além disso, aquelas obrigações são as únicas que a TAP tem cotadas, depois do reembolso da dívida emitida junto dos investidores de retalho em junho do ano passado. Não fazer o refinanciamento significaria perder o contacto regular com os investidores institucionais do setor.

A agência de rating Moody’s já antecipava em julho uma ida da TAP ao mercado. “Vemos a possibilidade de a companhia refinanciar os 375 milhões em obrigações sénior não garantidas que chegam à maturidade em dezembro de 2024″, escreveu a agência de rating na nota em que reviu em alta a classificação da dívida da TAP, de B1 para Ba3.

A companhia poderá até conseguir um custo de financiamento mais favorável do que em 2019, quando a taxa de juro foi fixada em 5,625%. Apesar taxas de referência estarem mais elevadas, a empresa está muito menos endividada e tem uma classificação melhor nas agências de rating. Quer a Moody’s quer a S&P têm vindo a subir a sua avaliação desde março de 2022, ainda que esta se mantenha num nível de elevado risco.

A favor da TAP joga ainda a melhoria da posição de liquidez. A companhia chegou ao final de junho com 1.175,7 milhões de euros em caixa, mais 48,9% do que em dezembro.

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Supremo Tribunal ameaça suspender rede social X no Brasil

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

A decisão do Supremo Tribunal exige que Elon Musk, dono do X, nomeie um representante da rede social para cumprir ordens judiciais e pagar multas pendentes.

O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro ameaçou com a “suspensão imediata das atividades da X” (antigo Twitter) no Brasil, caso a rede social não nomeie um “representante legal” no país, no prazo de 24 horas.

A decisão do juiz do STF Alexandre de Moraes, divulgada na quarta-feira, exige ao empresário Elon Musk, dono da X, a nomeação de um representante da rede social para cumprir ordens judiciais e pagar multas pendentes.

Alexandre de Moraes está à frente de uma investigação sobre a disseminação de notícias falsas e, quando presidiu ao Tribunal Superior Eleitoral, determinou a retirada de centenas de publicações na rede social X que questionavam a solidez do sistema eleitoral brasileiro no período que antecedeu as eleições de 2022.

A rede social X anunciou a 17 de agosto que iria fechar o escritório no Brasil após acusar o juiz do STF de ameaçar prender os seus representantes legais, caso não cumpram decisões judiciais.

A plataforma acusou Alexandre de Moraes de “não respeitar a lei nem o devido processo legal”, ao emitir ordens de censura para remover os respetivos conteúdos. Por essa razão a rede social disse que encerrou o escritório para proteger os seus funcionários, embora tenha esclarecido que a plataforma continuará a funcionar no Brasil.

“As decisões dele são incompatíveis com um governo democrático”, disse a plataforma, que publicou parte de uma decisão judicial de 16 de agosto, na qual a X foi obrigada a remover vários perfis. Alguns destes perfis pertencem a bloggers e personalidades da extrema-direita que, segundo a Polícia Federal, passaram a atuar no estrangeiro para contornar decisões proferidas pela justiça brasileira.

Na altura, Alexandre de Moraes disse que a empresa não aceitou as ordens judiciais emitidas anteriormente e insistiu que, se não forem cumpridas, a sua representante no Brasil enfrentaria uma multa diária de 20 mil reais – cerca de 3.300 euros – e prisão por desobediência.

O próprio Musk acrescentou, noutra mensagem, que o magistrado “tem de sair” do cargo, e apoiou os apelos da extrema-direita brasileira para que fosse instaurado um processo de destituição contra Alexandre de Moraes.

O magistrado lidera uma outra investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), por suposto envolvimento numa tentativa de golpe, após perder a eleição para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Estas investigações valeram-lhe a antipatia dos apoiantes de Bolsonaro e o magistrado tornou-se alvo frequente de ataques durante manifestações de extrema-direita no Brasil.

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+M

Fundador do Telegram evita prisão após pagar fiança de cinco milhões de euros

  • + M e Lusa
  • 29 Agosto 2024

O cidadão franco-russo que tinha sido detido em Paris, no sábado, foi libertado sob a condição de se apresentar às autoridades policiais duas vezes por semana e de permanecer em França.

O fundador do Telegram, apesar de acusado de permitir atividades na aplicação pelas autoridades francesas, evitou a prisão após pagar uma fiança de cinco milhões de euros.

Pavel Durov encontrava-se em prisão preventiva, depois de ter sido detido em Paris, no sábado, na sequência de uma investigação que apontava para a alegada conivência da plataforma de mensagens instantâneas em crimes que vão desde fraude a tráfico de droga, passando por assédio cibernético, crime organizado e apologia do terrorismo. Esta quarta-feira tinha de ser posto em liberdade ou ser alvo de uma acusação formal.

Apesar da acusação, o cidadão franco-russo foi libertado depois do pagamento da fiança e sob a condição de se apresentar às autoridades policiais duas vezes por semana e de permanecer em França, segundo o The Guardian.

O bilionário, de 39 anos, foi alvo de um inquérito judicial aberto após uma investigação preliminar, pela Jurisdição Nacional de Combate ao Crime Organizado (Junalco), em 8 de julho e que envolve 12 crimes. Estes incluem, entre outras coisas, a recusa de comunicação da informação necessária para as interceções autorizadas por lei, a cumplicidade em delitos e crimes organizados na plataforma (tráfico de droga, pornografia infantil, fraude e branqueamento de capitais por parte de gangues organizados) e o fornecimento de criptologia.

O Telegram, no entanto, garante cumprir as leis europeias.

A detenção de Pavel Durov reacendeu o debate relacionado com os limites à publicação de conteúdos nas redes sociais. Perante as críticas que se fizeram sentir, o Presidente francês, Emmanuel Macron, recusou que a detenção feita em solo francês do fundador da plataforma digital Telegram tenha resultado de uma decisão política.

“É a Justiça, com total independência, que deve fazer cumprir a lei“, escreveu Macron na rede social X (antigo Twitter), garantindo que a França defende a liberdade de expressão e incentiva o “espírito empresarial”. Acrescentou, porém, que “tanto nas redes sociais como na vida real, as liberdades devem ser exercidas dentro de um quadro estabelecido pela lei para proteger os cidadãos e respeitar os direitos fundamentais“.

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Rows estende ronda e eleva para nove milhões capital levantado

Extensão de ronda, na ordem de 1,2 milhões de euros, marca a entrada da Explorer no rol de acionistas da startup de software de folhas de cálculo.

Depois de em maio ter fechado uma ronda de cerca de 9 milhões de dólares, a Rows fechou no verão uma extensão de ronda elevando para 10 milhões de dólares (8,9 milhões de euros) o capital levantado pela startup de software de folhas de cálculo, confirmou Humberto Ayres Pereira, o cofundador da empresa, ao ECO.

“O valor total da ronda, incluindo a expansão, é 10 milhões de dólares. Nesta última tranche (a extensão) adicionamos cerca de 1,4 milhões de dólares”, precisa o também CEO da startup. “Tivemos um bocado de interesse adicional à ronda principal, e decidimos fechar uma pequena extensão. Os acionistas ficaram quase idênticos, só adicionamos a Explorer”, acrescenta.

A ronda principal de cerca de 8 milhões de euros tinha sido liderada pela Indico Capital, contando com a participação dos anteriores investidores da Rows, Cherry Ventures, Accel, Lakestar e Armilar Venture Partners, entre outros. Foi o primeiro investimento do novo fundo de 70 milhões da sociedade de capital de risco e representou a entrada de Cristina Fonseca, partner da Indico e antiga fundadora do unicórnio Talkdesk, na direção da Rows. Agora entre o lote de acionistas junta-se também a Explorer.

O valor total da ronda, incluindo a expansão, é 10 milhões de dólares. Nesta última tranche (a extensão) adicionamos cerca de 1,4 milhões de dólares. Tivemos um bocado de interesse adicional à ronda principal, e decidimos fechar uma pequena extensão. Os acionistas ficaram quase idênticos, só adicionamos a Explorer.

Acelerar a expansão da Rows nos mercados chave da empresa — EUA, Reino Unido e Europa — estava entre os objetivos da ronda conhecida em maio e que se mantêm com esta extensão de ronda. “Não muda nada”, assegura Humberto Ayres Pereira quando questionado.

“O mercado continua super interessante, com a Inteligência Artificial (IA) a transformar o setor do software muito rapidamente, e os usuários cada vez mais exigentes. Este dinheiro junta-se ao restante para nos dar margem para fazer muitas experiências que resultem numa experiência superior”, detalha.

“Continuar a crescer a presença nos EUA e continuar a desenvolver a IA (da solução da Rows)” continuam assim nos planos. Em setembro, a startup tem previsto um upgrade do software.

“Vamos lançar uma nova versão do nosso sistema de AI”, diz. “É mais de duas vezes mais rápida a responder, e instantâneo a abrir (vários segundos a carregar); responde a muito mais tarefas e tipos de tarefas, como trabalhar colunas, alterar formatos, criar gráficos, até vários comandos num só; é ⁠mais inteligente, consegue mater uma conversa e alterar pedidos anteriores”, descreve o cofundador quando questionado sobre as melhorias introduzidas.

O número de utilizadores tem vindo a crescer superando neste momento 1 milhão, atingir entre 1,1 e 1,2 milhões até ao final do ano é o objetivo.

Desde 2017, altura da sua fundação, a Rows já levantou cerca de 30 milhões de euros.

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Altice Labs arrefece e faz cair receitas da Altice Portugal

Conjuntura externa menos favorável está a prejudicar o desempenho do polo de inovação de Aveiro, provocando quebras nas receitas da Altice Portugal que, nos serviços empresariais, superou os 16%.

A conjuntura económica menos favorável está a arrefecer o negócio exportador da Altice Labs, prejudicando os resultados financeiros da Altice Portugal. Na primeira metade do ano, a empresa que detém a operadora Meo registou receitas de 1.409 milhões de euros, o que representa uma queda marginal de 0,57% face ao mesmo semestre de 2023.

O polo exportador da Altice em Aveiro, que já foi chamado de PT Inovação e que no passado recente representou um acelerador do crescimento da Altice Portugal, tem estado a assistir a uma quebra nas vendas, fruto do menor apetite dos compradores estrangeiros, contribuindo para uma descida de mais de 16% das receitas no segmento empresarial.

“A performance financeira da Altice Labs continua impactada pelo decréscimo de vendas de hardware e serviços para outras geografias”, admite a Altice Portugal esta quinta-feira, num comunicado com os resultados em que, pela primeira vez, discrimina quanto teria sido o crescimento das várias rubricas financeiras excluindo o impacto da operação aveirense.

E que impacto foi esse? No semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, as receitas da Altice Portugal, como referido, estagnaram, apresentando mesmo uma diminuição marginal de 0,57%, segundo contas do ECO. Mesmo assim, o lucro antes de impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou 2,35%, para 511 milhões de euros.

Analisando apenas o segundo trimestre, de abril a junho, as receitas da Altice caíram 1,74%, para 705 milhões de euros, enquanto o EBITDA recuou 0,9%, para 252 milhões de euros, segundo a Altice Portugal.

A performance financeira da Altice Labs continua impactada pelo decréscimo de vendas de hardware e serviços para outras geografias.

Altice Portugal

O grupo não esconde estas quebras nas receitas, mas conta uma história diferente. Se se excluir o impacto da Altice Labs, a receita trimestral teria subido 4,7%, e o EBITDA teria aumentado 4%, calcula a Altice. A empresa diz mesmo que este trimestre evidenciou “crescimento nos principais indicadores operacionais, quer face ao trimestre anterior, quer face ao período homólogo”.

“A empresa reforçou a posição de mercado e continuou a expandir a base de clientes únicos, a crescer o total de RGUs telco [unidades geradoras de receita nas telecomunicações, vulgo clientes], mantendo a angariação aliada a níveis recorde de desligamentos”, ressalva a empresa liderada por Ana Figueiredo. “A base total de RGUs e Clientes Únicos continuou a crescer, fixando-se em 14 milhões e 1,7 milhões, respetivamente”, acrescenta.

Observando apenas o segmento consumo, a receita trimestral cresceu 3,6%, para 348 milhões de euros. A operadora conseguiu aumentar as receitas de serviço em 3,1%, com mais clientes e um aumento da receita média gerada por cada um deles. O total de serviços fixos aumentou 2%, a base de clientes móveis pós-pago aumentou 1,3%, superando a marca dos cinco milhões, e os clientes do serviço de televisão subiram 2,9%.

Enquanto isso, as receitas do segmento empresarial fixaram-se em 320 milhões de euros, uma queda de mais de 16%, segundo cálculos do ECO com base nos dados reportados no ano passado, mas que a Altice Portugal diz representar um crescimento de 5,8% “excluindo a Altice Labs”.

A empresa também não está a investir ao mesmo ritmo que antes, depois de ter coberto a esmagadora maioria do país com fibra ótica e dos investimentos mais pesados que teve de fazer na construção da rede 5G. Segundo os cálculos do ECO, o investimento (capex) reportado pela Altice Labs para o conjunto dos seis meses até junho foi de 194 milhões de euros, uma diminuição de 19% face ao mesmo período de 2023.

Se se tiver em conta apenas o investimento realizado no trimestre, de 95 milhões de euros, a redução face ao período homólogo chegou mesmo a superar os 26%.

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