Crédito à habitação acelera em janeiro pelo 13.º mês

Num mês marcado pelo arranque de um regime que permite que mais jovens comprem casa, o montante total de empréstimos para compra de habitação cresceu 4,1%, acelerando pelo 13.º mês consecutivo.

Com as casas mais caras, os devedores de crédito à habitação estão tendencialmente mais endividadosLusa

O montante total de crédito à habitação em Portugal começou o ano a crescer 4,1%. Janeiro foi o 13.º mês consecutivo de aceleração do crescimento do stock de empréstimos para a compra de casa, num contexto de descida das taxas de juro. Foi também o mês em que arrancou a garantia pública, um regime que veio viabilizar empréstimos de até 100% do valor da transação para jovens até aos 35 anos.

Os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira mostram ainda que “o número de devedores de crédito à habitação, no final de janeiro”, era de 1,98 milhões, “continuando a tendência de descida que se verifica desde julho de 2022”.

É um sinal de que, com as casas mais caras, os devedores de crédito à habitação estão tendencialmente mais endividados: esta quarta-feira soube-se que a avaliação bancária das casas atingiu em janeiro 1.774 euros por m2, um valor recorde e a 14.ª subida mensal consecutiva.

Crédito para comprar casa acelera:

Fonte: Banco de Portugal

Alargando a análise, segundo o banco central, o montante total de empréstimos a particulares — onde se incluem outras modalidades, como o crédito ao consumo e os cartões de crédito — cresceu 4,7% em janeiro face ao mesmo mês do ano passado. Detalhando, “o montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou seis milhões de euros relativamente a dezembro, para 30,4 mil milhões de euros”, um crescimento homólogo de 6,8% e o maior desde outubro de 2018.

Aprofundando, “o crescimento da finalidade consumo desacelerou ligeiramente, apresentando uma taxa anual de 7,3% (7,5% em dezembro), enquanto os empréstimos para outros fins voltaram a registar o maior crescimento anual desde julho de 2008 (5,8%)”, refere a nota da instituição.

Se se observar apenas o crédito pessoal, janeiro trouxe uma descida em cadeia do stock deste tipo de empréstimos, que se reduziu em 11 milhões de euros face a dezembro, mas aumentou 7,3% face ao mesmo mês de 2024. Já o total de crédito automóvel subiu 26 milhões de euros entre dezembro e janeiro, mês em que teve um aumento homólogo de 10,1%, o mais elevado desde abril de 2020. Quanto aos cartões de crédito, subiram 8% em janeiro, uma desaceleração face a dezembro, com o stock a ascender a 3,2 mil milhões.

Noutra vertente, os empréstimos às empresas aumentaram apenas 1,3% em janeiro, em termos homólogos, de acordo com o banco central. Este tipo de empréstimos totalizavam 72,8 mil milhões de euros no final do mês passado.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h47)

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Territórios ucranianos anexados são “inegociáveis” para a Rússia. Zelensky vai à cimeira de líderes da UE

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2025

Rússia anexou a Crimeia em 2014 e, já depois de ter invadido a Ucrânia há três anos, também as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, embora não controle a totalidade destes territórios.

A Rússia reafirmou esta quinta-feira que a anexação dos territórios ucranianos é inegociável, apesar de não reconhecida pela Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional, numa altura em que se intensificam esforços para resolver o conflito.

“Os territórios que se tornaram súbditos da Federação Russa estão consagrados na Constituição do nosso país, são parte integrante do nosso país”, disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.

A Rússia anexou a Península da Crimeia em 2014 e, já depois de ter invadido a Ucrânia há três anos, as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, embora não controle a totalidade destes quatro territórios.

“Isto é absolutamente indiscutível e inegociável”, insistiu, na sequência de comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, de que a Rússia terá de fazer concessões nas negociações de paz.

Na primeira reunião do seu gabinete, na quarta-feira, Trump disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, terá de fazer concessões durante as negociações.

Também garantiu que Washington vai ajudar Kiev a “recuperar o máximo [de território] possível”, embora tenha admitido que será complicado, segundo a agência espanhola EFE.

Zelensky vai à cimeira extraordinária de líderes da UE

Entretanto, está já confirmado que o presidente da Ucrânia vai estar presente na reunião extraordinária do Conselho Europeu, em 6 de março. O anúncio foi feito esta manhã pelo presidente da instituição, António Costa.

“Convidei o Presidente [Volodymyr] Zelensky a estar presente em Bruxelas por ocasião do Conselho Europeu para discutir os últimos desenvolvimentos [na guerra]”, escreveu António Costa na carta endereçada aos representantes de cada país da União Europeia (UE).

A cimeira extraordinária de líderes da UE vai começar pelas 12:30 locais (11:30 em Lisboa) e haverá uma “discussão com o Presidente Zelensky durante o almoço”. “Depois vamos concentrar-nos na defesa europeia, e na discussão sobre a Ucrânia”, acrescentou o presidente do Conselho Europeu (ex-primeiro-ministro de Portugal).

No que diz respeito à Ucrânia, “há um novo ímpeto, que tem de levar a uma paz compreensiva, justa e duradoura”, alegou.

Por isso, os líderes dos 27 Estados-membros da UE necessitam de compreender “como é que podem apoiar ainda mais a Ucrânia” e os “princípios que tem de ser respeitados daqui para a frente”, referiu António Costa.

Os líderes da UE reuniram-se na quarta-feira de manhã por videoconferência para conhecer os detalhes do encontro entre o Presidente de França e o homólogo dos EUA, na segunda-feira.

António Costa convocou na terça-feira esta reunião por videoconferência para preparar uma cimeira extraordinária, na próxima semana, com o objetivo de enfrentar a alteração de postura da Casa Branca. O encontrou realizou-se no dia do terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia e foi a principal questão abordada.

Imagens transmitidas do encontro entre os dois presidentes mostraram Donald Trump a dizer que todo o apoio da UE à Ucrânia foi feito sob empréstimos com Macron a corrigir o homólogo dos EUA.

“Na realidade, pagámos 60% do esforço total e foi, tal como fizeram os EUA, com empréstimos e subvenções, providenciámos dinheiro real. Esta guerra custou-nos, a todos, muito dinheiro, e é responsabilidade da Rússia, porque o agressor é a Rússia”, disse o chefe de Estado francês.

Emmanuel Macron é o primeiro líder da União Europeia a visitar os Estados Unidos da América desde a tomada de posse de Trump, numa altura em que Washington e Moscovo iniciaram negociações preliminares para um cessar-fogo na Ucrânia e um eventual acordo de paz, em reuniões que excluíram a União Europeia e o país invadido.

Depois de responsabilizar a Ucrânia pela invasão da Federação Russa, que começou em 22 de fevereiro de 2022, Donald Trump disse, na segunda-feira, que espera uma visita de Volodymyr Zelensky para fechar um acordo sobre a partilha das receitas sobre os minerais ucranianos.

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Ex-CEO da Malo Clinic vai liderar Hospital da Cruz Vermelha. Antigo ministro de Durão é o novo chairman

Nova gestão inicia funções a 3 de março. Luís Filipe Pereira, ex-presidente do CES, será o presidente da administração. Pedro de Albuquerque Mateus, ex-CEO da Malo Clinic, lidera a comissão executiva.

Luís Filipe Pereira, ex-ministro da Saúde dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes, é o novo presidente conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha, que vai contar com uma nova equipa executiva que será liderada pelo antigo CEO e investidor da Malo Clinic, Pedro de Albuquerque Mateus.

A nova equipa de gestão do problemático hospital inicia funções já no próximo dia 3 de março e num quadro financeiro muito desafiante: voltou a apresentar resultados negativos no ano passado (-3,7 milhões de euros), acumulando prejuízos de 30 milhões de euros desde 2019.

O conselho de administração do hospital detido pela Santa Casa (54,79%) e pela Parpública (45%) vai ter como vice-presidente Maria do Carmo Neves, médica e gestora com funções de vogal na direção nacional da Cruz Vermelha Portuguesa e como presidente da Tecnimed (que fundou).

Já a comissão executiva terá Maria Ana Castello Branco nas funções de administradora com o pelouro operacional (COO) e Elisabeth Silva de Albuquerque enquanto administradora financeira (CFO).

Em comunicado, o hospital destaca a experiência da equipa executiva na gestão hospitalar, “reconhecidos pela sua capacidade e historial na recuperação e desenvolvimento de negócios, tanto no setor privado, como público e social”.

Nos últimos anos, o Hospital da Cruz Vermelha esteve em processo de venda que fracassou porque as ofertas em cima da mesa ficaram aquém das condições desejadas pela Santa Casa e Parpública. E uma das razões teve a ver com o facto de o hospital não ter todas as licenças para operar, como revelou o ECO.

No meio das dificuldades financeiras, os acionistas têm vindo a injetar dinheiro de apoio à tesouraria do hospital, que chegou a receber um milhão de euros por mês, embora as necessidades estejam a aliviar à medida que recupera atividade, segundo adiantou uma fonte ao ECO. Para este ano está previsto o breakeven operacional.

(Notícia atualizada às 11h51)

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Acordo de coligação com três partidos na Áustria deixa extrema-direita fora do Governo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Fevereiro 2025

Cinco meses depois das eleições, que foram ganhas pela extrema-direita, conservadores, social-democratas e liberais chegaram a acordo para formar um novo Governo na Áustria.

O Partido Popular Austríaco (ÖVP), o Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ) e o partido liberal NEOS chegaram a um acordo de coligação para formar Governo, deixando de fora o Partido da Liberdade (FPÖ), de extrema-direita, que foi o mais votado nas eleições realizadas em 29 de setembro.

Os líderes dos três partidos — Christian Stocker (ÖVP), Andreas Babler (SPÖ) e Beate Meinl-Reisinger (NEOS) — vão anunciar o pacto esta quinta-feira, pelas 11 horas locais, diante do Parlamento austríaco.

Segundo a agência noticiosa austríaca APA, o acordo com o título “Fazer o correto agora. Pela Áustria”, sublinha que o país alcançou mais progressos na sua história “a partir do consenso, da cooperação e da confiança” e inclui medidas para consolidar o orçamento durante um período de sete anos e endurecer a lei do asilo, como a suspensão imediata da reunificação de famílias.

O ÖVP, o SPÖ e o NEOS já tinham informado o Presidente Alexander van der Bellen da intenção de formar uma coligação com os três partidos. No sábado, o chefe de Estado austríaco sublinhou a “necessidade urgente” de formar um Governo, quando passam cinco meses da realização das eleições.

O FPÖ, de Herbert Kickl, obteve 28,8% dos votos, contra 26,3% dos conservadores (ÖVP) liderados pelo chanceler Karl Nehammer, seguindo-se o SPÖ (21,1%), o NEOS (9,1%) e os Verdes (8,2%).

Atualmente, os 183 lugares do Parlamento austríaco distribuem-se pelo FPÖ (57 deputados), o ÖVP (51), o SPÖ (41), o NEOS (18) e os Verdes (16).

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Consumidores portugueses estão mais confiantes, mas clima económico diminui

Indicador de confiança dos consumidores aumentou em janeiro e ligeiramente em fevereiro, enquanto o indicador de clima económico tenha diminuído, quebrando a tendência verificada desde setembro.

Os consumidores portugueses mostraram-se ligeiramente mais confiantes em fevereiro, embora o indicador de clima económico tenha diminuído, quebrando a tendência verificada desde setembro, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta quinta-feira.

O indicador de confiança dos consumidores aumentou em janeiro e ligeiramente em fevereiro. “A evolução observada no último mês foi determinada pelos contributos positivos das opiniões sobre a evolução passada e as perspetivas de evolução futura da situação financeira do agregado familiar”, explica o organismo de estatística.

No balanço das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços verificou-se uma diminuição em fevereiro, invertendo o aumento registado no mês precedente, enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou, após a diminuição observada em janeiro, atingindo o máximo desde dezembro de 2022.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Já o indicador de clima económico diminuiu em janeiro e fevereiro, quebrando a tendência crescente que se verificava desde setembro do ano passado. Enquanto os indicadores de confiança aumentaram no comércio, na indústria transformadora e na construção e obras públicas, diminuíram “expressivamente” nos serviços, devido ao “contributo negativo de todas as componentes, opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, apreciações sobre a atividade da empresa e perspetivas relativas à evolução da procura”.

O saldo de respostas das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em fevereiro nos setores do comércio, dos serviços e da construção, tendo aumentado pelo terceiro mês consecutivo na indústria.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

 

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Universidade da Beira Interior e World Talents querem atrair investimento estrangeiro

A plataforma World Talents já "atraiu cerca de 80 empreendedores e empresas para o país, com um investimento total de aproximadamente 2,8 milhões de euros".

A Universidade da Beira Interior (UBI) e a plataforma World Talents (WT) estabeleceram uma parceria com o propósito de atrair investimento estrangeiro para o país, contribuindo ainda para a dinamização da economia local. A World Talents já “atraiu cerca de 80 empreendedores e empresas para o país, com um investimento total de aproximadamente 2,8 milhões de euros”, adianta esta empresa.

Depois das universidades de Coimbra, de Évora e do Algarve, a instituição de ensino superior da Beira Interior é a primeira do interior mais a Norte do país a estabelecer uma parceria com esta empresa. “A nossa primeira expansão para a região Norte, através da parceria com a UBI, representa um passo importante nessa missão que — não temos dúvidas — terá um impacto duradouro no desenvolvimento e crescimento económico da região,” começa por afirmar Bernardo Saraiva, cofundador e diretor da WT.

Esta parceria vai permitir à universidade ampliar a rede de contactos e estabelecer ligações estratégicas com empreendedores e empresas internacionais, abrindo a porta a novas oportunidades de investimento.

Mário Raposo

Reitor da Universidade da Beira Interior (UBI)

Já o reitor da UBI, Mário Raposo, considera, por sua vez, que “esta parceria vai permitir à universidade ampliar a rede de contactos e estabelecer ligações estratégicas com empreendedores e empresas internacionais, abrindo a porta a novas oportunidades de investimento”.

A UBI “orgulha-se”, aliás, “das suas fortes ligações ao mundo empresarial, promovendo a inovação e o desenvolvimento através da colaboração com o setor”, sublinha o reitor desta universidade, onde estudam mais de 8.000 alunos.

Através do seu programa Global Talent Portugal, a WT faz a ponte entre empreendedores, investidores e os ecossistemas de startups e universidades nacionais. “Fortalecer as relações com o ecossistema universitário em todo o país é essencial para atrair empreendedores internacionais e impulsionar a inovação local”, explana Bernardo Saraiva.

Mediante este programa, as instituições de ensino podem ter acesso a novas oportunidades de financiamento e recursos para reforçar projetos de pesquisa e desenvolvimento e alargar a rede de contactos internacionais.

Fortalecer as relações com o ecossistema universitário em todo o país é essencial para atrair empreendedores internacionais e impulsionar a inovação local.

Bernardo Saraiva

Cofundador e diretor da World Talents

Já os empreendedores que invistam no país passam a contribuir diretamente para os ecossistemas locais com know-how, projetos de pesquisa e desenvolvimento.

Além de Portugal, a WT disponibiliza programas no Canadá, Emirados Árabes Unidos, Espanha, EUA e Reino Unido.

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Vem aí a 4.ª edição da Scale Talks, a summit do setor comercial

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  • 27 Fevereiro 2025

Durante o evento, a Scale Labs irá partilhar as principais aprendizagens após ajudar mais de 150 departamentos comerciais e passar os 7 dígitos de faturação em pouco mais de 1 ano.

Cansado de ir a eventos empresariais e sair de lá exausto sem nenhum valor ou insight concreto para aplicar ao próprio negócio?” Com a promessa de gerar o máximo valor possível para os negócios dos participantes, a Scale Labs leva até ao Centro Cultural de Belém, no dia 29 de março, a quarta edição do Scale Talks.

Scale Talks 4 será uma oportunidade única para aprender, conectar-se com profissionais do setor e acompanhar as últimas tendências do mercado. A maioria dos palestrantes pertence à equipa da Scale Labs, anfitriã do evento, que já escalou mais de 150 departamentos comerciais em Portugal e no exterior, tendo ultrapassado, em pouco mais de um ano de existência, a marca de um milhão de euros de faturação recorrente.

Dois empreendedores e clientes da Scale Labs estarão também presentes para partilharem a sua experiência: Fábio Igor, CEO do Grupo Brasfone, abordará a modernização de processos comerciais; Maria Costa e Maia, CEO do Maria Maia Academy, White Deer e ÈME discutirá a criação de uma marca pessoal para potenciar um ecossistema empresarial.

A Scale Talks 4 oferecerá oportunidades exclusivas de networking, permitindo a troca de experiências e a criação de novas sinergias entre os participantes

Além das palestras, o evento contará com sessões dedicadas a temas fundamentais do setor, como técnicas avançadas de liderança, estratégias eficazes para a atração e retenção de talento, gestão eficiente de operações comerciais e métodos comprovados para otimizar vendas. Todas as estratégias e ferramentas apresentadas foram testadas no “laboratório” da Scale Labs, sendo responsáveis pelo crescimento exponencial da empresa e dos seus parceiros. Os bilhetes já estão disponíveis e podem ser adquiridos no site oficial do evento.

Este evento representa uma oportunidade imperdível para quem deseja aprofundar conhecimentos, estabelecer contactos estratégicos, contribuir para o crescimento do ecossistema empreendedor em Portugal e acima de tudo munir-se das estratégias necessárias para quebrar as barreiras que podem estar a impedir o seu negócio de alcançar os objetivos em 2025.

Para mais informações sobre o programa, oradores confirmados e detalhes logísticos, visite o site oficial da Scale Talks 4.

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Regiões do Porto e Lisboa vão ter 176 novos hotéis nos próximos anos

  • ECO
  • 27 Fevereiro 2025

Dados da Associação de Turismo de Lisboa e da Câmara Municipal do Porto mostram que irá disparar o número de novas unidades hoteleiras. Número de projetos é superior na região da Invicta.

A Área Metropolitana de Lisboa deverá receber pelo menos mais 82 unidades hoteleiras nos próximos anos, 15 das quais deverão entrar em funcionamento já em 2025. De acordo com o Público (acesso pago), só na capital estão previstos ser inaugurados 54 novos hotéis, o que representará um acréscimo de 16% ao parque hoteleiro da cidade, que conta já com 334 unidades.

Mas é no Porto que o aumento será ainda mais expressivo. Neste momento, estão em curso 122 processos relativos a novos hotéis, o que significa um crescimento de 64,2% face aos atuais 190 hotéis, segundo os dados do mais recente Boletim Estatístico de Licenciamento de Empreendimentos Turísticos da Câmara Municipal do Porto (CMP). Desse total, 63 estão já em fase de construção.

Enquanto em Lisboa os projetos que estão na calha deverão representar um acréscimo de, para já, cerca de cinco mil novos quartos — somando os sinalizados para o resto da região metropolitana da capital, traduzir-se-á num aumento de quase oito mil quartos à oferta já existente na região –, o número de novos quartos no Porto será de 6.268, deixando a cidade com 34.509 camas disponíveis.

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Empresas da Feira entram em projeto de 80 milhões em Angola para criar complexo industrial de saúde

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2025

As portuguesas Medika e a Gazcorp vão construir, equipar e ficar o gerir o complexo industrial de 80 milhões de euros em Luanda para a produção de medicamentos, soros e gases medicinais.

Duas empresas de Santa Maria da Feira começam esta sexta-feira a construir em Luanda um complexo industrial de 80 milhões de euros para produção de medicamentos, soros e gases medicinais, revelaram as entidades envolvidas no projeto.

Em causa estão a Medika e a Gazcorp, que, a partir do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, aceitaram o convite da angolana VitalFlow para construir e equipar o referido complexo farmacêutico e gerir a sua posterior operação.

O projeto prevê quatro unidades distintas no mesmo terreno de 60.000 metros quadrados: uma fábrica com capacidade para produzir anualmente 1,7 mil milhões de comprimidos em forma de pastilha ou cápsula, outra apta a criar no mesmo período 50 milhões de envases para medicamentos injetáveis, uma terceira para assegurar em cada ano 17,5 milhões de litros de soro e uma última para fabricar no mesmo prazo 4.745 toneladas de gases como oxigénio e azoto.

“O Complexo Farmacêutico da VitalFlow vai ter a primeira fábrica de Angola de soro hospitalar e aumentar drasticamente a capacidade nacional de produção de medicamentos, reduzindo de forma significativa a dependência do país face ao mercado estrangeiro, já que, neste momento, uns 99% dos produtos de saúde angolanos são importados”, declara Nuno Andrade à Lusa, diretor-geral da Medika e da Gazcorp.

Injetando na VitalFlow cerca de 20 milhões de euros a título pessoal, o empresário defende que é pela “relevância estratégica” do projeto que esse conta com uma “comparticipação significativa” do Fundo Soberano de Angola. Diz que, ao suportar parte do custo total da obra, o Governo angolano quer “aumentar a mão-de-obra especializada no país e reforçar as suas exportações” para territórios como o Congo e São Tomé e Príncipe.

Com esse objetivo em vista, os promotores do projeto vão apostar em “tecnologia de ponta, ao nível do que de melhor existe na Europa e nos Estados Unidos”, e recorrer a profissionais com “alta qualificação” em domínios especializados – procurando corresponder aos elevados padrões da oferta hospitalar do país, já que, para Nuno Andrade, “atualmente Angola tem hospitais equiparados aos de Portugal”.

A estrutura a construir na Zona Económica Especial de Luanda, junto ao Aeroporto Internacional António Agostinho Neto, vai assim criar 160 postos de trabalho diretos, entre os quais apenas 10 afetos a profissionais portugueses.

Nuno Andrade realça que essa equipa beneficiará de formação contínua e usufruirá ainda de “condições particularmente agradáveis de trabalho”, já que, em paralelo a mais de 17.000 metros quadrados de produção coberta e a uma estação própria para tratamento de água, o complexo VitalFlow também vai integrar auditório, cantina, ginásio, campo de futebol e um consultório médico apto a realizar ecografias e eletrocardiogramas – tudo entre 4.500 metros quadrados de jardins.

A atividade das quatro fábricas deverá arrancar em novembro de 2026 e o diretor da Medika e da Gazcorp prevê atingir nos primeiros cinco anos da operação conjunta um “volume de negócios acumulado de 560 milhões de euros”.

Criada em 2016, a Medika – Tecnologia Medicinal registou um grande aumento de produção no período da Covid-19, sofreu uma quebra de procura na fase posterior e fechou 2024 com uma faturação de 8,4 milhões de euros, 98% dos quais em vendas para o mercado externo.

Já a Gazcorp, por sua vez, foi fundada em 2023 e no final de 2024 somava um volume de negócios de 5,5 milhões, no que as exportações representaram 70%.

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Depois de três anos a subir, greves diminuem. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

No primeiro ano do Governo de Luís Montenegro, o número de avisos prévios de greve recuou quase 27%. Há três anos consecutivos que estava a aumentar. Este é um dos temas do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques do mundo laboral em menos de cinco minutos. Falamos também sobre a falta de professores nas escolas portuguesas e ainda sobre os aumentos salariais em cima da mesa para os funcionários públicos.

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De França a Singapura, IA generativa ajuda a cobrar impostos

Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca que os últimos avanços na IA generativa vão facilitar a relação do fisco com os respetivos contribuintes e facilitar a cobrança de impostos.

A inteligência artificial (IA) generativa vai ter “implicações profundas” no trabalho das autoridades fiscais e na relação com os contribuintes, defende o Fundo Monetário Internacional (FMI). Estas tecnologias podem ajudar a interpretar leis “complexas”, “identificar deduções” e até preencher formulários automaticamente. Para as economias mais pobres, significa mesmo um salto na modernização do sistema fiscal.

O FMI dá alguns exemplos. É o caso de Singapura, onde um assistente virtual capaz de esclarecer dúvidas fiscais em vários idiomas “reduziu para metade as chamadas para o call center, de acordo com o FMI. “Em França, a IA consegue analisar emails recebidos e propor rascunhos de respostas para os funcionários públicos validarem”, conta também.

Em Madagáscar, o fisco local pretende usar IA generativa para “melhorar a gestão de risco, combater a fraude e aumentar a receita, usando dados acumulados ao longo de dez anos para treinar o seu sistema”. Já na Coreia do Sul as autoridades lançaram um guia com IA para “ajudar os cidadãos a declararem e pagarem os impostos”.

Apesar de não ser referida no artigo do FMI, a Autoridade Tributária portuguesa também tem um assistente virtual, chamado Cátia, capaz de “prestar esclarecimentos de menor complexidade e destinados, preferencialmente, a contribuintes singulares sem contabilidade organizada”, explica o próprio chatbot. Esta funcionalidade foi inicialmente disponibilizada em 2021.

“Ao treinarem agentes de IA generativa com diplomas legais, códigos fiscais, procedimentos operacionais e linhas orientadoras internas, as administrações podem adaptá-los às suas necessidades específicas. O resultado é um sistema dinâmico capaz de compreender e de produzir conteúdo com o qual tanto os funcionários públicos como os contribuintes podem interagir”, refere o artigo publicado esta terça-feira no blogue do FMI.

Mas o uso de IA generativa na cobrança de impostos também acarreta desafios, explica o fundo, destacando questões relacionados com a “qualidade dos dados, ética, receios de privacidade e alucinações” (o nome dado à informação errada, falsa ou totalmente disparatada produzida pelos modelos de IA generativa).

O fundo sublinha que estas questões não devem ser escondidas, mas sim endereçadas diretamente pelas autoridades fiscais “para reforçar e não erodir a confiança” nos sistemas. Para exemplificar, o FMI indica que, no caso da Coreia do Sul, as “questões mais sensíveis” colocadas por contribuintes são “encaminhadas para agentes humanos”.

“Ao fornecerem capacidades semelhantes às dos humanos para ajudar os contribuintes e as autoridades fiscais, a IA generativa pode atuar como fiscal e assistente do contribuinte, automatizando tarefas rotineiras, clarificando problemas complexos e fomentando uma relação mais transparente e colaborativa”, refere o FMI.

A introdução de ferramentas de IA de uma forma mais geral na administração fiscal já vem de trás. Segundo o FMI, tecnologias deste género já hoje ajudam o fisco, por exemplo, substituindo tarefas que antigamente eram feitas de forma manual. Só que isso “não mudou fundamentalmente a forma como as autoridades trabalham ou se relacionam com os cidadãos”. Algo que a IA generativa tem potencial para mudar.

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Grupo Cegid vai contratar mais 50 pessoas para reforçar aposta na IA

Centro de excelência em IA da Cegid situa-se em Portugal e a diretora de recursos humanos adianta ao ECO que a intenção é contratar mais 50 pessoas este ano.

O grupo Cegid — líder europeu de soluções empresariais na cloud para finanças, recursos humanos, retalho e setores empresariais — tenciona contratar mais 50 profissionais este ano em Portugal, com um “foco especial” na equipa dedicada à inteligência artificial (IA). O plano foi revelado ao ECO pela diretora de recursos humanos para Portugal e África, Rita Cadillon, que adianta que o objetivo é criar uma “equipa que combine perfis experientes e jovens talentos“.

Rita Cadillon, diretora de recursos humanos na Cegid em Portugal e África

“No total, prevemos contratar cerca de 50 pessoas, com um foco especial no reforço da nossa equipa de IA. O nosso centro de excelência em inteligência artificial situa-se em Portugal, com equipas em Braga e Lisboa”, sublinha a responsável, em declarações enviadas ao ECO.

O referido centro foi criado há cerca de um ano e visa desenvolver soluções de gestão empresarial com base em IA, exportando-as, depois, para os vários países onde a Cegid atua.

A meta anunciada, nessa altura, era a de chegar aos 150 engenheiros de software especializados em IA, total para o qual vai contribuir agora o recrutamento de 50 profissionais anunciado para este ano.

A nossa marca empregadora, enquanto Cegid, ainda é recente no mercado de trabalho, pelo que estamos a apostar mais em employer branding.

Rita Cadillon

Diretora de recursos humanos na Cegid em Portugal e África

Importa notar, porém, que o setor tecnológico tem sido afetado por uma elevada escassez de talento, com as empresas a reportarem sérias dificuldades de recrutamento. Questionada sobre essas dificuldades, Rita Cadillon reconhece que a marca empregadora da Cegid é “ainda recente no mercado de trabalho” português, pelo que o grupo vai continuar a apostar nessa área.

“Continuaremos a construir uma equipa que combine perfis experientes com jovens talentos, dotados de uma sólida formação técnica e elevado potencial de aprendizagem“, acrescenta a responsável.

“Num processo de conhecimento mútuo”

Ricardo Parreira, CEO da PHC Software, em entrevista ao Podcast 38,4 - 26MAR24
Ricardo Parreira, CEO da PHC Software, em entrevista ao podcast “Trinta e oito vírgula quatro” do Trabalho by ECOHugo Amaral/ECO

A Cegid foi motivo de notícia no arranque deste ano por ter adquirido a tecnológica portuguesa PHC Software, liderada até então por Ricardo Parreira (foto acima).

A equipa da portuguesa — composta por mais de 260 profissionais — está agora a ser integrada no mencionado grupo europeu, num “processo de conhecimento mútuo, assente num espírito construtivo e numa forte colaboração“, descreve a diretora de recursos humanos da Cegid Portugal.

O nosso maior desafio é integrar uma empresa de grande dimensão, mantendo simultaneamente o foco no crescimento do negócio“, reconhece Rita Cadillon. Ainda assim, atira: “Estamos confiantes na nossa capacidade, vontade e talento para alcançar este objetivo”.

Em declarações ao ECO, a responsável realça que a Cegid é hoje resultado de várias aquisições, pelo que já há diversidade de culturas. “Essa diversidade e o respeito pelas diferentes culturas fazem parte do nosso ADN e procuramos sempre incorporar as boas práticas das várias empresas que se vão juntado a nós“, garante Rita Cadillon.

Já questionada sobre o potencial impacto dessa transição na retenção do talento, a diretora de recursos humanos destaca as “grandes oportunidades de crescimento” dos profissionais e afirma que “uma boa gestão da mudança é fundamental para apoiar as pessoas” no processo de integração.

IA ajuda a recrutar talento?

Em fevereiro de 2023, a PHC Software anunciou estar a usar inteligência artificial para acelerar o recrutamento de novos talentos. E Ricardo Parreira veio, depois, ao podcast “Trinta e oito vírgula quatro” do ECO explicar como usar essa tecnologia para encontrar os profissionais certos para as vagas disponíveis.

Agora que a PHC Software foi comprada pela Cegid, Rita Cadillon adianta que a tecnológica portuguesa e o grupo europeu irão partilhar as “melhores práticas e experiências”. “Na Cegid, já demos passos importantes na adoção da IA em recursos humanos, e estou certa de que a PHC acrescentará valor neste campo e também noutras áreas“, enfatiza a responsável.

Confiar na inteligência artificial para resolver questões de gestão de pessoas pode levar-nos a negligenciar o desenvolvimento das lideranças e a desresponsabilizá-las.

Rita Cadillon

Diretora de recursos humanos da Cegid em Portugal e África

Por outro lado, quanto à utilização de IA para avaliar o desempenho dos empregados e, consequentemente, ponderar as progressões na carreira, Rita Cadillon afirma que a tecnologia “pode ser útil na análise objetiva de dados, como o cumprimento de metas, que integra o processo de avaliação de desempenho, ou na sugestão de planos de desenvolvimento individual”.

“No entanto, o feedback continua a ser a componente mais importante da avaliação de desempenho, e aí a inteligência emocional supera a artificial, especialmente em processos que dependem da interação humana“, ressalva a a responsável.

“Confiar na inteligência artificial para resolver questões de gestão de pessoas pode levar-nos a negligenciar o desenvolvimento das lideranças e a desresponsabilizá-las“, remata a diretora de recursos humanos, que entende que a gestão de pessoas vive de “zona cinzentas” que exigem o discernimento humano e a intuição que ainda falta às máquinas.

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