Algarve produz recorde de 2 milhões de litros de vinho em 2024

  • Bruno Filipe Pires/Barlavento - ECO/Local Online
  • 16 Janeiro 2025

Região produziu 1.982.177 litros de vinho em 2024. Comissão Vitivinícola do Algarve estima um aumento de 20 por cento, em relação ao ano anterior.

 

O Algarve produziu 1.982.177 litros de vinho em 2024, um crescimento de 20% na produção. As contas são de Sara Silva, presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA), entidade que desde 2012 faz a certificação dos vinhos de Denominação de Origem Lagos, Portimão, Lagoa e Tavira e de Indicação Geográfica Algarve.

“Tivemos um aumento de produção que ultrapassou as nossas expectativas iniciais. Em julho, o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) pede-nos as previsões e fazemos um levantamento junto dos nossos produtores. Na altura, a estimativa já apontava, em média, para cerca de oito a 10% de aumento de produção. Contas feitas, temos um aumento efetivo de mais de 20% em relação à campanha anterior, de 2023″, contabiliza.

Para 2024, o valor que consta do levantamento do IVV ultrapassa os 1,9 milhão de litros de vinho com aptidão, isto é, com Denominação de Origem e Indicação Geográfica, e cerca de 100 a 200 mil litros de vinho de mesa, não certificado.

De acordo com os registos da CVA, este é um dos melhores resultados dos últimos 15 anos, que poderá ser explicado com o aumento do número de vitivinicultores na região algarvia.

Fechámos o ano de 2024 com 61 produtores inscritos. Temos registado uma média anual de cinco a seis novos produtores inscritos na CVA. Isso faz com que haja mais área de vinha para a produção qualificada. Além disso, os produtores que já estão instalados também estão a aumentar a sua área de vinha. Fazem o processo normal de evolução das suas empresas e apostam na capacidade produtiva. Foi um ano, mesmo ao nível nacional, bastante produtivo e rentável”, enumera Sara Silva.

A responsável acrescenta que “para haver mais área de vinha tem de haver candidaturas a novas áreas de plantação, e a devida autorização. Não é de um dia para o outro. Nos últimos três anos, foram concedidos cerca de 180 hectares de novas vinhas” no Algarve, um pouco em contraciclo com o resto do país.

E “tem havido alguma reconversão de castas, dependendo também do objetivo do produtor, pois há apoios para isso”.

No Algarve, “temos verificado uma grande evolução nos vinhos brancos, em linha com aquilo que o nosso consumidor quer. Na região, vendemos vinho sobretudo no verão, na época alta, e por isso há uma grande procura por néctares frescos, como os rosés e os espumantes, que também têm sido uma grande aposta”.

Já no que toca aos tintos, “as produções têm-se mantido, em paralelo ao crescimento que a região tem assistido, de uma forma sustentável”.

Sobre a Negra Mole, a casta tradicional algarvia, “os produtores, mesmo aqueles que poderiam estar um pouco de pé atrás ou menos confiantes, começam a apostar porque o mercado está a aceitar bem. Diria que, cada vez mais, a região fica muito associada à sua casta-bandeira, à sua casta identitária, que tem características muito interessantes para ser trabalhada”.

Na verdade, até “os espumantes têm tido uma grande expressão da Negra Mole. E isso é uma grande surpresa, porque não havia histórico. É uma casta com muita flexibilidade, capaz de grande harmonização com a nossa gastronomia, e até com a gastronomia internacional. É exclusiva do Algarve, e cada vez mais produtores têm identificado a Negra Mole como oportunidade”, estima.

Neste momento, segundo a CVA, mais de um terço do total de vitivinicultores algarvios têm esta variedade nos seus rótulos, “sobretudo em vinhos monocastas”.

No passado, “a Negra Mole era, digamos, para fazer volume, para grandes lotes, para vinhos de blend. Nos últimos 10 a 15 anos, contudo, há uma progressiva valorização, colocando-a com relevo em vinhos monovarietais”, até porque o consumidor quer néctares exclusivos do Algarve.

Exportação ainda tímida

Apesar de a produção estar a bater recordes, a maioria do vinho algarvio é consumido na região, com o turismo na linha da frente.

“Sim, sobretudo na região. As exportações ficam sempre entre 12 a 15 por cento. Há anos em que podemos exportar um pouco mais, outros menos, mas nem todos os nossos produtores são exportadores. A maioria vende localmente, seja na restauração ou na hotelaria. Uma parte é também vendida no retalho, na região, e claro, o enoturismo tem uma grande capacidade de gerar receitas, de venda à porta, sem intermediários. Essa é uma vantagem muito interessante para o produtor, a venda local”, detalha Sara Silva.

Ainda sobre a exportação, a presidente da CVA aponta que há alguma evolução, mas gradual e não muito expressiva, sobretudo para a Europa, “pois cerca de 40% dos nossos produtores têm alguma relação com estes mercados internacionais”.

Na quarta-feira, dia 15 de janeiro, seis Comissão Vitivinícolas (Algarve, Alentejo, Beira Interior, Bairrada, Dão e Trás-os-Montes) estiveram a ser ouvidas na Assembleia da República, em Lisboa, na Comissão de Agricultura e Pescas pelo grupo de trabalho do sector vitivinícola.

A produção de vinho na campanha de 2024/2025 recuou 8%, face à anterior, para 6,9 milhões de hectolitros, segundo dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), tal como o barlavento noticiou.


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Cresap vai abrir concurso para o cargo de presidente do IAPMEI

"No leque de candidatos que forem a este segundo concurso, após a seleção da CRESAP, será escolhido o nome para a presidência e mais um vogal", do IAPMEI, explicou ao ECO fonte oficial da Economia.

A Cresap vai abrir concurso para o cargo de presidente do IAPMEI, mas também para o de vogal do mesmo instituto. Este procedimento é necessário porque José Pulido Valente foi escolhido para liderar a instituição em regime de substituição.

A Cresap “vai proceder à abertura, pelo prazo de dez dias úteis a contar da presente publicação, do procedimento concursal de recrutamento e seleção do cargo de presidente para Agência para a Competitividade e Inovação”, lê-se no aviso publicado esta quinta-feira em Diário da República. “A indicação dos requisitos formais de provimento, de perfil pretendido, da composição do júri e dos métodos de seleção será publicitada na Bolsa de Emprego Público (BEP)”, acrescenta o mesmo aviso.

Quase no final de outubro, o ministro da Economia, Pedro Reis, escolheu toda a equipa que ia liderar o IAPMEI. José Pulido Valente para substituir Luís Guerreiro no cargo de presidente. Nuno Gonçalves passou a ser o nº2, subindo na hierarquia já que ocupava o cargo de vogal. Sara Carrasqueiro, a vice-presidente até então, foi afastada, tal como o ECO avançou, não tendo sido selecionada após o concurso levado a cabo pela Cresap que terminou a 15 de julho. Pedro Reis não a escolheu entre os três nomes sugeridos pela Cresap.

Para os cargos de vogal, Pedro Reis escolheu Paulo Mauritti entre a lista elaborada pela Cresap na sequência do concurso iniciado antes mesmo de o ministro da Economia ter decidido afastar Luís Guerreiro da presidência. E escolheu Carla Branco Santos, em regime de substituição, para o lugar de Marisa Garrido, que deixou o instituto para ocupar o cargo de secretária de Estado da Administração Pública. É para este lugar que o Ministério da Economia avançou com um pedido de procedimento concursal junto da Cresap e que abriu esta quinta-feira também, pelo prazo de dez dias.

“No primeiro concurso lançado entre os candidatos selecionados pela CRESAP foram escolhidos Nuno Gonçalves (vice-presidente) e Paulo Mauritti (vogal), para os cargos mencionados”, explicou ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia. “E no leque de candidatos que forem a este segundo concurso, após a seleção da CRESAP, será escolhido o nome para a presidência e mais um vogal”, acrescentou a mesma fonte.

O Estatuto do Pessoal Dirigente determina que as nomeações em regime de substituição cessam “na data em que o titular retome funções ou passados 90 dias sobre a data da vacatura do lugar, salvo se estiver em curso procedimento tendente à designação de novo titular”. A contagem dos 90 dias faz-se em dias úteis, de acordo com o Código do Procedimento Administrativo.

O recurso ao regime de substituição, apesar de evitar a vacatura dos cargos, acaba por colocar esses dirigentes em vantagem num futuro concurso. “Ganham currículo, não posso dizer que é neutro. Se exerceram o cargo, os membros do júri não podem ignorar”, disse o antigo presidente da Cresap, João Bilhim, em declarações ao Público.

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AP vai fornecer conteúdos para a IA generativa Gemini da Google

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2025

Nenhuma das empresas revelou quanto é que a Google vai pagar à AP pelo conteúdo.

A agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) vai fornecer conteúdos noticiosos para inteligência artificial (IA) generativa Gemini da Google, anunciou a empresa tecnológica.

De acordo com informação da Google, no seu blogue, a AP irá agora “fornecer um ‘feed’ de informações em tempo real para ajudar a melhorar ainda mais a utilidade dos resultados exibidos na aplicação Gemini”.

A administradora com o pelouro das receitas da AP, Kristin Heitmann, adiantou que este acordo faz parte de uma relação de longa data com a tecnológica “assente no trabalho conjunto para fornecer notícias e informações oportunas e precisas às audiências globais”.

Estamos satisfeitos que a Google reconheça o valor do jornalismo da AP, bem como o nosso compromisso com reportagens imparciais, no desenvolvimento dos seus produtos de IA generativa”, acrescentou, em comunicado.

Nenhuma das empresas revelou quanto é que a Google vai pagar à AP pelo conteúdo. A Google declinou comentar mais sobre como apresentaria as informações do jornalismo da AP e se daria crédito à organização noticiosa ou forneceria ‘links’ para os artigos originais.

Embora este tipo de parcerias ainda seja relativamente raro, alguns media desenvolveram recentemente acordo com atores de IA generativa para melhorar a pertinência das respostas dos seus modelos, capazes de produzir todo o tipo de conteúdos sobre um pedido simples em língua fluente.

A Agence France-Presse (AFP) e a empresa de inteligência artificial francesa Mistral também estabeleceram um acordo que permite ao robô de conversação da ‘startup’ utilizar as notícias que a agência produz.

A OpenAI, dona do ChatGPT, e o órgão de comunicação social norte-americano Axios anunciaram que esta semana um contrato de três anos que prevê que o ChatGPT possa utilizar os artigos do ‘site’ para formular respostas. Em troca, a tecnológica de Sam Altman está contratada para financiar a abertura de quatro novas redações da Axios nos Estados-Unidos, em Pittsburgh, na Pensilvânia, Kansas City, no Missouri, Boulder, no Colorado, e Huntsville, no Alabama.

A OpenAI concluiu ainda um acordo com a Associated Press, que permite a utilização dos arquivos deste último desde 1985, além dos parceiros com o grupo alemão Axel Springer (editor do Bild), o diário francês Le Monde, o grupo espanhol Prisa Media (El Pais, As), o jornal britânico Financial Times ou o grupo News Corp, da família Murdoch.

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Governo remete decisão sobre Banco de Portugal para reta final do mandato de Centeno. “É extemporâneo”, diz Sarmento

Ministro das Finanças garante que processo de decisão da liderança do Banco de Portugal não foi objeto do Conselho de Ministros e que é ainda é "extemporâneo" falar sobre a matéria.

O Governo considerou esta quinta-feira que é extemporâneo tomar uma decisão sobre a nomeação do governador do Banco de Portugal (BdP), um dia após Mário Centeno ter reafirmado disponibilidade para um segundo mandato à frente da instituição e ter anunciado que não será candidato à Presidência da República.

O tema nunca foi comentado em Conselho de Ministros, nunca foi objeto de qualquer conversa minha com o primeiro-ministro. Faremos uma reflexão e tomaremos uma decisão quando o mandato se estiver a aproximar do final. Ainda faltam seis meses e é extemporânea qualquer notícia que possa existir sobre essa matéria“, disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, no briefing do Conselho de Ministros.

Em entrevista à RTP3, transmitida na quarta-feira, Mário Centeno garantiu que o seu foco é completar o mandato que termina em julho à frente do Banco de Portugal e reiterou a disponibilidade para um segundo mandato, uma decisão que será tomada pelo Governo de Luís Montenegro, com quem mantém uma relação tensa.

Nunca desempenhei as minhas funções para passar com dez. O foco é esse. A minha expectativa é irrelevante para o tema. Não está nas minhas mãos“, disse. Mário Centeno já tinha sinalizado, em agosto do ano passado, ao Expresso que tinha “vontade de continuar governador” do Banco de Portugal.

O antigo ministro das Finanças de António Costa foi nomeado governador pelo anterior Executivo (PS) em 2020, o que originou críticas da oposição. A formalização de Mário Centeno para a liderança do regulador bancário só aconteceu em junho desse ano, mas desde fevereiro que se falava da possibilidade.

(Notícia atualizada às 14h44)

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Calendário de Marketing e Redes Sociais da E-goi promete dinamizar a comunicação das empresas em 2025

  • Conteúdo Patrocinado
  • 16 Janeiro 2025

A ferramenta gratuita reúne mais de 270 datas estratégicas e 25 estratégias comprovadas para promover os principais eventos do ano.

O Calendário de Marketing e Redes Sociais 2025 da E-goi — plataforma de automação de marketing omnichannel — já está disponível para download gratuito. Este ano, a ferramenta oferece mais de 270 datas estratégicas e 25 estratégias comprovadas, selecionadas para ajudar as empresas a promover as suas campanhas ao longo do ano.

Calendário de Marketing e Redes Sociais da E-goi promete dinamizar a comunicação das empresas em 2025
O Calendário de Marketing e Redes Sociais 2025 da E-goi inclui mais de 270 datas, estratégias de Marketing eficazes, envio de lembretes e integração facilitada com os principais calendários

O recurso, já habitualmente desenvolvido pela E-goi, visa auxiliar no planeamento de marketing. Ao longo dos anos, já foram mais de 30 mil empresas impactadas com a ferramenta, que se afirma como uma verdadeira aliada para diferentes setores.

Para 2025, a plataforma decidiu ir além, transformando a sua conhecida ferramenta em algo mais valioso. “Decidimos que era hora de inovar e trazer ainda mais valor para as empresas”, explica Marcelo Caruana, Head de Marketing da E-goi. “Além do mapeamento habitual de datas, este ano incluímos estratégias para promover os principais eventos do ano.”

Assim, o novo calendário de marketing vai além do mapeamento tradicional e destaca-se como um recurso mais estratégico para profissionais de marketing. Com mais de 270 datas — incluindo feriados, dias comemorativos e eventos relevantes para os setores de marketing e negócios — o calendário agora também inclui mais de 25 estratégias práticas para apoiar a comunicação de datas-chave, como o Dia dos Namorados, o Dia da Mãe e a Black Friday.

A nova abordagem garante que as empresas estejam cientes das datas importantes e equipadas com estratégias para tirar o máximo partido de cada oportunidade relevante do ano. “Queremos entregar valor para as empresas e ajudá-las a aproveitar todos os momentos do ano”, salienta Caruana.

Embora traga novidades, o calendário de marketing da E-goi mantém recursos que se revelaram valiosos ao longo dos anos, como o envio mensal de emails com lembretes das datas importantes e a integração facilitada com Google Calendar, Outlook e Apple. Estas funcionalidades tornam o planeamento ainda mais eficiente, permitindo que as empresas se concentrem em criar campanhas impactantes e bem-sucedidas.
O calendário já está disponível e pode ser encontrado em três idiomas. Para descarregar gratuitamente, basta aceder: Calendário de Marketing 2025.

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EDP vende painéis solares e armazenamento nos Estados Unidos à Plenitude

A EDP Renewables North America vendeu à Plenitude uma participação de 49% num portefólio de dois parques fotovoltaicos já operacionais e de uma estação de armazenamento.

A EDP vendeu duas participações em ativos solares e num projeto de armazenamento, localizados nos Estados Unidos. A informação é partilhada esta quinta-feira pela italiana Eni, que é dona do comprador, a Plenitude.

O acordo entre a EDP Renováveis North America e a Plenitude pressupõe a compra à empresa portuguesa, por parte desta última, de uma participação de 49% num portefólio de dois parques fotovoltaicos já operacionais e de uma estação de armazenamento que está em construção no Estado da Califórnia. Os três ativos, de nome Sandrini 100, Sandrini 200 e Sandrini Bess, têm uma capacidade instalada total de 499 megawatts (MW).

“Através desta aquisição à EDP posicionamo-nos no mercado da Califórnia, um dos mais relevantes para o desenvolvimento de energias renováveis, diversificando ainda mais a presença da Plenitude nos Estados Unidos e confirmando o compromisso de investir em sistemas de armazenamento elétrico. Alcançamos assim uma capacidade instalada total nos EUA de cerca de 1,7 GW [gigawatts]”, afirma o CEO da Plenitude, Stefano Goberti, citado no comunicado partilhado pela Eni.

Da parte da EDP Renewables North America, a CEO, Sandhya Ganapathy, indica que esta parceria demonstra o compromisso da EDP em reforçar a infraestrutura energética naquele território através do desenvolvimento de capacidade solar e de armazenamento adicional. A EDP Renewables North America já desenvolveu mais de 12 GW na região que lhe empresta o nome.

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Caso BES: Prescreveram mais quatro crimes de Ricardo Salgado

O tribunal confirmou que prescreveram mais quatro crimes de falsificação de documento de Salgado no caso BES. O líder do BES vai a responder em julgamento por apenas 57 crimes, ao invés de 65.

O tribunal confirmou que prescreverem mais quatro crimes imputados a Ricardo Salgado no âmbito do caso BES, avança o Observador. Os crimes em causa são de falsificação de documento. Assim, o ex-presidente do BES vai a responder em julgamento por apenas 57 crimes, ao invés dos 65 que tinha sido acusado pelo Ministério Público (MP).

Um dos crimes de falsificação de documento em causa, referente à carta de representações que a sociedade ESI entregou à auditoria em abril de 2014, prescreveu no dia 28 de dezembro. A segunda prescrição ocorreu a dia 30 do mesmo mês. Os restantes crimes, referentes às demonstrações financeiras da ESI, prescreveram na sexta-feira, dia 10 de janeiro.

Para além destes quatro crimes, há mais prescrições a aproximar-se. Dos 57 crimes, a lista pode reduzir-se para 52, uma vez que há mais cinco crimes que prescrevem até março: quatro de infidelidade – um no final de fevereiro e três a 28 de março – e um de falsificação – que prescreve dia 24 de janeiro.

ANDRÉ KOSTERS/LUSAANDRÉ KOSTERS/LUSA

O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido do caso BES/GES e responde atualmente em tribunal por 57 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014, que vão desde associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, infidelidade, manipulação de mercado, branqueamento de capitais a falsificação de documentos. Segundo o MP, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Além de Ricardo Salgado, estão também em julgamento outros 17 arguidos, nomeadamente Amílcar Morais Pires, Manuel Espírito Santo Silva, Isabel Almeida, Machado da Cruz, António Soares, Paulo Ferreira, Pedro Almeida Costa, Cláudia Boal Faria, Nuno Escudeiro, João Martins Pereira, Etienne Cadosch, Michel Creton, Pedro Serra e Pedro Pinto, bem como as sociedades Rio Forte Investments, Espírito Santo Irmãos, SGPS e Eurofin. Segundo o MP, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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CNN não quer “adormecer à sombra da liderança” e apresenta novidades

Tendo terminado 2024 como líder entre os canais de informação, a CNN quer manter-se como o canal preferido dos portugueses. A aposta é na diversificação da oferta e abordagem.

José Eduardo Moniz (diretor-geral da TVI), Mário Ferreira (presidente do conselho de administração da Media Capital), Nuno Santos (diretor da CNN Portugal e diretor de informação da TVI) e Pedro Morais Leitão (CEO da Media Capital).

“O mais importante são sempre as notícias”, começou por afirmar Nuno Santos, diretor da CNN Portugal e também diretor de informação da TVI. No entanto, a CNN quer apostar na diversificação da sua oferta, tanto em termos de abordagem como de conteúdo. “Isto significa que nós, sendo líderes, não queremos adormecer à sombra dessa liderança e queremos marcar o passo“, afirmou o responsável ao +M, à margem de um evento de apresentação de novidades do canal.

Para isso, a CNN quer também contar com o apoio de anunciantes. “Nós precisamos de tornar ainda mais forte esta ligação que já temos [com os anunciantes] para criarmos novos conteúdos, para irmos ao encontro das marcas. Estamos disponíveis para isso. O mais importante são as notícias, mas nós também precisamos de trabalhar para outros públicos e isso significa uma ligação mais estreita com o mercado publicitário“, disse Nuno Santos no evento.

Diversificar a abordagem e os conteúdos é agora a aposta do canal, com seis programas novos ou que contam com novidades.

No que diz respeito ao “Agora CNN” (segunda a sexta-feira, às 15h) as notícias do dia “ganham uma nova forma de apresentação e hierarquização para serem mais bem entendidas pelo espectador”, visando contextualizar e descodificar a informação.

Já o “Arena CNN” (segunda a sexta-feira, às 17h) e apresentado por Rita Rodrigues, vai juntar quatro analistas e comentadores para tratarem, em direto, os dois principais temas informativos do dia. “Com uma forte componente em direto e com recurso a modernas soluções de infografismo, o Arena CNN coloca a nossa cobertura noticiosa no patamar da inovação, que é um dos principais desígnios da CNN”, lê-se em nota de imprensa.

Ao espaço de debate “Crossfire” é concedida uma nova identidade e novos protagonistas. À segunda-feira, Anabela Neves e Rui Calafate convidam uma “figura da vida política ou social do país” para, em conjunto, debaterem os grandes temas na agenda. À terça-feira, Rui Moreira junta-se a Sérgio Sousa Pinto e a Helena Matos, enquanto à quarta-feira Mafalda Anjos marca presença no programa em conjunto com Miguel Relvas e Álvaro Beleza.

Em “O Mistério das Finanças” os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa contam com um ou mais convidados para “resolver mistérios da nossa economia — e do seu impacto nas vidas dos portugueses”. Nascido em 2019 enquanto podcast, o programa salta agora para a televisão numa parceria entre a CNN e o ECO para “decifrar e revelar temas, desde finanças pessoais à gestão de empresas, de políticas públicas e mercados financeiros”.

Nas manhãs de fim de semana, António Botelho apresenta “um programa muito diferente da esfera em geral e da oferta da CNN em particular”. Com o apoio dos comentadores Luís Villar e Diogo Luís e de especialistas nas áreas financeiras e de marketing desportivo, o novo programa “Football Business League” debruça-se sobre os negócios que envolvem o futebol.

Já o programa “Game Changers“, em associação com a Câmara do Comércio e Indústria, é lançado para ser o “novo espaço de conversa com os líderes em diferentes setores da atividade económica”, naquela que pretende ser “uma descontraída conversa entre pares game changers”.

Avançando, embora sem concretizar, que a CNN Portugal fechou o ano de 2024 “no verde”, uma vez que “tem hoje em dia um grande alcance” e que em termos publicitários “é um braço importante do grupo”, Nuno Santos assume com objetivo para o canal manter a liderança este ano.

No ano passado, a CNN Portugal foi líder entre os canais de informação, tendo fechado 2024 com 2,4% de share e 50,5 mil espetadores. O canal do grupo Media Capital ficou assim à frente da SIC Notícias (share 1,9% e média por 40,9 mil telespectadores) e RTP3 (share de 0,7% e 15,6 mil telespectadores).

Queremos manter a posição de liderança, por um lado. Por outro, acreditamos que a quota com a qual fechamos o ano é relevante, também do ponto de vista do mercado publicitário, e apontamos este ano para uma quota muito semelhante“, disse ao +M Nuno Santos.

José Eduardo Moniz, referindo que a CNN tem um “papel liderante, os melhores programas, o melhor posicionamento e um rumo identidade que o mercado reconhece, quer no que diz respeito aos espectadores, quer em relação aos anunciantes“, afirmou também estar “satisfeito”.

No entanto, as expectativas são que, “naturalmente”, a CNN possa crescer. “A CNN não é um mero canal de televisão, é muito mais do que isso. A sua operação digital é muito importante e acreditamos que é possível, com o conjunto de programas que iremos introduzir ao longo do ano, chegar mais longe“, referiu.

Neste campo do digital, Nuno Santos apontou que a aposta é constante. “Temos hoje mais presença e conteúdos digitais do que tínhamos no primeiro dia, e isso significa que estamos a conseguir trabalhar com novas ferramentas — como legendagem instantânea ou algumas ferramentas de inteligência artificial em fase de teste –, de modo a podermos ter mais informação e também mais contexto”. Esta aposta no digital é feita também numa lógica de aposta em multiplataforma, que “é hoje a lógica dos media“.

Já em entrevista em novembro ao +M, Nuno Santos elegia como objetivos para este ano a melhoria da cross promotion entre antena e site, bem como a aposta em “opinião qualificada, distintiva” e em podcasts.

A área dos podcast, na verdade, é aquela “onde, apesar de tudo, a nossa oferta ainda não me preenche as expectativas e, portanto, acredito que não preencha a dos espectadores. É uma área na qual estamos a trabalhar para ter mais produtos em 2025”, disse Nuno Santos, sem adiantar novidades neste campo. No verão a “situação já será diferente, para melhor”, acrescentou.

O diretor da CNN Portugal e também diretor de informação da TVI classificou ainda como “estranho” o cenário dos canais de informação em Portugal. Isto porque “temos muita oferta, por um lado, mas por outro temos pouca diversificação na forma como abordamos os conteúdos. Acho que os canais são todos muito parecidos e isso não é bom para o espectador. Gostava que todos fôssemos mais diferentes uns dos outros“, afirmou ao +M.

A aposta no futebol

Tendo em conta que, em novembro passado, a TVI chegou a acordo com o Moreirense Futebol Clube para transmitir nos canais do grupo os jogos em casa do clube minhoto, José Eduardo Moniz deixou em aberto a possibilidade de avançar com outras apostas neste “campeonato” que é o desporto e, mais em concreto, o futebol.

O segredo é a alma do negócio“, disse ao +M quando questionado sobre se o acordo com o Moreirense seria uma aposta única. “Nós temos ambição e temos vontade de assumir um papel de referência nas várias áreas de atividade em que nos baseamos — seja informação, ficção, entretenimento e desporto –, e nessa medida estamos sempre a olhar para as oportunidades de forma permanente. O que for possível nós faremos, sem loucuras”, afirmou.

O desporto sempre foi uma aposta, pode assumir uma maior dimensão ou menor, em função das circunstâncias do momento, mas é uma área de atividade em relação à qual sempre estivemos atentos e continuaremos a estar“, acrescentou.

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Prazo de certidão de não dívida para pedir apoios vai ser alargado

Declaração do Fisco tem, neste momento, a validade de três meses e o Governo pretende estendê-la para quatro meses tal como já acontece na Segurança Social.

O Governo vai alargar o prazo de validade da certidão de não dívida do Fisco de três para quatro meses, tal como já acontece na Segurança Social, segundo o pacote para a simplificação fiscal que será aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministro. Esta declaração é essencial para as famílias poderem aceder a apoios sociais e para as empresas se candidatarem a subsídios ou linhas de financiamento.

A agenda de simplificação fiscal estabelece assim “um prazo de validade de quatro meses para a certidão de não dívida emitida pela Autoridade Tributária, igualando o prazo de validade da certidão de não dívida emitida pela Segurança Social”, lê-se no documento do Governo a que o ECO teve acesso.

Uma certidão de não dívida é uma declaração que comprova não ter dívidas por pagar à Segurança Social ou à Autoridade Tributária (AT). Este documento atesta que determinado cidadão ou empresa tem a sua situação regularizada junto daquela entidade.

A declaração pode ser solicitada em várias situações. É o que acontece quando um contribuinte se candidata a apoios do Estado como, por exemplo, subsídios às rendas de habitação, para a melhoria da eficiência energética das casas ou para compra de veículos elétricos. No caso das empresas, esta certidão é normalmente necessária para a submissão de candidaturas a subsídios ou a linhas de financiamento.

O Governo aprova esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, um pacote com 30 medidas de simplificação fiscal, de acordo com o documento a que o ECO teve acesso e noticiado em primeira mão pelo Jornal de Negócios. A maior parte (80%) visa reduzir os custos de contexto, isto é, diminuir a burocracia; 36% tem como missão aumentar a transparência e a compreensão das obrigações tributária; e 30% pretende melhorar a qualidade dos serviços prestados.

Esta agenda para a simplificação fiscal é uma promessa do Executivo de Luís Montenegro. Na semana passada, a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, anunciou que estava “a ser ultimada e será apresentada muito brevemente uma agenda para a simplificação fiscal que pretende diminuir os custos de contexto”, afirmou, no âmbito de uma iniciativa da Associação Fiscal Portuguesa (AFP).

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já tinha indicado, no final do ano passado, que o Governo iria apresentar um programa de simplificação fiscal ambicioso. Cláudia Reis Duarte reforçou esta ideia, explicando que o objetivo é avançar com uma reforma, no sentido da “eliminação e simplificação das obrigações fiscais e da melhoria dos serviços dos Estado com os contribuintes”. “Desta forma, o Governo pretende contribuir para um reforço da confiança dos cidadãos e das empresas com o sistema e com a administração tributária”, sublinhou.

De lembrar que, em julho do ano passado, o Governo criou uma comissão para a revisão do processo e procedimento tributário e das ­garantias dos contribuintes, que é liderada por Rogério Fernandes Ferreira, fiscalista e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de António Guterres. Este grupo de trabalho vai avaliar o processo e procedimento tributário e as ­garantias dos contribuintes com vista a uma maior simplificação fiscal e uma maior justiça fiscal. Ouvidas mais de 90 entidades, esta unidade deverá entregar as conclusões no final de abril, pelo que ainda neste primeiro semestre poderão existir mais novidades no âmbito da simplificação e justiça tributárias.

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Atual bastonária da Ordem dos Advogados já entregou recandidatura

Fernanda de Almeida Pinheiro já entregou a recandidatura ao órgão. Entre os vice-presidentes estão Daniel Herlander Felizardo, José Pedro Moreira, Lara Roque Figueiredo e Sandra Maria Santos.

A atual bastonária da Ordem dos Advogados (OA), Fernanda de Almeida Pinheiro, já entregou a recandidatura ao Conselho Geral da OA, nas eleições marcadas para 18 e 19 de março. Entre os candidatos a vice-presidentes estão Daniel Herlander Felizardo, José Pedro Moreira, Lara Roque Figueiredo e Sandra Maria Santos. Os mesmos que atualmente compõem o Conselho Geral.

Na lista dos vogais, também nada muda. São os mesmos que atualmente ocupam esses cargos. Pode ver a lista, na íntegra, aqui.

Fernanda de Almeida Pinheiro apresentou o seu programa de recandidatura à liderança do órgão a semana passada. A candidata assume que as eleições antecipadas exigem uma “resposta firme” de forma a garantir que as reformas em curso, com a da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) e do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais (SADT), não sejam “interrompidas por interesses que nunca se comprometeram verdadeiramente com mudanças efetivas”.

“A advocacia portuguesa enfrenta hoje desafios que exigem coragem, determinação e, acima de tudo, continuidade. Continuar as reformas que já estão em marcha, continuar a dignificar a nossa profissão e continuar a construir uma Ordem mais moderna, mais inclusiva e mais próxima de todos os advogados”, disse.

Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro - 09JAN23
Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida PinheiroHugo Amaral/ECO

Assim, Fernanda de Almeida Pinheiro compromete-se a resolver de forma definitiva o problema da CPAS, garantindo direitos sociais, contribuições ajustadas à realidade económica de cada profissional e direitos adquiridos, e a avançar com as revisões periódicas da tabela da SADT.

Entre as medidas apresentadas está ainda a ampliação dos benefícios, com mais ferramentas tecnológicas, formação especializada e redes de apoio à jovem advocacia, o reforço da inclusão e igualdade, garantindo que a OA seja representativa e acessível a todos os advogados e continuar o trabalho de valorização pública da profissão e representação ativa através de uma participação constante em processos legislativos e em fóruns institucionais, com vista à defesa firme dos direitos, prerrogativas e interesses da advocacia.

“O nosso compromisso é claro: não subiremos quotas, continuaremos a lutar por uma Ordem forte e transparente, e avançaremos com as reformas em curso. Juntos, faremos da Advocacia portuguesa um exemplo de modernização, dignidade e inclusão. Contamos consigo para construir a Ordem que queremos e merecemos. Seguimos Juntos pela Ordem Que Queremos”, refere.

As eleições para os órgãos nacionais e regionais da OA estão marcadas para dia 18 e 19 de março, depois da atual bastonária ter convocado as mesmas, de forma antecipada. Ricardo Serrano Vieira, João Massano, José Costa Pinto e Fernanda Almeida Pinheiro são candidatos ao cargo, até agora. O prazo de entrega de candidaturas acaba no dia 17 de janeiro.

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Governo acaba com “calvário” nas faturas dos recibos verdes. “Vai libertar muitas horas de trabalho”

Quando pedem uma fatura, recibos verdes vão poder indicar logo que aquela despesa faz parte da sua esfera pessoal ou profissional. Poupam, assim, horas na classificação de faturas, na entrega de IRS.

Os portugueses que passam recibos verdes vão poder indicar, no momento em que pedem uma fatura, se aquela despesa faz parte do seu âmbito pessoal ou profissional. Deixarão, assim, de ter de passar horas a classificar faturas, no momento da entrega anual de IRS, acabando-se com aquilo que o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considerou “um calvário“. Esta é uma das medidas do pacote de simplificação fiscal, que foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

“Hoje quem tem recibos verdes, e são centenas de milhares de portugueses, tem o calvário de ter de identificar as faturas em sede de IRS que foram de despesas de uso pessoal e as que foram de despesas de uso profissional. Com esta alteração, vamos permitir que quem tem recibos verdes, no momento que pede a fatura, identifique se essa fatura diz respeito a uma despesa de âmbito pessoal ou profissional“, explicou o responsável, em conferência de imprensa.

Segundo Miranda Sarmento, esta medida “vai permitir que não haja uma correria todos os anos dos contribuintes a terem de validar, muitas vezes, centenas de faturas para efeitos do seu IRS e da sua atividade profissional”, libertando-se, deste modo, “muitas horas de trabalho”.

E se o contribuinte indicar incorretamente o âmbito da fatura, poderá sempre, antes da entrega anual do IRS, corrigir a classificação, garantiu Miranda Sarmento.

Já quanto à implementação desta medida — o plano de simplificação fiscal, no seu todo, será aplicado ao longo de dois anos, tendo as várias medidas vários prazos de chegada ao terreno –, o ministro não indicou um momento em particular, tendo sublinhado que implicar “alterações significativas” nos procedimentos da Autoridade Tributária. “Esta é uma medida que demorará algum tempo“, declarou, assim.

Abrir atividade vai ficar mais fácil

Abrir atividade como trabalhador independente no Portal das Finanças vai ser mais fácil. A agilização desse processo é outra das medidas do pacote que foi aprovado esta quinta-feira.

Em concreto, ficaram previstas duas medidas, neste âmbito. Por um lado, melhora-se o apoio prestado aos contribuintes, no momento do preenchimento da declaração em causa. E, por outro, facilita-se o processo de correção de enquadramento por parte da Autoridade Tributária.

Por outro lado, o ministro das Finanças anunciou que será incrementado o uso de Inteligência Artificial (IA) para acelerar a análise e apoiar a resposta aos contribuintes. Pretende-se, assim, desenvolver assistentes virtuais e ferramentas de suporte à triagem e análise de pedidos submetidos.

O pacote de simplificação fiscal aprovado esta tarde é composto por 30 medidas, distribuídas em três vetores: redução dos custos de contexto, maior transparência e compreensão das obrigações tributárias e melhoria da qualidade dos serviços prestados. O ministro das Finanças notou que o custo da implementação deste pacote será “muito reduzido”, face à poupança financeira e económica que irá gerar ao Estado, às empresas e aos contribuintes.

Notícia atualizada às 15h28

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CMS e Goldman Sachs lideram assessoria a fusões e aquisições na Europa

Rothschild e Latham & Watkins também se destacaram nos rankings europeus da GlobalData. Veja as tabelas com os dez maiores assessores de M&A.

As sociedades de advogados CMS e Latham & Watkins e os bancos de investimento Goldman Sachs e Rothschild & Co foram os principais assessores financeiros e jurídicos de fusões e aquisições (M&A) na Europa em 2024, de acordo com a consultora britânica GlobalData.

As duplas destacaram-se em diferentes segmentos, o valor dos negócios assessorados e o número de operações: o Goldman Sachs apoiou transações de 97,5 mil milhões de dólares (94,8 mil milhões de euros) e o Rothschild & Co mais de uma centena de negócios (132).

O analista Aurojyoti Bose destacou que a Rothschild manteve a posição de liderança em volume de um ano para o outro, apesar de ter registado uma queda anual no número de negócios assessorados. “Além da liderança em volume, a Rothschild & Co ocupou também a nona posição em termos de valor em 2024”, referiu o especialista da GlobalData.

“O Goldman Sachs registou um salto mais do que duplo no valor total dos negócios por si assessorados em 2024 em comparação com 2023. E passou de ocupar a segunda posição em valor em 2023 para liderar o gráfico por esta métrica em 2024 com 24 negócios milhares de milhões de dólares [acima de mil milhões] que incluíram também um mega negócio avaliado em mais de 10 mil milhões de dólares, que ajudaram a melhorar a sua classificação”, explicou.

No caso do apoio legal, a gigante da advocacia Latham & Watkins – que não tem presença em Portugal – alcançou a sua posição de liderança em termos de valor com transações de 58,8 mil milhões de dólares (57,2 mil milhões de euros) enquanto a CMS – uma das principais firmas internacionais no país, onde José Luís Arnaut é managing partner – destacou-se no volume com um total de 265 negócios, segundo a base de dados da GlobalData.

A CMS foi a clara vencedora em volume, superando os seus pares por uma margem significativa em 2024. Foi a única empresa a assessorar em mais de 200 negócios durante o ano. Curiosamente, o CMS também liderou em volume no ano anterior. A classificação por valor da Latham & Watkins deu um salto da oitava posição em 2023 para a primeira posição em 2024. Isto pode ser atribuído ao grande salto no valor total dos negócios assessorados em 2024 em comparação com 2023″, acrescentou o analista Aurojyoti Bose.

A Lazard ocupou a segunda posição em termos de valor, assessorando negócios no valor de 71,3 mil milhões de dólares, seguida pelo Morgan Stanley com 68,4 mil milhões de dólares, pelo UBS com 59,6 mil milhões de dólares e pelo Deutsche Bank com 47,1 mil milhões. Entretanto, a PwC ocupou a segunda posição em termos de volume com 119 negócios, seguida pela Clearwater International com 104 negócios, a EY (Ernst & Young) com 103 negócios e a KPMG com 99 negócios.

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