Vila Galé investe 14 milhões em novo hotel dedicado ao humor

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

O novo hotel temático do grupo liderado por Jorge Rebelo de Almeida, localizado em Miranda do Douro, vai ter 100 quartos e empregar 40 pessoas.

O grupo Vila Galé anunciou esta quinta-feira a construção de um hotel temático dedicado ao humor, em Miranda do Douro, onde o investimento previsto poderá ultrapassar os 14 milhões de euros, com 100 quartos e 40 postos de trabalho.

O anúncio foi feito pelo presidente do grupo hoteleiro Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, após a assinatura da escritura pública para constituição de direito de superfície para a construção, instalação e exploração de um estabelecimento hoteleiro, e respetivas valências associadas, que decorreu no Câmara de Miranda do Douro, no distrito de Bragança.

“Esta ideia da criação de um hotel em Miranda do Douro que vai contar a história do humor em Portugal e no mundo, foi uma sugestão de um amigo nosso, que é o Fernando Alvim, e por isso vai ser um tema interessante e divertido. Esta é também uma forma de atrair mais gente a este território”, revelou o líder do grupo Vila Galé.

Segundo Jorge Rebelo de Almeida, o grupo Vila Galé já tem outros hotéis dedicados a outras formas culturais, como a música, a dança, a pintura, o cinema, o teatro ou a moda, em vários pontos dos países. Agora junta-se o humor, na futura unidade hoteleira modular de Miranda do Douro. “Para além da temática humor, o futuro hotel vai dispor de SPA, Centro de Convenções até 500 pessoas, um restaurante, um bar dedicado ao Soul e Blues, entre outros equipamentos”, especificou o presidente do Vila Galé.

O projeto de construção do Hotel Vila Galé -Miranda do Douro está concluído foi entregue no município local na quarta-feira. “Agora esperem-se a respetiva aprovação do projeto que deverá acontecer nos próximos 20 dias, mas poderá ser mais dilatado, porque pode ser podido um qualquer documento à ultima da hora”, disse Jorge Rebelo de Almeida. A presidente da Câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, explicou que os pareceres necessários das mais diversas entidades “estão devidamente acautelados” e entreves que poderiam colocar-se, estão ultrapassados”.

“Foi tudo devidamente acautelado, a seu tempo, porque houve um trabalho prévio do investidor e do município”, frisou a autarca social-democrata. Para Helena Barril a construção deste novo hotel é mais um episódio na secular história de Miranda do Douro, acrescentado numa era de modernidade.

A construção do hotel do grupo Vila Galé em Miranda do Douro deverá ter início ainda este ano sendo o prazo de conclusão de ano e meio. O município de Miranda do Douro cedeu, após concurso público dos direitos de superfície e pelo prazo de 60 anos, um terreno com uma área aproximada de 41 mil metros quadrados localizado nas imediações da barragem, em pleno Parque Natural do Douro Internacional,

O grupo conta atualmente com “44 hotéis, dos quais 32 em Portugal”, e tem uma “presença forte” no Brasil, com “cerca de 10.000 camas”, assinalou o líder do Vila Galé, que em 2023 obteve receitas totais de 275 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

APS Dia 1: IA e Saúde Mental devem aprender a lidar com humanos

No primeiro dia do XIX Encontro Resseguros, organizado pela APS, especialistas e cientistas recentraram a reflexão para avaliar os males do momento. Tudo passa e vai passar pelos humanos.

Para José Galamba de Oliveira, presidente da APS, os Encontros Resseguros devem aprofundar e desmitificar tendências.

O XIX Encontro Resseguros realizado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS) foi inaugurado esta quinta-feira pelo seu presidente José Galamba de Oliveira. Como habitual nestes eventos, previsto para se realizarem de dois em dois anos, os temas são debatidos essencialmente por convidados exteriores ao setor segurador e ressegurador. Este ano, os encontros marcados para esta quinta-feira – no dia 1 do evento – foram o envelhecimento e saúde mental e os desafios da Inteligência Artificial (IA) e do digital. E, no dia 2 do evento, a realizar esta sexta-feira, serão tratados os temas “Os grandes desafios das catástrofes naturais” e, no painel final, será falada a “(Des)proteção das sociedades”.

Os painéis realizados no primeiro dia permitiram verificar que o fator humano – é opinião quase geral dos participantes – continua protagonista e está aos comandos da mudança, está também a enviesar com a sua perceção sobre a verdadeira importância atual da IA e sobre a generalização de sintomas como diagnósticos de doença mental. Pode-se concluir neste primeiro dia, que nesta fase serão os males que terão de compreender os humanos que os causam.

Jad Ariss, da Swiss Re, sugere tornar a subscrição de riscos por parte das companhias mais flexível, ou seja, mais inclusiva.

Jad Ariss, diretor geral de The Geneva Association, o mais relevante think tank da indústria seguradora, iniciou o primeiro painel com uma apresentação sobre “Envelhecimento e saúde mental — novos riscos ou novas perceções de risco?”. Assinalou grandezas como mil milhões de habitantes da terra terem um problema mental e, com a Covid 19, surgiram mais 53 milhões de casos de depressão e 76 milhões de situações de ansiedade extrema.

Para Ariss, os riscos da doença mental influem mais diretamente nas coberturas de Acidentes de Trabalho, Viagem, Automóvel, Saúde e Vida e sugeriu uma estimativa 6 biliões de dólares como perdas estimadas devidas a saúde débil e perdas de produtividade.

Diz o especialista que a doença mental, para além de causar estigma social e existirem poucos recursos para apoiar doentes, tem um impacto na consciencialização do segurado quanto à sua condição, de lançar incertezas sobre o design dos produtos de proteção, questionar as técnicas tradicionais de subscrição e complicar a validação de sinistros.

Como resposta dos seguros Jad Ariss propõe utilizar as novas tecnologias para melhor detetar e prevenir as doenças, ativar programas de saúde envolvendo grupos, promover literacia correta e tornar a subscrição de riscos por parte das companhias mais flexível, ou seja, mais inclusiva.

A Doença Mental foi descodificada por Helena Canhão, Alban Senn, Albino Oliveira e Maia e Ana Rita Gomes.

Helena Canhão, diretora e Professora Catedrática de Medicina da NOVA Medical School, trouxe uma visão mais ligada à ciência prática e salientou que se terá de juntar condições de solidão à existência de doenças mentais: “um quarto das pessoas com mais de 65 anos vive só e dois terços vive com uma companhia de idade semelhante”, alertou. Estando habitualmente a padecer de uma condição médica crónica, salienta que esse isolamento também provoca um acréscimo de deslocações aos hospitais com casos agudos.

Um contraponto surgiu por parte de Alban Senn, diretor Médico e responsável pela área de Investigação e Desenvolvimento da resseguradora Munich Re, ao afirmar que a prevalência de doenças mentais não mudou desde há décadas, “o que mudou foi a nossa perceção”, disse. Para Senn a doença mental “está a ser justificação para todos os problemas”, um fenómeno com muita visibilidade, enquanto as doenças ósseas continuam importantes, disse.

Ana Rita Gomes, administradora da Multicare, grupo Fidelidade, confirmou que “já quase não há distinção entre doença física e doença mental” e que já em 2021, a Multicare lançou um produto para a prevenção e tratamento psicológico que cobria internamentos. Para a administradora o acesso está aberto à prevenção e recomendou que as empresas estejam mais envolvidas, relembrou que existe estigma social, na utilização das ferramentas que têm à sua disposição.

Não tem havido aumento do número de diagnósticos, são estáveis há décadas”, reforçou Albino Oliveira e Maia, diretor da Unidade de Neuropsiquiatria e Investigador Principal da Fundação Champalimaud e Professor na NOVA Medical School, salientando que os suicídios têm estado em declínio de 1% ao ano desde os anos oitenta do século XX. Para o investigador “a pandemia aumentou o awareness”, e verifica-se um aumento de sintomas, mas não de diagnóstico, de doença mental. Albino Maia alerta para se poder estar a perder atenção sobre os verdadeiros casos no meio de casos apenas sintomáticos: “antes tudo era devido à saúde física e a mental era ignorada, agora tudo é saúde mental”. Na sua opinião, esta situação “tem atrasado a indústria”.

Todos os participantes se referiram a tecnologia e ao IA como, por enquanto, pouco interessante. Qualquer diagnóstico feito por IA diz “aquilo que já sabemos há 50 anos”, foi uma conclusão.

Atenção ao novo EU AI Act – Novas regras estão a chegar

Inês Antas de Barros, Sócia de Comunicações, Proteção de Dados & Tecnologia, da VdA – Vieira de Almeida, foi a oradora que introduziu o tema Os desafios da Inteligência Artificial e do Digital, avisando desde logo que os tempos da pandemia permitiu descobrir que na Europa, ao contrário dos Estados Unidos e China, faltavam dados” e essa falta, resultante de “legislação restritiva no acesso a dados”, não estava a permitir um real desenvolvimento da investigação sobre IA.

O estado da Inteligência Artificial foi exposto por João Saraiva, Inês Antas de Barros, Rui Monteiro Lopes e Daniel Quermia.

Daí ter nascido o IA Act – o EU Artificial Intelligence Act, aprovado em março deste ano no Parlamento Europeu, para regular a utilização da IA. Inês Barros descreveu nas suas principais linhas que respeitam a atividade seguradora. Identificou a sua aplicação na deteção da fraude, automação da gestão de sinistros, os assistentes virtuais, formação de tarifas e subscrição de riscos, recursos humanos, biométrica e avaliação de sintomas.

Chamou a atenção para um faseamento em 4 partes do processo legislativo, sendo a primeira a definição de aplicações absolutamente proibidas – exemplificou com a deteção de emoções em pessoas no local de trabalho, exceto cansaço – seguindo-se a aprovação de códigos de conduta, depois a constituição das autoridades de supervisão e por fim a caracterização de sistemas de alto risco. As proibições devem estar em vigor em 6 meses, a última fase será aplicada dentro de dois anos.

Daniel Quermia, Chief Financial Officer da resseguradora Mapfre Re, falou da experiência da seu grupo envolvido em 90 projetos diferentes de utilização de IA. Fez notar que “a IA tem ajudado a estruturar informação muito dispersa”, mas considera que, por exemplo, a subscrição de risco “será uma atividade humana por alguns anos, mesmo com ferramentas de IA” porque, concluiu, “um tonto com uma ferramenta continua a ser um tonto”.

O painel contou também com João Saraiva diretor de Transformação e de Advanced Analytics da Generali Tranquilidade, que sublinhou ser a IA uma necessidade da sua companhia que “tem muitos dados e vontade de se aproximar dos clientes”. Já Rui Monteiro Lopes, CEO e fundador da AgentifAI, empresa tecnológica da área, exemplificou uma aplicação de IA desenvolvida pela sua empresa para atendimento inteligentes ao público. Confrontado por ser uma ferramenta de substituição de pessoas por máquinas, respondeu que pelo contrário, a aplicação “está a resolver a falta de pessoas”

Esta sexta-feira terá lugar o dia 2, e último, deste Encontro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Auditoria ao Benfica está pronta e a caminho do Ministério Público. Mas vai ser feita mais uma

A auditoria às contas da SAD foi apresentada à administração do clube e será agora entregue ao Ministério Público e apresentada aos sócios do Benfica,.

Ao fim de um ano e meio, a auditoria forense ao Benfica está pronta e o próximo passo será o envio da mesma ao Ministério Público (MP). A garantia foi dada pelo presidente do clube dos encarnados, Rui Costa, na entrevista dada a um grupo de órgãos de comunicação social selecionados onde abordou também a época do Benfica. O ECO sabe que, nas próximas duas semanas, essas conclusões serão enviadas ao MP.

“A auditoria está finalizada, demorou mais do que esperávamos porque foram realizados 51 contratos que faziam parte do processo cartão vermelho. Está concluída, teve uma série de complementos para poder ser uma auditoria completa. Já foi apresentada à administração do clube e será agora entregue ao Ministério Público e apresentada aos sócios do Benfica como prometido”, disse Rui Costa. “Em relação ao processo atual, referir que tudo o que está neste processo não está na auditoria, mas assim que tomámos conhecimento do processo, pedimos uma auditoria nova sobre todos os contratos que possam estar incluídos neste processo. Não posso falar mais sobre o processo porque não quero interferir. Quero que se desenvolva autonomamente”.

No final de 2022, perante as suspeitas que recaíam sobre o Benfica, Rui Costa admitiu reforçar o compliance da SAD. “Acredito que com isso reforço também a confiança dos nossos adeptos”. Em causa o processo Cartão Vermelho — que envolve o ex-líder das águias em suspeitas de burla qualificada, abuso de confiança agravada, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, numa investigação que resultou na detenção de Luís Filipe Vieira em Julho desse ano.

Por isso, nessa altura, o presidente da SAD do Benfica admitia que quer “acabar estas suspeitas todas em relação ao clube e por isso o compliance da SAD do Benfica tem de ser reforçado”, de forma a evitar que futuras irregularidades sejam apontadas ao clube. Nessa altura, avançou ainda que os 55 contratos de transferências de jogadores investigados pelo Ministério Público no âmbito do mesmo processo, estão a ser igualmente alvo de uma auditoria encomendada pelo Benfica à EY.

Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, foi identificado pelo DCIAP como fazendo parte de um alegado esquema de fraude que consistia em comissões altas atribuídas ao empresário e advogado Bruno Macedo, na compra e venda de passes de três jogadores, com desvio de dinheiro da Benfica SAD, que mais tarde revertia para o presidente do clube pagar dívida das suas empresas.

A investigação identificou ainda esquemas de fraude em proveito pessoal de Luís Filipe Vieira e das suas empresas, sendo o principal prejudicado o SLB, o ex-Grupo Espírito Santo, o atual Novo Banco e ainda o Estado português.

Em causa estão crimes de burla qualificada, abuso de confiança agravada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, numa investigação que resultou na detenção de Luís Filipe Vieira, o empresário José António dos Santos, o filho Tiago Vieira, e Bruno Macedo. Estão em causa “negócios” e “financiamentos” superiores a “100 milhões de euros” que terão levado a “elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”. Uma delas, será a do próprio Benfica, segundo comunicado da PGR.

Luís Filipe Vieira acabou a pagar uma caução no valor de três milhões de euros com a hipoteca de dois imóveis no Dafundo, um dos quais onde vive o ex-presidente do Benfica. Cada um tem o valor de 1 milhão e 380 mil euros. O remanescente foi pago em dinheiro, através de um depósito-caução de 240 mil euros.

Há uma semana, foram ainda conhecidas novas suspeitas que envolvem o antigo presidente do Sport Lisboa Benfica, Luís Filipe Vieira, o atual presidente, Rui Costa, o ex-administrador Domingos Soares Oliveira e o ex-assessor jurídico, Paulo Gonçalves. Em causa estão suspeitas de desvio de cerca de seis milhões de euros da Benfica SAD com contratos de intermediação de jogadores falsos. O DCIAP e a PJ estão prestes a concluir o inquérito e poderão acusar Rui Costa, os restantes ex-dirigentes benfiquistas ainda antes das férias judiciais. Mas falta ainda ouvir Luís Filipe Vieira que será a 12 de junho, e Domingos Soares Oliveira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo propõe aumento de 180 euros aos polícias

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

Atualmente o suplemento por serviço e risco nas forças de segurança inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base.

O Governo apresentou esta quinta-feira uma nova proposta aos sindicatos da PSP, que passa por alterar o suplemento que já existe na vertente fixa de 100 para 280 euros, um aumento de 180 euros.

No final da reunião com os seis sindicatos da PSP, estas estruturas indicaram que a ministra da Administração Interna propôs que a vertente fixa do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança passe dos 100 para os 280 euros, mantendo a vertente variável de 20% do ordenado base.

Atualmente o suplemento por serviço e risco nas forças de segurança inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base. Esta é a terceira proposta que o Governo propõe aos sindicatos da PSP, deixando agora cair as percentagens por categoria profissional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo reafirmou ao presidente da Junta da Galiza compromisso na alta velocidade

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

Miguel Pinto Luz diz que ficou claro com "o governo da Junta da Galiza" a garantia de que "a prioridade que existia" do anterior Governo, de ligação em alta velocidade Lisboa-Vigo.

O ministro das Infraestruturas assegurou esta quinta-feira, após um breve encontro com o presidente do governo regional da Galiza, que o executivo mantém o compromisso da ligação ferroviária em alta velocidade entre Lisboa e Vigo, bem como a Madrid.

De acordo com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, ficou claro numa reunião de trabalho com “o governo da Junta da Galiza” a garantia de que “a prioridade que existia” do anterior Governo, de ligação em alta velocidade Lisboa-Vigo, “mantém-se”, e que tal como o executivo anunciou há dias somará a esse investimento a necessidade de começar “a ligação Lisboa-Madrid”.

“Essa prioridade está absolutamente clara para o Governo português […], que são as duas horas que preferencialmente irão ligar Lisboa a Vigo e, mais tarde, Lisboa-Madrid em três horas e, portanto, a Península Ibérica será com certeza um espaço mais coeso, mais próximo”, afirmou Pinto Luz. O governante português falava no Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa, após um breve encontro com Alfonso Rueda, presidente da Junta da Galiza (ou Xunta de Galicia, em galego).

“Mas, aqui uma menção especial para a Galiza, uma relação especial de facto, que o país tem com esta fronteira muito mais permeável a Norte”, frisou. O ministro salientou que as parcerias público-privadas (PPP) para a ligação em alta velocidade do lado português “estão calendarizadas”, desde o anterior Governo que “já estavam sinalizadas”, e o atual executivo (PSD/CDS-PP) liderado por Luís Montenegro reafirma “esse compromisso”, assumindo que tem que haver “esse caráter simbiótico dos dois lados”.

Alfonso Rueda e Miguel Pinto LuzLusa

“Temos condições para garantir que os dois lados estarão alinhados em prazos para não termos pronta a obra de um lado da fronteira e depois não temos pronta do outro lado e, portanto, tanto em Lisboa-Madrid, como Lisboa-Vigo estão os calendários absolutamente ligados”, assegurou Miguel Pinto Luz, notando que “são projetos para gerações”. Sobre a bitola ferroviária adotada na ligação de alta velocidade, o ministro assumiu que o Governo está tranquilo e que “Portugal e Espanha estão alinhados”.

“Estamos a fazer em bitola ibérica […], portanto, Espanha tem a obra a decorrer em bitola ibérica e Portugal fará na mesma bitola que Espanha”, respondeu Pinto Luz, acrescentando que os dois governos estão “absolutamente interligados na decisão e a seu tempo, toda a infraestrutura está a ser preparada para poder haver uma migração no tempo certo e isso está a ser negociado com a Comissão Europeia”.

Questionado acerca de eventuais melhorias na atual ligação ferroviária entre as duas capitais ibéricas, o governante frisou que “Lisboa-Madrid é um projeto faseado” e o TGV só estará operacional em 2034, mas até lá prometeu “melhorar toda a oferta de serviços”.

Teremos uma ligação cada vez melhor ao longo desta década para permitir essa ligação Lisboa-Madrid, portanto, não será só em 2034 que […] poderemos ir com qualidade entre Lisboa e Madrid, em 2034 poderemos ir mais rápido”, salientou Pinto Luz, sem avançar pormenores dos investimentos, mas garantindo que até lá se terá a “melhoria desse serviço” e que esse “é um processo gradativo e absolutamente fundamental”.

O presidente da Xunta de Galicia explicou que o encontro serviu para “conhecer em primeira mão com o responsável pelas Infraestruturas do Governo português” as “perspetivas em relação à execução de uma infraestrutura” que, para Portugal e certamente para a Galiza, “é absolutamente fundamental”, a ligação ferroviária de alta velocidade entre a Galiza e o Norte de Portugal. Perante o anúncio do Governo português de executar a ligação entre Lisboa e Madrid, sobre a qual a Galiza “não tem absolutamente nada a objetar”, Alfonso Rueda Valenzuela quis saber se poderia haver “um atraso, um adiamento da execução da infraestrutura que para a Galiza” é “absolutamente fundamental”.

Isto porque, sublinhou, a “Euro região Galiza-Norte de Portugal” é “de longe o território transfronteiriço entre Espanha e Portugal onde se realizam a maior parte dos intercâmbios de todo o tipo, de natureza económica, a circulação de trabalhadores”, e tudo o que “envolve uma relação muito fluida desde há muitos anos entre a Galiza e o Norte de Portugal”.

“Saio desta reunião muito calmo, muito satisfeito. O ministro confirmou-nos que o Governo português mantém a sua intenção de implementar esta infraestrutura, incluindo prazos muito específicos”, admitiu Alfonso Rueda, considerando, no entanto, que “cada mês que passa é essencial” para a data apontada pelo Governo português para chegar à fronteira com Espanha.

A linha de alta velocidade Lisboa-Porto deverá ligar as duas principais cidades do país numa hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria. O percurso Porto-Vigo está estimado em 50 minutos. A primeira fase (Porto-Soure) da linha de alta velocidade em Portugal deverá estar pronta em 2030, estando previsto que a segunda fase (Soure-Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa assegurada via Linha do Norte.

O concurso público para o lote 1 (Porto-Oiã) da primeira fase foi lançado em janeiro, e o do lote dois (Oiã-Soure) deverá ser lançado em julho. A ligação a Lisboa avançará em 2026. Já a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), para depois de 2030, terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).

No total, segundo o anterior Governo, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete a oito mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nuno Santana regressa à administração da Media Capital

  • + M
  • 23 Maio 2024

O empresário regressa assim às funções que desempenhou até setembro de 2022, altura em que foi substituído por Miguel Osório, seu sócio na Biz Partners. 

Nuno Santana vai regressar à administração da Media Capital. O acionista do grupo e dono da Niu regressa em substituição de Luís Osório, que renunciou ao cargo, segundo uma decisão comunicada esta quarta-feira à CMVM.

O empresário regressa assim às funções que desempenhou até setembro de 2022, altura em que foi substituído por Miguel Osório, seu sócio na Biz Partners, e que substituiu em junho de 2021 na administração do grupo dono da TVI.

Nuno Santana é dono e fundador da empresa de eventos Niu, produtora com a TVI do Wonderland Lisboa, e é sócio do Grupo Praia, proprietário dos restaurantes Praia no Parque, já presente em Lisboa, no Parque Eduardo VII, na Ericeira e na Comporta, em parceria com Philippe Starck.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lusíadas Monsanto lança campanha para combater estigma associado à saúde mental

  • + M
  • 23 Maio 2024

"Cuidar da saúde mental é normal. E merece dedicação total”, afirma o hospital, numa campanha com criatividade da McCann e planeamento de meios da Havas Media.

Ninguém escolhe ter cancro. Nem ter uma doença mental”; “Ninguém escolhe ter diabetes. Nem ter uma depressão”; “Ninguém escolhe ter epilepsia. Nem ter uma dependência”; “Ninguém escolhe ter um enfarte. Nem ter um burnout“, são os quatro headlines da campanha que o Hospital Lusíadas Monsanto vai lançar na próxima semana.

Alertar para a importância da saúde mental e para a necessidade de eliminar o estigma associado a estas doenças e ao seu tratamento é o objetivo, com a marca a afirmar que “Cuidar da saúde mental é normal. E merece dedicação total.”

Assinada pela McCann e com planeamento de meios da Havas Media, a campanha arranca seis meses após a aquisição do Hospital Monsanto, fundado em 1962, pelo Grupo Lusíadas Saúde e acompanha o anúncio de um projeto focado no bem-estar e saúde mental, explica o grupo.

“O Hospital Lusíadas Monsanto vai inspirar os portugueses a olharem para a sua saúde mental de uma forma mais atenta, sem medo e sem receio de procurarem ajuda para uma dor que não se vê, mas que se sente, e muito, e que precisa de ser tratada com a mesma prioridade e com a mesma atenção que uma dor física. E é, por isso, que a assinatura desta campanha é tão forte e, ao mesmo tempo, tão assertiva”, reforça Filipa Pinheiro Marques, administradora do Hospital Lusíadas Monsanto, citada em comunicado.

A campanha vai estar disponível numa rede de mupis séniores e standards com cerca de 200 pontos na Grande Lisboa, Amadora, Alfragide e Sintra e também em rádio, imprensa, digital e owned media.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acionistas da Martifer reconduzem Carlos Martins na presidência da empresa

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

Na assembleia-geral, os acionistas da Martifer aprovaram o conselho de administração para o período 2024-2026.

Os acionistas da Martifer aprovaram, em assembleia-geral (AG), um novo Conselho de Administração, reconduzindo Carlos Martins na presidência do grupo, adiantou esta quinta-feira a empresa. Em comunicado, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Martifer revelou que os detentores de títulos da empresa, elegeram os membros do Conselho de Administração para exercerem funções durante o triénio 2024-2026.

De acordo com a proposta, foi assim aprovado o Conselho de Administração liderado por Carlos Martins e composto por: Arnaldo Figueiredo, Jorge Martins (vice-presidentes) Pedro Miguel Rodrigues Duarte, Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira, Carlos Alberto Araújo da Costa, Filipe Belo Viegas Rosa, Maria Sílvia da Fonseca Vasconcelos da Mota, Mariana Nogueira Martins, Carla Maria de Araújo Viana Gonçalves Borges Norte e Susana Isabel Barreto de Miranda Sargento (vogais).

Foram também eleitos os membros da mesa da assembleia geral, o conselho fiscal, o revisor oficial de contas e os membros da comissão de fixação de vencimentos. Os acionistas da Martifer aprovaram ainda os documentos de prestação de contas referentes a 2023, a proposta de aplicação de resultados e realizaram a apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade.

Na AG, foram também aprovadas alterações ao contrato de sociedade e a aquisição e alienação de ações próprias. A reunião magna da Martifer contou com a participação de 81,41% da totalidade do seu capital social, correspondente a 83,26% dos direitos de voto, revelou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Federação Europeia de Peritos Reguladores de Sinistros tem novo presidente

Foi aprovado por unanimidade pela assembleia geral a continuação do projeto sobre a identificação de soluções para o recrutamento de peritos para empresas da especialidade realizado pela Young Feudi.

Giuseppe Degradi presidente da associação italiana de peritos (AIPAI) passou formalmente a presidência da comité executiva da Federação Europeia de Peritos Reguladores de Sinistros (FEUDÍ) a Stavros Dimopoulos, presidente da associação grega de peritos (HALA), que irá dirigir a federação até maio de 2025. Segundo o comunicado da federação, Degradi finalizou o seu mandato dirigindo a Assembleia Geral de 2024 em Bavena, Itália, e a conferência que se seguiu centrada na temática “melhores práticas de peritagem na Europa”.

“Foi uma honra ter servido como presidente da comité executiva da FUEDÍ desde a minha eleição no Porto em maio de 2023 (cidade onde foi realizada a última assembleia geral). Orgulho-me que durante o meu mandato, FUEDÍ continuou a progredir”, disse Giuseppe Degradi.

“A nossa conferência sublinhou a importância do papel do perito de sinistros na resolução de sinistros quotidianos e dos que se seguem a catástrofes naturais.”, acrescentou o agora primeiro vice-presidente da comité executiva, Giuseppe Degradi.

Já o novo presidente reconheceu os impactos na HALA após esta se ter tornado membro de pleno de direito da federação em 2014. “Temos visto os benefícios da adesão à FUEDI, particularmente com o reconhecimento contínuo e a avaliação comparativa das qualificações e o foco no recrutamento da próxima geração de reguladores de sinistros.”, referiu Stavros Dimopoulos.

Aliás, os membros da Young Feudi (YF) participaram na assembleia geral e apresentaram um projeto sobre a identificação de soluções para o recrutamento de peritos para empresas da especialidade. A continuação desse projeto foi aprovada por unanimidade pela assembleia geral.

A assembleia teve como um dos seus principais objetivos realçar a “importância e os benefícios da existência da FUEDÍ, incluindo a sua cooperação com outros organismos europeus de relevo nesta área, o apoio às associações nacionais de peritagem, bem como destaca a defesa de padrões elevados a nível ético e profissional dos membros da federação.”

Importa salientar que a conferência contou com a presença dos 12 membros europeus (incluindo Portugal através da Câmara Nacional de Peritos Reguladores – CNPR), e com elementos de seguradoras como Omar El Idrissi da UnipolSai Assicurazioni, Marcella Accoto da Chubb European Group, Bruno Masseloux da Axa France e Antonio Venir, da General Global Corporate & Commercial Italy.

A FEUDÍ é reconhecida pela Comissão Europeia como o organismo representativo dos peritos reguladores no que se refere à peritagem profissional na Europa, englobando 12 associações nacionais de peritos especializadas na regulação de sinistros, cada representando os peritos dos seus países.

Peritos reúnem-se em assembleia geral ordinária neste sábado

Os membros da Câmara Nacional de Peritos Reguladores receberam uma convocatória para se reunirem em assembleia geral ordinária a realizar-se no próximo sábado (dia 25 de maio), pelas 10h00 no Turim Oporto Hotel, Porto.

Constam três pontos na ordem de trabalhos, nomeadamente, a leitura e votação das atas a última assembleia geral, a apreciação discussão e votação do Relatório de Atividade e Contas de 2023 e respetivo Parecer do Conselho Fiscal bem como Orçamento e Plano para o ano financeiro seguinte e a eleição dos órgãos sociais da CNPR para o próximo biénio de 2024-2026.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Estamos em condições de travar qualquer combate”, diz a CNN. Nova grelha estreia dia 3 de junho

A nova grelha surge pouco depois da apresentação do News Now, novo canal de informação da Medialivre (ex-Cofina), que é lançado no dia 17 de junho.

“Factos, análise, liberdade, sentido de oportunidade, rapidez na ação e coragem. São requisitos fundamentais para o nosso trabalho e continuaremos a apostar forte em tudo o que foi feito e arriscando na inovação“, afirmou José Eduardo Moniz no evento da CNN onde foi apresentada, ao fim da tarde desta quarta-feira, uma grelha de televisão renovada.

Sobre a coragem, o diretor-geral da TVI disse que esta era necessária para enfrentar novos desafios, mas também “para enfrentar quem cá está e quem se anuncia“. “Estamos em condições de travar qualquer combate, com o mesmo espírito de sempre: o de servir os espectadores com independência e rapidez“, acrescentou.

As novidades da CNN, que entram em vigor a partir de 3 de junho, surgem pouco depois da apresentação do News Now, novo canal de informação da Medialivre (ex-Cofina), que é lançado no próximo dia 17 de junho.

Questionado à margem do evento pelo +M, José Eduardo Moniz garantiu que esta renovação “não tem especificamente a ver com ninguém”. Nós pensamos em nós antes de pensarmos nos outros. E confiamos nas nossas capacidades. O que nós estamos aqui a anunciar e a mostrar foi o que fizemos ao longo destes dois anos e meio e aquilo que tencionamos fazer para prosseguir o caminho que havíamos definido“, afirmou.

Estamos sempre prontos a enfrentar qualquer desafio, seja de que natureza for, envolvendo quem cá está ou quem se anuncia que quer estar no mercado. Sempre foi assim na CNN nestes dois anos e meio, quer na TVI desde sempre“, concluiu.

Já Nuno Santos, diretor da CNN Portugal, diz encarar a chegada deste novo canal “com a expectativa, curiosidade e atenção que todos os players nos merecem“.

“Não falo por antecipação. Mas no nosso caso, estamos prontos. Quando chegámos há dois anos e meio, dissemos ao que vínhamos, ocupámos o nosso espaço, fizemos o nosso trabalho. E portanto, não olhamos para quem chega de soslaio, olhamos com a atenção que todos os players nos merecem“, reforça.

A escolha desta altura para apresentar as novidades surge tendo em conta que “este ano temos um verão bastante distinto daquilo que foram outros verões”, explicou Nuno Santos ao +M, à margem do evento.

Estamos à entrada de um verão que em termos informativos vai ser muito intenso, desde logo porque vamos ter um Campeonato Europeu de Futebol, vamos ter Jogos Olímpicos, as eleições europeias, vamos ter eleições no Reino Unido, portanto é um verão atípico do ponto de vista informativo, e nós alinhámos um conjunto de mudanças justamente para esta altura”, explicou.

Numa apresentação feita no evento em formato vídeo, Pedro Santos Guerreiro, diretor executivo da CNN Portugal, assegurou que os dois anos e meio de existência do canal “têm sido uma bela aventura”, com uma “grande fluidez entre o digital e a televisão“. Segue-se a intensificação desta relação, mas também novas rubricas, formatos, utilização e IA no apoio ao jornalismo. “O que prometemos é mais e melhor“, concluiu.

No mesmo vídeo, Nuno Santos afirmou que com esta renovação e novidades, a CNN vai ser “mais dinâmica, com mais informação gráfica, com maior diversidade de temas e com mais análise”.

Entre as novidades encontram-se um conjunto de novos programas ao final de semana, um novo jornal às 19h (horário mais importante, segundo Nuno Santos) e que se prolonga depois pelo prime time, bem como um novo programa ao sábado mais virado para a atualidade internacional e novos conteúdos “daquilo que chamamos soft news, que no fundo são programas que estão ligados ao lazer e tempos livres”.

O canal criou também um novo programa das 9h às 10h da manhã, o “CNN Top Story”. “É um programa onde vamos lançar os conteúdos do dia, onde vamos lançar o dia informativo. E vamos fazê-lo a partir do nosso novo estúdio do Porto, com uma equipa que trabalha a Norte”, adiantou Nuno Santos.

Ao mesmo tempo desafiámos as nossas equipas de pivôs para no fundo serem colocadas perante novos desafios. Ou seja, ao fim de dois anos e meio, achámos que está na altura de olhar para as forças que temos em presença e trocá-las de horário, e portanto tirar o melhor de cada um, porque também achamos que ao fim de dois anos e meio as pessoas precisam de novos estímulos e novos desafios e de passarmos essa mensagem de força e de mudança para o espectador”, acrescenta.

Nos espaços de análise e comentário, o canal desta o regresso de Nuno Morais Sarmento e as estreias de José Luís Carneiro. Em modelo frente-a-frente vai-se assistir a confrontos entre João Galamba e Carlos Guimarães Pinto.

Mafalda Anjos e Rui Calafate são os responsáveis por inaugurar um novo espaço de análise, às segundas-feiras (19h), chamado “Sem Agenda”. Já aos fins de semana, André Carvalho Ramos passa a apresentar “CNN em Foco”. Naquele que pretende ser uma “espécie de termómetro global”, a CNN vai também avançar com o programa “G7”, com Pedro Bello Moraes.

“Todas as semanas teremos o comentário e análise à situação política de Pedro Costa e Francisco Rodrigues dos Santos”, refere ainda a CNN em comunicado.

Estas mudanças “são as mais visíveis e percetíveis para as pessoas, mas isso também é acompanhado por uma coisa que não é tão percetível mas que é uma dinâmica interna, de alteração e de mudança nas equipas de edição”, referiu o diretor-geral da CNN.

“Um canal de notícias é mais fácil de definir e de trabalhar do que um canal generalista”, disse o também diretor de informação da TVI. “Um canal de notícias é sempre um canal de notícias e a sua matriz é fazer notícias 24 horas, e isso era assim na abertura da CNN e é assim hoje. Essa matriz não se altera, é estar em direto, de forma dinâmica, em todo o lado, ao mesmo tempo“, acrescentou.

“Ao mesmo tempo temos de ter a capacidade de nos renovar, de surpreender o espectador, de apreender as novas ferramentas tecnológicas que estão sempre a entrar na indústria, de incorporar novos valores no jornalismo e de sermos capazes de, sendo iguais, sermos diferentes”, disse ainda Nuno Santos.

Recorde-se também que em 2022 a CNN perdeu dois milhões de euros, segundo a revelação feita por Pedro Morais Leitão, CEO do grupo Media Capital, no congresso da APDC do ano passado.

Questionado pelo +M sobre esta questão e se o canal de notícias da Media Capital já era rentável, Nuno Santos disse que a CNN “é um projeto que foi pensado desde o primeiro dia, no enquadramento geral daquilo que é a Media Capital, e portanto deve ser pensado e incorporado naquilo que é a nossa oferta informativa entre a CNN, a TVI e as outras marcas do grupo. É preciso olhar para a CNN no conjunto da informação que nós produzimos no grupo“. “Isto é, teríamos um jornalista na Ucrânia, se não tivéssemos a operação conjunta entre a TVI e CNN? A resposta é não. Uma realidade não existe sem a outra”, acrescentou.

Em outubro passado, a SIC Notícias também passou por uma “transformação”, para entrar numa “nova fase da informação”, apresentando um novo grafismo, site, app e grelha informativa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 70 chefes de Estado ou Governo na Conferência para a Paz na Ucrânia

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

No total, 160 Estados receberam um convite para participar no evento, no qual se admite a presença do Presidente dos EUA, Joe Biden.

Mais de 70 chefes de Estado e de Governo confirmaram presença na Conferência para a Paz na Ucrânia, que decorrerá entre 15 e 16 de junho, onde se incluem os principais líderes latino-americanos com a exceção do Brasil. Fontes oficiais da Suíça, que organiza o encontro, também precisaram que não se deslocam ao país helvético os Presidentes de Cuba, Venezuela ou Nicarágua, países da América latina considerados próximos da Rússia.

O Presidente ultraliberal argentino, Javier Milei, confirmou a presença no evento, que decorrerá em Bürgenstock (centro do país). No total, 160 Estados receberam um convite para participar no evento, no qual se admite a presença do Presidente dos EUA, Joe Biden, que nos dias anteriores estará na vizinha Itália para participar na cimeira do G7.

O Governo chinês, que recentemente reforçou as suas relações com a Rússia na sequência da visita do Presidente Vladimir Putin a Pequim, ainda não indicou se pretende participar na Conferência. O Governo russo não foi convidado, suscitando duras críticas do Governo de Putin. Moscovo tem assinalado que sem a sua participação não será possível qualquer avanço em direção a uma solução política da guerra na Ucrânia.

O evento foi coordenado com o Governo da Ucrânia, que solicitou à Suíça para organizar a iniciativa e no seguimento da primeira conferência internacional em meados de 2022 sobre a reconstrução da Ucrânia após o final da guerra. O complexo hoteleiro de Bürgenstock fica situado num promontório, uma zona com acesso através de uma única estrada e fácil de isolar no âmbito das estritas medidas de segurança que vão ser adotadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucro do Grupo Ramada cai 43,8% no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 23 Maio 2024

As receitas totais do grupo Ramada ascenderam a 36,058 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, apresentando um decréscimo de 11,7% face ao msmo período do ano anterior.

O lucro do Grupo Ramada caiu 43,8% no primeiro trimestre deste ano, face a igual período do ano passado, para 1,9 milhões de euros, de acordo com a informação comunicada esta quinta-feira ao mercado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as receitas totais do grupo Ramada ascenderam a 36,058 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, apresentando um decréscimo de 11,7% face às registadas em igual período de 2023.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 32,5%, para 4,063 milhões de euros, tendo a margem EBITDA ascendido a 11,3%, traduzindo uma redução de 3,4 pontos percentuais (pp.) face ao mesmo período do ano anterior.

Os custos totais recuaram 8% para 31,996 milhões de euros e os resultados financeiros, “no montante de 632 milhares de euros negativos, registaram uma variação de 5,0% face ao mesmo período do ano anterior”, refere o grupo.

A Ramada Investimentos é a sociedade-mãe de um conjunto de empresas que, no seu conjunto, exploram negócios na área da indústria (inclui aços especiais e trefilaria) e na área imobiliária (gestão de ativos imobiliários).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.