Parlamento discute fim das portagens nas ex-SCUT esta quinta com votação em aberto

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

Com a atual geometria no Parlamento e com os partidos a não adiantarem o sentido de voto nas diferentes iniciativas, o desfecho das votações para o fim das portagens nas ex-SCUT é ainda uma incógnita.

O fim das portagens em autoestradas ex-SCUT vai ser discutido na quinta-feira no parlamento, um agendamento do PS que considera a sua proposta “exequível, justa e oportuna”, estando em aberto as votações das iniciativas dos diferentes partidos.

Ao projeto de lei do PS — que tinha sido anunciado pelo líder, Pedro Nuno Santos, durante o debate do Programa do Governo de Luís Montenegro no início de abril — juntaram-se os de BE e PCP e ainda os projetos de resolução (sem força de lei) de IL, PSD/CDS-PP, PAN e Chega.

Com a atual geometria da Assembleia da República e com os partidos a não adiantar ainda à Lusa qual será o sentido de voto nas diferentes iniciativas, o desfecho destas votações é ainda uma incógnita.

Em declarações à agência Lusa, a deputada do PS Isabel Ferreira defendeu que os socialistas têm “sido coerentes no compromisso com a redução gradual nas taxas de portagem até à sua eliminação”.

“Fizemos em 2021 um desconto de quantidade de 25% logo em janeiro, depois em julho de 2021 uma redução de 50% e agora desde janeiro deste ano uma redução de 65%”, recordou, referindo-se à governação do PS que integrou como secretária de Estado do Desenvolvimento Regional.

O “esforço adicional” para que as portagens sejam agora eliminadas na totalidade, de acordo com Isabel Ferreira, tem uma “perspetiva de coesão territorial porque reduz encargos de quem não tem alternativa e também permite proporcionar o acesso devido a bens e serviços essenciais”.

A proposta do PS pretende terminar com as portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 – Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 — Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

“Esta era uma medida que constava do programa eleitoral do PS”, acrescentou, adiantando que a proposta tem um custo estimado de 157 milhões de euros.

De acordo com a deputada do PS, os socialistas estão a ser coerentes ao apresentar uma proposta “exequível, justa e oportuna” e também seguindo a trajetória que os socialistas fizerem de “redução gradual” das portagens nas antigas SCUT.

“Esperemos que a proposta seja aprovada porque é uma questão de comprometimento com territórios onde não há alternativa [para circular em segurança]. É mais do que justo do ponto de vista da coesão territorial e deve mobilizar e comprometer todos os partidos”, apelou.

Confrontada com o facto de o PS, então com maioria absoluta, ter chumbado em 2023 projetos do PSD, Chega e PCP para acabar com o pagamento de portagens, Isabel Ferreira explicou que então o Governo estava “num processo ainda de redução gradual das portagens, com um grupo de trabalho criado para estudar essa diminuição de custos de contexto associados às questões da mobilidade e da descarbonização”.

Na mesma linha e apenas com algumas diferenças nas vias abrangidas são os projetos de lei do BE e PCP.

Os bloquistas pretendem eliminar as portagens para as autoestradas de acesso às regiões do interior (A22, A23, A24, A25, A28, A29, A41, A42) e os comunistas querem abolir este pagamento na A4, A13, A22, A23, A24, A25, A28, A29, A41 e A42.

Os partidos do Governo, PSD e CDS-PP, juntaram-se num projeto de resolução que recomenda a redução gradual e financeiramente responsável de portagens no interior e nas grandes áreas metropolitanas, pretendendo que o executivo apresente ao parlamento os custos envolvidos com a adoção desta medida e um estudo que fixe os valores base que acautelem os custos de manutenção das vias”.

Também sem força de lei, o Chega leva ao debate um projeto de resolução que prevê a implementação de um plano gradual de isenção do pagamento de portagens, a IL recomenda ao Governo que avalie o custo-benefício de isentar de portagens as antigas SCUT e o PAN sugere a renegociação dos contratos de parcerias público-privadas do setor rodoviário.

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Portagens em autoestradas contestadas ao longo dos anos

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

A introdução de portagens em autoestradas portuguesas tem sido motivo da contestação de populações, autarquias, empresas e partidos, suscitando também vários debates parlamentares.

Na quinta-feira, o tema das portagens nas autoestradas portuguesas volta a estar em discussão no plenário da Assembleia da República, com três projetos de lei do PS, do BE e do PCP para a eliminação de portagens em várias autoestradas, e com projetos de resolução (sem força de lei) da IL, do PSD e do CDS, do PAN e do Chega para isentar ou reduzir as taxas, inclusive de forma gradual.

Em causa estão, consoante a proposta, várias autoestradas que já foram SCUT (sem custos para o utilizador): A4, A13 e A13-1, A22, A23, A24, A25, A28, A29, A41 e A42.

Na anterior legislatura, com o PS no Governo, foram aplicadas algumas reduções em portagens, tendo agora o partido requerido um novo debate, ao abrigo do direito dos grupos parlamentares de fixarem algumas ordens do dia no plenário.

Eis uma síntese de alguns processos de contestação pela cobrança de portagens em ex-SCUT:

A4

Quando, em 2010, foram introduzidas portagens em algumas SCUT, o distrito de Bragança ainda não tinha um quilómetro de autoestrada (a Autoestrada Transmontana seria inaugurada em setembro de 2011) e chegar a Vila Real fazia-se sem o Túnel do Marão da A4, apenas concluído em 2016, após cerca de três anos de paragem nas obras.

Autarcas, partidos, empresários, associações e utentes sempre disseram não às portagens, tanto na ligação da Autoestrada Transmontana, entre Bragança e Vila Real, como na Autoestrada do Marão, entre Amarante e Vila Real, e a contestação chegou até à Assembleia da República com uma petição e projetos de resolução contra a cobrança e em defesa da interioridade, sem qualquer sucesso.

Em 2016, quando foram anunciados descontos nas portagens num troço da A4, empresários de Vila Real falaram num “analgésico” para ir colmatando os problemas da região.

O Orçamento do Estado para 2024 incluiu a A4 nos descontos a aplicar a autoestradas com portagens, mas o setor do granito reivindicou “mais oxigénio” por parte do Governo, lamentando a redução do custo das portagens em apenas 13% para os veículos pesados.

A13

A introdução de portagens na A13, conhecida como Autoestrada do Pinhal Interior (de Coimbra à Marateca, ligando as sub-regiões de Coimbra, Leiria e Médio Tejo), foi contestada por autarquias, movimentos e associações empresariais.

Logo em dezembro de 2011, dois meses depois da cobrança, a Câmara de Vila Nova da Barquinha anunciou que iria avançar para as vias judiciais. No ano seguinte, os municípios do Médio Tejo defenderam que uma “redução significativa das tarifas” na A13 provocaria o aumento das receitas de circulação.

Posteriormente, a Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte pediu ao Ministério da Economia a revisão em baixa do preço das portagens da A13 e manifestou o seu desagrado pela “discriminação negativa” a que o território estava sujeito.

A contestação não esmoreceu e, em outubro de 2016, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos do distrito de Santarém apelou ao Governo que inscrevesse no Orçamento do Estado para 2017 a abolição das portagens na A13 (e também na A23).

Em fevereiro de 2020, as associações empresariais dos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares defenderam o fim imediato da cobrança, alegando que, como este território se viu privado do Sistema de Mobilidade do Mondego, de alternativa à Estrada da Beira (EN17), e de uma ligação digna ao Itinerário Principal (IP) 3, a A13 era uma importante via para o desenvolvimento económico e turístico.

Três anos depois, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Médio Tejo realizou em Torres Novas uma concentração popular para exigir a abolição das portagens nas autoestradas A13 e A23, onde foram apresentadas mais de 12.500 assinaturas recolhidas em 13 municípios com esse fim.

 

Trânsito na A22 perto do nó de Olhão.Melanie Maps/Lusa

A22

A contestação à cobrança de portagens na também denominada Via do Infante, antiga SCUT que atravessa o Algarve, iniciou-se em 2005, alguns anos antes da aplicação da medida, por deputados, autarcas de várias forças políticas e entidades económicas da região, após o Governo de então ter anunciado a intenção de impor o pagamento.

Em 2010, um ano antes da entrada em vigor dos pagamentos, o que ocorreu em 08 de dezembro de 2011, os protestos assumiram maior visibilidade através da Comissão de Utentes da Via do Infante, um movimento cívico criado por um grupo de sete pessoas a que se juntaram outras dos diversos setores da sociedade.

O movimento promoveu diversas iniciativas de protesto, entre marchas lentas, abaixo-assinados, manifestações, concentrações à porta da Assembleia da República e até de habitações onde governantes gozavam férias no Algarve.

A um dos protestos juntou-se uma delegação composta por autarcas, militantes de partidos políticos, dirigentes empresariais e sindicalistas oriundos da Andaluzia, em Espanha, alegando que o pagamento afetava negativamente a economia dos dois países.

A A22, também conhecida como Via do Infante de Sagres, atravessa longitudinalmente a região do Algarve, entre Lagos e Castro Marim, terminando na Ponte Internacional do Guadiana, com ligação a Espanha.

A23, A24 e A25

A contestação ao pagamento de portagens nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas), A24 (Viseu/Chaves) e A25 (Aveiro/Vilar Formoso) começou ainda antes de a medida estar no terreno (o que ocorreu em dezembro de 2011), com comissões de utentes, movimentos e comunidades intermunicipais a prometerem não baixar os braços contra o que consideravam ser um atentado económico e social ao interior do país e um entrave à coesão territorial.

Em setembro de 2011, a comissão de utentes das três autoestradas mostrou-se descontente com a possibilidade da cobrança e apelou à desobediência e ao protesto nas ruas, o que viria a acontecer logo no mês seguinte, com marchas lentas em vários pontos da região Centro, que depois se foram repetindo ao longo dos anos.

Ainda o ano não tinha acabado e a Comissão de Utentes da Autoestrada da Beira Interior (A23) já estava a entregar na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, mais de 20 mil assinaturas contra a introdução de portagens.

Na mesma altura, o Movimento Pró IP6 anunciou a interposição de duas ações judiciais nos tribunais de Abrantes e de Leiria numa tentativa de terminar com a cobrança de portagens na A23 e reclamar o ressarcimento do que os automobilistas tinham entretanto pagado.

Portagens SCUT, na auto-estrada A23, Santarém, 02 de julho de 2023. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

As iniciativas de protesto foram-se sucedendo ao longo dos anos, sendo delas exemplo as marchas lentas e os buzinões promovidos pela Plataforma pela Reposição das SCUT nas Autoestradas 23 e 25 e a ação popular contra a cobrança de taxas apresentada no Tribunal Administrativo de Viseu pela comissão de utentes das autoestradas A23, A24 e A25.

Em fevereiro de 2019, o parlamento chumbou projetos de resolução do PCP, BE e PEV que recomendavam a eliminação das portagens nas três autoestradas (e também na A22).

A28

Desde 2008, mal se vislumbrou a possibilidade de introdução de portagens na A28, que autarcas, empresários e movimentos do distrito do Porto, de Viana do Castelo e da Galiza contestaram a opção, concretizada em outubro de 2010.

Buzinões, marchas lentas e outros protestos populares prolongaram-se por vários meses e a imprensa espanhola chegou mesmo a classificar a ex-SCUT A28 como as “mais cara autoestrada da Europa”, por obrigar os automobilistas estrangeiros a desembolsar 77 euros para percorrer 76 quilómetros.

A contestação nunca terminou e o Orçamento do Estado para 2024 serviu para novos lamentos e reivindicações, desta vez devido à exclusão da A28 da redução de 30% aplicada a algumas ex-SCUT.

Autarcas, partidos e empresários criticaram a falta de alternativas e penalização da região, nomeadamente nas relações com a Galiza.

O Alto Minho reclama ainda a relocalização do pórtico da A28 entre Neiva e Darque, de acesso a uma das principais zonas industriais do concelho de Viana do Castelo.

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Lucros da Amazon triplicam para 10,4 mil milhões no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

Na base do bom desempenho da Amazon está o segmento da nuvem (cloud), que está a capitalizar o apetite dos investidores pelos serviços de informática à distância e pela inteligência artificial (IA).

A Amazon viu os lucros triplicarem para 10,4 mil milhões de dólares no primeiro trimestre, com as vendas a subirem 13% para 143,3 mil milhões, um desempenho que superou as estimativas dos analistas.

Na base do seu desempenho está o segmento da nuvem (cloud), que está a capitalizar o apetite dos investidores pelos serviços de informática à distância e pela inteligência artificial (IA).

“A determinação das empresas na modernização das suas infraestruturas [informáticas] e na atração dos serviços de IA da AWS [Amazon Web Services] reaceleram a taxa de crescimento” da filial da nuvem, declarou Andy Jassy, o diretor da Amazon, citado no comunicado de divulgação dos resultados.

Acrescentou que a plataforma de venda também tinha contribuído para os desempenhos do grupo durante os primeiros três meses do ano, graças, na sua opinião, “aos preços baixos” e às “velocidades de entrega”.

A principal atividade da Amazon, o comércio eletrónico, “reencontrou a forma no final do ano 2023”, apontou Blake Droesch, da Emarketer.

“A empresa continua a colher os benefícios da sua estratégia de regionalização dos centros de tratamento das encomendas, com as entregas sempre mais rápidas, o que encanta os clientes”.

Para o analista, “isto permite continuar concorrencial face às novas ameaças que representam a Temu e a Shein”, as plataformas chinesas de preços baixos.

O grupo de Seattle acaba de anunciar que as suas velocidades de entrega aumentaram no início do ano.

“Em março, cerca de 60% das encomendas recebidas via Prime [assinatura paga dos serviços da Amazon] chegaram no próprio dia ou no dia seguinte nas 60 maiores cidades os EUA”, indicou a Amazon.

Mas os investidores saudaram sobretudo o crescimento da cloud, que representa o essencial dos lucros do conglomerado, e que a nova vaga de IA está em vias de alterar.

No primeiro trimestre, o AWS, o ramo de informática à distância da Amazon, obteve 25 mil milhões de dólares de lucro, com um crescimento de 17%, dos quais 9,4 mil milhões de dólares de resultados operacionais, indicador-chave de rentabilidade.

A aceleração do crescimento da AWS agradou a Wall Street, que não esperava tanto. A ação Amazon valorizava mais de 2% depois do fecho das operações.

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📹 Sabe o que é a economia social de mercado?

  • ECO
  • 1 Maio 2024

Na União Europeia há uma economia de mercado social que permite às economias crescerem ao mesmo tempo que reduzem a pobreza e as desigualdades.

A economia social de mercado da Europa tem tudo a ver com equilibrar o crescimento económico com o bem-estar social. A transparência salarial e a imposição de quotas para mulheres nos conselhos de administração, defesa de salários mínimos justos, regulamentar o trabalho em plataformas, investir na formação de competências para combinar as competências dos trabalhadores com as necessidades das empresas são algumas das iniciativas que a que a União Europeia está a tomar para criar uma força de trabalho próspera. Saiba mais neste vídeo:

http://videos.sapo.pt/LnfGQLTnlw5oGtPDG9tO

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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Fundador da Binance condenado a quatro meses de prisão por permitir lavagem de dinheiro

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

A sentença foi muito inferior aos três anos que os procuradores pediam, mas os advogados de defesa pediram que Zhao não passasse nenhum tempo na prisão.

O fundador da Binance, Changpeng Zhao, condenado a quatro meses de prisão por permitir a lavagem de dinheiro na maior bolsa de criptomoedas do mundo.

Um juiz elogiou Zhao por assumir a responsabilidade pelos seus erros, mas referiu que estava preocupado com a decisão do agora ex-CEO de ignorar as exigências bancárias dos EUA que teriam retardado o crescimento explosivo da empresa.

A sentença foi muito inferior aos três anos que os procuradores pediam, mas os advogados de defesa pediram que Zhao não passasse nenhum tempo na prisão.

“Apesar da riqueza, poder ou status, nenhuma pessoa — independentemente da riqueza — está imune a processos judiciais ou acima das leis dos Estados Unidos”, realçou o juiz distrital dos EUA, Richard A. Jones.

Zhao declarou-se culpado em novembro de uma acusação de não manter um programa de combate à lavagem de dinheiro e renunciou ao cargo quando a Binance concordou em pagar 4.300 milhões de dólares (4.000 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) para resolver as acusações relacionadas.

Autoridades dos EUA acusaram Zhao de olhar deliberadamente para o lado enquanto as pessoas realizavam transações que apoiavam o abuso sexual infantil, o comércio ilegal de drogas e o terrorismo.

“Eu falhei”, assumiu hoje Zhao, ao tribunal. “Lamento profundamente meu fracasso e sinto muito”, acrescentou.

Os advogados de defesa, Mark Bartlett e William Burck, lembraram ao juiz que nunca ninguém tinha sido condenado a prisão por violações semelhantes da Lei de Sigilo Bancário. Mas os promotores argumentaram que se Zhao não recebesse pena de prisão pelo crime, ninguém o faria, tornando a lei ineficaz.

A Binance permitiu mais de 1,5 milhão de negociações de moeda virtual, totalizando quase 900 milhões de dólares (843 milhões de euros), que violaram as sanções dos EUA, incluindo aquelas envolvendo as Brigadas Al-Qassam do Hamas, a Al-Qaeda e o Irão.

Bartlett e Burck argumentaram que não havia evidências de que Zhao conhecesse pessoalmente qualquer transação específica que teria sido barrada pelas regulamentações ou sanções dos EUA.

Também defenderam o número de transações suspeitas tratadas pela Binance era uma proporção minúscula para uma empresa cujo total de transações era de cerca de 500 milhões de dólares (468 milhões de euros) por dia.

Frisaram ainda que Zhao começou a fazer mudanças para tornar a Binance um modelo de conformidade com as regulamentações de transparência bancária antes de deixar o cargo.

Os procuradores destacaram que ninguém jamais violou a Lei de Sigilo Bancário da forma que Zhao o fez.

Zhao sabia que a Binance era obrigada a instituir protocolos de combate à lavagem de dinheiro, mas, em vez disso, instruiu a empresa a disfarçar a localização dos clientes nos EUA, num esforço para evitar o cumprimento da lei dos EUA, sublinharam os procuradores.

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Novas tabelas de preços da ADSE para partos, fraldas e consultas de psicologia entram hoje em vigor

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

Na tabela que entra esta quarta-feira em vigor, as fraldas para incontinentes passa a estar limitada a 120 unidades por mês, mudança que surge sequência de "abuso na faturação", aponta a ADSE.

A nova tabela de preços da ADSE para partos no regime convencionado, comparticipação de fraldas e consultas de psicologia entra em vigor esta quarta-feira, com o número de fraldas a estar limitado a 120 unidades por mês.

Num comunicado publicado no seu site, a ADSE refere que as alterações às tabelas e preços dos regimes livre e convencionado foram desenhadas tendo em conta a necessidade de “travar a ocorrência de situações” que “prejudicam o bom desempenho” deste subsistema de saúde, “abusos de faturação” e também — sobretudo nas áreas da obstetrícia e psicologia clínica — dar resposta à satisfação dos beneficiários que tinham dificuldade em encontrar na rede convencionada uma “resposta adequada e suficiente” para estes dois cuidados de saúde.

Assim, no que diz respeito às consultas de psicologia, o valor máximo de comparticipação pela ADSE avança de 9,33 para 14,40 euros, no regime livre, passando a ser permitidas 24 consultas por ano, não sendo necessária a apresentação de prescrição médica.

Já no regime convencionado, a ADSE continua a comparticipar 80% (e o beneficiário os restantes 20%), com o valor suportado pelo subsistema de saúde dos funcionários públicos a subir de 12,50 para 18 euros, a partir de hoje. Já o copagamento do beneficiário avança 1,10 euros, para um total de 3,60 euros.

No caso dos partos (regime convencionado), a distribuição dos encargos mantém-se igual, com 90% do preço a ser suportado pela ADSE e 10% pelo beneficiário.

De acordo com a nova tabela, o copagamento de um parto eutócico ficará em 235,87 euros, o parto distócico 261,07 euros, a cesariana 345,59 euros, acrescendo 40 euros por cada gémeo.

Os valores do copagamento, refere a mesma informação, incluem os honorários dos médicos (neonatologistas, obstetra, ajudante e anestesista), pessoal de enfermagem e de apoio, bem como o internamento em quarto privado e semiprivado (de três dias para a cesariana e de dois dias para as outras situações), medicamentos e produtos medicamentosos, quaisquer materiais consumíveis, central de monitorização cardio-fetal, piso de sala e recobro e todos os atos de cirurgia e de medicina que podem ocorrer durante os partos.

Na nova tabela, as fraldas para incontinentes passa a estar limitada a 120 unidades por mês, num total de 1.440 fraldas por ano, sendo pago ao beneficiário o valor de 0,88 euros por unidade. Estas novas regras nas fraldas surgem na sequência de “abuso na faturação”, refere a ADSE.

Para junho está prevista a entrada em vigor da parte da tabela relativa ao transporte de doentes em regime livre e de próteses intraoperatórias no convencionado.

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Acordo comercial UE-Nova Zelândia entra hoje em vigor

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

Com o acordo em vigor, o comércio entre os dois blocos deverá aumentar 30% numa década. Exportações da UE para a Nova Zelândia têm potencial de crescimento até aos 4,5 mil milhões de euros por ano.

O acordo comercial entre a União Europeia (UE) e a Nova Zelândia entra em vigor esta quarta-feira, prevendo-se que reduza os direitos aduaneiros das empresas da UE em 140 milhões de euros por ano.

Com o acordo em vigor, o comércio entre os dois blocos deverá aumentar 30% numa década, tendo as exportações da UE para a Nova Zelândia um potencial de crescimento até aos 4,5 mil milhões de euros por ano.

No setor agrícola, deixam de pagar direitos alfandegários produtos chave de exportação como a carne de porco, vinho e espumante, chocolate e açúcar para confeção.

Outros produtos como carne de vaca, de borrego e lácteos estão protegidos com contingentes pautais cuidadosamente concebidos.

As empresas europeias, por outro lado, passam a beneficiar da isenção de tarifas nas exportações para a Nova Zelândia, a um mercado mais aberto em setores como os serviços financeiros, telecomunicações e transportes marítimos, por exemplo.

As negociações deste acordo foram iniciadas em junho de 2018 e concluídas em junho de 2022, tendo sido assinado por ambas as partes em julho de 2023.

O Parlamento Europeu e o Conselho da UE deram o seu aval em novembro de 2023 e a Nova Zelândia concluiu o processo de ratificação em março de 2024.

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Grupo de jornais processa OpenAI e Microsoft por “roubo” de milhões de artigos

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

Entre os títulos que apresentaram a queixa em um tribunal federal, em Nova Iorque, estão o The New York Daily News, o Chicago Tribune e o Denver Post.

Um grupo de jornais dos EUA processou a OpenAI e a Microsoft, produtores do ChatGPT, alegando que as empresas de tecnologia têm estado a “roubar milhões” de artigos noticiosos sujeitos a direitos de autor.

Este material assim “roubado”, sem autorização ou pagamento, destina-se ao treino da sua plataforma de conversa baseada na inteligência artificial.

Entre os títulos que apresentaram a queixa em um tribunal federal, em Nova Iorque, estão o The New York Daily News, o Chicago Tribune e o Denver Post.

“Gastámos milhares de milhões de dólares para reunir informação e dar as notícias nas nossas publicações e não podemos autorizar a OpenAI e a Microsoft a expandir o manual das Grandes Tecnológicas de roubo do nosso trabalho para construírem o seu próprio negócio às nossas custas“, disse o diretor executivo do MediaNews Group and Tribune Publishing, Frank Pine, em declaração escrita.

Os outros participantes na queixa coletiva são o Mercury News, também do MediaNews Group, o Denver Post, o Orange County Register, o St. Paul Pioneer-Press, o Orlando Sentinel e o South Florida Sun Sentinel.

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Inflação pressiona Reserva Federal a adiar (mais uma vez) primeiro corte das taxas de juro

A resiliência da taxa de inflação em março deverá levar Jerome Powell a manter as taxas da Fed inalteradas pela sexta reunião consecutiva, adiando um pouco mais o primeiro corte.

A Reserva Federal dos EUA (Fed) conclui esta quarta-feira mais um encontro do Comité de Política Monetária que deverá marcar a sexta reunião consecutiva sem alterar as taxas de juro, com as Fed Funds a manterem-se no intervalo entre 5,25% e 5,50%.

Este cenário é amplamente esperado pelos analistas e reflete a resposta da Fed aos resilientes níveis inflacionistas que se têm verificado no país.

“A Fed precisa de ganhar confiança adicional de que a inflação está a mover-se de forma duradoura em direção ao seu alvo de 2%”, referiu Jeff Klingelhoferm, co-diretor de investimentos da Thornburg Investment Management, numa nota enviada aos clientes na segunda-feira, enfatizando a importância do banco central dos EUA não se desviar prematuramente do curso atual.

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Os dados mais recentes do Departamento de Estatísticas dos EUA mostraram que, em março, o índice de preços ao consumidor (IPC) surpreendeu o mercado, ao apresentar um crescimento em cadeia de 0,4% (face a uma previsão de 0,3%) e um crescimento homólogo de 3,5% (eram esperados 3,4%). A tendência foi semelhante para a inflação subjacente, que registou um aumento homólogo de 3,8% (eram estimado 3,7%).

A mesma tendência foi expressa esta sexta-feira pela divulgação da evolução do índice de despesas de consumo pessoal das famílias norte-americanas, conhecido como índice PCE e acompanhado com particular atenção pela Fed.

Segundo o índice PCE, os preços de bens e serviços adquiridos pelos consumidores dos EUA em março subiram 2,7%, face a um aumento de 2,5% em fevereiro, afastando-se ainda mais do objetivo de 2% fixado pelo banco central norte-americano.

O banco central dos EUA precisa de mais confiança na trajetória da inflação antes de poder cortar os juros (…) O ciclo de redução das taxas apenas foi adiado, mas não está em causa.

Franck Dixmier

Diretor global de investimentos em obrigações da Allianz Global Investors

“Não estou a dizer que a Fed não seja capaz de trazer a inflação para menos de 2%, mas vamos assistir a mais picos da taxa de inflação como tivemos na pandemia”, destacou recentemente Kenneth Rogoff, ex-economista chefe do Fundo Monetário Internacional e professor de Harvard, numa entrevista à Bloomberg.

Jerome Powell, presidente da Fed, face ao contexto de incerteza relativamente à inflação e ao crescimento do PIB dos EUA, deverá reiterar no seu discurso a necessidade de o banco central dos EUA manter alguma prudência na condução da sua política monetária, ancorando as taxas de juro por mais algum tempo para evitar que a inflação alastre ainda mais as suas raízes.

“O banco central dos EUA precisa de mais confiança na trajetória da inflação antes de poder cortar os juros”, destaca Franck Dixmier, diretor global de investimentos em obrigações da Allianz Global Investors, numa nota enviada aos clientes do banco na terça-feira.

A decisão dea Fed manter as taxas pela sexta vez consecutiva poderá ser vista não apenas como um sinal de estabilidade, mas como uma declaração de confiança de que a economia dos EUA ainda tem o que é necessário para combater a inflação sem recorrer a medidas drásticas.

Franck Dixmier considera que “o ciclo de redução das taxas apenas foi adiado, mas não está em causa”, considerando que “o abrandamento da economia deverá contribuir para a normalização gradual da inflação, permitindo à Fed iniciar os cortes no segundo semestre do ano.”

A decisão da Fed manter as taxas pela sexta vez consecutiva poderá ser vista não apenas como um sinal de estabilidade, mas como uma declaração de confiança de que a economia dos EUA ainda tem o que é necessário para combater a inflação sem recorrer a medidas drásticas.

Porém, por outro lado, os mercados começam também a mostrar alguma impaciência, dado que não há muito tempo o mercado de futuros descontava cortes acumulados de 150 pontos base das Fed Funds ao longo de 2024, com a primeira redução a surgir em março.

As reações têm sido mistas a esta prudência da Fed, com alguns setores a pedirem por um primeiro corte das taxas de juro que permita respirar, enquanto outros anseiam por um sinal mais forte de que a luta contra a inflação será intensificada. Enquanto as empresas tecnológicas enfrentam uma temporada de resultados divididos, a resposta da Fed poderá ser o catalisador que inclinará a balança para uma direção ou outra.

A decisão que será anunciada por Powell esta terça-feira pelas 14 horas locais (19 horas de Lisboa) não será apenas um evento de calendário, mas um momento de verdade para Powell e a sua equipa. A decisão que tomarão deverá ecoar por Wall Street e restantes bolsas europeias, moldando o investimento e a confiança dos consumidores nos próximos meses.

Com o equilíbrio entre crescimento e o controle inflacionário na balança, a Fed encontra-se no olho do furacão, pronta para liderar ou para ajustar o seu curso, dependendo das marés económicas que antecipa pela frente.

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Dia do Trabalhador comemora-se em todo o país

  • Lusa
  • 1 Maio 2024

O Dia do Trabalhador é comemorado em todo o país, com as centrais sindicais CGTP e UGT a promoverem manifestações e iniciativas pela valorização dos trabalhadores.

O Dia do Trabalhador é comemorado esta quarta-feira em todo o país, com as centrais sindicais CGTP e UGT a promoverem manifestações e iniciativas pela valorização dos trabalhadores.

As comemorações da CGTP do Dia do Trabalhador, em Lisboa, iniciam-se de manhã com a corrida internacional do 1º de Maio, com partida e chegada no Estádio 1º de Maio.

À tarde, a partir das 14h30, a central sindical promove o tradicional desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, onde no fim haverá um comício que terá como orador principal o novo secretário-geral da central sindical, Tiago Oliveira, que sucedeu a Isabel Camarinha em fevereiro.

No Porto, está prevista uma manifestação, à tarde, na Avenida dos Aliados.

As comemorações da central sindical ocorrem ainda por todo o país, abrangendo, segundo o programa divulgado, Açores, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Madeira, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, com manifestações, festas populares e provas desportivas.

Há duas semanas, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, disse estar convicto de que tanto o 25 de Abril como o 1º de Maio são este ano “grandes momentos de afirmação dos trabalhadores” pela valorização dos salários e combate à precariedade.

Já a central sindical UGT comemora este ano o 1º de Maio em Vila Real, na Praça do Município desta cidade de Trás-os-Montes.

No tempo de antena disponível no seu ‘site’, o secretário-geral, Mário Mourão, diz que a UGT exige ao Governo que cumpra o aumentos dos salários e pensões e que “continua disponível para o reforço da concertação e diálogo social mas se necessário também para a luta”. Sobre as empresas privadas, afirmou que “não podem continuar a ganhar milhões apenas para os acionistas e os administradores“. Mourão apelou ainda à sindicalização, “em especial aos jovens e mulheres”, pois “nada está adquirido”.

As comemorações em Vila Real iniciam-se às 11h30 com atividades desportivas e culturais e haverá às 15h00 intervenções de dirigentes políticos e sindicais, destacando-se a de Mário Mourão.

O 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 137 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.

Há 50 anos, em Portugal, a celebração do 1º de Maio, apenas uma semana após a revolução do 25 de Abril, foi uma grande manifestação popular.

Por todo o país, centenas de milhares de pessoas saíram à rua mostrando a sua alegria e com exigências como ‘direito à greve’, ‘fim da guerra já’ ou ‘regresso dos soldados’, segundo as fotografias da época. Em Lisboa, estima-se que tenham estado 500 mil pessoas na manifestação do Dia do Trabalhador de 1974.

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Ministro da Defesa nega medida para recrutar jovens delinquentes

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

Nuno Melo diz agora que as Forças Armadas são "um ativo que não se define apenas pelos cenários de guerra" e que ajudam desde o combate aos fogos até modelos de "Escola de vida".

O Ministério da Defesa Nacional negou esta terça-feira que Nuno Melo tenha anunciado o recrutamento de jovens delinquentes, referindo que a hipótese foi abordada em contexto apenas académico e acrescentando que o ministro está disponível para ir ao Parlamento. “A reflexão feita no contexto da Universidade Europa, junto de jovens da AD, sublinhou as virtudes e potencialidades das Forças Armadas, ilustradas em exemplos académicos”, pode ler-se, num comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa Nacional.

De acordo com a nota da Defesa, o pressuposto foi o de que as Forças Armadas são “um ativo que não se define apenas pelos cenários de guerra” e “em tempo de paz acrescentam em áreas muito diversas, do combate aos fogos, até modelos de “Escola de vida” em contextos formativos”.

Em concreto, foi referida, do ponto de vista apenas académico, uma via não explorada: a hipótese das Forças Armadas, em complemento das possibilidades que existem noutras entidades, poderem contribuir num contexto formativo de instrução, para a ressocialização de jovens e, por essa via, criarem melhores oportunidades ao longo da vida”, frisou. “Em nenhum momento se referiram os termos, a forma, o modelo, ou o tempo”, apontou ainda.

O Ministério da Defesa Nacional garantiu também, na mesma nota, que Nuno Melo “manifesta toda a disponibilidade para prestar todos os esclarecimentos na Assembleia da República”.

O ministro da Defesa disse, no passado fim de semana, em Aveiro, que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem colocados em instituições que, “na maior pare dos casos, só funcionam como uma escola de crime para a vida”, ideia apoiada pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

O Chega propôs esta terça-feira a audição no Parlamento, com caráter de urgência, do ministro e líder do CDS-PP, tendo em conta a “relevância do tema para a sociedade portuguesa e para a integridade das Forças Armadas”. Também a Iniciativa Liberal requereu a audição do ministro da Defesa no Parlamento pelas posições de Nuno Melo sobre este tema, considerando que são declarações “inenarráveis” que devem ser esclarecidas.

as associações militares representativas dos oficiais, sargentos e praças consideraram que a possibilidade de aplicar o Serviço Militar Obrigatório como pena alternativa, sugerida pelos ministros da Defesa e Administração Interna, é uma “ideia peregrina” e “absurda”.

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Fernando Medina vai ser comentador de finanças públicas no NewsNow

  • + M
  • 30 Abril 2024

Ex-ministro das Finanças irá comentar finanças públicas no novo canal de informação do grupo MediaLivre.

Depois de António Costa e Rui Rio, Fernando Medina é o novo nome que irá integrar integrar o conjunto de “protagonistas” do novo canal de notícias da Medialivre, NewsNow. De acordo com o Observador, o ex-ministro das Finanças, do anterior Governo, irá ter um espaço de análise destinado ao comentário de finanças públicas mas não só.

O jornal digital adianta que a rubrica terá como título “Medina, o explicador das Finanças” e será transmitido em horário nobre. Ao Observador, o diretor-geral Carlos Rodrigues explica que a ideia é que o socialista possa fazer “o acompanhamento do estado de saúde das finanças públicas”, sendo certo que não se cingirá aos temas financeiros e orçamentais.

Além de Fernando Medina, o novo canal, que deverá nascer até ao verão, contará ainda com António Costa, ex-primeiro-ministro, Rui Rio, o cardeal Américo Aguiar e ex-diretora geral de saúde, Graça Freitas como comentadores.

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