Apesar de situações “preocupantes” nas contas públicas, Governo mantém tabu sobre retificativo

O ministro das Finanças salienta que "desde a demissão do anterior primeiro-ministro, o Governo anterior aprovou 108 resoluções" e há três que não têm "cabimento orçamental".

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, deu conta de ter encontrado “situações preocupantes” nas contas públicas, nomeadamente medidas aprovadas pelo anterior Governo após as eleições, mas continua sem esclarecer se será necessário um Orçamento retificativo.

“Até 31 de março, o anterior Governo comprometeu parte substancial das reservas do Ministério das Finanças”, indica Miranda Sarmento na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, além de que “aprovou despesas excecionais de 1.080 milhões de euros, dos quais 950 milhões já depois das eleições”, indica.

O ministro salienta que “desde a demissão do anterior primeiro-ministro, o Governo anterior aprovou 108 resoluções de Conselho de Ministros” e há três de “montante significativo que foram promessas que não tem cabimento orçamental”.

Entre essas encontram-se 100 milhões de euros de apoios aos agricultores para a seca, a compra de vacinas Covid e 200 milhões de euros para a recuperação do parque escolar. Tendo em conta estes factos, há uma “situação orçamental que é muito mais exigente do que a que o Governo anterior tinha declarado”.

Apesar disto, o Governo continua sem se comprometer com a necessidade de um Orçamento do Estado retificativo. Na reunião, não se discutiu o “tema do Orçamento retificativo, será objeto de decisão nos próximos meses em função do que possa a ser impacto de muita coisa que ainda não conhecemos e podem obrigar ou não a esse instrumento”, sinaliza Miranda Sarmento.

Já questionado sobre o impacto destas “descobertas” no programa do Governo e nas promessas eleitorais da Aliança Democrática, o ministro assegura que “trabalharemos e mantemos compromisso de cumprir programa eleitoral”.

É de salientar que esta terça-feira foram conhecidos os dados da execução orçamental, que mostram que o défice orçamental regressou em março, pela primeira vez “desde dezembro de 2022”. O excedente de 785 milhões em fevereiro passou para um défice de 259 milhões de euros em março, último mês de Fernando Medina como ministro.

Se a este défice se acrescentar as “dívidas a fornecedores, que é num montante também em torno de 300 milhões de euros, temos na realidade um défice em março de quase 600 milhões de euros”, calcula o ministro.

Comportamento “eleitoralista”

Para Miranda Sarmento, o comportamento do Governo anterior foi “eleitoralista”. “O Governo anterior apresentou um conjunto de promessas numa manifesta posição eleitoralista para a qual temos dúvidas se tinha legitimidade e para grande parte não inscreveu verba”, atira.

“Houve um enorme eleitoralismo por parte do anterior Governo, sobretudo nas resoluções de Conselho de Ministros, fez promessas para as quais não estava habilitado para fazer”, remata.

Mesmo com esta situação, o Governo aprovou neste Conselho de Ministros a duplicação da consignação de IRS de 0,5% para 1%, sendo que esta medida, se aprovada, vai significar menos “40 milhões de euros” de receita para o Estado, em 2025.

(Notícia atualizada às 13h10)

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Cuatrecasas assessora Concentra na integração da mediadora de seguros Portinsurance

Esta fusão coloca o grupo no Top 5 dos mediadores de seguros independentes da Península Ibérica e no top 10 dos maiores grupos de mediação do mercado português.

A Cuatrecasas assessorou o grupo Concentra na integração da mediadora de seguros portuguesa Portinsurance. Esta fusão coloca o grupo no Top 5 dos mediadores de seguros independentes da Península Ibérica e no top 10 dos maiores grupos de mediação do mercado português.

A equipa da Cuatrecasas que prestou a assessoria jurídica nesta operação foi constituída pelos advogados João Mattamouros Resende, que coordenou a equipa, Jorge Serrote e Sofia Marques de Aguiar, da área de Societário e M&A, e por Ana Sofia Silva, da área de Serviços Financeiros e Seguros.

Com sede em Cantanhede e com outros 12 escritórios em todo o país, a Portinsurance conta com mais de meia centena de colaboradores e uma extensa rede de agentes exclusivos.

A partir de agora, as operações do Grupo Concentra em Portugal serão desenvolvidas sob uma estratégia, equipa e marca independentes, bem diferenciadas, como a Portinsurance (agentes exclusivos), a Melior (negócio corporate) e a MEDIAN (negócio internacional).

A Cuatrecasas é uma das mais ativas sociedades de advogados na assessoria a fusões e aquisições em Portugal e Espanha, ocupando, ano após ano, as posições cimeiras nas tabelas comparativas publicadas por agências internacionais de informação financeira, como a Mergermarket e a Transactional Track Record, tendo sido destacada por ambas as agências com o 1.º lugar em volume de operações de M&A em 2023 em Portugal.

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Governo abdica de 40 milhões e duplica doação de IRS para 1% destinada a instituições de utilidade pública

No próximo ano, os contribuintes poderão entregar até 1% do imposto para apoiar entidades solidárias, caso a proposta passe pelo crivo do Parlamento.

O Governo decidiu “duplicar o limite da consignação de IRS, de 0,5% para 1%, destinada a instituições de utilidade pública”, que terá efeitos no próximo ano, aquando a liquidação do imposto, anunciou esta quinta-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final da reunião do Conselho de Ministros. Esta proposta de lei, se passar pelo crivo do Parlamento, vai significar menos “40 milhões de euros” de receita para o Estado, em 2025, indicou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Nas estimativas do Executivo, a medida terá um custo de “40 milhões de euros” que vão reforçar o “setor social, ambiental e cultural”, esclareceu Miranda Sarmento. Ou seja, estas instituições irão receber, no próximo ano, mais 40 milhões de euros.

Recorde-se que a consignação do IRS permite doar a uma instituição, uma parte do imposto que iria reverter a favor do Estado, não tendo qualquer custo para o contribuinte.

Esta medida “concretiza-se no próximo ano, mas já tendo em conta os rendimentos deste ano“, indicou. Para Leitão Amaro, o reforço do montante que os trabalhadores podem entregar “às instituições solidárias, como Instituições Particulares de Solidariedade Social, (IPSS), mas também entidades culturais, religiosas ou com fins ambientais”, representa “maior liberdade de escolha dos contribuintes em relação ao imposto que pagam, que é produto do seu esforço, do seu trabalho”.

O governante salientou ainda que “a duplicação da consignação representa uma maneira muito significativa de apoiar as instituições, as IPSS, as Misericórdias, as instituições religiosas, culturais”. “Esta medida representa um apoio muito expressivo às entidades sociais que desempenham um papel decisivo no País, especialmente no apoio às populações mais vulneráveis”, lê-se ainda no comunicado do Conselho de Ministros.

(Artigo atualizado às 12h55)

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Governo entregou ao Tribunal de Contas auditoria da Santa Casa Global que não era a final

"Se a mesa [da SCML] diz que esse não é o relatório final e diz que tem outro, que agora é o final, aguardamos que nos seja entregue e avaliaremos se é mesmo o relatório final", diz o Governo ao ECO.

Afinal, a auditoria à Santa Casa Global entregue pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS) ao Tribunal de Contas (TdC) não era a final. Ao ECO, a tutela liderada por Maria do Rosário Ramalho garante que a informação que tinha “era de que aquele era o relatório final”, mas agora a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), liderada por Ana Jorge, diz que “tem outro” relatório, pelo que o Governo aguarda que este lhe seja entregue.

A informação que havia no gabinete era a de que aquele era o relatório final. A auditoria tinha a denominação de auditoria forense e estava classificada como confidencial”, explica fonte oficial do MTSS, lembrando que a anterior ministra da tutela, Ana Mendes Godinho, “já tinha remetido essa auditoria para o Ministério Público e que a atual ministra o remeteu para o Tribunal de Contas (TdC).

“Se a mesa [da SCML] diz que esse não é o relatório final e diz que tem outro, que agora é o final, aguardamos que nos seja entregue e avaliaremos se é mesmo o relatório final” ou se há aspetos que possam ainda ter de ser investigados, acrescenta.

A auditoria à Santa Casa Global, criada para gerir as lotarias e jogos de apostas no mercado externo, ficou a cargo da auditora BDO. De acordo com a Lusa, a SCML já tinha enviado para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas o relatório sobre a auditoria externa feita à Santa Casa Global com dados recolhidos até 31 de janeiro de 2024.

Governo decidiu exonerar toda a mesa da SCML, incluindo a provedora Ana Jorge, acusando a administração de ser “incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição” e de “atuações gravemente negligentes”, que poderão comprometer a “curto prazo” a “fundamental tarefa de ação social que lhe compete”. Ainda assim, a provedora vai-se manter em gestão corrente até ser nomeada nova equipa.

Posteriormente, numa carta enviada aos trabalhadores, Ana Jorge, que tinha assumido funções há cerca de um ano, denunciou a forma “rude e caluniosa” com que foi justificada a sua exoneração e garantiu que vai contar a sua verdade “em tempo e em sede própria”. A provedora, agora exonerada, herdou uma instituição com graves dificuldades financeiras, cuja debilidade financeira coincidiu com os anos de pandemia e de um processo de internacionalização dos jogos sociais, levado a cabo pela anterior administração liderada por Edmundo Martinho, que poderá ter causado prejuízos na ordem dos 50 milhões de euros.

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Portugal é o quinto país da UE com trabalhadores que mais prolongam horários

  • Lusa
  • 2 Maio 2024

Cerca de 7% dos trabalhadores da UE passam habitualmente 49 horas ou mais por semana no trabalho. Portugal supera essa média, chegando aos 9%, de acordo com o Eurostat.

Portugal é o quinto Estado-membro da União Europeia (UE) com maior percentagem de trabalhadores em horário prolongado (9,0%), sendo a média na Europa de 7,1%, em 2023, segundo dados do Eurostat.

De acordo com o serviço estatístico europeu, a Grécia é o país com maior percentagem de pessoas que fazem horário prolongado (11,6%), seguida de Chipre (10,4%), França (10,1%), Itália (9,6%) e Portugal (9,0%).

No outro extremo da tabela, a Bulgária (0,4%), Letónia e Lituânia (1,1% cada), Roménia (1,8%) e Estónia (2,0%) apresentaram as taxas mais baixas.

Os longos horários de trabalho referem-se aos trabalhadores que passam habitualmente 49 horas ou mais por semana no trabalho e o Eurostat indica ainda haver uma taxa muito maior entre os trabalhadores por conta própria (29,3% do todas destes trabalhadores) do que entre trabalhadores por conta de outrem (3,6% do total).

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Taxas do crédito da casa sobem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 2 Maio 2024

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram nos principais prazos esta quinta-feira.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa, subiram a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 3,828%, mais 0,033 pontos, depois de ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou para 3,728%, mais 0,032 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou para 3,853%, mais 0,028 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Prémio Sonae Educação é alargado a escolas públicas e sobe para 150 mil euros

Estão abertas até 30 de junho as candidaturas à 2ª edição do Prémio Sonae Educação, que homenageia Belmiro de Azevedo. Valor monetário aumenta 50% e é aberto, pela primeira vez, a todas as entidades.

O Prémio Sonae Educação, que distingue projetos que contribuam para melhorar o acesso e a qualidade da educação em Portugal, em todas as fases do ciclo de aprendizagem, vai ser alargado às escolas públicas. As candidaturas à segunda edição decorrem até 30 de junho.

Depois de, entre mais de 400 candidaturas, ter premiado no ano passado a plataforma do NoCode Institute para requalificar e relançar carreiras de profissionais em risco pela economia digital e também o projeto da EKUI para eliminar barreiras na comunicação linguística, o valor a distribuir aumenta agora para 150 mil euros.

As entidades que queiram beneficiar do apoio financeiro e do know-how da Sonae podem candidatar-se com mais do que um projeto, mas apenas um poderá ser premiado. No total, o valor deste prémio de homenagem a Belmiro de Azevedo será dividido por três ou mais ideias que promovam abordagens educativas inovadoras e “contribuam para a mitigação de fatores de desigualdade ou exclusão”.

O júri da segunda edição do Prémio Sonae Educação é composto por Isabel Alçada, professora e membro do Conselho Consultivo do grupo de reflexão EDULOG; João Gonçalves, diretor-geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE); Nuno Comando, Head of Incubation, Acceleration & Communications da Casa do Impacto da SCML; Rita Serra, Education Lead da Microsoft Portugal; e João Günther Amaral, administrador executivo da Sonae.

João Günther Amaral, administrador executivo da Sonae

“A Educação é o mais poderoso elevador social, fundamental para acelerar o desenvolvimento individual e da sociedade, e para combater as desigualdades. As mais de 400 candidaturas da primeira edição mostraram-nos que o Prémio Sonae Educação pode mesmo fazer a diferença no trabalho de organizações essenciais para a melhoria da qualidade do ensino no país”, refere João Günther Amaral.

Por isso, acrescenta em comunicado o membro do júri e administrador executivo da Sonae, nesta segunda edição foi aumentado o valor monetário em 50% e aberto a todas as entidades, incluindo escolas públicas, “reconhecendo a qualidade dos projetos e o seu potencial de impacto”. “Desta forma, esperamos continuar a reforçar o nosso contributo para a modernização dos modelos de ensino atuais e para o aumento da igualdade de oportunidades para todos”, completa.

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Trabalhadores aprovam greve parcial na OGMA

Plenário de trabalhadores aprovou a marcação de quatro horas de greve para o dia 20 de maio. Exigem atualização salarial mais elevada para este ano.

Os trabalhadores da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, aprovaram em plenário uma greve de quatro horas no dia 20 de maio, entre as 12h30 e as 16h30. Estão contra a proposta de atualização salarial da empresa para este ano e admitem novas paralisações.

No plenário, que decorreu na terça-feira, foi aprovada uma moção onde se exige “uma atualização salarial em 2024, com efeitos a 1 de janeiro, que corresponda à necessidade de reposição do poder de compra perdido e do aumento real dos salários”, afirma um comunicado conjunto do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), do Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) e dos Sindicatos dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa (STEFFAs).

As estruturas sindicais apelam “a uma negociação viável, com a aproximação das suas posições às propostas submetidas pelos sindicatos, e com o foco nos salários de todos e não em aumentos discricionários”, acrescenta.

A administração da OGMA apresentou duas propostas de atualização salarial: uma atualização de 2,5% para todos os trabalhadores, ou um aumento de 41 euros transversal a todos, a que se acrescenta uma subida de 1,25 euros por dia de subsídio de refeição. Os sindicatos consideram que a atualização é “inferior ao prémio discricionário anunciado” pela empresa de manutenção, reparação e construção de aeroestruturas para aeronaves civis e militares.

A moção, aprovada por 95% dos trabalhadores presentes no plenário, refere ainda “a disponibilidade e o compromisso para empreender um processo de luta em torno de uma atualização salarial justa, utilizando todos os meios ao dispor, designadamente o recurso à greve“.

A OGMA é detida em 65% pela Airholding, da fabricante brasileira Embraer, e em 35% pela empresa pública idD Portugal Defence.

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Desemprego recua ligeiramente para 6,5% em março

Taxa de desemprego foi de 6,5% no terceiro mês do ano, abaixo dos 6,6% registados em fevereiro e dos 6,8% verificados há um ano. Já a população empregada atingiu máximos históricos.

O mercado de trabalho português continua estável. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego fixou-se em 6,5% em março, o que corresponde a um recuo muito ligeiro tanto face ao mês anterior, como face ao verificado há um ano. Já a população empregada atingiu máximos históricos.

“A taxa de desemprego situou-se em 6,5%, valor inferior em 0,1 pontos percentuais ao do mês anterior, igual ao de três meses antes e inferior em 0,3 pontos percentuais ao do mesmo mês de 2023“, nota o gabinete de estatísticas esta manhã, que revela também que, no total, havia 346,5 mil pessoas desempregadas em Portugal em março.

Já a taxa de emprego fixou-se em 64,3%, acima dos 64,2% registados no mês anterior e dos 64% verificados há um ano. No total, no terceiro mês do ano havia cinco milhões de pessoas empregadas por cá.

De acordo com o INE, em março Portugal conseguiu mesmo o valor mais elevado da população ativa desde 1998, ano em que arranca a série estatística, como mostra o gráfico abaixo.

Com base nesta evolução da população empregada e da população desempregada, o INE assinala que a população ativa aumentou tanto em termos homólogos (1,6%), como em cadeia (0,1%) para quase 5,4 milhões de pessoas.

Em contraste, a população inativa recuou 0,1% em cadeia e 1,3% em termos homólogos para 2,4 milhões de indivíduos. “A evolução da população inativa foi resultado do decréscimo no número de outros inativos, os que não procuram emprego nem estão disponíveis para trabalhar (quatro mil; 0,2%), que superou o acréscimo observado no número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego (2,2 mil; 2,1%)”, detalha o INE.

Já a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,4% em março, isto é, estabilizou face a fevereiro e recuou 0,6 pontos percentuais face a março do último ano.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Ministério Público aguarda “momento processualmente adequado” para ouvir António Costa na Operação Influencer

"O agendamento da data só será feito em momento processualmente adequado, tendo em conta o calendário de diligências priorizado para a investigação”, segundo soube o ECO junto de fonte do processo.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) ainda não encontrou “o momento processualmente adequado” para ouvir António Costa, no âmbito da Operação Influencer, a investigação que levou à demissão do ex-primeiro ministro, a 7 de novembro.

O ECO/Advocatus sabe que essa audição só acontecerá depois de algumas diligências, que são prioritárias para a investigação do DCIAP, serem realizadas. “O agendamento da data para o efeito só será feito em momento processualmente adequado, tendo em conta o calendário de diligências priorizado para a investigação”, segundo apurou o ECO junto de fonte ligada ao processo.

Quase seis meses depois da demissão de Costa, na sequência de buscas feitas ao palácio de São Bento, nada aconteceu. Nem Costa foi ouvido nem tão pouco constituído arguido. Questionado pelo ECO/Advocatus, fonte oficial do gabinete de Lucília Gago, a titular da investigação criminal em Portugal, não deu qualquer resposta.

Há precisamente um mês – a 2 de abril – António Costa pedia para ser ouvido “com a maior celeridade possível” pela Justiça portuguesa. “Dei instruções para hoje mesmo [o advogado] apresentar o requerimento junto do senhor coordenador do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça para que possam proceder à minha audição para se esclarecer qualquer dúvida que tenham”, disse, à saída da tomada de posse do novo Executivo de Luís Montenegro. Mas, entretanto, o processo saiu da alçada do Supremo para o DCIAP. Contactado pelo ECO/Advocatus, o advogado João Lima Cluny não quis prestar qualquer esclarecimento sobre o processo.

“Não há nada pior do que haver uma suspeita e ela não ser esclarecida”, insistiu Costa, antes de acrescentar que “agora é tempo para que as suspeitas se esclareçam”. O ex-primeiro-ministro demitiu-se a 7 de novembro depois do seu nome ter sido citado num comunicado da Procuradoria-Geral da República sobre uma investigação judicial ao centro de dados de Sines e a negócios ligados ao lítio e hidrogénio. Costa diz estar “totalmente disponível para colaborar com a Justiça” e reiterou que “quem está sujeito a uma suspeição pública”, como a que existia sobre si, “deve preservar as instituições”.

Quinze dias depois destas declarações, o inquérito relativo às suspeitas que recaem sobre António Costa ‘ganhava’ uma magistrada responsável, a procuradora Rita Madeira, que coordena o combate à corrupção do DCIAP e é também responsável pelo processo de alegada corrupção na Madeira. A resposta do gabinete da PGR ocorria 24 horas depois de o ECO ter noticiado que o DCIAP ainda não tinha designado um procurador para ser titular do processo.

Segundo o Ministério Público, o ex primeiro-ministro é suspeito da alegada prática do crime de prevaricação devido à aprovação do novo Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros do dia 19 de outubro de 2023.

António Costa é suspeito do crime de prevaricação devido a uma lei alegadamente negociada entre João Tiago Silveira e João Galamba para beneficiar Start Campus. Segundo o Ministério Público, o ex primeiro-ministro é suspeito da alegada prática do crime de prevaricação devido à aprovação do novo Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros do dia 19 de outubro de 2023.

Em abril, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu entregar a investigação ao DCIAP. Ou seja, o processo de António Costa passou para a primeira instância, igual a qualquer cidadão, perdendo o foro especial de primeiro-ministro. Mas estará a ser investigado de forma autónoma às restantes investigações que envolvem Vítor Escária, Diogo Lacerda de Machado e Rui de Oliveira Neves.

Uma Operação em que não houve influência?

No dia 17 de abril, os juízes do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) não encontraram quaisquer indícios de que tenha havido conversas entre António Costa e Diogo Lacerda Machado em que se “tenha falado, alguma vez, sobre a construção do data center em Sines”. O TRL decidiu contra o Ministério Público (MP) e manteve os arguidos da Operação Influencer apenas sujeitos a Termo de Identidade e Residência, a medida de coação menos gravosa prevista nas leis penais.

No acórdão a que o ECO/Advocatus teve acesso – com mais de 300 páginas – os magistrados explicam mesmo que o nome de António Costa não foi sequer invocado em “centenas de reuniões de trabalho” que Diogo Lacerda Machado realizou com a Start Campus.

“Não há nos autos qualquer indício de que o arguido tenha falado, alguma vez, com o primeiro-ministro sobre o projeto de construção e instalação do data center, em Sines, pela empresa Start Campus; tão pouco com o seu amigo António Costa. Como jamais invocou o nome do chefe do Executivo, ou do seu amigo António Costa, em qualquer das muitas dezenas, ou mesmo centenas, de reuniões de trabalho em que participou com o Conselho de Administração e as equipas de colaboradores da Start Campus, com outras empresas, fornecedoras de bens e serviços para aquela, e com diferentes autoridades públicas, nacionais e da União Europeia”, diz a decisão do tribunal de segunda instância.

A única referência de algum episódio concreto que envolve António Costa terá sido a sua presença num evento de apresentação do projeto (do data center), depois do início da implementação do mesmo, no dia 23 de abril de 2021, no qual também estiveram presentes, juntamente com o arguido Afonso Salema, o então secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, e o então ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

Os juízes consideram que deveria estar descrito “algum comportamento objetivo do primeiro-ministro passível de mostrar alguma recetividade ou predisposição para ouvir e acatar o que Diogo Lacerda Machado, o seu melhor amigo, teria para lhe dizer”. Seja em decisões sobre “políticas públicas e medidas legislativas no ambiente, nas energias renováveis, nos objetivos da transição energética e da transição digital, no campus de data center promovido pela Start Campus, S.A, no âmbito do Projeto Sines 4.0. ou sobre qualquer outro assunto da governação”. Mas tal não aconteceu.

O que é a Operação Influencer?

Em novembro, os cinco arguidos inicialmente detidos ficaram em liberdade. A decisão do juiz de instrução Nuno Dias Costa – colocado no chamado “Ticão” apenas desde setembro — ficou muito aquém do pedido de promoção do Ministério Público, que queria a prisão preventiva para Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária (os dois homens próximos de Costa), cauções de 200 mil euros para Afonso Salema e 100 mil para Rui Oliveira Neves (os administradores da Start Campus), e a suspensão do mandato do autarca de Sines, Nuno Mascarenhas. Nuno Dias Costa também não validou os crimes de prevaricação e de corrupção ativa e passiva que estavam imputados a alguns arguidos.

O juiz Nuno Dias Costa considerou ainda que não existia indiciação de qualquer crime relativo ao presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas. Segundo o comunicado do Tribunal Central de Instrução Criminal, o juiz considerou que Lacerda Machado e Vítor Escária estão “fortemente indiciados” em coautoria e na forma consumada de um crime de tráfico de influência.

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Dívida pública volta a superar os 100% do PIB no primeiro trimestre

Depois de ter recuado para 99,1% no final do ano passado, na sequência de uma "operação secreta" das Finanças, a dívida pública voltou a superar a barreira dos 100% no início deste ano.

A dívida pública portuguesa voltou a superar a fasquia dos 100% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

O rácio do endividamento das Administrações Públicas cresceu para 100,5% do PIB no final de março, depois de ter recuado para 99,1% em dezembro de 2023, na sequência de uma “operação secreta” levada a cabo pelo Ministério das Finanças para baixar o rácio para um patamar inferior a 100%.

Essa operação está agora no radar do Parlamento, com o grupo parlamentar do CDS a chamar o ex-ministro das Finanças Fernando Medina para dar explicações sobre o que chamou de “redução artificial” da dívida pública com “dinheiro das pensões”, na sequência de uma notícia avançada o ECO em primeira mão.

O primeiro trimestre de 2024 trouxe a primeira subida do rácio da dívida pública desde que atingiu o pico em março de 2021, nos 138,1% do PIB, com o endividamento a crescer na altura por conta dos gastos do Governo com os apoios públicos para mitigar o impacto da pandemia da Covid-19. Foram 11 trimestres em que o rácio caiu e que permitiu a Portugal sair da lista dos cinco países mais endividados da Zona Euro.

Dívida pública volta a subir

Fonte: Banco de Portugal

Em termos brutos, a dívida pública portuguesa atingiu os 270,87 mil milhões de euros em março, aumentando 7,8 mil milhões em relação a dezembro, mostram os dados do supervisor bancário.

Este aumento deveu-se sobretudo às emissões de Obrigações e Bilhetes do Tesouro ao longo do primeiro trimestre do ano, algo que já estava previsto no calendário de financiamento da República divulgado. O IGCP tende a financiar-se nos mercados sobretudo durante o primeiro semestre, tendo em conta que o segundo conta com o período das férias de verão e ainda do Natal e fim de ano.

Apesar deste agravamento, as perspetivas do Governo e das entidades oficiais aponta para uma redução da dívida pública para perto dos 90% em 2025. O Executivo prevê uma queda do rácio para 91,4% do PIB no final do próximo ano. Na sua projeção divulgada esta quinta-feira, a OCDE aponta para 93% do PIB.

Ainda segundo o Banco de Portugal, com os depósitos das Administrações Públicas a totalizarem 13,8 mil milhões de euros, menos 800 milhões de euros relativamente a fevereiro. Deduzida desses depósitos, a dívida pública atingiu os 257,1 mil milhões, mais 5,4 mil milhões em relação a dezembro.

(Notícia atualizada às 11h22)

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SATA nomeia administração transitória até à escolha de novo conselho

A SATA nomeou Carla Neto para assumir a administração financeira das companhias aéreas do grupo e garantir o quórum. Atual conselho ficará em funções até à escolha de um novo pelo Governo Regional.

O conselho de administração da SATA nomeou a atual responsável pela direção financeira, Carla Neto, para ser a nova administradora financeira do grupo, preenchendo o lugar deixado vago por Dinis Modesto. Atual conselho fará a transição até ser nomeado um novo, incluindo o presidente que substituirá Teresa Gonçalves.

“Na sequência da saída da presidente do conselho de administração e do administrador com o pelouro financeiro, o restante conselho de administração da SATA Holding, composto pelo Eng. José Carlos Laia Roque, pelo Dr. Bernardo António Oliveira e pelo Dr. João Crispim Ponte, cooptou a Dra. Carla Neto, atualmente responsável na direção financeira da empresa, para assumir o cargo de administradora com o pelouro financeiro“, afirma a companhia aérea açoriana num comunicado interno a que o ECO teve acesso.

“O conselho de administração da SATA Holding ficará, assim, com quatro membros efetivos prosseguindo com o trabalho que vinha sendo realizado, de reestruturação e de recuperação das companhias desta empresa emblemática e essencial para os Açores”, acrescenta.

As alterações foram forçadas pelo pedido de demissão de Teresa Gonçalves, a 9 de abril, com efeitos a partir do fim do mês. A presidente executiva, que há um ano substitui Luís Rodrigues, atual CEO da TAP, alegou “motivos pessoais” para a saída.

A decisão foi conhecida logo após a entrega do relatório final do concurso público para a privatização da Azores Airlines, em que apenas um candidato foi considerado válido, o consórcio Newtour/MS Aviation, mas com o júri a manifestar fortes reservas. Os sindicatos também se opuseram à escolha.

O conselho de administração, ainda com Teresa Gonçalves ao leme, acabaria por dar um parecer negativo à venda. A decisão final cabe ao Governo Regional que, segundo o ECO apurou, poderá anunciá-la ainda esta quinta-feira.

As mudanças da administração estendem-se às duas transportadoras aéreas do grupo, a SATA Internacional – Azores Airlines e a SATA Air Açores, bem como à SATA Gestão de Aeródromos. Bernardo Oliveira e João Crispim Ponte foram nomeados como administradores não executivos e Carla Neto como administradora executiva.

“O conselho de administração encontra-se operacional e capaz de assumir a gestão diária do Grupo e das participadas, aguardando a nomeação, por parte do acionista, o Governo Regional dos Açores, de um novo conselho de administração“, afirma a SATA no mesmo comunicado interno.

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