Donald Trump ataca juiz e testemunha-chave e reitera que vai recorrer de julgamento

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

Trump argumentou que o veredicto é ilegítimo e politicamente motivado. "Se eles podem fazer isto comigo, podem fazer isto com qualquer um", disse o ex-presidente dos EUA.

O ex-presidente norte-americano Donald Trump lançou esta sexta-feira novos ataques ao juiz e a uma das testemunhas-chave do seu julgamento criminal em Nova Iorque e reiterou que irá recorrer do veredicto de culpa proferido por um júri.

As declarações do também provável candidato republicano às eleições presidenciais de novembro foram feitas à imprensa na Trump Tower em Nova Iorque, naquele que marcou o seu regresso à campanha eleitoral um dia após ter sido condenado por tentar influenciar ilegalmente as eleições de 2016 ao falsificar registos comerciais para esconder pagamentos relacionados com um caso extraconjugal com uma atriz pornográfica.

No mesmo tom desafiador que adotou desde o início do julgamento, Trump argumentou que o veredicto é ilegítimo e politicamente motivado, procurando minimizar as alegações subjacentes ao caso. “Não é ‘comprar o silêncio’. É um acordo de sigilo, totalmente legal, totalmente comum”, advogou. Numa mensagem destinada a galvanizar os seus apoiantes, declarou: “Se eles podem fazer isto comigo, podem fazer isto com qualquer um”.

Trump começou por atacar o atual chefe de Estado, Joe Biden, nas políticas orçamentais e de imigração antes de voltar ao seu caso, declarando que foi ameaçado de prisão se violasse uma ordem de silêncio. Trump classificou os procedimentos do julgamento como injustos, fazendo declarações falsas e deturpadas sobre os procedimentos. O ex-presidente dirigiu então violentas críticas a Michael Cohen, o seu ex-advogado e a principal testemunha do caso, chamando-o de “desprezível”.

Já o juiz responsável pelo caso, Juan Merchan, foi classificado como “um tirano”. “Nunca houve um juiz mais conflituoso”, disse Trump sobre Juan Merchan. “Vocês viram o que aconteceu com algumas das testemunhas que estavam do nosso lado. Foram literalmente crucificadas por este homem que parece um anjo, mas é realmente um demónio” acrescentou.

O ex-presidente Donald Trump (2017-2021) foi considerado culpado na quinta-feira de ter falsificado documentos para encobrir um escândalo sexual na campanha presidencial de 2016. Trump, que deverá ser o candidato dos republicanos em novembro contra o democrata e atual Presidente, Joe Biden, negou todas as acusações. É a primeira vez que um antigo Presidente dos Estados Unidos é considerado culpado por um delito penal.

A sentença será proferida em 11 de julho por um juiz do tribunal de Manhattan, quatro dias antes da convenção do Partido Republicano que deverá apresentar Trump como candidato contra Biden. Um dos seus advogados, Todd Blanche, já anunciou que Trump irá “recorrer o mais rapidamente possível”. A prisão é teoricamente possível, sendo a falsificação de documentos contabilísticos punível com pena de até quatro anos de cadeia, no estado de Nova Iorque.

Na ausência de antecedentes criminais do arguido de quase 78 anos, o juiz pode aliviar a sentença, com uma pena suspensa com liberdade condicional ou serviço comunitário, bem como uma multa. O magnata republicano reiterou que irá recorrer da decisão proferida na quinta-feira por um júri composto por 12.

Trump falou por pouco mais de 30 minutos e não respondeu a perguntas. O filho Eric Trump e a nora Lara Trump juntaram-se ao ex-presidente, mas a sua mulher, Melania Trump, que se manteve publicamente em silêncio desde o veredicto, não foi vista. Do lado de fora, na 5ª Avenida de Manhattan, apoiantes reunidos do outro lado da rua exibiam uma enorme placa vermelha em que se podia ler: “TRUMP OU MORTE”. Um pequeno grupo de manifestantes segurava cartazes que diziam “Culpado” e “A Justiça importa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupos da Rússia, China, Israel e Irão utilizaram ferramentas de IA da OpenAI para campanhas de desinformação, diz a empresa

  • + M
  • 31 Maio 2024

Nenhum destes grupos usou a inteligência artificial de forma exclusiva, mas antes integrando os conteúdos gerados por esta tecnologia no meio de outros formatos "mais tradicionais".

A OpenAI, criadora e proprietária do ChatGPT, interrompeu campanhas de desinformação de grupos originários da Rússia, China, Israel e Irão, que faziam uso das suas ferramentas de inteligência artificial (IA) para a criação e divulgação de informação falsa ou não fidedigna.

“Nos últimos três meses, desmantelámos cinco operações secretas de influência que visavam utilizar os nossos modelos para apoiar atividades enganosas na internetrefere a OpenAI em comunicado. É o seu primeiro relatório do género.

Segundo a OpenAI, estes grupos utilizaram os seus modelos de IA para uma tarefas como gerar comentários curtos ou artigos longos, inventar nomes e biografias para contas em redes sociais e traduzir conteúdos de propaganda em diferentes idiomas e publicá-los em diferentes redes sociais.

A OpenAI identificou dois grupos russos, um chinês, um iraniano e um israelita que utilizavam as suas ferramentas de forma “maliciosa”, sendo que os conteúdos abrangiam temas como a invasão russa da Ucrânia, o conflito em Gaza, as eleições na Índia, questões políticas europeias e norte-americanas ou críticas ao governo chinês.

A investigação da empresa tecnológica apurou também que estes grupos utilizaram os seus serviços para gerar texto e, “ocasionalmente”, imagens, sendo que nenhum deles utilizou a IA de forma exclusiva, mas antes integrando os conteúdos gerados por IA no meio de outros formatos “mais tradicionais, como textos escritos manualmente ou memes copiados da internet”.

Algumas destas redes, entretanto interrompidas pela OpenAI, também usaram ferramentas de IA para tentar simular envolvimento nas redes sociais, o que “é diferente de atrair um envolvimento autêntico”, sendo que nenhuma das redes o conseguiu fazer de “forma significativa”, refere-se no relatório.

A empresa tecnológica diz contar com alguns processos defensivos, pelo que foi observável, por diversas vezes, o facto de os seus modelos se terem recusado a gerar o texto ou as imagens solicitadas por estes grupos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“É preciso namorar a procura” na venda da Azores Airlines, diz Augusto Mateus

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

Augusto Mateus defendeu que “compete à administração da SATA proceder a uma série de contactos e desbravar uma série de pistas” para que existam “boas propostas” no concurso para a privatização.

O presidente do júri do anterior concurso de privatização da Azores Airlines apelou esta sexta-feira para que se “aprenda com o que aconteceu” para “reorientar” o processo de venda da companhia, alertando para a importância de “namorar a procura”.

Um processo de privatização requer aprender com a experiência e tentar atrair as melhores propostas. O que eu posso dizer é que é mais importante perder muito tempo com o que aconteceu e que é mais importante aprender com o que aconteceu para reorientar o processo de privatização”, afirmou Augusto Mateus.

O professor universitário e presidente do júri do concurso para a alienação da Azores Airlines, que acabou anulado pelo Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), falava na comissão de Economia da Assembleia Regional, na sequência de um requerimento do PS. “Aquilo que aconteceu deve ser lido como um processo de aprendizagem onde se aprende a fazer melhor no futuro”, reforçou.

Em 2 de maio, o Governo dos Açores cancelou o concurso de privatização da companhia aérea Azores Airlines, anunciado a intenção de lançar um novo procedimento. O executivo açoriano alegou que a companhia estava avaliada em seis milhões de euros no início do processo e vale agora 20 milhões.

Na audição desta sexta, Augusto Mateus defendeu que “compete à administração da SATA proceder a uma série de contactos e desbravar uma série de pistas” para que existam “boas propostas” no concurso para a privatização. “É preciso namorar a procura, como em qualquer processo destes, às claras, com os argumentos mais adequados. Nada acontece sem ser assim”, disse.

O antigo ministro da Economia (1996-1997) ressalvou que num processo de privatização a “dimensão financeira não é a dimensão principal” e rejeitou que a demissão da presidente da SATA, Teresa Gonçalves, esteja relacionada com o processo de privatização da Azores Airlines, “apesar da coincidência temporal”.

Fiquei tão surpreendido como qualquer outra pessoa com a demissão da doutora Teresa Gonçalves. Houve sempre sintonia, toda a estrutura de apoio ao júri foi concedida pela SATA. Reunimo-nos sempre muitas vezes com responsáveis da SATA, não me apercebi de qualquer problema relacionado com a privatização”, destacou.

A demissão de Teresa Gonçalves da presidência do grupo SATA foi anunciada em 9 de abril, quatro dias depois de ser conhecida a decisão final do júri do concurso público para a privatização da Azores Airlines (companhia aérea responsável pelas ligações entre os Açores e o exterior).

Ouvido na mesma comissão, o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, também afastou a possibilidade de a demissão de Teresa Gonçalves estar relacionada com o processo de privatização, realçando que na carta de resignação a gestora evoca “motivos pessoais”.

Duarte Freitas afirmou que “nesta fase ninguém na Comissão Europeia está disponível para abrir qualquer janela negocial” sobre um possível alargamento do prazo para a privatização, mas não descartou essa possibilidade no futuro, caso existam “condições para tal”, e assim que a nova Comissão Europeia estiver em funções. O governante realçou ainda que o atual conselho de administração tem quórum para tomar decisões e reiterou que a nomeação de uma nova administração para a SATA será “tratada com a brevidade possível”.

Em junho de 2022, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo medidas como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa e Porto registam dezenas de pedidos para alterar uso de espaços não habitacionais

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

Porto recebeu 51 comunicações prévias para mudar o uso de frações. Lisboa não consegue, porém, detalhar o número exato dos 273 processos submetidos desde 4 de março que tem fins habitacionais.

As duas principais cidades do país, Lisboa e Porto, registaram desde a adoção das novas regras do licenciamento dezenas de pedidos para alterar a utilização de espaços como lojas e garagens, na maioria para habitação. De acordo com o denominado Simplex urbanístico, em vigor desde 4 de março, toda a tipologia de frações que não sejam de habitação pode ser transformada para fins habitacionais desde que previamente comunicado às autarquias, que têm 20 dias para responder ou iniciar processo de vistoria.

Este procedimento deixou de precisar da aprovação do condomínio e as câmaras poderão verificar posteriormente as condições de habitabilidade. Em resposta à Lusa, as autarquias de Lisboa e Porto confirmam que, desde que foram adotadas as novas regras de licenciamento, a maioria dos pedidos de alteração de uso de frações como lojas de comércio ou serviços, arrecadações e garagens de estacionamento se destina a fins habitacionais.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) não consegue, porém, detalhar o número exato dos 273 processos submetidos desde 4 de março que tem fins habitacionais. Em resposta à Lusa, a autarquia informa que, desde essa data, foram despachados 406 processos, explicando o saldo positivo com a resolução de “processos pendentes, submetidos anteriormente”. Segundo a CML, não foi “detetado nenhum caso com necessidade de vistoria desde a alteração da legislação”.

Quem pede a alteração assina um termo de responsabilidade quanto às condições de habitabilidade, sendo que as autarquias podem, se existirem “indícios de falta de idoneidade”, realizar vistorias posteriormente. A Câmara Municipal do Porto recebeu 51 comunicações prévias para alteração da utilização de frações, na maioria (“cerca de 40”) com finalidade de habitação. De acordo com o município, quatro processos já receberam alvará, dois foram extintos e os restantes encontram-se em apreciação.

Ainda assim, a Câmara do Porto assegura não estar a ter dificuldades em dar resposta aos pedidos e adianta que, em caso de dúvida, tem realizado vistorias para “verificar se a fração é idónea para o fim pretendido”. Também a Câmara de Lisboa afasta “qualquer dificuldade na gestão” dos processos e garante que “os prazos de resposta estão a ser cumpridos”, reconhecendo, porém, “um elevado volume de submissões”.

A autarquia acrescenta que não houve, até ao momento, “deferimentos tácitos”, concedidos após ultrapassado o prazo estabelecido para resposta, findo o qual o espaço pode ser utilizado para a finalidade pretendida. A Lusa questionou também outras câmaras municipais nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Entre as que responderam, Oeiras foi a que recebeu mais pedidos até à data, com 49 pretensões de particulares para alteração do uso de frações com fins diversos (comércio, serviços, arrecadações e garagens de estacionamento) para fins habitacionais.

Destes, apenas cinco foram formalizados através de comunicação prévia com prazo. De acordo com o diploma, as câmaras municipais têm de ser consultadas previamente sobre a viabilidade da alteração do uso pretendida, nomeadamente sobre o seu enquadramento nas disposições legais e regulamentares aplicáveis. O município de Oeiras garante que está “a dar resposta atempada”, não tendo ainda ocorrido “nenhum deferimento tácito”, mas reconhece que a adaptação de procedimentos e a fragilidade de recursos só permitem o cumprimento dos prazos com “esforço por parte dos serviços municipais”.

A Câmara de Sintra recebeu 20 comunicações prévias com prazo para alterar o uso de frações desde 04 de março, das quais “dez foram já apreciadas e concluídas num prazo médio de 15 dias”, tendo rejeitado quatro. Na resposta à Lusa, a autarquia destaca algum desconhecimento por parte dos cidadãos sobre as normas legais e regulamentares aplicáveis.

Já a autarquia de Cascais recebeu oito pedidos desde 04 de março e sublinha não estar a ter “qualquer dificuldade” em cumprir a lei dentro dos prazos. O município de Loures indicou a formalização de três processos de alteração de uso para habitação: em Camarate (indeferido), em São João da Talha (objeto de notificação ao titular para saneamento de faltas instrutórias) e na Portela (em apreciação).

Em 2023 e ainda com as regras antigas, Loures registou dez processos desta natureza: três em Sacavém, três em Loures, um em Moscavide, um no Prior Velho, um em São João da Talha e um na Apelação. Por outro lado, junto da autarquia da Amadora “ainda não foi apresentado formalmente qualquer pedido de alteração de frações para uso habitacional”, ainda que os serviços tenham “vindo a ser contactados por munícipes para esclarecimento de questões relacionadas com o tema”.

Também na Moita não há registo de pedidos para alteração de espaços não habitacionais, segundo o município. Na área metropolitana do Porto, a Câmara de Valongo sublinha que “a situação de alteração de espaços não habitacionais em espaços habitacionais ainda não é uma realidade no concelho”, com apenas quatro procedimentos. Porém, os serviços têm recebido “vários pedidos de esclarecimentos”, assinala.

A Câmara Municipal de Gondomar mencionou o registo de 29 pedidos de alteração de uso (mas, sem concretizar quantos dizem respeito a transformar espaços para habitação), número que não considera “relevante”. A Lusa questionou também autarquias no distrito do Algarve, mas só obteve resposta de Faro, onde “não tem […] havido grande fluxo de submissões”, contabilizando-se “cerca de 10 procedimentos […] a tramitar, no geral, dentro dos prazos estabelecidos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova campanha da Nos compara velocidade da internet com a força da gravidade 

  • + M
  • 31 Maio 2024

A campanha faz parte da estratégia de colocar à prova a qualidade da internet da operadora. Em abril, a marca demonstrou que a mesma funciona até na profundidade das grutas de Mira D’Aire.

A Nos vai lançar esta sexta-feira uma nova campanha de forma a comunicar o lançamento da fibra 10 gbps. No spot, a marca de telecomunicações compara a rapidez da internet à força da gravidade.

Para isso, fez uma comparação real entre o tempo de download de 10 mil fotografias digitais com o tempo de descida de 10 mil fotografias em papel, do alto de uma grua de 80 metros. Na experiência, supervisionada pelo um engenheiro Vasco Pereira que protagoniza a campanha, o download foi mais rápido que a gravidade.

“A net em casa tem de aguentar com tudo: trabalho, entretenimento e comunicação, utilizações cada vez mais exigentes. Isso desafia-nos. A velocidade de 10 gbps é uma velocidade ultrarrápida que se presta a usos extremos. Estamos sempre a elevar a fasquia e desta vez elevámos a prova da qualidade da net da Nos a uma nova altura“, diz Rita Torres-Baptista, diretora de marca e comunicação da Nos, citada em comunicado.

A fibra 10 gbps traz uma rapidez cujo múltiplo não é apreensível pelos sentidos humanos. O desafio passou por tangibilizá-la. Para compreender a grandiosidade de algo novo, ajuda compará-lo com algo que já conhecemos, neste caso a gravidade. Sabemos que é uma lei à qual todos os corpos obedecem, pelos vistos com a net é diferente“, acrescenta.

Desenvolvida pela Havas e produzida pela Playground, a campanha contou com realização de Rui Vieira. Marca presença em televisão, online, outdoor e rádio, com planeamento de meios da Arena Media.

A campanha faz parte de uma estratégia da Nos de colocar à prova a qualidade da sua internet fixa. Em abril, a marca demonstrou que a sua net funciona até a 110m de profundidade nas grutas de Mira D’Aire.

Esta sexta-feira, recorde-se, o +M avançou que António Fuzeta da Ponte será, a partir de dia 1 de julho, o diretor de marca e comunicação da Nos. O ainda diretor de marca e comunicação da Worten vai substituir Rita Torres Baptista, responsável pela marca desde 2016.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundação Jornada Mundial da Juventude lucra 31,4 milhões, 57% acima do previsto

A Fundação fechou o ano com receitas acima de 74 milhões de euros, isto é, 13,7% acima do orçamentado, que resultaram das contribuições/inscrições de peregrinos. Já os gastos superaram os 43 milhões.

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acolheu mais de 1,5 milhões de pessoas em Lisboa em agosto de 2023, gerou lucros de cerca de 31,4 milhões de euros, anunciou esta sexta-feira a Fundação JMJ. As contas finais ficam assim 57% acima dos 20 milhões estimados inicialmente pelo presidente da Fundação, o cardeal Américo Aguiar. Este montante irá reverter para projetos de apoio nas áreas de infância e juventude a implementar em Lisboa e Loures.

A Fundação fechou o ano com receitas acima de 74 milhões de euros, isto é, 13,7% acima do orçamentado, que resultaram das contribuições/inscrições de peregrinos. Já os gastos superaram os 43 milhões de euros, dos quais 41,7 milhões de euros em fornecimentos e serviços externos (FSE), cerca de 1,1 milhões em gastos com pessoal e 445 mil euros em outros gastos, relativos a donativos e apoios à participação na JMJ.

Contas feitas, a Fundação responsável por organizar o maior evento da Igreja Católica fechou o ano com um resultado positivo de 31,4 milhões. Mas “tudo pago e recebido falamos de um retorno que ronda os 35 milhões”, dado que há retorno de anos anteriores, explicou o até hoje presidente da Fundação, na conferência de imprensa.

“Este resultado é fruto, também, do grande esforço de contenção de gastos que norteou toda a organização da JMJ e do extraordinário trabalho e empenho dos voluntários ao longo de quatro anos”, destaca a Fundação, em comunicado, apontando ainda para o “empenho Portugal e de todos os portugueses, bem como dos peregrinos”.

A JMJ Lisboa 2023 contou com mais de 400 mil peregrinos inscritos, incluindo voluntários e clero, provenientes de todos os países do mundo à exceção das Maldivas, revela a Fundação. “O Papa tinha a preocupação de como juventude do mundo inteiro iria reagir” dado o pós-Covid e houve um “esforço suplementar de fazer chegar o convite a todos todos todos. Acho que conseguimos”, realçou o cardeal Américo Aguiar, em conferência de imprensa.

Para participar no evento, e se optasse por inscrever-se antecipadamente para ter acesso a alojamento, alimentação e viajar nos transportes públicos, cada pessoa teria de pagar entre 50 e 235 euros, também em função do tempo de permanência em Portugal.

De acordo com a organização, a Fundação JMJ iniciou 2023 com cerca de 4,9 milhões de euros em caixa e bancos e fechou o ano com um saldo positivo de 35,4 milhões. “Este aumento de liquidez deveu-se às atividades operacionais”, nota a organização do evento que acolheu o Papa Francisco, de 1 a 6 de agosto, com os fluxos operacionais a ascenderem a cerca de 31 milhões de euros,tendo havido recebimentos de 67,137 milhões euros, 100% provenientes de contribuições/inscrições e doações para o encontro”.

A entidade liderada pelo cardeal Américo Aguiar adianta ainda que os ativos “são maioritariamente correntes, sendo que 606 mil euros são outros créditos a receber, nomeadamente saldo que se encontra junto da EasyPay para eventuais devoluções e 0,01% não correntes, somando no final do período 36 milhões euros”. Já os ativos não correntes atingem os 672,89 euros e são relativos a investimentos financeiros correspondentes à contribuição para o fundo de compensação do trabalho. No que toca aos passivos, são na totalidade correntes e atingem os 116 mil euros, dos quais 83 mil euros relativos a fornecedores e 23 mil euros relativos ao Estado e a outros passivos correntes.

Perante este balanço, a fundação considera que este foi “um evento significativo para Portugal do ponto de vista económico e reputacional”. Em março, o Tribunal de Contas (TdC) divulgou um relatório às contas da JMJ que apontava que foram reportados “432 contratos, incluindo respetivas modificações objetivas”, cujo montante global ascendia a cerca de 64,13 milhões de euros. Destes, apenas “cerca de 71 representam investimentos para o futuro, na medida em que se traduziram na execução de obras de caráter permanente e na aquisição de equipamentos ou bens que permitem posteriores utilizações” e cujo valor contratual corresponde a 34.063.546,85 euros. Contas feitas estes 71 contratos correspondem a, aproximadamente, 16,4%.

Além da Fundação, a Jornada Mundial da Juventude contou com outros apoios públicos. Américo Aguiar tinha estimado que os gastos da Igreja Católica deveriam ultrapassar os 80 milhões de euros, enquanto o Governo previa um investimento de 36 milhões de euros, a Câmara Municipal de Lisboa de cerca de 35 milhões e a Câmara Municipal de Loures 10 milhões, mas só gastou oito milhões.

“O Estado desde a primeira hora garantiu todo o seu apoio, mas a certa altura foi preciso contar com a ajuda dos privados“, referiu ainda o cardeal, adiantando que os donativos entre particulares e empresas superaram os 11 milhões de euros. As principais cerimónias ocorreram no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h28)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brisa Autoestradas tem novo posicionamento e regressa à publicidade com campanha de 260 mil euros

Hugo Bento, diretor de marketing do Grupo Brisa, explica o novo posicionamento e objetivo da campanha que marca o regresso à publicidade.

Ausente da publicidade desde 2018, a Brisa Autoestradas vai começar na segunda-feira, dia 3, a comunicar a sua nova assinatura “Viajamos lado a lado”. A campanha, assinada pela VML e com produção da Trix campanha, e planeamento de meios da UM – IPG Mediabrands, vai estar presente em televisão, rádio, painéis nas estações de serviço, meios digitais e redes sociais, mostra diferentes momentos em que a marca acompanha os automobilistas e passageiros e lembra os trabalhadores da empresa, recordando que olham pelos viajantes e garantem a sua segurança e conforto.

Na campanha, a empresa vai investir cerca 260 mil euros, quantia que abrange o desenvolvimento criativo, a produção do filme e restantes peças bem como ao plano de meios para amplificar a mensagem, conta ao +M Hugo Bento, diretor de marketing Grupo Brisa.

A mensagem que todos já enviámos ou recebemos de alguém querido no final de uma viagem – Já cheguei! – foi a inspiração para este filme onde diferentes viagens e públicos são representados, mostrando a grande diversidade e a abrangência da nossa rede e reforçando o nosso compromisso claro e sempre presente – chegar em segurança”, refere.

“São centenas de trabalhadores que diariamente cumprem o seu dever para que os nossos clientes continuem a chegar em segurança ao seu destino, e continuamos a fazê-lo mesmo quando ninguém nos vê. Queremos através desta campanha valorizar todos estes trabalhadores da Brisa Autoestradas“, prossegue o responsável.

Em 2024 a empresa pretende “voltar a aproximar-nos do público”. “A segurança rodoviária e a nossa relevância para os clientes são os pilares críticos de atuação em 2024“, diz Hugo Bento.

A campanha marca então “apenas o início de um conjunto de iniciativas que lançaremos nos próximos meses para dar consequência ao nosso objetivo de comunicação e marketing”, adianta o responsável.

Apesar de termos uma notoriedade de marca muito forte, acreditamos que é preciso encher de significado esta relação e usar a nossa notoriedade para alavancar uma tomada de consciência da importância de todos para uma melhor segurança rodoviária – todos temos um papel a cumprir e, lado a lado, podemos fazê-lo e explorar pontos de melhoria junto da audiência”, conta ao +M.

A ideia é também “romper com algum paternalismo”. “Não queremos ser a marca que apenas diz o que se deve ou não fazer, para estarmos juntos neste caminho é indispensável desenvolver uma narrativa coerente e contínua com o nosso público ao longo do tempo”, explica o diretor de marketing.

Hugo Bento explica ainda que a empresa vai desenvolver uma série de iniciativas, dirigidas a diferentes públicos. “Vamos estar atentos a todos – desde os mais novos com um programa educativo que permitirá sensibilizá-los desde idade precoce, até iniciativas mais assertivas junto dos recém-encartados ou condutores mais habituais – sentimos que temos a responsabilidade de ajudar a comunidade em que estamos inseridos para uma melhor segurança rodoviária”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Jornada Mundial da Juventude gerou 370 milhões para a economia portuguesa, segundo estudo do ISEG

Estudo do ISEG estima ainda um aumento de 10 mil postos de trabalho no terceiro trimestre de 2023, maioritariamente em Lisboa, à boleia da Jornada Mundial da Juventude.

A Jornada Mundial da Juventude (JMF), que decorreu entre 1 e 6 de agosto em Lisboa, gerou um impacto de, pelo menos, 370 milhões de euros de valor acrescentado bruto à economia portuguesa, revela um estudo realizado pelo ISEG e divulgado esta sexta-feira. É ainda estimado um aumento de 10 mil postos de trabalho no terceiro trimestre à boleia do evento.

O estudo de avaliação do impacto económico da Jornada Mundial da Juventude, realizado pelo ISEG, revela ainda que destes 370 milhões de valor acrescentado, a “esmagadora maioria” foi no ano de 2023 ” e, pelo menos, 290 milhões dizem respeito à região de Lisboa, dado que as principais cerimónias ocorreram no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

“Estas estimativas têm uma certa margem de incerteza. Neste caso, o que estamos a apresentar é o limiar inferior”, pelo que “é possível e até provável que o efeito tivesse sido maior“, sublinhou Nuno Valério, professor jubilado do ISEG durante a apresentação do estudo.

Foi ainda estimado ainda um aumento a curto prazo do nível de emprego, “o qual pode ter atingido num máximo de mais de 10 mil postos de trabalho no terceiro trimestre de 2023, uma vez mais concentrado na região de Lisboa”, nota a instituição.

Apesar do impacto económico positivo, o maior evento da Igreja Católica teve “um contraposto no que respeita ao nível de preços”, sublinhou Nuno Valério, notando que, apesar de a avaliação ser “um bocadinho difícil todos os indicadores” sugeriram que a JMJ contribuiu para travar a queda da inflação em agosto de 2023, que acelerou para 3,7%, após 9 meses a abrandar.

“O que verificamos ao longo dos anos de 2023 e 2022, foi que a variação da inflação em Portugal acompanhou sempre a evolução do que aconteceu na Europa. A exceção foi agosto de 2023 em que continuou a travar na Europa mas acelerou um bocadinho em Portugal, mas em setembro voltou em normal”, justificou, acrescentando que, apesar de não ser possível quantificar o impacto, “foi um efeito realmente a muito curto prazo”, indicou.

Já o aumento das infraestruturas e equipamentos construídos para acolher o evento foi avaliado em cerca de 48 milhões de euros de formação bruta de capital fixo. De notar, que em março, o Tribunal de Contas (TdC) divulgou um relatório às contas da JMJ que apontava que foram reportados “432 contratos, incluindo respetivas modificações objetivas”, cujo montante global ascendia a cerca de 64,13 milhões de euros.

Destes, apenas “cerca de 71 representam investimentos para o futuro, na medida em que se traduziram na execução de obras de caráter permanente e na aquisição de equipamentos ou bens que permitem posteriores utilizações” e cujo valor contratual corresponde a 34.063.546,85 euros. Contas feitas, estes 71 contratos correspondem a, aproximadamente, 16,4%.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h42)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vários feridos em ataque na Alemanha contra elementos de grupo anti-islâmico

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

O incidente no centro de Mannheim. O agressor foi imobilizado pela polícia com um tiro. "A violência é absolutamente inaceitável na nossa democracia", reagiu o chanceler alemão.

Várias pessoas ficaram esta sexta-feira feridas, incluindo um polícia, em Mannheim, na Alemanha, por um homem que atacou com uma faca alegados elementos de um grupo anti-islâmico de extrema-direita, noticiou a imprensa alemã. A polícia não deu quaisquer pormenores, dizendo apenas que várias pessoas foram feridas com facadas.

O incidente na Marktplatz, centro de Mannheim, ocorreu pouco depois das 11:30 locais (10:30 em Lisboa). O agressor foi imobilizado pela polícia com um tiro e ficou ferido. “A violência é absolutamente inaceitável na nossa democracia”, reagiu o chanceler alemão, Olaf Scholz, nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.

Scholz referiu-se ao agressor como o “autor de um atentado” e descreveu as imagens do ataque como horríveis. Imagens que circulam nas redes sociais mostram um jovem armado com um punhal a esfaquear várias pessoas no centro de Mannheim. Vários homens tentaram imobilizá-lo no chão, mas não conseguiram. O agressor conseguiu levantar-se e atingir um polícia nas costas, antes de outro agente o neutralizar com um tiro.

Segundo vários meios de comunicação social, incluindo os diários Bild e Frankfurter Allgemeine, o ataque visava principalmente Michael Sturzenberger, um conhecido ativista anti-islâmico no país. Sturzenberger preparava-se para discursar num comício organizado pelo “Movimento dos Cidadãos Pax Europa” (BPE), no centro de Manhheim, uma cidade com cerca de 300 mil habitantes a sul de Frankfurt, no sudoeste da Alemanha.

Este movimento político, que tem como objetivo denunciar “os perigos da influência do Islão político nas sociedades democráticas da Alemanha e da Europa”, relatou “um ataque com faca” a Sturzenberger na sua página na Internet. Sturzenberger, bem como “vários voluntários do BPE e um polícia, foram feridos com facas”, alguns deles “muito gravemente”, disse o movimento, citado pela AFP.

Um elemento do movimento disse ao Bild que Sturzenberger “foi atingido numa perna e na cara”, e estava a ser “operado de urgência. De acordo com o BPE, o polícia foi ferido no pescoço e nas costas. O agente foi levado para o hospital para ser operado, segundo o Frankfurter Allgemeine. Sturzenberger, 59 anos, foi anteriormente porta-voz do partido conservador bávaro CSU em Munique e participa ativamente em várias organizações de extrema-direita e anti-islâmicas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Europeia desembolsa 41 milhões para palestinianos

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

O pagamento de 25 milhões "ajudará a Autoridade Palestiniana a cumprir parte dos seus compromissos para com os funcionários públicos palestinianos na Cisjordânia".

A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira a mobilização de 25 milhões de euros para a Autoridade Palestiniana pagar a funcionários públicos palestinianos e de 16 milhões de euros para a UNRWA, agência da ONU, apoiar refugiados.

A Comissão processou hoje uma segunda parcela de assistência no valor de 25 milhões de euros a favor da Autoridade Palestiniana para contribuir para o pagamento dos salários e pensões dos funcionários públicos palestinianos e desembolsou 16 milhões de euros a favor da UNRWA [Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos] para prestar serviços básicos como a saúde e a educação aos refugiados palestinianos”, indica o executivo comunitário em comunicado.

O anúncio surge numa altura em que o exército israelita assume o controlo da zona fronteiriça entre a Faixa de Gaza e o Egito, o chamado “corredor de Filadélfia”, e intensifica os bombardeamentos em Rafah, cidade no sul do enclave e atual epicentro da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas. De momento, registam-se também constrangimentos na passagem de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, dadas as limitações colocadas pelas autoridades israelitas, que são acusadas pelas Nações Unidas de não cumprir com as suas obrigações legais.

Na nota informativa, o executivo comunitário explica que o pagamento de 25 milhões de euros “ajudará a Autoridade Palestiniana a cumprir parte dos seus compromissos para com os funcionários públicos palestinianos na Cisjordânia”, sendo que, “nesta conjuntura crítica, constituirá um contributo muito necessário para os importantes desafios que a economia palestiniana enfrenta, em especial antes do Eid al-Adha”, a comemoração muçulmana de 16 a 20 de junho.

No que respeita à UNRWA, “tendo em conta os progressos realizados pela agência em relação às condições e medidas acordadas, a Comissão processou igualmente o pagamento correspondente à segunda parcela de 16 milhões de euros”, adianta Bruxelas. Dados da UNRWA revelam que mais de um milhão de pessoas fugiram da cidade de Rafah, desde que o exército israelita lançou a sua ofensiva militar nesta zona no início do mês.

Na quinta-feira, Israel deu um prazo de 30 dias à UNRWA para desocupar a sede em Jerusalém Oriental, noticiou a imprensa israelita. Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, a UNRWA tem estado na mira de Israel, que acusou uma dúzia de funcionários da agência de envolvimento nos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023.

Israel alegou que mais de duas centenas de funcionários da agência têm ligações aos islamitas do Hamas e nunca escondeu a intenção de encerrar a UNRWA. As alegações levaram muitos países doadores a cortar o financiamento à UNRWA em janeiro, embora a maioria o tenha retomado na ausência de provas conclusivas apresentadas por Israel.

Nas últimas semanas, israelitas extremistas atacaram por diversas vezes a sede da UNRWA em Jerusalém Oriental Ocupada, obrigando a agência a encerrar temporariamente as instalações. Criada em 1949, na sequência da fundação do Estado de Israel em 1948, a agência emprega cerca de 30.000 pessoas nos territórios palestinianos, na Jordânia, no Líbano e na Síria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal de Contas dá ok à PPP do novo hospital de Lisboa, mas deixa uma advertência

"O TdC concedeu o visto ao contrato de gestão do futuro Hospital de Lisboa Oriental em regime de PPP, mas com a obrigação de incluir uma solução de isolamento de base contra sismos", referem.

Após aprovar o contrato em regime de Parceria Públicao-Privada (PPP), o Tribunal de Contas (TdC) exige que o novo Hospital Lisboa Oriental tenha uma solução de isolamento de base contra sismos. Em comunicado, o órgão alerta ainda que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) tem de garantir um “sistema rigoroso e eficaz de monitorização do projeto de estruturas e fundações”.

“O Tribunal de Contas concedeu o visto ao contrato de gestão do futuro Hospital de Lisboa Oriental em regime de parceria público-privada, mas com a obrigação de a ARSLVT incluir no projeto de execução da obra uma solução de isolamento de base contra sismos, como exigem os princípios da boa administração e da prossecução do interesse público“, lê-se no comunicado.

Outra das recomendações do TdC foi que a ARSLVT garanta um sistema “rigoroso” e “eficaz” de monitorização do projeto de estruturas e fundações, “com as mais exigentes leges artis aplicáveis e sem prejuízo do estrito cumprimento e fiscalização das HLO”.

Assim, os juízes conselheiros defendem que deve estar “inequivocamente demonstrado” que as “mais rigorosas” técnicas das leges artis foram adotadas na construção do novo hospital. “O Tribunal salienta que o cumprimento desta obrigação poderá ser objeto de análise em sede de fiscalização concomitante ou sucessiva”, referem.

O TdC deixou um alerta: que em futuros procedimentos, a ARSLVT preveja “de modo mais claro, um mecanismo de alterações contratuais consideradas necessárias para a acomodação de uma linha de financiamento europeu no equilíbrio económico público e privado da parceria em causa, compatível com os princípios da igualdade de tratamento dos concorrentes, da não discriminação e da obrigação da transparência que subjazem ao princípio da estabilidade ou da imodificabilidade das peças procedimentais da contratação pública”.

Esta semana, o TdC já tinha anunciado o visto prévio ao contrato, em regime de parceria público-privada (PPP), para a construção e manutenção por 30 anos do futuro Hospital Lisboa Oriental. O contrato entre o Estado e o consórcio da Mota-Engil foi assinado no início de fevereiro, sendo o investimento estimado nesta obra de 380 milhões de euros.

O Hospital de Lisboa Oriental terá um total de 875 camas e vai ser construído numa área de 180 mil metros quadrados na zona de Marvila. Irá substituir seis unidades de saúde do centro da cidade de Lisboa, como o São José, Santa Marta, Santo António dos Capuchos, Dona Estefânia, Curry Cabral e Maternidade Alfredo da Costa. O novo hospital deverá começar a funcionar em 2027.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agridistribuição passa a Maravedis. Nova marca foi desenvolvida pela Cooprativa

  • + M
  • 31 Maio 2024

O novo posicionamento, rebranding e estratégia da Maravedis foi desenvolvida pela agência de Torres Vedras, em cooperação com o departamento de marketing do Grupo Agris.

A Cooprativa foi a agência responsável pelo desenvolvimento da Maravedis, que tem como objetivo substituir a Agridistribuição, marca do Grupo Agris que conta com mais de 20 anos de atuação no mercado.

“Foi um excelente desafio cooperar e ajudar no renascer de uma marca que já cá anda há mais de 20 anos com grande sucesso. Foi necessária uma atualização da identidade em todas as vertentes, desde posicionamento, estratégia da marca, construção de todo um universo gráfico e identitário, para assim conseguir uma marca mais atual, próxima e com valores alinhados com o que é a sua nova visão, missão e futuro da marca partilhada com todos os seus clientes e parceiros”, explica André Sousa Moreira, sócio e diretor criativo da Cooprativa.

“Partimos de uma simples premissa: na vida tudo se faz de interações, e aqui é isso que queremos comunicar – dois pontos com objetivos e caminhos traçados, e quando se encontram, nessa meta definida, apenas valor acontece. A Maravedis existe para coexistir e conectar com o que realmente importa, com todos os seus clientes e parceiros”, acrescenta.

Já por parte do Grupo Agris, Andreia Grave, diretora de marketing, refere que “a alteração de Agridistribuição para Maravedis, não foi apenas um rebranding, mas sim uma necessidade de reorganização interna do grupo de criar uma unidade de sourcing e compras central do grupo, que visa ser o único veículo de ligação entre o grupo e fornecedores, para todas as empresas do grupo Agris“.

A explicação dos visuais da nova marca pode ser encontrada aqui.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.