HyChem constrói fábrica de eletrolisadores em Torres Vedras para produzir hidrogénio

A HyChem, antiga Solvay, especializada na química do hidrogénio, avança em Torres Vedras com projeto de inovação industrial, anos depois de ter estado em risco de fechar. Conta com 3,5 milhões do PRR.

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, visita o complexo industrial HyChem e a produção de microalgas da A4F - 23JUL21A HyChem vai construir uma nova fábrica de eletrolisadores para produzir hidrogénio nos terrenos da localidade de Matacães, no concelho de Torres Vedras, onde se localiza uma das concessões de exploração mineira de sal-gema da empresa. A unidade deverá estar concluída até final de 2026, contribuindo para a competitividade do tecido económico da região.

Este projeto de inovação industrial, a executar em parceria com a TecnoVeritas, foi anunciado durante as comemorações do 90.º aniversário da ex-Solvay pelo presidente e CEO da HyChem, Manuel Gil Antunes. Conta com 3,5 milhões de euros de cofinanciamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Questionada pelo ECO/Local Online sobre o valor do investimento, a empresa não respondeu até ao momento.

“Iniciamos um ciclo comemorativo dos 90 anos, porque ousámos projetar um novo futuro para a Solvay Portugal, invertendo a tendência de desinvestimento e descontinuidade a que estava condenada”, assinalou Manuel Gil Antunes, citado em comunicado. Na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, a HyChem produz e comercializa clorato de sódio, “substância essencial ao setor exportador da pasta e papel, e hidrogénio”.

Com capitais exclusivamente portugueses, a HyChem, especializada na química do hidrogénio, começou inicialmente por se designar Soda Póvoa e mais tarde Solvay Portugal. Desde 2021 que a HyChem é detida pela 2pelaA4FAlgae for Future, holding de um grupo empresarial de capital exclusivamente português, depois de estar em risco de fechar.

“Não escondemos a satisfação e o orgulho com que recordamos uma longuíssima jornada de desenvolvimento industrial, em que a empresa teve papel determinante, pois teria terminado de forma inglória em 2019 – por desistência do grupo Solvay, perante as dificuldades de contexto e seguindo a lógica infelizmente tão frequente nas grandes multinacionais – caso não tivéssemos tomado a iniciativa de lhe propor a aquisição da sua empresa”, salientou Manuel Gil Antunes, numa mensagem aos colaboradores por altura da comemoração do aniversário da HyChem.

A HyChem já deu provas inequívocas de que o parque industrial da Póvoa de Santa Iria continuará a ser um fator decisivo para a competitividade da região, capaz de atrair emprego qualificado e novas tecnologias amigas do ambiente.

Manuel Gil Antunes

Presidente e CEO da HyChem

O empresário vincou ainda o “compromisso baseado na inovação tecnológica e na sustentabilidade ambiental, económica e social; e também o empenho na concretização da estratégia na transição energética e na adoção de soluções de economia circular, em que o hidrogénio verde desempenha um papel essencial.”

Para Gil Antunes, “a HyChem já deu provas inequívocas de que o parque industrial da Póvoa de Santa Iria continuará a ser um fator decisivo para a competitividade da região, capaz de atrair emprego qualificado e novas tecnologias amigas do ambiente”. Será no futuro próximo, avançou o empresário, “o embrião do BioCluster, um conceito revitalizador da economia e da comunidade dos concelhos de Vila Franca de Xira e de Loures, unidos pelo Tejo”.

Na Póvoa de Santa Iria, a HyChem assegura o fornecimento de serviços e utilidades ao ALGATEC Eco Business Park, vocacionado para receber projetos de produção de microalgas.

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Woo chega ao TikTok e realiza transmissão ao vivo durante 10 horas

  • + M
  • 25 Setembro 2024

As 10 horas de transmissão contam com caras conhecidas como Samuel Massas, Eubrite ou Ana Malhoa. A criatividade é d’O Escritório, a produção do Canal 180 e o agenciamento da SA365.

A Woo, operadora 100% digital do universo Nos, chegoua à rede social TikTok, marco assinalado através de uma transmissão ao vivo durante 10 horas seguidas, que conta com a presença de várias caras conhecidas. A transmissão decorre entre as 13h30 e as 23h30 desta quarta-feira, no TikTok da WOO.

Seja acompanhar um treino do Samuel Massas, patinar com Eubrite pelas ruas de Lisboa, ter uma aula de mandarim com a Joana ou ouvir excertos de uma obra da Maria Francisca Gama, são vários os conteúdos criativos programados para estas 10 horas contínuas. Ana Malhoa é a responsável por encerrar a transmissão através de um miniconcerto, onde apresenta uma música especialmente criada para o encerramento.

A ideia de “O Live que Nunca Desliga” passa por “recriar o ambiente frenético de um algoritmo do TikTok, onde saltamos de conteúdo em conteúdo, e nunca sabemos o que pode aparecer a seguir”, explica-se em nota de imprensa. A criatividade é d’O Escritório, a produção do Canal 180 e o agenciamento da SA365.

Entendendo o comportamento dos utilizadores do TikTok e dos amantes da criatividade espontânea, escolhemos uma abordagem nativa e ousada: um live que não desliga, repleto de conteúdo exclusivo, colaborações inesperadas e momentos que ninguém vai querer perder”, diz João Lima Raposo, diretor da WOO, citado em comunicado.

Queremos continuar próximos de quem procura experiências digitais únicas e neste live serão vários os prémios para quem nos acompanha”, acrescenta.

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Novo presidente do IAPMEI quer fazer chegar dinheiro mais rápido à economia

José Pulido Valente defende que é preciso "rever processos, aumentar a agilidade, adaptar às circunstâncias concretas e às necessidades da economia".

O novo presidente do IAPMEI, José Pulido Valente, defende que é preciso rever e agilizar processos, de modo a fazer chegar o dinheiro mais depressa às empresas, potenciando novos investimentos e o desenvolvimento da economia. O responsável, escolhido pelo ministro da Economia para suceder a Luís Filipe Guerreiro à frente do organismo, defende ainda que é preciso maior agilidade para lidar com novas circunstâncias.

“Há sempre oportunidades de simplificar processos, de agilizar processos, de aumentar a rapidez com que o dinheiro chega à economia, de adaptar os programas às verdadeiras necessidades das empresas”, adiantou José Pulido Valente, na sua primeira aparição pública enquanto presidente do IAPMEI, à margem da inauguração de um novo parque fotovoltaico da Riopele.

“Vivemos um momento de aceleração da história onde o que é verdade hoje amanhã já não é tanto assim. Temos de ser ágeis para nos adaptar a novas circunstâncias“, realçou o disse responsável.

Rever processos, aumentar a agilidade, adaptar [os processos] às circunstâncias concretas e às necessidades da economia, falando com os agentes de quem necessita e compreendendo cada vez melhor qual é o papel que o IAPMEI tem para facilitar novos investimentos e o sucesso da economia portuguesa” são os objetivos assumidos por Pulido Valente enquanto presidente do organismo.

A mudança na liderança deste organismo público surgiu num momento em que o IAPMEI tem sido alvo de duras críticas pelo tempo que leva a analisar candidaturas a fundos europeus e pelos atrasos nos pagamentos de incentivos às empresas.

“Inicia-se assim uma nova etapa da IAPMEI, focada na necessidade de melhorar o nível de serviço com as empresas e a eficiência da instituição, bem como a celeridade na avaliação e resposta aos programas de incentivo em curso”, adiantou o ministério da Economia em comunicado, após a confirmação do nome de José Pulido Valente como novo presidente do instituto.

O novo líder do IAPMEI adiantou ainda que vai trabalhar para estabelecer uma maior articulação com outras entidades e organismos para a apoiar as empresas e a economia. “As articulações podem sempre melhorar, mas já existiam no passado. Mas vamos sempre contribuir no sentido de uma maior articulação”, referiu.

Questionado sobre a polémica em torno do Banco do Fomento e sobre a especulação que o Governo estaria a ponderar acabar com o Banco do Fomento — uma informação rejeitada pelo Executivo ao ECO — , José Pulido Valente escusou-se a comentar este assunto, remetendo para a administração do organismo.

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CMVM aplica 315 mil euros em coimas a auditores

No último ano, a CMVM intensificou as ações de fiscalização de auditores que resultaram num aumento de 12,5% das coimas aplicadas, apesar da queda do número de irregularidades identificadas.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) divulgou esta quarta-feira os resultados da sua atividade de supervisão de auditoria relativa ao ciclo 2023/2024, revelando um aumento das ações de fiscalização e a persistência de irregularidades significativas no setor.

O relatório da CMVM destaca um aumento expressivo das ações de supervisão pontuais, que passaram de cinco, no ciclo anterior, para 23 no período em análise (entre 1 julho de 2023 e 30 junho de 2024). Esta intensificação reflete “a prioridade dada pela CMVM a eventos que podem impactar significativamente o funcionamento do mercado e a confiança dos investidores”, segundo o documento.

No total, foram abertas 48 ações de supervisão, incluindo sete regulares, 23 pontuais, uma transversal e 17 contínuas. Este número representa um aumento face às 43 ações iniciadas no ciclo 2022/2023.

José Miguel Almeida, administrador da CMVM, sublinha que “não podemos ter auditores que não estão a cumprir com as regras”, notando ainda que em matéria de irregularidades, “o que observamos é um padrão com outras jurisdições com outros reguladores.”

Apesar do aumento da atividade fiscalizadora, o número de irregularidades identificadas pelo regulador diminuiu. A CMVM revela que foram detetadas 91 irregularidades nas ações encerradas, das quais 27 foram classificadas como de maior severidade. No ciclo anterior, tinham sido identificadas 255 irregularidades, sendo 26 consideradas significativas.

A CMVM alerta, contudo, que “esta redução não deve ser automaticamente interpretada como uma melhoria definitiva da qualidade da auditoria”, sublinhando que “persistem fragilidades recorrentes” no setor, lê-se no relatório.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

“Não podemos ter auditores que não estão a cumprir com as regras”, sublinha José Miguel Almeida. Em matéria de irregularidades, “o que observamos é um padrão com outras jurisdições com outros reguladores”, acrescenta o administrador da CMVM.

Entre as principais falhas detetadas, o regulador destaca a “documentação inadequada das análises e desafios aos pressupostos subjacentes a estimativas contabilísticas significativas” e a “insuficiências na identificação e mitigação de ameaças à independência dos auditores”.

Neste âmbito, a CMVM revela que aplicou 19 contraordenações muito graves por:

  • Avaliação e documentação da existência de ameaças à independência;
  • Independência por ameaça de auto-revisão;
  • Ter mecanismos de organização interna adequados e eficientes para a prevenção, identificação, eliminação ou gestão e divulgação de quaisquer ameaças à sua independência;
  • Registar nos documentos de trabalho da auditoria todas as ameaças relevantes que possam comprometer a sua independência, bem como as medidas de salvaguarda aplicadas para as mitigar.

Além destas, o regulador aplicou ainda 27 contraordenações graves e, “no âmbito da Lei do Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo, foram aplicadas dez contraordenações relacionadas com o incumprimento do dever de exame e do dever de identificação do beneficiário efetivo.”

Este quadro de contraordenações gerou a aplicação de coimas no valor de 315 mil euros por parte da CMVM no ciclo 2023/2024, que se traduz num aumento de 12,5% do montante face às coimas aplicadas no ciclo anual anterior.

No entanto, a CMVM refere que “dos 14 processos decididos, 4 foram de arquivamento pelo que apenas foram aplicadas sanções (coimas/admoestações) em dez processos.

Baixos honorários dos auditores geram preocupação

Um ponto de particular preocupação para a CMVM continua a ser o nível dos honorários praticados pelos auditores em Portugal.

O relatório refere que “os honorários médios por relatório emitido mantêm-se em níveis baixos” e alerta que esta situação “pode resultar na falta de capacidade do auditor para investir de forma adequada e se adaptar às exigências atuais e aos desafios futuros da atividade”.

Comparando com outros países europeus, o estudo citado pela CMVM revela que Portugal se situa no grupo de “honorários de auditoria baixos”, com um rácio de honorários sobre o ativo total das entidades auditadas de apenas 0,022% em 2023, muito abaixo da média europeia de 0,064% verificada em 2021 pelo estudo citado pelo regulador, “Comparative study of audit fees in Spain and the most relevant European Union Countries”, do Instituto de Contabilidad y Auditoria de Cuentas (ICAC).

“A remuneração inadequada dos serviços de auditoria pode influenciar negativamente a qualidade da auditoria”, alerta a CMVM, notando ainda que “esta situação pode resultar na falta de capacidade do auditor para investir de forma adequada e se adaptar às exigências atuais e aos desafios futuros da atividade.”

Face a estes desafios, a CMVM reforça a necessidade de os auditores “refletirem sobre estes desafios e implementarem as medidas que garantam a credibilidade e a existência do mercado de auditoria português”.

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Contrato com ANA vai limitar atual Governo na execução do novo aeroporto

  • Lusa
  • 25 Setembro 2024

Antigo ministro do Planeamento e das Infraestruturas diz que os termos da venda da ANA acordados entre PSD/CDS-PP e a Vinci vão limitar o atual Governo relativamente à execução do novo aeroporto.

O antigo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, considerou esta quarta-feira que os termos da venda da ANA acordados entre PSD/CDS-PP e a Vinci vão limitar o atual Governo relativamente à execução do novo aeroporto.

“Desejo o melhor sucesso ao Governo relativamente à execução do novo aeroporto, mas sabemos as condições difíceis que o Governo PSD/CDS nos deixou, […] vamos ver como é que o atual Governo vai descalçar essa bota que nos deixou“, disse esta quarta-feira Pedro Marques, que foi ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, sobre a privatização da ANA Aeroportos, concluída no final de 2013, pelo então governo liderado por Pedro Passos Coelho.

Durante a audição, na qual Pedro Marques participou por videoconferência, por se encontrar em Bruxelas, o deputado do PS André Pinotes Batista perguntou se as condições do contrato de concessão vão limitar a atuação do atual ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz. “Claro que vai limitar o atual ministro“, respondeu o antigo governante.

Já questionado pelo deputado Filipe Melo, do Chega, sobre a razão para o Governo do PS que sucedeu ao do PSD/CDS-PP não ter revertido a privatização da ANA, Pedro Marques disse que, do ponto de vista político, entendeu-se que não defendia o interesse público, uma vez que a operação estava legalmente concluída e havia riscos reputacionais para o país e de litigância, caso um governo recém-chegado revertesse uma privatização por ato administrativo.

Adicionalmente, o antigo governante lembrou que, antes das eleições de 2015, o PS assumiu um princípio de procurar o maior consenso político para a execução de grandes investimentos no país.

“Se também nessa fase tivéssemos avançado para uma situação de conflito em relação ao processo de privatização, […] penso que o país nessa fase teria tido pouco a ganhar”, defendeu.

Pedro Marques lembrou ainda que o memorando assinado com a ‘troika’ não obrigada a uma privatização a 100%, que foi uma opção do governo de Pedro Passos Coelho, justificada com o objetivo de alcançar maior encaixe financeiro.

Já questionado pelo deputado do PSD Paulo Moniz sobre como vê que um contrato de concessão desta importância não tenha uma equipa de acompanhamento para verificar se pressupostos estão a ser cumpridos, o antigo ministro respondeu que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) não tinha os recursos técnicos nem humanos para o efeito, pelo que esta competência foi delegada na Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

A venda de 100% do capital da ANA Aeroportos à Vinci foi iniciada em 2012 e concluída em 2013 pelo governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho, no âmbito de um pacote de privatizações num momento em que Portugal estava a ser alvo do programa de assistência financeira negociado entre a ‘troika’.

De acordo com o relatório de auditoria do TdC à privatização da ANA, “a materialização dos principais riscos identificados” leva a concluir “não ter sido minimizada a exposição do Estado português aos riscos de execução relacionados com o processo” de venda, “não se tendo assegurado que o enquadramento deste processo protegeria cabalmente os interesses nacionais”.

O TdC concluiu também “não ter sido maximizado o encaixe financeiro resultante da alienação das ações representativas do capital social da ANA” e “não se ter verificado o reforço da posição competitiva, do crescimento e da eficiência da ANA, em benefício do setor da aviação civil portuguesa, da economia nacional e dos utilizadores e utentes das estruturas aeroportuárias geridas pela ANA”.

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Ex-presidente da Relação de Lisboa que foi suspenso por irregularidades promovido ao STJ

  • Lusa
  • 25 Setembro 2024

Orlando Nascimento tinha abandonado a presidência do Tribunal da Relação de Lisboa em 2020 na sequência da Operação Lex por alegadas irregularidades na distribuição de processos.

O juiz desembargador Orlando Nascimento, que abandonou em 2020 a presidência do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) na sequência da Operação Lex por alegadas irregularidades na distribuição de processos, foi promovido ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

A deliberação foi tomada no último plenário do Conselho Superior da Magistratura (CSM) e publicada em Diário da República na segunda-feira, na qual Orlando Nascimento é um dos oito magistrados recém-nomeados para o STJ, já com tomada de posse agendada para 3 de outubro, segundo adiantou o órgão de gestão e disciplina dos juízes.

Orlando Nascimento sucedeu em setembro de 2016 ao juiz jubilado Luís Vaz das Neves, um dos principais arguidos da Operação Lex, e acabou por se demitir da presidência do TRL em 2 de março de 2020, após o jornal Público noticiar o seu envolvimento em irregularidades detetadas numa auditoria do CSM para apurar uma eventual viciação na distribuição de processos.

Devido a essa situação, o juiz desembargador foi alvo de um processo disciplinar e viu o CSM aplicar-lhe uma suspensão de 120 dias (quatro meses) por “violação continuada e muito grave dos deveres de imparcialidade e de prossecução do interesse público”. Porém, a suspensão foi anulada em julho de 2023 pelo STJ, considerando que a infração disciplinar já teria prescrito, tendo, assim, direito à reposição do salário perdido nos quatro meses que esteve suspenso.

Além desta questão, tinha sido também instaurado um outro processo disciplinar a Orlando Nascimento pela cedência gratuita do salão nobre do TRL a um tribunal arbitral para um julgamento presidido por Vaz das Neves. Questionado pela Lusa, o CSM confirmou que o procedimento disciplinar foi arquivado.

“Tudo ponderado, e tendo em conta que o direito de instauração do procedimento disciplinar contra o senhor juiz desembargador Orlando dos Santos Nascimento caducou (…) em momento anterior a 7 de julho de 2020, data da sua instauração, determina-se o levantamento da suspensão do presente processo disciplinar e o seu arquivamento”, explicou fonte oficial do CSM, notando que a decisão foi tomada por unanimidade no plenário de 2 de julho.

A alegada distribuição irregular de processos e a cedência gratuita do salão do TRL para um julgamento privado levaram também o Ministério Público (MP) a investigar, desconhecendo-se ainda o desfecho desses inquéritos. “O CSM tem conhecimento da existência de um inquérito, sem que até ao momento tenha sido proferida qualquer acusação“, revelou a mesma fonte.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou ao Público, em setembro de 2023, que existiam então dois inquéritos-crime a investigar estas situações envolvendo Orlando Nascimento e que os mesmos se encontrariam em segredo de justiça no MP junto do STJ, devido ao foro especial para desembargadores. Questionada pela Lusa sobre esta matéria, a PGR não respondeu até ao momento.

Contactado pela Lusa, Orlando Nascimento não quis fazer comentários, ao abrigo do dever de reserva dos magistrados.

A nomeação de Orlando Nascimento para o STJ decorre da sua candidatura ao concurso de 2023 para esta instância, no qual ficou classificado no 18.º lugar, com 168 pontos.

O magistrado já tinha concorrido ao anterior concurso para o STJ, em 2020, ficando então em 38.º lugar, com 169 pontos, mas não chegou a subir. “Nunca teve a sua promoção suspensa porque o concurso caducou antes da sua nomeação”, esclareceu o CSM relativamente ao desembargador, que, apesar das suspeitas de irregularidades na distribuição de processos, não figura entre os 17 acusados no processo Operação Lex.

Em causa neste processo estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento. A acusação foi tornada pública em setembro de 2020 e confirmada na íntegra em fase de instrução em dezembro de 2022, mas o julgamento ainda não avançou devido à existência de recursos.

A investigação da Operação Lex, que foi efetuada pela procuradora-geral adjunta junto do STJ Maria José Morgado (entretanto jubilada), centrou-se na atividade desenvolvida pelos juízes desembargadores Rui Rangel, Fátima Galante e Luis Vaz das Neves, que, segundo a acusação, utilizaram as suas funções no TRL para obterem vantagens indevidas, para si ou para terceiros.

O processo Operação Lex foi conhecido em 30 de janeiro de 2018, quando foram detidas cinco pessoas e realizadas mais de 30 buscas e teve origem numa certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu o empresário de futebol José Veiga, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento, fraude fiscal e tráfico de influências.

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Taxas Euribor caem a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos

  • Lusa
  • 25 Setembro 2024

A taxa a três meses, que baixou para 3,352%, continuou acima da taxa a seis meses (3,155%) e da taxa a 12 meses (2,776%).

As taxa Euribor desceram esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde maio e março de 2023 e novembro de 2022, respetivamente.

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,352%, continuou acima da taxa a seis meses (3,155%) e da taxa a 12 meses (2,776%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, recuou esta quarta-feira para 3,155%, menos 0,041 pontos do que na anterior sessão e um novo mínimo desde 21 de março de 2022. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,1% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, caiu esta quarta-feira, para 2,776%, menos 0,082 pontos do que na terça-feira e um novo mínimo desde 04 de novembro de 2022.
  • A Euribor a três meses também desceu esta quarta-feira, ao ser fixada em 3,352%, menos 0,050 pontos e um novo mínimo desde 12 de maio de 2023.

Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Na quarta-feira, em 18 de setembro, foi a vez da Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em agosto voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,137 pontos para 3,548% a três meses (contra 3,685% em julho), 0,219 pontos para 3,425% a seis meses (contra 3,644%) e 0,360 pontos para 3,166% a 12 meses (contra 3,526%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Portugal adia reembolso de 925 milhões em Obrigações do Tesouro

O IGCP adiou amortizações de dívida que vencia em 2026 e em 2027, recomprando obrigações no valor de 925 milhões e emitindo dívida com maturidade em 2038, 2042 e 2052.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) recomprou esta quarta-feira 925 milhões de euros de Obrigações do Tesouro (OT) com prazo de 2026 e no ano seguinte, adiando essa amortizações com emissões do mesmo valor total com maturidades em 2038, 2042 e 2052.

Segundo dados da página do IGCP na Reuters, o soberano recomprou 573 milhões em OT com maturidade em 2026 e 350 milhões em dívida que vencia em 2027.

Por outro lado, a agência presidida por Miguel Martín emitiu 500 milhões de euros em dívida com maturidade em junho de 2038, 170 milhões de euros com prazo a abril de 2042 e 255 milhões com maturidade a abril de 2052.

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Governo cria grupo de trabalho para definir “estratégia pedagógica” para as forças de segurança

  • Joana Abrantes Gomes
  • 25 Setembro 2024

O grupo será constituído por membros das escolas de ensino dos agentes e polícias e das próprias forças de segurança, além da IGAI e do Ministério da Administração Interna.

O Governo criou um grupo de trabalho com o objetivo de “preparar e elaborar uma estratégia pedagógica a adotar pelos estabelecimentos de ensino das forças de segurança”, que terá de apresentar um relatório final até 16 de dezembro, de acordo com um despacho publicado esta quarta-feira em Diário da República.

O grupo de trabalho vai ser coordenado pelo gabinete da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, com a colaboração dos respetivos gabinete governamental e secretaria-geral, contando com membros do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), da Escola Prática de Polícia, da Academia Militar, da Escola da Guarda; da Guarda Nacional Republicana (GNR), da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), a ser designados por estas entidades.

Segundo o despacho, o grupo pode ter a colaboração e consultar outras entidades tendo em conta as respetivas áreas de especialidade. As tarefas devem estar concluídas “até 16 de dezembro de 2024” e o grupo de trabalho terá de entregar ao Governo um relatório final que “identifique os princípios da estratégia pedagógica e os requisitos e meios necessários para a sua implementação”.

A estratégia pedagógica a implementar, no entender do Governo, deve “considerar as orientações genéricas do ensino policial”, “facilitar a aquisição de competências na formação inicial e a sua necessária atualização perante as necessidades operacionais específicas” e a “formação contínua e ao longo da carreira”.

Além disso, deve criar uma “definição de perfis dos elementos policiais a formar“, que atenda às missões de que estão encarregues e aos locais onde exercem as suas competências, às características da população que servem, à diversidade do tecido social e ao tipo de criminalidade mais frequente.

“A participação dos membros do grupo de trabalho não lhes confere direito a qualquer espécie de retribuição”, refere ainda o despacho assinado pela ministra Margarida Blasco em 9 de setembro.

A criação deste grupo de trabalho surge meses depois de Margarida Blasco ter afirmado, numa entrevista ao Diário de Notícias, que tem “tolerância zero” com “movimentos radicais” dentro da GNR e da PSP, garantindo que a formação dada nos estabelecimentos de ensino “vai retirar a fruta podre do grande cesto que são as forças de segurança”.

Este mês, a Inspetora-Geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, deu razão à ministra da tutela, ao assinalar, numa entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, que “falhou muita coisa” para ter de afastar a “fruta podre” das polícias. “Em sede de recrutamento, temos procurado que aqueles que têm ideais contrários ao Estado de Direito não tenham lugar nas forças de segurança”, disse então a responsável.

No despacho publicado esta quarta-feira, o Executivo realça mesmo que “não são toleráveis a tortura, não se suportam, nem se aceitam tratamentos cruéis, desumanos, degradantes, nem se pode conviver com comportamentos discriminatórios no âmbito da atuação das forças de segurança”, apontando que um dos objetivos é “enquadrar a estratégia formativa numa forte cultura de Direitos Humanos” através do aprofundamento dos atuais programas de formação.

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Saiba como aceder aos serviços da incubadora de empresas da Caparica

Promovida pelo Instituto Português da Qualidade, a incubadora com base tecnológica quer incentivar a criação de negócios e o desenvolvimento de startups. Saiba como aceder ao Inova Quality Hub.

O Instituto Português da Qualidade (IPQ) aprovou esta quarta-feira o regulamento do Inova Quality Hub, a incubadora de empresas localizada na Caparica, que tem como objetivo incentivar a criação de negócios inovadores e o desenvolvimento de startups.

“O Inova Quality Hub constitui-se, nesta fase, como um núcleo de apoio ao empreendedorismo especialmente nas áreas científicas e tecnológicas, permitindo que as incubadas usufruam de uma série de vantagens, sinergias e complementaridades que daí decorram”, lê-se na deliberação publicada em Diário da República.

O regulamento define as condições de acesso aos serviços de incubação e inerente utilização das instalações físicas do IPQ, nomeadamente dos espaços afetos ao Inova Quality Hub, em contexto de incubação, aceleração ou capacitação, bem como as normas gerais de funcionamento.

Saiba o que o Inova Quality Hub assegura às empresas incubadas:

  • Apoio à incubação e ao empreendedorismo;
  • Apoio nas áreas relacionadas com o negócio – desenvolvimento do modelo de negócio, financiamento, jurídico-legal, fiscalidade, contabilidade, marketing, comunicação, go-to-market, desenvolvimento de produto, gestão da qualidade, prototipagem, patentes e propriedade intelectual, sustentabilidade, digitalização, internacionalização, integração na comunidade empresarial e local, networking;
  • Acesso a redes de mentores diversificada e especializada para a qualidade – normalização e metrologia; redes de mentores para apoio ao desenvolvimento das várias áreas de negócio; redes de parceiros para acesso privilegiado ao mercado, promovendo o desenvolvimento e implementação de projetos piloto; investidores e apoio na angariação de mecanismos e fontes de financiamento e laboratórios técnicos, específicos, e altamente avançados para a realização de testes e prototipagem; ajuda na elaboração de planos de atividades para promoção de negócios e de uma comunidade ativa.
  • Balcão de atendimento no edifício – receção e encaminhamento; gestão das reservas dos espaços comuns e de reunião; registo de contactos; domiciliação postal; gestão de entrada e saída de correio, bem como a respetiva receção e distribuição.

Instalado no edifício propriedade do IPQ, localizado na Caparica na Rua António Gião nº 2, o Inova Quality Hub conta com uma área de 644 metros quadrados, que inclui a maioria dos espaços destinados à incubação de empresas formais e informais, bem como espaços comuns como salas de reuniões, sala de formação, sala de gestão e secretariado e espaço coffee break. No piso inferior existe ainda uma zona de refeições leves, espaço de lazer ou trabalho informal, espaço para organização de eventos de networking ou promocionais das empresas instaladas, com acesso a espaço exterior.

Os empreendedores beneficiam de lugares de parque automóvel para utilizadores e visitantes e podem usar outros espaços, nomeadamente o auditório Ricardo Fernandes, salão nobre, sala de apoio, hall da balança, bengaleiro, bar de apoio, mediante solicitação.

As empresas podem usufruir ainda de Internet, gabinetes e espaço coworking com ligação de voz à rede, acesso a sala de reuniões partilhada e espaços comuns, manutenção, limpeza e conservação de áreas e infraestruturas comuns, ginásio e segurança e vigilância geral das instalações, 24 horas por dia.

Quem pode apresentar candidaturas para incubação ao Inova Quality Hub?

  • Pessoas individuais que pretendam desenvolver um novo negócio, visando criar, com esse fim, uma empresa relacionada com o ecossistema de Inovação e da Qualidade e com as áreas prioritárias definidas – normalização e metrologia – ou com os verticais identificados – energia, ambiente e saúde;
  • Estudantes, especialmente mestrados ou doutorandos, que necessitam de apoio à implementação dos projetos em contexto de mercado;
  • Startups, já em atividade, desde que se encontrem em fase de arranque (menos de cinco anos) e que ofereçam soluções de base tecnológica ao mercado;
  • Spinoffs de empresas já em atividade, desde que se relacionem com as áreas prioritárias ou com os verticais definidos

De acordo com o regulamento, os interessados devem preencher e entregar o formulário de pré-candidatura no website da incubadora, posteriormente preencher e devolver a ficha de incubação onde é apresentada a ideia ou a startup. O Inova Quality Hub tem um prazo de 15 dias para validar a candidatura e marcar a entrevista. Caso a candidatura não seja aprovada, a equipa de gestão poderá aconselhar a reformulação tendo em vista a apresentação de uma nova candidatura.

Após a aprovação da candidatura, a empresa/promotor do projeto deverá dar início à respetiva atividade de incubação, independentemente do modelo de incubação pretendido e aprovado, no prazo de 60 dias após a formalização do contrato de incubação.

Do contrato de incubação constará o preço atribuído pelos serviços prestados pelo IPQ e respetivas condições de pagamento, lê-se ainda no regulamento.

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Bright Pixel lidera ronda de 10,8 milhões da startup israelita de cibersegurança Tamnoon

Braço de investimento em capital de risco do grupo Sonae liderou ronda de investimento da Tamnoon, startup israelita de cibersegurança na cloud através de Inteligência Artificial.

A portuguesa Bright Pixel, braço de investimento em capital de risco do grupo Sonae, liderou a ronda de investimento Série A de 12 milhões de dólares (cerca de 10,8 milhões de euros) da Tamnoon, startup israelita de cibersegurança na cloud através de Inteligência Artificial.

“Conforme os fluxos de trabalho se deslocam para a cloud e a infraestrutura se torna mais complexa, a visibilidade das superfícies de ataque e respetivos incidentes, sobrecarrega as equipas com ruído. A Tamnoon aborda essa questão simplificando a priorização e a remediação, gerando um impacto significativo no mercado numa era em que a eficiência dos recursos cibernéticos é fundamental. Estamos entusiasmados pelo investimento na Tamnoon e na sua equipa e por os apoiar na sua próxima fase de crescimento”, diz Marcos de Castro Osório, diretor de Investimentos da Bright Pixel, citado em comunicado.

A ronda, que contou com a participação dos investidores Blu Ventures, Mindset Ventures, Merlin Ventures, Secret Chord Ventures, Inner Loop Capital e Elron Ventures, eleva o financiamento total da tecnológica israelita para mais de 18 milhões de dólares (16,2 milhões de euros).

Com esta nova injeção de capital, a tecnológica pretende “acelerar o desenvolvimento de produto, expandir o ecossistema de parcerias” e continuar a impulsionar a inovação na gestão de remediação da segurança na cloud”.

De acordo com dados da Gartner, espera-se que estes ano os gastos com segurança na cloud cresçam 24%, para 7 mil milhões de dólares (cerca de 6,3 mil milhões de euros). Segundo a startup, a sua tecnologia permite “reduzir em 90% a exposição crítica a ameaças na cloud nos primeiros 90 dias de serviço, investindo apenas 10% dos recursos que são normalmente necessários recorrendo a serviços tradicionais neste setor.”

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“Não sou um avançado ou ponta-de-lança” do ministro das Finanças, diz próximo administrador do Banco de Portugal

Apertado pelo PS, por conta das palavras de Miranda Sarmento aquando da nomeação de Centeno para governador, Luís Morais Sarmento recusou que haja uma “colonização” no Banco de Portugal.

Luís Morais Sarmento, que acabou de ser indigitado pelo ministro das Finanças para administrador do Banco de Portugal, recusa a ideia de ser um “avançado ou ponta-de-lança” de Joaquim Miranda Sarmento no supervisor liderado por Mário Centeno. E afastou que haja uma colonização na instituição.

“Não sou um avançado ou ponta-de-lança. Não acho que haja uma colonização nenhuma do Banco de Portugal, não tenho nenhuma dependência em relação ao Governo”, afirmou Luís Morais Sarmento na audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) a propósito da sua indigitação para administrador do regulador bancário.

O grupo parlamentar do PS questionou Luís Morais Sarmento sobre a sua independência e lembrou as críticas do atual ministro das Finanças aquando da nomeação de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal em 2020.

Luís Morais Sarmento argumentou que “não é cadastro ter exercido funções políticas”, lembrando que foram exercidas “há mais de dez anos”. E recordou que, embora tenha sido secretário do Orçamento no Governo de Passos Coelho, também trabalhou enquanto diretor-geral do Orçamento durante o Governo de José Sócrates.

O deputado socialista Miguel Costa Matos questionou ainda Luís Morais Sarmento sobre a sua passagem pelo Governo em 2011 e 2012. “Foram anos de sacrifício para os portugueses e para o país”, começou por responder. “Mas foi o que permitiu ter estes resultados atualmente”, acrescentou.

Luís Morais Sarmento disse ainda que tem inveja de não ter podido apresentar contas públicas positivas naquele período como aconteceu em 2019, quando Mário Centeno era ministro das Finanças. “Tenho inveja de não ter podido apresentar números idênticos”.

Cartel? “Banco de Portugal tem tido ação cada vez mais efetiva”

Confrontado sobre a recente decisão do Tribunal da Concorrência sobre o cartel da banca, Luís Morais Sarmento recusou comentar o processo porque não o conhece, mas sublinhou que o Banco de Portugal tem exercido as suas competências na supervisão comportamental de forma crescente.

“A ação tem sido cada vez mais efetiva, resultando em situações em que os bancos são chamados a atenção e alvos de coimas”, disse.

Inflação? “Ainda é cedo para declarar vitória”

Sobre o tema da inflação, Luís Morais Sarmento afirmou que “já passámos a crista da onda” e que, “em 2026, estaremos no objetivo de longo prazo” que é de 2%.

“Ainda é cedo para declarar vitória. O problema não está resolvido, mas o período mais difícil está”, disse.

O nome de Luís Morais Sarmento para o Banco de Portugal será agora apreciado pela comissão, que emitirá um parecer que não é, contudo, vinculativo.

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