Bordado de Castelo Branco dá mais um ponto para integrar Património Cultural Imaterial

O Património Cultural decide sobre o pedido de inventariação do Bordado de Castelo Branco no prazo de 120 dias após a conclusão do período da consulta pública.

O Governo anunciou esta segunda-feira a abertura de uma consulta pública para inscrever o Bordado de Castelo Branco no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. A consulta terá a duração de 30 dias.

“Os elementos constantes do processo de inventariação do Bordado de Castelo Branco encontram-se disponíveis para consulta no site do Património Cultural”, lê-se no anúncio publicado esta segunda-feira em Diário da República.

As observações podem ser enviadas por email ([email protected]) ou ser endereçadas, em correio registado, ao Património Cultural com o seguinte endereço: Divisão de Cadastro, Inventário e Classificação, Palácio Nacional da Ajuda (Ala Norte), 1349-021 Lisboa.

Os interessados em consultar o processo Bordado de Castelo Branco, poderão fazê-lo presencialmente no arquivo da Divisão de Cadastro, Inventário e Classificação, na mesma morada.

O Património Cultural decide sobre o pedido de inventariação do Bordado de Castelo Branco no prazo de 120 dias após a conclusão do período da presente consulta pública.

No ano de 1929, ao participar na Sexta Sessão do IV Congresso Beirão, realizada em Castelo Branco, Maria Júlia Antunes, professora do Liceu Infanta D. Maria, em Coimbra, apresentou a sua tese “Rendas e Bordados das Beiras” onde faz referência aos «bordados albicastrenses, genericamente chamados a frouxo», pela primeira vez divulgados em público com a designação que os associa à cidade beirã, de acordo com a autarquia da Beira Baixa.

No ano passado, Castelo Branco foi eleita cidade criativa da Unesco na categoria “Artesanato e Artes Populares”. A candidatura teve como base o bordado de Castelo Branco.

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Portugal tem excedente orçamental de 1,2% no primeiro semestre

Saldo das Administrações Públicas foi de 2,5% no segundo trimestre, contribuindo para um excedente orçamental na primeira metade do ano.

Portugal registou um excedente orçamental no segundo trimestre, revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). O saldo foi de 1.754 milhões de euros, o que corresponde a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), contribuindo para um excedente de 1,2% do PIB na primeira metade do ano.

Os dados divulgados pelo organismo de estatística nacional são em contabilidade nacional (ótica de compromissos). Esta é a ótica utilizada nas comparações internacionais e na avaliação de Bruxelas, diferindo da contabilidade pública, apurada pela Direção-Geral de Orçamento (DGO), onde são considerados os recebimentos e pagamentos ocorridos em determinado período numa lógica de tesouraria.

Na ótica de caixa, as contas públicas registaram um défice de 2.731 milhões de euros até junho. No ajustamento entre as duas óticas destaca-se a transferência dos ativos e das responsabilidades detidas pelo Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos para a Caixa Geral de Aposentações (CGA), que teve um impacto negativo de 3.018 milhões de euros na passagem de contabilidade pública a contabilidade nacional.

A influenciar a diferença entre as duas óticas esteve também o ajustamento na receita de impostos, resultado das medidas de pagamento fracionado de impostos e contribuições sociais (tomadas inicialmente no contexto da pandemia e que foram prolongadas no atual contexto do conflito geopolítico) e um ajustamento relativo à prorrogação de prazo, até 15 de julho, para entrega e respetivo pagamento da declaração modelo 22 do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), relativa ao exercício de 2023. O INE estima um impacto positivo de 3.199 milhões de euros no saldo do segundo trimestre de 2024, mas que terá o efeito contrário no trimestre seguinte.

Assim, entre o primeiro semestre de 2023, quando se registou um excedente de 1,1%, e 2024, embora o saldo em contabilidade pública se tenha deteriorado, em contabilidade nacional verificou-se uma melhoria do saldo.

Excedente de 2,5% no segundo trimestre

A influenciar o resultado do primeiro semestre esteve o contributo do excedente de 1.754,0 milhões de euros entre abril e junho, correspondendo a 2,5% do PIB, o que compara com 1% no período homólogo. Esta evolução resulta de um aumento de 11,4% da receita e de 7,5% da despesa face a igual período do ano passado.

O INE indica que do lado da despesa se registou um crescimento de 8,2% da despesa corrente, devido ao aumento dos encargos com prestações sociais (9,5%), das despesas com pessoal (7,6%), dos encargos com juros (3,0%), do consumo intermédio (3,8%) e da outra despesa corrente (29,4%). Por outro lado, os subsídios pagos diminuíram 22,8% depois de terem aumentado “significativamente no trimestre anterior”.

a despesa corrente primária, que exclui os juros pagos, aumentou 8,5%.

Do lado da receita, destaca-se o crescimento de 12% da receita corrente, refletindo aumentos em todas as suas componentes. Os impostos sobre o rendimento e património, sobre a produção e importação, as contribuições sociais, as vendas e a outra receita corrente cresceram 16,2%, 8%, 10%, 8,2% e 39,4%, respetivamente. Por sua vez, a receita de capital registou uma diminuição de 12,2%.

Marcelo avisa que execução orçamental é para acompanhar “com cuidado”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta segunda-feira que é necessário acompanhar com “cuidado” a execução orçamental.

O facto de ter um bom resultado a meio do ano não significa que depois o resto do ano não se deva acompanhar com cuidado a execução orçamental“, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões depois de se vacinar num centro de saúde em Lisboa.

O Chefe de Estado destacou que “a economia portuguesa esteve muito bem no primeiro trimestre, menos bem no segundo trimestre” e “os números que temos do terceiro trimestre estão em linha com uma posição intermédia, não tão bem como no primeiro trimestre”, enfatizando que o resultado do final do ano “depende muito da situação internacional”.

“Pode ser um resultado bom comparado com a Europa, menos bom do que aquilo que se esperaria”, considerou.

(Notícia atualizada às 12h46, com as declarações do Presidente da República)

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Importação de gás para a UE cai a pique no segundo trimestre

A Rússia é o terceiro maior fornecedor de gás natural e ocupa o segundo lugar no "pódio" no que toca o gás natural liquefeito. 

A União Europeia importou menos gás natural e menos gás natural liquefeito no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. As quebras chegam aos 41,2%. A Rússia é o terceiro maior fornecedor de gás natural e ocupa o segundo lugar no “pódio” no que toca o gás natural liquefeito.

O valor do gás natural importado para a UE entre abril e junho caiu 31,4%, o que corresponde à importação de 9,5% menos de volume deste gás. Em paralelo, o valor de gás natural liquefeito importado decresceu 41,2%, resultado da importação de menos 20,2% em volume.

Neste período, a maioria das importações de gás natural teve origem na Noruega (43,5%), na Algéria (21,6%) e por fim na Rússia (15,5%). No caso do gás natural liquefeito, 46% vem dos Estados Unidos, 16,8% da Rússia e 11,9% do Qatar.

No cômputo geral, a UE no segundo trimestre importou 94,9 mil milhões de euros em produtos energéticos, num total de 177,9 milhões de toneladas. As importações decresceram tanto em valor (-10,87%) como em volume (-9,7%).

Apesar de o valor de gás importado ter diminuído, a tendência inversa deteta-se no petróleo. Ao valor das importações deste combustível subiram 5,6% no trimestre terminado em junho, em termos homólogos, apesar de o volume ter decrescido em 2,2%. Os Estados Unidos (15,1%), Noruega (14,1%) e Cazaquistão (11,7%) são os maiores fornecedores.

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Chefes de equipa e técnicos superiores do PRR vão ganhar mais

Plano de Ação para impulsionar a execução do PRR reforça os recursos humanos da estrutura de missão que passam a ser até 137 elementos: até 109 técnicos superiores e até quatro assistentes técnicos.

Os chefes de equipa e os técnicos superiores da Recuperar Portugal vão ganhar até 4.331,49 euros, sendo que quase metade tem de ganhar até 2.674,43 euros, de acordo com a Resolução do Conselho de Ministro publicada esta segunda-feira em Diário da República. O diploma determina também que a estrutura de missão passará a contar com 137 elementos, numa tentativa de dotar a entidade que gere o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dos meios necessários para a execução atempada da bazuca.

A Resolução do Conselho de Ministro determina que “a remuneração dos chefes de equipa das unidades de suporte, dos chefes de núcleo e dos técnicos superiores é fixada até ao nível 70 da tabela remuneratória única dos trabalhadores que exercem funções públicas, consoante a experiência e conhecimento dos respetivos elementos, considerando que a remuneração de, pelo menos, 35% dos técnicos superiores se situa até ao nível 30 e que a remuneração de até 45% dos técnicos superiores se situa até ao nível 40″.

Assim, o limite máximo que estes funcionários públicos poderão auferir são 4.331,49 euros (posição 70 da tabela remuneratória única) e 45% dos técnicos superiores vão ter de ganhar até 2.674,43 euros (posição 40) e 35% até 2.132,32 (nível 30).

Até aqui, os elementos da Recuperar Portugal exerciam “funções com isenção de horário de trabalho, sem qualquer suplemento remuneratório” e tinham “direito a ajudas de custo e de deslocação”, nos mesmos moldes de todos funcionários públicos, sempre que se deslocassem em missão de serviço público.

O Plano de Ação para impulsionar a execução do PRR, que tem outros níveis de intervenção como a criação de redes para partilhar informação e apontar riscos e de um mecanismos para libertar verbas de projetos parados, decido na reunião da Comissão Interministerial do Plano de Recuperação e Resiliência de 22 de julho reforça os recursos humanos da estrutura de missão que passam a ser até 137 elementos: até 109 técnicos superiores e até quatro assistentes técnicos ou operacionais.

Neste reforço está incluída a nova equipa móvel de 50 elementos (técnicos superiores) que “funcionará enquanto equipa dedicada, para suprir constrangimentos e assegurar a regularização do volume de trabalho identificado na atividade dos beneficiários diretos ou intermediários, relacionadas, entre outras situações, com análise e emissão de pareceres sobre candidaturas e com a análise dos pedidos de pagamento dos beneficiários finais”.

“Adicionalmente, prevê-se a possibilidade de se proceder à contratação de 12 técnicos superiores, que serão responsáveis por acompanhar as redes de funcionamento, impulsionar e fiscalizar a execução dos projetos“, lê-se na resolução. O dobro do admitido ao ECO pelo ministro Adjunto e da Coesão. “Este reforço de pessoal da Recuperar Portugal vem ajustar o número de pessoas ao volume de trabalho que a execução de um plano desta dimensão, e com estas características, representa. Importa reconhecer que os serviços responsáveis pela gestão dos fundos não dispunham de técnicos em número suficiente”, explicou Manuel Castro Almeida.

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Ministério Público acusa Álvaro Sobrinho de lavar dinheiro no Sporting

O MP deduziu acusação contra o ex-administrador e presidente do conselho de administração do BESA e contra uma sociedade pela prática de um crime de branqueamento agravado.

O Ministério Público (MP) deduziu mais uma acusação contra Álvaro Sobrinho ex-administrador e presidente do conselho de administração do Banco Espírito Santo de Angola (BESA), e contra uma sociedade de participações e investimentos, a Holdimo, com sede em Luanda, pela prática de um crime de branqueamento agravado.

“De acordo com a acusação, o arguido utilizou a sociedade arguida, que controlava e de que era sócio maioritário, como veículo de investimento no Sporting Clube de Portugal/Sporting SAD. Num primeiro momento, a sociedade arguida teria investido no clube um total de 16.050.000 euros e receberia como retribuição um montante calculado sobre o valor da venda dos passes dos jogadores, devido em função da percentagem dos direitos económicos que adquiriu pelo investimento”, lê-se no comunicado do MP.

O Ministério Público acredita que as transferências foram feitas a partir de contas do BESA domiciliadas em Lisboa, cujos fundos se destinavam a financiar a atividade do banco, mas que o arguido utilizou como se fossem seus.

“Os fundos transferidos para o Sporting foram posteriormente convertidos em ações, sendo que, no total, além dos referidos 16.050.000 euros, foram ainda investidos na SAD mais cerca de 4.000.000 euros de proveniência semelhante. Assim, o arguido, através da sociedade arguida, passou a deter 29,85% do capital e direitos da Sporting SAD”, referem.

O arguido encobriu o “rasto” das referidas quantias monetárias, fazendo-as passar por verbas obtidas de forma lícita, quando, na verdade, as havia obtido por apropriação de valores do BESA.

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Governo cria unidade para monitorizar desempenho económico-financeiro do SNS

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Setembro 2024

No seio do departamento de sustentabilidade económico-financeira da direção executiva do SNS, nasce uma unidade para acompanhar o desempenho económico-financeiro dos seus organismos.

O Governo criou uma unidade para acompanhar e monitorizar o desempenho económico-financeiro do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que será integrada no departamento de Sustentabilidade Económico-Financeira da direção executiva liderada por António Gandra d’Almeida, indica um despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República.

A “unidade de acompanhamento e monitorização do desempenho económico-financeiro do SNS” (UADEF), como é designada, tem por objetivo “apoiar a missão” daquele departamento, nomeadamente “nas competências relacionadas com a execução, monitorização e acompanhamento do desempenho das instituições e organismos do SNS e do seu conjunto como um todo”.

O despacho, que “produz efeitos à data de 1 de setembro”, indica que esta nova estrutura irá assegurar, em particular, quatro funções previstas no artigo 9.º dos Estatutos da direção executiva do SNS:

  • Acompanhar o desempenho e a eficiência económico-financeira e orçamental das instituições do SNS, em coerência com os planos de desenvolvimento organizacional e os contratos-programa das unidades de saúde;
  • Identificar, conceber e divulgar boas práticas promotoras da eficiência do desempenho económico financeiro e orçamental;
  • Avaliar e analisar os indicadores de gestão de risco de forma a garantir a eficiência da monitorização das políticas de gestão;
  • Participar, no âmbito das suas competências, na preparação da informação financeira consolidada do SNS.

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Parlamento aprovou levantamento de imunidade a seis deputados em meio ano

  • ECO
  • 23 Setembro 2024

Decorridos seis meses da atual legislatura, foi levantada a imunidade parlamentar a três deputados do PSD, dois do PS e um do Chega para serem constituídos arguidos em processos judiciais.

Desde o início da atual legislatura, em março, houve seis deputados a verem a imunidade parlamentar levantada para serem constituídos arguidos em processos judiciais, noticia o Correio da Manhã. O mais recente foi Fernando Medina, ex-ministro das Finanças e atual deputado do PS, para ser arguido na Operação “Tutti Frutti”, que é também o motivo para o levantamento da imunidade parlamentar de Luís Newton, Margarida Saavedra e Carlos Eduardo Reis, trio da bancada social-democrata.

No caso do socialista João Paulo Rebelo, antigo secretário de Estado do Desporto, está em causa uma investigação sobre alegados benefícios a um ex-sócio para a realização de testes à Covid-19 durante a pandemia. João Tilly, deputado do Chega, vai a tribunal num processo por difamação de que é alvo, após uma queixa feita por uma antiga dirigente do partido.

Os pedidos de levantamento de imunidade são analisados pela comissão parlamentar de Transparência, que desde o início desta legislatura já emitiu 19 pareceres, a maioria dos quais para os deputados serem arrolados como testemunhas em processos judiciais. Após a deliberação sobre o pedido de levantamento de imunidade, os deputados têm de a aprovar mediante votação no plenário, sendo aí oficializada para poderem ser constituídos arguidos.

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A tentar encontrar “um bom equilíbrio”, Cátia Dias, da Bel, na primeira pessoa

Cátia Dias, diretora de marketing da Bel, encontrou no marketing uma forma de cumprir o seu desejo de ser "investigadora policial". O musical "Vacas Felizes" foi o momento que mais marcou o percurso.

Neste momento, o meu grande desafio, como pessoa e para a função que ocupo, é o equilíbrio“, entende Cátia Dias, diretora de marketing da Bel para o Sul da Europa e Turquia. “Alcançar um bom equilíbrio, onde sinta que consigo estar de corpo e alma nas minhas várias vertentes: na Cátia como diretora de marketing, como mãe, como mulher”, concretiza.

Segundo a diretora de marketing da Bel – grupo que detém marcas como Limiano, Terra Nostra, A Vaca que Ri, Babybel ou GoGo squeeZ -, “muitas vezes” confunde-se o “trabalhar para viver” com o “viver para trabalhar”.

“Gostamos muito de trabalhar, mas também é importante haver aqui um equilíbrio dos nossos vários ‘eus’. Gosto de ter os meus planos, não só em termos de carreira profissional, mas também a nível pessoal. É haver aqui um bom equilíbrio entre a nossa vida pessoal e profissional, sendo que dentro da pessoal temos vários universos. O ter tempo para acompanhar os filhos e a família, mas também ter tempo para nós, para os nossos amigos, para as coisas que gostamos de fazer”, explica numa conversa com o +M.

Em termos profissionais, o marketing nem sempre foi um passo óbvio. Quando era mais nova, o sonho passava por ser “investigadora policial” mas, com o passar do tempo, começou a achar que era “um pouco fora da caixa”.

Como gostava de comunicação, pensou em disciplinas dessa área, incluindo jornalismo. Não sabendo bem explicar como, chegou ao marketing, curso que tirou no Instituto Politécnico de Lisboa, tendo mais tarde feito pós-graduações e um mestrado nas áreas de gestão.

Hoje, quando pensa no seu desejo de criança relacionado com a investigação policial, considera que consegue combinar várias coisas desse sonho na sua atual profissão. “Tem a investigação, pois o marketing precisa de um conhecimento profundo do mercado e consumidor, e também tem ação, pois não há rotina numa profissão de marketing em que todos os dias são diferentes e em que em vários momentos do dia fazemos coisas completamente diferentes”, afirma.

A trabalhar há cerca de 22 anos na Bel Portugal – onde desenvolveu praticamente toda a sua experiência profissional – já desempenhou várias funções na empresa, desde brand manager, group manager ou marketing manager, sendo que nunca esteve muito mais do que dois anos na mesma função.

Há cerca de um ano foi então convidada a abraçar o desafio de ser diretora de marketing não só para Portugal mas para todo o cluster da Europa do Sul, que inclui Portugal, Espanha, Itália, Grécia e também a Turquia. No total, lidera uma equipa composta por 27 pessoas, distribuídas entre Portugal (13), Espanha (seis), Grécia (três), Itália (duas) e Turquia (três).

Trabalhar com pessoas é o que mais a alicia no marketing e na sua função. O que mais me fascina neste mundo do marketing são acima de tudo as pessoas, e neste momento o que vejo como mais aliciante é ver o desenvolvimento das pessoas. Acabo por trabalhar com muitas pessoas, não só em Portugal mas também noutros países, e é muito interessante vê-las crescer e ver a nossa equipa a cumprir sonhos, a desafiar-se e a concretizar projetos”, diz.

Quanto às diferentes marcas do grupo, o importante é que cada uma “tenha a sua missão e universo de comunicação, não só para não se canibalizarem, mas também para terem um território muito bem definido na cabeça do consumidor”. É essa a razão pela qual a estratégia de comunicação da marca Terra Nostra assenta na pastagem e nos Açores enquanto a da Limiano é sobre família e tradição, por exemplo.

Mas aquilo que é importante é que essa comunicação seja relevante para o consumidor, independentemente se falamos mais para crianças, pais, famílias, jovens, adultos, mulheres ou homens. Importa é que aquela comunicação seja sempre relevante para o target que definimos e com os objetivos de comunicação pretendidos. Não somos perfeitos e nem sempre conseguimos descodificar tudo o que está na mente do consumidor, mas gostava que sempre que comunicamos, que o façamos de uma forma relevante para o consumidor“, acrescenta Cátias Dias.

De todos os produtos do grupo Bel, aquele que a responsável de marketing mais consome são fatias de queijo, sendo que “para não haver chatices emocionais e entre equipas”, alterna entre as marcas Limiano e Terra Nostra, diz entre risos.

Algo que achou “extremamente gratificante” na sua carreira foi o lançamento do leite pastagem, com a música das Vacas Felizes. “Vai ficar sempre no meu coração, marcou-me imenso fazer a campanha e o musical das Vacas Felizes, que foi arrojado em vários sentidos. Foi uma campanha que, do ponto de vista criativo, teve um impacto muito grande. Mas mesmo estrategicamente foi muito bem executada“, diz.

O próprio conceito de vacas felizes – do qual agora mais marcas se estão também a apropriar – foi genial e completamente diferenciador na altura. Nessa época eu era responsável por Terra Nostra e diria que é um dos projetos – não só pela sua dimensão mas também pela qualidade de execução e impacto no mercado – que mais me marcaram. É um momento que acho que vou recordar para sempre“, acrescenta.

Em conjunto com o namorado, a filha de dez anos e um gato, Cátia Dias encontra-se em momento de transição, tendo deixado de viver numa casa “se calhar demasiado grande”, em Arruda dos Vinhos, e mudando-se para uma mais pequena em Benfica.

A mudança para Lisboa – que considera ser uma “incursão inversa à maioria” – foi motivada por pela ideia de que, nos últimos anos, 80 ou 90% da sua vida – não só profissional mas também pessoal – é passada em Lisboa.

“Os meus amigos estão em Lisboa, os amigos da minha filha estão em Lisboa, parte da família vive perto de Lisboa, os encontros sociais são em Lisboa. Por razões profissionais faço muitas viagens. E, neste movimento, perdia sempre entre 40 a 60 minutos.Achámos que a mudança seria ideal, facilitadora, e que permitiria ganharmos tempo, que é o que nos está a faltar agora“, afirma.

A responsável da Bel “ainda hoje” joga voleibol com uma equipa num torneio amador, um desporto que pratica “com gosto” há bastantes anos, e que mais recentemente tem intercalado com padel.

Para lá do desporto gosta de viajar, fazendo sempre uma viagem anual para um destino mais longínquo. Para este ano, em novembro, a aventura já está marcada e vai levá-la até à Índia.

Enquanto “ótima fonte de energia e carregadora de baterias”, Cátia Dias adora apanhar sol, o que conjuga com a paixão pela leitura.

Cátia Dias em discurso direto

1- Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Com alguma frequência vem-me à memória a campanha da Nike “Find your greatness” lançada em 2012. É sem dúvida a campanha que gostaria de ter desenvolvido. Para além de muito consistente com os valores da marca, é uma campanha que inspira e mobiliza, mostrando que o sucesso e a excelência estão ao alcance de qualquer um de nós. Foi também das primeiras grandes campanhas a abordar a diversidade social como tema central: “Greatnesss is where somebody is trying to find it!”. Foi épico.


A nível nacional, temos muitos bons exemplos. Pode ser suspeito, mas começo pela campanha de Terra Nostra – Musical das Vacas Felizes, a qual tive o privilégio de desenvolver. É um bom exemplo de propósito de marca (a alegria de fazer o bem, para todos), com criatividade e impacto. Passados alguns anos, é uma campanha que mantém bons níveis de recall, continuando a transportar uma grande magia. Teria aprovado esta campanha novamente com a mesma convicção e paixão.


“The forgotten team”, da Meo, também foi uma campanha que me marcou. Foi uma ativação corajosa, mostrando que a força das marcas pode ser o palco para grandes causas sociais com alta relevância na sociedade.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Como equilibrar focu no curto prazo vs estratégia de longo prazo. Diariamente os marketeers são pressionados a entregar resultados (quota de mercado, rotações, vendas), mantendo o foco no curto prazo, naquela ativação banal, procrastinando os grandes projetos de futuro, o pensamento e a reflexão no que vai ser determinante amanhã.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

O que fazemos é relevante para o consumidor e para a sociedade em geral?

4 – O briefing ideal deve…

Responder a um problema do consumidor ou cliente, de outra forma é (quase) inútil.

5 – E a agência ideal é aquela que…

É a aquela que sabe ouvir e construir em equipa. A que melhor consegue integrar estratégia e criatividade. Compreensão do consumidor e do mercado, com impacto ou saliência. Tem de sentir que as marcas/produtos também são seus, fazer parte da equipa.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Sem dúvida, arriscar. Qualquer campanha ou lançamento de alto impacto tem necessariamente de ter uma dose de risco, tem de provocar emoções e ações, sem perder a consistência que cada marca precisa para ser reconhecida ao longo de décadas e gerações.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Na verdade, não sei se o aceitaria. Os orçamentos existem para desenvolver um negócio, e têm de ser financiados pelo que o negócio gera. É fundamental que o marketeer perceba o fair investment que a sua marca deve ter, de forma a contribuir para a construção de um negócio sustentável. Mas se tivesse mais investimento, claramente daria mais escala a grandes ideias.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Uma comunicação para ser eficaz tem de conseguir ser relevante para o consumidor, ser memorável, e despoletar uma ação em benefício do produto comunicado, de forma a ser relevante também para o negócio. Em Portugal vemos cada vez mais exemplos de campanhas eficazes! O que é positivo. Precisamos de mais ousadia e boas ideias.

9 – Construção de marca é?

Encontrar uma missão de marca relevante para a sociedade e para a empresa, e construí-lo consistentemente a longo prazo, entregando valor ao longo de toda a cadeia.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Quando era pequena, já jovem, sonhava que poderia ser investigadora policial. Depois veio o bichinho da comunicação. Marketing é o melhor destes dois mundos, tem comunicação, investigação e também muita ação.

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Ministério Público investiga negócios de milhões nos sistemas de informação da Santa Casa

  • ECO
  • 23 Setembro 2024

Ana Jorge saiu da Santa Casa com as contas positivas. De acordo com uma avaliação até 31 de maio, a instituição tinha um resultado líquido positivo de quase 10,7 milhões.

Para além do inquérito à internacionalização de jogos sociais e ao concurso para a aquisição da nova plataforma da central de atendimento telefónico, o Ministério Público está a investigar negócios em que há suspeitas de crimes em contratação pública de bens e serviços envolvendo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), entre os quais a aquisição da plataforma low-code, avança o Público (acesso condicionado) esta segunda-feira.

Só na área de informática, a despesa da instituição subiu 136 milhões nos últimos anos, passando de 89 milhões de euros entre 2010 e 2016 para 225 milhões a partir de 2017 e até ao final de 2023, de acordo com uma análise aoscontratos no Portal Base, ou seja, durante os mandatos do antigo provedor Edmundo Martinho e da ex-provedora Ana Jorge.

Ana Jorge saiu da Santa Casa com as contas positivas. De acordo com uma avaliação até 31 de maio, a instituição tinha um resultado líquido positivo de quase 10,7 milhões de euros. Ao travar a internacionalização, a ex-provedora aumentou as dívidas por incumprimentos de contratos, mas conseguiu equilibrar as contas desde então. O novo provedor, Paulo de Sousa, pretende chegar ao final do ano com um resultado positivo de 10,2 milhões de euros.

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Hoje nas notícias: Santa Casa, inflação e Parlamento

  • ECO
  • 23 Setembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Ministério Público está a investigar negócios da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em que há suspeitas de crimes com a contratação pública de bens e serviços para os sistemas de informação da instituição. O Conselho das Finanças Públicas (CFP) alerta que as margens de lucro das empresas portuguesas ainda estão a puxar pela subida dos preços, o que já não acontece na Zona Euro. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Ministério Público investiga negócios de milhões nos sistemas de informação da Santa Casa

Para além do inquérito à internacionalização de jogos sociais e ao concurso para a aquisição da nova plataforma da central de atendimento telefónico, o Ministério Público está a investigar negócios em que há suspeitas de crimes em contratação pública de bens e serviços envolvendo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), entre os quais a aquisição da plataforma low-code. Só na área de informática, a despesa da instituição subiu 136 milhões nos últimos anos, passando de 89 milhões de euros entre 2010 e 2016 para 225 milhões a partir de 2017 e até ao final de 2023.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Margens de lucro ainda puxam pela inflação

Contrariamente à Zona Euro, as empresas em Portugal ainda não baixaram as suas margens de lucro para acomodar a subida dos salários, pelo que esses encargos acabam refletidos nos preços e, consequentemente, mantêm a inflação elevada, avisa o Conselho das Finanças Públicas (CFP) no relatório divulgado na semana passada. No documento, a entidade liderada por Nazaré Costa Cabral estima que o deflator do Produto Interno Bruto (PIB) – que mede os preços na generalidade da economia – deve fixar-se em 4,7% este ano, baixando depois para 2,7%, atingindo os 2% apenas em 2027. Por causa disso, a inflação em Portugal deve ficar acima da da Zona Euro este ano.

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Seis deputados arguidos em meio ano de Parlamento

Desde o início da nova legislatura, há seis meses, houve seis deputados a verem a imunidade parlamentar levantada para serem constituídos arguidos em processos judiciais. Fernando Medina, ex-ministro das Finanças e atual deputado do PS, foi o mais recente, para ser arguido na Operação “Tutti Frutti”, que é também o motivo para o levantamento da imunidade parlamentar de Luís Newton, Margarida Saavedra e Carlos Eduardo Reis, trio da bancada social-democrata. No caso de João Paulo Rebelo, que foi secretário de Estado do Desporto no anterior Governo socialista, o levantamento deve-se a uma investigação sobre alegados benefícios a um ex-sócio para a realização de testes à Covid-19 durante a pandemia, enquanto João Tilly, do Chega, vai a tribunal num processo por difamação de que é alvo, após uma queixa feita por uma antiga dirigente do partido.

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Nova lei já evitou quase meio milhão de consultas de médicos de família

A lei que permite que os serviços de saúde dos setores privado e social e as urgências do Serviço Nacional de Saúde (SNS) emitam baixas médicas, que entrou em vigor em março, já aliviou os médicos de família em mais de 426 mil consultas para esta finalidade. Os dados são dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que mostram, ainda assim, que até 11 de setembro se realizaram 1.555.834 consultas que resultaram em baixas médicas. O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Nuno Jacinto, faz um balanço positivo da nova legislação, embora considere que ainda “há coisas que devem ser revistas e mudadas”, nomeadamente no que respeita “à renovação das baixas, aos relatórios clínicos pedidos por ginásios e outras entidades e até na renovação do receituário”.

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Costa na UE “criou expectativa muito positiva no Brasil” em momento crucial para acordo entre UE e Mercosul

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, considera a ida de António Costa para a presidência do Conselho Europeu uma “ótima notícia” que cria “uma expectativa muito positiva no Brasil”, nomeadamente no que toca ao acordo entre a União Europeia (UE) e os países do Mercosul (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai). O responsável vê no ex-primeiro-ministro português um interlocutor privilegiado do Brasil no coração da Europa, sobretudo para levar a bom porto as negociações entre os dois blocos que, 25 anos depois, ainda não fecharam um acordo, em parte devido à oposição de França e, por outro lado, à lei anti-desflorestação da UE — que, para o Governo de Lula da Silva, pode criar um prejuízo de 15 mil milhões de dólares às exportações brasileiras.

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Tebas anuncia “queixas-crime” contra a Google por pirataria em Espanha e noutros países

  • Servimedia
  • 23 Setembro 2024

"Este é o principal desafio que o futebol profissional e a indústria desportiva em geral enfrentam”.

O presidente da LaLiga, Javier Tebas, sublinhou esta segunda-feira, no Fórum Europa, que a instituição que dirige vai apresentar “queixas-crime” contra a Google em Espanha e noutros países para impedir os downloads “piratas” de aplicações que permitem ver conteúdos de jogos de futebol.

Tebas fez esta consideração neste encontro informativo organizado pelo Nueva Economía Fórum em Madrid, na sequência da recente decisão de um tribunal argentino que ordenou à Google que desativasse a utilização da aplicação Magis TV no Android por oferecer serviços ilegais de televisão pela Internet para seguir jogos de futebol.

“Temos de perceber que este é o principal desafio que o futebol profissional e a indústria desportiva em geral enfrentam”, afirmou Tebas, ao ponto de o colocar ‘mesmo acima’ do possível surgimento de novas competições como a Superliga.

Tebas sublinhou que “se esta dinâmica da pirataria não se alterar”, haverá dentro de “dois ou três anos” “uma diminuição muito importante das receitas audiovisuais que afetará o futebol e o desporto não profissional” em Espanha.

Por este motivo, anunciou que a LaLiga vai apresentar “queixas-crime contra a Google” em países como o Brasil, Equador, Espanha e França. “As grandes empresas tecnológicas têm de intervir. Têm de deixar de colaborar com a pirataria porque ganham dinheiro. O Google ganha dinheiro, a Amazon ganha dinheiro, a Apple ganha dinheiro e eles ganham muito dinheiro.

LEGISLAÇÃO “OBSOLETA

Tebas salientou que os clubes de futebol profissional gastaram cerca de 200 milhões de euros nos últimos quatro anos para que o Consejo Superior de Deportes (CSD) distribuísse “uma parte muito importante” desse dinheiro “em desportistas de elite e eventos desportivos internacionais” noutras modalidades para além do futebol.

“Não esqueçamos que na Europa há mais de 50.000 jogadores profissionais de futebol, alguns a ganhar mil euros, outros a ganhar dois milhões de euros, e mais de 2.000 clubes de futebol profissional. Todos eles estão a ser afetados”, afirmou.

Por este motivo, considerou “muito importante” a resolução da justiça argentina para que a Google não retire a aplicação Magis TV da Play Store, mas também dos telemóveis.

Tebas sublinhou ainda que a LaLiga comunicou à Google, no verão de 2023, a existência de 140 aplicações piratas e que, em apenas 15 dias de agosto do ano passado, houve “800.000 descargas piratas em Espanha só no Android”.

Por último, Tebas comentou que Espanha dispõe de uma legislação “algo obsoleta” contra a pirataria de aplicações tecnológicas.

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Universidade Alfonso X el Sabio apresenta o primeiro “Guia de IA generativa” para estudantes

  • Servimedia
  • 23 Setembro 2024

Com o objetivo de os ajudar a compreender e aplicar esta tecnologia na sua formação académica e futura carreira profissional.

A iniciativa surge na sequência dos resultados do primeiro Observatório do Impacto da Tecnologia nas Profissões, realizado pela universidade junto de mais de 2.000 estudantes e 400 professores e profissionais, que revela que 63% dos estudantes consideram que a IAG será fundamental para o seu desenvolvimento profissional.

A UAX apresentou este manual sobre a utilização da IA generativa aos seus alunos durante o evento de início de ano organizado hoje no campus de Villanueva de la Cañada, que serviu para dar as boas-vindas aos alunos novos e veteranos que estudarão este ano na Universidade Alfonso X el Sabio, tendo acesso a formação na utilização da IA generativa e preparando-se para a sua incorporação no mercado de trabalho com as competências e aptidões exigidas pelas empresas.

“A IA generativa é um potenciador das competências e da produtividade dos profissionais e sabemos que as empresas a estão a adotar. Na educação, pode ajudar os alunos em tarefas como a realização de trabalhos, o desenvolvimento de projectos ou a preparação para exames, oferecendo amplas possibilidades de personalização para otimizar a aprendizagem. Por esta razão, na UAX criámos este guia, disponível tanto para a nossa comunidade como para estudantes externos, a fim de os ajudar a compreender como funciona a Inteligência Artificial e promover uma utilização ética e responsável desta tecnologia para garantir um impacto positivo na sociedade”, afirma Lola Vivas, Diretora de Inovação Pedagógica da Universidade Alfonso X el Sabio.

O guia oferece uma visita interativa que permite aos alunos aprender conceitos-chave sobre a utilização da IA, como a criação de prompts para obter resultados precisos, a identificação de alucinações em sistemas de IA e princípios de ética para compreender como ocorrem os enviesamentos e os deepfakes. Também aborda a importância da transparência na sua formação e utilização, e inclui medidas de segurança a considerar quando se utilizam ou analisam dados com a IA generativa.

O guia tem uma vocação prática que promove a reflexão ativa e crítica dos alunos sobre a IA generativa. Por isso, inclui exercícios para ajudar os alunos a desmistificar alguns dos mitos que rodeiam a GII, tais como se esta tecnologia pode diminuir a capacidade cognitiva do utilizador ou se pode destruir postos de trabalho, entre outros. O manual é completado com estudos de caso que guiarão os estudantes na aplicação desta tecnologia no seu quotidiano.

 

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