Costa “é recordista dos impostos”, diz Montenegro

Luís Montenegro abriu as hostilidades políticas no Pontal e apresentou um programa global de reforma fiscal, assente em cinco medidas.

“Com António Costa e os seus delfins, o país está numa das zonas mais problemáticas de empobrecimento dentro do espaço da União Europeia” disse Luís Montenegro esta segunda-feira na Festa do Pontal, que juntou os sociais-democratas no Calçadão de Quarteira para assinalar a rentrée política do partido. O líder do PSD chegou ao Calçadão de Quarteira com Carlos Moedas, que depois chamou ao palco, tal como os outros autarcas, durante o tradicional discurso.

Portugal não aguenta muito mais tempo esta forma de negligenciar o nosso futuro”, disse o líder do PSD, referindo que em todos os setores “nada está melhor do que há oito anos atrás”.

Montenegro pediu aos portugueses para compararem aquilo que foram os resultados das duas legislaturas de Cavaco Silva com os resultados das duas legislaturas de António Costa, enumerando temas como a habitação, saúde, economia, retenção de jovens qualificados, capacidade do Estado proporcionar oportunidade a todos, justiça, agricultura e pescas. E “mesmo no turismo”, o qual “floresce e está num bom momento mas isso é porque não está na dependência do Governo” mas sim dos “privados”.

“Nunca em Portugal se pagaram tantos impostos”, disse também Luís Montenegro. “O que é que nós retemos deste primeiro-ministro? É o campeão dos impostos, é o recordista dos impostos, é aquele que como nenhum antes vai buscar a parte maior do rendimento das pessoas, famílias e empresas”, completou.

“Com tantos impostos, com a inflação e até com todo o dinheiro do PRR, António Costa teve e tem uma espécie de Euromilhões mas deixou os portugueses apenas com tostões”, frisou.

O esbulho fiscal tem de acabar”, atirou também Montenegro, referindo que o Governo “é de uma imoralidade sem nome” por cobrar mais impostos do que estava previsto e “não ser capaz” de devolver ou deixar de cobrar o que está em excesso.

O líder do PSD adiantou ainda que o partido se está a preparar para apresentar um programa global de reforma fiscal, de todos os impostos, para “simplificar”, “tornar o sistema mais justo” e para “sermos previsíveis”, porque “não se consegue captar investimento se não se der previsibilidade”.

Uma das medidas deste programa passa por propor que, já em 2023, haja uma diminuição de 1.200 milhões de euros no IRS das famílias portuguesas.

Segundo Montenegro, a proposta passa por uma diminuição das taxas marginais do IRS, começando em 1,5% (1º escalão), 2% (2º), 3% (no 3º 4º, 5º e 6º), e 0,5% e 0,25% nos dois escalões seguintes. “Isto significa, grosso modo, que a taxa marginal de imposto, aquilo que efetivamente se paga diminui até ao sexto escalão cerca de 10%. Nuns casos um bocadinho acima, noutros casos um bocadinho abaixo”, sintetizou, exaltando António Costa a tomar estas medidas ainda este ano e não esperando por 2024.

No âmbito deste programa, Montenegro defendeu ainda um IRS máximo de 15% para os jovens até aos 35 anos, o que levaria a que estes jovens pagassem um terço do que pagam atualmente. Se o Partidos Socialista (PS) aprovar esta proposta “faça de conta que é sua, que por mim não há problema nenhum”, afirmou Montenegro.

A terceira medida passa pela atualização obrigatória dos escalões do IRS tendo por referência a inflação, e a quarta pela introdução na lei de um mecanismo para que o país saiba o que o Estado faz com o excedente fiscal, explicou Montenegro.

O líder do PSD afirmou também que muitas pessoas não sentem incentivos para serem mais produtivas, pelo que a quinta medida – para inscrição no Orçamento de Estado de 2024 – propõe que daquilo que for atribuído a título de desempenho, de nível de produtividade, até 6% do vencimento base anual, fique isento de qualquer imposto sobre o rendimento, da contribuição da taxa social única do trabalhador e da empresa.

“Nós não queremos que as pessoas se aproveitem do mecanismo e haja aqui uma deturpação”, disse Luís Montenegro, para quem esta medida significa que “quem trabalhar mais tem uma vantagem por isso, tem um rendimento que vai gratificar (…) aquilo que é fazer bem, fazer melhor do que os outros, aquilo que é estimular o crescimento”.

Um país mais produtivo e um país que premeie o mérito por este sistema será um país com uma economia mais competitiva e será um país com uma administração pública mais eficaz para os seus cidadãos“, afirmou.

Montenegro, no início do discurso, deixou também elogios a Luís Marques Mendes, que marcou presença no evento. Presença essa que “vem na sequência da reunião da família social-democrata”, referindo que só existe credibilidade “se nos entendermos uns com os outros”, enumerando depois o nome de várias figuras do PSD que “já estiveram connosco”, como Pedro Passos Coelho, Marcelo Rebelo de Sousa, Aníbal Cavaco Silva ou Manuela Ferreira Leite.

Anteriormente, à chegada à Festa do Pontal e questionado pelos jornalistas, Luís Montenegro disse que era “um bocadinho insólito” o PS ter comentado o seu discurso antes mesmo de este acontecer e que isso era sinal “de alternância” e de que o PS “está mesmo muito empenhado em combater o PSD”.

Em causa estavam declarações de João Torres, secretário-geral adjunto do PS, que referiu que o PSD iria fazer “uma monumental cambalhota” caso apresentasse uma proposta de descida do IRS.

(Notícia atualizada às 21h45)

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Julho de 2023 foi o mês mais quente desde que há registos e 2024 poderá ser pior

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

"A mãe natureza está a enviar-nos uma mensagem: É melhor agirmos agora, antes que seja tarde demais, para salvar o clima e o planeta", disse um administrador da NASA.

O mês de julho de 2023 foi o mais quente desde que há registos, confirmou esta segunda-feira a NASA, que antecipa que este ano poderá também ser o mais quente e que as temperaturas continuem a aumentar em 2024.

De acordo com os cálculos da agência espacial norte-americana, o mês de julho de 2023 foi 0,24 ºC mais quente que qualquer outro mês para que existem registos de temperatura e 1,18 ºC mais quente do que a média de julho entre 1951 e 1980, sendo que os cinco meses de julho mais quentes desde 1880 foram todos nos últimos cinco anos.

Já no final do mês passado, o serviço europeu de observação da Terra Copernicus tinha antecipado que o mês de julho de 2023 pudesse ser o mais quente desde que há registos, referindo que as temperaturas altas estão relacionadas com as ondas de calor na América do Norte, Ásia e Europa.

O que estamos a viver é anómalo e acima da tendência esperada. (…) Antecipamos que 2023 seja excecionalmente quente, mas que 2024 seja um ano ainda mais quente”, disse, em conferência de imprensa, o diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais, da NASA.

De acordo com Gavin Schmidt, as consequências do fenómeno meteorológico El Niño explicam, em parte, o aumento registado este ano, mas os potenciais efeitos ainda não se fizeram sentir por completo, sendo espectável “um evento maior no final do ano”.

Também de acordo com Sarah Kapnick, responsável da Agência de Observação Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), há uma probabilidade de 50% de que 2023 seja o ano com as mais altas temperaturas registadas. “O impacto mais forte do El Niño ocorrerá em 2024”, acrescentou Gavin Schmidt

Particularmente preocupante para os cientistas é a temperatura da superfície dos oceanos que, de acordo com a NOAA atingiu um recorde pelo quarto mês consecutivo. “Mais de 40% dos oceanos estão a passar por uma onda de calor marítima”, referiu Sarah Kapnick, alertando para as consequências potencialmente desastrosas para as espécies marinhas, sobretudo os corais.

“A mãe natureza está a enviar-nos uma mensagem: É melhor agirmos agora, antes que seja tarde demais, para salvar o clima e o planeta”, acrescentou, por sua vez, o administrador da NASA, Bill Nelson. Citado pela agência EFE, o chefe de laboratório de ecologia marinha do Instituto Goddard, Carlos Del Castillo, explicou ainda que o aquecimento da temperatura dos oceanos “faz com que mais água vá para a atmosfera”, podendo contribuir para que no inverno aconteçam “tempestades de neve muito mais fortes”.

Os efeitos do aquecimento global traduzem-se, igualmente, em “ondas de calor e chuvas mais intensas” e contribuem para “o aumento de incêndios florestais em áreas afetadas pelas elevadas temperaturas”, explicam os especialistas.

A trajetória das tempestades está a mover-se para norte com as alterações climáticas. O Havai tem recebido menos precipitação em geral, década após década e há efeitos de longo prazo que começam a surgir”, referiu Gavin Schmidt, como exemplo, a propósito dos incêndios que devastaram a ilha de Maui, no Havai. A crise climática, acrescentou, é uma “espécie de multiplicador de ameaças nos incêndios florestais” e “há uma tendência geral que veremos cada vez mais para incêndios florestais maiores e mais intensos”.

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Trabalhadores da função pública aumentam para 745.707 no segundo trimestre

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

O emprego público "estabilizou" no segundo trimestre face ao anterior, com menos 60 postos de trabalho. A remuneração base média mensal situava-se em 1.637,7 euros.

O número de trabalhadores da administração pública aumentou 0,6% no segundo trimestre face ao período homólogo, para 745.707, segundo as estatísticas divulgadas esta segunda-feira pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

Porém, o emprego público “estabilizou face ao trimestre anterior (-60 postos de trabalho, correspondendo a 0,0%),” pode ler-se na Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP). Segundo o documento, o aumento homólogo em 4.560 postos de trabalho resultou do crescimento na administração local e regional, com mais 4.972 postos de trabalho, “em particular nas câmaras municipais e nas juntas de freguesia (nomeadamente nos técnicos superiores e nos representantes do poder legislativo)”.

Ao contrário, a administração central registou “uma ligeira redução de emprego (-206)” em termos homólogos, justificada pela quebra nas Forças Armadas em 1.899 postos de trabalho e pela subida nas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação em 1.338 postos de trabalho, sobretudo docentes do ensino superior e técnicos superiores.

Por sua vez, a redução do emprego público relativamente ao trimestre anterior, “decorreu essencialmente da diminuição de postos de trabalho na administração central (-901 postos de trabalho, correspondendo a -0,2%),” indica o documento.

Para esta diminuição na administração central contribuíram “a diminuição de médicos por motivos de extinção da relação jurídica de emprego ou caducidade de contrato (-600 postos de trabalho, refletindo um padrão que se tem verificado em todos os anos desta série no 2.º trimestre), a diminuição de docentes do ensino universitário e do superior politécnico (-535 postos de trabalho, no conjunto destas carreiras, consequência da cessação de contratos a termo no final do ano letivo) e a redução registada nas Forças de Segurança (-330 postos de trabalho, essencialmente GNR – guardas)”.

Face ao trimestre anterior, a DGAEP destaca ainda o aumento do emprego na área governativa da Administração Interna, com mais 689 postos de trabalho, “resultado de novos contratos a termo de vigilantes da floresta na GNR para as operações de prevenção de incêndios durante o verão”.

Os dados referem ainda que, em abril, o valor da remuneração base média mensal nas administrações públicas situava-se em 1.637,7 euros ilíquidos, um aumento médio de 0,7% face a janeiro e de 5,1% em termos homólogos.

O aumento na remuneração média é resultado do “efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios, das medidas de valorização remuneratória aprovadas para os trabalhadores em funções públicas e da atualização do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) para 760,00 euros e do valor da BRAP [Base Remuneratória da Administração Pública] para 769,20 euros”, explica a DGAEP.

Já o ganho médio mensal (inclui suplementos e subsídios) é estimado, para abril, em 1.919,1 euros ilíquidos, uma subida de 0,1% face ao trimestre anterior, e de 5,7% homóloga. A variação homóloga resulta do aumento da remuneração base média mensal e das restantes componentes do ganho, como subsídios e suplementos regulares e pagamentos por horas suplementares ou extraordinárias, indica o organismo público.

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Kiev e Berlim assinam acordo de assessoria financeira

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

O memorando de cooperação prevê assessoria alemã em política aduaneira, controlo dos mercados financeiros, gestão de investimentos estatais e privatizações de empresas públicas.

Os ministros das Finanças da Ucrânia, Sergi Marchenko, e da Alemanha, Christian Lindner, assinaram esta segunda-feira um memorando de cooperação que prevê assessoria alemã em política aduaneira, controlo dos mercados financeiros, gestão de investimentos estatais e privatizações de empresas públicas.

Os ministros anunciaram o acordo na capital ucraniana, onde onde Christian Lindner chegou esta segunda-feira. Lindner disse que Berlim continuará a apoiar a Ucrânia “enquanto for necessário”, de acordo com a agência ucraniana Ukrinform.

Até ao momento, a Alemanha já forneceu 22 mil milhões de euros em apoio financeiro, incluindo 12 mil milhões de euros em ajuda militar, para enfrentar a invasão russa iniciada em 24 de fevereiro do ano passado, segundo a mesma fonte.

O ministro alemão também se reuniu com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, que disse que ambos discutiram “as perspetivas da Ucrânia de cooperação com o banco de investimento e desenvolvimento estatal alemão KfW”. “Estamos a implementar cinco projetos de investimento conjunto no valor de 247 milhões de euros e a preparar mais três no valor de 73 milhões de euros“, disse Shmyhal.

O primeiro-ministro ucraniano agradeceu o apoio do governo alemão em matéria de armamento, ajuda financeira e cooperação nas sanções contra a Rússia e lembrou que a Ucrânia recebeu mais de 1,5 mil milhões de euros de assistência macrofinanceira da Alemanha, a maior parte sob a forma de doações.

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Sindicatos questionam destino de taxas da ANA para assistência a passageiros

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

Os representantes dos trabalhadores levantaram dúvidas sobre a transparência da aplicação desta taxa, fixada em 0,69 euros por passageiro taxável.

Os sindicatos Sitava, Sindav, Stha e Simamevip vão questionar o Governo, o Parlamento e o regulador ANAC sobre o destino das taxas cobradas pela ANA para prestação da assistência às pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida nos aeroportos.

Num comunicado, os sindicatos dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagem, Transitário e Pesca (Simamevip), dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA) e o Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Aeroportos e Aviação (Sindav), levantaram dúvidas sobre a transparência da aplicação desta taxa.

“Com vista à cobertura dos custos inerentes à prestação de assistência a pessoas com mobilidade reduzida foi criada uma taxa específica, que entrou em vigor em dezembro de 2008, dando cumprimento ao Regulamento n.º 1107/2006, de 05 de julho, a pagar pelas transportadoras aéreas utilizadoras do aeroporto ou aeródromo situado em território português”, recordaram.

Segundo as estruturas sindicais, o montante desta taxa é fixado por passageiro embarcado, por deliberação do Conselho de Administração da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), após proposta da entidade gestora aeroportuária “devidamente instruída com o parecer dos utilizadores ou dos seus representantes ou associações de utilizadores”.

Os sindicatos explicam ainda que para garantir “que as taxas cobradas a uma transportadora aérea sejam proporcionais à assistência prestada às pessoas com deficiência e às pessoas com mobilidade reduzida, e que estas taxas não sirvam para financiar atividades da entidade gestora” estas “deverão ser aprovadas e aplicadas com absoluta transparência”, e estar sujeitas a uma separação contabilística em relação à restante atividade.

No mesmo comunicado, os sindicatos detalham que, em 14 de junho, a ANAC deliberou fixar o valor desta taxa em 0,69 euros por passageiro taxável, “ou seja, mais 0,05 euros que o valor proposto pela ANA”.

“Da análise ao Relatório de Gestão e Contas 2022 da ANA, verificamos que não existe a exigida ‘rigorosa separação contabilística entre as atividades ligadas à prestação de assistência às pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida e as restantes atividades’”, asseguraram os sindicatos, destacando que a ANAC considerou que a taxa proposta pela ANA “não permitia assegurar os meios necessários” à prestação deste serviço.

Os sindicatos questionam depois o destino destes valores, acusando ainda a empresa de ‘handling’ Portway, do universo ANA/Vinci, de vedar aos trabalhadores que prestam o serviço o seu “direito constitucional à greve (equiparando-os a polícias)” e impedir que “tenham salários acima do salário mínimo”.

“Porque consideramos que o país tem o direito de saber para onde vai o dinheiro das taxas cobradas pela ANA/Vinci, iremos desencadear iniciativas junto da ANAC, do Governo e da Comissão de Economia na Assembleia da República, relativamente a esta matéria”, remataram. A Lusa contactou a ANA sobre esta questão e encontra-se à espera de resposta.

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Renascença e Público dizem ter sido alvo de notícias falsas difundidas por André Ventura

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

A Renascença diz que tentou falar com Ventura nos últimos dias, mas este "nunca respondeu ao contacto", e contactada a assessora de imprensa do Chega, esta referiu "que estavam a apurar os factos".

O grupo Renascença e o jornal Público dizem ter sido alvo de notícias falsas difundidas por André Ventura na rede social X, que até recentemente se denominava de Twitter, de acordo com fontes contactadas pela Lusa.

Aliás, no site desta segunda-feira da Renascença, é noticiado que “tendo por base a Jornada Mundial da Juventude [JMJ], André Ventura publicou na rede social X uma imagem de uma notícia, graficamente semelhante à do site da Renascença, mas que nunca foi publicada”.

Questionado pela Renascença, “André Ventura não esclareceu a origem da publicação“, refere ainda o grupo.

“A difusão de notícias falsas é um dos problemas do jornalismo contemporâneo. Só durante a covid, em 2020, a Comissão Europeia detetava diariamente mais de 2.700 noticias falsas sobre a forma de combater a pandemia e, no caso das eleições norte-americanas também em 2020, um estudo revisto pela Harvard Kennedy School referia que a eleição ‘viu um número sem precedentes de notícias falsas’, defendendo que ‘Donald Trump foi o verdadeiro vencedor da eleição'”, recorda a Renascença.

“Na última semana, a Renascença foi alvo de uma ação deste tipo”, tendo “André Ventura, líder do partido Chega”, usado “a imagem de uma notícia que aparentemente parece ser do site da Renascença, mas que não existe: nem no ‘site’ da Renascença, nem em nenhum outro que seja identificado através de uma busca na Internet”.

Esta notícia falsa, prossegue, “aparenta ter um propósito político. É sobre a Jornada Mundial da Juventude [JMJ] e o título é ‘Milhares de inscritos na JMJ desaparecidos. Imigração ilegal’, diz especialista'”.

Ora, “esta notícia terá por objetivo reforçar a mensagem política do líder do Chega que na sua conta da rede social X onde publica esta notícia, escreve: ‘Nós tínhamos avisado. O Governo não fez absolutamente nada!'”. Esta notícia, garante a Renascença, “não existe, usa o grafismo do site da Renascença, mas nunca foi publicada pela Renascença”.

Aliás, Pedro Leal, diretor de informação da Renascença, assevera: “Tudo isto é falso. O grafismo é semelhante, mas mesmo o tipo de letra não é o nosso. A Renascença nunca publicou este conteúdo“. A Renascença diz que tentou falar com André Ventura nos últimos dias, mas este “nunca respondeu ao contacto, e contactada a assessora de imprensa do Chega, esta referiu “que estavam a apurar os factos”.

Ao longo de oito dias, o Chega e André Ventura não explicaram a publicação na rede social X – uma publicação com grafismo semelhante ao do site da Renascença, mas que a Renascença nunca publicou e não surge no Google”, remata.

A Lusa contactou também o Público, que afirma ter sido igualmente alvo de uma situação similar. Entretanto, a Lusa contactou a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) para questionar se recebeu alguma participação sobre o tema e se está a investigar a situação.

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Reino Unido interceta bombardeiros russos em espaço aéreo NATO

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

Os caças Typhoon intercetaram "dois bombardeiros russos de patrulha marítima de longo alcance nesta manhã ao norte das Ilhas Shetland", segundo os britânicos.

Caças britânicos intercetaram na manhã desta segunda-feira dois bombardeiros russos no norte da Escócia, em espaço aéreo controlado pela NATO, anunciou o Ministério da Defesa de Londres. Os caças Typhoon intercetaram “dois bombardeiros russos de patrulha marítima de longo alcance nesta manhã ao norte das Ilhas Shetland”, indicou o Ministério britânico em comunicado.

Os aviões britânicos descolaram da base da Royal Air Force (RAF) em Lossiemouth, no norte da Escócia, para intercetar os bombardeiros russos. “A tripulação da RAF mantém uma vigilância constante sobre o espaço aéreo britânico e está sempre pronta para intervir a qualquer momento para manter o nosso país seguro”, disse o secretário de Estado das Forças Armadas, James Heappey, no comunicado.

Mais cedo, os militares russos disseram que vários dos seus bombardeiros e caças estratégicos tinham realizado “voos planeados” sobre águas internacionais nos mares Báltico, de Barents, da Noruega, Sibéria Oriental, e Chukchi. Moscovo também afirmou que enviou um caça para intercetar um avião militar norueguês que se aproximava das suas fronteiras sobre o Mar de Barents, no Oceano Ártico, mas que não chegou a entrar em território russo.

A intercetação é uma operação destinada a escoltar uma aeronave considerada muito próxima de um espaço aéreo ou que tenha entrado nele. Os incidentes envolvendo aviões russos e aeronaves de países da NATO multiplicaram-se nos últimos anos, antes mesmo do início do conflito na Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado.

Frequentemente aconteciam no Mar Báltico, mas também no Mar Negro e noutros lugares e hoje já tiveram lugar mais incidentes. Caças F-16 neerlandeses descolaram esta segunda de manhã para intercetar dois bombardeiros russos que se dirigiam para o espaço aéreo do país, e consequentemente da NATO, e que foram detetados pela Dinamarca, divulgaram os Países Baixos.

As aeronaves russas acabaram “por dar a volta”, afastando-se do espaço aéreo da Aliança Atlântica, informou o Governo neerlandês. Num comunicado, o Ministério da Defesa dos Países Baixos explicou que os dois F-16 da Força Aérea neerlandesa descolaram para “intercetar dois bombardeiros russos que voavam em direção ao espaço aéreo” do país, e que os meios foram acionados na sequência do chamado Alerta de Reação Rápida, às 07:19 locais (06:19 em Lisboa).

Também o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) detetou e seguiu esta segunda quatro aeronaves militares russas no espaço aéreo internacional perto do Alasca, sem serem considerados uma ameaça. Em comunicado, o NORAD observou que a operação ocorreu entre o final do dia de domingo e o início da manhã desta segunda.

Os aviões russos passaram pela chamada Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca (ADIZ), área que faz parte do espaço aéreo internacional, mas onde os Estados Unidos exigem que qualquer aeronave se identifique no interesse da sua segurança nacional.

O NORAD garantiu que os aviões russos permaneceram no espaço aéreo internacional e não entraram em território norte-americano ou canadiano, afirmando que é comum haver atividade russa naquela área e que isso não é visto como uma ameaça. A vigilância do espaço aéreo tem sido uma das principais preocupações quer da NATO quer da Rússia, que têm evitado uma confrontação direta no seguimento da invasão russa da Ucrânia.

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Subida do preço do arroz sem impacto imediato em Portugal, indica a CAP

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

O secretário-geral da CAP explica que "o arroz que se comercializa no mercado mundial é arroz agulha" enquanto "o arroz produzido em Portugal é arroz carolino, na sua maioria".

O secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, disse esta segunda-feira que a subida do preço do arroz no mercado mundial não deverá ter impacto imediato nem significativo em Portugal.

O preço do arroz tem disparado no mercado mundial devido aos receios em torno da oferta deste cereal por causa da seca, que ameaça a produção na Tailândia, e depois de a Índia ter banido algumas exportações, avançou o Jornal de Negócios.

Segundo explicou à Lusa o secretário-geral da CAP, “o arroz que se comercializa no mercado mundial é arroz agulha” enquanto “o arroz produzido em Portugal é arroz carolino, na sua maioria”.

A suspensão de exportações de arroz na Índia devido à seca “provocou logo uma subida de preços no mercado mundial” que “é muito volátil e nervoso”, mas essa subida, “para já, não chegará aqui a Portugal” porque o país “tem stocks de arroz e está ainda com a campanha anterior”.

No entanto, advertiu Luís Mira, “daqui a algum tempo é possível que venha a sentir-se em Portugal este aumento do preço” do arroz, embora “não de forma exagerada”. O dirigente da confederação considera difícil prever se ou quando é que os preços do arroz poderão variar em Portugal, porque dependerá sobretudo dos industriais que têm o arroz armazenado e não dos produtores do cereal.

“A produção deste ano só vai começar a ser colhida a partir de outubro e, portanto, só depois disso é que se saberá se haverá mais quantidade, qual é a produção e tudo isso”, referiu. “Não há necessidade de as pessoas irem a correr comprar arroz porque o arroz não vai faltar e porque o preço não vai subir de uma forma exagerada”, considerou Luís Mira.

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Arranca em setembro a construção do novo hotel em Setúbal explorado pela cadeia do Goldman Sachs

  • Ana Petronilho
  • 14 Agosto 2023

Promotora portuguesa Grupo Mais começa a construir em setembro novo hotel em Setúbal, que vai contar com 120 quartos num edifício de seis pisos. Hotel vai ser explorado pela rede francesa B&B Hotels.

A construção do novo hotel de Setúbal, que vai ficar localizado na Estrada das Machadas, vai arrancar em setembro, revelou ao ECO o presidente executivo do Grupo Mais, proprietário da nova unidade hoteleira que vai ser explorada pela rede B&B Hotels, do Goldman Sachs.

Segundo Rafael Coelho, a Câmara de Setúbal deu recentemente luz verde ao licenciamento para a construção do hotel que vai disponibilizar 120 quartos distribuídos por seis pisos. Por isso, diz ao ECO o empresário que lidera a mediadora e construtora portuguesa, com sede em Ourém, as obras vão começar “no início de setembro” e a unidade hoteleira deverá abrir portas no final de 2024.

Há pelo menos dez anos que Setúbal não assiste à construção de um novo hotel de raiz. O edifício – que vai ficar localizado à saída da cidade junto à Estrada Nacional 10 e vai contar com uma área bruta de construção de 3.591,30 metros quadrados – vai ter ainda uma cave para estacionamento e um piso com valências técnicas.

Tal como o Negócios avançou, a nova unidade hoteleira vai contar com um investimento de 8,5 milhões de euros e vai ser explorada pela rede francesa B&B Hotels, que desde 2019 tem como acionista maioritário o Goldman Sachs, com um contrato de concessão assinado por um prazo de 15 anos, podendo ser renovado por outros 15 anos.

Em Setúbal esta será a segunda unidade hoteleira gerida pela rede B&B Hotels depois de em 2021 ter assumido a gestão do antigo Hotel do Sado, com 66 quartos e um terraço com uma vista de 360º sobre a baía de Setúbal, a Arrábida e a Península de Tróia.

De acordo com o projeto de arquitetura para o edifício do novo hotel, aprovado a 6 de julho de 2022 pela Câmara de Setúbal, tendo em conta que se trata de um edifício com uma área total de construção superior a 1.500 metros quadrados, face ao disposto no Regulamento de Edificação e Urbanização do Município de Setúbal, o Grupo Mais terá de ceder à autarquia 718,26 metros quadrados para espaços verdes de utilização coletiva a que acrescem 1.795,65 metros quadrados para equipamentos de utilização pública.

Além do hotel em Setúbal, o Grupo Mais está a construir um hotel em Leiria com 120 quartos que deverá abrir “no final deste ano”, adiantou ao ECO o líder da promotora e construtora portuguesa, que entre estes dois projetos soma um investimento total de cerca de 15 milhões de euros.

A rede francesa B&B Hotels conta com 600 unidades na Europa e tem vindo a apostar em Portugal onde já está a gerir 12 unidades hoteleiras de norte a sul do país. Os planos da cadeia para “os próximos anos” é ainda somar outras “oito unidades” em Portugal.

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Meo rejeita violação das normas e impugna decisão judicial da Anacom

  • Lusa
  • 14 Agosto 2023

A operadora rejeita "totalmente, as violações das normas que lhe são imputadas pelo regulador no processo em apreço, pelo que já apresentou a competente impugnação judicial da presente decisão".

A Meo “rejeita totalmente” as violações das normas imputadas pelo regulador, que aplicou uma coima única de 117.500 euros, e já apresentou impugnação judicial da decisão, disse esta segunda-feira fonte oficial da Altice Portugal à Lusa. A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) aplicou à Meo, da Altice Portugal, em cúmulo jurídico, uma coima única no valor de 117.500 euros por incumprimento em cinco situações.

Contactada pela Lusa, fonte oficial disse que a Meo “confirma que foi notificada da decisão da Anacom de aplicação de uma coima única de 117.500 euros relativa a cinco situações de alegado incumprimento, ocorridas em 2019”. Acrescenta a mesma fonte que “rejeita a Meo, totalmente, as violações das normas que lhe são imputadas pelo regulador no processo em apreço, pelo que já apresentou a competente impugnação judicial da presente decisão”.

O regulador explica que aplicou à Meo, em cúmulo jurídico, uma coima única no valor de 117.500 euros por ter constatado que a empresa incumpriu, em cinco situações, normas aplicáveis à construção, acesso e instalação de redes e infraestruturas de comunicações eletrónicas”.

Em causa, adianta, “estão quatro contraordenações por a Meo não ter utilizado as infraestruturas de telecomunicações já instaladas nos edifícios, tendo procedido a alterações nas infraestruturas em causa, quando estas permitiam suportar os serviços a prestar e a tecnologia a disponibilizar, e uma contraordenação por ter efetuado a ligação de uma infraestrutura de telecomunicações do edifício às redes públicas de comunicações em data anterior à emissão do respetivo termo de responsabilidade pela execução da instalação”.

A Anacom salienta que “as condutas adotadas põem em causa o bom funcionamento dos serviços de comunicações eletrónicas, legalmente considerados como serviços essenciais, na medida em que foram feitas alterações em infraestruturas já instaladas que eram adequadas à prestação dos serviços e por ter sido ligada uma infraestruturas de telecomunicações de um edifício à rede pública de comunicações sem que tivesse sido previamente emitido, por um instalador devidamente credenciado, o respetivo termo de responsabilidade de execução”.

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BBC vende estúdios de Maida Vale a grupo que inclui o compositor Hans Zimmer

Nos planos dos novos proprietários para o espaço estará um plano de reabilitação milionário e a criação de um centro educacional sem fins lucrativos.

Os históricos estúdios de Maida Vale foram vendidos pela BBC a um grupo onde se inclui o compositor Hans Zimmer que, em conjunto com Steven Kofsky, se uniu aos produtores Tim Bevan e Eric Fellner, refere a BBC numa notícia publicada esta segunda-feira no seu site, onde garante que os estúdios vão permanecer como um “centro para a criação musical pioneira”.

Os estúdios, adquiridos pela BBC em 1933, foram avaliados em dez milhões de libras (cerca de 11,6 milhões de euros), mas a BBC não divulgou por que valor o grupo passou a ser o novo proprietário do complexo.

Nos planos dos novos proprietários para o espaço estará um plano de reabilitação milionário (mantendo-o como um espaço de estúdio) e a criação de um centro educacional sem fins lucrativos, adianta o The Guardian.

Em comunicado, citados pela BBC, Bevan e Fellner referem que “coletivamente” estavam determinados em continuar o legado da BBC em Maida Vale atraindo talento global para o Reino Unido“.

“Através de nossos planos de redesenvolvimento, vamos preparar este local histórico para o futuro, mantendo a sua presença na comunidade local com uma nova instalação educacional, enquanto criamos um espaço de estúdio de classe mundial para a próxima geração de compositores, produtores, editores e engenheiros”, revelam ainda os produtores de cinema.

“Maida Vale desempenhou um papel bastante importante na história da BBC e o seu significado na cultura popular é enorme. Estamos muito satisfeitos em garantir uma venda que visa continuar o futuro brilhante e vibrante da produção musical neste edifício icónico – não fornecendo apenas novos espaços de estúdio, mas empregos e uma instalação educacional“, refere por sua vez Lorna Clarke, diretora de música da BBC, citada pelo The Guardian.

A BBC, que já em 2018 havia divulgado que pretendia mudar de instalações, vai assim mudar os seus estúdios para o Queen Elizabeth Olympic Park (Londres) em 2025, para um novo espaço que será a nova “casa” da Orquestra Sinfónica da BBC.

Os estúdios eram responsáveis por acolher a Orquestra Sinfónica da BBC e receberam algumas das maiores figuras musicais a nível mundial, como Led Zeppelin, Beyoncé, Radiohead ou, Jay-Z.

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Fundos imobiliários com ganhos de 4,3% em 2023 e acima da média dos últimos três anos

  • Ana Petronilho
  • 14 Agosto 2023

Em junho, os fundos imobiliários abertos atingiram uma rendibilidade média de 4,3% nos últimos 12 meses, conseguindo um retorno acima da média dos últimos três anos, fixada em 4%.

Entre junho de 2022 e de 2023, os fundos imobiliários abertos atingiram uma rendibilidade média de 4,31%, conseguindo um retorno acima da média dos últimos três anos, fixada em 4,04%, mostram os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Entre os fundos abertos de acumulação a média de rendibilidade é de 4,46%, sendo que em junho aquele com o maior retorno gerado para os seus subscritores foi o Imonegócios, ao contabilizar um desempenho de 9,58% desde o início do ano. Este é um dos fundos da Parvalorem que gere a carteira de imóveis que eram da propriedade do BPN, nacionalizado em 2008.

Segue-se o Property Core Real Estate Fund, comercializado pelo banco Best e gerido pela Square Asset Management, que tem em mãos o maior portefólio de ativos imobiliários no país, com uma rendibilidade de 6,84% anual.

O top 3 fica completo com o AF Portfólio Imobiliário, o fundo gerido pela Interfundos do Millennium bcp, que registou uma rendibilidade de 5,15%.

Já os fundos abertos de rendimento têm em junho um retorno médio de 3,89%. A liderar está um dos fundos do Estado, criado em 2010 e gerido pela Fundiestamo e comercializado pelo BPI, o Imopoupança, com um ganho de 5,40%. Segue-se o Fundimo da Caixa Geral de Depósitos, com 4,94% de rendibilidade anual e, por fim, o Imofid da Fidelidade com 4,17%.

Os dados da APFIPP mostram ainda que, desde o início do ano, a Crédito Agrícola Gest – que gere dois fundos – é a sociedade que regista o maior crescimento, em termos percentuais, com 602,6% (102 milhões de euros). Já a Sierra IG, da Sonae e que tem em carteira cinco fundos, teve o maior aumento em valores absolutos, com 382,8 milhões de euros, crescendo 153,3%.

O valor líquido dos imóveis detidos pelos 206 fundos com atividade em Portugal ascende a 11.269,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 0,7% face ao mês anterior. Desde o final de 2022, verifica-se um aumento de 1,6% do valor do património dos fundos imobiliários, sendo que o valor ainda sobe para 13,6% quando comparado com os últimos 12 meses.

Entre as várias categorias dos fundos, a que apresenta o maior volume de ativos sob gestão é a dos fundos fechados com 6.608,5 milhões de euros, seguida pela dos fundos abertos de rendimento com 2.455,1 milhões de euros e pela dos fundos abertos de acumulação com 1.801 milhões de euros.

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