Guerra e transição verde levam ajudas de Estado da UE para níveis quase recorde

  • ECO
  • 2 Agosto 2023

A Comissão Europeia já aprovou 733 mil milhões de euros em ajudas de Estado para as empresas afetadas pela guerra na Ucrânia e pela transição verde desde março de 2022.

Desde março de 2022, a Comissão Europeia já aprovou 733 mil milhões de euros em ajudas de Estado para as empresas afetadas pela guerra na Ucrânia e pela transição verde, avança o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Segundo os números da Comissão Europeia, a Alemanha é a responsável por quase metade do financiamento total destes auxílios aos Estados da União Europeia (UE).

Este é o segundo montante de auxílios de Estado aprovados mais elevado, sendo apenas ultrapassado pelos subsídios dados durante a pandemia Covid-19, que atingiriam quase 900 mil milhões de euros.

Ainda assim, os diplomatas da UE nos países mais pequenos têm vindo a criticar esta flexibilização destas ajudas em situações de emergência, uma vez que acreditam favorecer as economias de maiores dimensões e com maior capacidade orçamental para poder oferecer este tipo de ajuda às suas empresas. Alguns diplomatas também criticam o recurso com tanta facilidade a este tipo de ajudas de emergência. A Comissão Europeia está a levar a cabo uma revisão das regras do mercado único, conduzida pelo antigo primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, que devera ficar concluía em março do próximo ano.

Nos últimos anos, as despesas com ajudas de Estado têm vindo a aumentar, passando de 98,2 mil milhões de euros em 2015 para 334,54 mil milhões em 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP vai compensar abate de sobreiros em Sines com plantação de 42.000 árvores e arbustos. PAN pondera apresentar queixa

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

A EDP Renováveis informou que o plano de compensação pelo abate de sobreiros do parque eólico de Morgavel, prevê a plantação de cerca de 42.000 árvores e arbustos, das quais 30.000 sobreiros.

A EDP Renováveis informou hoje que o plano de compensação pelo abate de sobreiros do parque eólico de Morgavel, em Sines, prevê a plantação de cerca de 42.000 árvores e arbustos, das quais 30.000 sobreiros.

“O plano de compensação de abate de sobreiros do parque eólico de Morgavel prevê a plantação de cerca de 42.000 árvores e arbustos, das quais 30.000 serão sobreiros, numa área aprovada pelo ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), equivalente a 50 hectares e largamente superior à que será intervencionada para a construção do parque eólico“, informou fonte oficial da EDP Renováveis, em comunicado.

A EDP garantiu ainda que vai assegurar a manutenção daquela área florestal ao longo da duração do projeto “e, já numa fase imediata, a beneficiação de estradas e acessos em mais de sete quilómetros, com impacto direto no apoio ao combate a incêndios”.

“Dos sobreiros identificados para eliminação, 75% estão em fase jovem, existindo ainda uma quantidade significativa de sobreiros que se encontram em mau estado de conservação“, apontou a elétrica. O sobreiro é uma espécie de árvore protegida e emblemática das paisagens do país.

O ministro do Ambiente declarou a “imprescindível utilidade pública” do Parque Eólico de Morgavel, que a EDP Renováveis quer construir em Sines, autorizando o abate de 1.821 sobreiros, segundo um despacho publicado em Diário da República na terça-feira.

O despacho por Duarte Cordeiro declara “a imprescindível utilidade pública do Parque Eólico de Morgavel (PEM) e da linha elétrica a 400 kV de interligação à subestação de Sines“, considerando que estão reunidas as condições necessárias, como a conformidade ambiental do projeto, as autorizações de abate/corte de sobreiros pelos proprietários e que a Parque Eólico de Moncorvo, da EDP Renováveis, apresentou um projeto de medidas compensatórias por arborização de povoamento misto de sobreiros e medronheiros numa área de 50,07 hectares.

A empresa tinha pedido autorização para proceder ao abate de 1.821 sobreiros numa área de 32,22 hectares de povoamento, localizados nas freguesias de Sines e Porto Covo, União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém.

Com o despacho publicado, o Ministério do Ambiente autoriza assim o abate daquelas árvores, condicionando-o “à aprovação e implementação do projeto de compensação e respetivo plano de gestão”, bem como ao “cumprimento das eventuais condicionantes apresentadas pela entidade licenciadora desta obra e todas as demais exigências aplicáveis”.

Para a decisão do Governo pesou também o “relevante interesse público, económico e social do empreendimento, cumulativamente às obrigações inerentes ao contrato assinado entre a requerente e o Governo Português, a qual se encontra contratualmente obrigada a promover a execução de um Parque Eólico que concorra para o cumprimento pelo Estado Português dos objetivos de Quioto e do Plano Nacional de Energia”.

Foram ainda consideradas a Avaliação de Impacte Ambiental, que decidiu em conformidade com a localização do empreendimento, após equacionadas as alternativas, bem como a declaração da Câmara Municipal de Sines que expressa o interesse do município na instalação daquela central eólica.

Em fevereiro, a Autoridade da Concorrência (AdC) autorizou a EDP Renováveis a comprar a Parque Eólico de Moncorvo, que atualmente se dedica a conceber e implementar o parque eólico de Morgavel, no concelho de Sines.

A Morgavel é titular de um direito de interconexão à rede para capacidade de produção eólica de remuneração garantida a instalar de 50 megawatts (MW), bem como de um direito a instalar 10 MW adicionais de sobreequipamento, nos termos de contrato celebrado com a Direção-Geral de Energia e Geologia, em maio de 2009.

O processo de aquisição do parque eólico de Morgavel por parte da EDP Renováveis encontra-se atualmente em fase de conclusão, segundo a empresa.

PAN repudia abate de sobreiros para parque eólico em Sines e pondera apresentar queixa

O PAN repudiou esta quarta-feira a autorização para o abate de 1.821 sobreiros para a instalação de uma central eólica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano, ponderando apresentar uma queixa junto da União Europeia.

“O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) repudia o despacho emitido pelo ministro do Ambiente, na terça-feira (Despacho n.º 7879/2023), em vésperas da visita do Papa a Portugal”, sublinhou o partido, em comunicado.

Para o PAN, a aprovação do abate de quase dois mil sobreiros faz “tábua rasa do Plano de Ordenamento do Parque Natural”, não podendo aceitar que a transição energética em Portugal continue a ser efetuada “à custa da destruição do património natural existente”.

Na nota de imprensa, o partido assumiu estar ao lado das populações e organizações não-governamentais que contestam esta “decisão inaceitável” do Ministro do Ambiente.

Além de condenar esta decisão, o PAN pondera apresentar uma queixa junto da União Europeia perante “o sistemático abate de sobreiros e outras árvores nativas para a instalação de parques eólicos e fotovoltaicos em Portugal”.

Segundo o PAN, o abate de sobreiros para a instalação de parques eólicos e centrais fotovoltaicas começa a ser “uma prática comum em Portugal sem que o Governo determine, de uma vez por todas, a salvaguarda do património natural e a definição de áreas adequadas para a instalação deste tipo de equipamentos”.

“Quando o país mais precisa de floresta nativa, o Governo assume claramente que a sua importância é secundária, mesmo tratando-se de árvores classificadas e numa área protegida como é o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina”, vincou.

(Notícia atualizada às 14h08)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de juro dos novos créditos à habitação sobe para 4,25%. Está em máximos de quase 11 anos

Preço dos novos empréstimos à habitação subiu 0,09 pontos percentuais em junho, face a maio. Foi o menor aumento desde março, mas a taxa de juro está em máximos de fevereiro de 2012.

A permanente subida das taxas Euribor continua a encarecer a compra de casa. De acordo com dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, “a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu de 4,16% em maio para 4,25% em junho”, alcançado o valor mais alto desde fevereiro de 2012 e foi superior em 0,21 pontos percentuais à taxa de juro média dos novos contratos a taxa fixa.

Há nove meses consecutivos que a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação está a aumentar. Só no espaço de um ano, entre junho de 2023 e junho de 2022, a taxa de juro dos novos empréstimos à habitação quase que triplicou, passando de 1,47% há um ano para os atuais 4,25%.

O Banco de Portugal revela também que os reembolsos antecipados de crédito à habitação própria permanente voltaram a aumentar em junho, passando de 0,81% para 0,86% do stock de empréstimos. “Esta evolução verificou-se nos reembolsos antecipados totais (0,66% para 0,70% do stock), ao passo que o peso dos reembolsos antecipados parciais não se alterou (0,15% do stock)”, refere o regulador.

O regulador revela ainda que, em junho, 67,8% dos novos contratos de crédito à habitação foram feitos através de taxa variável, 22,7% com taxa mista e 9,5% com taxa fixa. Considerando o stock global de crédito à habitação, 87% dos contratos é feito com taxa variável e a taxa fixa recolhe apenas 3,3% dos contratos.

O Banco de Portugal salienta ainda que nesse mês “existiu maior dispersão nas taxas de juro aplicadas aos novos empréstimos contratualizados a taxa variável”, com 80% destes contratos a ser aplicada uma taxa de juro entre 3,88% e 4,93%, enquanto 80% dos empréstimos a taxa fixa foram contratualizados a taxas entre 3,86% e 4,54%.

Em termos de valores absolutos, os números divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal revelam ainda que a prestação média mensal do stock de empréstimos para habitação própria permanente aumentou 2,6% em junho, passando de 382 euros em maior para 392 euros em junho, e que “75% dos créditos à habitação própria permanente têm uma prestação mensal inferior ou igual a 482 euros”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Miranda Alliance Assessora MCA em Projecto Estruturante de Eletrificação Rural em Angola

A Miranda e a Fátima Freitas, membros da Miranda Alliance, assessoraram o grupo português M. Couto Alves num projeto pioneiro de eletrificação rural em Angola. Avaliado em €1290 milhões.

A Miranda e a Fátima Freitas, membros da Miranda Alliance, assessoraram o grupo português M. Couto Alves num projeto pioneiro de eletrificação rural em Angola. Avaliado em €1290 milhões, o projeto prevê a construção de 48 mini redes solares em comunidades rurais e o armazenamento da eletricidade em baterias. Estima-se que a estratégia de implementação de unidades de produção de energia de pequena escala venha a beneficiar cerca de um milhão de angolanos, constituindo um marco decisivo no caminho do desenvolvimento da infraestrutura e da transição energética no país.

A equipa da Miranda em Lisboa foi composta por Nuno Cabeçadas (Sócio, Área de Projectos), Renato Guerra de Almeida (Sócio, Área de Direito Público), Lília Tomé de Azevedo (Sócia, Área de Fiscal), Susana Tenentinho (Associada Sénior, Área de Societário e Comercial) e Inês Frutuoso de Melo (Associada Principal, Área de Fiscal). Em Luanda, a equipa da Fátima Freitas foi liderada por Ana Sofia Roque.

Referindo-se ao projeto, Nuno Cabeçadas disse: “é um enorme orgulho para a Miranda Alliance participar neste projeto histórico, o qual reflete não só o nosso compromisso de várias décadas para com Angola, mas representa igualmente um passo determinante na transição energética do país. Este projeto é ilustrativo do papel que a Miranda Alliance vem desempenhando enquanto parceiro estratégico nos sectores da energia e das infraestruturas em Angola. Honra-nos contribuir para estes importantes desenvolvimentos no panorama energético do país e esperamos continuar a colocar as nossas valências ao serviço de novas oportunidades no futuro”.

Renato Guerra de Almeida acrescentou: “este projeto demonstra de forma bastante expressiva a experiência multidisciplinar e a dedicação da equipa Miranda e da Fátima Freitas no apoio a iniciativas no sector das energias renováveis e no desenvolvimento de infraestruturas sustentáveis em Angola”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Abreu Advogados assessora Transcom na operação de compra da Timeframe

Esta operação, liderada pela Baker & McKenzie, contou com o apoio da Abreu Advogados, que acompanhou todos os aspetos legais relacionados com jurisdição Portuguesa.

A Abreu Advogados foi o parceiro local no processo de assessoria da Transcom, líder mundial em soluções digitais de Customer Experience, na aquisição da Timeframe, uma empresa de serviços premium de atendimento ao cliente, vendas, marketing e identificação por vídeo, com mais de 700 colaboradores, que desempenha o seu negócio em três jurisdições (Alemanha, Portugal e Grécia).

Esta operação, liderada pela Baker & McKenzie, contou com o apoio da Abreu Advogados, que acompanhou todos os aspetos legais relacionados com jurisdição Portuguesa, incluindo a due diligence à subsidiária portuguesa do grupo Timeframe e assessoria na negociação dos documentos e matérias sujeitos à lei portuguesa.

A equipa da Abreu Advogados que assessorou a Transcom foi liderada por António Pina, sócio da Abreu Advogados, contando ainda com uma equipa multidisciplinar composta por Alexandra Courela, sócia, Patrícia Viana, sócia, e Patrícia Perestrelo, sócia contratada.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de juro dos novos depósitos sobe para 1,58%. É o valor mais elevado desde 2014

Remuneração dos novos depósitos sobe para 1,58% e tem maior aumento desde outubro de 2011. Atingiu o valor mais elevado desde junho de 2014.

A remuneração dos novos depósitos a prazo teve em junho a sexta subida consecutiva. De acordo com dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou de 1,26% em maio para 1,58% em junho. Foi “o maior aumento desde outubro de 2011”.

É também a taxa de juro mais elevada desde junho de 2014, mas mantém-se ainda longe dos 2,73% praticados pela média dos bancos da Zona Euro.

O Banco de Portugal revela ainda que “o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 7.695 milhões de euros, mais 205 milhões do que no mês anterior.”

Também a subir está a remuneração dos novos depósitos das empresas. Segundo o Banco de Portugal, em junho, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de empresas subiu 0,28 pontos percentuais face a maio para os 2,65%. Trata-se da 10.ª subida consecutiva da remuneração das poupanças das empresas desde março de 2012.

Segundo o regulador, “as novas operações de depósitos [das empresas] totalizaram 6.409 milhões de euros, mais 677 milhões do que em maio. Destes, 99% foram aplicados em depósitos a prazo até 1 ano.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão parlamentar australiana quer proibir WeChat em dispositivos do Governo

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

A Austrália foi o último país da chamada aliança "Five Eyes" a proibir o TikTok no Governo, depois dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia.

Uma comissão da câmara alta do parlamento da Austrália recomendou que os membros do Governo sejam proibidos de utilizar nos dispositivos de trabalho a rede social chinesa WeChat, uma medida já aplicada ao TikTok.

Num relatório divulgado na terça-feira, A Comissão de Interferência Estrangeira através das Redes Sociais também recomendou que os gigantes do setor, como a Meta (dona do Facebook e Instagram) e a X (antigo Twitter), devem tornar-se mais transparentes ou enfrentar multas.

O presidente da comissão do Senado australiano, James Paterson, disse hoje que as recomendações do relatório tornariam a Austrália um alvo mais difícil para os sérios riscos de interferência estrangeira que o país enfrenta.

O relatório “aborda os problemas colocados por plataformas de redes sociais com sedes [em jurisdições] autoritárias, como TikTok e WeChat, e plataformas de redes sociais com sede no Ocidente que estão a servir de armas para as ações de governos autoritários, incluindo Facebook, YouTube e Twitter” (agora X), disse Paterson aos jornalistas.

A comissão foi estabelecida em 2022 para examinar os usos das redes sociais que prejudicam a democracia e os valores da Austrália, incluindo a disseminação de notícias falsas e desinformação.

A comissão concluiu que a China e outros regimes autoritários continuam a representar um risco elevado para as democracias, através de campanhas de desinformação que utilizam redes sociais para distorcer o debate público e minar a confiança nas instituições.

O relatório refere que a comissão está particularmente preocupada com o TikTok e o WeChat, a rede social mais popular na China, que é também muito utilizada entre a diáspora chinesa na Austrália.

Em abril, a Austrália proibiu membros do Governo de utilizar o TikTok nos dispositivos de trabalho, juntando-se a uma série de países ocidentais que tomaram decisões semelhantes por razões de segurança.

A Austrália foi o último país da chamada aliança “Five Eyes” a proibir o TikTok no Governo, depois dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia.

Medidas semelhantes foram tomadas em França, nos Países Baixos e na Comissão Europeia.

No centro das preocupações está uma lei chinesa de 2017 que exige às empresas locais a entrega de dados pessoais alegadamente relacionados com a segurança, a pedido das autoridades.

Inicialmente, a TikTok disse que as proibições estavam “enraizadas na xenofobia”, antes de admitir, em dezembro último, ter recolhido dados pessoais para espionagem de jornalistas.

A popularidade da aplicação de partilha de vídeos explodiu nos últimos anos, particularmente entre os jovens. Muitos departamentos do Governo australiano tinham anteriormente procurado expandir a presença na aplicação, para alcançar uma audiência mais jovem.

A Tiktok é propriedade do grupo chinês ByteDance, que tem uma aplicação semelhante, mas separada para a China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor toca novo máximo a três meses, cai a seis meses e sobe a 12 meses

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008, e desceu a seis meses face a terça-feira.

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008, e desceu a seis meses face a terça-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu esta quarta-feira para 4,081%, mais 0,005 pontos, depois de ter avançado até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados referentes a maio de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,3% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 34,4% e 22,8%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 4,007% em junho para 4,149% em julho, mais 0,142 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, desceu esta quarta-feira, ao ser fixada em 3,944%, menos 0,004 pontos do que na terça-feira e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,825% em junho para 3,942% em julho, mais 0,117 pontos.
  • A Euribor a três meses subiu esta quarta-feira, para 3,733%, mais 0,010 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,536% em junho para 3,672% em julho, ou seja, um acréscimo de 0,136 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base — tal como em 15 de junho e 4 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Atraso na entrega de fundos reprograma encargos do Centro Magalhães

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

Um atraso na entrega dos fundos europeus obrigou a reprogramar os encargos financeiros relativos à instalação do Centro Magalhães, em Évora.

Um atraso na entrega dos fundos europeus obrigou a reprogramar os encargos financeiros relativos à instalação do Centro Magalhães, em Évora, explicou esta quarta-feira a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen) à agência Lusa.

A autorização para a reprogramação dos encargos da DRCAlen, num montante total de 2.763.278,11 euros, foi autorizada na sexta-feira por uma portaria publicada em Diário da República, apesar de o pedido ter sido submetido logo “em janeiro de 2023”, frisou a diretora regional de Cultura, Ana Paula Amendoeira.

“O projeto Magalhães estava autorizado até 31 de dezembro de 2022. A pandemia contribuiu para o atraso significativo da execução de todos os parceiros. Esse atraso implicou a limitação de contratações e consecutivamente da entrega da dotação dos 75% de fundos europeus”, contextualizou a diretora regional de Cultura do Alentejo, numa resposta escrita à Lusa.

Nesse sentido, “em dezembro de 2022 foi decidido pela autoridade de gestão do projeto” que o mesmo se poderia “prorrogar até junho de 2023” e, depois, uma vez que “também outros parceiros tiveram dificuldades na execução do projeto” a autorização “foi prorrogada até outubro de 2023”.

“Para ser possível executar em 2023, a DRCAlen é obrigada por lei a pedir novamente a autorização para compromissos. Este pedido foi submetido em janeiro de 2023, mas só teve resposta em 28 de julho”, através da portaria 402/2023, especificou Ana Paula Amendoeira.

Neste momento, a DRCAlen “já tem autorização para pagamento e já se encontra a preparar os pagamentos deste projeto“, concluiu.

Esta é a terceira vez que a repartição de encargos relativos à instalação do projeto Centro Magalhães é reprogramada, desde que um aumento do valor global do projeto de 20.499.749,98 euros para 27.332.999,98 euros resultou num aumento de dotação de 2.763.278,11 euros para a DRCAlen.

Assim, o montante a distribuir neste ano é de 1.203.768,33 euros, de acordo com a portaria assinada pelas secretárias de Estado do Orçamento, Sofia Alves de Aguiar Batalha, e da Cultura, Isabel Alexandra Rodrigues Cordeiro.

Em 2019 foram executados os primeiros 31.364,30 euros, antes de serem distribuídos 176.930,86 euros em 2020, 391.202,61 em 2021 e 960.012,01 em 2022.

O Programa Centro Magalhães para as Indústrias Culturais e Criativas foi apresentado pelo Governo em 2019, com o objetivo de “criar uma rede transfronteiriça de infraestruturas que contribua para a fixação de indústrias culturais e criativas no território”, de acordo com o divulgado nessa altura.

Integrando o projeto SPHERA Cástris, Centro de Artes, Ciência e Património, em Évora, o programa transfronteiriço inclui a recuperação de infraestruturas, entre as quais o Mosteiro de São Bento de Cástris e o edifício da Escola de Artes da Universidade de Évora.

Promove ainda a “circulação de artistas e de projetos culturais” entre o Alentejo, Algarve e a Andaluzia (Espanha), revelou, em 2019, a então ministra da Cultura, Graça Fonseca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de juro do crédito da casa sobe para 3,7% em junho na Zona Euro

Novos empréstimos para a compra de casa registaram em junho a taxa de juro média mais elevada desde 2012 na Zona Euro. Há ano e meio que sobe. Depósitos também têm taxas mais elevadas.

A taxa de juro média dos novos empréstimos para a compra de casa na Zona Euro voltou a subir em junho, atingindo os 3,7%, igualando o valor mais elevado desde março de 2012, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE).

Há ano e meio que o custo do crédito da casa está a subir, o que se deve ao aperto monetário do BCE para controlar a escalada da inflação. Neste período, a taxa média dos novos empréstimos para a aquisição de habitação acumula um aumento de 239 pontos base.

No caso dos empréstimos da casa com taxa mista, em que se fixa a taxa por um período de um ano e depois passa para taxa variável, o juro médio os novos contratos avançou para 4,39%, um aumento de 16 pontos base em relação ao mês anterior. Para os contratos com taxa mista em que se fixa a taxa por um período de um ano até cinco anos, o juro médio avançou para 4,07%.

Também a taxa de juro média dos novos empréstimos às empresas deu um salto em junho. Aumentou 22 pontos base em relação ao mês anterior, para atingir os 4,79%, o valor mais elevado desde dezembro de 2008, segundo o banco central.

Em relação aos depósitos de particulares, a taxa de juro médio das aplicações com prazo até um ano aumentou 24 pontos base para 2,73%, a taxa mais alta em 11 anos.

Os depósitos a três meses registaram uma subida de taxa de juro na ordem dos sete pontos base para 1,37%. Já a taxa de juro os depósitos à ordem praticamente não se alterou, mantendo-se nos 0,23%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Solar abasteceu 10% do consumo elétrico nacional pela primeira vez em julho

Em julho, a produção hídrica abasteceu 6% do consumo elétrico, a eólica 22%, e a biomassa 6%, o solar contribuiu, pela primeira vez, com 10% desse total. Consumo de gás caiu 20% até julho.

A produção de energia solar atingiu, pela primeira vez, 10% do consumo de energia elétrica durante um mês. O recorde foi batido no mês de julho, período em que a produção hídrica abasteceu 6% do consumo, a eólica 22% e a biomassa 6%.

De acordo com os dados da Redes Energéticas Nacionais (REN), divulgados esta quarta-feira, a produção não renovável foi responsável por 28% do consumo em julho, enquanto os restantes 28% correspondem à energia importada. Já o consumo de energia elétrica diminui 5,4% em julho relativamente ao período homólogo, “uma contração influenciada pelas temperaturas moderadas sentidas este mês, contrariamente ao sucedido o ano passado”, detalha a nota da REN.

Ainda assim, mesmo descontando os efeitos de temperatura e número de dias úteis, registou-se uma redução de 3,1% no consumo elétrico.

A REN dá ainda conta que o índice de produtibilidade hidroelétrico registou 0,61 em julho, um valor muito inferior à média, “mas com pouco significado, tratando-se do período de verão, em que as afluências são praticamente nulas”, justifica a entidade. Por sua vez, os regimes eólico e solar ficaram acima dos valores médios situando-se respetivamente em 1,08 e 1,05.

Olhando para o acumulado dos primeiros sete meses do ano, o consumo diminuiu 0,9% face ao período homólogo, ou seja, um recuo de 0,8% tendo em conta a correção da temperatura e dias úteis. “Esta queda é explicada pelo aumento do autoconsumo a partir de produção fotovoltaica, sem o qual o consumo elétrico estaria em linha com o do ano anterior”, informa a REN.

Já no período de janeiro a julho, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,78, o de produtibilidade eólica 0,94 e o de produtibilidade solar 1,06. A produção renovável abasteceu 58% do consumo, repartida pela eólica com 24%, hidroelétrica com 21%, fotovoltaica com 7% e biomassa com 6%. A produção a gás natural abasteceu 21% do consumo enquanto os restantes 21% corresponderem à energia importada.

Consumo de gás cai 20% até julho

Durante os primeiros sete meses do ano, a REN informa que o consumo de gás natural diminuiu de 20%, penalizado pela queda de 4,8% registada no segmento convencional e de 39% no elétrico. “Trata-se do consumo mais baixo do sistema nacional desde 2014, para este período”, detalha a empresa liderada por Ricardo Costa em comunicado

Em julho manteve-se essa tendência de contração no mercado do gás natural, com uma diminuição homóloga de 16%. Foi repartida pelo segmento convencional, com menos 3,8%, e pelo segmento de produção de energia elétrica com um recuo de 20%. No caso do segmento de produção de energia elétrica, a quebra foi devido à maior disponibilidade de energia renovável este ano.

Em julho o abastecimento nacional efetuou-se quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar um saldo exportador equivalente a cerca de 9% do consumo nacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fotogaleria: arrancou a Jornada Mundial da Juventude

Após semanas de preparativos com polémicas à mistura, arrancou esta terça-feira a Jornada Mundial da Juventude. O Parque Eduardo VII recebeu o primeiro grande evento antes da chegada do Papa.

Lisboa é por estes dias o centro do mundo, verdadeira torre de Babel multicultural e poliglota onde são esperados cerca de um milhão de peregrinos vindos de todos os cantos do planeta. A primeira semana de agosto marca assim a celebração da fé cristã na Jornada Mundial da Juventude, evento que traz o Papa Francisco pela segunda vez a Portugal.

A Jornada Mundial da Juventude teve início oficial esta terça-feira. Cerca de 200 mil peregrinos juntaram-se no Parque Eduardo VII, por estes dias “batizado” de Colina do Encontro. Trânsito cortado numa extensa área do centro da cidade, bandeiras de todo o mundo espalhadas pelo parque num verdadeiro atlas em movimento e… muito calor.

Durante a tarde, o palco (que podia rivalizar com qualquer festival de verão) foi ocupado por vários concertos de bandas de mensagem cristã que animaram os peregrinos antes da missa celebrada por D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa.

Veja na fotogaleria abaixo alguns momentos do primeiro dia da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.