Brussels Airlines abandona voos diretos entre Bruxelas e Luanda no fim do mês

O último voo direto entre Bruxelas e Luanda, com duração de 8 horas e 45 minutos, acontece no dia 25 de março.

A companhia aérea Brussels Airlines confirmou esta segunda-feira que vai deixar de fazer voos diretos entre Bruxelas e Luanda, e no sentido inverso, a partir do final deste mês, forçando os passageiros a fazerem escala na Alemanha.

Todos os voos para Luanda vão ser consolidados dentro do Grupo Lufthansa; a Lufthansa continua a voar três vezes por semana, sem paragens, para Luanda, para permitir à Brussels Airlines operar sem paragens para Kinshasa”, confirmou um porta-voz da companhia aérea belga.

Em declarações à Lusa, esta porta-voz afirmou que, em dezembro, foi decidida e anunciada esta alteração nos voos, que deixa os passageiros que embarcam em Luanda sem uma ligação direta para Bruxelas, obrigando a fazer uma escala em Frankfurt, e daí para Bruxelas.

“Foi decidido operar voos diretos e diários [de Bruxelas] para Kinshasa a partir de março de 2025”, apontou a porta-voz, referindo-se ao anúncio, em dezembro do ano passado, da compra de mais um avião de longo curso. “Até então, a capital congolesa era servida cinco vezes por semana com um voo direto e duas vezes por semana com uma paragem intermédia em Luanda”, diz a Brussels Airlines.

Com esse novo avião, “as rotas para Nairobi e Acra vão ser melhoradas para voos diário”, enquanto Banjul, Freetown e Conacri terão voos mais frequentes, e Dacar e Abidjan “serão servidos com mais voos diretos, em vez de voos triangulares”.

Numa pesquisa feita no site da Brussels Airlines, o último voo direto entre Bruxelas e Luanda, com duração de 8 horas e 45 minutos, acontece no dia 25 de março, com saída da capital belga às 10:30 e chegada às 19:15 a Luanda.

A partir do dia seguinte, há pelo menos uma paragem em Frankfurt, ou duas paragens, em Munique e em Frankfurt, o que aumenta a duração da viagem para 10 horas e 35 minutos ou 13 horas e 35 minutos, consoante se trate de uma ou duas escalas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Parlamento Europeu identifica seis táticas de propagação de desinformação

  • Lusa
  • 14:49

Uso de emoções, polarização do debate ou retirar a informação do contexto são algumas das técnicas usadas para propagar desinformação, para as quais o Parlamento Europeu avança alguns "antídotos". 

O Parlamento Europeu (PE) definiu seis técnicas de propagação de desinformação, entre quais o uso de conteúdo emotivo para atrair espetadores, segundo a informação disponível no site da instituição.

Recorrer ao uso de emoções “é mais apelativo do que factos secos” até porque este tipo de conteúdo “enfraquece as defesas, incentivando a clicar, comentar ou partilhar sem pensar”, lê-se na nota da instituição. Por isso, é necessário questionar sempre as alegações encontradas online, verificando os factos de forma a resistir a estímulos emocionais.

Outra das técnicas utilizadas na propagação de conteúdo enganador é a polarização do debate, “uma tática que amplifica os pontos de vista mais radicais ao mesmo tempo que suprime as opiniões moderadas ou subtis”, pelo que se deve procurar sempre o diálogo e um terreno comum entre os pontos de vista.

Além disso, o objetivo da desinformação é sobrecarregar o público com versões contraditórias da mesma história, o que leva as pessoas a não procurar os factos por causa das dúvidas e da confusão gerada. De forma a contrariar esta tendência, o Parlamento Europeu defende o uso de fontes verificadas e de alta qualidade, dando mais atenção à informação exata em vez de informação rápida.

“Temos tendência a confiar em informação que esteja alinhada com as nossas convicções, um fenómeno que é conhecido como tendência ou viés de confirmação”, outros dos aspetos sublinhados pelo órgão europeu. Os propagadores de desinformação aproveitam esta tendência para “apelar a opiniões pré-existentes de um público específico”, sendo que para evitar a manipulação é necessário avaliar de forma crítica a informação que à primeira vista parece legítima.

Retirar a informação do contexto também é uma tática utilizada para enganar, em vez de criar histórias totalmente falsas, pois embora os factos pareçam credíveis são usados de forma enganadora. Para evitar cair nesta armadilha deve-se pensar no contexto no qual a afirmação ou imagem foram feitas, recorrendo a fontes oficiais.

Por fim, a instituição refere ainda as táticas de silenciamento que inundam as redes sociais com ataques pessoais ou recorrem a trolls (alguém que faz declarações inflamatórias na internet) ou deepfakes (técnica que modifica o rosto de uma pessoa em vídeo ou imagem) alimentados por inteligência artificiar (IA) para intimidar, de forma a impor a autocensura e eliminar formas de discordância.

Para contrariar este problema deve-se denunciar as ameaças e o discurso de ódio, bem como apoiar os indivíduos afetados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PGR defende integração da Entidade para a Transparência no Mecanismo Anticorrupção

O procurador-geral da República defendeu a integração da Entidade para a Transparência no MENAC, propondo uma única entidade pública com um "âmbito de ação mais alargado".

O procurador-geral da República (PGR) defendeu esta segunda-feira a integração da Entidade para a Transparência no Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC), propondo uma única entidade pública com um “âmbito de ação mais alargado”.

“Esta Entidade [para a Transparência] devia ser integrada no MENAC. A opção por estas entidades, nomeadamente separadas, para mim não é uma boa solução. Tenho algumas reservas em relação ao modelo escolhido, em particular à sua eficácia plena em termos de prevenção da corrupção e crimes conexos”, afirmou Amadeu Guerra.

O PGR falava na conferência sobre “Prevenção da Corrupção e Transparência Administrativa”, organizada pelo Governo dos Açores, que decorreu em Ponta Delgada.

Amadeu Guerra disse defender a existência de uma “única entidade pública” com as funções de “analisar as declarações de rendimentos, impedimentos e conflitos de interesse” e com a capacidade para “tomar medidas relativas à prevenção da corrupção”.

“Sou apologista da existência de uma única entidade pública com um âmbito de ação muito mais alargado”, reforçou.

O procurador alertou, contudo, que as entidades devem ser “dotadas de todos os meios ao seu alcance” para permitir uma “total autonomia” na “análise dos rendimentos e impedimentos” ao “contrário do que hoje acontece”.

“É claro que isso exigia, se calhar, uma mudança de pensamento político. Uma mudança de paradigma. Uma intervenção ao nível da Assembleia da República porque há países onde a informação é cruzada automaticamente e o sistema, eventualmente com ou sem inteligência artificial, responde se há incompatibilidades”, sublinhou.

Para prevenir a corrupção, Amadeu Guerra reconheceu ser “fundamental criar planos”, mas avisou que isso “não basta”, defendendo penalizações em caso de não cumprimento daqueles planos.

“Deve haver rigor e pedidos de responsabilidade. Deve haver especial incidência e rigor em relação aos riscos de existência de conflitos de interesses, sendo exigível sempre a assinatura de declarações sobre incidência de conflito de interesses por parte dos trabalhadores envolvidos”, acrescentou.

Amadeu Guerra defendeu, ainda, a promoção de uma “cultura de integridade e transparência”, com uma “mudança nos hábitos dos cidadãos, a começar pelos mais jovens”.

“Hoje em dia os jovens estão sensibilizados para as questões da água, do ambiente e do tabagismo. Porque não estarem sensibilizados, também, para as questões da corrupção?”, questionou.

Na conferência, que decorreu no Palácio da Conceição, sede do Governo dos Açores, participaram também Sérgio Pratas, responsável pelo Acesso à Informação da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA) e Pedro Gonçalves, presidente do Centro de Estudos de Direito Público e Regulação (CEDIPRE).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vítor Gaspar deixa cargo de diretor do Departamento de Finanças Públicas do FMI

Ex-ministro das Finanças português abandona o FMI em novembro, deixando o cargo de diretor do Departamento de Finanças Públicas que ocupa desde 2014.

O ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar vai abandonar o cargo de diretor do Departamento de Finanças Públicas do Fundo Monetário Internacional (FMI) em novembro, anunciou a instituição esta segunda-feira.

“Vítor Gaspar trabalhou para desenvolver a expertise da instituição em todas as áreas das finanças públicas, incluindo política orçamental, administração de receitas, política de despesas e gestão das finanças públicas”, afirmou Kristalina Georgieva, diretora-geral do fundo.

“Deixará um legado de luta pela implementação de políticas sólidas, defendendo as populações mais frágeis e encontrando formas de lidar com a desigualdade”, acrescentou.

Vítor Gaspar ingressou no FMI para liderar o departamento de finanças públicas em 2014. Antes disso, foi ministro de Estado e das Finanças de Portugal de 2011 a 2013, tendo sido um dos principais rostos do Governo de Passos Coelho na execução do programa da troika.

Em comunicado, o fundo destaca que, nos últimos 11 anos, “o departamento reforçou significativamente a sua posição global entre os maiores especialistas em política orçamental”, tornando-se num “centro de excelência na investigação aplicada em política orçamental e no desenvolvimento de capacidades”. Lembra ainda o papel do seu departamento na resposta do FMI à crise pandémica de 2020.

Kristalina Georgieva considera que “Vítor Gaspar foi um mentor para muitos colegas do Fundo”, tendo “fomentado uma forte cultura de serviço dentro do departamento”.

“A equipa de gestão e eu estamos especialmente gratos pela sua partilha de análises e perceções do Departamento de Finanças Públicas e pelas suas abordagens inovadoras no apoio de alta qualidade aos nossos membros”, frisou a diretora-geral do FMI.

Antes de ser ministro, Vítor Gaspar ocupou ainda vários cargos em instituições europeias e portuguesas, como chefe do gabinete de Conselheiros de Política Económica da Comissão Europeia, diretor-geral de Estudos Económicos no Banco Central Europeu, diretor de Estudos Económicos e Estatística no Banco de Portugal e diretor de Estudos Económicos no Ministério das Finanças.

(Notícia em atualização)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco de Portugal leva o seu sistema anti-fraude para a Zona Euro

Em cooperação com o BCE, o Banco de Portugal expande o seu sistema de validação do beneficiário nas transferências a todos os países do Euro, que será de adoção obrigatória a partir de 9 de outubro.

A plataforma de confirmação de beneficiários do Banco de Portugal, que desde maio de 2024 reduziu em 60% o valor das fraudes por manipulação de dados em transações nacionais, prepara-se agora para escalar a toda a Zona Euro.

Esta expansão, marcada para 9 de outubro de 2025 por obrigatoriedade de regulamentação europeia, transformará significativamente a forma como milhões de cidadãos e empresas movimentam o seu dinheiro no espaço do Ecossistema.

O Sistema de Compensação Interbancária (SICOI) integra desde 2024 duas ferramentas cruciais: a Confirmação de Beneficiário Singular (COPS) e a Confirmação Agrupada (COPB). A primeira valida em 650 milissegundos a identidade do recetor numa transferência individual, enquanto a segunda permite verificar múltiplas contas simultaneamente.

Estes mecanismos atuam como guardiões digitais: ao iniciar uma transferência, o sistema cruza automaticamente o IBAN inserido com os registos bancários, exibindo ao ordenante o nome real do titular antes da confirmação final. Uma simples mas poderosa camada de segurança que bloqueia tentativas de fraude onde o número da conta é válido, mas o beneficiário é fraudulento.

Os números falam por si: nos primeiros três meses desta plataforma, o valor médio mensal das fraudes por manipulação em Portugal caiu de 766 mil para 441 mil euros, superando o custo total do investimento, segundo dados do regulador.

Europeização do modelo português

O novo marco regulatório exige que até 9 de outubro de 2025 todos os prestadores de serviços de pagamento na Zona Euro implementem mecanismos de verificação de beneficiários, à semelhança do que já existe em Portugal, mas com a amplitude europeia que envolvam entidades de diferentes países da Zona Euro.

Portugal e Letónia, os únicos países com sistemas nacionais operacionais na identificação dos beneficiários, tornam-se peças-chave nesta transição, cabendo aos prestadores de pagamentos adotar uma das soluções dos dois bancos centrais ou eventualmente outra solução disponibilizada pelo setor privado.

A solução portuguesa, testada e aprovada no mercado doméstico com o processamento de mais de 112 milhões de verificações desde maio de 2024, será integrada ao TARGET Instant Payment Settlement (TIPS), o sistema de liquidação instantânea do Eurosistema, para que, por via de uma cooperação técnica com o Banco Central Europeu, possa permitir a interoperabilidade entre diferentes jurisdições mantendo a velocidade das transações.

Para os consumidores nacionais, as transformações regulatórias que entrarão em vigor dentro de sete meses só têm implicações na realização de transferências com entidades não nacionais dentro do espaço da zona Euro.

Isto significa que, nas transferências entre contas portuguesas mantém-se o modelo atual de exibição imediata do nome do titular, sem alterações para o utilizador final. Já nas operações além-fronteiras será aplicado um algoritmo de correspondência onomástica que compara o nome inserido pelo ordenante com os registos oficiais da conta destino a que corresponderá um de três resultados:

  • Correspondência exata: Tanto o nome como o IBAN colocados na ordem de transferência correspondem a 100%.
  • Correspondência aproximada: Quando existem divergências parciais nos dados inseridos, com o sistema a atribuir uma percentagem de veracidade e de correspondência quanto os dados colocados.
  • Sem correspondência: Quando os dados colocados pelo ordenante são de todo incompatíveis.

Independentemente do resultado conferido pelo algoritmo sobre a correspondência entre dados bancários e nome do titular da conta de destino, o sistema irá permitir que o ordenante da transferência possa proceder sempre à realização da operação.

Além disso, o sistema europeu, à imagem do que já sucede já em Portugal, garantirá os princípios de privacidade através de três funcionalidades: minimização de dados disponibilizados do beneficiário (apenas o nome principal é compartilhado), adoção de um sistema de criptografia ponto-a-ponto (os dados sensíveis não são armazenados) e um controle granular, com os prestadores de serviços de pagamentos a decidirem qual o nível de detalhe pretendem exibir.

A expansão da plataforma portuguesa para arena europeia simboliza mais que um avanço tecnológico, representa a materialização de uma visão estratégica por via de uma solução doméstica num bem público europeu. Mas a disponibilização de ferramentas contra a fraude financeira por parte do Banco de Portugal não se fica por aqui.

A partir de 19 de maio, todas as operações com referência de pagamento (como serviços públicos, seguros ou outras) e débitos diretos passarão a exibir o nome do beneficiário final e não apenas da entidade processadora (Easypay, EuPago, HiPay, Ifthenpay, etc.).

Esta dupla camada regulatória – verificação ativa e transparência passiva – cria um ecossistema financeiro mais resistente a fraudes, e vem no seguimento de um aviso publicado a 19 de novembro do ano passado pelo Banco de Portugal em Diário da República

Esta medida, já testada nas transferências por IBAN, visa combater fraudes sofisticadas onde criminosos usam empresas legítimas como “fachada” para contas controladas por si, como sucedeu com a burla conhecida por “Olá pai, olá mãe”, em que os burlões solicitam transferências fazendo-se passar por familiares ou pessoas próximas da vítima.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cargueiro com bandeira portuguesa colide com petroleiro americano ao largo do Reino Unido

  • Lusa
  • 14:18

Um navio de carga registado na Madeira terá colidido com um petroleiro norte-americano ao largo da costa de East Yorkshire, no nordeste de Inglaterra. As embarcações estão em chamas.

Um navio de carga registado na Madeira terá colidido com um petroleiro norte-americano ao largo da costa de East Yorkshire, no nordeste de Inglaterra, estando a Guarda Costeira britânica a coordenar os serviços de emergência.

A publicação digital Web Navy Lookout, dedicada a informações sobre a marinha britânica, revelou na rede social X que o petroleiro MV Stena Immaculate está em chamas depois de ter sido atingido pelo navio cargueiro MV Solong, com bandeira portuguesa, quando estava ancorado ao largo do estuário de Humber.

A guarda costeira britânica disse ter recebido o alerta às 9h48 e enviado um helicóptero de salvamento da região de Humberside, juntamente com barcos salva-vidas de Skegness, Bridlington, Maplethorpe e Cleethorpes.

Uma aeronave da Guarda Costeira e embarcações de combate a incêndios próximas estão também envolvidas nos esforços de salvamento, acrescentou.

Várias pessoas terão abandonado os navios na sequência da colisão devido a incêndios em ambas as embarcações, afirma a organização de socorro marítimo Royal National Lifeboat Institution (RNLI) num comunicado citado pela BBC.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Anacom aplica coimas totais de 6,5 milhões de euros em 2024

  • Lusa
  • 14:02

Entidade concluiu 266 processos de contraordenação no ano passado, tendo aplicado sanções em 234 que correspondem a um total de coimas de 6,5 milhões de euros.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) concluiu 266 processos de contraordenação no ano passado, tendo aplicado sanções em 234 que correspondem a um total de coimas de 6,5 milhões de euros.

Entre as 234 decisões condenatórias, a Anacom destaca uma contra a Meo, “por incumprimento de regras relativas a contratos com assinantes, em que foi aplicada uma coima única de 1,4 milhões de euros” e outra contra a NOS. Esta última por “incumprimento de regras relativas a contratos com assinantes, em que foi aplicada uma coima única de 858 mil euros, e por incumprimento de regras relativas à suspensão de serviços de comunicações eletrónicas, em que foi aplicada uma coima única de 744 mil”, lê-se no comunicado.

O regulador também destaca a decisão contra os CTT, “por violações de obrigações respeitantes ao serviço postal universal e de obrigações relativas à distribuição de envios postais, em que foram aplicadas coimas de 830 mil euros e de 399 mil euros”, outra contra a NOS Madeira, “por incumprimento de regras relativas a contratos com assinantes, em que foi aplicada uma coima única de 363 mil euros” e sobre a Vodafone, “por incumprimento de regras relativas ao barramento de serviços, em que foi aplicada uma coima única de 250 mil euros e uma injunção”.

A Anacom tomou ainda decisões relativas a violações de direitos dos consumidores em matéria de comunicações eletrónicas.

Foram objeto de análise inicial durante o ano 235 processos e foram instaurados 148 processos de contraordenação devido à existência de indícios suficientes da prática de infrações“, adianta.

Dos processos resultantes da existência “de indícios de violação de obrigações previstas na Lei das Comunicações Eletrónicas, destacam-se sobretudo os relativos ao incumprimento de regras aplicáveis aos contratos”, acrescenta a entidade reguladora.

Realça ainda os processos em que foram imputados incumprimentos da obrigação de prestação de informação à Anacom, quer pelos prestadores de serviços de comunicações eletrónicas, quer pelos prestadores de serviços postais, bem como das obrigações fixadas pelo regime de instalação de infraestruturas de telecomunicações.

Registaram-se também incumprimentos das obrigações relativas aos regimes de disponibilização no mercado de equipamentos; de regras aplicáveis às redes e estações de radiocomunicações; e de obrigações fixadas no regime jurídico do livro de reclamações, refere a Anacom.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espanhola Velto e alemã Q Energy vão comprar projetos de renováveis em Portugal

As duas empresas assinaram um acordo para adquirir uma carteira de projetos de energia renovável. Parceria começa em França. Portugal segue-se “nas próximas semanas”.

A espanhola Velto anunciou esta segunda-feira que assinou um acordo com a alemã Q Energy para comprar uma carteira de projetos de energias renováveis de grande escala em diferentes países europeus, incluindo Portugal ao longo dos próximos anos. A parceria entre a Velto Renewables e a Q Energy Solutions vai começar por França, mas Portugal segue-se “nas próximas semanas”.

A primeira etapa do acordo foi a aquisição de uma carteira de projetos fotovoltaicos e eólicos com uma capacidade total de aproximadamente 130 megawatts (MW) em França. Logo a seguir, os parceiros esperam comprar 400 MW em Espanha e Portugal.

Em causa estão cinco projetos que se encontram em construção pela Q Energy: dois ativos solares fotovoltaicos, dois ativos eólicos e um parque fotovoltaico flutuante (Les Îlots Blandin) — considerado o maior da Europa com esta tecnologia de produção de energia sustentável – que foi criado em cima de lagos de água industriais.

Prevê-se que estes cinco projetos comecem a funcionar, gradualmente, entre a primavera de 2025 e o início de 2026. Quando estiverem totalmente operacionais, irão produzir mais de 210 mil MWh (Megawatts-hora) por ano, o equivalente a eletricidade limpa para abastecer mais de 50 mil casas.

Este investimento, em parceria com a Q Energy, é um passo importante para o crescimento estratégico da Velto. Além de triplicar a nossa capacidade energética, o desenvolvimento está alinhado com a nossa visão de diversificar o nosso alcance tecnológico e expandir a nossa presença internacional na Europa”, comentou o CEO da Velto, Lucas de Haro.

O CEO da Q Energy destacou o facto de a Velto ser apoiada por um investidor em infraestruturas globais (CDPQ). “É uma prova da sustentabilidade, inovação e excelência da Q Energy no domínio das energias renováveis e reforça a nossa posição como líder de confiança no setor, demonstrando que as nossas soluções de alta qualidade continuam a atrair parceiros de topo nível que partilham a nossa visão de um futuro mais limpo e sustentável”, referiu Junu Lee.

Sediada em Berlim, a Q Energy – antiga Q Cells — é detida pelo grupo sul-coreano Hanwha e tem o parque solar de Larinho (com capacidade de 12 MW) e o parque solar de Canha (com capacidade de 13 MW) em Portugal. A empresa, que tem escritório no Porto, foi a grande vencedora do leilão de energia solar de 2020, conquistando 315 megawatts do total de 670 megawatts que estavam em jogo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Vitorino diz-se mais preocupado com o “dia a seguir às eleições”

  • Lusa
  • 12:35

"Espero que haja bom senso e se encontre uma solução que garanta estabilidade. As eleições são legítimas. A mim preocupa-me mais é o dia a seguir às eleições”, disse o socialista.

O antigo comissário europeu António Vitorino pediu esta segunda-feira “bom senso” para que se encontre uma solução para o país que “garanta estabilidade”, apontando que se preocupa mais com o dia a seguir às eleições.

“Saberemos isso [se teremos eleições em maio] amanhã [terça-feira]. Espero que haja bom senso e se encontre uma solução que garanta estabilidade. As eleições são legítimas. A mim preocupa-me mais é o dia a seguir às eleições“, disse António Vitorino.

Em Vila Nova de Gaia, à entrada para a conferência “Imigração: O desafio da proximidade”, onde vai intervir na sessão de encerramento enquanto presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, António Vitorino não quis dar opinião sobre o momento atual da política portuguesa, nem sobre se esta podia ter sido evitada, sublinhando apenas a legitimidade das eleições.

As eleições são uma forma legítima de resolver situações de impasse“, disse António Vitorino, que ainda se encontra em reflexão sobre uma eventual candidatura à Presidência da República.

Em causa está a crise política que poderá ditar a queda do Governo PSD/CDS de Luís Montenegro com a não aprovação da moção de confiança apresentada pelo Executivo.

António Vitorino vincou que “cabe aos protagonistas políticos definirem quais são as regras do jogo e, sobretudo, o que é que podemos esperar de um resultado eleitoral”. “Em democracia o diálogo entre os partidos políticos é fundamental. Se há um impasse ou uma situação de irredutibilidade, as eleições são uma forma de solução”, terminou.

Esta segunda-feira decorre, em Lisboa, aquele que pode ser o último Conselho de Ministros do Governo em plenitude de funções dado que o Parlamento debate na próxima terça-feira uma moção de confiança ao Executivo minoritário PSD/CDS-PP, que tem chumbo anunciado, com os votos do PS e Chega.

Às 21 horas, o PS reúne, na sede nacional, também em Lisboa, a comissão política nacional do partido, um dia depois de um encontro, no domingo, do líder socialista, Pedro Nuno Santos, com os líderes das federações distritais.

No sábado, num almoço do Dia da Mulher, na Maia, Porto, Montenegro afirmou que lhe “parece que não há alternativa” a eleições antecipadas, garantindo que é sua responsabilidade “evitar que Portugal seja um país envolto em lama”.

Horas depois, em Lisboa, Pedro Nuno Santos respondeu e acusou o primeiro-ministro de “estar na lama” para a qual arrastou PSD, Governo e agora querer levar também o país. E avisou que o Executivo de direita “nunca poderá ter a confiança” dos socialistas.

O chumbo de um voto de confiança implica a demissão do Governo. O Presidente da República, face a este cenário, já antecipou que as datas possíveis para realizar legislativas antecipadas o mais breve possível são 11 ou 18 de maio.

A atual crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, detida à altura pelos filhos e pela mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, — e que passou esta semana apenas para os filhos de ambos — levantando dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.

Depois de mais de duas semanas de notícias — incluindo a do Expresso de que a empresa Solverde pagava uma avença mensal de 4.500 euros à Spinumviva –, de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou a 5 de março a apresentação de uma moção de confiança.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS confirma CPI. Foco na exclusividade e nas obrigações declarativas de Montenegro

A poucas horas da moção de confiança do Governo, socialistas apresentaram esta manhã os temas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) requerida sobre a empresa familiar do primeiro-ministro.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) imposta pelo PS vai centrar-se no cumprimento do regime de exclusividade pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e as suas obrigações declarativas. Os socialistas voltaram a apelar ao Governo para retirar a comissão de confiança e que o Chefe do Governo se sujeite ao escrutínio, mas garante que voltará a apresentar a iniciativa na próxima legislatura se o Parlamento for dissolvido.

O anúncio foi feito esta segunda-feira pela líder parlamentar dos socialistas, Alexandra Leitão, e os vice-presidentes da bancada Pedro Delgado Alves e Marina Gonçalves, em conferência de imprensa no Parlamento.

O PS continua a querer a estabilidade, mas não pode permitir que se mantenha uma situação de falta de transparência”, afirmou Alexandra Leitão, apelando a que o primeiro-ministro se sujeite à CPI “em vez de provocar uma crise política”.

Para os socialistas, “ao recusar sujeitar-se a um instrumento legal, democrático do regime parlamentar, que é uma CPI, avançando com uma moção de confiança que sabe e quer que seja rejeitada, o que primeiro-ministro está a dizer é que prefere sujeitar-se a eleições antes que isto seja esclarecido“. “Perde seguramente a democracia”, argumentou Alexandra Leitão.

O PS recusa deixar cair a CPI em qualquer cenário — mesmo que Montenegro retirasse a moção de confiança –, porque considera que há “um conjunto de contornos que estão pouco esclarecidos”.

Obviamente que a CPI continuará independentemente do momento que teremos a partir de quarta-feira, independentemente de ser nesta legislatura ou na próxima legislatura“, esclareceu Marina Gonçalves.

A líder parlamentar do Partido Socialista (PS), Alexandra Leitão (C), intervém na conferência de imprensa sobre a atual situação política nacional, na Assembleia da República, em Lisboa, 10 de março de 2025. TIAGO PETINGA/LUSA

Os socialistas asseguram que a CPI, cuja duração pretendem que seja de 90 dias, não pretende imiscuir-se na vida privada do primeiro-ministro. “Não é uma CPI ao primeiro-ministro, não é uma CPI ao perímetro familiar do primeiro-ministro. Trata-se apenas de salvaguardar as instituições“, reiterou Pedro Delgado Alves.

No requerimento potestativo submetido esta manhã ao Parlamento para constituição da CPI, o PS estabelece como objetivo avaliar o cumprimento de Luís Montenegro “das regras relativas ao exercício do respetivo mandato e das medidas adotadas para a prevenção de conflitos de interesse pelo Governo”. Neste sentido apontam baterias (designadamente, mas não limitado a):

  • Apurar o papel e a atuação de Montenegro no quadro da Spinumviva, “seja enquanto prestador de serviços, seja enquanto detentor e beneficiário da mesma, durante o exercício de funções“. Assim, pretende verificar “as condições em que se desenvolveu a atividade efetiva da empresa no que respeita aos serviços prestados, aos recursos humanos afetos a esses serviços e à adequação dos valores faturados”;
  • Apurar o cumprimento das obrigações declarativas do primeiro-ministro enquanto titular do cargo político, nomeadamente declarar “os atos e atividades suscetíveis de gerar incompatibilidades e impedimentos, que compreende a identificação dos atos que geram, direta ou indiretamente, pagamentos, incluindo identificação das pessoas coletivas públicas e privadas a quem foram prestados os serviços”;
  • Apurar o cumprimento das regras do Código de Conduta do Governo, bem como “dos demais regimes jurídicos relevantes, designadamente o Código do Procedimento Administrativo, na avaliação, prevenção e eliminação da existência de conflito de interesses em relação aos clientes com os quais foram mantidas relações comerciais” pela Spinumviva.

A situação é relativamente complexa. O que está m causa é verdadeiramente perceber qual a atividade da empresa“, salientou Alexandra Leitão, defendendo que “o PS não parte para uma CPI de ânimo leve“.

(Notícia atualizada às 13h)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações de mobiliário voltam a superar dois mil milhões de euros

França é o principal mercado da fileira casa com uma quota de 32%, mas foi a Suíça que mais se destacou com um aumento expressivo nas exportações.

As exportações portuguesas de mobiliário caíram 4%, mas voltaram a superar os 2,1 mil milhões de euros em 2024, alçando este marco pela segunda vez consecutiva, acordo com dados da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA).

No topo da lista de melhores destinos para o mobiliário português — cluster que inclui indústrias como o mobiliário, a colchoaria, os têxteis-lar, a cutelaria, a cerâmica, a iluminação e a tapeçaria — estão França (com uma quota de 32%), Espanha (26%) e Alemanha (7%). As vendas para os EUA e Reino Unido estão a ganhar terreno ao representarem 6% e 5%, respetivamente, das exportações desta fileira em 2023.

No entanto, um dos principais destaques do ano foi o mercado suíço, que registou um aumento de 21,95% nas exportações em comparação com o período homólogo, enquanto os Países Baixos apresentaram uma ligeira melhoria de 2%.

Apesar dos indicadores, a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins destaca que “ao longo de um desafiante ano de 2024, a fileira traçou um comportamento desigual nos principais mercados internacionais, com uma evolução global inferior em 4% ao ano anterior, refletindo sobretudo a desaceleração da inflação”.

Apesar de o mobiliário ter superado pela segunda vez a fasquia dos dois mil milhões em exportações no ano passado, o cluster está preocupado com a conjuntura nacional e internacional.

A inflação, os constrangimentos na cadeia logística internacional e uma desaceleração generalizada do consumo impactaram significativamente as operações das nossas empresas.

Joaquim Carneiro

Presidente da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins

O ano de 2024 confirmou as nossas expectativas de enorme instabilidade e imprevisibilidade”, afirma o presidente da APIMA. “A inflação, os constrangimentos na cadeia logística internacional e uma desaceleração generalizada do consumo impactaram significativamente as operações das nossas empresas”, refere Joaquim Carneiro, citado em comunicado.

O líder da associação concluiu que a “promoção internacional ancorada nas feiras, com particular destaque para mercados emergentes, foi fundamental para conseguirmos alavancar novas oportunidades”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Custo para construir casa nova sobe 3,1% em janeiro. É o menor aumento desde março de 2024

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11:51

Subida dos custos de construção de novas habitações resulta, sobretudo, do aumento de 6,9% dos encargos com a mão-de-obra. O preço dos materiais registou um crescimento de 0,2% no arranque do ano.

Os custos de construção de habitação nova terão aumentado 3,1% em janeiro face ao mês homólogo, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE). A subida do indicador, embora num valor 1,1 pontos percentuais abaixo do observado em dezembro, é influenciada principalmente pelo aumento do custo da mão-de-obra, sendo a menor desde março do ano passado.

De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo gabinete estatístico, o custo da mão-de-obra teve uma subida homóloga de 6,9%, menos 1,8 pontos percentuais do que no último mês de 2024. Já o preço dos materiais aumentou 0,2% em janeiro, depois de um acréscimo de 0,6% em dezembro.

Variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova:

Fonte: INE

O custo da mão-de-obra contribuiu com três pontos percentuais (3,9 pontos percentuais no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova e os materiais com 0,1 pontos percentuais (0,3 pontos percentuais em dezembro), detalha o INE.

Os betumes e o betão pronto foram os materiais que mais contribuíram positivamente para a variação agregada do preço, ao registarem subidas próximas dos 10% no mês em análise.

Em sentido inverso, o INE destaca as madeiras e derivados, os vidros e espelhos e os artigos sanitários, que tiveram uma descida acima de 10%, e as tubagens de aço, de ferro fundido e aparelhos para canalizações e a chapa de aço macio e galvanizada, com reduções de cerca de 10%.

No que diz respeito à variação em cadeia, a taxa de variação mensal do índice foi de 0,8% em janeiro, sete décimas acima do registado no mês anterior, tendo o custo dos materiais aumentado 0,6% e o da mão-de-obra 1%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.