Governo “não hesitará em atuar” se descida do ISP não se refletir no preço

  • Lusa
  • 3 Maio 2022

O ministro do Ambiente garantiu, que, caso as empresas não desçam os combustíveis na mesma proporção da descida do ISP, serão tomadas “medidas extraordinárias”, mas escusou-se a avançar quais.

O ministro do Ambiente garantiu esta terça-feira que o Governo “não hesitará em atuar” caso se comprove que há gasolineiras a incumprir a redução do preço dos combustíveis imposta com a decisão de descer o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP).

Em declarações aos jornalistas à margem de uma libertação de linces-ibéricos, em Alcoutim, no Algarve, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, disse que, caso as empresas não desçam os combustíveis na mesma proporção da descida do ISP, serão tomadas “medidas extraordinárias” pelo Governo, mas escusou-se a avançar quais, considerando que ainda é “prematuro”.

O Governo não terá qualquer tipo de hesitação em atuar e tomar as medidas que forem necessárias para o cumprimento daquilo que é a expectativa coletiva que temos, quando tomamos decisões tão importantes como a redução do ISP com a expectativa de aliviar o custo das famílias e das empresas”, assegurou.

Duarte Cordeiro afirmou que o “Estado português, quando toma decisões destas, é para elas valerem” e garantiu que o Governo vai, através da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “monitorizar os preços de forma muito atenta” para perceber se há ou não irregularidades.

“E se sentirmos que alguma coisa não funcionou por incumprimento das gasolineiras, não hesitaremos em atuar e, se necessário, tomar medidas extraordinárias”, disse, dizendo que é preciso agora a ERSE fazer o sei trabalho e “avaliar a evolução dos preços por parte das gasolineiras” para “verificar se há ou não há cumprimento”.

A avaliação vai ser feita para garantir que é cumprida a medida de mitigação do aumento dos preços dos combustíveis, através de uma redução do ISP com efeito semelhante à descida da taxa do IVA dos combustíveis de 23% para 13%.

Esta redução do ISP num valor igual ao que resultaria da descida do IVA dos combustíveis traduz-se, desde segunda-feira, num desconto adicional de 15,5 cêntimos por litro de gasolina e de 14,2 cêntimos no gasóleo.

A medida já foi fiscalizada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que anunciou ter detetado apenas uma situação de alegado incumprimento na aplicação da redução do ISP nos postos de combustível que monitorizou, apesar de ter recebido 200 denúncias.

A entidade revelou que realizou “durante o dia de ontem [segunda-feira], uma monitorização, a nível nacional, em 71 postos de abastecimento de combustível, direcionada à verificação da implementação da nova medida de redução dos preços dos combustíveis, resultante da descida do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP)”.

Esta ação “teve como pressuposto a verificação da oscilação dos preços por litro comparativamente a períodos anteriores, em especial, avaliando o impacto da redução do ISP no preço final ao consumidor”, esclareceu.

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Kay McCall entra na administração da EDP Renováveis

O Conselho de Administração da EDP Renováveis aprovou esta terça-feira a nomeação de Kay McCall como membro independente daquele organismo. Vai entrar em funções a 1 de junho.

O Conselho de Administração da EDP Renováveis aprovou esta terça-feira a nomeação de Kay McCall como membro independente. Entrada em funções está prevista para 1 de junho.

“O Conselho de Administração aprovou hoje [terça-feira, 3 de maio] a nomeação por cooptação da Exma. Sra. Kay McCall como membro Independente do Conselho de Administração da EDPR, de modo a preencher a vaga atual”, informa a empresa de energias renováveis em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa liderada por Miguel Stilwell adianta ainda que Kay McCall irá contribuir “com o seu profundo conhecimento sobre a indústria das renováveis, com especial foco no mercado dos EUA”. Vai, deste modo, substituir Joan Avalyn Dempsey, que renunciou ao cargo de administradora independente em janeiro deste ano.

Esta nomeação entrará em vigor no dia 1 de junho de 2022 e será proposta para ratificação na próxima assembleia geral de acionistas“, sinaliza ainda a subsidiária da EDP.

A atual administração da EDP Renováveis conta atualmente com 12 membros, dos quais Antonio Sarmento Gomes Mota é presidente, Miguel Stilwell acumula os cargos de vice-presidente e CEO e Rui Teixeira é Chief Financial Officer, segundo consta no site da empresa.

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Seguradoras de Warren Buffett com quebra de 94% no resultado do 1ºT

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2022

Volume de prémios emitidos cresceu 2,6% no trimestre. Geico, principal subsidiária de seguros do grupo, cresceu cerca de 6% e gerou 55% da receita da Berkshire no negócio (re)segurador.

A Berkshire Hathaway (BRK) fechou o primeiro trimestre de 2022 com resultado líquido de 5,46 mil milhões de dólares, um declínio anual de 54% face aos 11,71 mil milhões de um ano antes, explicado por 1,58 mil milhões de perdas resultantes de reconciliação contabilística em investimentos e derivados, a inverterem ganhos que rondaram 4,7 mil milhões um ano antes. No entanto, a companhia presidida por Warren Buffett apresentou, para o trimestre, um resultado operacional praticamente estabilizado nos 7,04 mil milhões de dólares (cerca de 6,8 mil milhões de euros ao câmbio do dia).

De acordo com números do conglomerado diversificado (seguros e resseguro; transporte ferroviário e aéreo; indústria transformadora, eletricidade e gás, mobiliário, retalho, alimentar e serviços), o negócio segurador cresceu cerca de 1 000 milhões (desde 31 de dezembro) em responsabilidades assumidas através de contratos de seguro, elevando o float do negócio para perto de 148 mil milhões de dólares, indica a entidade norte-americana em comunicado.

No período reportado, as operações em (re)seguros obtiveram resultado de subscrição que evidencia quebra de aproximadamente 94% (47 milhões a comparar com 764 milhões de dólares no 1º trimestre de 2021), refletindo sobretudo um resultado negativo de 178 milhões na GEICO, companhia dedicada ao ramo automóvel com presença nos 50 estados da União (mais o Columbia District) e que, no trimestre, apesar de crescer 2,6% em prémios emitidos, registou agravamento de 89% no resultado da atividade de subscrição (rácio de perdas sobre prémios adquiridos), uma evolução explicada pelo peso dos descontos aplicados às apólices (no quadro do confinamento por conta da pandemia) e pela política de Giveback implementada pela seguradora, desenvolve o documento mais detalhado, dirigido a investidores e ao regulador financeiro (SEC).

A receita das operações em seguros (incluindo ganhos de investimento) ascendeu a 18,86 mil milhões de dólares (+5,7% do que no final de março de 2021), sendo que o volume de prémios emitidos pela Geico rondou 10,27 mil milhões, representando cerca de 55% do total da receita gerada no negócio segurador. Além da Geico, a atividade de seguros da BRK engloba a Berkshire Hathaway Primary Group (que agrega subsidiárias de linhas comerciais, seguros gerais, planos de saúde e benefícios de empresa) e o Berkshire Hathaway Reinsurance Group que, entre outras, agrupa resseguradoras como National Indemnity Company (NICO), General Reinsurance Corporation e a General Reinsurance AG (General Re).

Os números foram conhecidos a 30 de abril, data em que o presidente e CEO Warren Buffett (de 91 anos e há mais de 55 à frente da empresa) e o vice-presidente Charlie Munger (98 anos) reuniram com os acionistas (1ª vez em modo presencial após dois anos de encontros virtuais por culpa da Covid-19). Respondendo aos mais ansiosos na espera pelo dia da reforma dos dois líderes seniores da casa, a AG confirmou lucidez do presidente e do vice-presidente da companhia.

A assembleia geral anual da Berkshire Hathaway, um acontecimento na cidade onde reside o oráculo de Omaha (alcunha do investidor e filantropo multimilionário), abriu receção no CHI Health Center Arena na sexta-feira, para se estender pelo dia de sábado, e teve transmissão online e gravação vídeo assegurada pela CNBC. A próxima peregrinação ao Nebraska está agendada para 6 de maio de 2023.

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Como a Galp multiplicou por seis os lucros no trimestre

As petrolíferas registaram um forte aumento nos lucros nos primeiros três meses do ano e a portuguesa não é exceção. Saiba como a Galp chegou a um lucro de 155 milhões.

O primeiro trimestre foi de forte crescimento de lucros para as petrolíferas, à boleia do elevado preço das matérias-primas energéticas motivado pela guerra na Ucrânia. Não é por acaso que as empresas do setor contrariam o rumo de quase todas as outras na bolsa, com uma valorização de 35% desde o início do ano.

A Exxon Mobil duplicou o resultado líquido para 5,5 mil milhões de dólares e a BP anunciou esta terça-feira o maior lucro trimestral em mais de uma década: 6,2 mil milhões. A Galp acompanhou a tendência e multiplicou por seis o resultado líquido nos primeiros três meses do ano.

A petrolífera portuguesa registou um resultado líquido ajustado de 155 milhões de euros, mais 496% do que os 26 milhões registados no mesmo período do ano passado e acima dos 130 milhões conseguidos nos três meses anteriores. Mas quanto destes lucros é explicado pelo aumento do preço do petróleo e do gás natural ou mesmo da subida do preço dos combustíveis?

É difícil de destrinçar, porque essa discriminação não é feita, mas olhando para o lucro operacional (antes do pagamento de juros e impostos) percebemos que vem praticamente todo do chamado upstream, ou seja a exploração e produção das matérias-primas.

A Galp registou um EBIT (excluindo efeitos de stock) de 538 milhões de euros no primeiro trimestre, quase o dobro do período homólogo, graças ao contributo de 555 milhões do upstream e 31 milhões da comercialização de combustíveis e energia aos consumidores, com a área industrial (-51 milhões) e as renováveis (-1 milhão) a terem um contributo negativo.

Olhando para o EBITDA (o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), que somou 869 milhões, o peso da exploração e produção é esmagador: 92,4%. Nos primeiros três meses de 2021 já tinha sido de 88%, porque ao longo dos últimos anos este tornou-se, de longe, o principal negócio da Galp.

O lucro operacional do negócio de upstream cresceu 77% em termos homólogos para os já referidos 555 milhões (e mais quase 100 milhões que no trimestre anterior). A grande diferença está no preço do petróleo que registou um preço médio de 102,2 dólares por barril nos primeiros três meses deste ano, muito acima dos 61,1 dólares registados no primeiro trimestre de 2021. O mesmo acontece no gás natural, com o preço médio de 96,9 euros por MWh no MIBGAS (mercado ibérico) do primeiro trimestre a superarem em 4,7 vezes os 20,5 euros do mesmo período de 2021.

Além do preço ter subido, a produção aumentou. Dos blocos explorados pela Galp saíram 131,1 mil barris equivalentes de petróleo por dia, mais 5% do que os 125,2 retirados no período homólogo. Os resultados só não foram maiores porque os custos operacionais aumentaram para 25 milhões e as operações de cobertura de risco tiraram 26 milhões ao EBITDA.

Nas restantes áreas, os resultados da petrolífera foram piores do que no primeiro trimestre de 2021 ou tiveram mesmo um contributo negativo. O EBITDA da área comercial encolheu 19% para 56 milhões, apesar do crescimento de 25% nas vendas de combustíveis e de 13% no gás natural.

A área industrial (refinação, cogeração e logística) registou um prejuízo operacional de 51 milhões, devido ao impacto negativo de 90 milhões do desfasamento na aplicação das fórmulas dos preços praticados no fornecimento de produtos petrolíferos, já que as margens de refinação saltaram de 1,9 dólares por barril equivalente de petróleo para 6,9 dólares.

As renováveis beneficiaram do aumento do custo médio de venda da eletricidade para 210 euros por MWh, mas o resultado operacional do segmento foi negativo em 1,0 milhão de euros.

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Seguradoras: salários, fraudes e conflitos de interesse na mira da ASF

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2022

Novas regras da ASF sobre gestão de riscos, solvência, fraudes, conflitos de interesse e remunerações acarretam eventuais custos regulatórios adicionais para as empresas de seguros e resseguros.

Seguradoras que empregam mais de 50 pessoas estão obrigadas a criar comités que respondam pelos salários dos gestores, incluindo as remunerações variáveis e o que é pago por cessação de funções.

No âmbito do reforço e eficácia das competências de supervisão, em linha com orientações do regulador europeu (EIOPA), a ASF aprovou nova Norma Regulamentar que obriga à criação de comités de remunerações (“estruturas internas nas seguradoras”) dedicados às políticas salariais dos órgãos de administração, acompanhamento e reporte da respetiva execução, uma exigência que também vincula o revisor oficial de contas. A Supervisão quer prevenir incentivos de remuneração e práticas que coloquem em risco a solvência das empresas de (re)seguros.

Concluída consulta pública ao projeto de diploma e consideradas as questões e contribuições dos stakeholders que participaram, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) aprovou a Norma Regulamentar nº4/2022-R de 26 de abril, estabelecendo:

a) Os requisitos e princípios gerais que devem presidir ao desenvolvimento do sistema de governação a implementar pelas empresas de seguros e de resseguros em base individual e ao nível do grupo;
b) Os requisitos relativos à autoavaliação do risco e da solvência a cumprir pelas empresas de seguros e de resseguros em base individual e ao nível do grupo;
c) As regras sobre prevenção, comunicação e sanação de conflito de interesses de que as empresas de seguros e de resseguros devem dispor;
d) Os princípios gerais a respeitar no cumprimento do dever de as empresas de seguros e de resseguros definirem uma política de prevenção, deteção e reporte de situações de fraude nos seguros;
e) Os requisitos em matéria de remunerações a cumprir pelas empresas de seguros e de resseguros, nomeadamente para as que empregam mais de 50 pessoas e para situações da remuneração variável e pagamentos por cessação de funções. O articulado refere a obrigatoriedade de se instituírem comités de remunerações e de divulgar informação (certificada por um ROC) sobre o que é pago aos responsáveis das empresas;
f) A regulamentação sobre a operacionalização dos meios de receção, tratamento e arquivo de participações às empresas de seguros e de resseguros de irregularidades graves.

Conforme justifica através de nota informativa, o organismo presidido por Margarida Corrêa de Aguiar pretende, no âmbito do regime Solvência II, reforçar o modelo de supervisão do sistema de governação das empresas de seguros e de resseguros, cuja importância considera “incontornável”. No entender da entidade, é “prioritário e essencial assegurar a gestão sã e prudente das empresas de seguros e de resseguros, assim como o reforço da eficiência no exercício cabal das competências da ASF ao nível da supervisão do sistema de governação.”

Ainda que algumas disposições do novo regulamento apenas produzam efeito a partir de 1 de janeiro de 2023, a Norma Regulamentar nº4/2022 estará em vigor 30 dias após a sua publicação em Diário da República, o novo normativo introduz “desenvolvimentos regulamentares” de que se destacam, entre outros:

a) O reforço da responsabilização do órgão de administração em todo o sistema de governação e o aditamento de novas incumbências como a de definir um plano estratégico, de promover uma cultura organizacional da empresa assente em elevados padrões de exigência ética consagrados num código de conduta e a aprovação de um plano de sucessão dos membros do órgão de administração, dos diretores de topo, dos responsáveis por funções-chave e do atuário responsável;
b) A densificação do conteúdo da política interna de seleção e avaliação, incluindo as regras sobre prevenção, comunicação e sanação de situações de conflitos de interesses, da qual fazem parte integrante;
c) A atualização face ao regime Solvência II dos princípios gerais e requisitos aplicáveis ao sistema de gestão de riscos e ao sistema de controlo interno;
d) A atualização dos princípios gerais e do conteúdo mínimo da política de prevenção, deteção e reporte de situações de fraude nos seguros, bem como dos termos do dever de envio à ASF de um relatório sobre os mecanismos e procedimentos especificamente adotados no âmbito dessa política e respetiva certificação por um revisor oficial de contas.

Por outro lado, esclarece o organismo presidido por Margarida Corrêa de Aguiar, “de forma a garantir a coerência e a melhor sistematização” do regime e das diversas matérias que, nos termos legais, integram o sistema de governação, a nova Norma revoga diversos outros atos da ASF (incluindo normas regulamentares e circulares) respeitantes à atividade seguradora e resseguradora.

Na ponderação do impacto desta intervenção normativa, a Supervisão reconhece que “o respetivo cumprimento acarreta eventuais custos regulatórios adicionais para as empresas de seguros e de resseguros associados à implementação dos requisitos definidos na norma regulamentar.” Não obstante, observa a ASF, “deve ter-se em conta que o novo regime previsto resulta na sua maioria, de iniciativa supranacional (designadamente das Orientações da EIOPA relativas ao sistema de governação e à avaliação interna do risco e da solvência) e não de opção regulamentar nacional mais onerosa.”

Recorda a ASF, “que os requisitos definidos devem ser aplicados de forma proporcional em relação à natureza, dimensão e complexidade das atividades desenvolvidas pelas empresas de seguros e de resseguros, assegurando-se, deste modo, a liberdade quanto aos mecanismos, estrutura organizacional e meios utilizados necessários à implementação do respetivo sistema de governação.”

Por fim, explica ainda a autoridade prudencial e comportamental, dada densidade distinta do quadro legal europeu aplicável em matéria de governação, “a ASF entendeu preferível e mais adequado tratar, de forma autónoma, a regulamentação do sistema de governação das entidades gestoras de fundos de pensões, em consonância com o regime em vigor neste domínio, trabalho que se encontra em curso.”

A Norma Regulamentar nº4/2022-R de 26 de abril está acessível aqui. A versão disponibilizada não dispensa consulta da Norma publicada em Diário da República.

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EDP procura startups com soluções digitais para energia

Energética portuguesa lançou sétima edição do programa Energy Starter. Juntar startups a especialistas da empresa é o principal objetivo da iniciativa, que conta com três módulos.

A EDP está à procura de startups com soluções digitais para a energia. A energética portuguesa lançou a sétima edição do programa Energy Starter, com o objetivo de ligar as novas empresas tecnológicas a especialistas da companhia liderada por Miguel Stilwell.

Na mira da EDP estão startups que desenvolvam soluções ligadas com novas redes energéticas, gestão e operação de redes, interação de mercado, experiência do cliente, gestão de ativos e cidades inteligentes.

Depois da fase de candidatura e avaliação, as startups vão participar num bootcamp, durante quatro meses, para desenvolverem projetos-piloto e acederem a mentores e especialistas da área. Esta etapa conta com o apoio da consultora de inovação da Beta-i.

Seguem-se os três módulos de aceleração, cada um com a duração de quatro meses: o primeiro módulo será para as redes do futuro e tem o nome de Future Grids, com inscrições abertas até 1 de junho, através desta página.

Segue-se o módulo dedicado às energias renováveis e no hidrogénio; no final, haverá espaço para soluções de cliente e mobilidade, mais focadas nos consumidores.

No final dos três módulos, as soluções serão apresentadas junto do ecossistema empreendedor.

Desde que foi lançado, o programa Energy Starter já contou com a participação de 150 startups, que concretizaram mais de 80 negócios, segundo a energética.

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Presidente do Eurogrupo satisfeito com candidaturas à liderança do MEE

  • Lusa
  • 3 Maio 2022

As candidaturas serão discutidas na reunião do Eurogrupo de 23 de maio. “O nosso objetivo é concluir [o processo] para ver a nomeação feita no dia 16 de junho”, disse Donohoe.

O presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, disse esta terça-feira ter ficado “muito satisfeito” por ter recebido quatro candidaturas ao cargo de diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), uma das quais do ex-ministro das Finanças, João Leão.

Fiquei muito satisfeito por termos recebido quatro candidaturas ao cargo. Penso que o número de candidaturas recebidas é um sinal do reconhecimento que os países têm da importância do MEE e, em particular, da enorme importância de quem o lidera”, disse Paschal Donohoe, após uma questão da agência Lusa.

Falando em conferência de imprensa após a reunião do grupo informal dos ministros das Finanças da zona euro realizada por videoconferência, Paschal Donohoe vincou que o atual diretor executivo, Klaus Regling, “tem feito um trabalho excecional”, pelo que o “interesse em saber quem o irá substituir mostra a importância do MEE”.

As declarações surgem um dia após o presidente do Eurogrupo ter anunciado que recebeu quatro candidaturas à liderança da instituição financeira que assegura a estabilidade da zona euro. Além de João Leão, concorrem o ex-ministro das Finanças luxemburguês Pierre Gramegna, o antigo chefe de gabinete do comissário europeu da Economia Marco Buti e o antigo secretário de Estado das Finanças da Holanda Menno Snel.

Um destes nomes irá substituir no cargo o alemão Klaus Regling, que é diretor executivo do MEE desde a sua criação, em 2012. As candidaturas serão agora discutidas na reunião do Eurogrupo de 23 de maio, visando apoiar um candidato. “O nosso objetivo é concluir [o processo] para ver a nomeação feita no dia 16 de junho”, adiantou o presidente do Eurogrupo à imprensa.

Os mandatos na liderança do MEE têm uma duração de cinco anos e apenas podem ser renovados uma vez. Caberá depois ao Conselho de Governadores do MEE votar o nome proposto como diretor executivo na reunião anual, que decorre a 16 de junho.

A votação será feita por maioria qualificada, ou seja, 80% dos votos expressos, sendo que os direitos de voto são iguais ao número de ações atribuídas a cada país membro do MEE no capital social autorizado. O Conselho de Governadores é o órgão máximo de tomada de decisões do MEE, sendo composto por representantes governamentais de cada um dos 19 acionistas do mecanismo, os países do euro, com a responsabilidade da pasta das Finanças.

Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da zona euro para evitar e superar crises financeiras e manter a estabilidade financeira e a prosperidade a longo prazo, concedendo empréstimos e outros tipos de assistência financeira aos países em graves dificuldades financeiras.

O diretor executivo é responsável por conduzir os trabalhos do mecanismo, atuando como representante legal da organização e presidindo ao Conselho de Administração. No anterior governo, João Leão assumiu a pasta das Finanças, depois de, antes, ter sido secretário de Estado do Orçamento, entre 2015 e 2019.

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Parque Escolar lança concurso para comprar seguros de responsabilidade civil

A empresa pública dá apenas 7 dias a partir desta segunda-feira para a resposta a um concurso para seguros com um valor base de cerca de 214 mil euros. A Fidelidade é a seguradora atual.

A Parque Escolar EPE lançou um concurso público nacional para aquisição de serviços de seguros de responsabilidade civil exploração escolar e não escolar e para equipamentos desportivos, e dá 7 dias para os interessados responderem, isto é, até ao 7º dia após dia 2 de maio, a data de envio para publicação no Diário da República.

O valor do preço base do procedimento é de 214.803,03 euros e o contrato é para os próximos 3 anos. A Parque Escolar é responsável 477 escolas, cuja construção se iniciou no final do séc. XIX e a sua missão é requalificar e modernizar os edifícios dos estabelecimentos do ensino secundário, garantindo uma correta gestão da conservação e manutenção dos edifícios após a intervenção.

O contrato atualmente em vigor foi ganho pela Fidelidade em 2019 e previa, com valor de imposto de selo incluído, um valor total de 228 mil euros para 3 anos. Destes cerca de 215 mil destinavam-se à cobertura de seguros de responsabilidade civil (RC) Exploração Escolar, 11 mil para RC para equipamentos desportivos e 1.504 euros para RC Não escolar.

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PS e PSD convergem sobre necessidade de voto eletrónico presencial nos círculos da emigração

  • Lusa
  • 3 Maio 2022

Mas o PSD descarta a criação de círculos uninominais, por considerar que “prejudicam a governabilidade”.

O PS e o PSD convergiram esta terça-feira sobre a necessidade de se instituir o voto eletrónico presencial nos círculos eleitorais da emigração, considerando que essa modalidade é mais adequada do que o sistema atual de votação.

Numa conferência promovida pela SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social e pelo Conselho das Comunidades Portuguesas, que decorreu esta terça na Assembleia da República, o deputado do PSD António Maló de Abreu – eleito pelo círculo eleitoral Fora da Europa – defendeu que “o voto eletrónico não é pior, de maneira nenhuma, do que o voto por correspondência”.

O futuro é o voto eletrónico e não é só para as comunidades, é para todos! Mas avancemos para o das comunidades, porque esse seguramente é melhor, do meu ponto de vista – podendo ter ainda algumas falhas – do que o voto como está a ser feito”, frisou.

O deputado social-democrata defendeu a necessidade de se avançar “para um estudo rápido, aprofundado, que dê segurança” e “responda a um conjunto de salvaguardas” no que se refere ao voto eletrónico, apelando a que se “avance rapidamente” para essa modalidade.

Intervindo depois de António Maló de Abreu, a deputada socialista Berta Nunes mostrou-se “satisfeita” pelo facto de o PSD se mostrar “absolutamente a favor do voto eletrónico”, afirmando que esperava que “houvesse mais problemas” no que se refere à convergência sobre essa matéria.

“O voto eletrónico presencial, no caso das comunidades, ainda é mais importante do que aqui em Portugal. Porque estamos a imaginar, em vez de estarmos a enviar todos os votos aqui para serem contados num grande espaço com não sei quantas mesas, a contar votos, se houvesse o voto eletrónico presencial (…) chegavam cá os votos contados no mesmo dia e não havia esta confusão toda”, frisou.

A ex-secretária de Estado das Comunidades Portuguesas defendeu a necessidade de, no que se refere às comunidades, se avançar com “segurança”, começando com “testes”, sublinhando que foi submetida uma proposta de lei para alterar a legislação da eleição do Conselho das Comunidades para permitir que, na próxima eleição deste órgão, essa modalidade possa ser testada.

Numa conferência designada “Sessão de reflexão sobre a reforma das leis eleitorais”, foi ainda abordada a necessidade de se reformar o sistema eleitoral, com António Maló de Abreu a defender que essa reforma é “necessária e urgente”. O deputado social-democrata assinalou, no entanto, que o PSD descarta a criação de círculos uninominais, por considerar que “prejudicam a governabilidade”, e opõe-se à fusão de distritos.

Maló de Abreu sublinhou que, na reforma eleitoral que o seu partido propôs – e que foi apresentada em julho de 2021 – o PSD sugeriu a redução do número de deputados – dos atuais 230 para 215 –, assim como a introdução de 30 círculos eleitorais e a redução dos círculos de Braga, Aveiro, Setúbal, Porto e Lisboa.

Intervindo também na sessão, o deputado da Iniciativa Liberal (IL) Rui Rocha notou que os consensos entre partidos são “aparentemente mais fáceis” no que se refere às questões de processos eleitorais, do que no que se refere às questões de reforma do sistema eleitoral.

Referindo que lhe parece “relativamente mais simples” convergir em matérias como a necessidade do voto eletrónico nos círculos da emigração, Rui Rocha abordou também as propostas da IL no que se refere à reforma do sistema eleitoral, afirmando que o seu partido propõe a criação de círculos uninominais, divergindo do PSD, mas também a introdução de um círculo de compensação.

“Mas, sendo pragmáticos, e se a questão dos círculos uninominais for uma questão inultrapassável – e, pela posição que o PSD apresentou, parece-me que sim – eu diria que talvez haja caminho para encontrar uma fórmula que passe por um círculo de compensação que permita, por essa via, pelo menos, reequilibrar o sistema”, disse.

Sem se referir às propostas do PS sobre a matéria, nem sobre a premência de uma reforma do sistema eleitoral, Berta Nunes indicou, no entanto, que é preciso trabalhar “para ir aperfeiçoando” o sistema eleitoral e “para permitir que as pessoas participem”. “Nós temos uma abstenção absolutamente vergonhosa. Não podemos continuar a dizer que temos uma democracia em que, em Portugal, temos abstenções da ordem dos 40%”, sublinhou.

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ASAE recebeu 200 denúncias, mas só detetou uma situação de incumprimento na redução do ISP

  • Lusa
  • 3 Maio 2022

A ASAE monitorizou "cerca de 71 postos de abastecimento de combustível, a nível nacional" para averiguar sobre a correta redução do ISP que entrou em vigor no dia 2 de maio.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) detetou apenas uma situação de alegado incumprimento na aplicação da redução do ISP nos postos de combustível que monitorizou, apesar de ter recebido 200 denúncias, segundo um comunicado.

A entidade revelou que realizou “durante o dia de ontem [segunda-feira], uma monitorização, a nível nacional, dos postos de abastecimento de combustível, direcionada à verificação da implementação da nova medida de redução dos preços dos combustíveis, resultante da descida do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP)”.

Esta ação “teve como pressuposto a verificação da oscilação dos preços por litro comparativamente a períodos anteriores, em especial, avaliando o impacto da redução do ISP no preço final ao consumidor”.

De acordo com a ASAE, “até ao momento e como balanço foram monitorizados cerca de 71 postos de abastecimento de combustível, a nível nacional, tendo sido constatadas entre o dia 01 e 02 de maio taxas de variação de preços de venda ao público, de gasolina e gasóleo, entre um mínimo de 0% (sem alteração) e um máximo de menos 9,3%, correspondendo a uma variação de descida entre 0,00€/litro e 0,18€/litro”.

Na mesma nota, a entidade revelou também que “foram recebidas cerca de 200 denúncias sobre a matéria, as quais se encontram em fase de averiguação, tendo sido detetadas, até ao momento, a aplicação correta da redução de ISP na maioria das situações e apenas uma situação de alegado incumprimento, a qual será comunicada à Autoridade Tributária”.

A ASAE garantiu que “continuará a desenvolver ações de forma a verificar o cumprimento das obrigações legais e a assegurar a saúde pública, a segurança alimentar e a defesa do consumidor e da leal concorrência”.

A redução do ISP num valor igual ao que resultaria da descida do IVA dos combustíveis traduz-se, desde segunda-feira, num desconto adicional de 15,5 cêntimos por litro de gasolina e de 14,2 cêntimos no gasóleo.

A dimensão do impacto da descida do ISP foi anunciada pelo Ministério das Finanças num comunicado emitido no final da semana passada, tendo em conta a entrada em vigor de uma medida de mitigação do aumento dos preços dos combustíveis, através da qual é refletida no ISP uma redução com efeito semelhante à descida da taxa do IVA dos combustíveis de 23% para 13%.

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PRR

Portugal recebe esta semana tranche de 1,16 mil milhões do PRR

Portugal vai receber esta semana a tranche 1,16 mil milhões de euros ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de acordo com o Governo.

A Comissão Europeia autorizou esta terça-feira o desembolso de 1,16 mil milhões de euros para Portugal ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional, de acordo com a ministra da Presidência. Numa audição no Parlamento, Mariana Vieira da Silva indicou que a tranche deverá ser recebida esta semana e disse que o país está “na linha da frente” na União Europeia no que toca à execução do PRR.

“Cumpridos os 38 marcos e metas de 2020 e 2021, Portugal apresentou um pedido de pagamento de 1,16 mil milhões de euros (553,44 milhões de euros de subvenções e 609 milhões de euros de empréstimos), que mereceu avaliação preliminar positiva da CE e cujo pagamento deve ser efetivado durante esta semana“, lê-se na apresentação da ministra da Presidência numa audição parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Esta segunda-feira, também numa audição parlamentar sobre o OE2022, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus já tinha dado essa indicação: “Foi já aprovado o primeiro desembolso regular que chegará a Portugal no decurso desta semana no valor de 1,16 mil milhões de euros. Temos já neste momento uma percentagem muito significativa do montante previsto no programa PRR a chegar ao nosso país. Esse processo está bastante avançado e temos todo o PRR já contratualizado”, disse Tiago Antunes.

O ECO questionou a Comissão Europeia sobre a autorização dada para o pagamento e sobre a data em que tal ocorrerá, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

No final de março, a Comissão Europeia concluiu a avaliação preliminar ao pedido do Governo português, concluindo que foi feito um progresso positivo no cumprimento das metas e marcos acordados até então. Contudo, o processo de desembolso desta tranche ainda não tinha acabado, sendo necessário um parecer do Comité Económico e Financeiro (CEF) e só depois seria possível a Comissão tomar uma decisão final.

O pedido de Portugal tinha sido feito a 25 de janeiro, tendo o Governo garantido que cumpriu os 38 marcos e metas que estavam acordados com a Comissão Europeia. “Com o seu pedido, as autoridades portuguesas apresentaram elementos de prova pormenorizados e completos que demonstram o cumprimento dos 38 marcos e metas”, explica o braço executivo da União Europeia, garantindo que “avaliou exaustivamente estas informações antes de apresentar a sua avaliação preliminar positiva do pedido de pagamento”.

Esta é a segunda tranche do PRR que Portugal vai receber. Em agosto do ano passado, a Comissão Europeia já tinha entregado 2,2 mil milhões de euros de pré-financiamento do PRR, cerca de 13% do total de 13,9 mil milhões de subvenções e 2,7 mil milhões de empréstimos que o país vai receber até 2026. Com esta nova tranche, Portugal conta já com 20,2% do total do PRR. É de notar que o PRR português deverá engordar 1,6 mil milhões de euros face ao previsto inicialmente.

Porém, nem tudo está a correr bem. No Programa Nacional de Reformas entregue na semana passada à Comissão Europeia, o Governo admite que há compromissos atrasados no PRR, noticiou esta terça-feira o Jornal de Negócios, o que poderá levar a um adiamento na chegada das tranches seguintes.

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Abanca cresce 22% no seguro automóvel no 1ºT

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2022

No negócio segurador, com produtos próprios desde o ano passado, o banco da Galiza cresceu 13,3% para 347 milhões de euros em volume de prémios, incluindo as soluções vida-risco.

O Abanca cresceu dois dígitos tanto no negócio de seguros como em consultoria, reforçando a contribuição destes segmentos para o lucro recorrente da instituição no primeiro trimestre (1ºT). Os prémios de seguros em geral, onde já “tem os seus próprios produtos, e os seguros de risco de vida cresceram 13,3% para 347 milhões de euros,” anunciou o banco sediado na Galiza.

Em termos de desempenho por segmento, “têm especial destaque” os próprios produtos, como é o caso do “crescimento de 22% nos prémios de seguro automóvel e 15% nos pagamentos protegidos,” indica a instituição que formou uma empresa conjunta de seguros com a CA Assurances.

Após estrear oferta própria no ramo automóvel em 2021, o banco salienta também o desempenho dos seguros empresariais e do risco de vida, “que cresceram 14% e 13%, respetivamente.” Com lucros de 81,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, correspondendo a uma subida em termos recorrentes de 13,2%, o banco espanhol explica o bom desempenho com a “capacidade de gerar receitas recorrentes” e a “otimização de custos”.

A margem financeira aumentou 4,4% para 171,3 milhões de euros, enquanto as comissões subiram 4% para 69,3 milhões, “impulsionadas pelo dinamismo na comercialização de ativos fora do balanço, que também aumentaram 11,1% nos últimos 12 meses”. O volume de negócio cresceu 9.400 milhões nos últimos 12 meses, superando os 107.000 milhões de euros. Os recursos totais de clientes aumentaram 11,0% para 61.920 milhões de euros, com os depósitos de clientes a crescerem, também em termos anuais, 11,0% para 49.438 milhões de euros.

O banco nota ainda que aumentou em 43,9% a sua base de clientes com maior vinculação nos últimos três anos, com particular incidência fora da Galiza.

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