Um em cada quatro desempregados europeus encontrou emprego no terceiro trimestre

O número de europeus que, entre o segundo e o terceiro trimestres, passaram do desemprego para o emprego foi mais elevado do que o inverso, indica o Eurostat.

Quase 25% dos europeus que estavam desempregados entre abril e junho conseguiram encontrar um novo posto de trabalho entre julho e setembro. Em causa estão 3,8 milhões de pessoas, sendo que este fluxo supera o registado quanto aos trabalhadores que passaram do emprego ao desemprego (2,7 milhões), de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat.

Entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021, oito milhões de europeus mantiveram-se no desemprego. Ou seja, 51,6% dos desempregados não conseguiram encontrar um novo posto de trabalho. No entanto, 24,4% (as tais 3,8 milhões de pessoas) conseguiram fazer essa transição entre o desemprego e o emprego enquanto 3,7 dos milhões de desempregados (23,9%) passaram para a inatividade. Segundo o Eurostat, são consideradas inativas as pessoas que estavam fora do mercado de trabalho, ou seja, nem estão empregadas nem estão desempregadas. Desse universo, constam, por exemplo, os estudantes e os pensionistas, que não trabalham nem estão disponíveis para trabalhar.

Em contraste, entre aqueles que estavam empregados entre abril e junho do ano passado, 1,4% (2,7 milhões de pessoas) caíram no desemprego e 2,8% (5,5 milhões de pessoas) transitaram diretamente para a inatividade económica.

Por outro lado, entre o segundo e o terceiro trimestre, 5% dos europeus que estavam inativos (cerca de 5,9 milhões de pessoas) conseguiram encontrar um novo emprego e 3,2% (3,9 milhões de pessoas) passaram ao desemprego. Tal significa que quase 92% dos que estavam economicamente inativos continuaram nessa situação.

Tudo somado, em termos absolutos, o fluxo mais expressivo foi o relativo aos europeus que saíram da inatividade rumo ao emprego. A União Europeia fechou, assim, o terceiro trimestre com 189 milhões de empregados, oito milhões de desempregados e 109,7 milhões de inativos.

Portugal foi o nono país da UE onde emprego mais cresceu entre trimestres

No terceiro trimestre de 2021, a taxa de emprego entre as pessoas dos 20 aos 64 anos de idade situou-se em 73,5%, o que representa uma subida de 0,7 pontos percentuais face aos três meses anteriores, avança esta quinta-feira o Eurostat.

Portugal, indica o gabinete de estatísticas, foi o nono país onde o emprego mais cresceu entre estes trimestre, atrás da Grécia, do Chipre, da Irlanda, da Lituânia, da Áustria, da Bélgica, da Estónia e de Itália.

O emprego aumentou, contas feitas, em 24 Estados-membros da União Europeia entre trimestres, mas ficou estável na Bulgária e na Croácia e caiu mesmo na Finlândia (0,2 pontos percentuais).

Esta quinta-feira, o Eurostat dá conta também do número de pessoas cujas necessidades de emprego ficaram por suprir (ou seja, que continuaram no desemprego, mas não só). Essa taxa situou-se em 12,9%, entre julho e setembro, menos 0,8 pontos percentuais do que no segundo trimestre de 2021.

A pandemia fez tremer o mercado de trabalho, tendo os vários países europeus (incluindo Portugal) disponibilizado medidas de apoio à manutenção dos postos de trabalho. Ainda assim, as restrições à mobilidade e à atividade económica associadas aos períodos de agravamento da crise sanitária têm afetado os fluxos laborais, mostram as estatísticas.

(Notícia atualizada às 11h10)

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Portuguesa Brasmar compra maioria do capital da francesa Sedisal

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2022

Portuguesa Brasmar compra a maioria do capital da francesa Sedisal, assegura uma opção de compra sobre os restantes 49%, e consolida as suas operações no mercado francófono.

O grupo nacional Brasmar, do setor alimentar de produtos do mar, comprou a maioria da francesa Sedisal, empresa especializada na distribuição de produtos do mar refrigerados, segundo um comunicado.

Na informação divulgada, que não incluiu o valor da operação, a Brasmar informou que a Sedisal tem um volume de negócios de cerca de 13 milhões de euros, sendo que a distribuição de polvo e bacalhau refrigerado são as grandes áreas de que domina, “dispondo de forte presença nos mercados francófonos”.

“Ao longo dos últimos anos, a Sedisal tornou-se um parceiro de referência na distribuição moderna em França, desenvolvendo uma gama de produtos de elevada qualidade e reconhecimento”, de acordo com a mesma nota, que acrescenta que “em 2015, lançou uma gama de produtos de cefalópodes prontos a consumir – em parceria com a Foncasal, empresa que viria igualmente a integrar o Grupo Brasmar, em 2019”.

De acordo com a empresa, “a aquisição da maioria do capital da empresa francesa (assegurando um ‘call option’ [opção de compra] sobre os restantes 49%), fundada em 1999 e localizada em Saint-Jean-de-Luz, permitirá à Brasmar a consolidação das operações no mercado francófono, potenciando as vendas tanto no negócio de produtos refrigerados, como nos produtos congelados”.

A Brasmar é uma empresa participada do VigentGroup e do private equity MCH, tendo “vindo a intensificar o seu processo de internacionalização, através de um conjunto de aquisições e da abertura de filiais”, referem.

“Estamos sempre atentos a potenciais oportunidades de negócio que nos permitam incrementar a nossa quota de mercado, oferta de produtos e fluidez da cadeia logística. Esta aquisição responde aos nossos objetivos de crescimento neste mercado e reforça a dinâmica internacionalizadora que temos vindo a implementar nos últimos anos”, explicou o presidente executivo do VigentGroup, Sérgio Silva, citado na mesma nota.

O grupo português está “em mais de 40 países”, conta “com um universo de colaboradores que supera os 850 e obteve uma faturação consolidada, em 2021, de cerca de 240 milhões de euros”, revelou, no comunicado.

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Contactos de caso positivo que tenham feito autoteste devem confirmar resultados

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2022

Segundo a norma atualizada pela DGS, a confirmação do autoteste, independentemente do resultado, deve ser realizada preferencialmente no prazo de 24 horas.

Os contactos de alto e baixo risco de casos confirmados de Covid-19 que tenham feito autoteste devem confirmar o resultado com teste rápido de antigénio (TRAg) ou teste de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN), segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Este teste de confirmação, exigido seja qual for o resultado do autoteste, deve ser realizado preferencialmente no prazo de 24 horas, segundo a norma atualizada esta quinta-feira.

A DGS clarificou ainda a orientação relativa aos bares e discotecas e diz que o acesso só pode ser feito com apresentação de teste negativo, seja qual for o dia da semana e o horário, mas podem ser usados autotestes à entrada.

Na norma sobre a estratégia nacional de testes para SARS-CoV-2, a DGS define também que nas pessoas sintomáticas com suspeita de infeção, independentemente do estado vacinal, devem realizar TRAg ou TAAN. As que fizerem autoteste e o resultado for negativo, devem confirmar com TRAg ou TAAN no prazo de 24 horas.

Já as pessoas sem reforço da vacina e que queiram visitar utentes internados em estabelecimentos de saúde, lares ou instituições de apoio e acolhimento a populações mais vulneráveis e estabelecimentos prisionais precisam de fazer teste. Se fizerem autoteste e o resultado for positivo, devem realizar TRAg ou TAAN de confirmação em 24 horas e serão estes os resultados que valem.

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Brexit: Reino Unido promete “soluções razoáveis”, mas pede “pragmatismo” à UE

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2022

A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica acredita que pode ser possível romper o impasse existente sobre o Brexit, mas pediu à União Europeia uma “abordagem pragmática”.

A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, prometeu apresentar “soluções práticas e razoáveis” esta quinta-feira quando receber o vice-presidente da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, para uma nova ronda de negociações sobre o Protocolo da Irlanda do Norte.

No primeiro encontro desde que assumiu a liderança das negociações, na sequência da demissão do secretário de Estado para as relações europeias, David Frost, Liz Truss acredita que pode ser possível romper o impasse existente, mas pediu à União Europeia uma “abordagem pragmática”.

A UE tem uma responsabilidade clara de ajudar a resolver os inúmeros problemas causados pelo Protocolo e proteger o Acordo de Belfast (Sexta-feira Santa)”, afirmou, citada num comunicado, numa referência aos acordos de paz de 1998.

Pelo lado do Reino Unido, a ministra prometeu apresentar “soluções práticas e razoáveis, com o objetivo de chegar a acordo sobre um plano de negociações intensivas”.

O encontro, o primeiro presencial entre os dois, começa esta tarde numa mansão com mais de 100 quartos, Chevening House, a residência de campo da ministra dos Negócios Estrangeiros no sudeste de Inglaterra, a cerca de 50 quilómetros de Londres, e prolonga-se até sexta-feira.

Para o jantar foi anunciada uma ementa simbolicamente britânica, com salmão fumado escocês, borrego galês e torta de maçã de Kent (a região onde se situa Chevening House).

A saída de David Frost, que foi o negociador chefe do processo do ‘Brexit’, é considerada por analistas como uma oportunidade para os dois lados adotarem um tom menos conflituoso nas negociações, mas Truss mantém na mesa a possibilidade de suspender o Protocolo da Irlanda do Norte, negociado em 2019.

Num artigo no domingo para o jornal Sunday Telegraph, prometeu “negociações construtivas, mas reiterou estar “disposta” a acionar o Artigo 16.º do Protocolo se não conseguisse chegar a uma “solução negociada” com a UE. O artigo 16.º é uma cláusula de salvaguarda que prevê a suspensão de certas disposições em caso de perturbações graves sociais e económicas.

O embaixador da UE no Reino Unido, João Vale de Almeida, respondeu, numa entrevista à estação Sky News no domingo, que “não ajuda muito” continuar a “ameaçar com a questão do artigo 16”, defendendo que as partes devem “procurar soluções para as dificuldades na implementação do Protocolo”.

O Protocolo da Irlanda do Norte negociado durante o processo de saída do Reino Unido da UE mantém a Irlanda do Norte no mercado único europeu a fim de evitar uma fronteira física com a República da Irlanda. Uma fronteira aberta na ilha da Irlanda é uma condição do processo de paz.

Esta solução cria, na prática, uma fronteira entre a província britânica e o resto do Reino Unido devido à necessidade de controlos e documentação, o que provocou dificuldades no movimento de mercadorias.

Tal levou Londres a exigir uma renegociação substancial do Protocolo, incluindo o fim do papel do Tribunal de Justiça da UE, mas Bruxelas recusa, propondo apenas ajustes ao acordo, pelo que as discussões mantidas que decorrem há vários meses mantêm-se num impasse.

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Brisa quer uma farmácia na área de serviço de Oeiras. Vai negociar partilha de receitas

A Brisa quer autorização para uma "instalação suplementar, constituída por um pequeno edifício de farmácia, na meia área de serviço de Oeiras, no sentido Lisboa/Cascais".

A Brisa avançou com um pedido para instalar uma farmácia na área de serviço de Oeiras, pelo que foi criada uma comissão de negociação para definir a partilha de receitas, segundo determina um despacho publicado em Diário da República esta quinta-feira.

Em causa está então a intenção da Brisa, concessionária do contrato de concessão relativo à construção, conservação e exploração de autoestradas, outorgado pelo Estado Português, de obter autorização “para o estabelecimento e colocação em funcionamento de instalação suplementar, constituída por um pequeno edifício de farmácia, na meia área de serviço de Oeiras, no sentido Lisboa/Cascais”, lê-se no despacho.

Este pedido foi acompanhado de uma proposta de partilha de receitas, pelo que, nos termos do Contrato de Concessão, que configura uma Parceria Público-Privada, deve ser constituída uma comissão de negociação para o efeito.

Isto já que “quando, nos termos de contrato de parceria já celebrado, se verifiquem ou sejam invocados factos suscetíveis de fundamentar uma partilha de benefícios, ou a sua integral atribuição ao parceiro público, a reposição de equilíbrio financeiro ou a renegociação do contrato, deve ser constituída uma comissão de negociação para o efeito”.

Esta comissão, tendo em vista a eventual aprovação do pedido de autorização formulado pela Brisa, é presidida por Miguel Laranjeira Leal de Faria, o coordenador da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP), por indicação do secretário de Estado das Finanças. Os restantes membros são indicados pelo secretário de Estado das Infraestruturas e pela UTAP. É de sublinhar que “a participação na comissão de negociação não confere direito a qualquer remuneração”.

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Dinamarca vai vacinar cidadãos mais vulneráveis com quarta dose contra a Covid-19

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Janeiro 2022

O ministro da Saúde da Dinamarca anunciou que o país se prepara para vacinar os cidadãos mais vulneráveis com a quarta dose da vacina contra a Covid-19 face aos recordes de infeções da Ómicron.

A Dinamarca prepara-se para oferecer uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 aos cidadãos mais vulneráveis à medida que enfrenta infeções recorde da variante Ómicron, anunciou na quarta-feira o ministro da Saúde, Magnus Heunicke.

Quanto mais generalizada for a infeção na sociedade, maior será o risco de a infeção atingir os nossos [cidadãos] mais vulneráveis“, disse o responsável, citado pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês). A Dinamarca está agora a “iniciar um novo capítulo, nomeadamente ao decidir oferecer a quarta vacina aos cidadãos mais vulneráveis”, acrescentou.

A medida surge numa altura de alívio de restrições a partir do final da semana, o que inclui a reabertura de salas de cinema e de música, uma vez que as taxas de hospitalização e de mortalidade se estabilizaram apesar do aumento dos casos.

Contudo, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) declarou ter dúvidas sobre a necessidade de uma quarta dose e disse que não havia dados que apoiassem esta abordagem, uma vez que procura mais informação sobre a variante Ómicron.

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Governo de Sócrates deu uma “resposta insuficiente” à crise, reconhece Teixeira dos Santos

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2022

"O país ficou mais robusto após a troika. Em 2015 ainda não estava corrigida inteiramente a situação do défice, mas as finanças públicas estavam numa trajetória de correção e melhoria", diz.

O antigo ministro das Finanças do PS, Fernando Teixeira dos Santos, disse que o Governo de José Sócrates deu uma “resposta insuficiente” à crise, aludindo à “ilusão” de que iria passar e às “medidas de caráter defensivo”.

“Reconheço que a nossa resposta foi insuficiente. Não foi capaz de convencer os mercados. […] Por razões políticas que também aqui refiro. Tinha custos políticos. Houve sempre muita relutância em tomar medidas que pudessem ser suficientemente fortes e ousadas para enfrentar crise”, referiu Teixeira dos Santos em declarações à Grande Entrevista, na RTP3, conduzida pelo jornalista Vítor Gonçalves.

De acordo com o ex-governante, na fase inicial da crise havia muita incerteza em relação aos seus efeitos e “ramificações”.

Não houve coragem política para usar um programa mais ousado. […] Várias vezes comuniquei ao primeiro-ministro que precisávamos de pedir ajuda, em que eu lhe disse que íamos precisar de ajudar. Ele disse que ia ver. Era um jogo de ir adiando”, salientou.

Não houve coragem política para usar um programa mais ousado. […] Várias vezes comuniquei ao primeiro-ministro que precisávamos de pedir ajuda, em que eu lhe disse que íamos precisar de ajudar. Ele disse que ia ver. Era um jogo de ir adiando.

Fernando Teixeira dos Santos

Ex-ministro das Finanças

Teixeira dos Santos lembrou que o então primeiro-ministro José Sócrates argumentava com a reputação internacional e com os mercados. “A reputação já não estava bem […]. As medidas do PEC 4 [Programa de Estabilidade e Crescimento] imponham sacrifícios significativos. Já estávamos fora dos mercados”, anotou, acrescentando que um “default seria desastroso para a banca”.

O antigo ministro das Finanças disse ainda que Portugal conseguiu criar robustez após a ação da troika. “Acho que o país ficou mais robusto após a troika. Em 2015 ainda não estava corrigida inteiramente a situação do défice, mas as finanças públicas estavam numa trajetória de correção e melhoria”, sustentou.

Na entrevista, Teixeira dos Santos recordou também que o país se encontra numa situação de equilíbrio externo há nove anos. “Desde 2013 que Portugal está numa situação de equilíbrio externo, em que as importações não são superiores às importações. É uma coisa inédita. É a primeira vez desde o século XIX que isto acontece”, concluiu.

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Nas notícias lá fora: taxas de juros, ONU e produção eólica offshore

  • ECO
  • 13 Janeiro 2022

Um responsável da Fed admite aumento por mais de três vezes das taxas de juros nos EUA este ano. Oito países perderam o direito de voto na Assembleia Geral da ONU.

O responsável do ramo da Fed do Estado de Filadélfia disse que pode apoiar mais de três aumentos nas taxas de juros este ano se a inflação aumentar. Oito países perderam o direito de voto na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas por dívidas acumuladas ao organismo. E no dia 23 de fevereiro, os EUA vão realizar o primeiro leilão para produção eólica offshore. Conheça as notícias que marcam a atualidade internacional esta quinta-feira.

Financial Times

Responsável da Fed admite mais de três aumentos da taxa nos EUA este ano

Patrick Harker, presidente do ramo da Reserva Federal de Filadélfia, sinalizou estar aberto a apoiar mais de três aumentos nas taxas de juros este ano se a inflação aumentar. Harker adiantou que poderia admitir um aumento das taxas já em março, partilhando, assim, a opinião de outros funcionários do banco central. Estas declarações seguiram-se aos dados que mostraram que em dezembro a inflação nos Estados Unidos atingiu os 7%, um máximo de 1982.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Cinco Días

CNMV sugere extinção do controlo do investimento estrangeiro em empresas espanholas

O presidente da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) de Espanha, Rodrigo Buenaventura, sugeriu que uma “normalização do regime de controlo do investimento estrangeiro nas empresas espanholas cotadas em bolsa” seria positiva, tendo em conta as metas para a digitalização e descarbonização da economia do país. “É necessário manter os mais elevados padrões de integridade, governação empresarial e abertura ao investimento estrangeiro nos nossos mercados de capitais”, acrescentou Buenaventura. Desde o início da pandemia de Covid-19, os investidores estrangeiros que desejem comprar mais de 10% de uma empresa espanhola cotada na bolsa devem pedir autorização ao Governo.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Le Figaro

Irão, Venezuela e mais seis países perdem direito de voto na ONU por dívidas

Oito Estados, incluindo o Irão, o Sudão e a Venezuela, perderam o direito de votar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) face ao acumular de dívidas ao organismo, anunciou o secretário-geral aos membros da Assembleia Geral. No total, “11 Estados-membros estão atualmente em atraso no pagamento das suas contribuições no sentido do artigo 19 da Carta das Nações Unidas”, disse António Guterres, citado numa carta. O artigo prevê a suspensão do direito de voto na Assembleia Geral para qualquer país cujo montante em atraso é igual ou superior à contribuição devida nos últimos dois anos civis.

Leia a notícia completa no Le Figaro (acesso livre, conteúdo em francês).

CNN

EUA anunciam primeiro leilão para produção eólica offshore a 23 de fevereiro

A Casa Branca anunciou que vai fazer o seu primeiro leilão em fevereiro para a produção de energia eólica, disponibilizando cerca de meio milhão de acres na costa de Nova Iorque e Nova Jérsia. Esta produção deve gerar eletricidade suficiente para dois milhões de habitações. A secretária do Departamento do Interior, Deb Haaland, afirmou que o leilão, marcado para 23 de fevereiro, vai permitir que os candidatos se apresentem a seis áreas. “O Governo Biden-Harris fez do ataque às alterações climáticas uma peça central da nossa agenda e as oportunidades eólicas offshore, como estas, apresentam uma oportunidade em cada geração e criam nos EUA empregos bem pagos e com os trabalhadores a poderem sindicalizar-se”, disse Haaland.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Dinamarca vai dar quarta dose da vacina contra a Covid-19 aos cidadãos mais vulneráveis

A Dinamarca vai oferecer uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 aos cidadãos mais vulneráveis, face às infeções recorde da variante Ómicron, anunciou o ministro da Saúde, Magnus Heunicke. “Estamos agora a iniciar um novo capítulo, nomeadamente uma decisão de oferecer a quarta vacina aos cidadãos mais vulneráveis”, disse Heunicke. A medida surge numa altura de alívio das restrições a partir do final da semana, o que incluirá a reabertura de salas de cinema e de música, uma vez que as taxas de hospitalização e de mortalidade se estabilizaram apesar do aumento dos casos.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Galp Energia pesa na bolsa de Lisboa em dia negativo na Europa

As principais bolsas europeias seguem em terreno negativo no arranque desta sessão. O PSI-20 negoceia junto da linha de água.

A penúltima sessão da semana arranca com a bolsa nacional a negociar junto da linha de água, num dia em que as principais praças do Velho Continente registam perdas ligeiras. Em Lisboa, a Galp Energia, que na última sessão impulsionou o índice de referência, está agora a pesar no desempenho.

O PSI-20 perde 0,14% para os 5.656,01 pontos, com a maioria das 19 cotadas do índice a negociar em terreno negativo no arranque da sessão desta quinta-feira.

Nas perdas, o destaque vai para a Galp Energia, que recua 0,47% para os 9,776 euros. A petrolífera tinha beneficiado das subidas expressivas dos preços do petróleo na última sessão, mas os futuros do Brent, referência para as importações nacionais, seguem agora em baixa ligeira.

Nota também para o BCP, que cai 0,27% para os 0,1653 euros, e para a Navigator, que recua 0,41% para os 3,38 euros.

Já em terreno positivo, sobressaem os CTT, que somam 1,35% para 4,49 euros, depois de ser conhecido que a empresa e o Governo firmaram um “acordo transitório” que salvaguarda a concessão do serviço postal universal até se concluírem as negociações para o novo contrato.

A família EDP também está a valorizar, com a casa-mãe a subir 0,29% para 4,50 euros e a subsidiária EDP Renováveis a ganhar 0,20% para os 19,95 euros.

Já pela Europa, a sessão arrancou com o pé esquerdo, com o índice de referência Stoxx 600 a perder 0,2%. O espanhol IBEX-35 e o britânico FTSE-100 recuam 0,1%, o alemão DAX cai 0,4%, e o francês CAC-40 desvaloriza 0,3%.

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Ajuda pública à TAP pesa 0,5% do PIB no défice de 2021

  • ECO
  • 13 Janeiro 2022

O impacto negativo dos apoios públicos à companhia aérea no défice de 2021 deverá totalizar 998 milhões de euros.

O impacto da ajuda pública concedida à TAP no défice de 2021 corresponde a 0,5% do PIB, avança o Público (acesso condicionado). Apesar de o Governo ter feito um reforço de 1.736 milhões de euros no final de dezembro no capital da companhia, apenas 536 milhões serão refletidos no défice desse ano, porque o restante foi contabilizado em 2020. A esse valor somam-se os 462 milhões já aplicados em maio.

Desta forma, os apoios que se sentirão no défice totalizam os 998 milhões de euros, o que equivale a cerca de 0,5% do PIB. Tendo em conta os apoios do Estado à companhia aérea, o impacto total no défice deverá atingir cerca de 3.200 milhões de euros, efeito que será, no entanto, sentido ao longo de três anos.

Olhando para as operações financeiras de apoio à TAP previstas para este ano, destaca-se a concessão pelo Estado de garantias públicas para que a companhia obtenha empréstimos junto de entidades privadas. O Instituto Nacional de Estatística irá analisar esta operação, sendo que o mais provável é decidir contabilizar imediatamente no défice o compromisso assumido pelo Estado.

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Hoje nas notícias: TAP, médicos de família e baixas por Covid-19

  • ECO
  • 13 Janeiro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O impacto dos apoios estatais concedidos à TAP no défice de 2021 corresponde a 0,5% do PIB. De momento, há mais de 500 mil portugueses isolados por infeção ou contacto de risco com pessoa infetada com Covid-19. E 10,8% dos 10,4 milhões de utentes inscritos nos centros de saúde está sem médico de família. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Ajuda pública à TAP pesa 0,5% do PIB no défice de 2021

O impacto da ajuda estatal concedida à TAP no défice de 2021 corresponde a 0,5% do PIB. Apesar de o Governo ter feito um reforço de 1.736 milhões de euros no final de dezembro no capital da companhia, apenas 536 milhões serão refletidos no défice desse ano, porque o restante foi contabilizado em 2020. A esse valor somam-se os 462 milhões já aplicados em maio.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Mais de 1,1 milhões de utentes estão sem médico de família

Em 10,4 milhões de pessoas inscritas nos centros de saúde, mais de 1,1 milhões terminaram o ano de 2021 sem médico de família atribuído, segundo os dados do BI dos Cuidados de Saúde Primários e do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ainda que o problema atinja todas as regiões do país, o maior impacto é sentido em Lisboa e Vale do Tejo, que tem 783 mil pessoas nessa situação, o que equivale a 69% do total de pessoas que estão sem médico de família.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Mais de 500 mil portugueses estão em isolamento

Pelo menos 500 mil portugueses estão, neste momento, isolados por infeção ou contacto de risco com pessoa infetada com Covid-19. As baixas pagas neste mês de janeiro deverão, por isso, superar as que foram pagas durante todo o ano de 2021, face ao recorde de casos diários de SARS-CoV-2 a que se tem assistido nas últimas semanas. No ano passado, o Estado gastou 231 milhões de euros em baixas relacionadas com a Covid-19.

Leia a notícia completa no Inevitável (acesso indisponível)

Fisco prolonga escrutínio a grandes contribuintes singulares

A permanência dos contribuintes singulares na Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC) vai ser prolongada. Estas pessoas vão ser acompanhadas por esta unidade durante um período de quatro anos com renovações automáticas e sucessivas, mesmo que deixem de preencher o critério de seleção. Com as novas regras, os contribuintes em causa só deixam de ser seguidos por decisão do diretor-geral da Autoridade Tributária.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Líder do CDS acusa Rui Rio de “diletantismo apolítico”

Em entrevista à rádio Renascença e ao Público, Francisco Rodrigues dos Santos acusou o líder do PSD de “diletantismo apolítico”, considerando que “fere a alternativa política e a mudança urgente de que o país precisa”. Para o líder centrista, “Rui Rio nuns dias está mais para a esquerda, noutros acorda mais à direita”. O presidente do CDS-PP disse ainda que o partido não fará parte de um Governo com PAN ou o Chega, e não coloca a hipótese de demissão se obtiver um resultado abaixo dos 4,22% de 2019. “Teria muita honra” que Paulo Portas aparecesse na campanha eleitoral do partido, acrescentou.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre)

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Escrutínio do Fisco a grandes contribuintes renovado automaticamente a cada quatro anos

  • ECO
  • 13 Janeiro 2022

Com as novas regras, os contribuintes em causa só deixam de ser seguidos por decisão do diretor-geral da Autoridade Tributária.

A permanência dos contribuintes singulares na Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC) vai ser prolongada. Estas pessoas vão ser acompanhadas por esta unidade durante um período de quatro anos com renovações automáticas e sucessivas, mesmo que deixem de preencher o critério de seleção, avança o Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Com as novas regras, os contribuintes em causa só deixam de ser seguidos por decisão do diretor-geral da Autoridade Tributária, que tem de assinar um despacho a ditá-lo. Esta medida, publicada em Diário da República no final do ano passado, vem assim alargar o escrutínio aplicado aos grandes contribuintes, abrangendo também quem já fazia parte da lista.

Este serviço do Fisco acompanha contribuintes com certas características: grandes empresas, com um valor global de impostos pagos superior a 20 milhões de euros, SGPS com rendimentos acima dos 200 milhões, e contribuintes individuais com rendimentos acima de 750 mil euros ou um património acima dos cinco milhões. Além disso, podem também ser incluídas pessoas com manifestações de fortuna “congruentes” com os níveis de rendimentos em causa, bem como as que “sejam consideradas relevantes atendendo à sua relação jurídica ou económica” com quem já está no cadastro.

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