“Vamos ganhar Portugal, assim como ganhámos Lisboa”, diz Moedas

O presidente da Câmara de Lisboa apelou à união do PSD e garantiu a Rui Rio que o líder do partido "não está sozinho".

“Vamos ganhar Portugal, assim como ganhámos Lisboa”. Foi assim que terminou o discurso de Carlos Moedas, no 39º Congresso do PSD, que foi recebido com uma ovação dos militantes social-democratas. O presidente da Câmara de Lisboa apelou à união do partido e sinalizou a Rui Rio que este “não está sozinho”.

“Só ganhámos Lisboa porque estávamos unidos como partido”, defende Moedas, no discurso transmitido pela RTP3, onde fez referência a figuras do partido como Pedro Passos Coelho e Cavaco Silva. A vitória chegou também porque se respondeu “concretamente aos lisboetas com uma reforma”, sublinha, com medidas como “dar as consultas às pessoas e transportes públicos gratuitos”.

Apesar de salientar a necessidade de o partido estar unido, o autarca lisboeta reitera que a “união não é suficiente, temos que ser concretos, ter inconformismo moderado e conseguir vencer sem os extremos”. Moedas aponta que é necessário “retirar das soluções a ideologia que não permite chegar às pessoas”.

O social-democrata aponta que Rui Rio diz que sozinho é impossível fazer reformas, ao que responde, dirigindo-se à liderança do partido: não está sozinho, temos um partido inteiro atrás de si, temos os quase três milhões de votos de Cavaco Silva em 1991, os dois milhões de votos de Passos Coelho em 2011 e os votos de Marcelo Rebelo de Sousa este ano”.

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Mayor de Londres preocupado com ausência de pessoal na saúde devido à Ómicron

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2021

A Ómicron já é a variante da covid-19 dominante na capital britânica, onde as infeções aumentaram 28,6% na última semana.

O presidente da câmara Municipal de Londres, Sadiq Khan, disse este sábado estar “incrivelmente preocupado” com a ausência de trabalhadores nos serviços públicos da saúde e na polícia devido ao aumento rápido dos contágios da covid-19 com a variante Ómicron.

Em declarações à BBC, Khan encorajou a população a ser vacinada com a dose de reforço, assim como a também serem vacinados aqueles que não receberam a primeira dose, dizendo que “nunca é tarde” para se imunizarem. A Ómicron já é a variante da covid-19 dominante na capital britânica, onde as infecções aumentaram 28,6% na última semana, segundo dados das autoridades do Reino Unido.

“O grande problema que temos é o número de londrinos infectados com o vírus e isso traz grandes problemas pela ausência de funcionários e a capacidade de os nossos serviços públicos funcionarem em níveis ótimos”, acrescentou Khan. “Estou extremamente preocupado pelas ausências de pessoal na saúde pública, nas corporações de bombeiros, nos serviços de polícia, nas nossas autoridades locais”, afirmou.

O Presidente da Câmara Municipal (Mayor) de Londres, visitou este sábado o estádio de futebol do Chelsea, Stamford Bridge, onde as pessoas podem ser vacinadas sem hora marcada.

Segundo os dados mais recentes, o número de infecções por coronavírus no Reino Unido atingiu na sexta-feira um novo máximo desde o início da pandemia, pelo terceiro dia consecutivo, atingindo 93.045 casos em 24 horas, cerca de 5.000 a mais do que no dia anterior, enquanto os internamento hospitalares aumentaram 8,1% nos últimos sete dias.

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Portugal levanta suspensão de voos de e para Moçambique

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2021

Portugal exige o cumprimento de isolamento profilático de passageiros vindos de alguns países da África Austral.

Portugal voltou este sábado a permitir a realização de voos de e para Moçambique, mas exige o cumprimento de isolamento profilático de passageiros vindos de alguns países da África Austral, segundo despacho do Diário da República.

Em despacho interministerial publicado na sexta-feira e assinado por ministérios como o dos Negócios Estrangeiros, Saúde e Administração Interna, Portugal autoriza viagens essenciais de e para os países Moçambique, África do Sul, Botsuana, Essuatíni (ex-Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbabué.

Em contrapartida, impõe que os passageiros desses voos, bem como os passageiros que, independentemente da origem, apresentem passaporte com registo de saída desses mesmos países, cumpram, após a entrada em Portugal continental, um período de isolamento profilático de 14 dias, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde.

Porém, de acordo com o despacho, o isolamento profilático desses passageiros cessa para quem obtenha um resultado negativo em teste de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN) ou teste rápido de antigénio (TRAg) realizado ao terceiro dia.

Por outro lado, o isolamento profilático “não é aplicável aos passageiros que permaneçam em território de Portugal continental pelo período máximo de 48 horas”. O despacho agora publicado é também aplicável, com as necessárias adaptações, aos cidadãos que entrem em Portugal por via marítima ou terrestre.

A determinação entrou em vigor às 00:00 de hoje, alterando o despacho que, em finais de novembro, suspendeu o tráfego aéreo para Moçambique e outros países da África Austral em consequência da identificação da nova variante do vírus da covid-19 – Ómicron – e da sua classificação como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), devido à sua incidência e transmissibilidade, forçando a que fossem tomadas medidas restritivas para prevenir e evitar a sua disseminação.

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PSD: Delegados dizem que partido está unido e acreditam na vitória eleitoral

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2021

Delegados do PSD deixam nas mãos de Rui Rio a decisão quanto a um acordo com o PS para garantir a governabilidade. 

Delegados ao 39.º Congresso do PSD acreditam que o partido está unido e vai ganhar as próximas legislativas, deixando nas mãos de Rui Rio a decisão quanto a um acordo com o PS para garantir a governabilidade.

“Julgo que há todas as condições para o PSD sair daqui mais forte e mais unido para ganhar as próximas eleições legislativas”, disse à Lusa Augusto Lima, de Famalicão, à entrada para o Europarque de Santa Maria da Feira (Aveiro), onde decorre até domingo a reunião magna social-democrata. No caso de não haver uma maioria absoluta, este militante entende que o PSD “deve criar condições para que haja governabilidade”.

“Também esperamos que, se o PS não ganhar com maioria absoluta, conte com o PSD para poder governar”, acrescentou. A mesma opinião foi manifestada por Carlos Portela ao afirmar que, para haver “governabilidade no país”, o PSD “deve apoiar o Governo do PS”. “Nós temos que ter governabilidade no país e acho que seria importante a eleição de um Governo seja ele qual for”, afirmou este militante, que veio de Amares, distrito de Braga.

A deputada Fernanda Velez, eleita pelo círculo de Setúbal, também manifestou à Lusa a convicção de que o PSD está unido e vai ganhar as eleições sem precisar de qualquer outro partido. “Nós somos um grande partido, somos um partido da oposição, temos que ser responsáveis e temos que ganhar as eleições. Portanto, só temos que estar unidos”, declarou.

Adélia Oliveira, de 77 anos, admitiu a existência de divergências internas, mas considerou que o PSD está unido e vai ganhar as legislativas, deixando nas mãos de Rui Rio, de quem afirmou ser uma “grande fã”, a decisão de apoiar ou não um Governo do PS para assegurar a estabilidade governativa. “Isso está na mão do líder e não queria falar sobre isso. Eu não gosto muito do PS, mas se for para bem de Portugal…”, disse esta congressista, que veio da Póvoa do Varzim.

Cristina Miguel, de Vimioso, do distrito de Bragança, também defendeu que a decisão de apoiar ou não um Governo socialista cabe ao presidente do PSD. “Penso que o presidente do partido irá decidir pelo melhor, pelo partido, como sempre fez até aqui. Penso que vai correr bem. Não há de haver necessidade de uma segunda opção, porque acho que a primeira opção vai ser ganhar obviamente”, afirmou.

Marco Soares, de 42 anos, que veio de Amares, disse que o partido está “galvanizado” e que o congresso “vai unir ainda mais o partido em relação às eleições que se aproximam”. Já quanto à possibilidade de não haver uma maioria absoluta, entende que é um cenário que só deve ser colocado depois das eleições.

“Penso que estamos aqui para ganhar e é neste caminho que temos que trabalhar e avançar para a frente tendo em conta a vitória. É este cenário que temos que colocar. Depois, os cenários a seguir, logo vemos”, afirmou.

O Congresso do PSD, que começou na sexta-feira e decorre até domingo, reúne cerca de 1.000 delegados e participantes no Europarque em Santa Maria da Feira.

PS tem obrigação de viabilizar governo minoritário do PSD, diz Cristóvão Norte

O líder da distrital do PSD/Faro, Cristóvão Norte, defendeu este sábado que o PS tem a obrigação de viabilizar um governo minoritário social-democrata, o que nunca fez na história, defendendo que o PSD tem que ter “uma alternativa clara”.

Na intervenção mais entusiástica na manhã do segundo dia do 39.º Congresso Nacional do PSD, o ainda deputado – que apoiou Paulo Rangel nas diretas e está fora da lista às próximas legislativas – apelou a que o PSD convença “os portugueses da importância de uma maioria político-social” para que não esteja dependente do PS.

“O que é que nos vamos fazer para transformar este país? Nós temos que ter a nossa alternativa clara. O PS nunca viabilizou na história um governo do PSD e teve várias ocasiões de o fazer”, referiu. O social-democrata recordou que o “PSD viabilizou governos do PS porque era irreconciliável o PS com o PCP e depois com o BE”.

“Hoje temos o Chega e o Chega é irreconciliável com o PSD, portanto se o Chega é irreconciliável com o PSD, o PS tem a obrigação de fazer ao PSD aquilo que o PSD fez ao PS no passado”, defendeu. Em suma, para Cristóvão Norte, é “obrigação do PS viabilizar um governo do PSD caso esse governo do PSD seja minoritário”.

“Convençamos os portugueses da importância dessa maioria político-social para que não estejamos dependentes do PS porque dependentes do PS seremos sempre seus reféns, não iremos avante. Viu-se, em 2019, o doutor Rui Rio quis estabelecer reformas estruturais com o PS e que resposta obteve”, lembrou.

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Auchan refuta condenação da Autoridade da Concorrência e vai recorrer aos tribunais

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2021

A Auchan "irá recorrer judicialmente da decisão adotada, exercendo naturalmente os direitos previstos na Lei da Concorrência".

A cadeia de supermercados Auchan recusou este sábado as práticas anticoncorrenciais que a Autoridade da Concorrência lhe imputa e vai recorrer da condenação de 1,2 milhões de euros em tribunal, disse este sábado em comunicado.

“A Auchan refuta totalmente as práticas que lhe são imputadas pela Autoridade da Concorrência na decisão final no âmbito de processos contraordenacionais e irá recorrer judicialmente da decisão adotada, exercendo naturalmente os direitos previstos na Lei da Concorrência”, lê-se no comunicado divulgado este sábado.

A Auchan acrescentou que tem processos de formação e de controlo internos dos seus trabalhadores “a fim de evitar qualquer tipo de comportamentos que possam resultar na violação das regras de concorrência”.

Na sexta-feira, a Autoridade da Concorrência multou em 17,2 milhões de euros os supermercados Auchan, E.Leclerc, Intermarché, Modelo Continente, Pingo Doce e a Sogrape, e ainda dois gestores (um administrador e diretor geral da Sogrape e um diretor de unidade de negócio da Modelo Continente), por participação “num esquema de fixação de preços de venda ao consumidor”.

Segundo o regulador, “a investigação permitiu concluir que mediante contactos estabelecidos através do fornecedor comum, sem necessidade de comunicarem diretamente entre si, as empresas de distribuição participantes asseguram o alinhamento dos preços de retalho nos seus supermercados, numa conspiração equivalente a um cartel, conhecido na terminologia do direito da concorrência como ‘hub-and-spoke'”.

Esta prática, indicou a Autoridade da Concorrência, “é prejudicial para os consumidores e afeta a generalidade da população portuguesa, uma vez que os grupos empresariais envolvidos representam grande parte do mercado nacional da grande distribuição alimentar”.

Além disso, referiu, a prática “elimina a concorrência, privando os consumidores da opção de melhores preços, assegurando melhores níveis de rentabilidade para toda a cadeia de distribuição, incluindo fornecedor e as cadeias de supermercados”. A multa mais elevada cabe ao Pingo Doce, com a marca detida pela Jerónimo Martins a ser sancionada em 5,5 milhões de euros, seguida da Sogrape, com 4,8 milhões de euros, e da Modelo Continente, com 4,3 milhões de euros.

A Auchan foi multada em 1,2 milhões de euros, valor semelhante ao aplicado à ITMP Alimentar (Intermarché) e a Cooplecnorte (E. Leclerc) em 140 mil euros. Os dois gestores foram multados em 13.500 euros e 2.000 euros, respetivamente. Também o Pingo Doce e Sogrape anunciaram já a impugnação das condenações nos tribunais.

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Governo afirma esforço para repor faltas de testes até ao Natal

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2021

“Garantidamente que chegaremos à época de Natal com tranquilidade e serenidade para que todas as pessoas se possam testar”, disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou este sábado que o Governo está a fazer um esforço para repor, nas farmácias e laboratórios, as faltas de testes ao novo coronavírus, visando chegar ao Natal “com tranquilidade”.

“Neste momento estamos a fazer um esforço por repor todas as faltas que possam existir pontualmente, aqui ou acolá, quer nas farmácias, quer nos laboratórios, quer em todas as instituições que fazem testes”, declarou aos jornalistas o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, à margem de uma visita ao centro de vacinação de Gondomar (Porto).

António Lacerda Sales declarou que Portugal vai chegar ao Natal toda a gente a poder testar-se. “Garantidamente que chegaremos à época de Natal com tranquilidade e serenidade para que todas as pessoas se possam testar”, disse.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde aproveitou ainda para fazer um apelo aos portugueses para fazerem testes rápidos e auto testes nesta época festiva, tanto no Natal, como na passagem de ano, para que possam fazer testes rápidos, fazer auto testes. “É muito importante que façam testes”, aconselhou, recordando que além dos testes as máscaras também devem continuar a ser usadas.

Questionado sobre a falta de testes nas farmácias, Lacerda disse que Portugal está com uma média diária superior neste momento a 140 mil testes diários. “Temos mais de 23,4 milhões de testes efetuados no país, houve dias em que já vacinamos mais de 190 mil pessoas – a 10 de dezembro -, portanto, estamos a fazer um esforço enorme de testagem. É evidente que, às vezes pontualmente, em determinados períodos, pode haver dificuldades de mercado. Estamos a fazer um esforço”, concluiu.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou este sábado que as crianças dos 9 aos 11 anos que não têm autoagendamento para a vacina da covid-19 vão poder vacinar-se esta tarde nos centros de vacinação do país e apelou aos médicos pediatras e de medicina geral e familiar para se envolverem no esclarecimento dos pais sobre a vacinação das crianças e ajudarem a construir o “capital de confiança”.

“Como profissional de saúde, a todos os pediatras e a todos os médicos de medicina geral e familiar, a todos os profissionais de saúde com competência nesta matéria, fazer um apelo para que se envolvam neste processo [da vacinação das crianças]”, disse aos jornalistas o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, à margem de uma visita ao centro de vacinação de Gondomar (Porto).

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Portugal regista mais 5.062 casos de Covid-19 e 12 mortos

Desde o início da pandemia, Portugal soma 1.220.836 casos de infeção e 18.753 mortes por Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 5.062 novos casos de Covid-19, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.220.836. O boletim deste sábado indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram mais 12 pessoas com a doença, para um total de 18.753 óbitos.

O número de novos casos diários voltou assim a ultrapassar os 5.000. Atualmente, existem 70.440 casos ativos em Portugal, mais 34 face ao balanço anterior.

Por outro lado, o número de mortes caiu, sendo que foram cerca de metade daquelas registadas nesta sexta-feira. Além dos óbitos, também nos internamentos se registou uma diminuição. Há agora 905 doentes internados em unidades hospitalares (menos 38 nas últimas 24 horas), dos quais 147 em unidades de cuidados intensivos (número que não se alterou).

O boletim da DGS dá também conta de um total de 1.131.643 recuperados, mais 5.016 do que no balanço anterior. Há ainda 99.081 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 1.508 nas últimas 24 horas.

Boletim epidemiológico de 18 de dezembro de 2021:

Por regiões, o número mais elevado de novas infeções deste sábado registou-se em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), com 2.223 novos casos. Seguem-se a região Norte, que confirmou 1.360 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, o Centro, com 836 infeções, o Algarve, com mais 273 casos, e o Alentejo, com 133 novas infeções. O arquipélago dos Açores contabilizou 40 casos, enquanto a Madeira somou mais 197 infeções do coronavírus.

LVT registou três das 12 mortes por Covid-19, bem como o Centro e o Algarve. Na região Norte, morreram mais duas pessoas infetadas, enquanto os Açores confirmaram outro óbito.

(Notícia atualizada às 14h38)

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As 5 ideias de Virgílio Lima para o futuro do universo Montepio

O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, que venceu as eleições com 47,98% dos votos, tem em vista nomear uma equipa do banco de “continuidade” e renovada ao mesmo tempo.

Virgílio Lima ganhou as eleições para os órgãos sociais da maior mutualista do país para o mandato 2022-2025, com os associados a escolherem a solução de continuidade. A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), que conta 600 mil associados e três mil milhões de euros em poupanças, vai assim continuar com o mesmo presidente, que prometeu nomear uma equipa de “continuidade” e renovada ao mesmo tempo, mas “sem ruturas”.

O presidente da mutualista também defendeu, numa entrevista ao ECO no mês passado, que o problema do malparado do banco terá a sua solução “nos meses em vista”. Veja aqui as principais ideias de Virgílio Lima para o futuro do universo Montepio.

2022 será o ano de “libertar imparidades”

A Associação Mutualista Montepio Geral tem 2,4 mil milhões de euros dos associados aplicados no Banco Montepio, dos quais cerca de 1.000 milhões são perdas por imparidade. Virgílio Lima, assegurou que a mutualista vai começar a recuperar esse dinheiro perdido a partir do próximo ano: “2022 será gerador de resultados alinhados com a média do setor, isso permitirá libertar imparidades” no banco, garantiu, em entrevista.

“Toda a previsão vem no sentido de um ano de 2022 já gerador de resultados alinhados com a média do setor, isso permitirá libertar por inerência imparidades, na medida em que, quando se geram resultados, as perspetivas de futuro são de continuação, havendo sustentabilidade e poderemos libertar imparidades que são muito importantes para o balanço da associação”, sublinhou.

Investidores poderão vir a entrar, mas a médio prazo

Em relação à abertura da estrutura de capital do Banco Montepio a outros investidores, o presidente admite essa possibilidade, mas alerta para a atual desvalorização do banco, que pode acarretar perdas para os associados em caso de uma venda parcial de ações a um parceiro.

“Se entrasse um parceiro agora, iria apropriar-se-ia na proporção da sua entrada [de capital] da recuperação das imparidades”, avisou Virgílio Lima, atual presidente da AMMG. Lima admite, ainda assim, a entrada de um acionista, mas vê isso a acontecer apenas a médio prazo.

Apoio público não está em vista

Virgílio Lima afastou o cenário de ajuda pública ao grupo Montepio. “A mutualista Montepio não precisa de fundos do Estado”, disse, numa entrevista ao ECO em maio.

O presidente da AMMG justificou as declarações com os planos de convergência e que prepararam no âmbito do período de transição: “o suporte para esta demonstração são os planos perfeitamente escrutinados do banco, dos seguros e das entidades do grupo, mas em particular estas duas entidades mais relevantes na nossa carteira que são os bancos e os seguros, que, escrutinados pelos seus supervisores, vemos aqui caminho para no horizonte definido, atingir níveis de equilíbrio ajustados à nossa realidade e que não carecem, como nunca aconteceu na nossa história, desse tipo de intervenções”.

A AMMG gere poupanças de cerca de 3.000 milhões de euros de 600 mil associados, mas o balanço mostra um cenário desafiante ao nível da valorização do banco (o principal ativo) e dos ativos por impostos diferidos, na ordem dos 800 milhões, e que estão a mascarar uma situação líquida deficitária.

Salários da administração têm em conta “concorrência do mercado”

Algumas listas defendiam uma frugalidade e redução dos salários e benesses da administração. No entanto, o atual presidente da AMMG defendeu que a política salarial no grupo tem em conta a “concorrência do mercado”.

“Também ao nível das competências de gestão temos de ter essa qualidade. O preço dessa qualidade é o preço do mercado. Naturalmente que isso tem de ser observado. Esses são os critérios”, disse.

Tendo em conta a missão que têm de desempenhar,têm de se pagar os valores normais do mercado”, nomeadamente “em função do serviço ao cliente, do serviço ao associado e dos resultados globais do grupo que também neste mercado específico das competências de gestão nós temos de ter as condições normais de mercado”, defendeu.

Renovar a oferta mutualista

Virgílio Lima defendeu que é necessário “adequar a resposta” da mutualista. “Os nossos associados precisam de apoios na saúde, na habitação, na velhice, quando o rendimento disponível diminui e as necessidades de apoio aumentam. Queremos criar modalidades que permitam servir os associados, não visando o lucro”, reiterou.

Uma das propostas visa, por exemplo, uma “modalidade para a habitação, em que as pessoas possam ter soluções de habitação com a intervenção da Associação Mutualista num primeiro momento, mas associada a uma modalidade que permita, no final, o associado ficar com a habitação”. “E isto em condições muito vantajosas do ponto de vista de custo para o associado, satisfazendo uma área em que sentimos que há uma necessidade efetiva”, explicou.

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Roman Abramovich tem cidadania portuguesa desde abril

  • ECO
  • 18 Dezembro 2021

Naturalização do multimilionário russo ocorreu através de uma lei que possibilita a obtenção de cidadania aos descendentes da antiga comunidade sefardita.

O multimilionário russo Roman Abramovich tornou-se cidadão português em abril deste ano, revela o Público (acesso pago). A naturalização do dono do clube de futebol Chelsea foi feita ao abrigo da Lei da Nacionalidade como judeu sefardita. Esta lei possibilita a obtenção de cidadania aos descendentes da antiga comunidade sefardita.

As ascendências sefarditas do multimilionário foram comprovadas pela Comissão de Certificação do Sefardismo da comunidade judaica portuguesa. Este processo terá chegado à Conservatória dos Registos Centrais, em Lisboa, e ao Ministério da Justiça a 16 de outubro de 2020, ficando concluído a 30 de abril deste ano.

Abramovich obteve também nacionalidade israelita, em maio de 2018, depois de o visto que tinha para ficar no Reino Unido expirar e não ser renovado. “Ele [Abramovich] entrou com um pedido de autorização de imigração, os seus documentos foram verificados de acordo com a lei de retorno [que concede o direito de residência e cidadania a qualquer judeu, que deseje emigrar para Israel] e foi considerado elegível”, explicou o Ministério do Interior do país.

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Portugueses comem 70.000 toneladas de bacalhau por ano e cinco das quais só no Natal

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2021

O diretor do NSC para Portugal garantiu que não vai faltar bacalhau no Natal, apesar de ressalvar que existem alguns constrangimentos.

Os portugueses comem 70.000 toneladas de bacalhau por ano, até cinco das quais só no Natal, época na qual não vai faltar este tipo de pescado, apesar dos constrangimentos logísticos, garantiu o diretor do NSC para Portugal.

“O bacalhau tem um estatuto único na gastronomia portuguesa e, por isso, a sua evolução no mercado tem sido estável. Os portugueses consomem cerca de 70.000 toneladas de bacalhau por ano, o que representa sete quilogramas (kg) ‘per capita’. Este peso em bacalhau salgado seco corresponde a 20 kg de bacalhau fresco”, indicou o diretor do Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC) para Portugal, Johnny Thomassen, em resposta à Lusa.

Só na consoada, estima-se que sejam consumidas entre quatro e cinco mil toneladas de bacalhau da Noruega. Ainda no que se refere à origem, 70% de todo o bacalhau comido em Portugal é da Noruega e, segundo o NSC, apesar da pandemia de covid-19, “os portugueses não vão abdicar do seu fiel amigo no Natal”. Johnny Thomassen contrariou o que classificou como “notícias alarmistas”, garantindo que não vai faltar bacalhau no Natal, apesar de ressalvar que existem alguns constrangimentos.

“Eventualmente, alguns produtores ou retalhistas mais pequenos podem ficar sem ‘stocks’ ou não terem todos os calibres disponíveis. Contudo, esta situação será a exceção e não há qualquer risco de faltar bacalhau”, vincou, sublinhando alguns constrangimentos logísticos de transporte que não permitem que o bacalhau chegue a Portugal como habitualmente.

Porém, os empresários estão a encontrar outras soluções para contornar a questão do transporte, referiu, dando como exemplo uma empresa, em Aveiro, que “fretou um navio para trazer carregamentos de bacalhau da Noruega”. No que concerne à covid-19, o diretor do NSC para Portugal disse também que o consumo se manteve estável face aos anos anteriores, apesar da pandemia ter provocado algumas mudanças nos padrões de consumo.

“A pandemia ‘obrigou’ os portugueses a reaprender a cozinhar e, em alguns casos, permitiu às famílias terem um maior número de refeições em conjunto e mais tempo para dedicarem à questão da alimentação. Portanto, ao longo destes meses tem-se verificado um aumento do consumo de bacalhau em contexto doméstico e uma diminuição nas refeições fora de casa”, acrescentou.

O preço, por seu turno, subiu ligeiramente na origem e em loja, mas não é espectável que aumente substancialmente. “Os retalhistas sabem que o bacalhau é muito importante para atrair os clientes para a loja e, nesse sentido, apostam bastante em promoções nesta categoria. Por exemplo, em média, 67% das vendas de bacalhau são feitas em promoção”, disse.

Porém, Thomassen avisou que, no início do próximo ano, é “possível que se verifique uma subida dos preços” e que podem faltar alguns calibres nas lojas mais pequenas, situação que deverá estar normalizada até à Páscoa.

O NSC é uma empresa pública subordinada ao Ministério da Pesca e Assuntos Costeiros da Noruega, financiada pela indústria através de taxas sobre todas as exportações dos produtos do mar daquele país. Para promover o consumo dos produtos do mar da Noruega, o NSC está presente em vários países, incluindo Portugal.

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📹 O que é um unicórnio? Perguntou ao Google, nós respondemos

2021 tem sido um ano positivo para o ecossistema de startups. Só este ano nasceram quatro unicórnios com DNA nacional, elevando para sete o número de empresas com esse estatuto.

Levantou 350 milhões de dólares e voou para unicórnio com uma avaliação de 3 mil milhões de dólares. A Anchorage Digital é o mais recente unicórnio com DNA português.

A fintech fundada por Diogo Mónica nos Estados Unidos é o quarto a nascer em 2021, num ano em que o ecossistema viu surgir outros três unicórnios com cores nacionais: Feedzai, Remote e, em novembro, a Sword Health.

Veja o vídeo: https://videos.sapo.pt/nZLujqzLBzUsrnVELuo6

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Calais é há 30 anos “uma autoestrada” para alcançar o Reino Unido

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2021

Neste momento, segundo as estimativas oficiais, há entre 700 a 1.000 migrantes à espera de atravessar o canal, mas as associações de apoio no terreno dizem haver cerca de 1.500 pessoas.

A morte de 27 migrantes no Canal da Mancha em novembro fez dirigir novamente os holofotes para Calais, cidade costeira francesa que lida há 30 anos com os problemas gerados pelos mecanismos migratórios europeus, sem soluções à vista.

“Mesmo antes do ‘Brexit’ a situação já era assim. Há 30 anos que Calais é uma autoestrada para quem quer passar para Inglaterra. (…) a migração é um fenómeno social e Calais encontra-se na encruzilhada do extremo da Europa e o que é importante saber é se vamos insistir nos erros ou tentamos uma outra estratégia”, afirmou William Feuillard, coordenador-geral da associação Auberge des Migrants (Albergue dos Migrantes), em declarações à agência Lusa.

Para este ativista, sem novas soluções, os migrantes vão continuar a chegar a Calais para passar para o Reino Unido. Neste momento, segundo as estimativas oficiais, há entre 700 a 1.000 migrantes à espera de atravessar o canal, mas as associações de apoio no terreno dizem haver cerca de 1.500 pessoas nessas condições.

A maior parte destes migrantes vêm de países como o Sudão, Síria, Eritreia, Etiópia, Iraque, Irão ou Egito, alguns estão apenas há duas ou três semanas em Calais, outros estão na cidade há anos. Muitos entram na Europa através de Itália ou da Grécia e ingressam no sistema de Dublin (convenção da União Europeia para agilizar o processo de pedido de asilo) quando são identificados nesses países.

Mesmo sem saberem, ao darem as suas impressões digitais nos países de entrada, os migrantes geram um processo automático de pedido de asilo nesses Estados o que impede que o façam noutros da UE, como a França. Ficam bloqueados. “O sistema de Dublin é completamente enviesado. Os países do Sul, com maior número de chegadas, têm muito mais migrantes que os países do Norte”, criticou William Feuillard.

O ativista disse que muitos migrantes até prefeririam ficar em França, mas as questões administrativas e burocráticas fazem com que seja difícil concluir um processo de pedido de asilo de forma rápida. “As pessoas querem só começar a sua vida. (…) chegam aqui com percursos muito longos e duros e querem trabalhar, ter amigos, ser autónomos sem depender da generosidade de ninguém”, explicou Feuillard, cuja associação apoia centenas de migrantes com alimentos e lenha para se aquecerem.

O Reino Unido, onde não existem controlos de identidade pois não há formalmente um documento para tal, torna-se assim a “única” saída viável para muitos destes migrantes que se encontram num vazio administrativo na Europa, adiantou.

“Enquanto a Grã-Bretanha conservar uma legislação atrativa, as pessoas vão continuar a tentar passar. Podemos dizer o que quisermos, mas quando temos um migrante que nos diz que aqui ele não é nada, porque não tem direitos e não pode trabalhar ou encontrar uma casa até o processo de asilo estar concluído, se ele passar para o Reino Unido, mesmo em situação ilegal, ele pode fazer isso tudo”, explicou à Lusa Véronique Deprez-Boudier, subprefeita de Calais.

A imigração é mais uma acha na complexa fogueira das relações franco-britânicas pós-‘Brexit’ e, do lado francês, as dezenas de organizações não-governamentais que dão apoio aos migrantes e as autoridades estão de costas voltadas. As associações acusam a polícia francesa de violência contra os migrantes, falam de agressões e, especialmente, do desmantelamento constante dos campos construídos precariamente com tendas.

“Temos testemunhos horríveis. Pessoas que estão na rua e são gaseadas pela polícia por nada. Obrigar as pessoas a viverem na rua é uma violência monstruosa. As pessoas são insultadas pela polícia”, relatou William Feuillard. As autoridades refutam as acusações. “Temos um objetivo comum que é salvar pessoas, mas temos dificuldades em ver as coisas da mesma maneira”, declarou a subprefeita.

Calais, com cerca de 75 mil habitantes, sofre há décadas o impacto da pressão migratória em todos os setores de atividade. “Numa determinada altura, o centro de Calais era muito frequentado pelos ingleses, hoje em dia dizer a um inglês para vir aqui de férias é difícil, já que tudo que se vê de Calais são as imagens que sabemos, as notícias sobre a imigração e isso não atrai ninguém para o nosso território”, explicou Eric Lelieur, primeiro vice-presidente da Câmara de Comércio Litoral Hauts-de-France. A Agência Lusa tentou, sem sucesso, entrevistar a presidente da Câmara de Calais, Natacha Bouchart.

Sendo o ponto mais próximo do Reino Unido, Calais é um dos portos mais importantes da Europa. É aquele por onde passam mais pessoas em França e o segundo porto europeu em termos de veículos, com cerca de 1,8 milhões de camiões todos os anos. No entanto, nas reuniões com investidores, clientes ou fornecedores, as perguntas sobre as condições empresariais em Calais recaem sempre sobre o mesmo tema: a imigração.

Eric Lelieur considera que os migrantes não são sinónimo de criminalidade, mas que perturbam a atividade económica da região. Tentam infiltrar-se nos camiões ou trepar para cima deles, causam bloqueios nas estradas e já se registaram acidentes mortais, assustando os condutores e as grandes empresas de camionagem que hoje preferem levar os seus veículos até aos portos belgas ou holandeses.

“Acolher novas empresas (…) não é algo simples, já que instalar-se aqui representa maiores problemas de segurança do que noutros sítios e custos suplementares que não são irrelevantes. Há uma dificuldade evidente em todos os setores, portanto a vida de todos é afetada”, disse Lelieur. O empresário considerou que a cidade enfrenta atualmente o “apogeu” da crise migratória e que não tem maneira de lidar com questões geopolíticas que a ultrapassam, gerando-se um cansaço entre os habitantes, que é reconhecido pelas autoridades.

“É sempre complicado ver pessoas que todos os dias fazem a escolha de partir, arriscando as suas vidas. Ninguém é insensível a isto, mas a presença contínua e constante destes migrantes leva a consequências no dia-a-dia dos habitantes. Torna-se difícil viver com esta situação”, declarou Véronique Deprez-Boudier.

As associações também reconhecem que não há soluções fáceis, mas esperam que agora a situação seja considerada suficientemente grave para se rever a política europeia e britânica de migração. “Pedimos o fim do desmantelamento de campos durante o inverno e a abertura do diálogo entre as associações e as autoridades. E não falo de uma reunião a cada três meses com os jornalistas. Queremos formas legais de as pessoas poderem verdadeiramente escolher se querem pedir asilo no Reino Unido ou em França”, afirmou William Feuillard.

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