Tribunal da Relação anula absolvição da TVI e de ex-diretor no processo sobre a resolução do Banif

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

O caso é referente à divulgação de uma notícia sobre o banco Banif ser alvo de uma medida de resolução. A decisão terá agora de regressar ao Juízo Central Criminal de Lisboa para ser reformulada.

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) anulou a absolvição da TVI e do seu ex-diretor Sérgio Figueiredo no processo sobre a divulgação de uma notícia sobre o banco Banif ir ser alvo de uma medida de resolução.

Em causa está a notícia divulgada na noite de 13 de dezembro de 2015 de que estaria tudo preparado para o fecho do banco e que poderia haver perdas para acionistas e depositantes acima dos 100 mil euros.

A notícia foi desmentida pela instituição bancária e o Banco de Portugal e o Ministério das Finanças emitiram comunicados no dia seguinte que apontavam apenas para um processo de venda. No entanto, o colapso do Banif viria mesmo a ser confirmado uma semana depois, após uma queda nos depósitos de quase 1.000 milhões de euros no espaço de uma semana.

“Acordam os Juízes que compõem a 3.ª Secção do Tribunal da Relação de Lisboa em conceder provimento ao recurso e consequentemente anular a sentença, (…) que deve ser reformulada em conformidade”, lê-se no acórdão do TRL, que reverte a absolvição na primeira instância em maio de 2022.

Segundo a decisão do TRL, os juízes desembargadores Maria da Conceição Miranda, Rosa Vasconcelos e Alfredo Costa entenderam que houve omissão de pronúncia na sentença, por considerarem que o tribunal não indicou qualquer posição sobre a valorização dos depoimentos de duas testemunhas ouvidas durante o julgamento.

É necessário expressar objetivamente na sentença a relevância que os meios probatórios produzidos na audiência de julgamento (…) tiveram para formar a convicção do tribunal“, reiteraram os desembargadores, que, com base nesta nulidade invocada pelo Banif (assistente no processo) e pelo Ministério Público (MP), já nem apreciaram as restantes questões apresentadas no recurso.

A decisão terá agora de regressar ao Juízo Central Criminal de Lisboa para ser reformulada.

Na sequência desta situação, o Governo e o Banco de Portugal decidiram em dezembro de 2015 vender a atividade do Banif e a maior parte dos seus ativos e passivos ao Banco Santander Totta por 150 milhões de euros.

A Comissão Europeia aprovou também o plano português de uma ajuda adicional de 2,25 mil milhões de euros para a cobrir o “buraco” financeiro no Banif, segundo as regras europeias.

A alienação foi tomada “no contexto de uma medida de resolução” pelas “imposições das instituições europeias e inviabilização da venda voluntária do Banif”, segundo um comunicado do Banco de Portugal então divulgado.

A operação envolveu “um apoio público estimado em 2.255 milhões de euros que visam cobrir contingências futuras, dos quais 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução e 1.766 milhões diretamente do Estado”, informou o banco central, garantindo que esta solução era a que melhor protegia “a estabilidade do sistema financeiro português”.

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Apritel escolhe M Public Relations para assegurar a sua comunicação

  • + M
  • 27 Junho 2024

Millennium bcp, Galp, Fundação Calouste Gulbenkian, Amorim Luxury, Siemens, Century 21, Jaguar Land Rover, Oceanário de Lisboa, Teatro Tivoli ou Heineken são os principais clientes da agência.

A M Public Relations é agora a agência responsável por trabalhar a assessoria de imprensa e estratégia de comunicação da Apritel, associação dos operadores de comunicações eletrónicas, que representam cerca de 4% do PIB nacional e mais de 13 mil postos de trabalho diretos.

“Queremos continuar a valorizar a excelência da nossa indústria e a demonstrar a importância das comunicações na valorização da sociedade. Estamos por isso entusiasmados com o início desta ligação com a M Public Relations como nosso parceiro de comunicação”, diz citado em comunicado Pedro Mota Soares, secretário-geral da associação dos operadores de comunicações eletrónicas.

Já por parte da M Public Relations, o seu CEO refere que a agência “quer contribuir para o reconhecimento da importância do setor das comunicações“. “É com grande orgulho que começamos a trabalhar com uma instituição tão relevante no tecido associativo português”, acrescenta Daniel Vaz.

Millennium bcp, Galp, Fundação Calouste Gulbenkian, Amorim Luxury, Siemens, Century 21, Jaguar Land Rover, Oceanário de Lisboa, Teatro Tivoli ou Heineken são os principais clientes da M Public Relations.

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Derrota de Portugal frente à Geórgia foi vista por 3,4 milhões de telespectadores

  • + M
  • 27 Junho 2024

Acompanhe as audiências de todos os jogos do Euro 2024, numa análise da agência de meios Dentsu/Carat para o +M/ECO, e confira os resultados desportivos.

A derrota de Portugal frente à Geórgia, por duas bolas a zero, foi acompanhada por cerca de 3,4 milhões de telespectadores. De acordo com a análise elabora pela Dentsu/Carat para o +M, a TVI registou uma audiência média de 3,2 milhões de telespectadores (33,5% aud. média) com 62,5% share. Na Sport TV, foram quase 163 mil os telespectadores que viram o jogo.

A partida foi o segundo jogo mais visto do Euro 2024 até agora pelos portugueses, ficando apenas atrás do jogo de estreia de Portugal, frente à Chéquia, que foi acompanhado por 3,6 milhões de pessoas nas transmissões da SIC e Sport TV. O top três fica completo com o confronto entre Portugal e Turquia, que foi visto por 2,8 milhões de telespectadores na RTP1 e Sport TV.

Sem contar com os jogos da seleção portuguesa, a partida mais vista foi a que opôs as seleções de Espanha e Itália e que foi vista por mais de 1,8 milhões de telespectadores na RTP1 e Sport TV.

Os primeiros 13 dias de Europeu foram acompanhados por 25 milhões e 37 mil telespectadores. Portugal, Chéquia, Geórgia, França e Itália captaram até agora as maiores audiências do Europeu.

Audiência Jogo a Jogo – 1ª Fase

Audiência Jogo a Jogo – 1ª Fase e Audiência Acumulada

Audiência Fase a Fase

Audiência por seleção

Jogos e Resultados – 1ª Fase

Audiência por Marca

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CCDR-N e Xunta da Galiza tomam posição conjunta pela alta velocidade Porto-Vigo

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

As duas entidades mostram-se favoráveis à ligação ferroviária entre Porto e Vigo por entenderem ser uma “infraestrutura prioritária e estratégica” para o desenvolvimento económico e social.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte e a Xunta da Galiza assinam na terça-feira, em Valença, uma declaração conjunta onde defendem como “uma prioridade óbvia” a ligação de alta velocidade entre Porto e Vigo (Espanha). No documento, a que a Lusa teve esta quinta-feira acesso, a CCDR-N e a Xunta da Galiza mostram-se favoráveis a esta ligação ferroviária por entenderem ser uma “infraestrutura prioritária e estratégica” para o desenvolvimento económico e social de Portugal e Espanha.

Segundo estas entidades, o desenvolvimento harmonioso dos territórios, com igualdade de tratamento e atitude solidária, proporciona uma evolução da qual todas as partes beneficiam. “A riqueza partilhada gera oportunidades e promove sinergias de bem-estar através do envolvimento coletivo”, referem.

No que diz respeito às redes de comunicação, esta perspetiva é “especialmente relevante” porque isso significa a plena utilização dos territórios e do capital humano, sublinham ainda. Na missiva, a CCDR-N e a Xunta da Galiza salientam que os estudos realizados sobre a ligação ferroviária em alta velocidade demonstram “dados incontestáveis” quanto ao seu potencial de utilização e rentabilidade.

O que, com os laços culturais existentes entre os dois países, constitui “um capital valioso” para alcançar progressos significativos na construção de projetos baseados na intercomunicabilidade, acrescentam. Insistindo que esta ligação é “uma prioridade óbvia”, as entidades ressalvaram a necessidade da mesma ser acompanhada de um orçamento e de um calendário realista para as concretizar dentro dos prazos previstos.

“Exigimos, assim, o desenvolvimento de um programa completo de ações, investimentos e etapas para a ligação [Porto-Vigo] com prioridade para a saída Sul de Vigo”, vincam. A CCDR-Norte e a Xunta da Galiza solicitam ainda aos governos de Portugal e Espanha que se articulem na definição da nova ligação internacional no rio Minho.

“Recordamos que a atual ligação, o chamado Comboio Celta entre Porto e Vigo, efetua-se em duas horas e meia com material muito obsoleto e oferece condições de serviço que devem ser atualizadas com urgência, enquanto a ligação do Eixo Atlântico não se concretizar para tornar possível que tal viagem ocorra no tempo máximo de uma hora”, frisaram.

Esta declaração, que vai ser assinada na terça-feira às 11:00, na antiga alfândega de Valença, no distrito de Viana do Castelo, vai ser enviada às entidades territoriais da Eurorregião, confederações empresariais e sindicais e entidades locais. Entre as entidades locais figura a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, que na segunda-feira em reunião pública do executivo municipal avalia esta declaração, segundo a agenda a que a Lusa teve hoje acesso.

A 23 de maio, o ministro das Infraestruturas assegurou, após um breve encontro com o presidente do governo regional da Galiza, que o executivo mantém o compromisso da ligação ferroviária em alta velocidade entre Lisboa e Vigo, bem como a Madrid. A ligação do Porto a Vigo, na Galiza, que está a ser desenvolvida paralelamente à linha de alta velocidade entre Porto e Lisboa, contempla estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).

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UE compromete-se a dar apoio “de longo prazo” à Ucrânia

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A assistência global da UE e dos Estados-membros à Ucrânia ascende a quase 108 mil milhões de euros, incluindo 39 mil milhões de euros de apoio militar.

A União Europeia (UE) comprometeu-se esta quinta-feira a dar “um apoio previsível e de longo prazo” à segurança e defesa da Ucrânia, segundo uma declaração conjunta divulgada em Bruxelas.

O compromisso, assinado pelos presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que se deslocou a Bruxelas para assinar o documento, à margem da reunião que junta os líderes europeus, estipula que a UE se empenha em dar “um apoio previsível, a longo prazo e sustentável à segurança e defesa da Ucrânia”.

A UE continuará, com a criação do Fundo de Assistência, a apoiar o fornecimento de equipamento militar letal e não letal e de formação a Kiev, com um orçamento de cinco mil milhões de euros (ME) para 2024, podendo ainda haver “aumentos anuais comparáveis até 2027, com base nas necessidades ucranianas e sob reserva da orientação política do Conselho” da UE.

A assistência global da UE e dos Estados-membros à Ucrânia ascende a quase 108 mil milhões de euros, incluindo 39 mil milhões de euros de apoio militar, dos quais 6,1 mil milhões de euros através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

A UE criou ainda o Mecanismo Ucrânia de 50 mil milhões de euros para prestar apoio financeiro previsível à Ucrânia durante o período 2024-2027 (7,9 mil milhões já desembolsados) e também concordou em utilizar as receitas extraordinárias provenientes dos ativos imobilizados da Rússia para apoiar Kiev.

A Ucrânia compromete-se a prosseguir com as reformas necessárias para a futura adesão à UE, bem como na área da segurança, serviços de informação e defesa.

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Google Tradutor passa a incluir português de Portugal

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A gigante tecnológica, através do recurso a IA, anunciar que vai incluir 110 novos idiomas no Google Tradutor, entre os quais o português de Portugal.

A Google anunciou esta quinta-feira que está a implementar 110 novos idiomas no Google Tradutor, ferramenta de tradução da tecnológica, sendo a “maior expansão de todos os tempos”, e que inclui o português de Portugal.

Em 2022, a Google tinha adicionado 24 novos idiomas utilizando a tradução automática ‘zero-shot’, onde um modelo de aprendizagem de máquina aprende a traduzir para outro idioma sem nunca ver um exemplo e anunciou “a Iniciativa 1.000 Línguas, um compromisso para construir modelos de IA [inteligência artificial] que vão oferecer suporte aos 1.000 idiomas mais falados no mundo”, recorda a Google.

“Agora, estamos a usar a IA para expandir a variedade de idiomas suportados” e, “graças ao nosso grande modelo de linguagem PaLM 2, estamos a começar a implementar 110 novos idiomas no Google Tradutor, a nossa maior expansão de todos os tempos, incluindo o português de Portugal”, refere, numa publicação online. Ou seja, o Google Tradutor vai passar a distinguir as variantes do português (Portugal versus Brasil).

“Do cantonês ao Q’eqchi’, estas novas línguas representam mais de 614 milhões de falantes, permitindo traduções para cerca de 8% da população mundial”, refere a Google. Cerca de um quarto das novas línguas “são de África e representam a nossa maior expansão de línguas africanas até à data, incluindo Fon, Kikongo, Luo, Ga, Swati, Venda e Wolof”, adianta.

Entre os idiomas que agora passam a ser suportados no Google Tradutor estão o afar, uma língua tonal falada no Djibouti, Eritreia e Etiópia. “De todos os idiomas neste lançamento, afar teve o maior número de contribuições voluntárias da comunidade”, sublinha. Depois, o cantonês, que era há muito “um dos idiomas mais solicitados no Google Tradutor”, prossegue.

Outros exemplos são o manx, língua celta da Ilha de Man, que foi quase extinta com a morte do seu último falante nativo em 1974, mas “graças a um movimento de renascimento em toda a ilha, existem agora milhares de falantes”, e o nko, uma forma padronizada das línguas Manding da África Ocidental que unifica muitos dialetos numa língua comum.

“O seu alfabeto único foi inventado em 1949 e possui uma comunidade de pesquisa ativa que hoje desenvolve recursos e tecnologia para ele”, refere a Google, na sua publicação. Há ainda o punjabi (Shahmukhi), variedade do punjabi escrito na escrita perso-árabe (Shahmukhi) e é a língua mais falada no Paquistão, o tamazight, língua berbere falada no Norte da África, e o tok pisin, um “crioulo de origem inglesa e a língua franca da Papua Nova Guiné”.

As línguas “têm uma imensa variação: variedades regionais, dialetos, diferentes padrões ortográficos” e, na verdade, “muitos idiomas não possuem um formato padrão, por isso é impossível escolher a variedade ‘certa'”. Mas “a nossa abordagem tem sido priorizar as variedades mais usadas comummente em cada idioma”, adianta.

“O PaLM 2 foi uma peça-chave neste puzzle, ajudando o Tradutor a aprender com mais eficiência idiomas intimamente relacionados entre si, incluindo idiomas próximos do hindi, como awadhi e marwadi, e os crioulos franceses, como o crioulo das Seicheles e o crioulo das Maurícias”, explica. E à medida que a tecnologia evoluiu “e continuamos a fazer parcerias com linguistas especializados e falantes nativos, apoiaremos, ao longo do tempo, ainda mais variedades linguísticas e convenções ortográficas”.

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Capital Securities cessa atividade em Portugal

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A empresa de investimento "cessou a sua atividade em Portugal com efeitos a partir de 14-06-2024”, indicou a CMVM .A atividade da Capital Securities estava temporariamente suspensa.

A Capital Securities, empresa de investimento, cessou a sua atividade em Portugal, com efeitos desde 14 de junho, anunciou esta quinta-feira a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A atividade da empresa estava temporariamente suspensa.

“[…] A CMVM vem informar que a Capital Securities, S.A. cessou a sua atividade em Portugal com efeitos a partir de 14-06-2024”, indicou, em comunicado, o regulador. Em 22 de abril, a também corretora Capital Securities, que opera desde a Grécia, tinha sido suspensa temporariamente, pelo regulador grego, de poder exercer a sua atividade.

A CMVM adiantou, na altura, que a suspensão foi tomada por um período de 45 dias, a partir de 09 de abril, pelo regulador grego Hellenic Capital Market Commission (no nome em inglês). Não foram indicados os motivos da suspensão.

Já no início de junho, a CMVM disse que a autoridade de supervisão grega tinha decidido prolongar a suspensão temporária por um período adicional de 30 dias, com efeitos a partir de 21 de maio. A Capital Securities estava habilitada a prestar serviços financeiros em Portugal através do regime de Livre Prestação de Serviços (LPS).

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Desempenho das contas públicas deveu-se a “elevada carga fiscal”, diz UGT

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A central sindical alertou que o mercado de trabalho apresenta “sinais preocupantes” e que o desempenho das contas públicas se deveu a uma “elevada carga fiscal”, sobretudo sobre os trabalhadores.

A UGT assinalou esta quinta-feira que o desempenho das contas públicas se deveu a uma “elevada carga fiscal” e que o mercado de trabalho apresenta “sinais preocupantes”. Os alertas fazem parte de uma resolução do secretariado nacional da UGT, que foi aprovada por unanimidade.

A central sindical alertou que o mercado de trabalho apresenta “sinais preocupantes” e que o desempenho das contas públicas se deveu a uma “elevada carga fiscal”, sobretudo sobre os trabalhadores. A UGT pediu que as instituições europeias não esqueçam os progressos realizados e que o Governo português não feche os olhos aos problemas.

Na resolução, a UGT reafirmou a importância do acordo de médio prazo para a melhoria dos rendimentos, salários e competitividade e do acordo plurianual da administração pública. A estrutura sindical mostrou-se ainda disponível para “discutir, revisitar e atualizar” o acordo de médio prazo, notando que os restantes parceiros sociais subscritores têm reiterado o seu compromisso.

A UGT saudou também a apresentação do relatório final do projeto-piloto da semana de quatro dias, que vincou ser concebível apenas “no modelo proposto, com redução da jornada de trabalho e sem redução de salário”. Na última reunião de concertação social foi apresentado o livro verde sobre o futuro da segurança e saúde no trabalho.

Para o secretariado nacional este livro é uma necessidade que “indiscutivelmente se impõe” devido ao progresso tecnológico e às novas formas de trabalho.

“É indiscutível que o mercado de trabalho e os locais de trabalho estão em constante mudança, trazendo profundas alterações na forma como o trabalho é organizado. A digitalização, a globalização, as mudanças demográficas, as alterações ambientais e climáticas têm um impacto profundo na sociedade e no mercado de trabalho”, sublinhou.

Por último, a UGT saudou a eleição de Luís Pais Antunes como novo presidente do Conselho Económico e Social (CES), destacando a sua experiência e conhecimento.

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Rentabilidade dos bancos sobe para 15,5% no primeiro trimestre. É um recorde desde pelo menos 2008

Subida das taxas de juro continua a dar força aos resultados dos bancos, tendo impulsionado a rentabilidade para valores históricos no primeiro trimestre. A rentabilidade do setor aumentou para 15,5%.

A subida das taxas de juro continua a puxar pelos resultados dos bancos portugueses. A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) do setor aumentou para 15,5% no primeiro trimestre, o valor mais elevado desde pelo menos 2008, quando começa a série do Banco de Portugal.

Desde 2020 que a rentabilidade da banca nacional tem vindo a melhorar. Mas acelerou assim que o aumento das taxas de juro começou a traduzir-se numa melhoria da margem financeira. Em três anos, o ROE praticamente triplicou, passando de 4,6% no primeiro trimestre de 2021 para 15,5% no primeiro trimestre deste ano.

os cinco principais bancos nacionais registaram lucros de 1,2 mil milhões de euros entre janeiro e março deste ano, correspondendo a um aumento de 33% em comparação com o mesmo período de 2023.

Em relação à qualidade dos ativos, o rácio de crédito malparado (NPL) baixou 0,4 pontos para 2,7% em termos homólogos, segundo mostram os dados do “Sistema Bancário Português” divulgado esta quinta-feira. Os bancos tinham no seu balanço cerca de 8,6 mil milhões de euros em empréstimos problemáticos.

O rácio de NPL líquido de imparidades baixou 0,2 pontos para 1,2%, totalizando 3,8 mil milhões de euros.

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Ministro do Interior russo está nos EUA, onde é alvo de sanções

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

Kolokoltsev terá reuniões bilaterais, incluindo com o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix.

O ministro do Interior russo, Vladimir Kolokoltsev, chegou na quarta-feira aos Estados Unidos, onde é alvo de sanções, para participar nas Nações Unidas (ONU) na IV Cimeira de Chefes de Polícia dos Estados-membros. A chegada de Kolokoltsev para participar na cimeira UNCOPS-2024 foi anunciada através do Telegram pela missão permanente da Federação Russa junto da ONU.

Em Moscovo, a porta-voz do ministério, Irina Volk, adiantou que Kolokoltsev terá reuniões bilaterais, incluindo com o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix. Os EUA anunciaram sanções contra Kolokoltsev e outros altos funcionários russos em 25 de fevereiro de 2022, um dia após o início da invasão em larga escala da Ucrânia. Apesar de ser sancionado, Kolokoltsev não consta da lista do Tesouro dos EUA de indivíduos proibidos de entrar nos EUA.

De acordo com um comunicado da ONU, a UNCOPS-2024, que decorre de 26 a 27 de junho, tem como objetivo “o fortalecimento da paz internacional, segurança e desenvolvimento para todos através do poder unificador e do papel facilitador da polícia nacional e das Nações Unidas”. Citada pelo jornal digital Kyiv Independent, Volk referiu esta quinta-feira que Kolokoltsev falou com Lacroix sobre o ataque ucraniano relatado no início de junho em Sevastopol, a Crimeia ocupada, e pediu uma avaliação da ONU.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, citando informações não verificadas de forma independente, que a Ucrânia usou armas fornecidas pelos EUA no ataque, que supostamente matou quatro pessoas e feriu 151. Kolokoltsev também pretende discutir com Lacroix o aumento de “sentimentos russofóbicos” em todo o mundo, adiantou Volk.

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Teixeira Duarte instala mais de 2.000 painéis solares em unidade no Montijo

A instalação, feita pela Greenvolt, ocupa uma área de mais de 5.500 metros quadrados nas coberturas do polo operacional no Montijo.

O Grupo Greenvolt, através da Greenvolt Next Portugal, empresa especializada em projetos de Geração Distribuída de energia renovável para autoconsumo, colocou em funcionamento os mais de 2.000 painéis solares instalados no polo operacional da Teixeira Duarte, no Montijo. Com esta Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC), nas instalações da empresa vai ser gerada e consumida energia limpa, “reduzindo a sua fatura energética e a pegada ambiental de forma expressiva”, garante a empresa, através de uma nota dirigida à imprensa.

Recorrendo à Greenvolt Next Invest, uma solução que permite às empresas, através da partilha das mais-valias obtidas com a energia gerada, usufruírem da energia solar sem terem de realizar investimento inicial, a Teixeira Duarte passou a contar com 2.155 módulos solares fotovoltaicos.

A capacidade instalada de 1.174 kWp, ou seja, mais de 1 MWp, vai permitir 1.716 MWh por ano de energia obtida a partir da irradiação solar. A instalação ocupa uma área de mais de 5.500 metros quadrados nas coberturas deste polo operacional. Será possível, com esta UPAC, evitar a emissão de 823 toneladas de CO2 todos os anos.

“A conceção e construção do projeto que hoje se torna realidade vai ao encontro do que defendemos: a Geração Distribuída de energia é, sem qualquer dúvida, a solução para as empresas fazerem a transição energética e, ao mesmo tempo, conseguirem reduzir os seus custos com essa mesma energia”, afirma João Manso Neto, CEO do Grupo Greenvolt, citado no comunicado.

A poupança na fatura pode ainda ser superior com recurso ao sistema de armazenamento que também acaba de ser lançado pela Greenvolt, acrescenta a empresa.

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Metro do Porto reduz prejuízos em 1,6% para 45,5 milhões em 2023

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A empresa destaca "o aumento de 8% das receitas (mais 63,9 milhões de euros), ao passo que os custos da operação apenas cresceram 0,5%, para os 45,6 milhões".

A Metro do Porto reduziu os prejuízos em 2023 para 45,45 milhões de euros, menos 1,6% do que no ano passado, divulgou esta quinta-feira a empresa à Lusa, num ano em que aumentaram as receitas e o investimento.

De acordo com informação, enviada à Lusa por fonte oficial da Metro do Porto, no dia em que as contas foram aprovadas em assembleia-geral, a transportadora registou prejuízo de 45,45 milhões de euros, uma redução de 1,6% face aos 46,18 milhões de euros do ano anterior. Em 2021, a Metro do Porto tinha registado um prejuízo de 64,71 milhões de euros.

Quanto aos resultados de 2023, o resultado operacional (antes de gastos financeiros e impostos) foi também negativo em 6,8 milhões de euros, mas o resultado antes de depreciações e gastos financeiros e impostos (EBITDA) foi positivo em 52,9 milhões de euros, “mais 72,3% do que no período homólogo de 2022”, segundo a empresa.

Num comunicado enviado às redações, a Metro do Porto destaca ainda “o aumento de 8% das receitas (mais 63,9 milhões de euros), ao passo que os custos da operação apenas cresceram 0,5%, para os 45,6 milhões”, tendo a taxa de cobertura global de 120,2%, “um aumento de 6,7 pontos percentuais por comparação com 2022”.

“Também digna de registo foi a aceleração muito forte do investimento na expansão da rede, tendo-se executado 212,7 milhões de euros (mais 76% do que em 2022) – o valor de investimento mais elevado da última década”, destaca a empresa liderada por Tiago Braga. Segundo a empresa, “a maior fatia (dois terços) corresponde à construção da Linha Rosa e à expansão da Linha Amarela, assim como no sistema ‘metrobus’ e em expropriações com vista à empreitada da Linha Rubi, consignada já no ano passado”.

“A par das verbas investidas, está um retorno de benefícios ambientais e sociais da operação da Metro do Porto que, em 2023, andaram na ordem dos 250 milhões de euros”, refere ainda a transportadora. O ano passado foi também marcado por uma ‘limpeza’ de dívida realizada pelo Estado central, que levou a Área Metropolitana do Porto (AMP) e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) a perderam praticamente metade da percentagem do capital que detinham (49,9%) na Metro do Porto.

No total, o Estado central detinha 50,11% da Metro do Porto e passou a deter 99,89%, com a operação a ‘limpar’ a dívida histórica da Metro do Porto, fazendo com que a dívida passasse de mais de 4,2 mil milhões de euros para cerca de 210 mil euros no final de 2023, disse à Lusa fonte oficial da empresa.

O ano de 2023 foi também marcado pelo recorde de validações, mais de 79 milhões (crescimento de 21,4% face a 2022 e 11% face a 2019) números que, para Tiago Braga, “traduzem a importância da empresa enquanto elemento nuclear da estrutura de mobilidade da região, alimentando a ambição da estratégia Metro 3.0, que tem como máximo propósito alavancar a empresa de forma a ser capaz de servir em 2030 mais de 150 milhões de passageiros”.

Já a taxa de satisfação dos clientes fixou-se em 83,7 pontos, “destacando-se como pontos fortes mais valorizados a rapidez, a pontualidade e a cobertura da rede”, segundo a transportadora. “A nível de produção quilométrica, nota para o aumento de 3,3% para 8,6 milhões de quilómetros percorridos. Por seu turno, a velocidade comercial média da rede foi de 26 km/h [quilómetros por hora] e a taxa de ocupação subiu 3,4 pontos, alcançando os 22,3%”, aponta a Metro.

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