Esta é a melhor publicidade do mundo, segundo Cannes

Conheça os grandes vencedores do mais importante festival de criatividade do mundo. A produtora portuguesa Bro Cinema trouxe um dos Grand Prix para Portugal.

Já chegou ao fim aquela que foi a 71ª edição do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, tendo sido entregues, como habitualmente, vários Grand Prix. Conheça os vencedores dos mais de 30 grandes prémios atribuídos este ano no mais importante festival de criatividade do mundo e as campanhas que lhes valeram a distinção.

Audio & Radio

Na categoria de Audio & Radio, o grande prémio foi conquistado pela campanha “The Misheard Version”, da Golin Londres para Specsavers. Em parceria com a marca, o músico Rick Astley regravou o seu êxito “Never Gonna Give You Up” com as letras que as pessoas têm percebido erradamente há vários anos.

Chamando a atenção sobre a perda auditiva, a campanha alcançou mais de 20 milhões de reproduções em oito horas e foi alvo de uma forte cobertura mediática. Já as marcações para testes auditivos na Specsavers aumentaram 1220%.

Veja o vídeo aqui.

Film

Já na categoria Film foram distinguidas as campanhas Women’s Football (Consumer Services/Business to Business) e Play It Safe (Local Brand).

Lançada pela empresa francesa de telecomunicações Orange, “Women’s Football” é uma campanha de apoio ao futebol feminino. Através de efeitos visuais e manipulação de imagens, a empresa demonstra que as futebolistas são tão talentosas como os atletas masculinos, ao colocarem jogadores da seleção francesa masculina no lugar das jogadoras femininas em jogadas de grande classe futebolística. A criatividade foi da francesa Marcel.

Já “Play It Safe” é a campanha que visa celebrar o 50º aniversário da Sydney Opera House. Contando com a participação do músico australiano Tim Minchin, presta homenagem à criatividade e ousadia. A campanha é assinada pela The Monkeys e pela Accenture Song.

Outdoor

Na subcategoria de Consumer Goods, o grande prémio foi arrecadado pela campanha “Find your Summer”, da Lola MullenLowe Madrid para a Magnum. Num spot a preto e branco, a marca de gelados tenta dizer aos consumidores para não desesperarem pelo regresso do verão e do tempo quente. Afinal, este pode até ser “encontrado” num gelado.

Adoptable”, da Colenso BBDO Auckland (Nova Zelândia) para a Pedigree, foi a vencedora de um Grand Prix em outdoor, na subcategoria de Corporate Purpose & Social Responsibility.

Com esta campanha o objetivo passou por transformar cada outdoor digital da marca numa oportunidade para a adoção de cães abandonados, numa contribuição da Pedigree para acabar com o abandono de cães.

Print & Publishing

“Recycle Me”, da Ogilvy New York para a Coca-Cola, foi a grande vencedora em “Social Behaviour & Cultural Insight”. O objetivo passou por usar a imagem da marca, um dos logótipos mais conhecidos no mundo, para incentivar à reciclagem e reforçar o seu posicionamento enquanto empresa preocupada com um futuro mais sustentável.

Veja o vídeo aqui.

Craft

“Sightwalks”, da Circus Grey Lima (Peru) para a Sol Cement, mostra como um design inclusivo, incorporado nos passeios, pode ajudar de uma forma crucial as pessoas com deficiência visual de maneira simples e eficaz. Fazendo uso de cimento, o projeto cria um sistema de sinalização nos passeios para ajudar os deficientes visuais a perceber se devem continuar a andar ou parar e que identificam os diferentes tipos de estabelecimentos.

Digital Craft

Já em digital craft, a máxima distinção foi entregue ao trabalho “Spreadbeats”, da FCB Nova York para a Spotify. Em “Spreadbeats” usa-se o Excel para criar um videoclip para uma música, transformando dados em narrativa, naquela que é encarada como uma nova forma de contar histórias.

Film Craft

A alemã Heimat\TBWA conquistou também um grande prémio com “The Square Meter” para a Hornbach. Numa altura em que o país alemão também atravessa uma crise de habitação, a campanha mostra a jornada de um homem que vai passando por uma série de divisões de espaço muito reduzido mas aproveitado ao máximo, sendo essa a mensagem que a Hornbach quer passar aos consumidores: pode ajudar a que cada metro quadrado seja o mais bem aproveitado possível.

Industry Craft

“The 100th Edition”, da Scholz & Friends Berlim para o jornal alemão Frankfurter Allgemein e Zeitung, aposta numa mensagem de tolerância, ao colocar Margot Friedländer, sobrevivente do Holocausto, como rosto da 100º edição da sua campanha “Brilliant Minds”.

Creative B2B

Em “Meet Marina Prieto”, a JCDecaux quis mostrar o poder dos seus espaços publicitários out-of-home, ao colocar posts do Instagram de Marina Prieto, uma senhora de 100 anos com apenas 28 seguidos na rede social, em espaços vazios. Mesmo sendo uma pessoa anónima e pouco conhecida, os anúncios permitiram que a senhora se tornasse viral. A criatividade foi da David Madrid.

Creative Data

Em “Room for everyone”, da McCann Polónia para a Mastercard, é promovida uma ferramenta que é capaz de conectar empresas polacas e ucranianas. A campanha transforma a ideia de competição estrangeira e de escassez e medo na ideia de abundância e oportunidade para todos.

Direct

Na campanha “The Everyday Tactician”, os dados de jogos de simulação em oportunidades reais, visando destacar como competências desenvolvidas no mundo virtual podem ser aplicadas ao mundo real do futebol. Para isso mostra como um gamer foi contratado para ajudar o Bromley FC a ter sua melhor temporada. A criatividade foi da agência McCann Londres para a Xbox.

Media

Desenvolvida pela GUT São Paulo para o Mercado Livre, a campanha “Handshake Hunt” foca-se na época competitiva da Black Friday. Em vez de competir pelos tradicionais espaços publicitários em televisão, a GUT São Paulo destacou os apertos de mão, um símbolo do Mercado Livre, em que cada aperto de mão visto no ecrã era associado a um códio QR que desbloqueava cupões de desconto.

PR

Em PR, o grande prémio também foi conquistado pela campanha “The Misheard Version”, da Golin Londres para Specsavers, já mostrada em cima.

Social & Influencer

A campanha “Michael Cerave”, criada pela Ogilvy PR (Nova York), para CeraVe, criou uma “conspiração” na internet, ao dizer que a marca foi criada pelo ator Michael Cera.

Entertainment

Um documentário de quase meia hora sobre a fuga da seleção nacional de futebol feminino do Afeganistão, depois da ascensão do movimento talibã ao poder. É esta a premissa de “We Are Ayenda”, campanha criada pela Creative X Palo Alto e Modern Arts Los Angeles para o WhatsApp.

Entertainment Lions for Gaming

A campanha “The Everyday Tactician”, da agência McCann Londres para a Xbox, e já abordada anteriormente foi também a grande vencedora na categoria de Entertainment Lions for Gaming.

Entertainment Lions for Music

Oriunda do Brasil, a campanha “Errata”, da AlmapBBDO para a Johnnie Walker, pretende corrigir aquele que considera ser um erro histórico, ao celebrar a vida e legado de Alaíde Costa, precursora da Bossa Nova no Brasil e que foi votada ao esquecimento devido ao racismo e sexismo.

Entertainment Lions for Sports

“WoMen’s Football”, da Marcel para Orange, também arrecadou mais do que um grande prémio, ao ter conquistado a distinção na categoria de Entertainment Lions for Sports.

Brand Experience & Activation

Em “The First Edible Mascot”, a Pop-Tarts quis revolucionar o conceito de patrocínio, criando aquela que é a primeira mascote desportiva comestível. A criatividade é da Weber Shandwick Nova York.

Creative Business Transformation

Em “Refurb”, a Philips chama a atenção para o problema de resíduos eletrónicos gerados através das devoluções de produtos comprados online, que se tem vindo a agudizar. O objetivo passa por consciencializar sobre a grande quantidade de presentes devolvidos que acabam em aterros sanitários. A criatividade foi da Le Pub Amsterdam.

Creative Commerce

Não, nem toda a gente pode viver sem carro, diz a Renault numa campanha onde divulga o seu programa para ajudar pessoas a deslocarem-se quando estão no período experimental de um novo trabalho, e que lhe valeu o grande prémio na categoria de Creative Commerce. A criatividade de “Cars to work'” foi da francesa Publicis Conseil.

Innovation

“Voice 2 Diabetes”, foi também vencedora de um Grand Prix. Feita pela Klick Toronto para a KVI Brave Fund Inc, a campanha mostra a inovação da empresa no diagnóstico de diabetes tipo 2, feito através da análise vocal. Como demonstração da potencialidade desta ferramenta, foi realizado um estudo que envolveu 267 participantes indianos, tendo sido obtida uma precisão de até 89% para mulheres e 86% para homens na detecção desta condição de saúde, através de um simples telemóvel.

Luxury & Lifestyle

A campanha “Loewe X Suna Fujita”, da Loewe Madrid para Loewe, mostra a parceria entre a Loewe e o estúdio de cerâmica Suna Fujita, que transcende fronteiras geográficas e culturais, combinando a estética espanhola com a sensibilidade artística japonesa de Kyoto.

Glass

“Transition Body Lotion”, da Ogilvy Singapura para a Vaseline, promove uma loção que foi desenvolvida especificamente para mulheres transexuais durante a terapia hormonal, no seu processo de transição de gênero.

Grand Prix for Good

A secção alemã da organização Repórteres Sem Fronteiras chama à atenção para o facto de a perda de liberdade nem sempre acontecer de forma óbvia. Para isso usa partes dos primeiros discursos dospresidentes da Rússia, Turquia e Venezuela, que em nada faziam antever o que se passaria no futuro. A criatividade de “The First Speech” é da Innocean Berlin.

Sustainable Development Goals

“Cars to Work”, da Publicis Conseil para a Renault, também arrecadou mais do que um grande prémio, ao também ter conquistado a distinção na categoria de Sustainable Development Goals.

Health & Wellness

Em Health & Wellness o grande prémio foi conquistado pela campanha “The Last Barf Bag”, da FCB Chicago para a Dramamine. A campanha pretende ser uma “homenagem” aos sacos de vómito, que estão a ser levados à “extinção” pela marca de medicamentos contra as náuseas, contando até com uma exposição de sacos de vómito vintage com um documentário que explora a história destes utensílios.

Lions Health Grand Prix for Good

“Child Wedding Cards”, da Impact BBDO Dubai para a UN Women, foi a vencedora do Lions Health Grand Prix for Good. A campanha pretende combater o casamento infantil no Paquistão e envolveu o envio de convites fictícios de casamento infantil para legisladores, visando a sua sensibilização e apoio a leis que contrariem esta prática.

Pharma

Já em Pharma, o Grand Prix foi entregue ao projeto “Magnetic Stories”, do qual a portuguesa Bro Cinema fez parte enquanto produtora e em que Mário Patrocínio foi o responsável pela realização. A criatividade foi da agência Area 23, de Nova Iorque, que contou com a colaboração da Sonido (portuguesa) e da Tempest Originals Custom Carpentry (norte-americana), e com a pós-produção da Ars Thanea (norte-americana).

A conquista foi feita na categoria e o trabalho foi desenvolvido para a Siemens Healthineers e contou com a colaboração da Cuf. “Magnetic Stories” é um projeto que transforma as experiências das crianças durante as ressonância magnéticas em histórias, combinando-as com sons das máquinas e procedimentos médicos, dando origem a audiolivros.

Creative Effectiveness

Em “It has to be Heinz”, a marca de ketchup revitalizou a sua imagem através de iniciativas criativas ao longo de cinco anos. A criatividade foi da Rethink Toronto.

Creative Strategy

“A Piece of Me”, da Dentsu Creative Amsterdam para a KPN, pretende alertar para o problema do “shaming online” e apelar a uma internet mais segura e inclusiva.

Titanium

O Titanium Grand Prix foi conquistado pela campanha “Doordash-All-The-Ads”, desenvolvida pela Wieden + Kennedy Portland e Superette São Francisco para a Doordash. De uma forma inovadora, e aproveitando o fenómeno publicitário associado ao Super Bowl, a DoorDash prometeu entregar todos os produtos pedidos que fossem publicitados durante o evento desportivo, pretendendo assim sublinhar a sua capacidade de entregar praticamente qualquer género de produtos.

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Rendas dos novos contratos disparam 10,5% no arranque do ano

Valor da renda mediana dos novos contratos sobe para 7,46 euros o metro quadrado. Cávado e Ave, Alentejo e Médio Tejo registaram os maiores aumentos homólogos no primeiro trimestre do ano.

O valor mediano dos novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares aumentou 10,5% no primeiro trimestre, para 7,46 euros o metro quadrado (m2), de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apesar de o valor da renda mediana dos novos contratos traduzir um aumento homólogo de 10,5% face ao primeiro trimestre de 2023 revela um decréscimo de 3,2% relativamente ao quarto trimestre do ano passado.

Os dados do organismo de estatística nacional indicam que, nos primeiros três meses do ano, o número de novos contratos de arrendamento ascendeu a 25.472, representando um aumento da atividade de arrendamento de 0,9% face ao mesmo período do ano passado.

As rendas mais elevadas registaram-se na Grande Lisboa (12,12 euros/m2), na Península de Setúbal (9,29 euros/m2), no Algarve (8,78 euros/m2), na região autónoma da Madeira (8,13 euro/m2) e na Área Metropolitana do Porto (8,11 euros/m2).

No arranque do ano, os maiores aumentos homólogos da renda mediana registaram-se no Cávado e Ave, ambas com 17,7%, no Alto Alentejo (17,3%), no Baixo Alentejo (15,9%) e no Médio Tejo (15,7%). Das sub-regiões com valores medianos de rendas superiores ao nacional, apenas a Grande Lisboa (9,6%) e a região autónoma da Madeira (6,3%) registaram variações homólogas inferiores à observada para o conjunto do país (10,5%).

Todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Grande Lisboa e da Península de Setúbal registaram rendas medianas superiores à nacional (7,46 euros/m2), mas taxas de variação homóloga diferenciadas.

Deste conjunto, destacaram-se, com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e aumento homólogo do valor das rendas inferior ao do país (10,5%), os municípios de Lisboa (15,25 euros/m2 e 4,9%), Odivelas (10,10 euros/m2 e 9,3%), Sintra (9,47 euros/m2 e 8,4%), pertencentes à Grande Lisboa, e o município de Setúbal (8,91 euros/m2 e 8,4%), aponta ainda INE.

(Notícia atualizada às 11h25)

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Sonae colocada na lista de interessados em comprar grupo com quase 300 supermercados em Espanha

  • ECO
  • 27 Junho 2024

Carrefour, Auchan e dona do Continente estarão a analisar aquisição da Uvesco (BM e Super Amara). É detida por um fundo de private equity francês e faturou 1.072 milhões de euros em 2023.

A Sonae será uma das empresas interessadas na aquisição do grupo espanhol Uvesco, proprietário das cadeias de supermercados BM e Super Amara, revela o El Economista. Além da dona do Continente, que não tem presença em Espanha, os grupos franceses Carrefour e Auchan também fazem parte da lista de candidatos. Em declarações ao ECO, fonte oficial da retalhista português recusa fazer comentários à notícia.

Atualmente, o grupo espanhol detém 294 supermercados, a maioria deles com exploração própria e uma pequena parte em formato de franchising. Com as vendas a atingirem os 1.072 milhões de euros em 2023, a quota de mercado da Uvesco no país vizinho rondou 1,2%, mas nas regiões em que tem maior presença, como é o caso do País Basco, Navarra, La Rioja e Cantábria, a quota de mercado sobe para os 14%.

A Uvesco tem melhorado os resultados financeiros desde que foi adquirida em 2021 pelo fundo francês de private equity PAI, que é o acionista maioritário com uma participação de 70%. Embora a empresa não tenha divulgado os resultados operacionais brutos ou os lucros, reconheceu que o ano passado foi “complexo” devido à “inflação crescente, às mudanças nos hábitos de consumo e a uma estratégia baseada no ajuste de margens e no aumento dos esforços promocionais”.

De acordo com a imprensa espanhola, este negócio deverá rondar entre 700 a 800 milhões de euros. Há já vários meses que os proprietários franceses estudam a venda do grupo espanhol de distribuição alimentar, pelo qual pagaram 500 milhões de euros em 2021.

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Porto vai dar benefícios fiscais às startups. Startup Portugal abre escritório na Invicta

Startups e scaleups com sede no concelho do Porto vão ter isenção de derrama municipal e redução ou isenção de outras taxas municipais. Startup Portugal abre escritório com cinco pessoas na Invicta.

As startups e scaleups com sede no concelho do Porto vão ter isenção de derrama municipal e redução ou isenção de outras taxas municipais. A decisão resulta do memorando de entendimento fechado entre a câmara municipal e a Startup Portugal, organização que acaba de abrir um escritório a Norte, com cinco pessoas.

“A abertura de um escritório na cidade do Porto por parte da Startup Portugal reconhece a relevância do ecossistema de empreendedorismo da cidade e de toda a região Norte, demonstrando a aposta contínua ao apoio à capacidade de transformação e retransformação da base económica do país”, afirma Ricardo Valente, vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo da Câmara Municipal do Porto, citado em comunicado.

O novo escritório da Startup Portugal terá como objetivo promover o ecossistema empreendedor na zona Norte do país, que acolhe mais de 1.200 startups, que valem aproximadamente 8,9 mil milhões de euros (27% do total do ecossistema português). Desde 2020 já levantaram mais de 2 mil milhões de euros, o equivalente a 40% do total levantado pelo ecossistema português, segundo dados partilhados pela Startup Portugal.

A Startup Portugal e autarquia fecharam um memorando de entendimento que, entre os diversos compromissos estabelecidos, prevê “a possibilidade de isenção do imposto de derrama municipal para empresas reconhecidas como startups e scaleups sediadas no concelho do Porto”. Além disso, prevê o surgimento de outros benefícios fiscais complementares para startups e scaleups.”

O Porto é o 7.º município a comprometer-se com a aplicação de uma isenção de derrama às empresas reconhecidas pela Startup Portugal. São João da Madeira, Fundão, Arcos de Valdevez, Barreiro, Porto de Mós e Odemira são as restantes autarquias.

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Jovens portugueses perdem terreno no ranking mundial da literacia financeira

O nível de literacia financeira dos jovens portugueses baixou nos últimos quatro anos e, segundo o PISA 2022, apresenta desigualdades socioeconómicas que têm de ser combatidas.

O mais recente relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) da OCDE, divulgado esta quinta-feira, apresenta uma análise detalhada sobre o nível de literacia financeira dos jovens com 15 anos em 20 países.

Portugal, que participou pela segunda vez nesta avaliação, obteve uma pontuação média de 494 pontos, conferindo aos jovens portugueses um nível de literacia financeira ligeiramente abaixo da média da OCDE, que se fixou nos 498 pontos, mas acima de países como Espanha (486 pontos) e Itália (484 pontos).

No entanto, juntamente com a Polónia, o relatório destaca que Portugal apresentou “uma diminuição significativa” do desempenho do nível de literacia dos jovens no espaço dos quatro anos que separam o PISA de 2018 e o relatório de 2022, espelhando assim um decréscimo do nível de literacia financeira neste período.

“Tendo em conta os resultados em literacia financeira do PISA 2022 para Portugal, é necessário refletir e atuar sobre como melhorar a literacia financeira dos alunos e em como a escola, como garante de igualdade de oportunidades, pode contribuir para essa formação“, refere o Ministério da Educação, Ciência e Inovação em comunicado.

Recorde-se que a literacia financeira integra com a disciplina Cidadania e Desenvolvimento no currículo escolar, fazendo parte do conjunto de módulos obrigatórios em pelo menos dois dos três ciclos do ensino básico.

Entre as duas dezenas de países avaliados pelos técnicos da OCDE, a comunidade flamenga da Bélgica lidera com 527 pontos entre os mais financeiramente instruídos, seguida pela Dinamarca com 521 pontos e as províncias canadianas com 519 pontos.

No extremo oposto figuram países como o Brasil, a Bulgária e a Malásia, que apresentaram desempenhos significativamente abaixo da média da OCDE.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir a tabela.

Um dos aspetos mais preocupantes revelados pelo estudo é a disparidade de desempenho entre alunos de diferentes contextos socioeconómicos: em média, “os alunos de contextos socioeconómicos mais favorecidos superaram os seus pares menos favorecidos em 87 pontos”, lê-se no relatório. Esta tendência é também observada em Portugal, com os dois grupos a estarem separados por 74 pontos, sublinhando assim a necessidade de políticas educativas que promovam a equidade.

Outra realidade destacada pelo PISA 2022 é a disparidade do nível de literacia financeira entre rapazes de raparigas. “Em alguns países, como Áustria, Costa Rica e Dinamarca, os rapazes superaram as raparigas, enquanto noutros, como Bulgária e Malásia, verificou-se o oposto”, revelam os técnicos da OCDE. Em Portugal, os rapazes superaram em 1,6% as raparigas em literacia financeira.

Embora o desempenho médio dos estudantes portugueses esteja próximo da média da OCDE, a diminuição observada desde 2018 é motivo de preocupação e exige uma análise cuidadosa das políticas educativas em vigor, sugere a OCDE.

Um dado positivo relativamente a Portugal é que 86% dos estudantes sentem-se confiantes na sua capacidade de gerir dinheiro, uma das percentagens mais elevadas entre os países avaliados.

No entanto, esta confiança nem sempre se traduz em competências práticas, especialmente entre os alunos com baixo desempenho, destaca o PISA 2022.

Para combater os desafios colocados aos jovens portugueses no contexto da literacia financeira, os responsáveis da OCDE sugerem várias medidas que abrangem, sobretudo, cinco áreas distintas:

  • Apoiar os alunos com baixo desempenho: Implementar programas de apoio direcionados para alunos que apresentam dificuldades em literacia financeira.
  • Combater as desigualdades socioeconómicas: Desenvolver políticas que promovam a equidade desde os primeiros anos de escolaridade.
  • Envolver os pais e a comunidade: Incentivar a participação dos pais e da comunidade no processo educativo, promovendo uma cultura de literacia financeira.
  • Integrar a literacia financeira no currículo escolar: Garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação financeira de qualidade, integrada no currículo escolar.
  • Promover a educação financeira digital: Adaptar os programas educativos às novas realidades digitais, preparando os alunos para um mundo financeiro cada vez mais digitalizado.

Os resultados do PISA 2022 sobre literacia financeira esboçam um panorama complexo para Portugal, revelando tanto progressos como desafios significativos.

Embora o desempenho médio dos estudantes portugueses esteja próximo da média da OCDE, a diminuição observada desde 2018 é motivo de preocupação e exige uma análise cuidadosa das políticas educativas em vigor, sugere a OCDE.

As disparidades socioeconómicas e de género identificadas no estudo sublinham a necessidade urgente de implementar estratégias mais inclusivas e equitativas no sistema educativo português. Torna-se por isso fundamental que as autoridades educativas abordem estas questões de forma prioritária para garantir que todos os jovens, independentemente do seu contexto, tenham acesso a uma educação financeira de qualidade.

A elevada confiança dos estudantes portugueses na sua capacidade de gerir dinheiro é um ponto positivo que pode ser aproveitado. No entanto, é crucial que esta confiança seja acompanhada por competências práticas sólidas. Isto requer uma abordagem educativa que combine teoria e a prática, preparando efetivamente os jovens para os desafios financeiros do dia-a-dia.

(Notícia atualizada às 13h17 com declarações do Ministério da Educação, Ciência e Inovação.)

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Confiança dos consumidores em alta, mas clima empresarial esfria em Portugal

Os mais recentes dados do INE mostram que os consumidores portugueses estão mais otimistas relativamente à economia nacional, enquanto as empresas revelam estar mais cautelosas.

O verão chegou e trouxe consigo uma lufada de ar fresco no sentimento de confiança dos consumidores portugueses. Segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores subiu em junho para o valor mais elevado desde fevereiro de 2022, após ter diminuído em maio.

Esta melhoria do “humor” dos consumidores deve-se, em grande medida, a uma visão mais rosada sobre o futuro da economia nacional. O INE revela que as expectativas dos portugueses quanto à evolução da situação económica do país nos próximos 12 meses deram um salto significativo, com o saldo a aumentar de -18,8 pontos em maio para -14,3 em junho.

“O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou em junho, após ter diminuído no mês anterior, retomando a trajetória positiva observada entre dezembro e abril”, lê-se no documento do INE.

Além disso, os dados do INE mostram também um maior otimismo dos portugueses em relação às suas às finanças pessoais. “O saldo das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo.” No entanto, as famílias continuam a mostrar cautelosas quanto a grandes compras, com as “perspetivas sobre a evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias” a registarem “um contributo negativo”, destaca o INE.

No sentido oposto está o Indicador de Clima Económico, que registou uma diminuição em junho, contrariando o aumento observado no mês anterior. Este indicador, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, reflete uma perceção mais pessimista por parte dos empresários.

“Os indicadores de confiança diminuíram no comércio e nos serviços, tendo aumentado moderadamente na indústria transformadora e na construção e obras públicas”, refere o INE.

Um dos fatores que poderá estar a pesar no sentimento empresarial é a evolução dos preços. O INE indica que “o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em junho na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, tendo aumentado na Indústria Transformadora e no Comércio, de forma significativa no primeiro caso.”

Junho trouxe assim um retrato económico misto: enquanto os consumidores revelam-se mais otimistas, as empresas mostram-se mais cautelosas. Resta saber se este contraste se manterá nos próximos meses ou haverá uma convergência de sentimentos. O verão económico promete ser quente e recheado de incertezas.

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Ministra da Justiça quer que próximo PGR “ponha ordem na casa” e “restitua” confiança no Ministério Público

  • ECO
  • 27 Junho 2024

Rita Alarcão Júdice admite uma “certa descredibilização" do Ministério Público e aponta que sucessor de Lucília Gago deve ter mais capacidade de comunicação e não pode ficar "fechado nos gabinetes".

A ministra da Justiça quer que o próximo procurador-geral da República tenha um perfil de liderança e comunicativo, “ponha ordem na casa” e ajude a pôr fim a uma “certa descredibilização” do Ministério Público. Em entrevista ao Observador, Rita Alarcão Júdice recusa comentar o trabalho de Lucília Gago, que já rejeitou continuar no cargo após o atual mandato, mas sublinha que o Governo quer iniciar “uma nova era”.

Os tempos modernos já não se compatibilizam com a ideia de que podemos estar fechados nos nossos gabinetes e não comunicarmos com os cidadãos nas sedes próprias”, defende a governante, reconhecendo a necessidade do sucessor de Lucília Gago — cujo processo de escolha será liderado pelo primeiro-ministro — “restituir” a confiança no Ministério Público, que tem tido “períodos muitos duros” e que “criaram algum descontentamento” na opinião pública.

Rita Alarcão Júdice mostra-se disponível, por outro lado, para uma alteração legislativa que torne clara a “magistratura hierarquizada” do Ministério Público: “Tem de existir hierarquia no Ministério Público. Não é um corpo que anda à solta”. Já o Conselho Superior da instituição deve cumprir as suas competências de escrutínio, atuando “se existir alguma suspeita de que determinada investigação, determinado procurador, foi para além do exercício dos seus direitos”.

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Gases renováveis são peça-chave para a descarbonização da indústria

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 27 Junho 2024

No XI Encontro Anual da APEG, os especialistas presentes alertaram para a importância de manter a segurança do abastecimento de fontes renováveis num contexto geopolítico instável.

Portugal comprometeu-se a atingir, até 2045, a neutralidade carbónica, um desafio que quer cumprir cinco anos antes da meta definida pela Comissão Europeia, mas que exige trabalho árduo em várias áreas. “Claramente que o caminho é complexo e difícil. Cremos que não deve haver receio de analisar as metas intermédias, avaliar em cada momento e, sempre que necessário, fazer uma recalendarização”, defendeu Jorge Lúcio, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Gás (APEG) durante o XI Encontro da APEG, em Lisboa.

Jorge Lúcio lembrou também que a introdução dos gases renováveis no mix energético nacional, “uma realidade que está em marcha”, é fundamental para apoiar a transição e considera “bom sinal” o programa nacional para o hidrogénio. Recorde-se que a estratégia do país prevê a injeção de 10% a 15% de hidrogénio verde na rede de gás natural até 2030, a que se deverá juntar 9,1% de biometano no mesmo ano. “É esta potencialidade que deve ser utilizada pela sociedade e pelo sistema energético neste caminho da descarbonização”, insistiu o líder da associação.

A secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, assinalou o contributo do Governo para este esforço global, nomeadamente com o lançamento, no último mês, de um leilão para a produção de biometano e hidrogénio com financiamento de 140 milhões de euros. “Estas mudanças representam oportunidades significativas para inovar, diversificar e fortalecer a nossa economia energética. Os gases renováveis apresentam-se como uma oportunidade para o setor”, afirmou.

Instabilidade geopolítica impacta o mercado

O presidente da ERSE, Pedro Verdelho, marcou presença no encontro do setor e lembrou que os acontecimentos geopolíticos dos últimos anos, em especial com a invasão da Ucrânia, impactaram os preços da energia, mas também permitiram pisar o acelerador da transição. “É importante dizer que isto acelerou o processo de descarbonização na Europa”, sublinha. Para o responsável, é evidente que a descarbonização do setor elétrico “está a acontecer” e “é muito fácil”. O verdadeiro desafio, diz, está nos setores dos transportes e da indústria.

Começámos a descarbonizar o setor da eletricidade há 25 anos. No setor do gás nunca se falou nisso, estamos com um atraso de 25 anos. Temos de fazê-lo”, pediu Pedro Verdelho.

Mas a questão geopolítica continua a ameaçar a segurança do abastecimento na Europa e, sobretudo, os preços, considerou Maria João Tomás. A professora auxiliar do ISCTE Business School afirma que, além das guerras na Europa e no Médio Oriente, “o mundo está em suspenso até novembro”, altura em que os Estados Unidos vão a votos para eleger o seu próximo presidente. “Se Trump ganhar, não sabemos o que vai acontecer”, reforçou.

Embora a Europa tenha sido capaz de reduzir a dependência energética que tinha da Rússia, Maria João Tomás alerta que essa dependência foi substituída por outras origens e que, portanto, a segurança do abastecimento não pode ser vista como certa. Por outro lado, a especialista chama a atenção para o que diz ser a estratégia de domínio da China no abastecimento de gás com a construção de cada vez mais infraestrutura que atravessa a Rússia e chega à Europa. “O objetivo da China é quebrar o isolamento que tem e ir diretamente para a Europa sem passar no estreito do Mar Vermelho. É muito importante termos a estratégia da China em mente”, avisa.

Normalização a curto prazo?

Num debate sobre a normalização dos preços e do fornecimento de gás, que contou com a presença de Ana Teixeira Pinto (EDP), Armando Madail (Lactogal), Frederico Pisco (COGEN) e Tiago Moreira da Silva (AIVE), os participantes não se mostraram particularmente otimistas. No entanto, todos preferem afastar a ideia de novas oscilações de preço como as que ocorreram com a invasão da Ucrânia. “Se vem outra coisa do género, vai ser muito difícil manter alguma indústria ativa”, realçou Tiago Moreira da Silva, que acredita que a maior diversidade de fontes de abastecimento garante maior estabilidade.

No caso da Lactogal, quer no gás, quer na eletricidade, a opção foi optar por rapidamente renegociar contratos e estabelecer parcialmente os preços até 2025. “Trouxe-nos uma nova realidade para dentro de portas. Não sei se esta é a nova realidade, se é uma realidade passageira. Esta é a preocupação que temos, a forma como tudo pode mudar rapidamente”, disse.

França lidera no biometano

Laurence Poirer-Dietz, diretora-geral da GRDF, explicou como a empresa e o país estão a apostar no biometano para “descarbonizar vários setores”. O apoio público a este mercado é, referiu, essencial para conseguir aumentar a penetração deste gás renovável que é, a par de outros, “chave para a descarbonização da indústria” – nomeadamente as mais intensivas, como a agroindustrial ou químicas. Atualmente, a GRDF tem 652 pontos de produção de biometano com uma capacidade instalada de 12 TWh/ano, mas quer multiplicar esse valor por cinco e atingir 50 TWh/ano até 2030. “Para isso temos de reduzir o custo e o tempo dos projetos. O regulador fez as contas e diz que precisamos de investimentos de 6 a 10 mil milhões de euros até 2050 para adaptar as infraestruturas de gás”, explicou.

Em Portugal, a Genia Global Energy já produz biogás para autoconsumo e acredita que “há uma oportunidade incrível no biometano”. “Queremos desenvolver mais 12 projetos em Portugal [além do já existente em Leiria]. O próximo será na Azambuja”, confirma Mário Martins, Green Gas Country Collaborator da empresa. Os processos de licenciamento, diz, são o maior obstáculo na execução destes projetos e na atração de investimento externo.

A celebrar 200 anos de vida, a Vista Alegre confirma e diz que “as entidades reguladoras têm de ser catalisadoras destes processos” e que “não podemos estar à espera dois ou três anos para licenciar unidades”. Paulo Pires, administrador da empresa, assinala que 95% das emissões da Vista Alegre “vêm do gás natural e é aí que temos de nos focar para descarbonizar”, sendo o biometano “o caminho e a transição mais pacífica”.

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Carregal do Sal é palco do próximo Encontro Fora da Caixa. Assista aqui

  • ECO
  • 27 Junho 2024

Os Encontros Fora da Caixa são uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos. ECO é media partner deste Encontro em Carregal do Sal que conta com a presença de Paulo Macedo.

Oportunidades estratégicas da região centro para empresas e indústrias é o tema do próximo Encontro Fora da Caixa, uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos que tem vindo a percorrer o país e que desta vez se realiza no Centro Cultural de Carregal do Sal, no próximo dia 1 de julho a partir das 15h00. O evento vai ser emitido em direto pelas redes sociais da Caixa Geral de Depósitos e também pelo ECO aqui:

Programa:

15h00 ABERTURA
Paulo Moita de Macedo | Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos

15h40 PAINEL EMPRESAS
Moderador | António Costa | ECO
Arnaldo Figueiredo | Vice-Presidente do Conselho de Administração da Martifer
Helena Costa | Diretora Financeira do Grupo Finsa Portugal
Nuno Marques | CEO Visabeira
Francisco Cary | Administrador Executivo da Caixa Geral de Depósitos

16h40 DA GESTÃO DO TERRITÓRIO ÀS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS DE EXCELÊNCIA
António Bernardo | Sócio Fundador da Vibe Capital Partners e Professor de Estratégia na NOVA SBE

17h15 TENDÊNCIAS MACROECONÓMICAS PARA 2024
Rui Martins | Diretor de Estratégia da Caixa Gestão de Ativos

17h40 WALK THE TALK | PODCAST SUSTENTABILIDADE NA ESTRATÉGIA PARA O CRESCIMENTO EMPRESARIAL NA REGIÃO CENTRO
Moderador | Diogo Agostinho | Chief Operating Officer do ECO
Franco Caruso | Membro do Secretariado Executivo do BCSD Portugal
Luís Filipe | Vogal Executivo da Comissão Diretiva do Centro 2030

18h00 PEDRO ABRUNHOSA À CONVERSA COM FERNANDO DANIEL CAMPOS NUNES

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#14 O que se passou no Portugal x Geórgia e o inacreditável Grupo E

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Está tudo bem para Portugal desde que a derrota não pese no psicológico dos jogadores e complique o trabalho. A turma de Roberto Martínez entrou para este desafio já com a vida tranquila, enquanto a Geórgia preparava-se para (possivelmente) o maior jogo da sua história. Há uma diferença de vontades, ainda que Portugal tenha dado titularidades a jogadores com pouco ou nenhum minuto no Euro (motivação individual). No fim, a Geórgia conseguiu algo inédito e Portugal tem de levantar a cabeça, trabalhar e apagar qualquer nuvem de negatividade, antes de jogar os oitavos-de-final.

Compra-se control(o) defensivo

Portugal continua sem apresentar uma exibição completa a nível defensivo neste Euro 2024, tendo em conta a qualidade que tem à sua disposição. Facilitou a chegada da Chéquia ao último terço, melhorou contra a Turquia e descambou frente à Geórgia, que são muito fortes nos contra-ataques. Viu-se diversas transições rápidas da Geórgia a explorar a profundidade contra Portugal. Apesar dos golos terem nascido de erros individuais (passe atrasado de António Silva e grande penalidade) e ter sido utilizado uma diferente dinâmica (Gonçalo Inácio-Danilo-António Silva), o processo defensivo deveria ter sido melhor e há que trabalhar esse aspeto.

Eslovénia: Here we go again

Não é a primeira vez que Portugal de Roberto Martínez tem vida complicada contra um bloco baixo. Diante da Geórgia, a Seleção Nacional apresentou dificuldades na construção, sobretudo em gerar espaços e jogar por dentro de forma continuada. Viraram-se muitas vezes para as laterais, esperando rasgos de Pedro Neto ou Francisco Conceição (com adversidades em ultrapassar oponentes) e cruzamentos. Houve também tentativas de remates de fora, no qual João Félix, com liberdade de movimentos a procurar dar apoio, buscou algumas vezes. Roberto Martínez precisa de trabalhar na penetração de blocos baixos, pois a Eslovénia também é uma equipa que se sustenta na organização defensiva, embora tenha menos argumentos que a Geórgia no plano ofensivo. Recordar que Portugal jogou com a Eslovénia no passado mês de março e perdeu por 2-0 num jogo de cariz particular.

Danilo Pereira e João Palhinha no mesmo 11 inicial, porquê?

Roberto Martínez explicou em conferência de imprensa o motivo de ter voltado à linha de três centrais e conciliado Danilo Pereira e João Palhinha no mesmo 11 inicial. Segundo o treinador da Seleção Nacional, a ideia passava por combater os contra-ataques da Geórgia (que surtiram efeito), recuperar rápido, aumentar as linhas de passe por fora ao ter três centrais, trazer maior largura e abrir espaços por dentro. Além disso, mencionou a importância de João Palhinha fazer mais minutos, tendo ainda expressado a sua vontade em dar descanso a Rúben Dias. Terá acontecido o mesmo com Pepe e Danilo Pereira pareceu-lhe a opção mais viável para o eixo defensivo, acompanhado por Gonçalo Inácio e António Silva numa linha a três.

Jejum de Cristiano Ronaldo, novidade para Roberto Martínez e Geórgia a escrever história

A Geórgia nunca tinha jogado um Campeonato da Europa. E, portanto, nunca tinha vencido um jogo, muito menos qualificar-se para os oitavos-de-final. Agora é tudo passado, porque conseguiram. É possivelmente o maior jogo da sua história até ao momento, e, além do referido, fizeram-no vencendo Portugal. Quanto a Cristiano Ronaldo, foi a primeira vez em 11 fases finais (Mundial e Europeus) que o avançado português não marcou pelo menos um golo na fase de grupos. Já Roberto Martínez registou a primeira derrota em jogos oficiais ao serviço de Portugal, depois de 12 vitórias consecutivas (repetir, em jogos oficiais).

Inacreditável Grupo E

Pela primeira vez na história dos Campeonatos Europeus, as quatro equipas do grupo terminaram todas com os mesmos pontos (4P). A Roménia foi líder de um grupo pela primeira vez (defronta os Países Baixos), a Bélgica passou em segundo lugar (França pelo caminho e no mesmo lado de Portugal), a Eslováquia também se junta à festa dos apurados (enfrenta a Inglaterra) e a Ucrânia foi eliminada, apesar de ter conseguido fazer a sua melhor pontuação numa fase de grupos de Europeu. Inédito é dizer pouco.

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Hoje nas notícias: justiça, seguros e autarquias

  • ECO
  • 27 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, quer que o próximo procurador-geral da República consiga pôr fim a uma “certa descredibilização” do Ministério Público. Uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça dita que o atestado médico para pessoas com deficiência é um “documento autêntico” que faz fé pública, pelo que deve ser aceite pelas seguradoras quando está a ser discutida uma indemnização, não podendo ser substituído por outras provas no que respeita ao seu conteúdo. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Ministra da Justiça: “Precisamos de um novo PGR que ponha ordem na casa”

A ministra da Justiça quer que o próximo procurador-geral da República tenha um perfil de liderança e comunicativo, “ponha ordem na casa” e ajude a pôr fim a uma “certa descredibilização” do Ministério Público. Rita Alarcão Júdice recusa comentar o trabalho de Lucília Gago, mas sublinha que o Governo quer iniciar “uma nova era”. “Os tempos modernos já não se compatibilizam com a ideia de que podemos estar fechados nos nossos gabinetes e não comunicarmos com os cidadãos nas sedes próprias”, defende a governante.

Leia a entrevista completa no Observador (acesso pago)

Seguradoras obrigadas a aceitar atestado multiusos

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) fixou jurisprudência acerca do atestado de incapacidade multiusos, emitido para pessoas com deficiência por junta médica, considerando que tem de ser aceite e não afastado por outro tipo de prova, como a realização de uma perícia. No acórdão, publicado na sexta-feira, lê-se que o atestado é um “documento autêntico” que “faz prova plena dos factos praticados e percecionados pela ‘junta médica'”, a qual é, por seu turno, uma “autoridade pública”. Por isso, trata-se de um documento que deve ser aceite pelas seguradoras quando está a ser discutida uma indemnização, não podendo ser substituído por outras provas no que respeita ao seu conteúdo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Autarquias arriscam perder fundos por não atualizarem os PDM

Há 17 autarquias que poderão ficar sem acesso a fundos nacionais e comunitários (exceto em áreas essenciais como saúde, educação, habitação ou apoio social) por ainda não terem adaptado os seus Planos Diretores Municipais (PDM) ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial. Sete destas câmaras estão na região Centro, cinco no Algarve, quatro no Norte e uma no Alentejo. Os anteriores governos foram prolongando os prazos para a adaptação dos planos, a pedido da Associação Nacional de Municípios Portugueses, num total de quatro adiamentos, o último decidido em dezembro de 2023.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Herdeiras de milionário do BPN exigem 17,5 milhões de euros ao Estado

As herdeiras do empresário Ricardo Oliveira, que ficou conhecido como milionário do BPN, estão a exigir à Parvalorem, empresa do Estado que herdou os ativos tóxicos do banco, uma indemnização de 17,5 milhões de euros por “danos causados pelo arresto” da coleção de carros clássicos. A Parvalorem arrestou os veículos em 2013, devido a uma alegada dívida de Ricardo Oliveira ao BPN, no valor de 32 milhões de euros, que herdara desse banco — da qual acabou por ser absolvido e o arresto levantado. Agora, a herança indivisa foi alvo de um pedido de insolvência pela antiga dona do BPN e vai a julgamento no Juízo de Comércio de Lisboa.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Impasse na PSP e GNR atrasa “valorização” das forças armadas

Cem euros é o valor que separa a valorização do subsídio de risco pedida pelos polícias da proposta do Governo. Esta ausência de acordo entre o Ministério da Administração Interna (MAI), os sindicatos da PSP e as associações socioprofissionais da GNR está a atrasar o “processo de dignificação” que visa colocar as Forças Armadas e as forças de segurança no “mesmo plano”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Compliance a quanto obrigas

  • BRANDS' ECOSEGUROS
  • 27 Junho 2024

Gonçalo Baptista, Diretor Geral da Innovarisk, partilha a sua opinião sobre o compliance nas empresas.

Regulação, regulação e mais regulação. Tem sido assim, sempre a crescer, principalmente desde a crise do Subprime. As Instituições Financeiras ficaram debaixo dos holofotes e as Seguradoras, apenas afetadas em casos pontuais, tornaram-se também um alvo da regulação na ressaca da turbulência no Setor, não só ao nível de exigências de capital, mas também em inúmeros outros aspetos.

O Compliance tem como objetivo primordial a Proteção do Consumidor, logo é uma coisa boa. O Compliance “obriga” as empresas a engordar as estruturas e os procedimentos, tornando-os mais onerosos para o consumidor, logo os produtos ficam mais caros, logo, o Compliance é uma coisa má. Então em que ficamos, boa ou má? O melhor é mesmo abdicar de fundamentalismos e constatar que, como tudo na vida, tem vantagens e desvantagens (neste caso muitas e enormes vantagens e a desvantagem dos custos acrescidos).

Já há muito tempo que nos ocupamos de proteções importantes como o combate à fraude, à corrupção, ao branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo, pessoas e entidades debaixo do regime de sanções, situações de conflito de interesse, gestão de reclamações, só para citar alguns exemplos. Nesta última, os clientes têm um grau de exigência cada vez maior, são cada vez mais conscientes dos seus direitos, exigindo cada vez que tudo seja tratado de forma irrepreensível, obrigando a uma gestão mais profissional.

Mais recentemente, aumentaram muito (e bem) as preocupações com o tratamento justo dos clientes e a proteção de dados. No primeiro, a relação entre Seguradoras e clientes é desigual pelo que impõe criar mecanismos que defendam o lado mais fraco, o cliente, que não tem o mesmo nível de conhecimento sobre o que está coberto e o que não está. Criaram-se, por isso, algumas boas práticas obrigatórias e depois as (boas) Seguradoras vão mais longe e asseguram-se que os processos de venda e as regularizações de sinistros são transparentes e eficientes, sem esquecer os clientes vulneráveis, por exemplo com alguma deficiência que possa afeta a compreensão do que está a comprar. No segundo, com a proliferação de dados que circulam na internet, é importante assegurar cada vez mais que há mecanismos para os clientes protegerem a sua privacidade e que os seus dados são apenas usados no que e enquanto for estritamente necessário para a execução do contrato. Só se consegue assim representar as melhores Seguradoras com o rigoroso cumprimento de uma infinidade de boas práticas em matéria de segurança cibernética. Mais recente ainda a regulamentação DORA (Digital Operational Resilience Act) obriga não só a reforçar esse quadro de resiliência mas também a ter standards mínimos na gestão dos incidentes.

Gonçalo Baptista, Diretor Geral da Innovarisk.

O mundo vai-se complicando e a regulação vai tentando decifrar o que isso pode representar em termos de riscos para o consumidor, levantando novas preocupações. Já pensaram bem na IA? Estamos a automatizar respostas, colocar robots com algoritmos para decidir o que responder aos clientes e como definir os termos das suas apólices, para decidirem por nós se um sinistro está coberto ou não. Fazemo-lo porque nos permite reduzir custos e porque acreditamos que nos pode ajudar a chegar a melhores e mais rápidas decisões, mas não é isento de riscos. Estamos a falar de biliões de bases de dados, diferentes sistemas que interpretam a informação aí existente em que está tudo misturado, fontes credíveis, fontes não tão credíveis, fake news com intenções manipuladoras, interesses comerciais que pagam para ter a sua narrativa a aparecer em primeiro lugar nas buscas… Como assegurar que os conteúdos da IA servem os melhores interesses dos clientes? E que, quando assim não acontece, temos mecanismos para detetar esses erros? Acontece tudo muito rápido e não é por má vontade: é mesmo difícil acompanharmos na gestão de risco a velocidade a que avançam os interesses económicos.

Noutro tópico, vamo-nos habituando a ver escritas três letras mágicas: ESG (Environmental, Social and Governance). Para além de muitos aspetos que citei mais atrás que cabem dentro do chapéu da Governança (assegurar que as empresas são geridas com boas práticas a todos os níveis) há também um enfoque nas componentes de Responsabilidade Ambiental e Social, a de fazermos algum bem pelo meio ambiente e pela Sociedade. É hoje em dia mais inaceitável que as empresas existam apenas para distribuir lucro aos acionistas e é importante que não contribuam para estragar mais o planeta (e estão numa posição privilegiada ao relacionarem-se com todos os setores de atividade e poderem de alguma forma imiscuir-se na gestão de riscos dos seus clientes e decidir onde são colocadas as maiores carteiras de investimentos financeiras do mundo) e também assegurar que, de alguma forma, uma parte desses lucros seja devolvida à Sociedade, pelo menos aos mais desfavorecidos. Tem ainda o benefício de uma maior ligação emocional aos seus clientes que exigem este tipo de atuações. No tópico ambiental há ainda a pegada carbónica, numa corrida para cumprir as metas de Paris, que ocupa hoje uma parte muito importante da vida dos gestores das Seguradoras.

Parece muita coisa e na verdade, para quem está no terreno, é ainda mais do que parece. São atualizações constantes de ano para ano e as organizações têm de estar preparadas. Em alturas de aperto apetece por isso lamentar “Compliance, a quanto obrigas”.

Mas sabemos que funcionam como o verdadeiro teste do algodão: o barato sai caro e, se quer realmente ver os seus direitos intactos, o melhor é mesmo escolher organizações com os melhores padrões de Compliance. E deixar os cumpridores mais descansados que todos os enormes esforços não foram em vão.

Gonçalo Baptista, Diretor Geral da Innovarisk

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