📹 Transferir com número de telemóvel? SPIN chega hoje e funciona assim

  • ECO
  • 24 Junho 2024

Transferir dinheiro torna-se mais fácil e seguro a partir desta segunda-feira com a nova funcionalidade SPIN a ser disponibilizada pelos bancos. Como vai funcionar? Veja o vídeo.

Transferir dinheiro para um familiar ou um amigo fica mais fácil e seguro a partir desta segunda-feira. A funcionalidade SPIN começa a ser disponibilizada pelos bancos. Em vez do tradicional IBAN, basta introduzir o número de telemóvel do beneficiário ou procurá-lo na lista de contactos para iniciar uma transferência normal ou imediata. Como vai funcionar? Veja o vídeo.

http://videos.sapo.pt/ZL5yy9lJQtoz3yPR7HZ0

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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Maioria das empresas que testaram semana de quatro dias decidiu não voltar atrás

Das 21 empresas que começaram a testar a semana de quatro dias no verão do ano passado, só quatro voltaram atrás. Empresas que queiram vir a experimentar modelo inovador vão ter "starter pack".

A maioria das empresas portuguesas que experimentaram a semana de trabalho de quatro dias decidiu não voltar atrás, indica o relatório final desse projeto-piloto. Em declarações ao ECO, o coordenador Pedro Gomes salienta que o teste correu melhor entre as empresas que fizeram mais mudanças internas — por exemplo, ao nível das reuniões, do trabalho em equipa e da adoção de tecnologia.

O professor Pedro Gomes foi um dos coordenadores do teste português à semana de quatro dias.

O projeto-piloto à semana de trabalho de quatro dias consistiu num teste de seis meses, voluntário e reversível, no setor privado, sem cortes salariais e sem qualquer contrapartida financeira do Estado.

No total, 21 empresas decidiram começar a testar a semana mais curta, a partir de junho do ano passado. E a maioria, entretanto, decidiu que não quer (pelo menos, para já) regressar aos tradicionais cinco dias de trabalho por semana.

De acordo com o relatório final, que foi divulgado esta segunda-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), apenas quatro das referidas empresas decidiram voltar atrás. Das restantes 17, a maioria optou por estender o teste.

Entre as restantes, cinco optaram por “reduzir a escala da semana de quatro dias”, duas mantiveram a redução para 36 horas, mas passaram a dar a tarde de sexta-feira aos seus trabalhadores, uma começou a experimentar a quinzena de nove dias e duas outras vão reduzir a semana de trabalho apenas durante os meses do verão (de junho a agosto).

Além destas empresas, outras 20 que já tinham começado a experimentar a semana de trabalho mais curta associaram-se a este projeto-piloto, sendo que, entre estas, “metade já considera o novo formato como permanente“, e seis estão a continuar a testar.

Em conversa com o ECO a propósito deste relatório, que será oficialmente apresentado no final desta semana numa conferência na Universidade do Porto, o coordenador Pedro Gomes destaca como “indicador mais interessante” o facto de ter sido entre as empresas que fizeram mais mudanças aos seus processos que o teste à semana de trabalho mais curta correu melhor.

Entre as empresas que mudaram dois ou mais processos, 92% mantêm a semana de quatro dias. Do outro lado, nas empresas que não fizeram qualquer alteração, só 62% mantiveram esse formato”, detalha o também professor universitário.

“Os números refletem essa condição essencial nas empresas que foram bem sucedidas: é preciso uma mudança grande na organização do trabalho. Quanto mais mudanças, melhor corre operacionalmente e, depois, as empresas sentem que conseguem manter o mesmo serviço, os trabalhadores estão mais contentes e não querem voltar para trás”, sublinha o mesmo.

Na visão de Pedro Gomes, a semana de trabalho de quatro dias fica assim demonstrada como uma “alavanca” para outras mudanças no seio das organizações, como a adoção de tecnologia e a melhoria das práticas de trabalho em equipa.

“Com este estudo, percebemos que a semana de quatro dias é uma prática de gestão legítima“, acrescenta o coordenador. De acordo com o relatório, entre as vantagens desse formato, estão o aumento da atratividade dos empregadores no mercado de trabalho, a melhoria do funcionamento das equipas e do trabalho criativo. “80% dos administradores avaliam o teste como financeiramente neutro. Apenas uma organização teve de contratar mais trabalhadores”, é acrescentado.

Do lado dos trabalhadores, há a destacar a redução do absentismo, a queda “evidente” da exaustão e desgaste e o melhor equilíbrio entre trabalho, família e vida pessoal, como mostram as tabelas abaixo. Tanto que 93% dos trabalhadores gostaria de continuar neste formato, revela o relatório final.

Mais. O projeto-piloto permitiu perceber também que são os trabalhadores com salários e qualificações mais baixas que valorizam mais a semana de quatro dias, o que “desafia a ideia de que esta prática é destinada apenas a uma elite altamente qualificada“.

É que, regra geral, estes trabalhadores têm menos acesso ao teletrabalho e menor autonomia na gestão das suas horas. “Por conseguinte, apreciam muito mais o dia livre, que lhes permite realizar várias atividades que anteriormente eram mais difíceis de conciliar, comparado com detentores de qualificações superiores”, lê-se no relatório final.

Fica também claro que houve um aumento somente marginal da percentagem de trabalhadores com uma segunda atividade por efeito da semana de trabalho mais curta. “A preocupação com o aumento da incidência de uma segunda atividade não parece ser
apoiada nos dados deste projeto”, explicam os especialistas.

Empresas vão ter kit de iniciação para semana de quatro dias

Com a apresentação do relatório final, o projeto-piloto à semana de quatro dias chega ao fim. Mas as empresas que tenham interesse em testar esse modelo vão ter acesso a algum apoio: a equipa coordenadora vai disponibilizar a partir do último trimestre deste ano um kit de iniciação (ou starter pack).

“O objetivo é oferecer um apoio – embora limitado – às empresas, ao mesmo tempo que continuamos a investigação académica e monitorizamos a adesão a esta prática pelo tecido empresarial português”, é explicado no relatório final.

Ao ECO, Pedro Gomes adianta que, ao longo do último exercício, houve várias sessões que foram gravadas e material produzido, que serão disponibilizado às empresas que testem a semana de quatro dias. “Apenas fornecemos o material, não o apoio” de consultoria, clarifica o coordenador. “Em contrapartida, recolhemos dados para usarmos em artigos académicos”, realça o mesmo.

Além disso, está a ser estudada a possibilidade de um acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) para continuar a investigação académica após o final do projeto, “visando uma análise mais detalhada e de longo prazo dos efeitos da semana de quatro dias”.

Ainda que este projeto-piloto que a semana de quatro dias possa, sim, funcionar (e em todos os setores), Pedro Gomes salienta que o teste serviu apenas como prova de conceito, já que as empresas participantes não são representativas das empresas típicas em Portugal.

É importante incentivar mais organizações a testar a semana de quatro dias, especialmente grandes empresas.

Relatório final do projeto-piloto

Por exemplo, a maioria das lideranças dos empregadores que participaram no teste são ocupadas por mulheres. Olhando para o mercado português, essa predominância feminina não é a regra. “Estas empresas são especiais. Isso diz-nos que devemos ter cuidado na extrapolação“, alerta Pedro Gomes.

Nesse sentido, os coordenadores assinalam que os resultados não justificam a implementação da semana de quatro dias por legislação. Antes, é importante incentivar as diferentes organizações a irem testando este formato, afirma o relatório final, “especialmente as grandes empresas”.

A partir de agora, é sobretudo o setor privado a ver se de lado e de um outro — do lado dos empregadores e do lado dos trabalhadores — existe valor” neste modelo, remata Pedro Gomes.

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Execução de algumas obras do Metro de Lisboa é “praticamente impossível” dentro dos prazos

“Estamos agora à espera de um relatório que o Metropolitano de Lisboa ficou de apresentar para depois tomar decisões em conformidade”, disse o ministro da Coesão Territorial no ECO dos Fundos.

Algumas obras do Metropolitano de Lisboa estão sinalizadas como sendo de execução muito difícil, praticamente impossível, dentro do prazo que está estabelecido”, reconhece o ministro Adjunto e da Coesão Territorial. O Executivo está à espera de um relatório da empresa para “depois tomar decisões em conformidade”, avança no ECO dos Fundos, o novo podcast do ECO sobre fundos europeus.

Manuel Castro Almeida já tinha admitido, em entrevista conjunta à TSF e Jornal de Notícias, que “há uma grande preocupação com o que se passa nas obras do Metropolitano de Lisboa”. “É um setor exigente, difícil e não é fácil recuperar atrasos”, explicou. Aliás, o responsável admitiu mesmo que “as obras estão atrasadas” e “não se vai recuperar o atraso”.

“A Metropolitano de Lisboa está a ajustar o programa para que possamos fazer uma pequena reformulação no PRR de forma a não perder dinheiro”, sublinhou o ministro que tem a tutela dos fundos europeus no Governo de Luís Montenegro. “Se não fizermos quatro estações, vamos fazer duas. Desde que estejam a operar, serão financiadas pelo PRR”, acrescentou o responsável, precisando que o que está em causa é a “natureza ou origem do financiamento poder ser alterado”.

Questionado pelo ECO sobre a forma como está a pensar fazer a revisão das origens de financiamento do projeto, Castro Almeida não levantou a ponta do véu, remetendo qualquer decisão para depois do relatório da EPE. “Estamos agora à espera de um relatório que o Metropolitano de Lisboa ficou de apresentar para depois tomar decisões em conformidade”, disse no ECO dos Fundos.

Na reprogramação do PRR, feita pelo Executivo anterior, é estabelecido o compromisso de até 30 de junho de 2026 serem acrescentados 3,7 quilómetros e quatro estações à rede do Metro de Lisboa, que consistem na extensão da rede até Alcântara. Mas existe um objetivo intercalar: no primeiro trimestre deste ano o Metro de Lisboa tinha de entregar um “relatório intercalar que afirma que as obras estão a evoluir de acordo com o calendário”. Um marco que está associado ao sexto pedido de desembolso do PRR, no montante de 1,5 mil milhões de euros.

“A evolução das obras relativas à expansão da rede de metro de Lisboa e o cumprimento do calendário para a sua execução deverão ser avaliados por relatórios intercalares regulares elaborados ao longo do período de execução das obras”, pode ler-se no documento de reprogramação do PRR. “Tal deverá incluir a avaliação da evolução das obras em conformidade com o calendário previsto, nomeadamente a identificação das atividades já concluídas, a identificação das atividades a realizar e uma análise de risco dos prazos de execução propostos, bem como, se necessário, um plano de mitigação e contingência para assegurar que o contrato é executado dentro dos prazos propostos”, acrescenta o documento da reprogramação.

“Este marco será considerado cumprido se o relatório intercalar estabelecer que, no momento a que o marco diz respeito, as obras estão a evoluir de acordo com o calendário”, conclui a Comissão Europeia.

Como os prazos são invioláveis, vamos ter de encontrar uma solução para não desperdiçar recursos do PRR, cumprindo as regras”, sublinhou o responsável.

“Mas atenção, o facto de poder ter de haver alguma alteração nas regras de financiamento não quer dizer que as obras estejam em causa”, acrescentou. “As obras serão feitas”, garantiu. “Agora o modelo de financiamento poderá ser diferente do que está agora previsto. Mas ainda é um assunto que não está decidido”, concluiu.

As regras do PRR permitem que os projetos sejam faseados, como avançou esta sexta-feira o Jornal de Negócios. Ou seja, os Estados-membros podem dividir projetos de investimento inscritos no PRR em diferentes fases, como acontece com os tradicionais fundos europeus estruturais e de investimento, quando se percebe que um determinado projeto não ficará concluído dentro do prazo definido.

Este faseamento permite que o PRR financie as partes dos projetos que estejam concluídas até ao final de 2026, as restantes podem ser recorrer a outros fundos europeus, como o PT2030, ou a financiamento nacional. No entanto Bruxelas não explica como será feito o faseamento de projetos que só fiquem prontos depois de 2026. Além disso, as verbas correspondentes às fases dos projetos que não forem terminadas até 2026 são subtraídas ao montante total de 22,2 mil milhões de euros da bazuca.

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#11 Imaginar um Portugal x Alemanha e a tradição escocesa

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Na ressaca do Portugal x Turquia, o Euro 2024 deu as boas-vindas à terceira e última jornada da fase de grupos, o que significou também duas coisas: fim dos jogos às 14h00 (minuto de silêncio) e jogos à mesma hora. A diminuição de partidas não é uma boa notícia para os adeptos de futebol, mas a balança diária pesou de forma positiva com um final dramático no Suíça x Alemanha e Escócia x Hungria. Dois golos já para lá dos 90 minutos a mudar o roteiro. A Netflix que esteja atenta.

Hoje temos a Albânia x Espanha (20h00) e a Croácia x Itália (20h00). Atenção, pois a única equipa deste grupo que tem assegurada presença nos oitavos-de-final é a Espanha. As outras três tanto podem continuar na Alemanha como ir para casa mais cedo. Itália tem três pontos e a Albânia e a Croácia com um ponto cada.

Os 3 Cantos do Dia

Porque é que Portugal deve odiar Fullkrug?

Somos todos amigos e odiar é uma palavra muito forte. A Suíça esteve pertíssimo de vencer a Alemanha e isso era teoricamente ótimo para Portugal, pois significava Alemanha em segundo lugar e no quadro oposto. Nesse cenário, a Seleção Nacional apenas poderia enfrentar os germânicos na final. Uma vez que jogam em casa, têm demonstrado muita qualidade e mesmo pelo histórico passado, evitar a Alemanha o quanto antes seria sempre positivo. Agora há possibilidades de se encontrarem nas meias-finais.

Hungria na sala de espera para ver se faz história

A Alemanha e a Suíça já marcaram vaga nos oitavos-de-final, enquanto a Hungria ainda está à espera de confirmação. Graças a um golo marcado por Kevin Csoboth aos 90+10 minutos (final louco) contra a Escócia, a Hungria registou a sua terceira vitória em Europeus e pode ainda apurar-se para a próxima fase (seria a segunda vez de toda a sua história). Para tal necessita que, pelo menos, a Albânia e Croácia, Chéquia e Geórgia (grupo de Portugal) não ganhem os seus jogos, A Hungria, que leva três pontos no Grupo A, terá certamente de ficar muito atenta aos próximos dias.

Não há polícia, mas a festa acaba mais cedo

Há tradições da Escócia que têm perdurado: o ambiente festivaleiro dos adeptos, os típicos kilts acompanhados de uma gaita de goles e… a eliminação precoce. A Escócia terminou em último lugar do Grupo A, apenas com um ponto, e continua assim sem nunca ter passado a fases de grupos num Campeonato da Europa, após 1992, 1996, 2020 e agora 2024. Nesta edição, perderam dois jogos (Alemanha e Hungria), empataram um (Suíça), marcaram dois golos (um auto-golo e o outro Scott McTominay) e sofreram sete golos. Adeus ao No Scotland, No Party.

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Governo muda de casa a partir de 1 de julho. Seis ministérios e duas secretarias de Estado passam já para o Campus XXI

Seis ministérios e duas secretarias de Estado vão mudar-se já para o novo Campus XXI, e outros se seguirão até 2026, logo que terminem as obras. Reunião de Conselho de Ministros também.

Seis ministérios e duas secretarias de Estado vão mudar no próximo dia 1 de julho para o edifício da Caixa Geral de Depósitos, apurou o ECO junto de fonte governamental. É uma transferência de instalações que demorou por causa do atraso das obras, e tem também um alcance político, já que permitirá outra coordenação da agenda do Governo, e por isso as reuniões de Conselho de Ministros vão passar a realizar-se imediatamente no denominado Campus XXI.

Nos planos iniciais de transferências, a ideia do Governo de Montenegro já era avançar primeiro com as pastas com responsabilidade direta na execução do Plano de Recuperação e Resiliência, porque isso ajudaria a criar sinergias. Globalmente, o objetivo era poupar recursos, já que ao concentrar várias entidades públicas, isso reduziria dezenas de cargos e serviços intermédios, mas também tempos de resposta.

Oficialmente, o Governo não faz comentários, mas o ECO sabe que no início de julho os ministérios da Presidência, da Coesão Territorial, da Economia, das Infraestruturas e Habitação, da Juventude e Agricultura, além das duas secretarias de Estado dos Assuntos Parlamentares, vão mudar-se de armas e bagagens para o novo Campus XXI, ainda a sede do banco público, que vai partilhar o espaço com o Executivo até, pelo menos, 2026, data em que a Caixa se mudará os seus cerca de 2500 colaboradores para a nova sede no Parque das Nações.

Neste contexto, a transferência dos ministérios vai ser completada, logo que terminem as obras em curso, com os outros ministérios, e só permanecerão onde estão hoje os ministérios dos Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional e Administração Interna, além, claro, do primeiro-ministro, que se mantém em São Bento.

Os planos do anterior Executivo passavam por iniciar já este ano, também de forma faseada, a passagem dos ministérios para aquele edifício que foi entregue ao Estado por conta de dividendos da CGD e foi avaliado em 360 milhões de euros, antes das obras. Mas nunca antes das eleições legislativas realizadas a 10 de março. “Não tenho a expectativa que algum dos nossos próximos briefings se realize no novo edifício que o Governo ocupará. Mas tenho a expectativa que um próximo Governo já possa comunicar a partir de lá com frequência”, disse Mariana Vieira da Silva no final do Conselho de Ministros a 18 de janeiro deste ano.

No entanto, quando entrou em funções, o novo Executivo criticou o anterior por não ter preparado a transferência de ministérios. “A mudança não estava preparada e, portanto, este Governo tem aí um dossiê para analisar em detalhe e realizar muito que não estava feito”, disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que está a coordenar a operação, depois da primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Executivo. Agora, está confirmado, o Governo vai mesmo passar a reunir de imediato o Conselho de Ministros.

Em março do ano passado, o Governo de António Costa estimou em 40 milhões de euros o investimento a realizar até ao final da sua então legislatura no processo de concentração de serviços do Estado no edifício sede da CGD. “Nem todos os pisos do edifício da CGD terão a mesma necessidade de obras. Ao longo da legislatura, o investimento global estimado será de 40 milhões de euros”, adiantou nessa altura o então secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas.

De acordo com as contas do Governo de António Costa, a concentração permitiria poupar seis milhões de euros por ano, sendo cinco milhões relativos aos “encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água” e 800 mil euros com rendas pagas pelo Estado a privados na utilização de alguns edifícios onde estão situados os ministérios.

A ministra da Presidência do Executivo anterior, antecipava que, ao longo do processo, o Estado libertaria um conjunto significativo de edifícios, com ganhos de 600 milhões de euros. Nesta avaliação de poupanças estavam incluídos os edifícios da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da Economia, os do Ministério da Educação nas avenidas Infante Santo e 24 de Julho, mas também edifícios arrendados a privados, caso do Ministério da Saúde.

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Tailândia alarga prazo de oferta de seguros para conquistar turistas

  • ECO Seguros
  • 23 Junho 2024

Esta campanha usa seguros como vantagem para turismo internacional. Compensa turistas em caso de acidentes que provoquem a perda de órgãos ou incapacidade permanente, emergência ou morte.

O governo da Tailândia anunciou que vai estender a cobertura de seguros gratuitos para turistas até ao final deste ano, avançou o ministério do Turismo e Desporto do País.

Esta campanha oferece compensação monetária aos turistas em caso de acidentes, emergência ou morte. As condições da apólice ditam que em caso de morte, a família do segurado recebe 1 milhão de baht (cerca de 25 mil euros); os acidentes que provoquem a perda de órgãos ou incapacidade permanente estão cobertos por 300.000 baht (quase 8 mil euros); já as despesas médicas decorrentes de acidentes são cobertas tendo em conta as despesas reais até um máximo de 500.000 baht (quase 13 mil euros).

A iniciativa estava programada para terminar a 31 de agosto, mas foi prolongada sem custos adicionais para os turistas com o objetivo de aumentar a confiança e a perceção de segurança dos visitantes relativamente à Tailândia.

O ministro do Turismo e dos Desportos, Sermsak Pongpanit, esclareceu que esta campanha destina-se aos turistas internacionais em situações emergência, como acidentes, crimes ou desastres naturais na Tailândia. No entanto, não se aplica aos visitantes que estão cobertos por seguro pelas agências de viagens, ou quando o hotel, atrações ou operador turístico oferece cobertura de seguro separada.

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José Manuel Corral nomeado CEO da Mapfre Vida

  • ECO Seguros
  • 23 Junho 2024

O cargo de CEO da Mapfre Vida tem estado em rotação no último ano. Raúl Costilla Prieto abandonou a posição em 2023, foi substituído por Jesús Martínez Castellanos que apresentou a demissão em maio.

José Manuel Corral foi nomeado CEO da Mapfre Vida e vai assumir o cargo a partir de 1 de agosto deste ano, avançou o grupo em comunicado. Vai também integrar a direção geral do canal de Bancainsurance da Mapfre Espanha e o Conselho de Administração da mesma empresa.

José Manuel Corral assumirá o cargo de CEO da Mapfre Vida.

Há mais de 30 anos no grupo Mapfre, tendo ocupado diferentes cargos ao longo da sua carreira, é desde 2021 diretor-geral da Mapfre USA e será substituído na Mapfre USA por Daniel Olahan.

O cargo de diretor-geral da Mapfre Vida tem estado em rotação no último ano. Raúl Costilla Prieto abandonou esse cargo no final de 2023 quando foi nomeado para diretor-geral de negócio e diretor da Mapfre Internacional e foi substituído por Jesús Martínez Castellanos.

Martínez Castellanos, que estava há 35 anos na seguradora, apresentou a sua demissão voluntária em maio deste ano para se tornar CEO do Grupo Nacional Provincial (GNP), segundo o jornal El Confidencial.

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Sanlam vai comprar 60% do negócio segurador da Multichoice

  • ECO Seguros
  • 23 Junho 2024

Com a compra, a Sanlam passa a ter acesso aos 21 milhões de clientes em África da Multichoice. A joint venture Sanlam Allianz vai tratar do negócio fora da África do Sul.

A seguradora sul-africana Sanlam acordou com a MultiChoise Group a compra de 60% do seu negócio segurador, NMS Insurance Services (NMSIS). Segundo um comunicado conjunto, as empresas também acordaram em expandir, a longo prazo, as suas ofertas de seguros e serviços financeiros aos clientes da MultiChoice em África.

Calvo Mawela, CEO da MultiChoice, e Paul Hanratty, CEO do Grupo Sanlam, destacam a colaboração estratégica entre as empresas como uma oportunidade de alavancar mercado, tecnologia e inovação em seguros, beneficiando clientes e partes interessadas com maior valor e crescimento.

A aquisição tem um custo inicial em dinheiro de 1,2 mil milhões de rands (mais de 62 milhões de euros) para a Sanlam que também se comprometeu a pagar em dinheiro um montante até 1,5 mil milhões de rands (mais de 78 milhões de euros) – dependente do montante de prémios brutos gerados pela MNSIS até 31 de dezembro de 2026.

A Sanlam supervisionará as operações da NMSIS através do seu cluster Sanlam Fintech. Mas a transação ainda está sujeita a aprovações regulamentares.

Com esta aquisição, a Sanlam e subsidiárias podem fazer a venda cruzada de produtos financeiros aos subscritores da MultiChoice em África, que rondam os 21 milhões nos 50 países onde opera. A seguradora sul-africana vai utilizar os canais de comunicação da Multichoice e “capacidades integradas de recolha de pagamentos para fornecer ofertas mais alargadas aos clientes da Multichoice”. Fora da África do Sul, a Sanlam Allianz fica encarregue de estabelecer o contacto com os clientes.

O diretor-executivo do Grupo Sanlam, Paul Hanratty, afirmou que a “união” dá ao grupo “a oportunidade de alavancar” a presença do mercado e tecnologia da MNSIS “que irão apoiar o crescimento e a penetração no mercado, bem como proporcionar oportunidades para a realização de sinergias em benefício de todas as partes interessadas.”

A MultiChoice vai utilizar as receitas da venda para fins de capital de exploração. Nota que mantém uma participação de 40% da NMSIS “o que lhe permite continuar a beneficiar do elevado potencial de crescimento deste segmento, maximizando simultaneamente o valor dos seus acionistas“, lê-se no comunicado.

Para o diretor-executivo da MultiChoice, Calvo Mawela, “esta colaboração com a Sanlam é um marco estratégico para a MultiChoice”. Uma vez que “permite aumentar o valor” que a companhia fornecesse aos clientes e também permite “aproveitar a experiência da Sanlam para impulsionar o crescimento e a inovação nas nossas ofertas de seguros em todo o continente”, acrescenta o responsável.

A NMSIS registou um crescimento de 36% para 970 milhões de rands (50 milhões de euros) em emissão de prémios bruto no ano fiscal que terminou a 31 de março de 2024 face ao ano anterior, o lucro após impostos aumentou 51% para 296 milhões de rands (mais de 15 milhões de euros) e o valor líquido dos ativos foi de 277 milhões rands (mais de 14 milhões de euros).

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PR terá mesma “frente comum perante problemas” com novo Governo que teve com anterior

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

"Se for possível haver a viabilização do orçamento, melhor", diz Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que "temos desafios económicos e financeiros pela frente muito urgentes"

O Presidente da República defendeu domingo que deve ter com o novo Governo a mesma predisposição que tinha com o anterior para “uma frente comum perante problemas nacionais”, considerando “preferível” se for possível ter o Orçamento do Estado aprovado.

“Eu acho que tenho a obrigação também de, havendo problemas importantes ou decisões importantes, ainda que por menos tempo e de forma menos intensa, ter a mesma predisposição relativamente ao novo primeiro-ministro e ao novo Governo. Por menos tempo porque o mandato está mais próximo do fim”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa à margem da inauguração de uma exposição em Vila Franca de Xira quando questionado pelos jornalistas se esta é uma nova fase de coabitação com o Governo de Luís Montenegro.

O Presidente da República recordou como nos últimos anos, e “até às vezes desagradando” a sua área política, entendeu ser fundamental “em momentos cruciais, estar ao lado do primeiro-ministro e do Governo anterior“, referindo-se a António Costa e à “crise financeira, crise bancária, fogos ou pandemia“.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “em momentos cruciais” solidariedade significa o Presidente da República “estar em conjunto, em muitos momentos com o parlamento, mas noutros com o primeiro-ministro e com o Governo, naquilo que é uma frente comum perante problemas nacionais“.

“Não há dúvida que estamos com questões fundamentais para o país. Para mim a mais é importante é, além das que decorrem da guerra da Ucrânia e por isso é que eu convoquei um Conselho de Estado mal foram eleitos os novos membros, mas o problema do PRR porque todos temos a noção que é uma corrida contra o tempo”, explicou.

Questionado sobre se a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 era uma dessas questões, o Presidente da República afirmou que essa é “outra realidade”.

“É evidente que se for possível haver estabilidade política e estabilidade económica e financeira e portanto ser viabilizado o Orçamento do Estado, penso que estamos todos de acordo que se isso for possível é preferível”, insistiu.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que vê essa possibilidade, mas ressalvou que isso “depende dos partidos”.

“Sabendo da experiência do passado é bom isso estar presente precisamente porque estamos numa situação internacional pior, porque estamos com o PRR atrasado, porque temos desafios económicos e financeiros pela frente muito urgentes, se for possível haver a viabilização do orçamento, melhor”, enfatizou.

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Saldo orçamental do primeiro trimestre deverá ficar na linha de água

Instituto Nacional de Estatística divulga na segunda-feira o saldo orçamental do primeiro trimestre. Tema deverá voltar esta semana à 'ribalta', com audição de Sarmento no Parlamento.

Portugal corre o risco de não voltar a alcançar este ano o feito histórico registado no primeiro trimestre de 2023, quando pela primeira vez obteve um excedente orçamental no arranque do ano. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na segunda-feira o saldo orçamental do primeiro trimestre, em contabilidade nacional (a que conta para Bruxelas), e os economistas consultados pelo ECO consideram que o saldo orçamental, em contabilidade nacional, ficará na linha de água.

O tema promete voltar ao campo de batalha político, já que tem sido cavalo de guerra entre o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e o seu antecessor, Fernando Medina, a quem o governante social-democrata acusa de ter executado despesa não prevista com o anterior Governo em gestão.

“Admito que haja um ligeiro défice [no primeiro trimestre], dado aquilo que têm sido as comunicações do ministro das Finanças e em função de algumas despesas que não estavam previstas”, disse o economista e presidente do ISEG João Duque.

Por seu lado, Pedro Braz Teixeira, economista e diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, aponta para um saldo nulo. “Em contabilidade pública, o saldo foi de negativo de 259 milhões de euros, cerca de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em contabilidade nacional há sempre ligeiras divergências, pelo que o saldo deverá ter sido aproximadamente nulo, podendo ser ligeiramente positivo se parte da despesa registada este ano for atribuída ao ano anterior”, prevê.

Já para João Borges de Assunção, economista e coordenador do NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab, “parece normal” que o excedente acumulado “no primeiro trimestre de 2024 desça ligeiramente do valor anormalmente elevado registado em 2023”. Contudo, considera pouco provável “que entre já em território negativo”.

Pelo menos desde o início dos anos 2000 (data da sério histórica do INE) que o país não registava um excedente orçamental, em contabilidade nacional, nos primeiros três meses do ano. Alcançou-o no arranque do ano de 2023: 1,1% do PIB, superando o melhor resultado até então, quando no primeiro trimestre de 2019 o ex-ministro das Finanças e atual Governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, registou um saldo neutro (e o primeiro excedente da história democrática portuguesa, de 0,1% do PIB na totalidade do ano).

No primeiro trimestre de 2022, Portugal registou um défice de 0,6% do PIB, enquanto nos primeiros três meses de 2021 o défice atingiu 5,7%.

Para João Bordes de Assunção, “houve aumentos significativos de salários na Função Pública e pensões que entraram em vigor em janeiro com a aprovação do orçamento de estado para 2024”, que influenciam o desempenho das contas nacionais entre janeiro e março.

“Também houve descidas no IRS para além da mera correção técnica decorrente da inflação. Acresce que o governo cessante pode ter antecipado algumas despesas no quadro do envelope financeiro dado pelo orçamento de estado. Nesse sentido há alguma incerteza sobre se esses efeitos todos terão um impacto material e visível nas contas públicas do primeiro trimestre do ano”, aponta.

Pedro Braz Teixeira recorda que a receita corrente cresceu abaixo do orçamentado, destacando a receita fiscal, que apresentou uma ligeira queda.

“Para além disso, a despesa subiu mais do que o previsto, em particular as transferências, que subiram 22,8% quando a meta anual era de 7,5%, e as despesas de pessoal (subiram 7,8%, quando deveriam subir 5,6%)”, indica.

De acordo com a execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento (DGO), em contabilidade pública, o Estado registou um défice de 259 milhões de euros em março, último mês de Fernando Medina como ministro.

As contas em contabilidade nacional são apuradas pelo INE, em lógica de compromisso, sendo a utilizada nas comparações internacionais e na avaliação de Bruxelas. Os dados em contabilidade pública são divulgados pela DGO, sendo na ótica de caixa, ou seja, são considerados os recebimentos e pagamentos ocorridos em determinado período numa lógica de tesouraria.

O atual ministro das Finanças e o seu antecessor entraram em discórdia sobre as contas do Estado, em contabilidade pública, numa troca de acusações, na qual Miranda Sarmento estimou em cerca de 600 milhões de euros o défice registado até março, enquanto o ex-ministro das Finanças Fernando Medina refutou que o país apresente um problema orçamental.

A ‘guerra’ entre ambos levou mesmo o PS a chamar Miranda Sarmento ao Parlamento, onde será ouvido na próxima quarta-feira para esclarecer as declarações e a real situação orçamental.

Ligeiro excedente e 2024 ainda é cenário central

O cenário de um ligeiro excedente no final do ano ainda é o central para a generalidade dos economistas consultados pelo ECO, mas há riscos.

No Luxemburgo, esta semana, o ministro das Finanças mostrou-se confiante num excedente de cerca de 0,2% a 0,3% do PIB este ano, o que o economista João Borges de Assunção acredita ser possível. “Parece-me prematuro dizer que haverá um défice este ano. A atividade económica continua a evoluir de formal normal e sem agravamento no desemprego”, refere.

Por seu lado, João Duque considera que existe um risco de o país regressar aos défices já este ano, mas assinala que o ministro das Finanças tem alguns instrumentos para o evitar. “O ministro das Finanças vai fazer aquilo que aprendeu com Mário Centeno, que é cortar no investimento e assim evitar o défice. Vai ser assim”, antevê.

“No entanto, um défice de 0,1% ou um excedente de 0,1% é praticamente a mesma coisa”, defende.

Já Pedro Braz Teixeira destaca que “o crescimento tem sido em linha com o esperado, mas há significativos riscos geopolíticos, que não se têm materializado, mas que poderão concretizar-se até ao final do ano, podendo colocar em risco o cenário macroeconómico e, assim, a perspetiva de excedente orçamental”.

“Para além disso, o Governo não tem uma base parlamentar estável e tem havido coligações negativas na oposição, reduzindo a receita e aumentando a despesa. Por isso, existe um risco, sobretudo político, de regressarmos aos défices ainda em 2024”, conclui.

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JSD elege João Pedro Louro como presidente em congresso que marca os 50 anos

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

João Pedro Louro, até agora secretário-geral da JSD, sucede a Alexandre Poço, atualmente deputado e vice-presidente da bancada social-democrata.

A Juventude Social-Democrata (JSD) elegeu João Pedro Louro como novo líder, com 81% dos votos, durante o 28.º Congresso Nacional, que terminou domingo em Lisboa, anunciou a organização.

João Pedro Louro, até agora secretário-geral da JSD, sucede a Alexandre Poço, atualmente deputado e vice-presidente da bancada social-democrata na Assembleia da República e que cumpriu dois mandatos à frente da estrutura jovem dos sociais-democratas.

Segundo a organização do congresso, João Pedro Louro foi eleito 15.º presidente da ‘jota’ com 81% dos votos (337 votos), 16% em branco (66) e 3% nulos (14 votos).

João Pedro Louro, 29 anos, era candidato único à presidência da JSD, cargo que só poderá cumprir durante um mandato de dois anos, uma vez que não se poderá recandidatar depois de atingir a idade-limite de 30 anos para militar nesta estrutura.

No seu discurso na sessão de encerramento do congresso, que decorreu entre sábado e domingo na Praça do Campo Pequeno, o agora presidente dos ‘jotas’ social-democratas afirmou que “qualquer problema da juventude portuguesa importa à JSD”.

Discursos xenófobos e de incitamento ao ódio, isso importa à JSD, porque acredita na dignidade da pessoa humana, independentemente de qualquer circunstância“, referiu.

João Pedro Louro reiterou a defesa da semana de trabalho de quatro dias, uma das suas principais bandeiras: “A minha geração não quer viver para trabalhar, mas quer trabalhar para viver“, justificou.

“Rejeitamos a ideia de um país dividido” e por isso, sustentou, “a coesão territorial vai mesmo ser uma prioridade, porque é investir na igualdade de oportunidades“.

Não pode haver um país de primeira e um país de segunda, um país que interessa e um país que é só paisagem”, afirmou o líder da JSD.

O novo presidente disse ainda querer inverter a “triste pirâmide demográfica” e aumentar a representatividade dos jovens nas autarquias, estabelecendo o objetivo de o PSD “ter mais jovens autarcas [nas eleições autárquicas] em 2025”.

Já o líder social-democrata, Luís Montenegro, que discursou na mesma sessão, saudou “de forma muito viva” João Pedro Louro, agradecendo “profundamente o apoio, alegria e energia da JSD nas duas últimas campanhas [legislativas e europeias]”.

Montenegro deixou uma mensagem ao atual secretário-geral, João Pedro Luís, e ao atual presidente da JSD: “Não me esqueci do vosso entusiasmo, espírito de solidariedade e companheirismo, mesmo numa campanha onde individualmente tinham algumas razões para não estarem satisfeitos“.

Ao presidente cessante, Alexandre Poço, manifestou um “profundo reconhecimento pela forma como conduziu os destinos da JSD” nos últimos anos, reconhecendo que os dois “nem sempre” estiveram de acordo e houve “momentos de alguma tensão”.

“Sempre soubemos colocar o interesse das nossas estruturas e do país à frente desses pequenos momentos”, comentou.

No congresso, com o lema “Somos a História do Futuro”, os participantes cantaram os parabéns à JSD, pelo 50.º aniversário.

Estiveram presentes, entre outros, a vice-presidente da Assembleia da República Teresa Morais; a ministra da Juventude e Modernização e antiga líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes; a eurodeputada Lídia Pereira, eleita pela Aliança Democrática (AD), ou o líder da Juventude Popular, Francisco Camacho.

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📹 Número de milionários no mundo não pára de crescer

  • ECO
  • 23 Junho 2024

No final de 2023 havia quase 23 milhões de pessoas com património acima de um milhão de dólares, mais 55% do que há dez anos.

Há cada vez mais pessoas com elevado património líquido e a sua riqueza engordou 4,7% no ano passado, para quase 87 biliões de dólares. As perspetivas de cortes de taxas de juro e o ambiente económico mais favorável vão permitir aos milionários capitalizar boas oportunidades de investimento. Saiba mais no vídeo.

http://videos.sapo.pt/ow9ZNh2ZOtzSHGKKDed1

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

 

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