Pelo menos dois mortos em atropelamento de multidão num mercado de Natal na Alemanha

  • Lusa e ECO
  • 20 Dezembro 2024

Um carro foi conduzido em direção à multidão e atropelou várias pessoas num mercado de Natal em Magdeburgo, no leste da Alemanha.

Pelo menos duas pessoas morreram e 68 ficaram feridas num atropelamento à multidão que estava no mercado de Natal em Magdeburgo, no leste da Alemanha. O ministro presidente do estado da Saxónia-Anhalt, Reiner Haseloff, não descarta um aumento das vítimas mortais uma vez que várias pessoas foram gravemente feridas.

O condutor do carro, alugado para o ataque, já foi detido. Haseloff adiantou que o suspeito é um médico saudita de 50 anos, que está na Alemanha desde 2006 e tem autorização de residência. Os serviços de informação alertaram recentemente para o facto de os mercados de Natal serem um “alvo ideologicamente adequado para pessoas motivadas pelo islamismo”.

Magdeburgo, localizada a oeste de Berlim, é a capital do land Saxónia-Anhalt e tem uma população de cerca de 240 mil habitantes.

Em dezembro de 2016 a Alemanha sofreu um atentado com um camião num mercado de Natal, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), no qual morreram 12 pessoas no centro de Berlim.

(atualizado às 21h34)

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Administrador de insolvência aguarda plano de Luís Delgado para dona da Visão

André Correia Pais dirá ao tribunal que a empresa deve avançar para liquidação se não conseguir pagar os ordenados em dezembro. Aguarda interlocutores do lado dos credores e plano de Delgado.

Os próximos dias são decisivos para a Trust in News, dona da Visão, da Exame, do Jorna de Letras e de mais de uma dezena de outras marcas de media. André Correia Pais, nomeado no dia 4 de dezembro administrador de insolvência da empresa, confirma ao +M a intenção de comunicar ao tribunal que em sua opinião a empresa deve entrar em liquidação se não conseguir pagar os ordenados deste mês. “Não teria ‘cara’ de manter a empresa em laboração se não pagar os ordenados. Em consciência, é o que posso fazer”, resume.

Até hoje, dia 20, foram feitas as transferências de 1/12 avos dos subsídios de Natal a todos os trabalhadores, o montante que diz respeito ao período pelo qual já é responsável. Quanto ao montante necessário para pagar os ordenados, e a 11 dias corridos do fim do mês, não há garantias, em nenhum dos sentidos. “Ainda não descarto a possibilidade de conseguir resolver a questão”, refere.

André Correia Pais chama a atenção, no entanto, para dois pontos. Por um lado, comunicar ao tribunal que em sua opinião a empresa não tem condições para continuar a laborar não significa que a empresa entre em liquidação nesse momento, sendo a decisão do tribunal e dos credores.

Depois, ao dar o seu parecer, alertará também para a existência de um plano de reestruturação, que Luís Delgado se comprometeu a entregar em tribunal até dia 27 de dezembro.

Delgado, recorde-se, ouvido esta quarta-feira na Comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, avançou que iria apresentar uma proposta de reestruturação, nem que seja “para memória futura”.

Este plano, com medidas diretas específicas, vai ser apresentado no dia 27 de dezembro junto do tribunal e, previamente a isso, junto do administrador de insolvência que, tanto quanto nos disse a nós, diretamente, não tem nenhum plano”, acrescentou. “Também acho que não está muito interessado em conhecer os planos de reestruturação, mas ser-lhe-á mostrado na altura”, continuou Luís Delgado.

Não sei como vai acabar a empresa, até pode acontecer como já ouvi, que o administrador de insolvência, se não tiver dinheiro para pagar os ordenados, irá imediatamente para liquidação”, referiu. Ou seja, “liquidada imediatamente a empresa e eu não posso fazer nada”, enfatizou o desde 2018 dono da editora.

Ora, André Correia Pais reconhece que não terá condições para manter a empresa a trabalhar se não cumprir com o pagamento dos ordenados, mas assegura que está disponível e tem todo o interesse em conhecer o plano de restruturação. “É com agrado que oiço que será apresentado um plano. Poderá ser uma solução. Podem contar comigo, com o meu o apoio e colaboração“, frisa em conversa com o +M.

Com apenas duas semanas de funções, o atual responsável pela TiN reconhece que ainda não teve tempo para elaborar uma proposta com vista a uma solução de fundo para a empresa. “Em termos do conhecimento que há da empresa, o plano [apresentado por quem conheça bem a estrutura e negócio] será mais profícuo“, aponta, explicando que nestas primeiras duas semanas, mais do que a desenhar planos de futuro, esteve a conhecer a empresa e gerir o dia-a-dia, de forma a que os títulos continuassem todos a sair para as bancas.

“Espero que esse plano resolva os problemas da empresa e que os credores o possam aprovar. Estou interessado em conhecer esse plano, e todas outras contribuições que possam surgir”, prossegue.

Entretanto, e a funcionar como possível entrave a qualquer decisão, está o facto de não haver uma comissão de credores instalada. Ou seja, do lado dos credores – logo à cabeça, o Estado –, André Correia Pais ainda não tem interlocutores. “Não estou confortável para tomar decisões de fundo, sem os credores se manifestarem“. Do lado dos trabalhadores, que também são credores, o responsável diz que “encontrou vontade de trabalhar e de ‘dar a volta'”. “Devia haver uma comissão de credores instalada, para que pudessem ser tomadas decisões de estruturais”, aponta.

A assembleia de credores está marcada para dia 29 de janeiro.

 

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 17 milhões de euros

  • ECO
  • 20 Dezembro 2024

O prémio desta sexta-feira ronda os 17 milhões de euros, depois de ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Esta sexta-feira decorreu mais um sorteio do Euromilhões, com um primeiro prémio no valor de 17 milhões de euros. O valor do jackpot desceu depois de ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 20 de dezembro:

Números: 10, 14, 21, 33 e 50

Estrelas: 6 e 9

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Elon Musk apoia o partido de extrema-direita alemão

  • ECO
  • 20 Dezembro 2024

Elon Musk está a apoiar o partido de extrema-direita alemão, o Alternativa para a Alemanha (AfD). O empresário e conselheiro de Trump mostrou o seu apoio ao partido através das redes sociais.

O bilionário norte-americano Elon Musk está a apoiar o partido de extrema-direita alemão, o Alternativa para a Alemanha (AfD), avança o Financial Times. O empresário e conselheiro de Trump mostrou o seu apoio ao partido através das redes sociais.

No X (antigo Twitter), rede social detida por Musk, o empresário partilhou um vídeo de uma ativista alemã de direita e escreveu o seguinte: “Só o AfD pode salvar a Alemanha”.

 

Em novembro, mais de uma centena de deputados do parlamento alemão (Bundestag) solicitaram a proibição do partido de extrema-direita AfD. Os deputados pediram ao Tribunal Constitucional alemão que se pronuncie o mais rapidamente possível sobre a eventual violação do artigo 21.º da Constituição por parte da AfD e a consequente ameaça à democracia no país.

A Alemanha vai a eleições a 23 de fevereiro e as sondagens sugerem que o AfD poderá obter cerca de 19% dos votos, ficando apenas atrás dos democratas-cristãos (CDU) liderados por Friedrich Merz, que deverão obter cerca de 30%.

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Senhas de acesso para autenticação no Portal das Finanças com novas regras

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Na emissão de senhas por carta, o contribuinte passa a ter de obrigatoriamente alterar esta senha no primeiro acesso ao Portal das Finanças.

A emissão e os critérios de complexidade mínimos das senhas de acesso ao Portal das Finanças têm novas regras, sendo estas aplicáveis a novas senhas ou nos casos de recuperação ou alteração das mesmas.

Numa informação publicada esta sexta-feira no Portal das Finanças, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) esclarece que estas novas regras visam reforçar a segurança no acesso aos serviços e aos dados pessoais disponíveis neste portal, que milhões de contribuintes utilizam para tratar da sua vida fiscal.

Desta forma, precisa a AT, na emissão de senhas por carta, o contribuinte passa a ter de obrigatoriamente alterar esta senha no primeiro acesso ao Portal das Finanças. Ou seja, o conjunto de carateres que constituem a senha de acesso que consta da carta recebida apenas serve para aceder ao portal na primeira vez, sendo necessário alterá-la a partir desse momento.

Além disso, os critérios mínimos de complexidade das senhas de acesso são reforçados, com as regras a exigirem que a nova senha tenha um mínimo de oito carateres constituídos por algarismos, letras minúsculas e maiúsculas e carateres especiais.

A AT sublinha que estas novas regras apenas se aplicam aos novos registos no Portal das Finanças e a quem fizer a recuperação ou alteração de senha, mantendo-se válidas as atuais senhas dos contribuintes registados no portal.

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ANA alerta para constrangimentos nos aeroportos devido a greve dos trabalhadores de handling

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

A gestora aconselhou os passageiros com viagens marcadas entre 22 e 1 de janeiro para confirmarem o estado do seu voo junto da companhia aérea ou da agência de viagens.

A ANA alertou esta sexta-feira para a possibilidade de se verificarem constrangimentos nos aeroportos entre 22 e 26 de dezembro e entre 31 do mesmo mês e 1 de janeiro devido à greve dos agentes de assistência em terra.

“A ANA Aeroportos de Portugal informa que, devido à greve convocada por alguns sindicatos das empresas de prestação de assistência em escala (agentes de handling) nos dias 22, 23, 24, 25, 26, 31 de dezembro e 1 de janeiro, nos aeroportos de Lisboa, Porto Faro, Funchal e Porto Santo poderão existir alguns constrangimentos”, avisou, em comunicado.

A gestora aeroportuária aconselhou assim os passageiros com viagens marcadas para estas datas a confirmarem o estado do seu voo junto da companhia aérea ou da agência de viagens. Esta sexta, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) reafirmou a greve dos trabalhadores da Menzies Portugal (antiga Groundforce) entre 22 e 26 de dezembro, após uma reunião com responsáveis da empresa sem resposta às reivindicações.

A greve é de duas horas nas entradas e/ou saídas dos turnos no período compreendido entre as 00:00 do dia 22 e as 24:00 do dia 26 de dezembro.

Na origem desta paralisação está a existência de vencimentos base inferiores ao valor do salário mínimo nacional – SMN (820 euros em 2024), o incumprimento do pagamento das horas noturnas pelo valor previsto no acordo de empresa e o facto de a empresa pretender que os trabalhadores, nomeadamente os de assistência em terra, paguem o parque de estacionamento.

A empresa de handling Portway e os sindicatos Sindav, STHAA, Sitava e Simamevip também não se entenderam numa reunião que ocorreu em 17 de dezembro, mantendo-se a greve convocada pelas estruturas para o período de Natal e fim de ano. A greve convocada pelos sindicatos abrange todo o trabalho suplementar, com início às 00:00 do dia 24 de dezembro de 2024 e até às 24:00 de dia 01 de janeiro de 2025.

Decorrerá ainda a partir das 00:00 horas do dia 24 de dezembro de 2024 até às 24:00 do mesmo dia e a partir das 00:00 horas do dia 31 de dezembro até às 24 horas deste último dia do ano. A paralisação irá também abranger o trabalho em dia feriado que seja dia normal de trabalho, a partir do dia 24 de dezembro e até 02 de janeiro de 2025.

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Serviços mínimos decretados na greve dos trabalhadores do lixo em Lisboa

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Sindicato indica que os 71 circuitos diários representam "cerca de 35%" do trabalho num dia normal, em que se realizam mais de 200 circuitos de recolha de lixo na cidade Lisboa".

A greve dos trabalhadores da higiene urbana na cidade de Lisboa vai realizar-se com serviços mínimos, com a realização de 71 circuitos de recolha de lixo nos dias 26, 27 e 28 de dezembro, disse à Lusa um dos sindicatos.

“Estamos a falar de 71 circuitos diários durante os dias 26, 27 e 28 de dezembro, que a câmara terá de gerir entre os três turnos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Nuno Almeida, acrescentando que vão estar ao serviço 167 trabalhadores no âmbito dos serviços mínimos decretados.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical indicou que a decisão de decretar serviços mínimos para a greve dos trabalhadores da higiene urbana em Lisboa, convocada entre o Natal e o Ano Novo, foi tomada pelo colégio arbitral da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), referindo que este órgão “deu provimento às pretensões da câmara de terem serviços máximos”.

Nuno Almeida indicou que os 71 circuitos diários representam “cerca de 35%” do trabalho num dia normal, em que se realizam mais de 200 circuitos de recolha de lixo na cidade Lisboa. A proposta do STML para serviços mínimos era de 20 circuitos diários, o que implicaria ter cerca de 60 trabalhadores, com três por circuito.

Considerando que esta decisão “é uma profunda limitação ao direito à greve” e é “desproporcionado o nível de serviços mínimos decretados”, o STML vai “contestar nos órgãos judiciais apropriados para o efeito”, uma vez que a decisão é passível de recurso.

Em causa está a greve geral dos trabalhadores da higiene urbana em Lisboa, convocada para 26 e 27 de dezembro, assim como a greve ao trabalho extraordinário, entre o dia de Natal e a véspera de Ano Novo.

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Presidente da República concede dois indultos a reclusos

Marcelo Rebelo de Sousa concedeu este ano dois indultos por razões humanitárias. A decisão foi tomada após reunir com a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, concedeu esta sexta-feira dois indultos a reclusos. As razões apontadas pelo chefe de Estado português foram humanitárias.

O Presidente da República recebeu, no Palácio de Belém, a Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, para proceder à concessão de indultos. Foram concedidos dois indultos por razões humanitárias, com base na proposta da Ministra da Justiça, ou seja, todos que foram propostos pela Ministra da Justiça conforme previsto na lei”, lê-se no site oficial da presidência.

O indulto é uma competência exclusiva do Presidente da República, prevista na Constituição, não estando sujeita a qualquer condição, para além da audição prévia do Governo, representado pela ministra da Justiça. Com o indulto pode haver um perdão total ou parcial da pena, bem como a revogação de penas acessórias de expulsão do país aplicadas a reclusos estrangeiros. Também pode existir uma substituição da pena por outra menos grave. Ou seja, em termos práticos, o indulto é o mesmo que uma absolvição ou perdão de uma pena concedido pelo chefe de Estado.

Segundo o Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade, o pedido de indulto pode ser feito pelo condenado, pelo representante legal, pelo cônjuge ou por pessoa com quem o condenado mantenha uma relação análoga à dos cônjuges, ou por familiar. Também o diretor do estabelecimento prisional em que está o recluso pode pedir a libertação.

O indulto tem de ser pedido até ao dia 30 de junho de cada ano e tem de estar acompanhado do processo do Tribunal de Execução das Penas. Posteriormente passa por vários pareceres, pela posição do ministro da Justiça e, no final, pela decisão do Presidente da República.

A instrução do processo deve estar concluída no prazo de 90 dias a contar da data de autuação no Tribunal de Execução das Penas. Sendo que este prazo pode, excecionalmente, ser prorrogado até ao limite de 120 dias se o juiz assim o decidir fundamentadamente. Após a instrução, o Ministério Público (MP) emite parecer no prazo de cinco dias. “Emitido o parecer, o juiz pronuncia-se no prazo de oito dias e ordena a remessa dos autos ao ministro da Justiça, que os leva à decisão do Presidente da República”, lê-se na lei.

O chefe de Estado decide a partir de uma lista que lhe é apresentada pela ministra da Justiça e a 22 de dezembro, por norma, anuncia quantos pedidos de indulto foram concedidos, sendo de imediato comunicada a decisão ao condenado, ao requerente e aos tribunais. Quando a concessão do indulto implica a imediata libertação do indultado, o decreto presidencial é logo comunicado, pelo Ministério da Justiça, ao tribunal de execução das penas com vista à emissão do correspondente mandado.

Ainda assim, os indultos podem ser revogados até ao momento em que ocorreria o termo da pena, sempre que se revelem falsos os factos que levaram à sua concessão ou quando não sejam respeitadas as condições nele incluídas.

Em 10 anos de mandato, o ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, concedeu 71 indultos e em nove anos Marcelo Rebelo de Sousa já concedeu 51, sendo que 14 deles foi devido à Covid-19, no âmbito de um regime excecional. Ainda assim, foi Jorge Sampaio o presidente que, entre os três, mais perdoou. Entre as principais razões dadas pelos chefes de Estado para a concessão de indultos estão as razões humanitárias e de ressocialização.

Desde reclusos que fazem esforços para recuperarem da toxicodependência, aqueles que se dedicam aos estudos, até aos que se sujeitam à condição de tratar do seu problema de alcoolismo, vários são os casos que chegam às “mãos” dos chefes de Estado e que têm carimbo verde.

Um indulto polémico já “assombrou” o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa. Em 2018, o chefe de Estado concedeu indulto a um padre que tinha sido condenado no ano anterior a dois anos e nove meses por maus tratos contra crianças e idosos com doenças físicas e mentais na Casa do Gaiato de Beire, em Paredes. Tratava-se de uma pena suspensa, mas com o indulto caiu a pena acessória decretada pelo Tribunal de proibição de regresso à instituição.

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Custo da tarifa social da luz desce para 124,2 milhões de euros em 2025

Valor do financiamento reduz-se em 12 milhões de euros em 2025 face ao ano anterior, devido à diminuição do número de beneficiários, anunciou a ERSE.

A tarifa social da eletricidade vai custar menos em 2025 devido à redução do número de beneficiários, anunciou esta sexta-feira a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Face ao 2024 a diferença é de 12 milhões de euros.

Para 2025, o valor do financiamento dos custos da tarifa social será de 124,2 milhões de euros, cerca de 12 milhões de euros menos que o valor previsto no ano anterior de 136,5 milhões de euros. Esta diminuição é justificada pela redução do número de beneficiários deste apoio, em 2025, em Portugal continental e nas Regiões Autónomas“, refere o regulador.

A ERSE anunciou, assim, a aprovação, após processo de consulta pública, das diretivas referentes à repartição do financiamento dos custos com a tarifa social em 2025 e de ajustamentos de anos anteriores.

Desde o ano passado, o modelo de financiamento dos custos com a tarifa social de eletricidade alterou-se, passando a considerar não só os produtores, como os comercializadores e os demais agentes de mercado na função de consumo. Compete à ERSE garantir a operacionalização do financiamento da tarifa social.

O quadro legal prevê “a realização de consultas públicas para a repartição dos montantes da tarifa social, incluindo os ajustamentos relativos a anos anteriores, promovendo desta forma, previamente à decisão da ERSE, a participação dos agentes financiadores e a sua pronúncia sobre a proposta de repartição dos montantes a financiar no ano seguinte”.

A tarifa social resulta da aplicação de um desconto na tarifa de acesso às redes de eletricidade e a aplicação do desconto na tarifa de acesso às redes permite a sua aplicação tanto no mercado liberalizado como no mercado regulado.

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Sodecia entra no capital e gestão da empresa centenária alemã Huf

O acordo prevê aquisição inicial de 30% e o alcance de uma posição maioritária até 2028. Rui Lemos Monteiro vai tornar-se CEO da empresa no próximo ano.

A Sodecia assinou esta quinta-feira um acordo para entrar na estrutura acionista e na equipa de gestão do grupo alemão Huf, uma empresa de componentes para o setor automóvel que tem estado em processo de reestruturação e refinanciamento desde 2021. A empresa nortenha, liderada pelo Rui Lemos Monteiro, comprou uma posição minoritária de 30%, mas irá aumentar essa participação ao longo dos próximos anos.

O acordo prevê ainda que o empresário português se torne CEO da Huf no próximo ano. “O Huf tem um enorme potencial e estou ansioso por trabalhar com os seus colaboradores. A Huf tem carteiras de pedidos completas, um portefólio de produtos preparado para o futuro e equipas dedicadas em todo o mundo. Estamos a conquistar um parceiro global estabelecido para o grupo Sodecia, com grande reputação nos fabricantes automóveis”, afirmou o CEO da Sodecia, Rui Monteiro.

Para a empresa portuguesa – que esteve na corrida à Efacec – esta operação implica outras mudanças. Por exemplo, vai ser criada uma nova unidade de negócio chamada ‘Acesso & Autorização’ relacionada com as soluções vendidas pela Huf (sensores, chaves de automóveis, etc). Abre-se também a porta a mais clientes e mais geografias.

Como é que se processará a transação? Primeiro, a Sodecia adquire esta participação minoritária de 30% na Huf e dará fundos “significativos” de que a empresa alemã precisa para desenvolver os seus planos de crescimento. Depois, até 2028, a Sodecia aumentará a posição até que seja superior a 50%.

A Huf tem mais de 100 anos de história, sede na Alemanha, unidades em 12 países na Europa, América e Ásia, cerca de 7.500 trabalhadores e um volume de negócios superior a mil milhões de euros (1,2 mil milhões de euros em 2023). Fundada em 1908, na cidade de Velbert, por Ernst Hülsbeck e August Fürst em 1908, é reconhecida no mercado pelas soluções mecânicas, eletrónicas e de software para carros.

“A Sodecia é o parceiro ideal para a Huf. A empresa familiar portuguesa tem uma vasta experiência e recursos que permitirão à Huf não só reforçar a sua excelência operacional, mas também investir em soluções de acesso e autorização automóvel ainda mais inovadoras”, afirmou o presidente do conselho consultivo da Huf, Ulrich Hülsbeck.

A escritura do contrato de compra de ações foi feita em Frankfurt, de acordo com as informações divulgadas nas redes sociais pela equipa legal.

“Com esta operação, a Sodecia irá desenvolver uma nova linha de negócio, dedicada aos produtos de acesso e autorização para a indústria automóvel, na qual a Huf é um dos principais players internacionais com elevada reputação e reconhecida qualidade. A importância desta operação para o reforço da economia e da competitividade industrial portuguesas é indiscutível, com a perspetiva a longo prazo de a Sodecia reforçar a sua posição como um dos mais fortes fornecedores estratégicos dos principais OEM a nível mundial”, destacou o advogado Miguel Lopes Cardoso, sócio da Lopes Cardoso & Associados, reconhecendo que foi a operação de M&A mais complexa na qual esteve envolvido.

A Huf foi assessora pela Freshfields.

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ANAC aprova proposta que inclui subida de 2,97% das taxas no aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

No aeroporto de Lisboa, as taxas reguladas têm um aumento médio de cerca de 2,97%. No caso dos aeroportos do Porto e de Faro a proposta tem uma redução média de, respetivamente, 0,89% e 0,37%.

A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou a proposta tarifária para os aeroportos do Grupo de Lisboa, sendo que as taxas reguladas apresentam um aumento médio de cerca de 2,97% em Lisboa. A ANAC decidiu “aprovar a proposta tarifária para os aeroportos do Grupo de Lisboa”, lê-se num comunicado divulgado esta sexta-feira.

A exceção aplica-se à modulação de CO2 (dióxido de carbono) nas taxas de aterragem, à modulação da taxa de aterragem em Ponta Delgada, à taxa de passageiros com mobilidade reduzida (PMR) e a respetiva modulação e a taxa de segurança. Também não foi aprovada, provisoriamente, a taxa de serviços de passageiros.

A ANAC deu também ‘luz verde’ às propostas tarifárias para os aeroportos do Porto e de Faro, com exceção da modulação de CO2 nas taxas de aterragem, da taxa de PMR e respetiva modulação e da taxa de segurança. No aeroporto de Lisboa, as taxas reguladas têm um aumento médio de cerca de 2,97%.

Por sua vez, nos Açores (Ponta Delgada, Santa Maria, Horta e Flores), as taxas reguladas têm um agravamento médio de 0,09%, enquanto na Madeira (Madeira e Porto Santo) o acréscimo é de 0,47%. Já no Terminal Civil de Beja as taxas reguladas aumentam, em média, 1,13%.

No caso dos aeroportos do Porto e de Faro a proposta tem uma redução média de, respetivamente, 0,89% e 0,37% das respetivas taxas reguladas.

O Conselho de Administração da ANAC optou ainda por não aprovar provisoriamente a taxa de PMR e a modulação proposta, “uma vez que não estão reunidas as condições para a aprovação da proposta apresentada pela ANA para a metodologia e cálculo da taxa média ponderada do capital”.

Relativamente à proposta de taxa de Segurança, o regulador não emitiu um parecer, tendo em conta que alguns aumentos de custos apresentados pela ANA suscitam esclarecimentos adicionais junto da concessionária.

A ANAC também não aprovou a modulação proposta na taxa de aterragem em função do CO2, justificando esta decisão com o facto de a informação disponibilizada no processo de consulta tarifária não permitir aferir “a sua adesão aos princípios de transparência”.

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A competir com a oferta de carros novos, o objetivo de Jorge Aguiar é “tornar a marca Mercedes-Benz Certified uma referência ibérica”

Tornar a Mercedes-Benz Certified "bem conhecida na região Ibéria" e fazer da marca uma 'porta de entrada' para a Mercedes-Benz é o objetivo de Jorge Aguiar, agora diretor ibérico de re-marketing.

 

Tornar a marca Mercedes-Benz Certified uma referência em Portugal e Espanha e que os nossos potenciais clientes vejam nesta marca a nova ‘porta de entrada’ para a marca Mercedes-Benz”. É este o principal objetivo de Jorge Aguiar, desde 2011 diretor de marketing e comunicação da Mercedes-Benz Portugal e, atualmente, com a criação da Mercedes Benz-Iberia, diretor ibérico de re-marketing Mercedes-Benz Certified.

Jorge Aguiar assumiu então, explica ao +M, a responsabilidade pelo mercado espanhol e português para o programa de marca de seminovos – Mercedes-Benz Certified –, ou seja, viaturas seminovas que se posicionam como a ‘porta de entrada’ na marca.

Com o novo reposicionamento da Mercedes, cada vez mais luxury, os modelos de entrada Classe A e B serão substituídos por uma nova geração de modelos que irão começar num segmento um pouco mais acima em termos de preço, sendo o novo CLA o primeiro modelo a surgir já em 2025″, enquadra.

Assim, “com este reposicionamento da marca, deixamos de estar presentes numa parte numa parte significativa do mercado de novos, pelo que, de modo a manter uma oferta neste segmento de mercado, iremos usar a marca Mercedes-Benz Certified onde oferecemos seminovos a preços mais competitivos“, explica.

Ou seja, a ideia é que o cliente que antes comprava um Classe A ou B passe agora a adquirir modelos de segmentos superiores a preços mais simpáticos, com um conjunto de garantias de promessas de marca que passam pela possibilidade de ter garantia, viatura de substituição, financiamento da marca, contratar manutenção, e nos veículos elétricos, garantias adicionais para as baterias e um histórico real da viatura, descreve.

“O principal objetivo é oferecer uma gama de modelos seminovos atrativos e com garantias do programa e, com isso, qualquer cliente poder optar por um Mercedes-Benz seminovo em detrimento de um outro veículo novo da concorrência“, resume o agora responsável ibérico por este novo segmento. “Iremos competir com viaturas novas de outras marcas, com uma oferta muito diferenciada dentro da nossa gama de modelos”, frisa.

Em Portugal e Espanha, a estratégia e objetivos são idênticos. “Sinceramente, já não trabalhamos para Portugal e Espanha separadamente, pois a equipa é totalmente ibérica, com cerca de 11 colaboradores – sete em Espanha e quatro em Portugal – e temos objetivos comuns que passam por satisfazer mais de 20 mil clientes ibéricos de seminovos”, responde quando questionado sobre as diferenças entre os dois mercados.

Para tornar a marca Mercedes-Benz Certified “bem conhecida na região Ibéria”, Jorge Aguiar vai apostar nas promessas de marca que tocam os potenciais clientes, com a comunicação “naturalmente concentrada em meios de divulgação generalista, entre a televisão, digital e ações locais de concessionários, que terão um papel fundamental nesta transição“, avança.

“Na realidade, não deixa de ser também uma forma de fidelizar clientes à nossa marca, podendo ‘saltitar’ entre novo e seminovo, consoante as necessidades do cliente em cada momento da sua vida“, aponta o diretor de marketing, que há cerca de uma década, e com Garrett McNamara como embaixador, deu escala internacional à onda da Nazaré e fez do surf território da marca.

Com a visão ibérica, em termos de responsabilidade dentro do grupo Mercedes, os dois países passam a estar na terceira posição em toda a Europa, apenas atrás da Alemanha e Inglaterra.

Jorge Aguiar iniciou a sua carreira como auditor e consultor na Arthur Andersen (atual Delloite), mas todo o seu percurso tem sido feito nas áreas de marketing e vendas, tendo passado pela indústria do grande consumo, farmacêutica e healthcare.

A entrada no setor automóvel dá-se em em 1997, na Rover Portugal, como Rover e MG Cars brand manager. Depois, de 2000 a 2004, foi diretor de marketing e gerente da MG Rover Portugal e, entre 2005 e 2011, marketing manager no BMW Group. De 2011 até meados deste ano, altura em que foi criada a Mercedes-Benz Iberia, liderou direção de marketing e comunicação da Mercedes-Benz Portugal.

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