As tendências de marketing de influência para 2025, segundo a SocialTalk

O crescimento do social commerce e das shoppable live streams, a aposta em micro e nano influenciadores e em parcerias de longo prazo são algumas das tendências apontadas.

O marketing de influência tem passado por diversas transformações ao longo da última década, ao sabor das novas tendências de consumo de conteúdos, dos novos formatos e das novas tecnologias.

As tecnologias que têm por base inteligência artificial (IA) são também uma tendência cada vez mais significativa, seja na identificação e análise de influenciadores e na forma como os seus públicos se alinham com o target de uma marca, seja na crescente disseminação de influenciadores virtuais ou avatares e na sua popularidade.

Com o aproximar de 2025, o marketing de influência vai assim continuar a adaptar-se às principais tendências que pautam o cenário digital. Eis as previsões da SocialTalk para este segmento de comunicação no próximo ano.

Aposta em micro e nano influenciadores

As marcas estão a trabalhar cada vez mais com micro (10 mil a 50 mil seguidores) e nano influenciadores (menos de 10 mil seguidores) devido às suas taxas de engagement mais elevadas. Segundo se refere no “Influencer Marketing trends 2025“, da SocialTalk, estes influenciadores “geralmente têm uma conexão mais pessoal e de confiança com os seus seguidores, o que leva a uma maior credibilidade e impacto”.

Neste sentido, espera-se que em 2025 os micro e nano influenciadores se tornem ainda mais importantes, à medida que as marcas procuram conexões autênticas que os influenciadores de maior dimensão nem sempre conseguem proporcionar.

“Ao aproveitar estes influenciadores, as marcas podem atingir nichos de mercado de forma mais eficaz, envolver o público de uma forma mais profunda e promover conversas orgânicas que impulsionam a fidelidade à marca“, refere-se no estudo. Além disso, os micro e nano influenciadores ficam mais em conta para as marcas em comparação com influenciadores de maior dimensão, o que os torna numa “escolha prática para marcas que procuram maximizar os seus orçamentos de marketing ao mesmo tempo que mantêm a sua autenticidade“.

Enfatização no conteúdo autêntico

Com os consumidores a estarem cada vez mais atentos a conteúdos não autênticos ou excessivamente patrocinados, os influenciadores que partilham experiências reais (incluindo aspectos positivos e negativos dos produtos) estão a ganhar mais credibilidade e confiança.

Esta mudança está assim a encorajar as marcas a concentrarem-se na narrativa em detrimento da publicidade direta, uma vez que o público prefere conteúdos que se pareçam mais com uma recomendação pessoal e não tanto com um anúncio. Além disso, as marcas estão também a incentivar os influenciadores a produzir conteúdo “nos bastidores”, ou seja, em que mostrem o processo de uso de um determinado produto ou outros tipos de conteúdos que ajudem a criar uma conexão emocional com o público.

“Ao permitirem aos influenciadores a liberdade criativa para apresentarem conteúdo com a sua própria voz e estilo, as marcas podem garantir uma mensagem mais orgânica e atraente. Em 2025, a autenticidade permanecerá no centro das estratégias de marketing de influência bem-sucedidas, incentivando marcas e influenciadores a serem mais transparentes“, lê-se no “Influencer Marketing trends 2025”.

Reforço das parcerias de longo prazo entre marcas e influenciadores

Em vez de colaborações pontuais, as marcas estão a optar por parcerias de longo prazo com os influenciadores, de forma a construir mensagens de marca mais fortes e consistentes, o que ajuda a fomentar a lealdade entre o influenciador, a marca e o público.

“Parcerias de longo prazo permitem que os influenciadores desenvolvam uma compreensão mais profunda da marca, dos seus produtos e valores, o que leva a parcerias mais genuínas e convincentes. Essas colaborações permitem que os influenciadores criem narrativas e histórias contínuas que podem evoluir ao longo do tempo, criando antecipação e conexões mais profundas com o público”, explica o estudo.

Ao investir em relacionamentos de longo prazo, as marcas podem criar um sentimento de continuidade que ajuda a reforçar a sua identidade na mente dos consumidores, conduzindo, em última análise, a uma maior retenção e fidelidade dos clientes“, acrescenta-se.

Utilização de IA na identificação e análise de influenciadores

Com a inteligência artificial (IA) a ser usada para identificar influenciadores cujos públicos se alinham com o target de uma marca, as marcas podem tomar decisões informadas na escolha dos influenciadores para parceiros. A IA pode ainda prever quais os influenciadores que têm maior probabilidade de gerar o maior retorno sobre o investimento feito, tendo por base dados de campanhas anteriores.

A análise feita através de IA pode também ajudar a detetar seguidores falsos e métricas de engagement inflacionadas, bem como a monitorizar o desempenho de uma campanha em tempo real, a otimizar o conteúdo ou a prever tendências.

Neste sentido, em 2025, a IA “vai continuar a desempenhar um papel fundamental em tornar as campanhas de marketing de influência mais baseadas em dados e personalizadas. Ao aproveitar os insights baseados em IA, as marcas podem criar campanhas mais eficazes e direcionadas, garantindo um melhor alinhamento entre a mensagem da marca e o público do influenciador. Essa abordagem centrada em dados ajudará as marcas a maximizar o engagement, melhorar a satisfação do cliente e alcançar taxas de conversão mais altas”, aponta o estudo.

Crescimento do social commerce e das shoppable live streams

As redes sociais estão, de forma crescente, a incorporar mais recursos que visam permitir aos consumidores comprar produtos diretamente a partir dos conteúdos dos influenciadores, o que facilita a descoberta de produtos por parte dos consumidores.

Segundo a análise da SocialTalk, é espectável que as shoppable live streams, nas quais os influenciadores apresentam produtos em tempo real, “cresçam significativamente à medida que as marcas aproveitam o imediatismo e a conveniência do social commerce. Essas transmissões ao vivo criam uma sensação de “urgência e entusiasmo”, o que muitas vezes leva a taxas de conversão mais altas em comparação com a publicidade tradicional.

Em 2025, o social commerce deverá expandir-se para incluir recursos mais imersivos e interativos — como testes de realidade aumentada que permitem aos consumidores visualizar os produtos antes de fazer uma compra — sendo que a integração da personalização orientada através de IA nas experiências de compra “aumentará ainda mais o envolvimento do utilizador, adaptando as recomendações de produtos às preferências individuais do consumidor”.

Neste sentido, “as marcas terão de desenvolver estratégias que aproveitem todo o potencial do social commerce e colaborem com influenciadores que possam efetivamente envolver e converter os seus públicos nestes ambientes dinâmicos“, refere-se no estudo.

Maior foco na diversidade e representação

Tendo em conta uma exigência crescente por parte dos consumidores para que as marcas sejam inclusivas, estas estão a optar por se associarem a influenciadores que reflitam diferentes origens, estilos de vida e experiências, de forma a garantir que as suas mensagens atinjam um público mais diversificado.

“Ao colaborar com influenciadores que representam diversas comunidades, as marcas podem criar campanhas que refletem genuinamente o mundo em que vivemos, tornando as suas mensagens mais impactantes. Em 2025, a diversidade e a inclusão desempenharão um papel fundamental nas campanhas de influenciadores, à medida que o público favorece cada vez mais marcas que se alinham com os seus valores“, observa-se.

Crescimento do conteúdo gerado por trabalhadores enquanto ferramenta de marketing

O conteúdo gerado pelos trabalhadores está a ganhar relevância nas estratégias de marketing. Ao incentivar os trabalhadores a partilharem as suas experiências e insights, as marcas conseguem acrescentar uma “voz autêntica” às suas campanhas, sendo expectável que esta tendência cresça à medida que mais empresas reconhecem o valor dos seus próprios colaboradores como embaixadores da marca.

No próximo ano, “é provável que mais marcas desenvolvam programas para incentivar a participação dos trabalhadores na criação de conteúdos, dando formação, incentivos e diretrizes claras para garantir consistência e qualidade. Isso ajudará a criar um fluxo constante de conteúdo autêntico que apoie os objetivos gerais de marketing da marca. As marcas que aproveitarem eficazmente a voz dos seus colaboradores terão uma vantagem significativa na construção de confiança, na promoção da comunidade e no aumento da sua credibilidade no mercado“.

Ascensão de influenciadores virtuais e avatares

Com os influenciadores virtuais e os avatares a ganharem popularidade dentro do marketing de influência, as marcas têm recorrido a estas figuras para interagir com o público de formas criativas e inovadoras, até porque estes influenciadores virtuais — gerados também através de IA — podem ser projetados para se alinharem na perfeição com os valores e imagem de uma marca, permitindo também um total controlo sobre o seu comportamento e mensagens.

Em 2025, espera-se que o crescimento dos influenciadores virtuais continue, com os avanços tecnológicos – nomeadamente no campo da IA – a permitirem que estes avatares se tornem ainda e cada vez mais realistas e interativos.

No entanto, a utilização de influenciadores virtuais também “levanta questões éticas sobre transparência e autenticidade“, alerta-se nas previsões da SocialTalk, uma vez que os consumidores “podem nem sempre estar cientes de que estão a interagir com uma persona gerada por computador, o que pode levar a preocupações sobre manipulação e confiança”. Neste sentido, “as marcas devem garantir que são transparentes sobre a natureza dos influenciadores virtuais e fornecer informações claras para manter a confiança do público“.

Aumento do uso de vídeos curtos e de live streaming

A utilização de vídeos curtos e de live streaming aumentou significativamente nos últimos anos, esperando-se que esta tendência continue a crescer em 2025. Plataformas como TikTok, Instagram (Reels) ou o YouTube (Shorts) tornaram os conteúdos de vídeos curtos (normalmente com menos de 60 segundos) muito populares, uma vez que são altamente envolventes, fáceis de consumir e provaram ser eficazes em captar a atenção.

Nesta ótica, as marcas vão colaborar cada vez mais com influenciadores na criação de conteúdos curtos que se alinhem com as tendências virais, de forma a garantirem que as suas mensagens permaneçam relevantes e oportunas.

O live stream está também a ganhar expressão enquanto ferramenta para o marketing de influência, uma vez que proporciona aos influenciadores a capacidade de se conectarem com o público em tempo real, numa experiência interativa e envolvente.

A combinação de vídeos curtos e de live stream oferece às marcas a oportunidade de criar uma estratégia de conteúdo completa que inclui conteúdo rápido e atraente e envolvimento interativo mais profundo. Em 2025, as campanhas de marketing de influenciadores bem-sucedidas provavelmente incorporarão ambos os formatos para maximizar o envolvimento do público e impulsionar o reconhecimento da marca“, preconiza a SocialTalk.

Crescimento dos influenciadores que vendem os seus próprios produtos

Outra tendência crescente no marketing de influência passa pelos influenciadores lançarem e venderem os seus próprios produtos, com os influenciadores a aproveitarem a confiança e a credibilidade pré-estabelecida com o público para criar novos fluxos de receita.

Em 2025, é esperado que mais influenciadores aproveitem esta oportunidade para diversificar os seus rendimentos e se estabelecerem enquanto empreendedores, o que também apresenta uma “oportunidade para as marcas colaborarem com influenciadores na cocriação de produtos, o que pode resultar numa parceria win-win, onde tanto a marca como o influenciador têm interesse no sucesso do produto”.

Em 2025, a tendência de os influenciadores se tornarem empreendedores continuará a remodelar o panorama do marketing de influenciadores, oferecendo novos caminhos para a criatividade, o crescimento dos negócios e o envolvimento do consumidor“, refere ainda a SocialTalk.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Memórias” de Balsemão é o primeiro livro em Portugal com voz do autor clonada por IA

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2024

Depois de lançar o livro em 2021, Francisco Pinto Balsemão confiou a clonagem da sua voz à agência de inovação Instinct para contar a história da sua vida na primeira pessoa, recorrendo à IA.

“Memórias”, de Francisco Pinto Balsemão, é o primeiro livro em Portugal com voz clonada por inteligência artificial (IA) do autor e vai estar disponível em podcast a partir de janeiro.

“Utilizei o que se poderá chamar a minha inteligência natural para escrever as mais de 1.000 páginas das minhas memórias. Achei que, para as ler para este novo podcast, já podia e devia contar com uma ajuda da inteligência artificial”, afirma o fundador do Expresso e da SIC sobre este novo projeto.

“Foi um desafio que aceitei prontamente, sou um apaixonado pelas novas tecnologias, por aprender coisas novas, mesmo com a minha simpática idade de 87 anos” e “abracei com entusiasmo esta proposta e tenho orgulho em que o Expresso e o grupo Impresa sejam pioneiros num projeto inovador, baseado em inteligência artificial”, remata Francisco Pinto Balsemão.

Lançado em 2021 pela Porto Editora, o livro de “Memórias”, de Francisco Pinto Balsemão, vendeu mais de 17 mil exemplares. Agora, avançou no tempo e confiou a clonagem da sua voz à agência de inovação Instinct para contar a história da sua vida na primeira pessoa, recorrendo à IA.

Pinto Balsemão gravou com a sua própria voz a leitura de algumas páginas da sua obra e, depois, a Instinct aproveitou essa gravação e gerou a sua voz para a leitura da totalidade das 1.000 páginas do livro.

Agora o conteúdo será transformado num podcast com a chancela do Expresso e apoio da Porto Editora, composto por 24 episódios, com uma periodicidade semanal. O título de cada capítulo será lido pela voz da jornalista Clara de Sousa também clonada por IA.

O podcast “Memórias de Francisco Pinto Balsemão” vai estar disponível a partir de janeiro e “será o primeiro livro em Portugal, e provavelmente no mundo, com a voz do próprio autor clonada por IA“, de acordo com informação do projeto. O processo total durou quatro meses.

Este é o terceiro podcast de Francisco Pinto Balsemão no Expresso, sendo que a sua estreia aconteceu em 2023, com ‘Deixar o Mundo Melhor’. Seguiu-se em 2024 ‘IA — A próxima vaga’.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Supremo Tribunal dos EUA vai examinar constitucionalidade da proibição do TikTok

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2024

O Supremo Tribunal aceitou analisar o processo mas não o pedido de suspender a entrada em vigor da lei de proibição da rede social, como tinham pedido o TikTok.

O TikTok obteve esta quarta-feira um sucesso na sua batalha judicial contra uma lei que obriga a chinesa ByteDance – dona da rede social – a vendê-la, sob pena de interdição, quando o Supremo Tribunal aceitou examinar a constitucionalidade do diploma em causa.

O Congresso aprovou em abril por uma larga maioria uma lei contra o TikTok, que reivindica ter 170 milhões de utilizadores ativos nos EUA. A lei visa prevenir riscos de espionagem e manipulação dos utilizadores da plataforma pelas autoridades chinesas.

Promulgada pelo presidente Joe Biden, a lei estipula a data de 19 de janeiro para a holding ByteDance concretizar o decidido. O TikTok contestou por várias vezes ter transmitido informações ao governo de Pequim e garantiu que recusaria qualquer pedido nesse sentido.

O Supremo Tribunal aceitou esta quarta-feira analisar o processo, mas não o pedido de suspender a entrada em vigor da lei, como lhe tinham pedido, na segunda-feira, o TikTok e a Bytedance. O início das audiências foi marcado para 10 de janeiro.

Em causa vai estar saber se a lei viola a Primeira Emenda da Constituição, que garante a liberdade de expressão.

O Congresso adotou uma restrição massiva e sem precedente da liberdade de expressão“, afirmam os queixosos, sublinhando que a lei deve entrar em vigor na véspera da investidura de Donald Trump.

A rede social aposta claramente na simpatia do republicano, que declarou na segunda-feira que tinha “um fraco” pelo TikTok. No mesmo dia, aliás, reuniu-se com o presidente da empresa chinesa, Shou Zi Chew.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro rejeita que relações com Marcelo tenham esfriado e diz que há “convergência de opiniões”

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2024

O primeiro-ministro rejeitou que as relações com o Presidente da República tenham esfriado, defendendo que há uma "grande convergência de opiniões" entre São Bento e Belém.

O primeiro-ministro rejeitou esta quinta-feira que as relações com o Presidente da República tenham esfriado com comentários feitos na quarta-feira por Marcelo Rebelo de Sousa, defendendo que há uma “grande convergência de opiniões” entre São Bento e Belém.

Questionado pelos jornalistas sobre os comentários que o Presidente da República tinha feito ao Governo na quarta-feira, durante uma sessão de cumprimentos de Boas Festas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Luís Montenegro disse que ficou “com a sensação de que há uma grande convergência de opiniões”.

Face à insistência dos jornalistas sobre se as relações com Belém tinham esfriado, o primeiro-ministro respondeu: “De maneira nenhuma”.

Luís Montenegro acrescentou que Marcelo Rebelo de Sousa até começou por dizer “tal como o senhor primeiro-ministro disse” antes de prosseguir com a sua intervenção.

Na quarta-feira, o Presidente da República afirmou que o Governo está em contrarrelógio desde que iniciou funções há oito meses, com o primeiro-ministro a procurar estar em todo o lado, numa conjuntura internacional difícil que exige cooperação estratégica.

Marcelo Rebelo de Sousa falava na tradicional cerimónia de apresentação de cumprimentos de boas festas por parte do Governo, na Sala dos Embaixadores, no Palácio de Belém, em Lisboa, a primeira com Luís Montenegro no cargo de primeiro-ministro.

Foram oito meses de corrida em contrarrelógio por parte deste Governo. Sabe que um dia perdido pode ser irrecuperável“, declarou o chefe de Estado, depois de Luís Montenegro lhe ter falado em solidariedade estratégica, cooperação produtiva e forte relação institucional e pessoal.

De acordo com o Presidente da República, o primeiro-ministro, nestes meses, tem procurado “estar em toda a parte ao mesmo tempo”, algo que considerou invulgar para quem tem funções executivas.

Depois, deixou um recado ao Governo PSD e CDS-PP, partindo da atual conjuntura mundial, que caracterizou como extremamente complexa: “Solidariedade institucional é importante, mas não é suficiente. Tem de haver no presente cooperação estratégica“.

“Seria um mau sinal” UE esperar por Trump

O primeiro-ministro português defendeu esta quinta-feira que “seria um mau sinal” se a União Europeia (UE) tivesse de “estar à espera” que Donald Trump inicie funções como Presidente norte-americano para decidir o futuro do apoio à Ucrânia.

Questionado sobre se as decisões da UE estão em suspenso até ao regresso de Donald Trump à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2025, Luís Montenegro respondeu que “seria um mau sinal se a Europa tivesse de estar à espera de quem quer que seja”.

“A Europa não pode vacilar, a Europa não vai vacilar no seu apoio à Ucrânia”, acrescentou Luís Montenegro à entrada para uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas (Bélgica), a última de 2024 e primeira de António Costa (ex-primeiro-ministro português) enquanto presidente desta instituição.

O primeiro-ministro social-democrata reconheceu que é necessário “estreitar ainda mais a relação transatlântica”, nomeadamente com os Estados Unidos da América.

Já sobre o Presidente eleito, Luís Montenegro reconheceu que a relação “poderá não ser a mesma coisa que era com o Presidente que está em exercício [o democrata Joe Biden], mas será no mesmo respeito”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

É oficial. Salário mínimo sobe 50 euros em janeiro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Dezembro 2024

O salário mínimo nacional vai subir para 870 euros a partir de janeiro. Decreto-lei do Governo foi publicado em Diário da República.

O decreto-lei do Governo que aprova a subida do salário mínimo nacional para 870 euros a partir de 1 de janeiro de 2025 foi publicado esta quinta-feira em Diário da República. Este valor representa um aumento de 50 euros face aos atuais 820 euros de remuneração mínima mensal.

O acordo de rendimentos assinado há dois anos pelo Governo de António Costa e os parceiros sociais já previa uma subida do salário mínimo em 2025, mas o valor projetado era 855 euros. O Executivo liderado por Luís Montenegro quis, porém, ir mais longe e negociou este ano na Concertação Social um reforço de 50 euros, para 870 euros.

No decreto-lei, que foi promulgado pelo Presidente da República na semana passada, o Governo recorda o compromisso estabelecido no novo acordo com os parceiros sociais, designadamente uma trajetória de aumentos anuais sucessivos de 50 euros até o salário mínimo nacional atingir os 1.020 euros em 2028.

O Executivo reconhece que o aumento do salário mínimo tem sido um “objetivo político e social transversal a todos os Governos“, de modo a contribuir para uma “distribuição mais equitativa da riqueza” e a retenção de “talento e capital humano qualificado”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Provedora da Justiça pede ao Governo que fique atento aos migrantes que “vêm para fruir do acesso ao SNS”

  • ECO
  • 19 Dezembro 2024

Maria Lúcia Amaral diz que “é fundamental que o Estado esteja atento para impedir que haja situações terríveis de exploração”. Provedora nega problema sistémico racial e de maus tratos na polícia.

A provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, considera que “tem de haver uma diferença” no acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) entre migrantes a residir em Portugal que não estão legais devido a atrasos na atribuição dos documentos e pessoas que vêm especificamente a Portugal para ser tratadas, diz em entrevista à Rádio Renascença/Público.

Na ótica da provedora da Justiça, o problema está nas “pessoas que não têm residência legal em Portugal e, portanto, não estão sujeitas aos mesmos deveres que os cidadãos portugueses porque não têm estatuto jurídico, podem ir ao SNS, mas têm de pagar”. Maria Lúcia Amaral deixa um aviso sobre os mecanismos para atrair imigrantes: “É fundamental que o Estado esteja atento para impedir que haja situações terríveis de exploração”.

Questionada sobre os relatórios internacionais sobre violência policial, Maria Lúcia Amaral nega problema sistémico racial e de maus tratos nas forças de segurança, considerando que “os grandes problemas nas prisões têm a ver com o parque dos estabelecimentos prisionais estar obsoleto”, exemplificando que Portugal tem três estabelecimentos prisionais que foram construídos no século XIX.

Por outro lado, critica as condições nas prisões e eventuais violações dos direitos dos reclusos. “Já desde 2020, em quatro anos tivemos dez acórdãos do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, de Estrasburgo, a condenar o Estado português e sempre pelas más condições físicas em que os reclusos vivem”, refere a provedora da Justiça. Enumera que estas queixas são motivadas por “celas sobrelotadas, ou em celas onde o frio é insuportável, ou em estabelecimentos prisionais onde, no verão, há muito calor e falta de água durante os longos períodos do dia”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de metade das verbas do apoio à compra de carros elétricos está por atribuir

  • ECO
  • 19 Dezembro 2024

As candidaturas ao apoio proveniente do Fundo Ambiental para a compra de veículos elétricos terminam no final do ano, estando por atribuir 2,6 milhões de euros da verba total.

O programa do Governo de incentivos à compra de veículos elétricos, que devolve 4.000 euros aos cidadãos que abatam um carro antigo e comprem um automóvel 100% elétrico, ainda tem por atribuir 2,6 milhões de euros da verba disponível de 4,2 milhões de euros, revela o Jornal de Notícias (acesso pago).

Desde outubro, o Fundo Ambiental recebeu 417 pedidos para um limite de 1.050 incentivos a atribuir para a aquisição de carros elétricos. Desse total, já foram aceites 293 candidaturas, 72 aguardavam elementos adicionais e 32 estavam por validar, enquanto 39 foram excluídas. O prazo das candidaturas termina em 31 de dezembro.

Segundo o presidente da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE), Pedro Faria, a “taxa de execução muito baixa” deste programa deve-se à opção do Governo de “misturar” o apoio à aquisição de veículos novos com o da renovação da frota. A exigência de abater uma viatura a combustíveis fósseis com mais de dez anos é “errada”, critica o responsável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desafios passados e turbulência futura no setor segurador

  • Conteúdo Patrocinado
  • 19 Dezembro 2024

Os últimos anos foram desafiantes para o setor segurador e os próximos não se preveem mais fáceis. A agilidade e capacidade de adaptação serão chave para ganhar vantagens competitivas no setor.

O ano cujo final agora se aproxima voltou a ser particularmente desafiante para o setor segurador a nível global. Foi o primeiro ano de reporte em IFRS 17, com continuada pressão para uma maior digitalização no setor, a agenda verde e uma crescente necessidade de uma maior eficiência de custos.

Transversalmente a todos os setores, a continuação e escalada dos conflitos regionais, a turbulência política no ocidente, o arrefecimento do crescimento nos mercados emergentes e o provável ressurgimento do protecionismo no comércio internacional, mesmo considerando a recente acalmia na inflação e decorrente alívio nas taxas de juros, existe uma incerteza crescente aos mercados a nível global.

Os próximos anos não se preveem menos desafiantes e irão exigir do setor um foco estratégico para ultrapassar estes obstáculos e encontrar áreas de crescimento, identificamos quatro áreas que se prevê que façam mexer o setor num futuro próximo.

  1. Pressão regulatória e aumento generalizado de custos
    A crescente pressão regulatória a que temos assistido nos últimos anos e que se prevê continuar, tem obrigado a um aumento dos custos operacionais das Companhias. IFRS 17, Solvência II, proteção de dados, branqueamento de capitais e sustentabilidade, entre outros, têm exigido um elevado volume de investimento, estando agora o mercado a virar-se para identificar potencias eficiências nestas e noutras áreas para melhorar a rentabilidade. Importa neste processo não perder de vista a qualidade do serviço. O investimento e automação, análise de dados e inteligência artificial, efetuado criteriosamente, poderá reduzir significativamente a ineficiência nos processos, podendo o investimento nestas áreas transformar estas barreiras regulatórias em vantagens competitivas.
  2. Desenvolvimento de novos produtos
    A forma como os seguros são consumidos tem sofrido grandes alterações nos últimos anos, potenciadas também por uma alteração do perfil de risco dos tomadores/beneficiários. Desde o crescimento no alojamento local, passando pelas plataformas como de entregas e transporte até ao crescimento galopante dos riscos de cibersegurança, são significativas as alterações. Existe hoje, potencialmente, um grande gap de proteção que as Companhias devem procurar endereçar, investindo na melhoria de processos que permita colocar e distribuir os produtos no mercado de forma mais rápida e ágil, mas sem perder de vista a eficiência e compliance regulatório já referida.

    Ruben Olival, Senior Manager EY, Assurance Financial Services
  3. Parcerias, ecossistemas e canais de distribuição
    Seja por via de uma maior eficiência, pela necessidade de acompanhar as referidas alterações no mercado ou pelo desejo de inovar, as Companhias têm procurado diversificar a colocação da sua oferta no mercado. As parcerias e ecossistemas estão a tornar-se centrais na estratégia de crescimento. Através de parcerias com empresas tecnológicas, da área da saúde e até do imobiliário, tem sido possível complementar os produtos tradicionais, como o seguro de saúde com os programas de bem-estar e multirriscos habitação com dispositivos inteligentes da casa. A identificação e escolha dos parceiros adequados é chave neste processo, para permitir a criação de valor para ambas as partes. Importa neste processo, nunca perder a ligação humana que a maioria dos tomadores ainda aprecia, quer na escolha dos melhores produtos para o seu perfil de risco, quer posteriormente quando existir algum assunto que não se enquadre num processo padrão.
  4. Capacitação de recursos humanos para responder aos desafios
    Os desafios referidos, bem como as áreas de foco, estão intrinsecamente ligados com a capacidade das Companhias potenciarem as suas pessoas para responder aos mesmos. Existe uma necessidade crescente por recursos com conhecimentos acerca das novas tecnologias e da recente digitalização, existindo um desequilíbrio no mercado onde a procura por esse tipo de conhecimento supera largamente a oferta. Isto torna fulcral o desenvolvimento de um mindset interno, que não só promova a formação nestas áreas, mas que as torne centrais no dia-a-dia das organizações. Os gestores de topo têm um papel chave na promoção da inovação, colaboração e adaptabilidade que permita que a Companhia saia vencedora de todos estes desafios.

Em conclusão, de modo a serem capazes de ultrapassar e crescer com os desafios atuais e futuros, as organizações devem focar-se na inovação estratégica, na eficiência de processos, na escolha criteriosa de investimentos e parcerias e no desenvolvimento e capacitação das suas pessoas. O futuro prevê-se continuadamente incerto e desafiante, mas trará também recompensas e crescimento para quem se conseguir adaptar de forma eficaz.

Ruben Olival, Senior Manager EY, Assurance Financial Services

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CTT fazem negócio estratégico com DHL para distribuir encomendas online

A transação deverá ficar concluída no segundo semestre de 2025. CTT e DHL têm a opção de aumentar, no futuro, até uma participação de 49% as suas participações mútuas nas respetivas empresas.

Os CTT fecharam uma “parceria estratégica” com a DHL para criar uma joint venture para “unir esforços” no comércio eletrónico em Portugal e Espanha. A parceria pretende abordar as oportunidades de crescimento nos mercados de e-commerce e distribuição de encomendas, explicam os CTT numa nota ao mercado. A segunda no espaço de dois dias, já que na quarta-feira foi anunciada a compra da espanhola Cacesa por 104 milhões de euros.

O mercado recebeu bem as notícias já que, esta manhã, os títulos da empresa de correios eram os únicos a valorizar em todo o PSI. A subida começou nos 2% mas foi-se ampliando ao longo da manhã e chegou mesmo aos 8%.

Esta parceria visa criar uma rede abrangente de recolhe e distribuição em Portugal e Espanha, mas para chegar a essa realidade é necessário fazer um conjunto de operações: a CTT Expresso vai comprar integralmente a DHL Parcel Portugal, os CTT vão adquirir 25% DHL Parcel Iberia, ficando com uma participação indireta através da holding Danzas. Já a espanhola DHL vai comprar uma participação de 25% na CTT Expresso. Assim, a DHL em Portugal será integrada na CTT Expresso, que se torna a distribuidora de e-commerce da DHL em Portugal.

Os CTT explicam que a operação “está sujeita às condições habituais de conclusão, incluindo as aprovações regulamentares aplicáveis”, mas a expectativa é que fique “concluída no segundo semestre de 2025”. “Ambas as partes concederão uma à outra a opção de aumentar, no futuro, até uma participação de 49% as suas participações mútuas nas respetivas empresas“, explica a apresentação publicada no site da CMVM.

A parceria agora anunciada avalia a CTT Expresso em 482 milhões de euros, a DHL Parcel Iberia em 106 milhões e a DHL Parcel Portugal em 12 milhões. Fora deste valor estão as “alavancas de valorização” para os CTT e DHL de 15 milhões de euros. De acordo com o comunicado, os CTT esperam “um encaixe líquido de cerca de 69 milhões, assumindo uma base livre de dívida”.

Os CTT explicam ainda que no âmbito deste acordo, o “negócio de comércio eletrónico da DHL em Portugal será totalmente transferido para a CTT Expresso”. Em Espanha o objetivo será criar uma rede eficiente para processar encomendas e entregas last mile, nos mercados B2C (Business-to-Consumer) e B2B (Business-to-Business).

Para os clientes será possível entregar e receber as encomendas em qualquer um dos 20mil pontos de entrega em Portugal e três mil em Espanha. A parceria porá ao dispor de ambas as empresas mais de mil cacifos Locky dos CTT, a que se juntarão mais dez mil numa expansão, prevista para os próximos anos, fora de casa (“out-of-home”).

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Carros elétricos, Zona Franca da Madeira e SNS

  • ECO
  • 19 Dezembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As candidaturas ao apoio do Governo para a compra de veículos elétricos fecham no final do ano, estando por atribuir mais de metade das verbas do incentivo. Mais sete empresas da Zona Franca da Madeira perderam as ações interpostas junto do Tribunal Geral da União Europeia contra o Executivo comunitário. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Mais metade dos apoios aos carros elétricos ainda por gastar

O programa do Governo de incentivo à compra de veículos elétricos, que devolve quatro mil euros aos cidadãos que abatam um carro antigo e comprem um automóvel 100% elétrico, recebeu apenas 379 candidaturas desde outubro. Com o prazo das candidaturas a terminar no dia 31 de dezembro, ainda estão por atribuir 2,6 milhões de euros do total de 4,2 milhões de euros aprovados. A “taxa de execução muito baixa” do programa resulta, segundo o presidente da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE), Pedro Faria, da opção do Governo de “misturar” o apoio à aquisição de veículos novos com o da renovação da frota. A exigência de abater uma viatura a combustíveis fósseis com mais de dez anos é “errada”, critica o responsável.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Empresas da Zona Franca da Madeira perdem ações contra a Comissão Europeia

Desde 2023 que o Tribunal Geral da União Europeia (TGUE) tem negado provimento às ações interpostas por empresas sediadas na Zona Franca da Madeira contra a Comissão Europeia. Nesta quarta-feira, o tribunal geral voltou a dar razão a Bruxelas nos processos intentados por sete empresas, que pretendiam anular a decisão do Executivo comunitário que considerou ilegal a forma como beneficiaram de um IRC reduzido durante vários anos e que as obriga a devolver ao Estado português os incentivos indevidos.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Contrato-promessa não serve para garantir exclusão de mais-valias

A norma que permite não pagar mais-valias com a venda de uma segunda habitação se estas forem usadas para abater o crédito à habitação termina em 31 de dezembro. Até lá, quem tiver realizado um contrato-promessa de compra e venda, mas não for a tempo de fazer a escritura, já não poderá aproveitar a medida do Governo. O esclarecimento veio do Ministério das Finanças: a exclusão da tributação de mais-valias resultantes da venda de uma segunda habitação quando aplicadas na amortização do crédito da habitação própria e permanente aplica-se “às transmissões realizadas entre 1 de janeiro de 2022 e 31 de dezembro de 2024”, pelo que “não abrange as transmissões realizadas em 2025, independentemente da data em que ocorra o respetivo contrato-promessa”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

“Tem de haver diferença entre os que vêm para ficar e os que vêm para fruir do acesso ao SNS”

A provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, considera que “tem de haver uma diferença” no acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) entre migrantes a residir em Portugal que não estão legais devido a atrasos na atribuição dos documentos e pessoas que vêm especificamente a Portugal para ser tratadas. “Nas exceções, estas coisas hão de estar contempladas”, diz, em entrevista, embora não seja taxativa num eventual apoio aos argumentos do PS relativamente a problemas de constitucionalidade na medida apresentada pelo Executivo de Luís Montenegro.

Leia a entrevista completa na Renascença (acesso livre)

SNS24 ‘tira’ 350 mil das urgências hospitalares

Desde maio de 2023 até à passada segunda-feira, houve 670 mil contactos de pessoas doentes para o SNS24 antes de se dirigirem a uma urgência, dos quais mais de 280 mil foram referenciados para os cuidados de saúde primários e cerca de 70 mil ficaram em autocuidados. Segundo o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra d’Almeida, o projeto “Ligue Antes, Salve Vidas” permitiu “melhorar a eficácia e eficiência do atendimento, incentivando os cidadãos a ligarem para a Linha SNS24 antes de se dirigirem às urgências hospitalares”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Os espanhóis vão gastar, pela primeira vez, em média, mais de mil euros no Natal, num contexto de crescimento das compras a crédito

  • Servimedia
  • 19 Dezembro 2024

Nove em cada dez consumidores vão dar prioridade à utilização do cartão bancário como forma de pagamento das suas compras de Natal.

Este ano, os espanhóis vão gastar em média 1081,15 euros por pessoa nas férias de Natal, segundo dados da Associação Espanhola de Consumidores (AEC), o que representa um aumento de 112 euros por pessoa em relação ao ano anterior. Pela primeira vez, o gasto por pessoa ultrapassará a marca dos 1000 euros, facto que se deve à elevada inflação no consumo, segundo a AEC.

No que diz respeito às compras de Natal, os consumidores optam ligeiramente mais pelas lojas online do que pelas lojas físicas, 60% e 40%, respetivamente, enquanto os cartões bancários são o método de pagamento preferido pela maioria dos consumidores, com 9 em cada 10, em comparação com o dinheiro.

De facto, os cartões de crédito são uma fórmula muito recorrente para que as famílias tenham liquidez suficiente e consigam fazer face ao pico de gastos que se concentra no final do ano. Um estudo da consultora especializada em tendências de consumo, Inteliens, que analisou 57 cartões de crédito em Espanha de 18 instituições financeiras, revela que o cartão MyCard do CaixaBank é o mais flexível do mercado, oferecendo mais opções para ajustar os métodos de pagamento, quer em termos de frequência específica, quer de montante exato.

Mais concretamente, este cartão oferece até oito modalidades de pagamento diferentes, que podem ser efetuadas a cada um ou dois dias, durante um determinado número de dias, de uma só vez, um dia por semana ou no final do mês, ou até um determinado montante. Existe ainda a possibilidade de adiar determinadas transações para uma data posterior ou de pagar em prestações antes ou depois de compras até 40 euros, durante um ano. Para as compras de valor igual ou superior a 600 euros, é possível financiar de 15 a 24 meses, sendo possível acompanhar os custos cobrados em tempo real através da aplicação ou do sítio Web do banco. Como novidade, este meio de pagamento prolonga a sua vida útil para sete anos (anteriormente cinco), minimizando o seu impacto ambiental, uma vez que é feito de plástico 100% reciclado.

Tal como este cartão, existem outros bancos que oferecem versatilidade nos seus cartões de crédito. Por exemplo, no que respeita à escolha da data de débito, todos os cartões de crédito do BBVA permitem escolher entre o dia 21 do mês e o dia 5 do mês seguinte para o pagamento total ou diferido, enquanto até cinco cartões da IberCaja permitem escolher qualquer dia da semana com total flexibilidade (Visa Universal, +ONE, Premium, Dorada e Repsol plus) da mesma forma que o cartão do CaixaBank. No caso do Visa Premium, partilha com o MyCard o facto de o pagamento poder ser efetuado em dois dias. Por seu lado, a Wizink oferece o cartão Click and Now que permite escolher entre quatro opções de datas de fecho (dia 5, 10, 27 ou último dia do mês).

O pagamento semanal é outra vantagem descrita no estudo da Inteliens, que apenas é oferecida pelos cartões IberCaja e CaixaBank acima mencionados, pelo cartão MC da Unicaja e pelo Visa Aktiva da Laboral Kutxa.

Os cartões duais, que combinam pagamentos a débito e a crédito, são outra casuística destacada pelo relatório, uma vez que os únicos cartões existentes no mercado são o MyCard do CaixaBank, bem como os cartões Ahorro/Luego e Combo 1 do Bankinter, e os cartões duais Visa e Korner do Kutxabank.

Outra característica detalhada no estudo são as facilidades oferecidas com o pagamento móvel, com o CaixaBank, Santander e Openbank a destacarem até cinco opções diferentes através do Google Pay, Apple Pay, Samsung, Garming e Fitbit.

CONSUMO A CRÉDITO

A flexibilidade oferecida pelos cartões de crédito está ligada ao aumento do crédito ao consumo das famílias espanholas, que em abril ultrapassou pela primeira vez os 100 mil milhões de euros, um valor que não se via desde 2009, segundo o Banco de Espanha. Uma tendência ascendente que também se reflete nos últimos meses: o seu último boletim estatístico de contas financeiras regista uma recuperação dos empréstimos ao consumo em outubro, que aumentaram 5,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O supervisor bancário situa o volume de dinheiro que as instituições de crédito emprestaram às famílias em 103.209 milhões de euros, mais 852 milhões de euros do que em setembro, tudo isto no calor da época das compras de Natal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Polícia italiana desmantela rede que vendia listas ilegais de IPTV e conteúdos pedófilos

  • Servimedia
  • 19 Dezembro 2024

Em quatro anos, arrecadou 850 mil euros através de taxas de 10 euros por mês. Os mais de 6.000 utilizadores da plataforma enfrentam agora multas entre 150 e 5.000 euros.

A Unidade de Polícia Económico-Financeira de Nápoles e a Unidade Especial para a Proteção da Privacidade e da Fraude Tecnológica de Roma levaram a cabo uma operação para desmantelar uma rede em Nápoles dedicada à venda de listas de IPTV a partir das quais eram transmitidos conteúdos audiovisuais de todos os tipos de entretenimento das principais plataformas de streaming, de acordo com vários meios de comunicação italianos, como a agência noticiosa Ansa.

Além disso, durante a operação foi também descoberto que o líder do grupo tinha criado uma sala de chat onde negociava vídeos e fotografias de pedofilia, tendo sido apreendidas cerca de 1600 peças de pornografia infantil pelas quais era exigida uma comissão via Whatsapp.

As forças de segurança concluíram a operação com a identificação de três pessoas que já foram sujeitas a medidas cautelares, incluindo a prisão para o líder da rede e a obrigação de se apresentarem diariamente à Polícia Judiciária para os outros dois elementos.

A rede, que funciona há quatro anos, conseguiu arrecadar mais de 850 mil euros com a cobrança de taxas de 10 euros por mês – 80 euros se os assinantes optassem pela inscrição anual – a mais de 6 mil utilizadores da plataforma que, segundo consta, serão multados entre 150 e 5 mil euros. Desses 6.000, cerca de 2.000 optaram por fazer os pagamentos em criptomoedas que foram parar a 64 carteiras digitais agora bloqueadas pela justiça.

A investigação levou à identificação de um total de 46 sites que ajudaram a desmantelar este centro de distribuição de conteúdos fraudulentos. A polícia apreendeu ainda servidores não autorizados e equipamento informático moderno utilizado para gerar moedas virtuais, bem como desmantelou uma estufa interior onde o principal suspeito produzia derivados de canábis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.