CEO do Banco CTT anuncia saída

  • ECO
  • 19 Dezembro 2024

"É importante renovar a gestão", afirmou Luís Pereira Coutinho, que acaba de anunciar a saída da liderança do Banco CTT.

Luís Pereira Coutinho vai abandonar o cargo de CEO do Banco CTT, segundo confirmou o próprio em declarações ao jornal Expresso. “O Banco CTT é muito importante, fi-lo crescer, mas também é importante renovar a gestão do mesmo com tempo”, afirmou.

“O banco foi constituído formalmente em agosto de 2015, abriu as portas a 16 de março de 2016 e já conto com três mandatos”, acrescentou o gestor.

O mandato termina no final do ano, mas ficará em funções até março para que o acionista maioritário, os CTT, prepare a sua sucessão. Quem é o sucessor? “Não me compete a mim a decisão. O que posso dizer é que estamos a trabalhar na renovação em conjunto”, afirmou Luís Pereira Coutinho.

O Banco CTT é controlado pelos CTT, que detêm 91,3% da instituição financeira, enquanto a seguradora Generali detém 8,7%, após o negócio concretizado no final do ano passado.

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Desemprego volta a subir. Há mais de 322 mil inscritos no IEFP

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2024

Já há mais de 322 mil inscritos no IEFP. Em novembro, registou-se um aumento homólogo de 3,3%, de acordo com os dados conhecidos esta manhã. Ofertas de emprego caíram 2,1%.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu 3,3% em novembro face ao mesmo mês de 2023, e 3,2% face a outubro, para 322.548 pessoas, segundo os dados divulgados hoje pelo IEFP.

“No fim do mês de novembro de 2024, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 322.548 indivíduos desempregados, número que representa 69,2% de um total de 466.271 pedidos de emprego”, lê-se na nota divulgada pelo IEFP.

São mais 10.238 pessoas inscritas nos centros de emprego face a novembro de 2023. Trata-se de uma aceleração face ao registado em outubro, período em que o desemprego registado teve uma subida homóloga de 3%. Para este aumento, “contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+7.390), os que procuram um novo emprego (+8.340) e os adultos (+8.581)”, explica o instituto.

Já na comparação em cadeia, são mais 10.038 pessoas.

No que toca aos grupos profissionais com maior expressão, face ao período homólogo, foram os “operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (+6,6%) e “especialistas das atividades intelectuais e científicas”(+4,4%)”. Por outro lado, houve uma redução nos grupos profissionais do “pessoal administrativo” (-3,0%) e “agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, pesca e floresta”(-12,9%)”.

A nível regional, o desemprego registado aumentou em todas as regiões em novembro, face ao período homólogo, com exceção dos Açores, da Madeira e do Algarve, onde recuou 4,3%, 10,1% e 3%, pela mesma ordem. O valor mais acentuado de aumento do desemprego continuou a ser registado na região de Lisboa e Vale do Tejo (+6,5%).

Já na comparação em cadeia, “o registou-se também um aumento global no desemprego na ordem dos 3,2%, contudo a região do Centro (- 0,5%) e a Madeira (-0,1%) apresentaram uma ligeira redução”, indica o IEFP.

No final de novembro, as ofertas de emprego por satisfazer atingiram os 12.960 nos Serviços de Emprego de todo o país, o que corresponde a uma diminuição das ofertas em ficheiro na análise anual (-280; -2,1%), ainda assim, é superior ao do mês anterior (+1.088; +9,2%).

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Marcelo garante que já há “cooperação total em termos estratégicos” com Governo

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2024

Marcelo nega que as declarações de quarta-feira sobre a relação com o Governo tenham constituído um pedido, afirmando que "há cooperação total em termos estratégicos" em ambas as partes.

O Presidente da República negou esta quinta-feira que as suas declarações de quarta-feira sobre a relação com o Governo tenham constituído um pedido, contrapondo que já há “cooperação total em termos estratégicos” das duas partes.

“Não pedi, não. Não, não, não disse queria, não. Disse que já havia e que era fundamental e que para mim era um ponto que neste momento era fundamental, havia. E da parte do Presidente, da parte Governo há uma cooperação total em termos estratégicos”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, na cidade da Praia.

O chefe de Estado falava aos jornalistas durante um passeio a pé com o Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, antes de participar numa sessão integrada nas comemorações dos 50 anos da independência de Cabo Verde.

Nesta ocasião, foi questionado sobre as declarações que fez na quarta-feira perante o primeiro-ministro, Luís Montenegro, quando recebeu cumprimentos de boas festas do Governo, no Palácio de Belém, defendendo que “não basta a solidariedade institucional” e que “é fundamental haver no presente a cooperação estratégica”.

Interrogado se não fez essas declarações por considerar que não há suficiente cooperação estratégica com o executivo PSD/CDS-PP, o chefe de Estado respondeu: “Não, não”.

“Eu disse é que é hoje mais reforçada por causa da situação internacional e por causa das questões que temos de enfrentar no mundo e na Europa. Mas já é cooperação mais reforçada neste momento“, acrescentou.

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Europeus com criptomoedas mais do que duplicam em dois anos para 9%

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2024

Estudo do BCE mostra que cada vez mais europeus detém criptomoedas, sobretudo para fins de investimento. Eslovénia (15%) e a Grécia (14%) lideram entre os 20 países da área da moeda única.

A percentagem de europeus que possuem criptomoedas como a Bitcoin ou a Ether mais do que duplicou entre 2022 e 2024, passando de 4% para 9%, segundo um estudo publicado esta quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE).

De acordo com o estudo sobre os hábitos de pagamento na Zona Euro, a popularidade das criptomoedas está a crescer entre os europeus, com cada vez mais pessoas a detê-las, sobretudo para fins de investimento.

Segundo o banco central, o interesse por estes instrumentos está a aumentar, apesar da sua volatilidade e da sua reputação duvidosa, ligada nomeadamente à sua utilização em atividades criminosas. O próprio BCE tem-se mostrado muito crítico em relação a estes ativos de alto risco.

Entre os 20 países da Zona Euro, 13 apresentam taxas de propriedade de criptomoedas superiores a 10%, com destaque para a Eslovénia (15%) e a Grécia (14%).

Em contrapartida, os detentores de criptomoedas ficam-se pelos 6% na Alemanha, onde a utilização de numerário, embora em declínio, é ainda muito mais elevada do que noutros países europeus.

O estudo do BCE evidencia ainda que os europeus mais jovens, sobretudo entre os 25 e os 39 anos, são os mais propensos a deter criptomoedas, seguidos de perto pelos jovens entre os 18 e os 24 anos.

As plataformas de negociação geridas por ‘gigantes’ tecnológicos como a Binance e a Coinbase, mas também as bolsas tradicionais, atraídas pelo potencial do mercado, estão a conquistar os investidores com aplicações móveis que facilitam a compra, a venda e a gestão de criptomoedas.

Quanto à utilização destes ativos de alto risco, continua a ser predominantemente orientada para o investimento e não para os pagamentos, salienta o estudo.

Nos Países Baixos e na Alemanha, mais de 80% dos detentores dizem que as utilizam apenas para investimentos financeiros.

As criptomoedas, cujos preços estão atualmente a atingir níveis recorde, como a Bitcoin, podem ser consideradas como potenciais reservas de valor, semelhantes ao ouro.

Em França, 25% dizem utilizá-las apenas como meio de pagamento, uma das taxas mais elevadas da Europa.

O estudo bienal do BCE mostra também que o numerário continua a dominar (52%) os pagamentos nos pontos de venda, embora com menos sete pontos percentuais do que em 2022.

Em termos de valor, os cartões mantêm-se como o instrumento de pagamento dominante (45%), seguidos do numerário (39%) e das aplicações móveis (7%).

O aumento dos pagamentos digitais é sustentado pelo incremento dos pagamentos online, que representam 21% dos pagamentos diários em número e 36% em valor, mantendo a tendência que se acelerou durante a pandemia de Covid-19.

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Advogado do PSP que matou Odair é candidato a bastonário da Ordem dos Advogados

Ricardo Serrano Vieira é, oficialmente, candidato a bastonário da Ordem dos Advogados. Segundo o que o ECO/Advocatus apurou, o advogado de Lisboa terá enviado mail a alguns advogados portugueses.

Ricardo Serrano Vieira é, oficialmente, candidato a bastonário da Ordem dos Advogados. Segundo o que o ECO/Advocatus apurou, o advogado de Lisboa terá enviado mail a alguns advogados portugueses a anunciar esta intenção.

“Tomo a liberdade de enviar este email para lhe comunicar que irei candidatar-me a Bastonário da Ordem dos Advogados, com uma equipa de colegas de todo o país. Ao longo de mais de 20 anos de advocacia, cruzei-me com muitos colegas na barra do Tribunal. Juntos, temos olhado com preocupação para as desigualdades dentro da nossa profissão e para a dificuldade da Ordem em unir-nos e em resolver os nossos problemas”, escreve o advogado, presença assídua em programas televisivos como comentador.

“Apesar deste contexto inesperado de eleições antecipadas e depois de falar com muitos colegas, decidimos avançar com uma candidatura que defende uma Ordem para a profissão e representa um compromisso com os Advogados. Tomámos esta decisão e considerámos importante comunicá-la primeiro aos colegas, antes de o fazer junto de entidades externas à profissão. Em breve, iremos partilhar consigo o nosso programa e toda a equipa. Seria uma honra poder contar com o seu apoio e participação”, conclui.

As eleições para os órgãos nacionais e regionais da OA estão marcadas para dia 18 e 19 de março, depois da atual bastonária ter convocado as mesmas, de forma antecipada.

O advogado é especialista em direito penal e já esteve em casos mediáticos como a da cegueira do hospital de Santa Maria, na defesa de inspetores do SEF – condenados pela morte do ucraniano Ihor Homeniuk – e na do ex-agente da Polícia Marítima acusado de ter sequestrado a filha menor, em 2012, condenado a três anos e dois meses de prisão efetiva pelo crime de sequestro agravado. E ainda dos oficiais da Polícia Judiciária Militar no processo de Tancos.

Recentemente, abraçou a defesa do agente da PSP que baleou mortalmente Odair Moniz, há mais de um mês, na Cova da Moura, concelho da Amadora.

Ricardo Serrano Vieira, advogado do arguido António Joaquim, fala aos jornalistas à saída do Tribunal de Loures depois de ter sido adiada a leitura do acórdão do processo dos suspeitos do homicídio do triatleta Luís Grilo, Loures, 10 de janeiro de 2020. MÁRIO CRUZ/LUSAMÁRIO CRUZ/LUSA

Esteve também como responsável pela defesa da jovem de 17 anos que, no verão do ano passado, matou a irmã, de 19, com 30 golpes de faca, na sequência de uma discussão.

Mais recentemente, tornou-se notícia quando pediu a António Joaquim, ex-amante de Rosa Grilo que, à semelhança desta, cumpre 25 anos de prisão na cadeia de Alcoentre pelo homicídio do triatleta Luís Grilo, o pagamento de 40 mil euros em honorários. Em carta de resposta, escrita na quinta-feira na cadeia de Alcoentre, António Joaquim, agora defendido pelo advogado Miguel Santos Pereira, não reconhece a quantia. “Já lhe paguei 15 mil euros”, referia a carta.

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Miguel Albuquerque e Paulo Cafôfo juntos no pedido de eleições rápidas na Madeira

À saída das respetivas audiências com o representante da República, os líderes regionais do PSD e PS coincidiram ainda na assunção da própria legitimidade para irem a eleições pelos seus partidos.

Os líderes regionais do PSD, partido no poder na Madeira há quase cinco décadas, e do PS coincidem na noção de urgência relativa à marcação das eleições regionais, que se espera venham a ocorrer no final de fevereiro ou no início de março.

À saída das audiências com o representante da República, Ireneu Barreto, no contexto da crise política na Região Autónoma da Madeira, Miguel Albuquerque e Paulo Cafôfo disseram que as eleições antecipadas têm de ser marcadas no mais curto espaço de tempo. Ambos os líderes usaram a mesma formulação, com a única diferença do uso do advérbio de modo pelo presidente que foi alvo de uma moção de censura e que quer a marcação “o mais rapidamente possível”.

Outro ponto de encontro entre os dois líderes é a garantia da sua própria legitimidade. Paulo Cafôfo recorda que teve “quase 99% dos votos” nas últimas internas socialistas e uma moção global estratégica aprovada por unanimidade. Já Miguel Albuquerque refere que a marcação de eleições internas no PSD “não tem qualquer cabimento”.

O líder social-democrata considerou ainda que os partidos que aprovaram a queda do seu Governo – de que foram exceção apenas o PSD e o CDS — serão penalizados nas urnas.

Já Cafôfo entende que a solução é realizar novas eleições antecipadas e as “pessoas darem força ao Partido Socialista”. “Nós estamos preparados para governar. Estamos preparados para ser a esperança da região e os madeirenses aqui têm uma grande responsabilidade e o poder está mesmo nas pessoas”, acrescentou.

Albuquerque lembrou que até que haja novo Governo, a Madeira terá um orçamento em regime de duodécimos. “Nós estamos, neste momento, sem Orçamento [para 2025], temos um governo de gestão, que vai fazer a governação por duodécimos, e é fundamental reinstalar o mais rapidamente possível a confiança no mercado, garantir que através das eleições voltamos a ter um governo estável e com um horizonte de futuro”, resumiu.

“Viemos dizer que o PSD/Madeira quer que se realizem as eleições o mais rapidamente possível, uma vez que essa decisão, que cabe ao senhor Presidente da República, é aquela que está em conformidade com os interesses da região autónoma”, insistiu Albuquerque, sublinhando que a região não pode andar, de forma recorrente, numa “situação de instabilidade”.

Por outro lado, Paulo Cafôfo entende que “não há qualquer condição no atual quadro parlamentar para outra solução”, pelo que defende eleições, “dissolvendo o senhor Presidente da República a Assembleia Regional, o mais rápido possível dentro do calendário que a lei permite”, afirmou.

A expectativa generalizada é de que Marcelo Rebelo de Sousa venha a convocar eleições antecipadas, após a aprovação, na terça-feira, da moção de censura apresentada pelo Chega. A acontecer, será o terceiro ato eleitoral no espaço de ano e meio — depois de 24 de setembro de 2023, os madeirenses voltaram às urnas a 26 de maio de 2024. Após a decisão de avanço para eleições, o Presidente da República terá de definir uma data no espaço dos 55 dias subsequentes.

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Lesados do BES fora do processo crime de Ricardo Salgado

Segundo a decisão dos juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa, a que o ECO/Advocatus teve acesso, os lesados terão de pedir indemnizações nos tribunais cíveis.

O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou, esta quinta-feira, que os lesados do caso BES vão ficar fora do processo-crime que tem Ricardo Salgado como principal arguido. Segundo a decisão dos desembargadores, a que o ECO teve acesso, os lesados terão de pedir indemnizações nos tribunais cíveis.

“Acorda-se em julgar improcedentes os 96 recursos interpostos pelos arguidos, assistentes e lesados, mantendo-se o despacho recorrido”, pode ler-se no acórdão de 808 páginas, a que o ECO/Advocatus teve acesso. Assim sendo, o julgamento do processo BES/GES poderá ser concluído num prazo entre dois a três anos.

“Em síntese final, como se deixou explanado no presente acórdão, a decisão proferida não tem nada de discricionário ou arbitrário, não postergou nenhum princípio constitucional e não procedeu a nenhuma interpretação violadora da Constituição da República Portuguesa. Não violou igualmente qualquer norma inscrita nem na Convenção Europeia dos Direitos do Homem, nem na Declaração Universal dos Direitos Humanos”, explica a decisão.

Em abril deste ano, os lesados do BES contestaram o envio dos pedidos de indemnização dos lesados do Banco Espírito Santo (BES) para os tribunais cíveis. Depois de, no final de janeiro, a juíza do processo BES, Helena Susano ter decidido afastar os 2.475 lesados do caso. Assim, os lesados ficam impedidos de receber qualquer indemnização no processo-crime, obrigando-os a ter de fazer pedidos de indemnização em processos separados. A magistrada justifica esta decisão porque, “como é sabido, os presentes autos revestem-se de uma extensão e complexidade singular na vida judiciária portuguesa. Instaurados há cerca de dez anos entraram, apenas no final do ano passado, na fase de julgamento”, diz o despacho de Helena Susano, que pediu escusa do julgamento, mas foi rejeitada pelo Tribunal da Relação de Lisboa. Admite, no entanto, que “não se pense que o tribunal, ao tomar esta decisão, se mostra insensível à necessidade de novo impulso processual por parte dos demandantes, agora na instância cível, ao cabo do tempo já decorrido”.

Para a magistrada, a continuidade desses pedidos no processo também conhecido como Universo Espírito Santo “retardaria de uma forma intolerável” o julgamento, algo que a defesa destes lesados contesta.

Agora, os juízes desembargadores da Relação de Lisboa, consideram que “o alegado manifesto aumento da demora na obtenção de uma decisão definitiva sobre o mérito do pedido de indemnização civil e eventuais suspensões decisórias, são matérias que, como acima se referiu, se remetem ao campo das hipóteses. Teses hipotéticas, salvo o devido respeito, não fundam efetivas violações interpretativas inconstitucionais. Acresce que a decisão das partes em recorrerem ou não para o Tribunal Constitucional, é matéria que apenas a cada uma respeita, é voluntária e não obrigatória, cabendo-lhes decidir se pretendem ou não, por essa via, dilatar o tempo de obtenção de decisão quanto aos seus pedidos, em jurisdição cível, caso por tal caminho optem”, escrevem. “Por seu turno, a remessa para os meios cíveis não apresenta nenhum acrescer de dificuldades probatórias, pela singela razão de que a prova, recolhida pelo MP e constante no processo-crime, poder ser usada em processo cível. Basta, para tanto, que os recorrentes se dêem ao trabalho de identificar qual o material probatório que pretendem usar nos seus processos cíveis”.

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EDP recebe 700 milhões do BEI para projetos de renováveis e expansão da rede elétrica no Sul da Europa

O financiamento será usado para projetos solares fotovoltaicos e eólicos terrestres da EDP Renováveis em Portugal, Espanha e Itália, e modernizar redes de eletricidade na Península Ibérica.

A EDP e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinaram dois empréstimos, no valor de 700 milhões de euros, para financiar o lançamento de projetos energéticos da EDP Renováveis em Espanha, Portugal e Itália, bem como a expansão e modernização das redes de distribuição de eletricidade da EDP em Espanha e Portugal.

O primeiro empréstimo, de 500 milhões de euros, constitui a primeira parcela de um empréstimo-quadro verde aprovado no montante de 900 milhões de euros para impulsionar a produção de energia renovável na Europa através do lançamento de projetos solares fotovoltaicos e eólicos terrestres da EDP Renováveis em Portugal, Espanha e Itália, representando cada país cerca de um terço da capacidade instalada total planeada de 1.943 MW, explica a empresa em comunicado.

De acordo com a informação divulgada pela empresa, as novas instalações fornecerão energia verde equivalente ao consumo médio anual de energia de mais de um milhão de agregados familiares, sendo que o projeto inclui a instalação de potencialmente 1.559 MW de capacidade fotovoltaica e 384 MW de capacidade eólica em terra entre 2024 e 2026. “A operação contribui para o objetivo da EDP de aumentar em 18 GW a capacidade renovável até 2026“, explica a empresa.

Já o segundo empréstimo de 200 milhões de euros constitui a primeira parcela de um empréstimo-quadro aprovado no montante de 800 milhões para financiar a expansão, o desenvolvimento e a digitalização das redes de distribuição de eletricidade da EDP em Espanha e Portugal.

“O projeto responderá ao crescimento da procura e da produção renovável distribuída e melhorará a resiliência das redes de distribuição. Entre outras atividades, incluirá a modernização de infraestruturas críticas, incluindo a renovação e a expansão de linhas aéreas e cabos subterrâneos, a modernização de subestações e transformadores e a implementação de soluções digitais, nomeadamente contadores inteligentes”, detalha o comunicado, adiantando que este investimento irá permitir uma gestão mais inteligente da energia, reduzindo as perdas na rede e facilitando a integração de fontes de energia renováveis.

“Estes empréstimos relançam o relacionamento de longo prazo entre a EDP e o BEI e estão em total consonância com a política financeira do Grupo de alargar a maturidade média da sua carteira de dívida, reforçando a sua flexibilidade financeira”, afirmou Rui Teixeira, CFO do Grupo EDP.

O administrador com o pelouro financeiro da elétrica destaca ainda que “o apoio do BEI permitir-nos-á continuar a impulsionar a implantação das energias renováveis, a reforçar as redes de distribuição e a concretizar a nossa visão de um planeta mais sustentável”.

Já Nuno Ascenso Pires, chefe da divisão de operações de crédito do BEI em Portugal refere que “o Banco Europeu de Investimento tem a maior satisfação em apoiar a EDP nos seus esforços para aumentar a produção de energia renovável e expandir as redes de distribuição na Europa”. “Estes projetos ajudarão a acelerar a transição ecológica da Europa, que constitui um objetivo estratégico da União Europeia. Os projetos contribuirão ainda para reduzir a dependência da Europa face às importações de combustíveis fósseis, aumentando assim a segurança energética“, conclui.

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CMS Portugal assessora Sonepar na compra da Elpor e da Mtaron

A equipa da CMS que assessorou a Sonepar na compra de duas empresas (Elpor e Mtaron) foi liderada pela sócia de Corporate M&A Margarida Vila Franca.

A CMS Portugal assessorou a Sonepar, um grupo familiar francês independente de distribuição B2B de equipamentos elétricos, serviços e soluções omnicanal, na compra de duas empresas: a Elpor e a Mtaron.

A equipa da CMS envolvida na operação foi liderada pela sócia de Corporate M&A Margarida Vila Franca e contou ainda com a participação dos associados Francisco Verdelho e Miguel Santos Ferreira e do estagiário João Fragoso Cardoso.

Fundada em 1978, a Elpor oferece soluções completas em distribuição e gestão de energia, iluminação, renováveis e equipamentos elétricos especiais para os setores de instalação e energia. Já a Mtaron, fundada em 1998, fornece uma gama completa e diversificada de produtos elétricos para instaladores, setor onde tem uma forte presença.

“Com estas aquisições, a Sonepar fortalece a sua presença local e amplia as suas ofertas para todos os profissionais, especialmente na região de Lisboa“, refere o escritório em comunicado.

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Filiais estrangeiras são produtivas, pagam melhor e contribuem mais para o PIB português

As 10.705 filiais de empresas estrangeiras contribuem com 38 mil milhões para o PIB português e valem 682 mil empregos com salário médio de 1.745 euros, 42,5% acima do que pagam as firmas nacionais.

Apesar de serem apenas 2,1% do total e até terem reduzido o seu peso em 2023, face ao ano anterior, as 10.705 filiais de empresas estrangeiras em Portugal valem 18,5% do emprego, 29% do volume de negócios e 27,8% do valor acrescentado bruto (VAB) das sociedades não financeiras existentes no país.

O retrato é traçado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), contabilizando que, em 2023, estas filiais de grupos internacionais empregaram cerca de 682 mil pessoas, registaram vendas de 154 mil milhões de euros e contribuíram com 38 mil milhões de euros para o PIB português, pelo grau de incorporação de valor gerado ao longo do processo produtivo.

Em termos médios, cada filial dá emprego a 64 pessoas, um valor “significativamente superior” à média das sociedades nacionais (6 pessoas), tendo entre 2022 e 2023 acrescentado 43 mil postos de trabalho. Com a produtividade aparente do trabalho a atingir 55.674 euros e a remuneração média mensal a subir 5,9% para 1.745 euros, estas empresas estrangeiras estão 67% e 42,5%, respetivamente, acima dos valores observados nas sociedades nacionais.

Entre 2010 e 2023, as filiais estrangeiras registaram, em média, uma produtividade aparente do trabalho superior em 18,8 mil euros à média das sociedades nacionais. Também a remuneração média mensal foi sempre superior nas filiais estrangeiras, em média mais 417 euros que nas sociedades nacionais, contabiliza o gabinete de estatísticas num horizonte mais alargado.

Evolução da produtividade e da remuneração média mensal (2010 – 2023)

Fonte: INE, Sistema de Contas Integradas das Empresas

Ainda assim, em 2023, o VAB das filiais de empresas estrangeiras em termos nominais (+11,3%) cresceu abaixo do das sociedades nacionais (14,6%). As 652 filiais de grande dimensão contribuíram com 65,7% do total do VAB gerado por estas empresas, com o INE a salientar que a maior parte (67%) foi gerado por sociedades controladas por entidades sediadas na União Europeia.

Espanha destacou-se como o país com maior número de filiais (18,5% do total), mas em termos de VAB, com um peso de 15,6%, o país predominante foi França: contribuiu com quase seis mil milhões de euros para o PIB português.

Já considerando a distribuição setorial das filiais de empresas estrangeiras com maior peso no VAB, por países de origem do controlo do capital, França lidera nos transportes e armazenagem (40,9%) e na construção e atividades imobiliárias (21,6%), Espanha predomina na agricultura e pescas (38,9%) e o Luxemburgo nos ramos do alojamento e restauração (28,5%), e da informação e comunicação (25,3%). Finalmente, a Alemanha ocupa a primeira posição nos setores do comércio (18,8%) e da indústria e energia (16,9%).

Investimento a aumentar, exportações a encolher

Num ano em que a taxa de investimento das filiais de empresas estrangeiras equivaleu à das sociedades nacionais (23%), embora face a 2022 tenham tido um aumento superior (1 p.p. vs. 0,4 p.p.), as filiais com perfil exportador, que são um pouco menos de metade do total (43,3%), viram o VAB crescer 14,4%, acima dos 9% observados nas filiais sem perfil exportador.

Tal como aconteceu com as exportações totais do comércio Internacional no país, que recuaram 1,4% no ano passado, também as vendas destas filiais para fora do território nacional, que valem 38% das exportações nacionais de mercadorias, inverteram a trajetória de crescimento dos anos anteriores e encolheram 56 milhões de euros face a 2022.

Por outro lado, a análise ao volume de negócios das filiais de empresas estrangeiras a operar em Portugal mostra que, em termos homólogos, o maior crescimento em 2023 aconteceu no setor da informação e comunicação (15,6%). Ao passo que, “sobretudo influenciado pela diminuição do preço dos produtos energéticos”, na indústria e energia teve um ligeiro decréscimo de 0,1% neste indicador.

No que respeita ao VAB, a maior subida aconteceu na agricultura e pescas (20,2%), impulsionada pelo azeite, seguida dos setores da informação e comunicação e do alojamento e restauração (16,4% e 15,7%, respetivamente).

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Chocolate e bacalhau mais caros amargam preço do cabaz de Natal

O preço de um cabaz com os produtos tradicionais para o Natal voltou a encarecer face ao ano passado. O chocolate para culinária foi o produto que mais subiu, mas é o bacalhau que mais pesa na conta.

A ceia de Natal vai voltar a ficar mais cara, este ano. A subida do preço do bacalhau, do chocolate e do peru aumentam em mais de 5% o preço de um cabaz com produtos tradicionais para esta quadra festiva, face ao valor pago um ano antes, de acordo com as contas da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

O cabaz de Natal, que serviu de base aos cálculos da Deco, inclui 16 produtos: azeite virgem extra, couve, vinho branco DOC Alentejo, arroz carolino, perna de peru, batata vermelha, carcaça tradicional, ovos, óleo alimentar, abacaxi, leite UHT meio gordo, farinha para bolos, vinho tinto DOC Douro, tablete chocolate para culinária, bacalhau graúdo e açúcar branco.

Este mesmo cabaz, que custava 50,80 euros no dia 20 de dezembro de 2023, esta quarta-feira, dia 18 de dezembro, custava 53,36 euros. Ou seja, no espaço de um ano, os preços destes produtos aumentaram 2,58 euros, ou 5,09%. O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou na semana passada que a taxa de inflação homóloga acelerou para 2,5% em novembro.

A tablete de chocolate foi o produto que mais subiu no último ano, registando um agravamento de 41% (82 cêntimos), de 1,86 euros para 2,68 euros. A subida do preço do cacau ao longo do ano tem vindo a amargar os preços do chocolate.

A Riberalves compra 4% do total de bacalhau pescado no mundo.Paula Nunes / ECO

Na lista dos produtos que ficaram mais caros no último ano seguem-se dois produtos que não podem faltar na mesa de Natal: o peru e o bacalhau. Ambos viram os preços subir 18%, sendo que, no caso do bacalhau, apenas na última semana, este produto ficou mais caro 8%. Ainda que os aumentos homólogos sejam idênticos, o bacalhau é o que mais vai pesar na carteira das famílias. Enquanto no ano passado, custava 12,84 euros neste cabaz, agora custa 15,05 euros, mais 2,21 euros. Já o custo do peru aumentou 78 cêntimos, para 5,11 euros.

Óleo, vinho branco e carcaça tradicional seguem-se na lista dos produtos que mais sobem face ao período homólogo, registado subidas de 9%, 8% e 6%, respetivamente.

Em sentido oposto, o preço do açúcar branco, couve e arroz carolino desceram em relação ao mesmo período do ano passado. Adoçar as sobremesas do Natal vai ser mais barato 28%, ou 49 cêntimos, com o preço do açúcar atualmente nos 1,24 euros. Já a couve e o arroz custam menos 20% e 10% do que no ano passado, respetivamente.

O azeite virgem, que disparou mais de 82% no ano passado, travou a tendência de subida e recuou 6% no último ano, para 9,52 euros.

Em termos globais, os aumentos são ainda mais expressivos, contabilizando as subidas acumuladas nos últimos dois anos. Recuando a 2022, a Deco calcula que, entre o dia 05 de janeiro de 2022 e hoje, registaram-se aumentos de 113% no azeite, 61% na tablete de chocolate culinária, 56% na batata vermelha, 54% na farinha para bolos e 47% no arroz carolino.

Contas feitas, comprar o mesmo cabaz de natal custa hoje mais 15,34 euros, o que representa uma subida de mais de 40% face ao início de 2022.

 

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Comarca de Lisboa prevê que julgamento de Sócrates comece antes do verão

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2024

A Comarca de Lisboa prevê que o julgamento do antigo primeiro-ministro José Sócrates "possa arrancar antes do verão", no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, que "carece de obras".

A Comarca de Lisboa prevê que o julgamento do antigo primeiro-ministro José Sócrates “possa arrancar antes do verão”, no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, que “carece de obras”, adiantou à Lusa fonte do Conselho Superior da Magistratura (CSM).

“O Tribunal de Monsanto foi identificado como a solução ideal, atendendo à dimensão e complexidade do processo. Contudo, o edifício carece de obras necessárias, que se espera que arranquem atempadamente”, explicou a mesma fonte.

O processo principal da Operação Marquês foi distribuído a 11 de dezembro, por sorteio, ao juiz 19 do Tribunal Central Criminal de Lisboa, ocupado por Susana Seca.

Citando informação da Comarca, a mesma fonte referiu que, “embora não exista uma data definitiva fechada” para o início do julgamento, se prevê “que este possa arrancar antes do verão”. A atribuição de “exclusividade” à juíza-presidente está “a ser avaliada”.

A Comarca já assegurou que “dará parecer positivo, tendo em conta as especificidades e exigências” do processo, que vai ser integralmente digitalizado. O procedimento tem o apoio da estrutura de Apoio Logístico à Tramitação de Elevada Complexidade constituída em 2023 no seio do CSM.

Este esforço tem como objetivo facilitar o manuseamento e consulta do processo, garantindo uma maior celeridade e eficiência na preparação do julgamento”, justificou a fonte.

A 7 de dezembro, José Sócrates insistiu, em conferência de imprensa, ser inocente e alegou que o processo não poderia seguir para julgamento por existirem recursos pendentes, incluindo um do seu primo, também arguido, para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

“O recurso do Sr. José Paulo Pinto de Sousa não deu entrada no tribunal. Estamos a aguardar”, esclareceu à Lusa, na terça-feira, fonte oficial daquele órgão. O STJ decidirá nessa altura se a contestação tem efeito devolutivo ou suspensivo. Este último suspende, ao contrário do primeiro, a tramitação do caso.

José Sócrates, de 67 anos e primeiro-ministro de 2005 a 2011, responde no processo principal da Operação Marquês por 22 crimes: três de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal. O processo conta, no total, com 22 arguidos a quem foram imputados, globalmente, 118 crimes.

O antigo governante está simultaneamente acusado de mais seis crimes noutro processo separado, em abril de 2021, da Operação Marquês. O caso aguarda nova decisão instrutória.

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