Tupperware adia fecho em Constância. Investidores apresentam proposta para comprar a fábrica

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2025

Empresa optou por manter a fábrica aberta por mais uns dias para dar resposta às encomendas. Autarca garante que um grupo de investidores apresentou uma proposta para adquirir "tudo".

A fábrica da Tupperware instalada em Montalvo, Constância (Santarém), não fecha portas esta quarta-feira, ao contrário do anunciado, e vai manter a atividade por mais uns dias para dar resposta às encomendas, continuando incerto o futuro de 200 trabalhadores. Apesar dessa incerteza, o presidente do município revela que um grupo de investidores portugueses apresentou uma proposta para adquirir fábrica à empresa norte-americana.

“A reunião marcada com a direção [da fábrica] para terça-feira foi adiada para quinta-feira [dia 9 de janeiro], pelo que vamos continuar a trabalhar nos próximos dias, provavelmente até quinta-feira, dia 16, para dar resposta às encomendas”, disse esta quarta-feira à Lusa um trabalhador da empresa, tendo adiantado que o fecho da fábrica “foi adiado”, mas que o mesmo “é inevitável”.

Segundo a mesma fonte, a fábrica “está a funcionar normalmente e em todos os setores (armazém, respostas a encomendas e escritórios) com o intuito de dar vazão às encomendas através dos stocks existentes” na fábrica, que serão “bastantes”, estando apenas parado, desde o último mês, o setor da produção.

Para o trabalhador de 58 anos de idade e “mais de 20 anos” de casa, o futuro continua a ser incerto e os próprios pagamentos de lei e indemnizações aos trabalhadores ainda não estarão assegurados pela empresa.

“Só na quinta-feira vamos saber se nos pagam o que temos direito ou se teremos de recorrer a um advogado, o que é uma situação injusta depois de mais de 20 anos a trabalhar nesta fábrica”, disse à Lusa um dos funcionários, manifestando “apreensão” sobre o seu futuro.

A fábrica da multinacional Tupperware em Portugal, a funcionar desde 1980 na freguesia de Montalvo, dependia a 100% da casa-mãe norte-americana.

O pedido de insolvência da casa-mãe teve consequências diretas na unidade portuguesa e vai deixar no desemprego os 200 trabalhadores que ali eram efetivos, a maioria dos quais residente em Montalvo.

A notícia do fecho da Tupperware foi avançada pelo presidente da Câmara de Constância, no dia 20 de dezembro.

Sérgio Oliveira disse à Lusa estar preocupado com o possível fecho da fábrica porque a Tupperware é “o maior empregador” do concelho.

“Acreditámos até ao último instante que isto seria apenas e só mais uma crise pontual e a Tupperware iria conseguir dar a volta por cima e continuar a laborar aqui na freguesia de Montalvo”, afirmou, dando conta da preocupação das famílias “que dependem do sustento que tiram da fábrica” e da falta de informação por parte da empresa.

Segundo o autarca, “o grupo [Tupperware] sempre teve uma postura muito fechada sobre si próprio, nunca teve uma grande abertura à comunidade e aos próprios trabalhadores que, nesta fase, têm poucas informações sobre aquilo que será o futuro, nomeadamente a garantia dos seus direitos”.

Sérgio Oliveira disse que a Câmara Municipal já pediu apoio para os trabalhadores ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social, “para que fossem salvaguardados e garantidos os direitos” que têm.

“Há algumas pessoas com 30 anos de casa, que trabalharam sempre aqui […] e que agora, inevitavelmente, serão obrigados a reinventar-se”.

A Lusa pediu informações à administração da fábrica instalada em Portugal, sem resposta até ao momento.

Grupo de investidores apresenta proposta para adquirir fábrica da Tupperware

Um grupo de investidores está interessado na fábrica da Tupperware instalada em Constância, avançou à Lusa o presidente do município, tendo sido já apresentada uma proposta de aquisição da fábrica à empresa norte americana.

O presidente da Câmara de Constância disse esta quarta-feira que um grupo de investidores portugueses apresentou uma proposta de compra da fábrica da Tupperware à empresa norte-americana, no dia 26 de dezembro, e que aguarda resposta.

Sei que um grupo empresarial apresentou uma proposta para comprar tudo, instalações e maquinaria, podendo manter, se não a totalidade, pelo menos alguns dos trabalhadores, e que aguarda resposta.

Sérgio Oliveira

Presidente da Câmara de Constância

“Sei que um grupo empresarial apresentou uma proposta para comprar tudo, instalações e maquinaria, podendo manter, se não a totalidade, pelo menos alguns dos trabalhadores, e que aguarda resposta”, disse Sérgio Oliveira.

Segundo o autarca, “a licença de produção termina esta quarta-feira”, tendo indicado que na quinta-feira “serão comunicadas as notícias de futuro aos trabalhadores pelo diretor da fábrica”.

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Trabalhadores em regime híbrido são os que se sentem mais realizados com emprego

Regime híbrido ou remoto assegura maior bem-estar, realização no emprego e até confiança no desenvolvimento de carreira, mas também são esses os trabalhadores mais abertos a mudar de trabalho.

Mais de oito em cada dez dos que trabalham em regime híbrido — isto é, ora à distância, ora de modo presencial — dizem-se realizados com os seus empregos. De acordo com um novo estudo da empresa de recursos humanos ManpowerGroup, entre os trabalhadores completamente remotos e os trabalhadores presenciais esse sentimento é mais fraco.

“Quanto questionados sobre o sentimento de realização com o trabalho, os profissionais em modelos híbridos lideram, com 83% a considerar o seu trabalho significativo e com propósito, superando os seus pares que trabalham em modelos remotos (80%) e presenciais (79% entre os que o fazem por opção e 78% entre os que o fazem por imposição da organização)”, explica o ManpowerGroup, que ouviu cerca de 12 mil trabalhadores a nível global sobre 12 indicadores-chaves (entre os quais, a satisfação no trabalho).

Também no que diz respeito ao índice de bem-estar, os trabalhadores que exercem as suas funções em modelo híbrido ou remoto saem melhor na fotografia do que aqueles que o fazem de forma presencial: 72% dos primeiros apontam equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, contra 57% dos segundos.

Por outro lado, o estudo conhecido esta quarta-feira revela que, “contrariamente à perceção de que o alinhamento com os valores e propósito da empresa é maior nos modelos presenciais“, são os trabalhadores híbridos ou remotos que conseguem uma melhor classificação neste indicador.

Contrariamente à perceção de que o alinhamento com os valores e propósito da empresa é maior nos modelos presenciais, observam-se igualmente valores superiores, neste indicador, para os modelos híbridos e remotos.

Global Talent Barometer

Outro dado que espelha as vantagens dos modelos mais inovadores de trabalho é que “a confiança nas oportunidades de desenvolvimento de competências é igualmente mais elevada nos modelos híbridos (77%) e remotos (74%), comparativamente aos trabalhadores em regime presencial imposto (68%)”. “Contudo, quando o modelo presencial é uma escolha do trabalhador, o índice de confiança sobe para 73%”, ressalva a ManpowerGroup.

São também os trabalhadores em regime híbrido ou remoto aqueles que apresentam maior confiança nos seus gestores para apoiar o seu desenvolvimento de carreira (ambos com 69% contra 60% entre os trabalhadores em modelos presenciais por opção e 56% entre profissionais em modelos presenciais por imposição da empresa).

Mas nem tudo são rosas no modelo híbrido ou remoto. Segundo o novo estudo, o sentimento de segurança no emprego atual é superior para os trabalhadores em modelos presenciais e os trabalhadores nos regimes inovadores têm “uma maior propensão para mudar de emprego nos próximos seis meses“.

“Os dados deste barómetro refletem um paradoxo importante: embora os modelos remotos e híbridos promovam um maior bem-estar, confiança no desenvolvimento profissional e mesmo alinhamento com os valores da empresa, apresentam também desafios em termos de retenção de talento devido à maior probabilidade de mudança de emprego”, assinala, assim, o ManPowerGroup.

“Perante esta realidade, as empresas que desejam atrair e reter talento devem apostar em estratégias que combinem flexibilidade, apoio ao desenvolvimento de carreira e acesso às ferramentas adequadas, independentemente do modelo de trabalho adotado, desenvolvendo abordagens adaptadas para fomentar o bem-estar, a satisfação e a confiança em todos os seus trabalhadores”, sublinha a empresa de recursos humanos.

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Famalicão inicia investimento recorde de 20 milhões de euros em escola

A requalificação da escola deverá estar concluída no primeiro semestre de 2026. "É o maior investimento de sempre em edifícios do parque escolar" do concelho, diz o presidente da câmara famalicense.

Lançamento das obras da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, em Vila Nova de Famalicão8 janeiro, 2025

O município de Vila Nova de Famalicão deu início às obras de ampliação e requalificação da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, num investimento na ordem dos 20 milhões de euros, comparticipados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Esta empreitada representa “o maior investimento de sempre em edifícios do parque escolar concelhio”, assegurou o autarca Mário Passos.

A assinatura do auto de consignação e o lançamento da primeira pedra aconteceram nesta terça-feira. As obras têm um prazo de execução de 480 dias, prevendo-se a conclusão no primeiro semestre de 2026.

Durante a cerimónia, o presidente da câmara famalicense assinalou o facto de esta ser “uma intervenção há muito necessária e reclamada, tendo em conta que esta era a única escola Secundária do concelho que ainda não tinha sido intervencionada”.

Citado num comunicado da autarquia, o diretor-geral dos Estabelecimentos Escolares, João Gonçalves, frisou, por sua vez, que “este processo passou por quatro governos e o município teve um papel fundamental no sucesso que se celebra”.

É uma intervenção há muito necessária e reclamada, tendo em conta que esta era a única escola secundária do concelho que ainda não tinha sido intervencionada.

Mário Passos

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

A empreitada contempla a intervenção nos edifícios existentes e a construção de novos espaços, assim como a remodelação dos arruamentos de acesso ao recinto escolar. Serão ainda construídos um novo auditório e uma biblioteca.

O atual edifício da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, que atualmente conta com cerca de 1.200 alunos, foi construído na década de 1980.

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PS pressiona Governo a acelerar lei sobre IMI das barragens e eólicas

Proposta dos socialistas quer incluir todos os equipamentos dos centros hídricos, parques eólicos e fotovoltaicos para cálculo do imposto a pagar. Grupo de trabalho do Executivo ainda não reuniu.

O grupo de trabalho que o Governo anunciou há mais de meio ano para estudar a cobrança do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) das barragens, eólicas e parques fotovoltaicos já tem presidente indicada — Dulce Neto –, mas ainda não reuniu, indicou ao ECO fonte oficial do Ministério das Finanças. Face a este “impasse”, o PS decidiu avançar com uma proposta para forçar o Executivo a “acelerar” a alteração legislativa ao código do imposto de modo a clarificar que todos os equipamentos dos centros eletroprodutores de energias renováveis contam para cálculo do IMI, explicou ao ECO o deputado do PS, Carlos Brás.

O diploma deu entrada esta semana na Assembleia da República e, na prática, verte em letra de lei, a prática que já vem sendo seguida pela Autoridade Tributária (AT). O grupo parlamentar socialista vai aproveitar a audição da diretora-geral do Fisco, Helena Borges, agendada para a tarde desta quarta-feira na comissão de orçamento, finanças e administração púbica (COFAP), no Parlamento, para “averiguar o ponto de situação dos trabalhos da comissão criada pelo Governo”, indicou o deputado socialista.

O projeto do PS traduz a proposta da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), aprovada pelo conselho diretivo por unanimidade, e que já tinha sido apresentada ainda antes da discussão do Orçamento do Estado para 2025, segundo Carlos Brás.

“O objetivo do nosso diploma é inscrever na lei que o IMI tem de ser cobrado com base no valor patrimonial tributário (VPT) de todos os equipamentos e instalações dos centros eletroprodutores de energias renováveis, incluindo os órgãos de segurança e exploração das albufeiras, as torres eólicas e respetivas turbinas e os painéis solares”, avançou o parlamentar socialista, sublinhando que esta proposta “corresponde aos anseios da ANMP, designadamente dos municípios e que têm aproveitamento hidroelétricos”. A iniciativa clarifica ainda que, nas barragens, a cobrança do IMI apenas se aplica “aos casos de utilização privativa dos recursos hídricos do domínio público”.

Para o vice-presidente da bancada do PS, Hugo Carneiro, “a iniciativa do PS é precipitada, tendo em conta que o Governo criou um grupo de trabalhar para analisar essa matéria”. “Ainda nem sequer fizemos essa avaliação”, sinalizou.

Mas os socialistas consideram que “já passou demasiado tempo desde o anúncio desse grupo” e ainda “nem sequer houve reunião alguma”, critica o deputado do PS. O Ministério das Finanças confirmou ao ECO que, até à data, a comissão, que vai ser liderada pela ex-presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Dulce Neto, ainda não arrancou com os trabalhos. “Por isso, decidimos avançar já com um diploma próprio”, justificou Carlos Brás, ressalvando que “a ideia é haver um amplo diálogo e debate com os vários grupos parlamentares”.

“A iniciativa, que tem por base a proposta aprovada pela ANMP, o grupo parlamentar do Partido Socialista pretende desencadear um processo legislativo que permita adaptar o enquadramento legal em vigor às novas realidades dos centros eletroprodutores, de modo a obviar quaisquer dúvidas, de cariz interpretativo ou outro, que possam subsistir sobre esta matéria. Deste processo legislativo, que se pretende que seja o mais participado e rigoroso possível, devem resultar as condições para uma atuação mais transparente, homogénea e previsível da Autoridade Tributária e Aduaneira ao nível da avaliação patrimonial tributária dos centros eletroprodutores de energias renováveis e da respetiva tributação, nomeadamente em sede de IMI“, lê-se no preâmbulo do diploma.

A proposta de alteração do PS ao Código do IMI vem determinar que o imposto incide também sobre os prédios “de energias renováveis, incluindo barragens, eólicas ou fotovoltaicas e mistos”, termos que não constam atualmente da lei. Estabelece ainda que, “nos casos de usufruto, concessão ou de direito de superfície, o imposto é devido pelo usufrutuário, concessionário ou pelo superficiário após o início da construção da obra ou do termo da plantação”.

O mesmo diploma vem clarificar que, quando uma barragem, um parque eólico ou fotovoltaico “não vedado se localize em mais do que um município, a receita de IMI é distribuída proporcionalmente em função do valor de construção existente em cada município”.

No caso dos centros hídricos, a afetação da receita do imposto deve ser feita do seguinte modo: “50% do valor imputado à barragem, edifícios e equipamentos, distribuído equitativamente pelos municípios envolvidos; 50% do valor imputado à albufeira, distribuído na proporção da respetiva área inundada”, segundo o projeto de lei.

“No caso de parques eólicos, a receita de IMI é distribuída na proporção do número de torres eólicas em cada município, nos casos em que as torres tenham todas a mesma potência, ou em função da potência instalada em cada município, nos casos em que as torres tenham potências distintas. No caso de parques fotovoltaicos ou onde sejam produzidas outras energias renováveis, a receita do IMI é distribuída na proporção da área construída em cada município”, lê-se no mesmo diploma.

O grupo de trabalho do Governo que vai avaliar a cobrança do IMI dos centros eletroprodutores de energias renováveis vai ser composto pela Autoridade Tributária, pela Agência Portuguesa do Ambiente, por organismos representativos dos avaliadores, pelo Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia Civil, pela Associação Nacional de Municípios e pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis.

Quando o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, anunciou, em junho do ano passado, a criação desta comissão tinha indicado que o objetivo seria apresentar uma proposta de alteração ao IMI até dezembro de 2024, de modo a que o imposto de 2025 pago em 2026 seja já de acordo com as novas regras. Mas essa iniciativa ainda não chegou à Assembleia da República nem foi aprovada em Conselho de Ministros, uma vez que só no final do ano passado foi designada a presidente do grupo de trabalho.

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Exus compra parque solar em Portugal à Lightsource bp

O parque Cibele, localizado na freguesia de Alcoentre, no município da Azambuja, é de 130 MW. Lightsource bp, liderada em Portugal por Miguel Lobo, pretende investir noutros projetos de renováveis.

A empresa espanhola Exus Renewables adquiriu um parque solar em Portugal, pronto a construir, à Lightsource bp, que é maioritariamente detida pela BP e um dos principais operadores mundiais de ativos solares e de armazenamento de energia em grande escala.

A aquisição do parque Cibele, localizado na freguesia de Alcoentre (município da Azambuja), é de 130 megawatts (MW) e visa reforçar o portefólio europeu de energias renováveis da Exus, após a compra do parque eólico espanhol Cascante de 51 MW no início do ano passado.

A equipa da Exus em Portugal está atualmente a desenvolver 200 MW de ativos eólicos e solares, com 70 MW adicionais em construção e 130 MW já operacionais. “Esta aquisição marca um passo significativo na jornada da Exus para se tornar um produtor independente líder de energia global e melhora ainda mais o nosso portefólio de ativos de energia renovável na Europa”, afirmou Victor López, responsável de fusões e aquisições da Exus Renewables.

“O projeto permitir-nos-á continuar a tomar decisões de investimento inteligentes, ao mesmo tempo que cumprimos a nossa missão de criar um futuro mais verde e sustentável para todos. Transações deste tipo são uma demonstração clara de como as parcerias entre promotores e investidores em energias renováveis podem desempenhar um papel vital no avanço da transição energética”, referiu o gestor português Miguel Lobo, country head para Portugal da Lightsource bp.

O objetivo da Lightsource bp — que tem um portefólio de projetos, em diferentes fases de desenvolvimento, com capacidade superior a 2,5 GW — é alargar o alcance de investimento em mais projetos. “Muitos destes projetos estão em fase avançada de licenciamento e pretendemos iniciar a construção de alguns deles num futuro próximo. Portugal é um mercado prioritário para a Lightsource bp e uma chave para a expansão da empresa na Europa”, garantiu.

A assessorar este negócio no setor da energia esteve a sociedade de advogados Cuatrecasas, que ficou a cargo do apoio jurídico, enquanto Mott MacDonald atuou como consultor técnico. A Lightsource bp foi assessorada em questões financeiras pela Capcora, nas questões legais pela PLMJ e pala Enertis nos aspetos técnicos.

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Bruxelas desvaloriza ameaça de Trump sobre Gronelândia: “É uma situação hipotética”

Comissão Europeia desvaloriza, para já, ameaças de uma invasão militar à Gronelândia e à adoção de tarifas "a um nível muito elevado" contra a Dinamarca. "É uma situação hipotética", diz.

A Comissão Europeia desvalorizou as ameaças que Donald Trump fez em relação a uma possível invasão militar à Gronelândia caso a Dinamarca se recusasse a vender o território aos Estados Unidos. Em resposta aos jornalistas, os porta-vozes do executivo comunitário consideraram o cenário “hipotético“, recusando a comparação de um risco de se suceder uma invasão à semelhança do que aconteceu na Ucrânia, em 2022.

Estamos a falar de situações hipotéticas e de uma Administração que ainda não tomou posse“, começou por referir um porta-voz da Comissão, durante a conferência de imprensa diária, em Bruxelas, frisando que o executivo comunitário tem procurado manter um canal de diálogo aberto com os Estados Unidos sobre interesses comuns.

“Muitas ameaças não se concretizaram. Não vemos qualquer necessidade, neste momento, de ir além do que já dissemos. A nossa principal preocupação é encontrar questões em comum com a nova Administração quando esta entrar em funções“, frisou. Certo, é que aos olhos do executivo comunitário “a soberania dos Estados tem de ser respeitada” considerando ser esse um “valor” da União Europeia.

Ainda assim, o executivo comunitário confirmou que qualquer ação militar contra a Gronelândia ativaria a cláusula de assistência mútua da UE prevista nos tratados.

A posição da Comissão Europeia surge um dia depois de Donald Trump ter ameaçado aplicar tarifas “a um nível muito elevado” contra a Dinamarca se esta não cooperasse a Gronelândia aos Estados Unidos. Embora a Gronelândia seja um território autónomo, continua a depender financeiramente da Dinamarca.

“As pessoas não sabem se a Dinamarca tem qualquer direito legal sobre [a Gronelândia], mas se tiverem, devem abandoná-lo, porque necessitamos dela para a segurança nacional”, disse Trump, durante a conferência de imprensa desta terça-feira, em Mar-a-Lago, na Florida.

O Presidente eleito não rejeitou a hipótese de recorrer a “coerção militar ou económica” contra aquele território — e o Canal do Panamá — caso o pedido não seja atendido. “Não, não posso assegurar nenhuma das duas, mas posso dizer isto: precisamos deles para a segurança económica”, reiterou.

Embora a Comissão Europeia não tivesse assumido uma posição mais firme em relação às ameaças de Donald Trump, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen já respondeu dizendo estar absolutamente contra a venda da Gronelândia.

“A Gronelândia pertence aos gronelandeses. Como disse o primeiro-ministro Mute Egede, a Gronelândia não está à venda“, disse Frederiksen, ressalvando que os Estados Unidos são o “aliado mais próximo” da Dinamarca. Ainda assim, a primeira-ministra deixou a ressalva que o investimento dos EUA no território autónomo é bem-vindo.

Dentro do bloco europeu, o chefe da diplomacia francesa, Jean-Noel Barrot, disse que a União Europeia não vai permitir que países “ataquem fronteiras soberanas” do bloco europeu, referindo-se à nova ameaça de Donald Trump sobre a anexação da Gronelândia.

O território autónomo dinamarquês é altamente cobiçado pelos recursos naturais — embora a prospeção de petróleo e a extração de urânio sejam proibidas. A região é também importante do ponto de vista geoestratégico sendo que os Estados Unidos têm uma base militar na Gronelândia.

Ulrik Pram Gad, especialista em questões relacionadas com a Gronelândia no Instituto Dinamarquês de Estudos Internacionais, disse esta manhã à AFP que é preocupante a forma como o futuro Chefe de Estado Donald Trump fala sobre as relações entre os países.

Esta não é a primeira vez que o bilionário norte-americano mostra interesse na Gronelândia. Em 2019, durante o primeiro mandato como Presidente dos Estados Unidos considerou comprar a Gronelândia, mas a proposta foi recusada. Donald Trump toma posse a 20 de janeiro.

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Telles assessora Parvalorem em operação de recuperação de crédito no valor de 51 milhões de euros

A equipa da Telles envolvida nesta operação foi constituída pelo sócio André Navarro de Noronha e pela associada coordenadora Maria João Meireles.

A Telles assessorou a Parvalorem, empresa pública que gere os ativos problemáticos do BPN, em sete processos de PER (Processo Especial de Revitalização). Esta operação permitiu à Parvalorem encerrar o ano de 2024 com o maior montante de recuperação de dívida de sempre. O processo foi concluído em prazo de aproximadamente cinco meses.

“No âmbito dos sete processos de PER, efetuou-se a entrega em dação em cumprimento de diversos imóveis para pagamento de financiamentos concedidos pelo então BPN às empresas do grupo responsável pela construção da Marina de Albufeira e respetivo complexo imobiliário, entre outros créditos, o que permitiu à Parvalorem obter um encaixe patrimonial de 51 milhões de euros“, explica o escritório em comunicado.

A equipa da Telles envolvida nesta operação foi constituída por André Navarro de Noronha, sócio e coordenador da área de Contencioso e Arbitragem, e por Maria João Meireles, associada coordenadora das áreas de Recuperação de Empresas e Insolvência.

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BCP dispara 5% para máximos de 2016 com J.P Morgan a subir recomendação

O banco de investimento norte-americano melhorou a recomendação e sublinhou as perspectivas de crescimento atractivas, apoiadas pela orientação do banco para Portugal e para a Polónia.

As ações do Millennium BCP BCP 1,16% disparam esta quarta-feira 4,99% para máximos de abril da 2016, suportadas pela melhoria da recomendação do J.P. Morgan de “neutral” para “overweight” com base na atratividade do título face ao risco.

Os títulos do banco liderado por Miguel Maya, chegaram a subir 5,61% durante a sessão, e seguem às 11h47 a negociar nos 0,484 euros, numa sessão em que o índice PSI da Bolsa de Lisboa desce 0,55%.

O J.P. Morgan afirma, segundo a agência Reuters, que as perspetivas de crescimento do BCP são atrativas, apoiadas pela orientação do banco para Portugal e para a Polónia, e que pretende conquistar mais quotas de mercado para as empresas com a descida das taxas de juro.

Considera ainda que o earnings per share (resultado por ação) está a evoluir positivamente, com as provisões para hipotecas na Polónia com denominação em francos suíços deverão diminuir de 0,5 mil milhões de euros em 2024 para 0,05 mil milhões em 2026.

O banco de investimento sublinha ainda o “retorno generoso” para os acionistas, dada a forte posição de capital do banco e a avaliação favorável. Vinca também para a sensibilidade do BCP às taxa de juro, o mix de negócios favorável e a forte eficiência de custos.

Segundo dados da LSEG, dos 13 analistas que cobrem o Millennium BCP, 12 classificam a ação como “strong buy”/“buy” e um como “hold”.

Cotação das ações do BCP em Lisboa:

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Principal objetivo da SIC este ano “passa pela sustentabilidade e rentabilidade da oferta”, diz Daniel Oliveira

As apostas do canal "também têm de ter uma preocupação com as receitas publicitárias que está subjacente a essas apostas. Se a liderança vier depois, é bem-vinda", disse Daniel Oliveira.

Daniel Oliveira, diretor geral de entretenimento da SIC, Ricardo Costa, chief content officer da Impresa, e Bernardo Ferrão, diretor de informação da SIC e diretor da SIC NotíciasRui Valido

O principal objetivo passa pela sustentabilidade e rentabilidade da nossa oferta“, respondeu Daniel Oliveira, diretor geral de entretenimento da SIC, quando questionado sobre se a reconquista da liderança na televisão portuguesa — perdida pela estação do grupo Impresa no ano passado para a TVI — era um objetivo assumido para este ano.

Segundo o responsável, as apostas do canal “também têm de ter uma preocupação com as receitas publicitárias que está subjacente a essas apostas”. Se a liderança vier depois, é bem-vinda e lutamos por ter cada vez mais público, mas os passos para lá chegarmos têm a montante uma série de outros objetivos que não passam exclusivamente pela liderança tal como a conhecemos hoje em dia”, disse no evento de apresentação de novidades da estação.

Também Ricardo Costa — desde esta segunda-feira chief content officer da Impresa, e que foi diretor de informação da SIC e diretor da SIC Notícias até então — concordou com esta ideia, tendo dito ao +M que a “liderança é sempre um objetivo, uma previsão comercial” mas que, para si, “não é um tema de vida ou de morte”.

Preocupa-me mais a sustentabilidade da nossa oferta e a rentabilidade da nossa operação e a relação com os nossos clientes — sejam espectadores, sejam anunciantes ou distribuidores — do que uma obsessão pela liderança. Agora, com uma televisão que tinha liderado de 2019 até 2023, obviamente que gostávamos e temos o objetivo de num horizonte relativamente próximo, podermos vir a liderar. Mas não é nenhuma questão que seja uma urgência, muito menos para 2025“, disse.

Sobre o que falhou para a SIC não ter conseguido no ano passado manter uma liderança que já vinha de há cinco anos, a Daniel Oliveira diz que foi feito um “conjunto de apostas” — que, de resto, seriam repetidas — mas que se vive “num ecossistema em que os concorrentes também têm as suas apostas”.

“Acredito que há coisas que fizemos que podemos melhorar — temos a humildade de o reconhecer — e outras em que temos de nos adaptar às mudanças constantes do público em permanência. Vivemos num momento de alta fragmentação, os passos que temos dado quer no posicionamento do streaming, quer nos podcasts ou canais temáticos, também faz com que a nossa audiência base não se circunscreva àquilo que é o canal generalista“, disse.

“E os canais generalistas e as empresas vivem também de desafios que passam pela sua sustentabilidade, portanto temos de ser responsáveis nas apostas que fazemos, responsáveis economicamente, e é isso que temos procurado fazer. Isso obviamente pode ter um impacto, temos de ser mais criativos para conseguir fazer tão bem ou melhor com aquilo que dispomos hoje em dia”, acrescentou.

Tendo precisamente em conta que a “televisão” já não se limita à “caixinha mágica”, a SIC tem dado passos no sentido de estar presente noutros canais, como as plataformas digitais, os podcasts, a plataforma de streaming Opto, ou os canais temáticos, “precisamente porque concorre pela atenção das pessoas”.

“Estamos no mercado da atenção, portanto para nós se um conteúdo nosso é visto no telemóvel, numa plataforma de streaming ou num canal generalista, esse modo de visionamento é sempre válido. Temos naturalmente de o monetizar, face ao investimento que ele tem, mas estar presente nas diferentes plataformas não é o futuro, é já o presente“, disse Daniel Oliveira ao +M.

No entanto, permanece o problema de medição de resultados. “Aquilo que são os resultados percecionados pelo modo tradicional estão num patamar. Depois há todo o outro lado percecionado, que tem a ver como como as nossas marcas chegam aos consumidores”, referiu o responsável, dizendo que há vários programas do universo SIC que chegam a milhares de pessoas de modos diferentes de há 10 anos e que, portanto, “não estão a ser medidos da mesma forma e não estão a entrar para o mesmo bolo, quando se analisa o resultado final do programa“.

“Ainda assim, estes passos têm que ser dados. Nós queremos estar junto das pessoas e, no fundo, estar o mais próximo possível daquilo que são os hábitos de consumo das pessoas”, concluiu.

Novidades da SIC no entretenimento

Foi, então, com o objetivo de estar mais perto do público e de diversificar a sua oferta, que o canal do grupo Impresa apresentou algumas das suas novidades para 2025.

Entre estas, César Mourão vai continuar a ser uma cara presente na estação, sendo o responsável por apresentar um novo programa, “que será a versão Portuguesa do formato americano Family Feud”, além de estar também em antena com a nova temporada de A Máscara e com novos episódios de Terra Nossa, refere-se em nota de imprensa.

Ainda em fase de pré-produção, a SIC vai também apostar numa série nacional de ficção, que vai ter Cláudia Vieira como protagonista e numa nova novela — “A Herança”. Já Andreia Rodrigues vai conduzir o programa “Estamos Em Casa”, que estreia já dia 18 de janeiro e que continua no espaço ocupado durante a semana pela “Casa Feliz”, enquanto “Alô Portugal”, conduzido por Ana Marques e José Figueiras, é agora emitido aos sábados de manhã.

O “Casados à Primeira Vista” está de volta com uma série de novos casais, Fernando Rocha regressa também com uma nova temporada de “Não Há Crise” e a série “O Clube” estreia na Opto, a plataforma de streaming da SIC, a sua sexta temporada. O “Casa Feliz”, com Diana Chaves e João Baião, terá um novo espaço e, em março, por ocasião do seu quinta aniversário, o programa “Isto é Gozar com Quem Trabalha” terá também um novo cenário.

“As nossas apostas têm esta premissa — num contexto altamente concorrencial, não só com os nossos concorrentes diretos mas de uma forma geral e no contexto do mercado português como aquele que temos — de ter apostas responsáveis do ponto de vista económico e que também sejam eficazes do ponto de vista daquilo que é o seu resultado”, observou Daniel Oliveira.

E na informação?

Sobre as grandes apostas da estação no campo da informação, Bernardo Ferrão, que assumiu esta segunda-feira o cargo de diretor de informação da SIC e de diretor da SIC Notícias, considerou que “é sempre difícil falar em grandes apostas quando sentimos que a informação está no caminho certo na SIC e na SIC Notícias”, acrescentando que a SIC foi líder na informação.

“De qualquer forma achamos que é sempre possível melhorar, e vamos melhorar, mas continuamos a apostar muito também nas marcas que são muito distintivas, como a Grande Reportagem, a Investigação SIC ou os conteúdos de informação que apresentamos no Jornal da Noite. Vamos continuar a fazer mais conteúdos de informação, conteúdos que abordem temas essenciais da sociedade portuguesa, que preocupam e que estão a marcar a vida dos portugueses“, disse.

Bernardo Ferrão adiantou ao +M que haverá novidades na grelha da SIC Notícias a partir de fevereiro, nomeadamente no que diz respeito a “alguns rostos”, nos horários e em programas, embora sem concretizar. “Mas a ideia é que a SIC Notícias continue o seu trabalho de grande consistência, enquanto canal muito reconhecido junto dos portugueses”, referiu.

Outra das “grandes novidades” passa pela apresentação do Polígrafo SIC passar a ser feita por João Moleira, até tendo em conta as novas competências de Bernardo Ferrão, que era até agora a cara do programa de fact-checking.

Este fim de semana, a propósito da final da Taça da Liga, no sábado, a SIC e SIC Notícias apostam numa “grande emissão conjunta”, precisamente com João Moleira a apresentar o Primeiro Jornal e o Jornal da Noite, a partir de Leiria, onde se desenrolará a partida.

SIC “atenta às oportunidades” para a transmissão de futebol

Sobre a transmissão de jogos de futebol — numa altura em que os direitos de transmissão das competições europeias se repartem entre a Sport TV e a Dazn e em que a TVI chegou a acordo com o Moreirense para transmitir nos canais do grupo os jogos em casa do clube minhoto –, Daniel Oliveira disse que a SIC “está atenta às oportunidades que surgem no mercado”.

“Adquirimos os direitos das meias-finais e final da Taça da Liga e estaremos sempre atentos ao que são as oportunidades de mercado, quer para as grandes competições quer para outros momentos em que isso aconteça. O futebol é um género muito importante para todos os canais, mas para os canais generalistas em particular, e portanto não deixaremos de estar ativamente atentos para o que são as oportunidades de mercado“, referiu.

“Vamos estar atentos às oportunidades de mercado, sendo conscientes da nossa realidade sócio-económica e do valor que o futebol está a atingir noutras plataformas. O mercado também está a evoluir nesse sentido, nós na SIC estaremos atentos às oportunidades de forma consciente e responsável para conseguirmos, tanto quanto possível, ter futebol na nossa antena”, concluiu.

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Trabalhadores da Petrogal consideram polémica na Galp “golpe de teatro” montado para levar à saída do CEO

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2025

Estrutura representativa dos trabalhadores da Petrogal vê uma "deriva no rumo" da Galp e defende que quem devia apresentar a demissão é, entre outros, a presidente do conselho de administração.

A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal defendeu esta quarta-feira que a polémica na Galp que levou à saída do presidente executivo, Filipe Silva, foi um “golpe de teatro” montado para atingir o “efeito pretendido”.

De tempos a tempos, a presidente do Conselho de Administração [Paula Amorim] interrompe o seu estado de completa ausência no que à empresa diz respeito para fazer o anúncio da expiração do prazo de mais um presidente da Comissão Executiva e que outro lhe seguirá“, começou por referir a CCT, em comunicado enviado no dia seguinte à demissão do presidente executivo e vice-presidente do Conselho da Administração da Galp, Filipe Silva, por motivos familiares.

A demissão do gestor acontece depois de o ECO ter noticiado que Filipe Silva estava a ser investigado pela comissão de ética da Galp por eventual conflito de interesse, após uma denúncia anónima sobre uma relação pessoal com uma diretora de topo.

Para a estrutura representativa dos trabalhadores, “montou-se assim um golpe de teatro que meteu romance e drama temperados com uma boa dose de hipocrisia” e “criou-se um caso com a exposição pública na dose certa para atingir o efeito pretendido, a saída de Filipe Silva”.

“Desta vez”, salientou a CCT, “não obstante um eventual incumprimento do Código de Ética ser grave, surgiu na comunicação social uma precisa e pouco usual fuga de informação”, considerando que “tudo podia ter sido resolvido no remanso dos gabinetes, como é normal”.

A CCT considerou que há uma “deriva no rumo” da empresa, que começou com a decisão de encerrar a Refinaria do Porto. “Mas, sobre isso, quem devia apresentar a demissão é, entre outros, a presidente do Conselho de Administração, Paula Amorim”, vincou.

A renúncia de Filipe Silva, anunciada na terça-feira ao final do dia, tem efeitos imediatos e, segundo a empresa, a nova liderança executiva vai ser anunciada nos próximos dias.

Filipe Silva foi nomeado presidente executivo da Galp em janeiro de 2023, substituindo Andy Brown. Antes, tinha sido responsável pelo pelouro financeiro da petrolífera durante mais de 10 anos. O atual mandato terminaria no final de 2026.

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Getty Images vai comprar Shutterstock para criar gigante dos bancos de imagem

A fusão fará nascer uma empresa avaliada em aproximadamente 3,7 mil milhões de dólares (cerca de 3,6 mil milhões de euros) que reforçará o investimento em IA e 3D.

O ano começa com mais um grande negócio mundial no setor audiovisual. As empresas de bancos de imagens Getty Images e a Shutterstock anunciaram que chegaram a um acordo definitivo para uma fusão que fará nascer uma empresa avaliada em aproximadamente 3,7 mil milhões de dólares (cerca de 3,6 mil milhões de euros).

A gigante chamar-se-á Getty Images Holdings e continuará a negociar na bolsa de Nova Iorque com o símbolo “GETY”. Apesar dos detalhes apresentados pelas partes, a transação ainda requer aprovações regulatórias e não existe uma previsão de data para a conclusão da mesma.

O objetivo é reforçar o investimento na área dos conteúdos a três dimensões (3D) e Inteligência Artificial. Como por exemplo? Criar um portefólio maior de produtos de conteúdo visual em imagens estáticas, vídeos, músicas, 3D e outros tipos de ativos.

Com o rápido aumento da procura por conteúdo visual atrativo em todos os setores, nunca houve um momento melhor para nossos dois negócios se unirem. Ao combinar os nossos pontos fortes complementares, podemos abordar melhor as oportunidades dos clientes e, ao mesmo tempo, oferecer um valor excecional aos nossos parceiros, colaboradores e acionistas”, comentou o CEO da Getty Images, Craig Peters, que ficará também na presidência executiva desta nova sociedade.

Já o CEO da Shutterstock, Paul Hennessy, que também entra no conselho de administração da nova empresa, espera “que a fusão produza valor para os clientes e acionistas de ambas as empresas, capitalizando oportunidades de crescimento atrativas para impulsionar receitas combinadas, acelerando a inovação de produtos, realizando sinergias de custos significativas e melhorando o fluxo de caixa”.

O acordo prevê que os acionistas da Getty Images passem a deter aproximadamente 54,7%, enquanto os acionistas da Shutterstock ficarão com os restantes 45,3%. Na presidência do board ficará o empresário que dá nome à marca, Mark Getty, que atualmente é o chairman da Getty Images.

Quanto aos assessores da transação, as consultoras e bancos de investimento Berenson & Company, J.P. Morgan Securities Allen & Company LLC ficaram a cargo da assessoria financeira, enquanto os escritórios de advogados internacionais Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom LLP e Shutterstock e White & Case LLP trabalharam na prestação de apoio jurídico.

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Construir novas habitações ficou mais caro em novembro. Preço da mão-de-obra sobe 8,1%

Custos de construção de habitação nova aumentaram 3,4% em termos homólogos, tendo o preço dos materiais diminuído 0,3% e o custo da mão-de-obra aumentado 8,1%.

Construir uma habitação nova em novembro ficou mais caro do que um ano antes, sobretudo devido à mão-de-obra mais cara. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os custos de construção nova subiram 3,4% face ao período homólogo, embora a taxa tenha desacelerado face aos 4,1% registados em outubro.

O custo da mão-de-obra subiu 8,1% em novembro, em termos homólogos, impulsionando assim o preço da construção, ‘apagando’ assim a descida de 0,3% do custo dos materiais. Segundo o organismo de estatística, entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão as madeiras e derivados de madeira que observaram uma descida de cerca de 15% e a chapa de aço macio galvanizada e os outros materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização com reduções de cerca de 10%. Em sentido oposto, destacaram-se o betão pronto e as obras de carpintaria com subidas próximas dos 5%.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

A taxa de variação mensal do custo da construção nova foi de 0,4% em novembro, valor igual ao registado no mês anterior, com o custo dos materiais a manter-se inalterado e o da mão-de-obra subiu 0,8%. Os materiais e mão-de-obra contribuíram com 0,0 pontos percentuais (pp.). e 0,4 pp., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal (-0,1 pp. e 0,5 pp. em outubro).

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